Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
08-09-2018
08-09-2018
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Temozolomida Stada 5/20/100/140/180/250 mg Cápsulas
Temozolomida
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento, pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais da doença.
- Se desenvolver quaisquer efeitos secundários fale com o seu médico ou farmacêutico.
Isto inclui possíveis efeitos indesejáveis não listados neste folheto. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Temozolomida Stada e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Temozolomida Stada
3. Como tomar Temozolomida Stada
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Temozolomida Stada
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O QUE É TEMOZOLOMIDA STADA E PARA QUE É UTILIZADO
Temozolomida
Stada
contém
substância
chamada
temozolomida.
Este
medicamento é um agente antitumoral.
Temozolomida Stada é usada para o tratamento de doentes com formas específicas de
tumores cerebrais:
- em adultos com glioblastoma multiforme recentemente diagnosticado. Inicialmente a
Temozolomida Stada é utilizado em associação com radioterapia (fase concomitante do
tratamento) e posteriormente sozinho (fase de monoterapia do tratamento).
- em crianças a partir dos 3 anos e doentes adultos com glioma maligno, tal como
glioblastoma multiforme ou astrocitoma anaplásico. Temozolomida Stada é utilizado
nestes tumores caso haja recorrência ou se piorarem após o tratamento padrão.
2. O que precisa de saber antes de tomar TEMOZOLOMIDA STADA
Não tome Temozolomida Stada
- se for alérgico (hipersensível) à temozolomida ou a qualquer outro componente deste
medicamento (listados na secção 6).
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- se teve uma reacção alérgica à dacarbazina (um medicamento contra o cancro, por vezes
chamado de DTIC). Os sinais de reacção alérgica incluem comichão, falta de ar ou
dificuldade em respirar, inchaço da face, lábios, língua ou garganta.
determinados
tipos
células
sanguíneas
estão
gravemente
reduzidos
(mielossupressão), tais como a contagem de glóbulos brancos e contagem de plaquetas.
Estas células sanguíneas são importantes para combater infecções e para uma adequada
coagulação do sangue. O seu médico irá verificar se tem uma quantidade suficiente destas
células no sangue antes de iniciar o tratamento.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Temozolomida Stada:
- dado que deve ser vigiado de perto quanto ao desenvolvimento de uma forma grave de
infeção nos pulmões chamada pneumonia Pneumocystis jirovecii (PCP). Se é um doente
recentemente diagnosticado (glioblastoma multiforme) poderá receber Temozolomida
Stada por 42 dias em combinação com radioterapia. Neste caso, o seu médico também irá
prescrever-lhe medicamentos para ajudar a prevenir este tipo de pneumonia (PCP).
- se alguma vez teve ou tem agora uma infeção por hepatite B. Isto porque o Temodal
pode
causar que a hepatite B fique novamente ativa, o que pode ser fatal em alguns casos. Os
doentes serão cuidadosamente avaliados pelo seu médico relativamente a sinais desta
infeção
antes do tratamento se iniciar.
- se tem uma contagem baixa de glóbulos vermelhos (anemia), glóbulos brancos e
plaquetas ou problemas com a coagulação do sangue antes de começar o tratamento, ou
se estas situações surgirem durante o tratamento. O seu médico pode decidir reduzir a
dose, interromper, parar ou mudar o seu tratamento. Também poderá necessitar de outros
tratamentos. Em alguns casos pode ser necessário parar o tratamento com Temozolomida
Stada. Será regularmente submetido a análises ao sangue durante o tratamento para
monitorizar os efeitos secundários de Temozolomida Stada sobre as suas células do
sangue.
- dado que pode ter um pequeno risco de outras alterações nas células do sangue,
incluindo leucemia.
- se tiver náuseas (sentir indisposição) e/ou vómitos que são efeitos secundários muito
comuns do Temozolomida Stada (ver secção 4 “Efeitos secundários possíveis”), o seu
médico poderá prescrever-lhe um medicamento (um anti-emético) para ajudar a prevenir
os vómitos.
Se vomitar frequentemente antes ou durante o tratamento, pergunte ao seu médico qual a
melhor altura para tomar Temozolomida Stada até que os vómitos estejam controlados.
Se vomitar após tomar a sua dose, não tome uma segunda dose no mesmo dia.
desenvolver
febre
sintomas
infecção
contacte
médico
imediatamente.
- se tem mais de 70 anos de idade pode estar mais susceptível a infecções, nódoas negras
ou hemorragias.
- se sofre de problemas no fígado ou nos rins, a sua dose de Temozolomida Stada pode
necessitar de ser ajustada.
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Crianças e adolescentes
Não dê temozolomida a crianças com menos de 3 anos porque não foi estudado. Existe
informação reduzida em doentes com mais de 3 anos que tenham tomado temozolomida.
Temozolomida com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente
outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Se estiver grávida, pensa que poderá estar grávida ou planeia ter um bebé, fale com o seu
médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento. Isto porque não poderá ser
tratada
Temozolomida
Stada
durante
gravidez
menos
expressamente
indicado pelo seu médico.
Medidas
contracetivas
eficazes
devem
adotadas
tanto
pelos
doentes
sexo
masculino como do sexo feminino, que estejam a tomar Temozolomida Stada (ver
também “Fertilidade masculina” abaixo).
Deve parar de amamentar durante o tratamento com Temozolomida Stada.
Fertilidade masculina
Temozolomida pode causar infertilidade permanente. Os doentes do sexo masculino
devem tomar medidas contracetivas eficazes e não ter filhos durante um período até 6
meses após o fim do tratamento. Recomenda-se a procura de aconselhamento sobre
conservação de esperma antes do início do tratamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Temozolomida Stada pode fazê-lo sentir-se cansado ou sonolente. Neste caso, não
conduza ou utilize qualquer ferramentas ou máquinas ou ciclos até ver como este
medicamento o afeta (ver secção 4).
Temozolomida Stada cápsulas contém lactose e sódio
Temozolomida Stada cápsulas contém lactose. Se tiver sido informado pelo seu médico
de que tem intolerância a alguns açúcares, contacte o seu médico antes de tomar este
medicamento.
Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por cápsula, ou seja, é
praticamente isento de sódio.
Temozolomida Stada 20 mg
O excipiente amarelo sunset FCF (E110)
incluído na cápsula pode causar reações
alérgicas.
3. COMO TOMAR TEMOZOLOMIDA STADA
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Tome
sempre
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se não tiver a certeza.
Dose e duração do tratamento
O seu médico determinará qual a sua dose de Temozolomida Stada. Baseia-se no seu
tamanho (altura e peso) e se teve ou não um tumor recorrente e já foi submetido a um
tratamento de quimioterapia no passado.
Podem lhe ser dados outros medicamentos (antieméticos) para tomar antes e/ou depois de
tomar Temozolomida Stada para evitar ou controlar as náuseas e os vómitos.
Doentes com glioblastoma multiforme recentemente diagnosticados
Se é um doente recentemente diagnosticado, o tratamento irá decorrer em duas fases:
- primeiro, tratamento em conjunto com radioterapia (fase concomitante)
- seguido de tratamento apenas com Temozolomida Stada (fase de monoterapia).
Durante a fase concomitante o seu médico iniciará a Temozolomida Stada na dose de 75
mg/m2 (dose usual). Irá tomar esta dose todos os dias durante 42 dias (até 49 dias) em
combinação com a radioterapia. A dose de Temozolomida Stada pode ser atrasada ou
suspensa, dependendo das contagens das suas células do sangue e da maneira como tolera
o seu medicamento durante a fase concomitante.
Uma vez terminada a radioterapia, irá interromper o tratamento por 4 semanas. Isto dará
ao seu organismo a oportunidade de recuperar.
Depois iniciará a fase de monoterapia.
Durante a fase de monoterapia, a dose e a forma como toma Temozolomida Stada serão
diferentes. O seu médico irá determinar a sua dose exacta. Podem existir até 6 períodos
(ciclos)
tratamento.
Cada
dura
dias.
Irá
tomar
nova
dose
Temozolomida Stada sozinha uma vez por dia durante os primeiros 5 dias (“dias de
toma”) de cada ciclo. A primeira dose será 150 mg/m2. Depois terá 23 dias sem
Temozolomida Stada. Isto totaliza um ciclo de tratamento de 28 dias.
Após do Dia 28, iniciar-se-á o ciclo seguinte. Irá novamente tomar Temozolomida Stada
uma vez por dia durante 5 dias seguindo-se 23 dias sem Temozolomida Stada. A dose de
Temozolomida Stada pode ser ajustada, atrasada ou suspensa, dependendo da contagem
das suas células do sangue e da maneira como tolera o seu medicamento durante cada
ciclo de tratamento.
Doentes
tumores
recorrentes
pioraram
(glioma
maligno,
tais
como
glioblastoma multiforme ou astrocitoma anaplásico) a tomar apenas Temozolomida Stada
Um ciclo de tratamento com Temozolomida Stada dura 28 dias.
Irá tomar Temozolomida Stada sozinho uma vez por dia durante os primeiros 5 dias. Esta
dose diária depende do facto de ter recebido ou não quimioterapia anteriormente.
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não tiver
sido
previamente tratado
quimioterapia,
primeira
dose
Temozolomida Stada será 200 mg/m2 uma vez por dia durante os primeiros 5 dias. Se
tiver sido previamente tratado com quimioterapia, a sua primeira dose de Temozolomida
Stada será 150 mg/m2 uma vez por dia durante os primeiros 5 dias.
Depois terá 23 dias sem Temozolomida Stada. Isto totaliza um ciclo de tratamento de 28
dias.
Após o Dia 28 iniciar-se-á o ciclo seguinte. Irá novamente receber Temozolomida Stada
uma vez ao dia durante 5 dias, seguido de 23 dias sem Temozolomida Stada.
Antes de cada novo ciclo de tratamento, irá fazer análises ao sangue para verificar se a
dose de Temozolomida Stada precisa de ser ajustada. Dependendo dos resultados das
suas análises sanguíneas, o seu médico pode ajustar a sua dose para o ciclo seguinte.
Como tomar Temozolomida Stada
Tome a sua dose prescrita de Temozolomida Stada uma vez ao dia, preferencialmente à
mesma hora cada dia.
Tome as cápsulas com o estômago vazio; por exemplo, pelo menos uma hora antes da
hora que pretende tomar o pequeno-almoço. Engula a(s) cápsula(s) inteiras com um copo
de água. Não abra, esmage ou mastigue as cápsulas. Se uma cápsula estiver danificada,
evite o contacto do pó com a sua pele, olhos ou nariz. Se acidentalmente algum pó atingir
os seu olhos ou nariz, lave a área com água.
Dependendo da dose prescrita, poderá ter de tomar mais que uma cápsula ao mesmo
tempo, eventualmente com dosagens diferentes (conteúdo de substância activa, em mg).
A cor e a marcação da cápsula é diferente para cada dosagem (ver tabela abaixo).
Dosagem
Cor/marcação
TEMOZOLOMIDA STADA
5 mg
duas riscas a tinta verde na tampa e marcação “T 5 mg” a
tinta verde no corpo
TEMOZOLOMIDA STADA
20 mg
duas riscas a tinta laranja na tampa e marcação “T 20 mg” a
tinta laranja no corpo
TEMOZOLOMIDA STADA
100 mg
duas riscas a tinta rosa na tampa e marcação “T 100 mg” a
tinta rosa no corpo
TEMOZOLOMIDA STADA
140 mg
duas riscas a tinta azul na tampa e marcação “T 140 mg” a
tinta azul no corpo
TEMOZOLOMIDA STADA
180 mg
duas riscas a tinta vermelha na tampa e marcação “T 180
mg” a tinta vermelha no corpo
TEMOZOLOMIDA STADA
250 mg
duas riscas a tinta preta na tampa e marcação “T 250 mg” a
tinta preta no corpo
Deve assegurar-se que compreende na totalidade e que se recorda do seguinte:
- quantas cápsulas necessita de tomar em cada dia de toma. Peça ao seu médico ou
farmacêutico para escrever (incluindo a cor).
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- que dias são os seus dias de toma.
Reveja a dose com o seu médico de cada vez que inicia um novo ciclo, pois poderá ser
diferente do último ciclo.
Tomar Temozolomida Stada exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. Erros na forma como toma este medicamento
podem ter consequências graves para a saúde.
Se tomar mais Temozolomida do que deveria
Se acidentalmente tomar mais cápsulas de Temozolomida Stada do que o que lhe foi dito,
contacte o seu médico ou farmacêutico imediatamente.
Caso se tenha esquecido de tomar Temozolomida Stada
Tome a dose que se esqueceu o mais cedo possível, ainda no próprio dia. Caso tenha
passado um dia inteiro, consulte o seu médico. Não tome uma dose a dobrar para
compensar uma dose que se esqueceu de tomar, a menos que seja por indicação do seu
médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como
todos
medicamentos,
este
medicamento
pode
causar
efeitos
secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Contacte o seu médico imediatamente se ocorrer qualquer das seguintes situações:
- uma reacção alérgica (hipersensibilidade) grave (urticária, sibilos ou outro tipo de
dificuldade na respiração),
- hemorragia não controlada,
- ataques (convulsões),
- febre,
- forte dor de cabeça que não desaparece.
O tratamento com Temozolomida Stada pode causar a redução de certos tipos de células
sanguíneas. Tal poderá provocar um aumento de nódoas negras ou hemorragias, anemia
(uma diminuição de glóbulos vermelhos), febre, e diminuição da resistência a infeções. A
diminuição na contagem de células sanguíneas é normalmente transitória. Em alguns
casos, pode prolongar-se e conduzir a uma forma muito grave de anemia (anemia
aplástica).
médico
pedirá
regularmente
análises
sangue
para
detetar
quaisquer alterações e decidirá se é necessário qualquer tratamento específico. Em alguns
casos, a sua dose de Temozolomida Stada será reduzida ou suspensa.
Efeitos secundários de ensaios clínicos:
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Temozolomida Stada em tratamento em associação com radioterapia no glioblastoma
recentemente diagnosticado
Doentes a receber Temozolomida Stada em associação com radioterapia podem sentir
diferentes efeitos secundários dos doentes que tomem apenas Temozolomida Stada. Os
seguintes efeitos secundários podem ocorrer e podem requerer cuidados médicos.
Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em 10 pessoas): perda de apetite, dor de
cabeça,
obstipação
(dificuldade
defecar),
náusea
(sentir-se
indisposto),
vómitos,
erupção cutânea, perda de cabelo, cansaço.
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas): infecções orais, infecções de feridas,
diminuição do número de células sanguíneas (neutropenia, trombocitopenia, linfopenia,
leucopenia), aumento do açúcar no sangue, perda de peso, alterações no estado mental ou
de alerta, ansiedade/depressão, sonolência, dificuldade em falar, dificuldade em manter o
equilíbrio, tonturas, confusão, falta de memória, dificuldade de concentração, dificuldade
adormecer
manter-se
adormecido,
sensação
formigueiro,
nódoas
negras,
tremores, visão turva ou anormal, visão dupla, dificuldade de audição, dificuldade em
respirar, tosse, coagulação do sangue nas pernas, retenção de fluídos, pernas inchadas,
diarreia, dor no estômago ou abdominal, azia, distúrbios do estômago, dificuldade em
engolir, boca seca,
irritação da pele
vermelhidão, pele
seca, comichão,
fraqueza
muscular, articulações dolorosas, dores nos músculos, urinar frequentemente, dificuldade
em conter a urina, reacção alérgica, febre, danos causados pela radiação, face inchada,
dor, alteração no paladar, alterações nos testes de função hepática.
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas): sintomas tipo gripe, manchas
vermelhas de baixo da pele, aspecto de cara inchada ou fraqueza muscular, nível de
potássio no sangue baixo, ganho de peso, alterações de humor, alucinações e alterações
memória,
paralisia
parcial,
dificuldade
coordenação,
dificuldade
engolir,
alterações dos sentidos, perda parcial de visão, olhos secos ou dolorosos, surdez, infecção
no ouvido médio, zumbidos, dor de ouvidos, palpitações (quando consegue sentir o seu
coração),
coagulação
sangue
pulmões,
pressão
arterial
elevada,
pneumonia,
inflamação
seios
nasais,
bronquite,
constipação
gripe,
estômago
inchado,
dificuldade em controlar os movimentos do intestino, hemorróidas, escamação da pele,
aumento da sensibilidade da pele ao sol, alteração da cor da pele, aumento da sudação,
danos musculares, dor nas costas, dificuldade em urinar, hemorragia vaginal, impotência
sexual, períodos menstruais ausentes ou abundantes, irritação vaginal, dores na mama,
afrontamentos,
calafrios,
descoloração
língua,
alterações
cheiro,
sede,
alterações nos dentes.
Temozolomida Stada em monoterapia no glioma recorrente ou progressivo
Os seguintes efeitos adversos podem ocorrer e podem requerer atenção médica.
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Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em 10 pessoas): redução no número de células
sanguíneas (neutropenia ou linfopenia, trombocitopenia), perda de apetite, dor de cabeça,
vómitos, náusea (sentir-se indisposto), obstipação (dificuldade em defecar), cansaço.
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas): perda de peso, sonolência, tonturas,
sensação de formigueiro, dificuldade em respirar, diarreia, dor abdominal, distúrbios no
estômago,
diarreia,
erupção
cutânea,
comichão,
perda
cabelo,
febre,
fraqueza,
calafrios, mal-estar, dor, alteração do paladar.
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas): redução da contagem no número
de células sanguíneas (pancitopenia, anemia, leucopenia).
Raros (podem afetar até 1 em 1.000 pessoas): tosse, infeções incluindo pneumonia.
Muito raros (podem afetar até 1 em 10.000 pessoas): vermelhidão da pele, urticária,
erupção da pele, reacções alérgicas.
Outros efeitos secundários:
Foram notificados frequentemente casos de elevação dos valores de enzimas hepáticas.
Casos de bilirrubina aumentada, problemas com o fluxo biliar (colestase), hepatite e
lesões do fígado, incluindo falência do fígado que resultou em morte, foram pouco
frequentemente notificados.
Têm sido observados casos muito raros de erupção cutânea grave com inchaço da pele,
incluindo nas palmas das mãos e plantas dos pés, ou vermelhidão dolorosa da pele e/ou
bolhas no corpo ou na boca.
Informe o seu médico imediatamente se ocorrerem estes sintomas.
Têm
sido
observados
casos
muito
raros
efeitos
secundários
pulmonares
Temozolomida. Os doentes normalmente apresentam dificuldade em respirar e tosse.
Informe o seu médico se tiver qualquer destes sintomas.
casos
muito
raros,
doentes
tomar
Temozolomida
Stada
medicamentos
semelhantes podem ter um pequeno risco de desenvolver cancros secundários, incluindo
leucemia.
Foram comunicadas de forma pouco frequente infeções por citomegalovírus, novas ou
reativadas
(recorrentes) e infeções reativadas por vírus da hepatite B. Foram notificados de forma
pouco
frequente
casos
infeções
cerebrais
causadas
vírus
herpes
(meningoencefalite herpética), incluindo casos fatais.
Foram comunicados de forma pouco frequente casos de diabetes insípida. Os sintomas da
diabetes
insípida incluem urinar frequentemente e sensação de sede.
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Foram notificados casos de efeitos secundários hepáticos incluindo aumento das enzimas
hepáticas, aumento da bilirrubina, problemas no fluxo de bílis (colestase) e hepatite.
Foram reportados casos de danos no fígado, incluíndo falência hepática fatal.
Comunicação de efeitos secundários
tiver
quaisquer
efeitos
secundários,
incluindo
possíveis
efeitos
secundários
não
indicados
neste
folheto,
fale
médico ou
farmacêutico.
Também
poderá
comunicar efeitos secundários diretamente através de:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a
segurança deste medicamento.
5. Como cONSERVAr TEMOZOLOMIDA STADA
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças, de preferência num
armário fechado. A ingestão acidental pode ser letal para crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no rótulo e embalagem
exterior, após “VAL.:”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Conservar
na embalagem de origem para proteger da
luz. Manter os frascos bem
fechados para proteger da humidade. Não conservar acima de 30ºC.
Informe o seu farmacêutico se notar alguma alteração na aparência das cápsulas.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao
seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas
ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Temozolomida Stada
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A substância activa é a temozolomida. Cada cápsula contém 5/20/100/140/180/250 mg de
temozolomida.
Os outros componentes são:
- contéudo da cápsula: lactose anidra, sílica anidra coloidal, amido glicolato de sódio tipo
A, ácido tartárico, ácido esteárico.
TEMOZOLOMIDA STADA 5 mg:
- cápsula: gelatina, dióxido de titânio (E171), shellac, propilenoglicol, laca de alumínio
de Carmin de indigo (E132), óxido de ferro amarelo (E172)
TEMOZOLOMIDA STADA 20 mg:
- cápsula: gelatina, dióxido de titânio (E171), óxido ferro vermelho (E172), shellac,
propilenoglicol, laca de alumínio de amarelo sunset FCF (E110)
TEMOZOLOMIDA STADA 100 mg:
- cápsula: gelatina, dióxido de titânio (E171), shellac, propilenoglicol, óxido de ferro
amarelo (E172)
TEMOZOLOMIDA STADA 140 mg:
- cápsula: gelatina, dióxido de titânio (E171), shellac, propilenoglicol, laca de alumínio
de Carmin de indigo (E132)
TEMOZOLOMIDA STADA 180 mg:
- cápsula: gelatina, dióxido de titânio (E171), óxido de ferro vermelho (E172), shellac,
propilenoglicol
TEMOZOLOMIDA STADA 250 mg:
- cápsula: gelatina, dióxido de titânio (E171), shellac, propilenoglicol, óxido de ferro
preto (E172)
Qual o aspecto de Temozolomida Stada e conteúdo da embalagem
TEMOZOLOMIDA STADA 5 mg cápsulas têm um corpo branco opaco e uma tampa
com duas riscas a tinta verde e com a marcação “T 5 mg” a tinta verde no corpo, com um
diâmetro de aproximadamente 5,7 mm e um comprimento de aproximadamente 15,9 mm.
TEMOZOLOMIDA STADA 20 mg cápsulas têm um corpo branco opaco e uma tampa
com duas riscas a tinta laranja e com a marcação “T 20 mg” a tinta laranja no corpo, com
um diâmetro de aproximadamente 6,2 mm e um comprimento de aproximadamente 18,0
mm..
TEMOZOLOMIDA STADA 100 mg cápsulas têm um corpo branco opaco e uma tampa
com duas riscas a tinta rosa e com a marcação “T 100 mg” a tinta rosa no corpo, com um
diâmetro de aproximadamente 6,8 mm e um comprimento de aproximadamente 19,4
mm..
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TEMOZOLOMIDA STADA 140 mg cápsulas têm um corpo branco opaco e uma tampa
com duas riscas a tinta azul e com a marcação “T 140 mg” a tinta azul no corpo, com um
diâmetro de aproximadamente 7,5 mm e um comprimento de aproximadamente 21,7
mm..
TEMOZOLOMIDA STADA 180 mg cápsulas têm um corpo branco opaco e uma tampa
com duas riscas a tinta vermelha e com a marcação “T 180 mg” a tinta vermelha no
corpo,
diâmetro
aproximadamente
comprimento
aproximadamente 21,7 mm..
TEMOZOLOMIDA STADA 250 mg cápsulas têm um corpo branco opaco e uma tampa
com duas riscas a tinta preta e com a marcação “T 250 mg” a tinta preta no corpo, com
um diâmetro de aproximadamente 7,5 mm e um comprimento de aproximadamente 21,7
mm..
As cápsulas para administração oral são dispensadas em frascos de vidro ambar contendo
5 ou 20 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular
Stada, Lda.
Quinta da Fonte
Edifício D. Amélia - Piso 1, Ala B
2770-229 Paço de Arcos
Fabricantes
Nerviano Medical Sciences S.r.l.
Pharmaceutical Sciences
Viale Pasteur, 10
20014 Nerviano (MI)
Itália
STADApharm GmbH
Stadastrasse 2-18
61118 Bad Vilbel
Alemanha
Haupt Pharma Amareg GmbH
Donaustaufer Straße 378
93055 Regensburg
Alemanha
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Para qualquer informação sobre este medicamento, contactar o Titular de Autorização de
Introdução no mercado
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico
Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Temozolomide EG 5/20/100/140/180/250 mg capsules, hard
TEMOZO-cell 5/20/100/140/180/250 mg Hartkapseln
Temozolomid STADA
Temostad 5/20/100/140/180/250 mg Kemény kapszula
Temotan
Temozolomide EG 5/20/100/140/180/250 mg gélules
Temozolomide CF 5/20/100/140/180/250 mg capsule, hard
Temostad
Temozolomida Stada
Temozolomid
STADA 20/100/250 mg
Temozolomid STADA 20/100/140/180/250 mg Hårda Kapslar
TEMOSTAD 20/100/140/180/250 mg
Este folheto foi revisto pela última vez em junho de 2017
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RESUMO DAS CARACTERÍSITCAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Temozolomida Stada 5/20/100/140/180/250 mg Cápsulas
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada cápsula contém 5/20/100/140/180/250 mg de temozolomida.
Temozolomida Stada 5 mg:
Excipiente com efeito conhecido: Cada cápsula contém 87 mg de lactose anidra e
0,21 mg de sódio.
Temozolomida Stada 20 mg:
Excipiente com efeito conhecido: Cada cápsula contém 72 mg de lactowse anidra e
amarelo sunset FCF (E110) e 0,21 mg de sódio.
Temozolomida Stada 100 mg:
Excipiente com efeito conhecido: Cada cápsula contém 84 mg de lactose anidra e
0,42 mg de sódio.
Temozolomida Stada 140 mg:
Excipiente com efeito conhecido: Cada cápsula contém 117 mg de lactose anidra e
0,588 mg de sódio.
Temozolomida Stada 180 mg:
Excipiente com efeito conhecido: Cada cápsula contém 150 mg de lactose anidra e
0,756 mg de sódio.
Temozolomida Stada 250 mg:
Excipiente com efeito conhecido: Cada cápsula contém 209 mg de lactose anidra e
1,05 mg de sódio.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsulas
Temozolomida Stada 5 mg:
As cápsulas têm um corpo branco opaco e uma tampa com duas riscas a tinta verde
e o corpo tem um “T 5 mg” a tinta verde, com um diâmetro aproximado de 5,7 mm
e um comprimento de aproximadamente 15,9 mm.
Temozolomida Stada 20 mg:
As cápsulas têm um corpo branco opaco e uma tampa com duas riscas a tinta
laranja e o corpo tem um “T 20 mg” a tinta laranja, com um diâmetro aproximado de
6,2 mm e um comprimento de aproximadamente 18,0 mm.
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
Temozolomida Stada 100 mg:
As cápsulas têm um corpo branco opaco e uma tampa com duas riscas a tinta rosa e
o corpo tem um “T 100 mg” a tinta rosa, com um diâmetro aproximado de 6,8 mm e
um comprimento de aproximadamente 19,4 mm.
Temozolomida Stada 140 mg:
As cápsulas têm um corpo branco opaco e uma tampa com duas riscas a tinta azul e
o corpo tem um “T 140 mg” a tinta azul, com um diâmetro aproximado de 7,5 mm e
um comprimento de aproximadamente 21,7 mm.
Temozolomida Stada 180 mg:
As cápsulas têm um corpo branco opaco e uma tampa com duas riscas a tinta
vermelha e o corpo tem um “T 180 mg” a tinta vermelha, com um diâmetro
aproximado de 7,5 mm e um comprimento de aproximadamente 21,7 mm.
Temozolomida Stada 250 mg:
As cápsulas têm um corpo branco opaco e uma tampa com duas riscas a tinta preta
e o corpo tem um “T 250 mg” a tinta preta, com um diâmetro aproximado de 7,5
mm e um comprimento de aproximadamente 21,7 mm.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Temozolomida Stada cápsulas é indicado para o tratamento de:
doentes
adultos
glioblastoma
multiforme
recentemente
diagnosticado,
concomitantemente com radioterapia (RT) e, subsequentemente, como tratamento
em monoterapia.
- crianças a partir dos três anos, adolescentes e doentes adultos com glioma
maligno,
como
glioblastoma
multiforme
astrocitoma
anaplásico,
demonstre progressão ou recorrência após uma terapêutica padrão.
4.2 Posologia e modo de administração
Temozolomida
Stada
cápsulas
deve
apenas
receitado
médicos
experiência no tratamento oncológico de tumores cerebrais.
Pode ser administrada terapêutica anti-emética (ver secção 4.4).
Posologia
Doentes adultos com glioblastoma multiforme recentemente diagnosticado
Temozolomida Stada cápsulas é administrado em combinação com radioterapia focal
(fase
concomitante),
seguindo-se
até
ciclos
temozolomida
(TMZ)
monoterapia (fase de monoterapia).
Fase concomitante
A TMZ é administrada oralmente numa dose diária de 75 mg/m2 durante 42 dias
concomitantemente com radioterapia focal (60 Gy administrados em 30 fracções).
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
Não se recomendam reduções de dose, mas deverá ser decidido semanalmente o
atraso ou a suspensão da administração de TMZ, de acordo com critérios de
toxicidade hematológicos e não hematológicos. A administração de TMZ pode ser
prolongada para além do período concomitante de 42 dias (até um máximo de 49
dias) desde que as seguintes condições sejam cumpridas:
− contagem absoluta de neutrófilos (ANC) ≥1,5 x 109/l
− contagem de plaquetas ≥ 100 x 109/l
− critérios comuns de toxicidade (CCT) - toxicidade não hematológica ≤ Grau 1
(excepto para alopécia, náuseas e vómitos).
Durante o tratamento deve ser obtida semanalmente uma contagem sanguínea
completa. A administração de TMZ deve ser interrompida temporariamente ou
suspensa permanentemente durante a fase concomitante de acordo com os critérios
de toxicidade hematológicos e não hematológicos, como referido na Tabela 1.
Tabela 1. Interrupção ou suspensão da administração de TMZ durante a fase
concomitante com radioterapia e TMZ
Toxicidade
Interrupção da TMZa
Suspensão daTMZ
Contagem absoluta de neutrófilos
≥ 0,5 e < 1,5 x 109/l
<0,5 x 109/l
Número de plaquetas
≥ 10 e < 100 x 109/l
< 10 x 109/l
toxicidade
não
hematológica
(excepto para alopécia, náuseas, vómitos)
CCT Grau 2
CCT Grau 3 ou 4
a: O tratamento com TMZ concomitante pode ser retomado quando todas as
seguintes condições forem cumpridas: contagem absoluta de neutrófilos ≥ 1,5 x
109/l; número de plaquetas ≥ 100 x 109/l; CCT - toxicidade não hematológica ≤
Grau 1 (excepto para alopécia, náuseas, vómitos).
Fase de monoterapia
Quatro semanas após completar a fase concomitante de TMZ + RT, a TMZ é
administrada durante um período de até 6 ciclos de tratamento em monoterapia. A
dose no Ciclo 1 (monoterapia) é de 150 mg/m2 uma vez por dia durante 5 dias,
seguindo-se 23 dias sem tratamento. No início do Ciclo 2 a dose é aumentada para
200 mg/m2 desde que a CCT - toxicidade não hematológica para o Ciclo 1 seja de
Grau ≤ 2 (excepto para alopécia, náuseas, vómitos), a contagem absoluta de
neutrófilos (ANC) seja ≥ 1,5 x 109/l e a contagem de plaquetas seja ≥ 100 x 109/l.
Se a dose não foi aumentada no Ciclo 2, não deverá ser aumentada nos ciclos
subsequentes. Uma vez aumentada, a dose permanece nos 200 mg/m2 diários
durante os 5 dias iniciais de cada ciclo subsequente, excepto se ocorrer toxicidade.
As reduções da dose e suspensões da administração durante a fase de monoterapia
devem ser aplicadas de acordo com as Tabelas 2 e 3.
Durante o tratamento deve ser obtida uma contagem sanguínea completa no Dia 22
(21 dias após a administração da primeira dose de TMZ). A dose deve ser reduzida
ou a administração suspensa de acordo com a Tabela 3.
Tabela 2 Níveis posológicos de TMZ para o tratamento em monoterapia
Nível posológico
Dose
(mg/m2/dia)
Observações
–1
Redução por toxicidade anterior
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
Dose durante o Ciclo 1
Dose durante os Ciclos 2-6 na ausência de
toxicidade
Tabela 3. Redução da dose ou suspensão da administração de TMZ durante o
tratamento em monoterapia
Toxicidade
Reduzir
nível
posológicoa
Suspender a TMZ
Contagem
absoluta
neutrófilos
< 1,0 x 109/l
nota
rodapé b
Número de plaquetas
< 50 x 109/l
nota
rodapé b
Toxicidade
não
hematológica (excepto para
alopécia, náuseas, vómitos)
CCT Grau 3
CCT Grau 4b
a: Os níveis posológicos de TMZ encontram-se listados na Tabela 2.
b: A TMZ deve ser suspensa se:
- o nível de dose -1 (100 mg/m2) ainda provoca toxicidade inaceitável
- o mesmo Grau 3 de toxicidade não hematológica (excepto para alopécia, náuseas,
vómitos) recorre após a redução da dose.
Doentes adultos e pediátricos com 3 anos de idade ou mais com glioma maligno
recorrente ou progressivo:
Cada ciclo de tratamento tem a duração de 28 dias. Em doentes não submetidos,
anteriormente, a quimioterapia, a TMZ é administrada oralmente numa dose de 200
mg/m2, uma vez por dia, durante os 5 dias iniciais, seguindo-se uma interrupção do
tratamento durante 23 dias (total de 28 dias). Em doentes submetidos, previamente,
a quimioterapia, a dose inicial é de 150 mg/m2, uma vez por dia, que será
aumentada no segundo ciclo para 200 mg/m2, uma vez por dia, durante 5 dias, no
caso de não existir toxicidade hematológica (ver secção 4.4).
Populações especiais
Doentes pediátricos
Em doentes com 3 anos de idade ou mais, a TMZ só deve ser utilizada no glioma
maligno recorrente ou progressivo. A experiência nestas crianças é muito limitada
(ver secções 4.4. e 5.1). A segurança e eficácia de TMZ nas crianças com menos de
3 anos não foi estabelecida. Não existem dados disponíveis.
Doentes com compromisso renal ou hepático
A farmacocinética da TMZ foi comparável em doentes com função hepática normal e
em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado. Não existem dados
disponíveis acerca da administração de TMZ em doentes com compromisso hepático
grave (Classe C de Child) ou com compromisso renal. Com base nas propriedades
farmacocinéticas da TMZ, é pouco provável que seja necessário reduzir a dose em
doentes com compromisso hepático grave ou com qualquer nível de compromisso
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
renal. No entanto, deve haver prudência quando a TMZ é administrada a estes
doentes.
Doentes idosos
Com base numa análise farmacocinética populacional de doentes com idades entre
19 - 78 anos, a depuração de TMZ não é afectada pela idade. No entanto, os doentes
idosos (> 70 anos de idade) parecem correr um risco mais elevado de neutropenia e
trombocitopenia (ver secção 4.4).
Modo de administração
Temozolomida Stada cápsulas deverá ser administrado em jejum.
As cápsulas devem ser deglutidas inteiras com um copo de água, não devendo ser
abertas ou mastigadas.
Se ocorrerem vómitos após a administração de uma dose, não deve ser administrada
uma segunda dose nesse dia.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Hipersensibilidade à dacarbazina (DTIC).
Mielossupressão grave (ver secção 4.4).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Infeções oportunistas e reativação de infeções
Foram observadas infeções oportunistas (tais como pneumonia por Pneumocystis
jirovecii) e reativação de infeções (tais como HBV, CMV) durante o tratamento com
TMZ (ver secção 4.8).
Pneumonia por Pneumocytis iirovecii
Observou-se que doentes que receberam TMZ e RT concomitante num ensaio
principal durante um ensaio de período alargado de 42 dias estavam particularmente
em risco de desenvolvimento de pneumonia por Pneumocystis iirovecii (PCP).
Consequentemente, é necessária profilaxia contra a PCP em todos os doentes que
recebem TMZ e RT concomitante durante o regime de 42 dias (com um máximo de
49 dias) independentemente da contagem de linfócitos. Se ocorrer linfopenia, os
doentes devem continuar a profilaxia até recuperação da linfopenia para um grau
≤1.
Pode existir uma maior ocorrência de PCP quando a TMZ é administrada durante um
regime posológico mais prolongado. No entanto, todos os doentes que recebem TMZ,
particularmente
doentes
recebam
esteróides,
devem
cuidadosamente
observados
para
detecção
desenvolvimento
PCP independentemente
regime. Foram reportados casos de falência respiratória fatal em doentes a tomar
TMZ, em particular em combinação com dexametasona e outros esteroides.
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
Foi notificada hepatite causada pela reativação do vírus da hepatite B (HBV) que, em
alguns casos, resultou em morte. Devem ser consultados especialistas em doença
hepática antes de se iniciar o tratamento em doentes com serologia positiva para a
hepatite B (incluindo aqueles com doença ativa). Durante o tratamento os doentes
devem ser monitorizados e tratados apropriadamente.
Hepatotoxicidade
Foram reportados danos hepáticos, incluindo falência hepática fatal, em doentes
tratados com TMZ (ver secção 4.8). Devem ser efetuados testes da função baseline
do fígado antes do início do tratamento Se anormais, os médicos devem avaliar a
relação benefício/risco antes de começar o tratamento com temozolomida, incluindo
o potencial para falência hepática fatal. Para doentes com um ciclo de tratamento de
42 dias, devem ser repetidos testes da função hepática no meio do ciclo. Para todos
os doentes, devem ser efetuados testes da função hepática depois de cada ciclo de
tratamento. Para doentes com distúrbios no funcionamento do fígado, os médicos
devem avaliar o benefício/risco na continuação do tratamento. A toxicidade hepática
pode
ocorrer
várias
semanas
mais
depois
último
tratamento
temozolomida.
Neoplasias
Casos de síndroma mielodisplásica e neoplasias secundárias, incluindo leucemia
mielóide, têm sido notificados muito raramente (ver secção 4.8).
Terapêutica anti-emética
As náuseas e os vómitos estão muito frequentemente associados à TMZ.
A terapêutica anti-emética pode ser administrada antes ou após a administração de
TMZ.
Doentes adultos com glioblastoma multiforme recentemente diagnosticado
Recomenda-se profilaxia anti-emética antes da dose inicial da fase concomitante, e é
fortemente recomendada durante a fase de monoterapia.
Doentes com glioma maligno recorrente ou progressivo
Os doentes que sofreram emese grave (Grau 3 ou 4) em ciclos de tratamento
anteriores poderão necessitar de uma terapêutica anti-emética.
Meningoencefalite herpética
Em casos pós-comercialização foi observada meningoencefalite herpética (incluindo
casos fatais) em doentes que receberam TMZ em associação com radioterapia,
incluindo casos de administração concomitante de esteroides.
Parâmetros laboratoriais
Pode ocorrer mielosupressão nos doentes a tomar TMZ, incluindo pancitopenia
prolongada, que pode resultar em anemia aplástica, que nalguns casos teve um
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
desfecho
fatal.
Nalguns
casos,
exposição
medicamentos
concomitantes
associados
anemia
aplástica,
incluindo
carbamazepina,
fenitoína,
sulfametoxazole/trimetoprim,
dificulta
avaliação.
Antes
administrar
medicamento, os seguintes parâmetros laboratoriais devem ser satisfeitos: ANC ≥
1,5 x 109/l e contagem de plaquetas ≥ 100 x 109/l. Deve efectuar-se uma contagem
sanguínea completa no Dia 22 (21 dias após a administração da primeira dose) ou
no período de 48 horas após aquele dia e, semanalmente, até o ANC > 1,5 x 109/l e
contagem de plaquetas > 100 x 109/l. Se o ANC descer para < 1,0 x 109/l ou a
contagem de plaquetas for < 50 x 109/l, durante qualquer ciclo, deve reduzir-se um
nível posológico no ciclo seguinte (ver secção 4.2). Os níveis posológicos incluem
100 mg/m2, 150 mg/m2 e 200 mg/m2. A dose mínima recomendada é de 100
mg/m2.
População pediátrica
Não existe experiência clínica sobre a utilização de TMZ em crianças com menos de 3
anos de idade. A experiência em crianças mais velhas e adolescentes é muito
limitada (ver secções 4.2 e 5.1).
Doentes idosos (>70 anos de idade)
Os doentes idosos parecem ter um maior risco de neutropenia e trombocitopenia em
comparação com os doentes mais jovens. Assim, devem tomar-se medidas de
precaução especiais quando TMZ for administrado a doentes idosos.
Doentes do sexo masculino
Os homens que estão a ser tratados com TMZ devem ser aconselhados a não ter
filhos durante um período de até 6 meses após receberem a última dose e a obterem
informações sobre crioconservação de esperma antes do início do tratamento (ver
secção 4.6).
Lactose
Este medicamento contém lactose. Os doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à galactose, a deficiência em lactase de Lapp ou má absorção de
glucose-galactose não devem tomar este medicamento.
Temozolomida Stada 20 mg
O excipiente amarelo FCF (E110) incluido nas cápsulas pode causar reacções
alérgicas.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Num estudo separado, de fase I, a administração de TMZ com ranitidina não
provocou alterações no grau de absorção de temozolomida ou na exposição ao seu
metabolito activo, a monometil triazenoimidazol carboxamida (MTIC).
A administração de TMZ com alimentos provocou uma diminuição de 33 % da Cmáx
e uma diminuição de 9 % da área sob a curva (AUC).
Uma vez que não se pode excluir que a alteração da Cmáx é clinicamente
significativa, Temozolomida deve ser administrado sem alimentos.
APROVADO EM
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INFARMED
Com base numa análise farmacocinética da população em ensaios de fase II, a
depuração
não
alterada
pela
administração
concomitante
dexametasona,
procloroperazina,
fenitoína,
carbamazepina,
ondansetron,
antagonistas dos receptores H2 ou fenobarbital. A administração concomitante de
ácido valpróico foi associada a uma pequena, mas estatisticamente significativa,
diminuição da depuração da TMZ.
Não foram ainda realizados estudos para determinar o efeito da TMZ no metabolismo
ou eliminação de outros fármacos. No entanto, uma vez que a TMZ não é
metabolizada pelo fígado e apresenta uma fraca ligação às proteínas, é pouco
provável que afecte a farmacocinética de outros medicamentos (ver secção 5.2).
A utilização de TMZ em associação com outros agentes mielossupressores pode
aumentar a possibilidade de ocorrer mielossupressão.
População pediátrica
Estudos de interação foram efetuados apenas em adultos.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Não existem dados na mulher grávida. Nos estudos pré-clínicos em ratos e coelhos
tratados com 150 mg/m2 de TMZ, foi demonstrada teratogenicidade e/ou toxicidade
fetal (ver secção 5.3). Temozolomida cápsulas não deverá ser administrado a
mulheres grávidas. Se a utilização durante a gravidez tiver de ser considerada, a
doente deve ser informada acerca dos potenciais riscos para o feto.
Aleitamento
Não se sabe se a TMZ é excretada no leite humano; portanto a amamentação deve
ser descontinuada durante o tratamento com TMZ.
Mulheres em risco de engravidar
Não se sabe se a TMZ é excretada no leite humano; portanto, a amamentação deve
ser descontinuada durante o tratamento com TMZ.
Fertilidade masculina
A TMZ poderá ter efeitos genotóxicos. Nestas circunstâncias, os homens que estão a
ser medicados com TMZ devem ser aconselhados a não terem filhos por um período
até 6 meses após receberem a última dose e a obterem informações sobre a
crioconservação do esperma antes do início da terapêutica, dada a possibilidade de
infertilidade irreversível devido ao tratamento com TMZ.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
A TMZ tem uma influência menor na capacidade de conduzir e utilizar máquinas,
devido à fadiga e sonolência (ver secção 4.8)
4.8 Efeitos indesejáveis
APROVADO EM
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INFARMED
Experiência em ensaios clínicos
Em doentes tratados com TMZ, quer utilizada em associação com RT quer como
monoterapia após a RT para o glioblastoma multiforme recentemente diagnosticado,
ou como em monoterapia em doentes com glioma recorrente ou progressivo, as
reacções
adversas
muito
frequentes
notificadas
foram
semelhantes:
náuseas,
vómitos,
obstipação,
anorexia,
cefaleias
fadiga.
Foram
notificadas
muito
frequentemente convulsões em doentes com glioblastoma multiforme recentemente
diagnosticado em monoterapia, e foi notificada muito frequentemente erupção
cutânea em
doentes
glioblastoma multiforme
recentemente
diagnosticado
tratados
associação
também
monoterapia,
frequentemente
glioblastoma
recorrente.
maioria
reacções
adversas
hematológicas foram notificadas frequentemente
ou muito frequentemente
ambas as indicações (Tabelas 4 e 5); a frequência de resultados laboratoriais de
grau 3-4 é apresentada depois de cada tabela.
Nas tabelas, os efeitos indesejáveis são classificados de acordo com a Classe de
Sistema de Órgãos e frequência. Os grupos de frequência são definidos segundo a
seguinte convenção: Muito frequentes (≥ 1/10); Frequentes (≥ 1/100, < 1/10);
Pouco Frequentes (≥ 1/1.000, <1/100); Raros (≥ 1/10.000, <1/1.000); Muito raros
(<1/10.000); desconhecidos (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro
de cada classe de frequência.
Glioblastoma multiforme recentemente diagnosticado
A Tabela 4 descreve os acontecimentos adversos emergentes durante o tratamento
em doentes com glioblastoma multiforme recentemente diagnosticado durante as
fases concomitante e de monoterapia do tratamento.
Tabela 4: Acontecimentos emergentes com o tratamento durante as fases de tratamento
concomitante e em monoterapia em pacientes com gliobastoma multiforme recentemente
diagnosticado
Classe
Sistema
Órgãos
radioterapia
concomitante
n=288*
TMZ em monoterapia
n=224
Infecções e infestações
Frequentes:
Infecção,
Herpes
simplex,
infecção
ferida,
faringite,
candidíase oral
Infecção, candidíase oral
Pouco Frequentes:
Herpes
simplex,
Herpes
zoster, sintomas gripais
Doenças do sangue e do
sistema linfático
Frequentes:
Neutropenia, trombocitopenia,
linfopenia, leucopenia
Neutropenia
febril,
trombocitopenia,
anemia,
leucopenia
Pouco Frequentes:
Neutropenia febril, anemia
Linfopenia, petéquias
Doenças endócrinas
Pouco Frequentes:
Cushingóide
Cushingóide
Doenças do metabolismo
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INFARMED
e da nutrição
Muito Frequentes:
Anorexia
Anorexia
Frequentes:
Hiperglicemia,
redução
peso
Redução de peso
Pouco Frequentes:
Hipocaliemia,
aumento
fosfatase alcalina, aumento de
peso
Hiperglicemia,
aumento
peso
Perturbações
foro
psiquiátrico
Frequentes:
Ansiedade,
instabilidade
emocional, insónias
Ansiedade,
depressão,
instabilidade
emocional,
insónias
Pouco Frequentes:
Agitação,
apatia,
alterações
comportamentais,
depressão,
alucinações
Alucinações, amnésia
Doenças
sistema
nervoso
Muito Frequentes:
Cefaleias
Convulsões, cefaleias
Frequentes:
Convulsões,
estado
consciência
diminuída,
sonolência,
afasia,
equilíbrio
alterado,
tonturas,
confusão,
alteração
memória,
concentração
alterada,
neuropatia,
parestesias,
deficiência na fala, tremores
Hemiparesia,
afasia,
equilíbrio
alterado,
sonolência,
confusão,
tonturas,
alteração
memória,
concentração
alterada,
disfasia,
lesão
neurológica
neuropatia,
neuropatia
periférica,
parestesias,
deficiência
fala, tremores
Pouco Frequentes:
Estado epilético, perturbações
extrapiramidais,
hemiparesia,
ataxia, alterações da cognição,
disfasia, alterações da marcha,
hiperestesia,
hipotestesia,
lesão
neurológica
neuropatia periférica
Hemiplegia, ataxia, alteração
coordenação,
alterações
marcha,
hiperestesia,
perturbações sensoriais
Afecções oculares
Frequentes:
Visão turva
Defeito
campo
visual,
visão turva, diplopia
Pouco Frequentes:
Hemianopia,
redução
acuidade
visual,
afecções
visuais,
defeito
campo
visual, dor ocular
Redução da acuidade visual,
dor ocular, secura ocular
Afecções do ouvido e do
labirinto
Frequentes:
Perturbações auditivas
Perturbações
auditivas,
acufenos
Pouco Frequentes:
Otite
média,
acufenos,
hiperacuidade,
dores
ouvido
Surdez, vertigens, dores no
ouvido
Cardiopatias
Pouco Frequentes:
Palpitações
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INFARMED
Vasculopatias
Frequentes:
Hemorragia,
edema,
edema
nas pernas
Hemorragia,
trombose
venosa profunda, edema nas
pernas
Pouco Frequentes:
Hemorragia
cerebral,
hipertensão
Embolismo pulmonar, edema,
edema periférico
Doenças
respiratórias,
torácicas
mediastino
Frequentes:
Dispneia, tosse
Dispneia, tosse
Pouco Frequentes:
Pneumonia, infecção do tracto
respiratório
superior,
congestão nasal
Pneumonia, sinusite, infecção
tracto
respiratório
superior, bronquite
Doenças
gastrointestinais
Muito Frequentes:
Obstipação, náuseas, vómitos
Obstipação, náuseas, vómitos
Frequentes:
Estomatite,
diarreia,
abdominal, dispepsia, disfagia
Estomatite,
diarreia,
dispepsia,
disfagia,
xerostomia
Pouco Frequentes:
Distensão
abdominal,
incontinência
fecal,
doença
gastrointestinal
(NE),
gastroenterite, hemorróidas
Afecções
tecidos
cutâneos e subcutâneas
Muito Frequentes:
Erupção cutânea, alopécia
Erupção cutânea, alopécia
Frequentes:
Dermatite, pele seca, eritema,
prurido
Pele seca, prurido
Pouco Frequentes:
Exfoliação da pele, reacção de
fotossensibilidade,
alteração
da pigmentação
Eritema,
alteração
pigmentação,
aumento
sudorese
Afecções
musculosqueléticas
dos tecidos conjuntivos
Frequentes:
Fraqueza muscular, artralgia
Fraqueza muscular, artralgia,
musculosquelética,
mialgia
Pouco Frequentes:
Miopatia, dor nas costas, dor
musculo esquelética, mialgia
Miopatia, dor nas costas
Doenças
renais
urinárias
Frequentes:
Frequência
micção,
incontinência urinária
Incontinência urinária
Pouco Frequentes:
Disúria
Doenças
órgãos
genitais e da mama
Pouco Frequentes:
Impotência
Hemorragia
vaginal,
menorragia,
amenorreia,
vaginite, dor na mama
Perturbações
gerais
alterações
local
administração
APROVADO EM
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INFARMED
Muito Frequentes:
Fadiga
Fadiga
Frequentes:
Reacção
alérgica,
febre,
ferimentos
causados
pela
radiação,
edema
facial,
dor,
alteração do paladar
Reacção
alérgica,
febre,
ferimentos
causados
pela
radiação,
dor,
alteração
paladar
Pouco Frequentes:
Astenia,
rubor,
afrontamentos,agravamento
patologia,
calafrios,
descoloração
língua,
parosmia, sede
Astenia,
edema
facial,
dor,
agravamento
patologia,
calafrios, alterações dentárias
Exames complementares
de diagnóstico
Frequentes:
Aumento da ALAT
Aumento da ALAT
Pouco Frequentes:
Aumento
enzimas
hepaticas, aumento da Gama
GT, aumento da ASAT
*Um doente que foi colocado aleatoriamente no braço de RT isoladamente recebeu
TMZ + RT.
Resultados laboratoriais
observada
mielossupressão
(neutropenia
trombocitopenia)
conhecida toxicidade limitadora de dose para a maioria dos agentes citotóxicos,
incluindo TMZ. Quando as alterações laboratoriais e os acontecimentos adversos
foram combinados cruzando as fases de tratamento concomitante e de monoterapia,
foram observadas em 8 % dos doentes alterações de Grau 3 ou Grau 4 nos
neutrófilos, incluindo acontecimentos neutropénicos. Em 14 % dos doentes a receber
TMZ foram observadas alterações de Grau 3 ou Grau 4 nas plaquetas, incluindo
acontecimentos trombocitopénicos.
Glioma maligno recorrente ou progressivo
Nos ensaios clínicos, os efeitos indesejáveis relacionados com a terapêutica, mais
frequentes, foram as perturbações gastrointestinais, especificamente náuseas (43
%) e vómitos (36 %). Estas reacções foram, geralmente, de Grau 1 ou 2 (0 - 5
episódios de vómitos em 24 horas), tendo sido quer autolimitados quer rapidamente
controlados com a terapêutica anti-emética habitual. A incidência de náuseas e
vómitos graves foi de 4 %.
A tabela 5 inclui reacções adversas notificadas durante os ensaios clínicos no glioma
maligno recorrente ou progressivo e após a comercialização do TMZ.
Tabela 5.
Reacções
adversas
doentes com
glioma maligno
recorrente
progressivo
Infecções e infestações
Raras:
Infecções oportunistas, PCP
Doenças do sangue e do sistema linfático
Muito frequentes:
Neutropenia ou linfopenia (graus 3-4),
trombocitopenia (graus 3-4)
Pouco frequentes:
Pancitopenia,
anemia
(graus
3-4),
leucopenia
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
Doenças do metabolismo e da nutrição
Muito frequentes:
Anorexia
Frequentes:
Diminuição do peso
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes:
Cefaleias
Frequentes:
Sonolência, tonturas, parestesias
Doenças
respiratórias,
torácicas
mediastino
Frequentes:
Dispneia
Doenças gastrointestinais
Muito frequentes:
Vómitos, náuseas, obstipação
Frequentes:
Diarreia, dor abdominal, dispepsia
Afecções
tecidos
cutâneos
subcutâneas
Frequentes:
Erupção cutânea, prurido, alopécia
Muito raras:
Eritema
multiforme,
eritrodermia,
urticária, exantema
Perturbações gerais e alterações no local
de administração
Muito frequentes:
Fadiga
Frequentes:
Febre,
astenia,
calafrios,
mal-estar,
dor, alteração do paladar
Muito raras:
Reacções alérgicas, incluíndo anafilaxia,
angioedema
Resultados laboratoriais
Ocorreu
trombocitopenia
neutropenia
Graus
17%,
respectivamente, dos doentes tratados para glioma maligno. Este facto levou à
hospitalização
e/ou
interrupção
respectivamente.
mielossupressão era previsível (normalmente nos primeiros ciclos, com um valor
mais baixo entre o Dia 21 e o Dia 28), e a recuperação foi rápida, habitualmente
entre 1-2 semanas. Não se observou evidência de mielossupressão cumulativa. A
presença de trombocitopenia pode aumentar o risco de hemorragia, e a presença de
neutropenia ou leucopenia pode aumentar o risco de infecção.
Género
Numa análise de farmacocinética da população de ensaios clínicos existiam 101
mulheres e 169 homens para quem o valor da contagem de neutrofilos estava
disponível e 110 mulheres e 174 homens para quem o valor da contagem de
plaquetas estava disponível. Houve maiores taxas de neutropenia Grau 4 (ANC <0,5
x 109/l), 12 % vs 5%, e trombocitopenia (<20 x 109/l), 9 % vs 3% em mulheres vs
homens, no primeiro ciclo de tratamento.Num conjunto de dados de 400 indivíduos
com glioma recorrente, ocorreu neutropenia de Grau 4 em 8% das mulheres vs 4%
dos homens e trombocitopenia de Grau 4 em 8% das mulheres vs 3% dos homens
no primeiro ciclo de tratamento. Num estudo de 288 indivíduos com glioblastoma
multiforme recentemente diagnosticado, ocorreu neutropenia de Grau 4 em 3% das
mulheres vs 0% dos homens e trombocitopenia de Grau 4 em 1% das mulheres vs
0% dos homens no primeiro ciclo de tratamento.
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
População pediátrica
A TMZ oral foi estudada nos doentes pediátricos (idades 3-18 anos) com glioma
cerebral recorrente ou astrocistoma de elevado grau recorrente, administrada num
regime diário durante 5 dias cada 28 dias. Apesar dos dados serem limitados, é
expectável que a tolerância nas crianças seja a mesma do que nos adultos. A
segurança da TMZ em crianças com menos de 3 anos não foi estabelecida.
Experiência Pós-Comercialização
As seguintes reações adversas graves adicionais foram identificadas durante a
experiência pós-comercialização:
Tabela 6. Resumo dos eventos reportados com temozolomida na experiência pós-
comercialização*
Infeções e infestações*
Pouco frequentes
infeção por citomegalovírus, reativação da
infeção por
citomegalovírus e por vírus da hepatite B†
meningoencefalite herpética (incluindo casos
com desfecho fatal)
Doenças do sangue e do Sistema
linfático
Muito raros:
Pancitopenia prolongada, anemia aplástica†
Neoplasias benignas malignas e não especificadas
Muito raros:
síndrome
mielodisplástica,
malignidades
secundárias, incluindo leucemia mielóide
Doenças endócrinas*
Pouco frequentes:
Diabetes insípida
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Muito raros:
Pneumonia intersticial
pneumonitis, fibrose
pulmonar, falência respiratória†
Afeções hepatobiliares
Frequentes:
Elevação dos valores das enzimas hepáticas
Desconhecido:
Hiperbilirrubinémia,
colestase,
hepatite,
danos hepáticos, falência hepática†
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Muito raros:
Necrólise
epidérmica
tóxica,
síndrome
Stevens-Johnson
† incluindo casos com desfecho fatal
* Frequências estimadas com base nos ensaios clínicos relevantes.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Foram avaliadas, clinicamente, em doentes doses de 500, 750, 1.000 e 1.250
mg/m2 (dose total por ciclo durante 5 dias). A toxicidade limitante da dose foi
hematológica e foi notificada com qualquer dose, embora se espere que seja mais
grave com doses mais elevadas. Um doente tomou uma sobredosagem de 10.000
mg (dose total num ciclo único, durante 5 dias), e as reacções adversas notificadas
foram pancitopenia, pirexia, falência multi-orgânica e morte. Existem notificações de
doentes que tomaram a dose recomendada por mais de 5 dias de tratamento (até 64
dias) com acontecimentos adversos notificados que incluem supressão da medula
óssea, com ou sem infecção, nalguns casos grave e prolongada e resultando em
morte. Em caso de sobredosagem, é necessária avaliação hematológica. Devem ser
fornecidas medidas de suporte de acordo com as necessidades.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
16.1.2
Medicamentos
antineoplásicos
imunomoduladores; Citotóxicos; Citotóxicos relacionados com alquilantes. Código
ATC: L01A X03
Mecanismo de ação
A TMZ é um fármaco triazeno, que sofre uma rápida conversão química, a um pH
fisiológico, no activo monometil triazenoimidazol carboxamida (MTIC). Pensa-se que
a citotoxicidade da MTIC seja atribuída, principalmente, à alquilação na posição O6
da guanina, com alquilação adicional na posição N7. Pensa-se que as lesões
citotóxicas que surgem subsequentemente envolvem a reparação aberrante da
adução metilo.
Eficácia clínica e segurança
Glioblastoma multiforme recentemente diagnosticado
Um total de 573 doentes foram aleatorizados para receber TMZ + RT (n=287) ou RT
isoladamente
(n=286).
doentes
braço
receberam
concomitante (75 mg/m2) uma vez por dia, com início no primeiro dia de RT até ao
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
último dia de RT, durante 42 dias (com um máximo de 49 dias). Seguiu-se TMZ em
monoterapia (150-200 mg/m2) nos Dias 1-5 de cada ciclo de 28 dias, por um
período de até 6 ciclos, com início 4 semanas após o final da RT. Os doentes no
braço controlo receberam apenas RT. Foi necessária profilaxia contra a pneumonia
por Pneumocystis iirovecii (PCP) durante a terapêutica com RT e terapêutica
combinada com TMZ.
A TMZ foi administrada como terapêutica de último recurso na fase de seguimento
em 161 dos 282 doentes (57%) no braço da RT isolada, e em 62 dos 277 doentes
(22%) no braço de TMZ + RT.
A taxa de risco (TR) para a sobrevivência global foi de 1,59 (IC 95% para uma
TR=1,33-1,91),
log-rank
<0,0001
favor
braço
TMZ.
probabilidade estimada de sobrevivência de 2 ou mais anos (26% vs 10%) é
superior no braço de RT + TMZ. A adição de TMZ concomitante à RT, seguindo-se
TMZ em monoterapia, no tratamento de doentes com glioblastoma multiforme
recentemente diagnosticado demonstrou uma melhoria estatisticamente significativa
da sobrevivência global (SG) em comparação com a RT isoladamente (Figura 1).
Figura 1 Curvas Kaplan-Meier para a sobrevivência global (população em Intenção de
Tratar)
Os resultados do ensaio não foram consistentes no subgrupo de doentes com um
baixo desempenho (WHO PS=2, n=70), nos quais a sobrevivência global e o tempo
até à progressão foram semelhantes nos dois braços.
No entanto, neste grupo de doentes não parecem existir riscos inaceitáveis.
Glioma maligno recorrente ou progressivo
Os dados relativos à eficácia clínica em doentes com glioblastoma multiforme
(Karnofsky nível de desempenho [KPS] ≥70), progressivo ou recorrente, após
cirurgia e RT, foram baseados em dois ensaios clínicos com TMZ oral. Um foi um
ensaio não comparativo realizado em 138 doentes (29% submetidos anteriormente a
quimioterapia), e o outro correspondeu a um ensaio activo controlado, aleatorizado,
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
sobre a TMZ vs procarbazina, realizado num total de 225 doentes (67% submetidos
anteriormente a quimioterapia à base de nitrosureias). Em ambos os ensaios, o
endpoint primário foi a sobrevivência sem progressão (PFS), definida com base em
RMNs ou no agravamento neurológico. No ensaio não comparativo, a PFS aos 6
meses foi 19%, a mediana da sobrevivência sem progressão foi 2,1 meses e a
mediana da sobrevivência global foi 5,4 meses. A taxa de resposta objectiva (ORR)
com base em RMNs foi 8%.
No ensaio activo controlado aleatorizado, a PFS aos 6 meses foi significativamente
maior com a TMZ do que com a procarbazina (21% vs 8%, respectivamente - p =
0,008,
Qui-quadrado),
sendo
mediana
2,89
1,88
meses,
respectivamente (p=0,0063, postos logarítmicos). A mediana da sobrevivência foi de
7,34 e 5,66 meses para a TMZ e para a procarbazina, respectivamente (p=0,33,
postos logarítmicos). Decorridos 6 meses, a percentagem de doentes sobreviventes
no ramo da TMZ foi significativamente maior (60%) do que no ramo da procarbazina
(44%)
(p=0,019,
quadrado).
doentes
previamente
submetidos
quimioterapia foi demonstrado um benefício nos que apresentavam um KPS ≥80.
Os dados relativos ao tempo até ao agravamento do perfil neurológico foram
favoráveis à TMZ, em comparação com a procarbazina; esta tendência foi também
observada no tempo decorrido até ao agravamento do nível de desempenho
(redução até um KPS <70 ou redução de, pelo menos, 30 pontos). As medianas do
tempo até à progressão destes parâmetros de avaliação final foram entre 0,7 e 2,1
meses mais prolongadas com a TMZ do que com a procarbazina (p=<0,01 a 0,03,
postos logarítmicos).
Astrocitoma anaplásico recorrente
Num ensaio de fase II multicêntrico prospectivo, em que se avaliou a segurança e
eficácia da TMZ oral no tratamento de doentes com primeira recidiva de astrocitoma
anaplásico, a PFS aos 6 meses foi de 46%. A mediana da PFS foi de 5,4 meses. A
mediana da sobrevivência global foi de 14,6 meses. A taxa de resposta, baseada na
avaliação do revisor central, foi 35% (13 RC e 42 RP) na população com intenção de
tratar (ITT) n=162. Registaram-se 43 doenças mantidas. A sobrevivência livre de
doença aos 6 meses, na população com ITT, foi de 44%, registando-se uma mediana
de 4,6 meses, semelhante aos resultados obtidos na sobrevivência sem progressão.
Na população histologicamente elegível, os resultados semelhantes em termos de
eficácia foram semelhantes. A documentação radiológica de uma resposta positiva ou
a não progressão da doença esteve fortemente associada a melhoria ou manutenção
da qualidade de vida.
População pediátrica
A TMZ oral foi estudada em doentes pediátricos (idade entre os 3-18 anos) com
glioma recorrente do tronco cerebral ou astrocitoma de grau alto recorrente, num
regime de administração diária durante 5 dias a cada 28 dias. A tolerância à TMZ é
semelhante à dos adultos.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A TMZ é espontaneamente hidrolisada ao pH fisiológico, principalmente na sua
espécie
activa,
3-metil-(triazeno-1-il)imidazol-4-carboxamida
(MTIC).
MTIC
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
espontaneamente
hidrolisada
5-amino-imidazol-4-carboxamida
(AIC),
conhecido
intermediário
biossíntese
purina
ácido
nucleico,
metilhidrazina, que se pensa ser a espécie activa alquilante. Pensa-se que a
citotoxicidade da MTIC se deve principalmente à alquilação do ADN maioritariamente
nas posições O6 e N7 da guanina. Relativamente à AUC da TMZ, a exposição à MTIC
e à AIC é, ~2,4% e 23%, respectivamente. In vivo, o t1/2 da MTIC foi semelhante
ao da TMZ, 1,8 h.
Absorção
Após a administração oral a doentes adultos, a TMZ é absorvida rapidamente,
atingindo concentrações máximas tão cedo quanto os primeiros 20 minutos pós-
administração (tempo médio entre 0,5 e 1,5 horas). Após a administração oral de
marcada
14C,
excreção
fecal
média
14C,
dias
pós-
administração, foi de 0,8%, indicando uma absorção completa.
Distribuição
A TMZ apresenta uma fraca ligação às proteínas (10% a 20%), não sendo, portanto,
esperado que interactue com substâncias com elevada ligação às proteínas. Os
estudos PET realizados no ser humano e os dados pré-clinicos sugerem que a TMZ
atravessa
rapidamente
barreira hemato-encefálica
e é
detectada
no líquido
cefalorraquidiano (LCR). A penetração no LCR foi confirmada num doente; a
exposição do LCR, baseada na AUC da TMZ, foi cerca de 30% da registada no
plasma, a qual é consistente com os dados dos estudos em animais.
Eliminação
A semi-vida plasmática (t1/2) é, aproximadamente, 1,8 horas. A principal via de
eliminação de 14C é a renal. Após a administração oral, cerca de 5% a 10% da dose
é recuperada na urina, sob a forma inalterada, no período de 24 horas, sendo o
restante
excretado
forma
ácido
temozolomídico,
5-aminoimidazol-4-
carboxamida (AIC) ou de metabolitos polares não identificados.
As concentrações plasmáticas aumentam em função da dose administrada. A
depuração plasmática, o volume de distribuição e a semi-vida são independentes da
dose.
Populações especiais
A análise da farmacocinética da TMZ, com base na população, revelou que a
depuração plasmática da TMZ foi independente da idade, da função renal ou do
consumo
tabaco.
estudo
farmacocinético
separado,
perfis
farmacocinéticos
plasmáticos
doentes
compromisso
hepático
ligeiro
moderado foram semelhantes aos observados em doentes com função hepática
normal.
Os doentes pediátricos apresentaram uma AUC mais elevada que os doentes
adultos; contudo, a dose máxima tolerada (MTD) foi de 1.000 mg/m2 por ciclo, tanto
na criança como no adulto.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
Foram realizados estudos de toxicidade de ciclo único (administração durante 5 dias,
23 dias sem tratamento), de 3 e 6 ciclos, no rato e no cão. Os alvos primários de
toxicidade incluíram a medula óssea, o sistema linfo-reticular, os testículos e o
aparelho gastrintestinal, e, em doses superiores, as quais foram letais para 60% a
100% dos ratos e cães testados, ocorreu degeneração da retina. A maioria da
toxicidade demonstrou ser reversível, excepto nos efeitos adversos no sistema
reprodutor masculino e na degeneração da retina. No entanto, uma vez que as doses
implicadas na degeneração da retina se situavam num nível letal, e que não foram
observados efeitos comparáveis em estudos clínicos, estes resultados não foram
considerados clinicamente relevantes.
A TMZ é um agente alquilante embriotóxico, teratogénico e genotóxico. A TMZ é
mais tóxica para o rato e cão do que para o homem, e a dose terapêutica aproxima-
se da dose mínima letal nos ratos e cães. A redução dos leucócitos e plaquetas
relacionada com a dose, parecem ser indicadores sensíveis de toxicidade. Foi
descrita
variedade
neoplasias,
incluindo
carcinomas
mama,
queratoacantoma da pele e adenoma das células basais, no estudo de 6 ciclos no
rato, não tendo sido observados quaisquer tumores ou lesões pré-neoplásicas nos
estudos realizados no cão. Os ratos pareceram ser particularmente sensíveis aos
efeitos oncogénicos da TMZ, ocorrendo o primeiro tumor 3 meses após o início do
tratamento. Este período de latência é muito curto, mesmo para um agente
alquilante.
Os resultados obtidos no teste de Ames/Salmonella e no teste de aberração
cromossómica
realizado
Linfócitos
Sangue
Periférico
Humano
(HPBL)
revelaram uma resposta positiva de mutagenicidade.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1. Lista dos excipientes
Temozolomida Stada 5 mg:
Conteúdo da cápsula
Lactose anidra
Amido glicolato de sódio Tipo A
Sílica coloidal anidra
Ácido tartárico
Ácido esteárico
Cápsula
Gelatina
Dióxido de titânio (E171)
Tinta de impressão
Shellac
Propilenoglicol
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro amarelo (E172)
Laca de alumínio de Carmin de indigo (E132)
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
Temozolomida Stada 20 mg:
Conteúdo da cápsula
Lactose anidra
Amido glicolato de sódio Tipo A
Sílica coloidal anidra
Ácido tartárico
Ácido esteárico
Cápsula
Gelatina
Dióxido de titânio (E171)
Tinta de impressão
Shellac
Propilenoglicol
Dióxido de titânio (E171)
Laca de alumínio de amarelo sunset FCF (E110)
Temozolomida Stada 100 mg:
Conteúdo da cápsula
Lactose anidra
Amido glicolato de sódio Tipo A
Sílica coloidal anidra
Ácido tartárico
Ácido esteárico
Cápsula
Gelatina
Dióxido de titânio (E171)
Tinta de impressão
Shellac
Propilenoglicol
Óxido de ferro vermelho (E172)
Óxido de ferro amarelo (E172)
Dióxido de titânio (E171)
Temozolomida Stada 140 mg:
Conteúdo da cápsula
Lactose anidra
Amido glicolato de sódio Tipo A
Sílica coloidal anidra
Ácido tartárico
Ácido esteárico
Cápsula
Gelatina
Dióxido de titânio (E171)
Tinta de impressão
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
Shellac
Propilenoglicol
Laca de alumínio de Carmin de indigo (E132)
Temozolomida Stada 180 mg:
Conteúdo da cápsula
Lactose anidra
Amido glicolato de sódio Tipo A
Sílica coloidal anidra
Ácido tartárico
Ácido esteárico
Cápsula
Gelatina
Dióxido de titânio (E171)
Tinta de impressão
Shellac
Propilenoglicol
Óxido de ferro vermelho (E172)
Temozolomida Stada 250 mg:
Conteúdo da cápsula
Lactose anidra
Amido glicolato de sódio Tipo A
Sílica coloidal anidra
Ácido tartárico
Ácido esteárico
Cápsula
Gelatina
Dióxido de titânio (E171)
Tinta de impressão
Shellac
Óxido de ferro preto
Propilenoglicol
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz. Manter os frascos bem
fechados para proteger da humidade. Não conservar acima de 30ºC.
APROVADO EM
08-09-2018
INFARMED
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Frascos de vidro ambar com fecho com rosca resistente à abertura por crianças de
polipropileno, que vem equipado com um selo de indução de polietileno, contendo 5
e 20 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
As cápsulas não devem ser abertas. No caso de uma cápsula se danificar, o contacto
do pó do seu conteúdo com a pele ou com as mucosas deve ser evitado. Se o
Temozolomida Stada entrar em contacto com a pele ou as mucosas, deverá lavar
imediata e meticulosamente com água e sabão.
Os doentes devem ser aconselhados a manter as cápsulas fora do alcance e da vista
das crianças, de preferência num armário fechado. A ingestão acidental pode ser
letal para as crianças.
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Stada, Lda.
Quinta da Fonte
Edifício D. Amélia - Piso 1, Ala B
2770-229 Paço de Arcos
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
23/05/2017