Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
19-06-2015
19-06-2015
APROVADO EM
19-06-2015
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o doente
Telmisartan Mylan 20 mg comprimidos
Telmisartan Mylan 40 mg comprimidos
Telmisartan Mylan 80 mg comprimidos
telmisartan
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento,
pois contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Telmisartan Mylan e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Telmisartan Mylan
3. Como tomar Telmisartan Mylan
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Telmisartan Mylan
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Telmisartan Mylan e para que é utilizado
Telmisartan
Mylan
contém
telmisartan
qual
pertence
classe
medicamentos conhecidos como antagonistas dos recetores da angiotensina II. A
angiotensina II é uma substância produzida no seu organismo, que provoca o
estreitamento dos seus vasos sanguíneos, aumentando assim a sua tensão arterial.
Telmisartan Mylan bloqueia o efeito da angiotensina II, provocando um relaxamento
dos vasos sanguíneos, diminuindo assim a sua tensão arterial.
Telmisartan Mylan é utilizado para tratar a hipertensão (tensão arterial elevada)
essencial em adultos. “Essencial” significa que a tensão arterial elevada não é
causada por nenhuma outra condição.
tensão
arterial
elevada,
não for
tratada,
pode
causar
lesão
vasos
sanguíneos em vários órgãos, o que pode, em alguns casos, conduzir a ataque
cardíaco, insuficiência cardíaca ou renal, acidente vascular cerebral, ou cegueira.
Normalmente, não há sintomas de tensão arterial elevada antes de ocorrer lesão.
Por isso, é importante medir regularmente a sua tensão arterial para verificar se a
mesma se encontra dentro dos valores normais.
Telmisartan Mylan é também utilizado para a redução do risco de ataque cardíaco ou
AVC, em adultos que estão em risco porque têm o fornecimento de sangue ao
coração ou às pernas reduzido ou bloqueado, tiveram um AVC no passado ou têm
lesões nos órgãos causadas pela diabetes. O seu médico poderá dizer-lhe se tem um
risco elevado para estes acontecimentos.
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2. O que precisa de saber antes de tomar Telmisartan Mylan
Não tome Telmisartan Mylan:
- se tem alergia ao telmisartan ou a qualquer outro componente deste medicamento
(indicados na secção 6).
- se estiver grávida de mais de três meses (é preferível também evitar tomar
Telmisartan Mylan no início da gravidez – ver secção Gravidez).
- se sofre de problemas hepáticos graves, como colestase ou obstrução biliar
(problemas com a drenagem da bílis a partir do fígado e da vesícula biliar) ou de
qualquer outra doença hepática grave.
- se tem diabetes ou função renal diminuída e está a ser tratado com um
medicamento que contém aliscireno para diminuir a pressão arterial.
Se alguma das situações acima descritas se aplica a si, informe o seu médico ou
farmacêutico antes de tomar Telmisartan Mylan.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico se sofre ou alguma vez sofreu de qualquer uma das seguintes
condições ou doenças:
- se tem doença renal ou foi submetido a um transplante renal.
- se tem estreitamento dos vasos sanguíneos para um ou ambos os rins (estenose
arterial renal).
- se tem qualquer outra doença do fígado.
- se tem problemas cardíacos.
- se tem pressão arterial baixa (hipotensão), que pode ocorrer se tiver uma perda
excessiva de água corporal (desidratação), se tiver deficiência salina devida a
terapêutica diurética ou está a fazer uma dieta pobre em sal ou se tem diarreia ou
vómitos.
- se está a fazer retenção de sal e água no organismo juntamente com desequilíbrio
de vários minerais sanguíneos (níveis aumentados de aldosterona).
- se tem níveis elevados de potássio no seu sangue.
- se tem diabetes.
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Telmisartan Mylan:
- se estiver a tomar digoxina.
- se está a tomar algum dos seguintes medicamentos para tratar a pressão arterial
elevada:
- um inibidor da ECA (por exemplo enalapril, lisinopril, ramipril), em particular se
tiver problemas nos rins relacionados com diabetes.
- aliscireno .
O seu médico pode verificar a sua função renal, pressão arterial e a quantidade de
eletrólitos (por exemplo, o potássio) no seu sangue em intervalos regulares.
Ver também a informação sob o título “Não tome Telmisartan Mylan"
Se é de raça negra; tal como com todos os outros antagonistas dos recetores da
angiotensina II, Telmisartan Mylan pode ser menos efetivo na diminuição da tensão
arterial em doentes de raça negra.
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Deve informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida.
Telmisartan Mylan não está recomendado no início da gravidez e não pode ser
tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente
prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta altura (ver secção Gravidez).
Em caso de cirurgia ou anestesia, deve informar o seu médico de que está a tomar
Telmisartan Mylan.
Crianças e adolescentes
A utilização de Telmisartan Mylan em crianças e adolescentes até aos 18 anos de
idade não é recomendada.
Outros medicamentos e Telmisartan Mylan
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos. O seu médico pode
necessitar
alterar
dose
desses
outros
medicamentos
tomar
outras
precauções. Em alguns casos pode ter que parar de tomar um dos medicamentos.
Isto aplica-se especialmente aos medicamentos abaixo listados quando tomados ao
mesmo tempo que Telmisartan Mylan:
- Lítio (para tratar alguns tipos de depressão).
- Medicamentos que podem aumentar os níveis de potássio no sangue, tais como,
substitutos salinos contendo potássio, diuréticos poupadores de potássio (alguns
“comprimidos que aumentam a produção de urina”), inibidores da ECA, antagonistas
dos recetores da angiotensina II, AINEs (medicamentos anti-inflamatórios não
esteroides, tais como aspirina ou ibuprofeno), heparina, imunossupressores (tais
como ciclosporina ou tacrolimus) e o antibiótico trimetoprim.
- Medicamentos que aumentam a produção de urina (diuréticos), como por exemplo
a furosemida, hidroclorotiazida, amilorida; especialmente se tomados em doses
elevadas conjuntamente com Telmisartan Mylan, podem levar a excessiva perda de
água corporal e baixa tensão arterial (hipotensão).
- À semelhança do que se verifica com outros medicamentos que diminuem a tensão
arterial, o efeito de Telmisartan Mylan pode ser reduzido se estiver a tomar AINEs
(medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, tais como aspirina e ibuprofeno)
ou corticosteroides.
- Outros medicamentos para tratar a tensão arterial elevada, analgésicos fortes,
barbituratos (para a epilepsia), baclofeno (usado para tratar a paralisia cerebral e a
esclerose múltipla), amifostina (utilizada para prevenir febre e infeções em doentes a
receber quimioterapia ou radioterapia) ou comprimidos para a depressão.
Se está a tomar um inibidor da ECA ou aliscireno (ver também informações sob os
títulos “Não tome Telmisartan Mylan” e “Advertências e precauções”).
- Digoxina.
Telmisartan Mylan pode aumentar o efeito de diminuição da tensão arterial de outros
medicamentos utilizados para tratar a tensão arterial elevada.
Telmisartan Mylan com álcool
Telmisartan Mylan pode aumentar o efeito redutor da tensão arterial quando tomado
com álcool, o que poderá fazer com que se sinta tonto ou com a cabeça oca e
desmaiar, especialmente quando se levanta depois de estar sentado ou deitado.
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Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Gravidez
Deve informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida. O seu
médico normalmente aconselhá-la-á a interromper Telmisartan Mylan antes de
engravidar ou assim que estiver grávida e a tomar outro medicamento em vez de
Telmisartan Mylan. Telmisartan Mylan não está recomendado no início da gravidez e
não pode ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser
gravemente prejudicial para o bebé se utilizado a partir do terceiro mês de gravidez.
Amamentação
Deverá informar o seu médico de que se encontra a amamentar ou que está prestes
a iniciar a amamentação. Telmisartan Mylan não está recomendado em mães que
estejam a amamentar, e nestes casos o seu médico poderá indicar outro tratamento
caso
pretenda
amamentar,
especialmente
bebé
recém-nascido
prematuro.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Algumas pessoas sentem tonturas ou cansaço quando estão a ser tratadas para a
tensão arterial elevada. Se sentir tonturas ou cansaço, não conduza veículos ou
utilize máquinas.
3. Como tomar Telmisartan Mylan
Tome
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose recomendada de Telmisartan Mylan vai depender da indicação para a qual
está a tomar este medicamento. Deve tomar a sua dose uma vez por dia e sempre à
mesma hora todos os dias.
Para o tratamento da tensão arterial elevada, a dose recomendada é de 40 mg uma
vez por dia para controlar a tensão arterial alta ao longo de um período de 24 horas.
No entanto, por vezes, o seu médico pode recomendar uma dose mais baixa de 20
mg ou uma dose mais elevada de 80 mg. A dose de 20 mg pode ser suficiente para
alguns doentes. Telmisartan Mylan pode também ser utilizado com diuréticos
(“comprimidos que aumentam a produção de urina”) tais como a hidroclorotiazida
que tem demonstrado ter um efeito aditivo na diminuição da tensão arterial com
telmisartan.
Para a redução do risco de um ataque cardíaco ou de AVC, a dose recomendada é de
dia.
início
tratamento,
tensão
arterial
deverá
frequentemente monitorizada.
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Se tiver a impressão que o efeito de Telmisartan Mylan é muito forte ou muito fraco,
fale com o seu médico ou farmacêutico.
O seu medicamento está disponível em 3 dosagens:
20 mg, 40 mg e 80 mg.
Utilização em crianças e adolescentes
Crianças e adolescentes de idade inferior a 18 anos não devem tomar Telmisartan
Mylan.
Método de administração
Engula os comprimidos inteiros com água ou outra bebida não alcoólica.
Pode tomar Telmisartan Mylan com ou sem alimentos.
Doentes com problemas hepáticos
Se o seu fígado não está a funcionar normalmente, a dose recomendada não deve
exceder 40 mg uma vez por dia.
Doentes com problemas renais
Se tem problemas renais, fale com o seu médico. O seu médico poderá prescrever-
lhe uma dose inicial mais baixa de 20 mg por dia.
Se tomar mais Telmisartan Mylan do que deveria
Se tomar acidentalmente demasiados comprimidos, contacte imediatamente o seu
médico, farmacêutico ou o serviço de urgência do hospital mais próximo.
Os sintomas a procurar são tensão arterial baixa, tonturas, aumento dos batimentos
cardíacos e problemas renais.
Caso se tenha esquecido de tomar Telmisartan Mylan
Se se esquecer de tomar os seus comprimidos, não se preocupe. Tome-os logo que
se lembre e depois continue como habitualmente.
Se não tomar o seu comprimido num dia, tome a sua dose normal no dia seguinte.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Telmisartan Mylan
Se quiser deixar de tomar este medicamento, fale com o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
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Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Alguns efeitos secundários podem ser graves e necessitar de atenção médica
imediata:
Deve
procurar
imediatamente
médico
apresentar
qualquer
seguintes sintomas, dado que os mesmos podem ser fatais se não forem tratados:
Sépsis* (frequentemente designada “envenenamento sanguíneo”, é uma infeção
grave que desencadeia uma resposta generalizada do sistema inflamatório).
Reação alérgica grave com sintomas como erupção na pele, comichão, dificuldade
em respirar, respiração ofegante, inchaço da face e tensão arterial baixa (reação
anafilática).
Inchaço rápido da pele, face, lábios, boca, língua ou garganta que pode causar
dificuldade em engolir ou em respirar (angioedema).
- Reações na pele graves que podem incluir bolhas e descamação da pele (reações
cutâneas tóxicas).
- Problemas de eliminação de líquidos com cansaço, estar e sentir-se enjoado,
dificuldades em respirar e inchaço das pernas, tornozelos ou pés (compromisso
renal, incluindo falência renal).
- Falta de ar com tosse seca ou não produtiva associada a perda de peso, devido a
cicatrização progressiva do tecido pulmonar (doença pulmonar intersticial).***
Outros efeitos secundários possíveis:
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas):
Tensão arterial baixa (hipotensão) em utilizadores tratados para a redução de
acontecimentos cardiovasculares como por exemplo ataques cardíacos ou acidentes
vasculares cerebrais.
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas):
Infeção das vias respiratórias superiores (p. ex.: garganta inflamada, constipação,
inflamação e inchaço dos seios perinasais causando dor, temperatura elevada e
fraqueza).
Infeções do trato urinário incluindo inflamação do interior da bexiga.
Deficiência em glóbulos vermelhos (anemia), que pode provocar palidez da pele e
causar fraqueza e falta de ar.
Níveis elevados de potássio o que pode ser observado em análises ao sangue.
Sentir-se triste (depressão).
Dificuldade em adormecer.
Sensação de rotação (vertigem).
Desmaio (síncope).
Tonturas ou sensação de cabeça vazia, especialmente quando se está de pé
(hipotensão ortostática).
Frequência cardíaca baixa (bradicardia).
Tensão arterial baixa (hipotensão) em utilizadores tratados para a tensão arterial
elevada.
Falta de ar e dor no peito.
Tosse.
Dor de estômago, diarreia, indigestão, distensão abdominal ou vómitos.
Erupção na pele, comichão.
Aumento da transpiração.
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Dor nas costas, dor muscular (mialgia), espasmos musculares.
Fraqueza.
Aumento dos níveis de uma substância chamada creatinina no sangue o que pode
ser observado em análises ao sangue.
Raros (podem afetar até 1 em 1.000 pessoas):
Redução no número de plaquetas com aumento do risco de hemorragia ou
contusões.
Aumento de alguns glóbulos brancos (eosinofilia) o que pode ser observado em
análises ao sangue.
Sentir-se ansioso.
Problemas de visão (visão alterada).
Batimento cardíaco acelerado (taquicardia).
Boca seca.
Perturbação do sabor (disgeusia).
Função hepática alterada.**
Inflamação
pele
marcada
comichão
erupção
frequentemente
descamação (eczema), vermelhidão na pele, urticária.
Dor nas articulações (artralgia), dor nas extremidades, dor nos tendões.
Sintomas do tipo gripal (doença semelhante a gripe).
Aumento dos níveis sanguíneos de algumas enzimas (níveis como aumento das
enzimas hepáticas ou da creatinina fosfoquinase), o que pode ser observado em
análises ao sangue.
Níveis baixos de açúcar no sangue (em doentes diabéticos).
Diminuição da hemoglobina (uma proteína sanguínea) o que pode ser observado
em análises ao sangue.
Níveis aumentados de ácido úrico, o que pode ser observado em análises ao
sangue.
Sonolência.
Desconforto gástrico.
* Num estudo a longo termo, envolvendo mais de 20.000 doentes, houve mais
doentes tratados com telmisartan que sofreram sepsis, em comparação com os
doentes que não receberam telmisartan. O acontecimento pode ter acontecido por
acaso ou pode estar relacionado com um mecanismo atualmente desconhecido.
** A maior parte dos casos de alteração da função hepática e perturbação hepática
resultantes da experiência pós-comercialização com o telmisartan ocorreram em
doentes Japoneses. Os doentes Japoneses são mais suscetíveis de sofrer este efeito
secundário.
*** Casos de cicatrização progressiva do tecido pulmonar foram notificados durante
a toma de telmisartan. No entanto, não se sabe se o telmisartan foi a causa.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos
abaixo.
comunicar
efeitos
secundários,
estará
ajudar
fornecer
mais
informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
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INFARMED
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Telmisartan Mylan
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no blister,
embalagem exterior e frasco, após EXP. O prazo de validade corresponde ao último
dia do mês indicado.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.
Não utilize Telmisartan Mylan se verificar descoloração dos comprimidos.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Telmisartan Mylan
- A substância ativa é o telmisartan.
- Cada comprimido contém 20 mg ou 40 mg ou 80 mg de telmisartan.
- Os outros componentes são: estearato de magnésio, povidona, meglumina,
hidróxido de sódio e manitol (E421).
Qual o aspeto de Telmisartan Mylan e conteúdo da embalagem
20 mg: Comprimidos brancos a esbranquiçados, redondos e lisos, de bordos
biselados, gravados com “TN 20” numa face e “M” na outra face.
40 mg: Comprimidos brancos a esbranquiçados, oblongos, de lados curvos, gravados
com “TN40” numa face e “M” na outra face.
80 mg: Comprimidos brancos a esbranquiçados, oblongos, de lados curvos, gravados
com “TN80” numa face e “M” na outra face.
Telmisartan Mylan está disponível em embalagens blister de 14, 28, 30, 56, 60, 84,
90, 98, 100 comprimidos e uma embalagem calendário de 28 comprimidos, e frascos
de plástico com tampa de plástico com algodão absorvente e um exsicante (não
ingerir o exsicante) em embalagens de 56, 60, 84, 90, 98, 280, 500, 1000
comprimidos.
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Telmisartan Mylan 80 mg comprimidos também está disponível em embalagens
múltiplas de 98 comprimidos, contendo 2 embalagens de 49 comprimidos cada uma.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Mylan, Lda.
Av. D. João II, Edifício Atlantis, N.º 44C - 7.3 e 7.4
1990-095 Lisboa
Fabricante
McDermott Laboratories Ltd t/a Gerard Laboratories,
35/36 Baldoyle Industrial Estate, Grange Road, Dublin 13
Irlanda
Mylan Hungary Kft.
H-2900 Komárom
Mylan utca 1.
Hungria
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) com os seguintes nomes:
Bélgica
Telmisartan Mylan 20 mg, 40 mg, 80 mg tabletten
Chipre
Telmisartan Mylan 40 mg, 80 mg
República Checa
Telmisartan Mylan 40 mg, 80 mg tablety
Dinamarca
Telmisartan Mylan 20 mg, 40 mg, 80 mg tablets
França
TELMISARTAN MYLAN 20 mg, 40 mg, 80 mg comprimé
Alemanha
Telmisartan Mylan 20 mg, 40 mg, 80 mg Tabletten
Grécia
Telmisartan Mylan tablets 20 mg, 40 mg, 80 mg
Hungria
Telmisartan Mylan 20 mg, 40 mg, 80 mg tabletta
Irlanda
Telmisartan Mylan 20 mg, 40 mg, 80 mg
Luxemburgo
Telmisartan Mylan 20 mg, 40 mg, 80 mg CPR
Polónia
Telmisartan Mylan 20 mg, 40 mg, 80 mg
Portugal
Telmisartan Mylan
Roménia
Telmisartan Mylan 20 mg, 40 mg, 80 mg comprimate
Eslováquia
Telmisartan Mylan 40 mg, 80 mg
Espanha
TELMISARTAN MYLAN 20 mg, 40 mg, 80 mg comprimidos
Holanda
Telmisartan Mylan 20 mg, 40 mg, 80 mg tabletten
Reino Unido
Telmisartan Mylan 20 mg, 40 mg, 80 mg Tablets
Este folheto foi revisto pela última vez em março de 2017.
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INFARMED
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Telmisartan Mylan 20 mg comprimidos
Telmisartan Mylan 40 mg comprimidos
Telmisartan Mylan 80 mg comprimidos
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Telmisartan Mylan 20 mg comprimidos
Cada comprimido contém 20 mg de telmisartan.
Telmisartan Mylan 40 mg comprimidos
Cada comprimido contém 40 mg de telmisartan.
Telmisartan Mylan 80 mg comprimidos
Cada comprimido contém 80 mg de telmisartan.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido
Telmisartan Mylan 20 mg comprimidos
Comprimidos brancos a esbranquiçados, redondos e lisos, de bordos biselados com 7
mm de diâmetro, gravados com “TN 20” numa face e “M” na outra face.
Telmisartan Mylan 40 mg comprimidos
Comprimidos brancos a esbranquiçados, oblongos, biconvexos com 12 mm x 5,9 mm
gravados com “TN40” numa face e “M” na outra face.
Telmisartan Mylan 80 mg comprimidos
Comprimidos brancos a esbranquiçados, oblongos, biconvexos com 16,2 mm x 7,95
mm gravados com “TN80” numa face e “M” na outra face.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Hipertensão
Tratamento da hipertensão essencial no adulto.
Prevenção cardiovascular
Redução da morbilidade cardiovascular em adultos com:
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i) doença aterotrombótica cardiovascular manifesta (história de doença cardíaca
coronária, AVC, ou doença arterial periférica) ou
ii) diabetes mellitus tipo 2 com lesão de órgãos-alvo documentada.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Tratamento da hipertensão essencial
A dose geralmente eficaz é de 40 mg uma vez ao dia. Alguns doentes já podem
beneficiar com uma dose diária de 20 mg. Nos casos em que não é atingida a
pressão arterial pretendida, a dose de telmisartan pode ser aumentada até um
máximo de 80 mg uma vez ao dia. Em alternativa, o telmisartan pode ser utilizado
em associação com diuréticos tipo-tiazida, tal como a hidroclorotiazida, que tem
demonstrado
efeito
aditivo
diminuição
pressão
arterial
telmisartan. Quando se pensar em aumentar a dose, deve-se ter em atenção que o
efeito anti-hipertensor máximo é geralmente obtido quatro a oito semanas após o
início do tratamento (ver secção 5.1).
Prevenção cardiovascular
A dose recomendada é 80 mg uma vez ao dia. Não se sabe se doses menores que 80
mg de telmisartan são efetivas na redução da morbilidade cardiovascular.
Quando se inicia o tratamento com telmisartan para a redução da morbilidade
cardiovascular, recomenda-se uma monitorização apertada da pressão arterial e, se
apropriado, podem ser necessários ajustes da medicação utilizada para diminuição
da pressão arterial.
Populações especiais
Doentes com compromisso renal
Dispõe-se de experiência limitada em doentes com compromisso renal grave ou a
fazer hemodiálise. Nestes doentes, é recomendada uma dose inicial mais baixa, de
20 mg (ver secção 4.4). Não é necessário ajuste posológico em doentes com
compromisso renal ligeiro a moderado.
Doentes com compromisso hepático
Em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado, a posologia não deve
exceder os 40 mg uma vez ao dia (ver secção 4.4). Telmisartan Mylan está
contraindicado em doentes com compromisso hepático grave (ver secção 4.3).
População idosa
Não é necessário ajuste posológico em doentes idosos.
População pediátrica
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INFARMED
A segurança e eficácia de telmisartan em crianças e adolescentes com idade inferior
anos
não
foram
ainda
estabelecidas.
dados
atualmente
disponíveis
encontram-se descritos nas secções 5.1 e 5.2 mas não pode ser feita qualquer
recomendação posológica.
Modo de administração
Os comprimidos de telmisartan são para administração oral uma vez por dia e devem
ser tomados com líquido, com ou sem alimentos.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade
substância
ativa
qualquer
excipientes
mencionados na secção 6.1.
- Segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver secções 4.4 e 4.6).
- Perturbações obstrutivas biliares.
- Compromisso hepático grave.
O uso concomitante de Telmisartan Mylan com medicamentos contendo aliscireno é
contraindicado em doentes com diabetes mellitus ou insuficiência renal (TFG <60
ml/min/1,73 m2) (ver secções 4.5 e 5.1).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Gravidez
Os antagonistas dos recetores da angiotensina II não devem ser iniciados durante a
gravidez. A não ser em situações em que a manutenção da terapêutica com
antagonistas dos recetores da angiotensina II seja considerada essencial, nas
doentes
planeiem
engravidar
tratamento
deve
alterado
para
anti-
hipertensores cujo perfil de segurança durante a gravidez esteja estabelecido.
Quando é diagnosticada a gravidez, o tratamento com antagonistas dos recetores da
angiotensina II deve ser interrompido imediatamente e, se apropriado, deverá ser
iniciada terapêutica alternativa (ver secções 4.3. e 4.6.).
Compromisso hepático
Telmisartan Mylan não é para ser administrado a doentes com colestase, doenças
obstrutivas biliares ou compromisso hepático grave (ver secção 4.3.), uma vez que o
telmisartan
sofre
eliminação
predominantemente
biliar.
Poderá
prever-se
diminuição da depuração hepática do telmisartan nestes doentes. Telmisartan Mylan
deverá ser usado apenas com precaução em doentes com compromisso hepático
ligeiro a moderado.
Hipertensão renovascular
Existe um risco aumentado de hipotensão e insuficiência renal graves quando
doentes com estenose arterial bilateral renal ou estenose da artéria para o único rim
funcionante são tratados com fármacos que afetam o sistema renina-angiotensina-
aldosterona.
Compromisso renal e transplante renal
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INFARMED
Quando Telmisartan Mylan é utilizado em doentes com compromisso da função renal,
recomenda-se monitorização periódica dos níveis séricos de potássio e creatinina.
Não há experiência sobre a administração de Telmisartan Mylan em doentes com
transplante renal recente.
Hipovolémia intravascular
Pode
ocorrer
hipotensão
sintomática,
especialmente
após
primeira
dose
Telmisartan Mylan, em doentes com depleção do volume e/ou do sódio devido a
terapêutica energética com diuréticos, restrição de sal na dieta, diarreia ou vómitos.
Estas condições devem ser corrigidas antes da administração de Telmisartan Mylan.
A depleção do volume e/ou do sódio deve ser corrigida antes da administração de
telmisartan.
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA)
Existe evidência de que o uso concomitante de inibidores da ECA, antagonistas dos
recetores
angiotensina
aliscireno
aumenta
risco
hipotensão,
hipercaliemia e função renal diminuída (incluindo insuficiência renal aguda). O duplo
bloqueio do SRAA através do uso combinado de inibidores da ECA, antagonistas dos
recetores da angiotensina II ou aliscireno, é portanto, não recomendado (ver secções
4.5 e 5.1).
Se a terapêutica de duplo bloqueio for considerada absolutamente necessária, esta
só deverá ser utilizada sob a supervisão de um especialista e sujeita a uma
monitorização frequente e apertada da função renal, eletrólitos e pressão arterial.
Os inibidores da ECA e os antagonistas dos recetores da angiotensina II não devem
ser utilizados concomitantemente em doentes com nefropatia diabética.
Outras situações com estimulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona
Em doentes cujo tónus vascular e função renal dependem predominantemente da
atividade
sistema
renina-angiotensina-aldosterona
doentes
insuficiência
cardíaca
congestiva
grave
doença
renal
subjacente,
incluindo
estenose da artéria renal), o tratamento com fármacos que afetam este sistema, tais
como o telmisartan, foi associado a hipotensão aguda, hiperazotemia, oligúria ou,
raramente, a insuficiência renal aguda (ver secção 4.8).
Aldosteronismo primário
Os doentes com aldosteronismo primário geralmente não irão responder a fármacos
anti-hipertensores que atuam através da inibição do sistema renina-angiotensina.
Assim, o uso de telmisartan não é recomendado.
Estenose das válvulas aórtica e mitral, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
Tal como com outros vasodiladatores, é indicado um especial cuidado em doentes
que sofrem de estenose aórtica ou da válvula mitral, ou com cardiomiopatia
hipertrófica obstrutiva.
Doentes diabéticos tratados com insulina ou antidiabéticos
APROVADO EM
19-06-2015
INFARMED
Nestes doentes pode ocorrer hipoglicemia durante o tratamento com telmisartan.
Assim, nestes doentes deve ser considerada uma monitorização apropriada da
glicemia; pode ser necessário um ajuste posológico da insulina ou dos antidiabéticos,
quando indicado.
Hipercaliemia
Pode ocorrer hipercaliemia durante o tratamento com fármacos que afetem o
sistema renina-angiotensina-aldosterona.
A hipercaliemia pode ser fatal nos idosos, em doentes com insuficiência renal, em
doentes diabéticos, em doentes que estejam a ser tratados concomitantemente com
outros fármacos suscetíveis de aumentar os níveis de potássio, e/ou em doentes
com acontecimentos intercorrentes.
relação
benefício/risco
deve
avaliada
antes
considerar
concomitante de fármacos que afetam o sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Os principais fatores de risco para a hipercaliemia a ser considerados são:
- Diabetes mellitus, compromisso renal, idade (> 70 anos)
- Associação com um ou mais fármacos que afetam o sistema renina-angiotensina-
aldosterona e/ou suplementos de potássio. Os fármacos ou classes terapêuticas de
fármacos que podem induzir hipercaliemia são substitutos do sal contendo potássio,
diuréticos poupadores de potássio, inibidores da ECA, antagonistas do recetor da
angiotensina II, fármacos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs, incluindo os
inibidores
seletivos
COX-2),
heparina,
imunossupressores
(ciclosporina
tacrolimus) e trimetopim.
Acontecimentos
intercorrentes,
particular
desidratação,
descompensação
cardíaca aguda, acidose metabólica, deterioração da função renal, deterioração
súbita
da condição
renal
(por
exemplo,
doenças
infeciosas),
lise celular
(por
exemplo, isquemia aguda a nível dos membros, rabdomiólise, trauma generalizado).
Em doentes de risco recomenda-se a monitorização cuidadosa dos níveis séricos de
potássio (ver secção 4.5).
Diferenças étnicas
Tal como foi observado para inibidores da enzima de conversão da angiotensina, o
telmisartan
outros
antagonistas
recetor
angiotensina
são
aparentemente menos eficazes na diminuição da pressão arterial em negros do que
em não-negros, possivelmente devido à prevalência elevada de situações de renina
baixa na população negra hipertensa.
Outros
Tal como com qualquer agente anti-hipertensor, a diminuição excessiva da pressão
arterial em doentes com cardiopatia isquémica ou doença cardiovascular isquémica
pode resultar num enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral.
APROVADO EM
19-06-2015
INFARMED
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Digoxina
Quando o telmisartan foi coadministrado com digoxina, foram observados aumentos
médios no pico de concentração plasmática (49%) e na concentração mínima (20%)
de digoxina. Ao iniciar, ajustar e suspender o telmisartan, devem ser monitorizados
os níveis de digoxina de modo a manter os níveis dentro da janela terapêutica.
Tal como com outros medicamentos que atuam no sistema renina-angiotensina-
aldosterona, o telmisartan pode induzir hipercaliemia (ver secção 4.4). O risco pode
aumentar em caso de associação com outros fármacos que possam também induzir
hipercaliemia
(substitutos
contendo
potássio,
diuréticos
poupadores
potássio, inibidores da ECA, antagonistas do recetor da angiotensina II, fármacos
anti-inflamatórios não esteroides (AINEs, incluindo os inibidores seletivos da COX-2),
heparina, imunossupressores (ciclosporina ou tacrolimus) e trimetoprim).
A ocorrência de hipercaliemia vai depender dos fatores de risco associados. O risco
encontra-se aumentado no caso das associações terapêuticas acima mencionadas. O
risco é particularmente elevado na associação com diuréticos poupadores de potássio
e quando associado com substitutos do sal contendo potássio. Uma associação com
inibidores da ECA ou AINEs, por exemplo, acarreta um risco menor, desde que as
precauções de uso sejam rigorosamente seguidas.
Utilizações concomitantes não recomendadas
Diuréticos poupadores de potássio ou suplementos de potássio
Os antagonistas do recetor da angiotensina II, tais como o telmisartan, atenuam a
perda de potássio induzida pelos diuréticos. Os diuréticos poupadores de potássio,
como por exemplo, a espironolactona, a eplerenona, o triamtereno, ou a amilorida,
suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio podem levar a um
aumento significativo do potássio sérico. Se a administração concomitante é indicada
devido a hipocaliemia documentada, estes fármacos deverão ser utilizados com
precaução e o potássio sérico frequentemente monitorizado.
Lítio
Foram
notificados
aumentos
reversíveis
concentrações
séricas
lítio
toxicidade, durante a administração concomitante de lítio com inibidores da enzima
de conversão da angiotensina e com antagonistas do recetor da angiotensina II,
incluindo o telmisartan. Caso esta associação prove ser necessária, recomenda-se a
monitorização cuidadosa dos níveis séricos de lítio.
Utilizações concomitantes que requerem precaução
Fármacos anti-inflamatórios não esteroides
AINEs
(como
sejam
ácido
acetilsalicílico
regimes
posológicos
anti-
inflamatórios, os inibidores da COX-2 e os AINEs não seletivos) podem diminuir o
efeito anti-hipertensor dos antagonistas dos recetores da angiotensina II.
APROVADO EM
19-06-2015
INFARMED
alguns
doentes
função
renal
comprometida
(por
exemplo,
doentes
desidratados ou idosos com função renal comprometida), a coadministração de
antagonistas do recetor da angiotensina II e de agentes que inibam a cicloxigenase
pode
resultar
posterior
deterioração
função
renal,
incluindo
possível
insuficiência renal aguda, que é geralmente reversível. Deste modo, a administração
concomitante destes fármacos deve ser feita com precaução, especialmente nos
idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deve-se considerar a
monitorização da função renal uma vez iniciada a terapêutica concomitante e depois
periodicamente.
Num estudo clínico, a administração concomitante de telmisartan e ramipril conduziu
a um aumento da AUC0-24 e Cmax do ramipril e ramiprilato até 2,5 vezes. A
relevância clínica desta observação não é conhecida.
Diuréticos (tiazida ou diuréticos da ansa)
O tratamento prévio com uma dose elevada de diuréticos tais como a furosemida
(diurético da ansa) e hidroclorotiazida (diurético tiazídico) pode resultar em depleção
de volume e no risco de hipotensão quando se inicia a terapêutica com telmisartan.
A ser considerado na utilização concomitante
Outros agentes anti-hipertensores
O efeito do telmisartan na redução da pressão arterial pode ser aumentado pela
utilização concomitante de outros fármacos anti-hipertensores.
Os dados de ensaios clínicos têm demonstrado que o duplo bloqueio do sistema
renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) através do uso combinado de inibidores da
ECA, antagonistas dos recetores da angiotensina II ou aliscireno está associado a
maior
frequência
acontecimentos
adversos,
tais
como
hipotensão,
hipercaliemia e função renal diminuída (incluindo insuficiência renal aguda) em
comparação com o uso de um único fármaco com ação no SRAA (ver secções 4.3,
4.4 e 5.1).
Com base nas suas propriedades farmacológicas, pode-se esperar que os seguintes
fármacos potenciem os efeitos hipotensivos de todos os anti-hipertensores incluindo
o telmisartan: Baclofeno, amifostina. Adicionalmente, a hipotensão ortostática pode
ser agravada pelo álcool, barbitúricos, narcóticos ou antidepressivos.
Corticosteroides (via sistémica)
Redução do efeito anti-hipertensor.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
administração
antagonistas
recetores
angiotensina
não
recomendada durante o primeiro trimestre de gravidez (ver secção 4.4).
APROVADO EM
19-06-2015
INFARMED
administração
antagonistas
recetores
angiotensina
está
contraindicada durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver secções 4.3
e 4.4).
Não existem dados suficientes sobre a utilização de Telmisartan Mylan em mulheres
grávidas. Estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3).
A evidência epidemiológica relativa ao risco de teratogenicidade após a exposição
aos inibidores da ECA durante o primeiro trimestre de gravidez não é conclusiva;
contudo, não é possível excluir um ligeiro aumento do risco. Enquanto não existem
dados de estudos epidemiológicos controlados relativos ao risco associado aos
antagonistas dos recetores da angiotensina II, os riscos para esta classe de fármacos
poderão
semelhantes.
não
continuação
tratamento
antagonistas dos recetores da angiotensina II seja considerada essencial, nas
doentes que planeiem engravidar a medicação deve ser substituída por terapêuticas
anti-hipertensoras alternativas cujo perfil de segurança durante a gravidez esteja
estabelecido. Quando é diagnosticada a gravidez, o tratamento com antagonistas dos
recetores da angiotensina II deve ser interrompido imediatamente e, se apropriado,
deverá ser iniciada terapêutica alternativa.
A exposição a antagonistas dos recetores da angiotensina II durante o segundo e
terceiro trimestres de gravidez está reconhecidamente associada à indução de
toxicidade fetal em humanos (diminuição da função renal, oligohidrâmnio, atraso na
ossificação
crânio)
toxicidade
neonatal
(insuficiência
renal,
hipotensão,
hipercaliemia). (Ver secção 5.3.).
No caso de a exposição a antagonistas dos recetores da angiotensina II ter ocorrido
partir
segundo
trimestre
gravidez,
recomenda-se
monitorização
ultrassonográfica da função renal e dos ossos do crânio.
Lactentes
cujas
mães
estiveram
expostas
antagonistas
recetores
angiotensina II devem ser cuidadosamente observados no sentido de diagnosticar
hipotensão (ver secções 4.3. e 4.4.).
Amamentação
não
encontra
disponível
informação
sobre
utilização
Telmisartan Mylan durante a amamentação, a terapêutica com Telmisartan Mylan
não está recomendada e são preferíveis terapêuticas alternativas cujo perfil de
segurança durante a amamentação esteja melhor estabelecido, particularmente em
recém-nascidos ou lactentes prematuros.
Fertilidade
Em estudos pré-clínicos, não foram observados quaisquer efeitos de Telmisartan
Mylan na fertilidade masculina e feminina.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Quando se conduzem veículos ou se operam máquinas, é necessário ter em atenção
que podem ocasionalmente ocorrer tonturas e sonolência com a terapêutica anti-
hipertensora, como Telmisartan Mylan.
APROVADO EM
19-06-2015
INFARMED
4.8 Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
As reações adversas graves incluem reação anafilática e angioedema, que podem
ocorrer raramente (≥ 1/10.000 a < 1/1.000) e insuficiência renal aguda.
A incidência geral das reações adversas registadas com o telmisartan (41,4%) foi
normalmente comparável ao placebo (43,9%) em ensaios controlados em doentes
tratados
para
hipertensão.
incidência
reações
adversas
não
esteve
relacionada com a dose e não demonstrou qualquer correlação com o sexo, a idade
ou a raça dos doentes. O perfil de segurança do telmisartan, em doentes tratados
para a redução da morbilidade cardiovascular, foi consistente com o obtido em
doentes hipertensos.
As reações adversas listadas abaixo foram obtidas de ensaios clínicos controlados em
doentes tratados para a hipertensão e de notificações pós-comercialização. Esta
listagem também tem em conta reações adversas graves e reações adversas que
levam a descontinuação, notificadas em três estudos clínicos de longa duração,
incluindo 21.642 doentes tratados com telmisartan para a redução da morbilidade
cardiovascular, por um período de até 6 anos.
Lista em forma tabelar das reações adversas
As reações adversas foram organizadas em classes de frequência utilizando a
seguinte convenção: Muito frequentes (≥ 1/10); Frequentes (≥ 1/100 a < 1/10);
Pouco frequentes (≥ 1/1.000 a < 1/100); Raros (≥ 1/10.000 a < 1/1.000); Muito
raros (< 1/10.000).
As reações adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade dentro
de cada classe de frequência.
Infeções e infestações
Pouco frequentes:
Infeção do trato urinário incluindo cistite,
infeção das vias respiratórias superiores
incluindo faringite e sinusite
Raros:
Sepsia incluindo resultado fatal1
Doenças do sangue e do sistema linfático
Pouco frequentes:
Anemia
Raros:
Eosinofilia, trombocitopenia
Doenças do sistema imunitário
Raros:
Reação anafilática, hipersensibilidade
Doenças do metabolismo e da nutrição
Pouco frequentes:
Hipercaliemia
Raros:
Hipoglicemia (em doentes diabéticos)
Perturbações do foro psiquiátrico
Pouco frequentes:
Insónia, depressão
Raros:
Ansiedade
Doenças do sistema nervoso
Pouco frequentes:
Síncope
Raros:
Sonolência
Afeções oculares
APROVADO EM
19-06-2015
INFARMED
Raros:
Perturbação visual
Afeções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes:
Vertigens
Doenças cardíacas
Pouco frequentes:
Bradicardia
Raros:
Taquicardia
Vasculopatias
Pouco frequentes:
Hipotensão2, hipotensão ortostática
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes:
Dispneia, tosse
Muito raros:
Doença pulmonar intersticial 4
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes:
abdominal,
diarreia,
dispepsia,
flatulência, vómitos
Raros:
Boca seca, desconforto gástrico, disgeusia
Afeções hepatobiliares
Raros:
Alteração da função hepática/perturbação
hepática 3
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Pouco frequentes:
Prurido, hiperidrose, erupção cutânea
Raros:
Angioedema
(também
resultado
fatal),
eczema,
eritema,
urticária,
erupção causada pelo fármaco, erupção
cutânea tóxica
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Pouco frequentes:
Dorsalgia
(ex.
ciática),
espasmos
musculares, mialgia
Raros:
Artralgia, dor nas extremidades, dor nos
tendões (sintomas do tipo tendinite)
Doenças renais e urinárias
Pouco frequentes:
Compromisso
renal,
incluindo
insuficiência renal aguda
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Pouco frequentes:
Dor torácica, astenia (fraqueza)
Raros:
Doença do tipo gripal
Exames complementares de diagnóstico
Pouco frequentes:
Aumento da creatinina sérica
Raros:
Diminuição da hemoglobina, aumento do
ácido úrico sérico, aumento das enzimas
hepáticas,
aumento
creatinina
fosfoquinase sérica
1, 2, 3, 4: para descrições adicionais, ver subsecção "Descrição das reações
adversas selecionadas"
Descrição das reações adversas selecionadas
Sepsis
No ensaio PRoFESS, foi observada uma incidência de sepsis aumentada com o
telmisartan comparativamente ao placebo. O acontecimento pode tratar-se de um
APROVADO EM
19-06-2015
INFARMED
resultado
ocasional
estar
relacionado
mecanismo
atualmente
desconhecido (ver secção 5.1).
Hipotensão
Esta reação adversa foi notificada como frequente em doentes com pressão arterial
controlada, que foram tratados com telmisartan para a redução da morbilidade
cardiovascular em adição ao tratamento padrão.
Alteração da função hepática / perturbação hepática
A maior parte dos casos de alteração da função hepática / perturbação hepática
resultantes da experiência pós-comercialização ocorreram em doentes Japoneses. Os
doentes Japoneses são mais suscetíveis de sofrer estas reações adversas.
Doença pulmonar intersticial
Foram notificados, a partir de experiência pós-comercialização, casos de doença
pulmonar intersticial em associação temporária com a toma de telmisartan. Não foi,
no entanto, estabelecida uma relação causal.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
A informação disponível sobre a sobredosagem em humanos é limitada.
Sintomas: As manifestações mais relevantes de uma sobredosagem com telmisartan
consistiram em hipotensão e taquicardia; também foram notificados casos de
bradicardia, tonturas, aumento da creatinina sérica e insuficiência renal aguda.
Tratamento: O telmisartan não é removido por hemodiálise. O doente deverá ser
objeto de uma monitorização rigorosa e a terapêutica deverá ser sintomática e de
suporte. A abordagem depende do período de tempo desde a ingestão e da
gravidade dos sintomas. Entre as medidas sugeridas incluem-se a indução do vómito
e/ou
lavagem
gástrica.
carvão
ativado
pode
útil
tratamento
sobredosagem.
eletrólitos
séricos
níveis
creatinina
deverão
APROVADO EM
19-06-2015
INFARMED
monitorizados com frequência. Se ocorrer hipotensão, o doente deverá ser deitado
em decúbito dorsal, procedendo-se à administração rápida de suplementos de sal e
volume.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo Farmacoterapêutico: 3.4.2.2 – Aparelho Cardiovascular. Anti-hipertensores.
Modificadores
eixo
renina
angiotensina.
Antagonista
recetores
angiotensina, Código ATC C09CA07.
Mecanismo de ação
O telmisartan é um antagonista ativo e específico do recetor da angiotensina II (tipo
AT1) por via oral. O telmisartan desloca a angiotensina II com elevada afinidade do
seu local de ligação ao recetor do subtipo AT1, que é responsável pelas ações
conhecidas da angiotensina II. O telmisartan não apresenta nenhuma atividade
agonista parcial sobre o recetor AT1. O telmisartan liga-se seletivamente ao recetor
AT1. A ligação é prolongada. O telmisartan não revela afinidade para outros
recetores, incluindo o AT2 e outros recetores AT menos caracterizados. O papel
funcional
destes
recetores
não
conhecido,
efeito
possível
sobrestimulação pela angiotensina II, cujos níveis são aumentados pelo telmisartan.
Os níveis plasmáticos da aldosterona são diminuídos pelo telmisartan. O telmisartan
não inibe a renina plasmática humana nem bloqueia os canais iónicos. O telmisartan
não inibe a enzima de conversão da angiotensina (quininase II), a enzima que
também degrada a bradiquinina. Assim, não se espera que potencie os efeitos
adversos mediados pela bradiquinina.
No ser humano, uma dose de 80 mg de telmisartan inibe quase completamente o
aumento da pressão arterial provocado pela angiotensina II. O efeito inibitório
mantém-se durante 24 horas e ainda se pode medir até às 48 horas.
Eficácia e segurança clínicas
Tratamento da hipertensão essencial
Após a administração da primeira dose de telmisartan, o início da atividade anti-
hipertensora ocorre gradualmente dentro de 3 horas. A redução máxima da pressão
arterial é geralmente atingida 4 a 8 semanas após o início do tratamento e mantém-
se durante uma terapêutica prolongada.
O efeito anti-hipertensor permanece ao longo de 24 horas após a dosagem e inclui
as últimas 4 horas antes da administração seguinte, como demonstram as medições
da pressão arterial realizadas em ambulatório. Isto é confirmado por razões da
concentração mínima até ao pico consistentemente acima de 80%, observados após
uma dose de 40 e 80 mg de telmisartan em estudos clínicos controlados por placebo.
Existe uma tendência aparente para uma relação entre a dose e o tempo de
recuperação da pressão arterial sistólica (PAS) basal. A este respeito os dados que se
referem à pressão arterial diastólica (PAD) são incoerentes.
APROVADO EM
19-06-2015
INFARMED
Em doentes com hipertensão, o telmisartan reduz a pressão arterial sistólica e
diastólica sem afetar a pulsação. A contribuição do efeito diurético e natriurético do
fármaco para a sua atividade hipotensora ainda tem de ser definida. A eficácia anti-
hipertensora do telmisartan é comparável à de agentes representativos de outras
classes
fármacos
anti-hipertensores
(demonstrado
ensaios
clínicos
comparando o telmisartan à amlodipina, atenolol, enalapril, hidroclorotiazida e
lisinopril).
Após interrupção abrupta do tratamento com telmisartan, a pressão arterial volta
gradualmente aos valores anteriores ao tratamento ao longo de um período de
vários dias, sem evidências de exacerbação da hipertensão.
Em ensaios clínicos, a incidência de tosse seca foi significativamente menor em
doentes tratados com telmisartan do que nos tratados com inibidores da enzima de
conversão da angiotensina, comparando diretamente os dois tratamentos anti-
hipertensores.
Prevenção cardiovascular
O estudo ONTARGET (ONgoing Telmisartan Alone and in Combination with Ramipril
Global
Endpoint
Trial)
comparou
efeitos
telmisartan,
ramipril
combinação
telmisartan
ramipril
resultados
cardiovasculares
25620
doentes, com 55 anos de idade ou mais, com história de doença arterial coronária,
AVC, acidente isquémico transitório, doença arterial periférica ou diabetes mellitus
tipo 2, acompanhada de evidência de lesão de órgãos-alvo (ex.: retinopatia,
hipertrofia ventricular esquerda, macro ou microalbuminúria), os quais representam
uma população de elevado risco de acontecimentos cardiovasculares.
Os doentes foram aleatorizados para um dos três grupos de tratamento seguintes:
telmisartan 80 mg (n = 8542), ramipril 10 mg (n = 8576), ou a combinação
telmisartan 80 mg mais ramipril 10 mg (n = 8502) e foram seguidos durante um
período de observação médio de 4,5 anos.
O telmisartan mostrou efeito semelhante ao ramipril na redução do objetivo primário
composto de morte cardiovascular, enfarte de miocárdio não fatal, AVC não fatal, ou
hospitalização por insuficiência cardíaca congestiva. A incidência do objetivo primário
foi semelhante nos grupos do telmisartan (16,7%) e do ramipril (16,5%). O risco
relativo para o telmisartan vs. ramipril foi 1,01 (IC 97,5%: 0,93 – 1,10; p (não-
inferioridade) = 0,0019 com uma margem de 1,13). A taxa de mortalidade por todas
as causas foi 11,6% e 11,8% entre os doentes tratados com telmisartan e com
ramipril, respetivamente.
O telmisartan mostrou ter efetividade semelhante ao ramipril no objetivo secundário
pré-especificado de morte cardiovascular, enfarte de miocárdio não fatal e AVC não
fatal [0,99 (IC 97,5%: 0,90 – 1,08; p (não-inferioridade) = 0,0004)], o objetivo
primário no estudo de referência HOPE (The Heart Outcomes Prevention Evaluation
Study), o qual investigou o efeito do ramipril vs. placebo.
O estudo TRANSCEND aleatorizou doentes intolerantes aos IECAs, com diversos
critérios de inclusão semelhantes ao ONTARGET, para telmisartan 80 mg (n=2954)
ou placebo (n= 2972), ambos administrados em adição ao tratamento padrão. O
período médio de seguimento foi 4 anos e 8 meses. Não foi encontrada diferença
APROVADO EM
19-06-2015
INFARMED
estatisticamente significativa na incidência do objetivo primário composto (morte
cardiovascular, enfarte de miocárdio não fatal, AVC não fatal, ou hospitalização por
insuficiência cardíaca congestiva) [15,7% no grupo telmisartan e 17,0% no grupo
placebo, com um risco relativo de 0,92 (IC 95%: 0,81 – 1,05, p = 0,22)]. Houve
evidência de benefício do telmisartan comparativamente ao placebo, no objetivo
secundário composto pré-especificado de morte cardiovascular, enfarte de miocárdio
não fatal e AVC não fatal [0,87 (IC 95%: 0,76 – 1,00, p = 0,048)]. Não houve
evidência de benefício na mortalidade cardiovascular (risco relativo 1,03, IC 95%:
0,85 – 1,24).
Tosse e angioedema foram menos frequentemente notificados em doentes tratados
com telmisartan do que em doentes tratados com ramipril, enquanto hipotensão foi
mais frequentemente notificado com o telmisartan.
A combinação do telmisartan com o ramipril não acrescentou benefício adicional em
relação ao ramipril ou telmisartan isoladamente. A mortalidade cardiovascular e a
mortalidade
todas
causas
foram
numericamente
superiores
combinação. Adicionalmente, houve uma incidência significativamente superior de
hipercaliemia, insuficiência renal, hipotensão e síncope, no braço da combinação.
Consequentemente, não é recomendada a combinação telmisartan e ramipril nesta
população.
No estudo "Prevention Regimen For Effectively avoiding Second Strokes" (PRoFESS),
em doentes com 50 anos e mais, que sofreram recentemente um AVC, foi observada
uma incidência aumentada de sepsis com o telmisartan comparativamente ao
placebo, 0,70% vs. 0,49% [RR 1,43 (intervalo de confiança a 95%: 1,00 - 2,06)]; a
incidência de casos de sepsis fatais foi aumentada para doentes a tomar telmisartan
(0,33%) vs. doentes a tomar placebo (0,16%) [RR 2,07 (intervalo de confiança a
95%: 1,14 - 3,76)]. O aumento observado na taxa de ocorrência de sepsis associada
com o uso de telmisartan pode tratar-se de um resultado ocasional ou estar
relacionado com um mecanismo atualmente desconhecido.
Dois grandes estudos aleatorizados e controlados (ONTARGET (“ONgoing Telmisartan
Alone and in combination with Ramipril Global Endpoint Trial”) e VA NEPHRON-D
(“The
Veterans
Affairs
Nephropathy
Diabetes”))
têm
examinado
associação de um inibidor da ECA com um antagonista dos recetores da angiotensina
O estudo ONTARGET foi realizado em doentes com história de doença cardiovascular
ou cerebrovascular, ou diabetes mellitus tipo 2 acompanhada de evidência de lesão
de órgão-alvo. O estudo VA NEPHRON-D foi conduzido em doentes com diabetes
mellitus tipo 2 e nefropatia diabética.
Estes estudos não mostraram nenhum efeito benéfico significativo nos resultados
renais e/ou cardiovasculares e mortalidade,
enquanto foi
observado um
risco
aumentado
hipercaliemia,
insuficiência
renal
aguda
e/ou
hipotensão,
comparação
monoterapia.
Dadas
suas
propriedades
farmacodinâmicas
semelhantes, estes resultados são também relevantes para outros inibidores da ECA
e antagonistas dos recetores da angiotensina II.
Os inibidores da ECA e os antagonistas dos recetores da angiotensina II não devem
assim, ser utilizados concomitantemente em doentes com nefropatia diabética.
APROVADO EM
19-06-2015
INFARMED
O estudo ALTITUDE (“Aliskiren Trial in Type 2 Diabetes Using Cardiovascular and
Renal Disease Endpoints”) foi concebido para testar o benefício da adição de
aliscireno a uma terapêutica padrão com um inibidor da ECA ou um antagonista dos
recetores da angiotensina II em doentes com diabetes mellitus tipo 2 e doença renal
crónica, doença cardiovascular ou ambas. O estudo terminou precocemente devido a
um risco aumentado de resultados adversos. A morte cardiovascular e o acidente
vascular cerebral foram ambos numericamente mais frequentes no grupo tratado
com aliscireno, do que no grupo tratado com placebo e os acontecimentos adversos
acontecimentos
adversos
graves
interesse
(hipercaliemia,
hipotensão
disfunção renal) foram mais frequentemente notificados no grupo tratado com
aliscireno que no grupo tratado com placebo.
População pediátrica
A segurança e a eficácia de telmisartan em crianças e adolescentes com idade
inferior a 18 anos não foram ainda estabelecidas.
Os efeitos de redução da pressão arterial de duas doses de telmisartan foram
avaliados em 76 doentes hipertensos, com grande excesso de peso, com idades
entre 6 e <18 anos (peso corporal ≥ 20 kg e ≤ 120 kg, média 74,6 kg), depois da
toma de telmisartan 1 mg / kg (n = 29 tratados) ou 2 mg / kg (n = 31 tratados), ao
longo de um período de tratamento de quatro semanas. Não foi investigada a
presença de hipertensão arterial secundária por inclusão. Em alguns dos doentes
investigados,
doses
utilizadas
foram
superiores
recomendadas
para
tratamento
hipertensão
população
adulta,
atingindo
dose
diária
comparável a 160 mg, que foi testada em adultos. Após ajuste para efeitos por
grupo etário, as alterações da PAS média relativas ao valor basal (objetivo primário),
foram de -14,5 (1,7) mmHg para o grupo de telmisartan 2 mg/kg, de -9,7 (1,7)
mmHg para o grupo de telmisartan 1 mg/kg e de -6,0 (2,4) no grupo placebo. As
alterações da PAD ajustada relativas ao valor basal foram de -8,4 (1,5) mmHg, -4,5
(1,6) mmHg e -3,5 (2,1) mmHg, respetivamente. A alteração foi dose-dependente.
Os dados de segurança deste estudo, em doentes com idades entre 6 e <18 anos,
foram na generalidade, semelhantes aos observados em adultos. A segurança do
tratamento a longo prazo com telmisartan em crianças e adolescentes não foi
avaliada.
Um aumento de eosinófilos notificado nesta população de doentes não foi registado
em adultos. A sua importância e relevância clínica são desconhecidas.
Estes dados clínicos não permitem estabelecer conclusões no que diz respeito à
eficácia e segurança do telmisartan na população pediátrica hipertensa.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A absorção do telmisartan é rápida, apesar da quantidade absorvida variar. A
biodisponibilidade absoluta média para o telmisartan é de cerca de 50 %. Quando o
telmisartan é tomado com alimentos, a redução na área sob a curva da concentração
plasmática-tempo (AUC0-∞) do telmisartan varia desde aproximadamente 6% (dose
40 mg)
até
aproximadamente 19%
(dose
mg). 3
horas
após
APROVADO EM
19-06-2015
INFARMED
administração, as concentrações plasmáticas são semelhantes quer o telmisartan
seja tomado em jejum ou com alimentos.
Linearidade/ não linearidade
Não se espera que a pequena redução da AUC provoque uma redução da eficácia
terapêutica. Não existe uma relação linear entre as doses e os níveis plasmáticos. A
Cmax e, em menor grau, a AUC aumentam desproporcionadamente com doses
acima dos 40 mg.
Distribuição
O telmisartan liga-se altamente às proteínas plasmáticas (> 99,5%), principalmente
à albumina e à glicoproteína ácida alfa-1. O volume de distribuição médio aparente
no estado estacionário (Vdss) é aproximadamente de 500 l.
Biotranformação
O telmisartan é metabolizado por conjugação no glucuronido do composto inicial.
Não se demonstrou nenhuma atividade farmacológica para o conjugado.
Eliminação
telmisartan
caracterizado
farmacocinética
diminuição
biexponencial, com uma semivida terminal de eliminação >20 horas. A concentração
plasmática máxima (Cmax) e, em menor grau, a área sob a curva da concentração
plasmática-tempo (AUC) aumentam desproporcionalmente com a dose. Não existe
evidência de acumulação clinicamente relevante de telmisartan tomado nas doses
recomendadas. As concentrações plasmáticas foram superiores no sexo feminino do
que no masculino, sem influência relevante sobre a eficácia.
Após administração oral (e intravenosa), o telmisartan é quase exclusivamente
excretado com as fezes, principalmente sob a forma inalterada. A excreção urinária
cumulativa é < 1% da dose. A depuração plasmática total (Cltot) é elevada
(aproximadamente
1.000
ml/min)
quando
comparada
fluxo
sanguíneo
hepático (cerca de 1.500 ml/min).
Populações Especiais
População pediátrica
farmacocinética
duas
doses
telmisartan
avaliada,
como
objetivo
secundário, em doentes hipertensos (n = 57) com idades entre 6 e < 18 anos, após
a toma de telmisartan 1 mg/kg ou 2 mg/kg ao longo de um período de tratamento
de quatro semanas. Os objetivos farmacocinéticos incluíram a determinação do
estado estacionário do telmisartan em crianças e adolescentes, e investigação de
diferenças relacionadas com a idade. Embora o estudo tenha sido demasiado
pequeno para uma avaliação significativa da farmacocinética em crianças com menos
de 12 anos de idade, os resultados são na generalidade consistentes com os
resultados
adultos
confirmam
não-linearidade
telmisartan,
particularmente para Cmax.
APROVADO EM
19-06-2015
INFARMED
Género
Foram observadas diferenças na concentração plasmática entre os géneros, em
indivíduos do sexo feminino a Cmax e a AUC são aproximadamente 3- e 2- vezes
superiores, respetivamente, em comparação com o sexo masculino.
Idosos
A farmacocinética do telmisartan não difere entre idosos e doentes com menos de 65
anos.
Doentes com compromisso renal
observada
duplicação
concentrações
plasmáticas
doentes
compromisso renal ligeiro a moderado e grave. No entanto, foram observadas
concentrações plasmáticas mais baixas em doentes com compromisso renal que
faziam diálise. O telmisartan liga-se altamente às proteínas plasmáticas em doentes
com compromisso renal e não pode ser removido por diálise. A semivida de
eliminação não é alterada em doentes com compromisso renal.
Doentes com compromisso hepático
Estudos farmacocinéticos em
doentes
com afeção
hepática
demonstraram
aumento
biodisponibilidade
absoluta
até
perto
100%.
semivida
eliminação não é alterada em doentes com afeção hepática.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
estudos
segurança
pré-clínica,
doses
originavam
exposição
comparável às do intervalo terapêutico clínico provocaram uma diminuição dos
parâmetros
glóbulos
vermelhos
(eritrócitos,
hemoglobina,
hematócrito),
alterações da hemodinâmica renal (aumento da ureia nitrogenada e creatinina), bem
como um aumento do potássio sérico em animais normotensos. Em cães, foi
observada dilatação e atrofia dos túbulos renais. Também se observaram lesões na
mucosa gástrica (erosão, úlceras ou inflamação) em ratos e cães. Estes efeitos
indesejáveis
mediados
farmacologicamente,
conhecidos
estudos
pré-clínicos
realizados com inibidores da enzima de conversão da angiotensina e antagonistas do
recetor da angiotensina II, foram evitados com um suplemento oral salino.
Em ambas as espécies, foi observado um aumento da atividade da renina plasmática
e hipertrofia / hiperplasia das células justaglomerulares renais. Estas alterações,
também um efeito da classe dos inibidores da enzima de conversão da angiotensina
e outros antagonistas do recetor da angiotensina II, não parecem ter significado
clínico.
Não foi observada uma evidência clara de efeito teratogénico, no entanto, com doses
tóxicas de telmisartan, foram observados efeitos no desenvolvimento pós-natal da
descendência, tais como baixo peso corporal, atraso na abertura do olho e maior
mortalidade.
Não houve evidência de mutagenicidade e de atividade clastogénica relevante em
estudos in vitro, nem evidência de carcinogenicidade no rato e no ratinho.
APROVADO EM
19-06-2015
INFARMED
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1. Lista dos excipientes
Estearato de magnésio
Povidona (K-30)
Meglumina
Hidróxido de sódio
Manitol (SD 200) (E421)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável
6.3 Prazo de validade
3 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Frasco de HDPE com tampa de polipropileno contendo exsicante
Tamanho das embalagens: 56, 60, 84, 90, 98, 280, 500, 1000 comprimidos
Blisters de OPA/Al/PVC/Alumínio acondicionados em caixa de cartão
Tamanhos de embalagem: 14, 28, 30, 56, 60, 84, 90, 98,100 comprimidos.
Embalagem calendário de 28 comprimidos. Embalagens múltiplas contendo 98 (2
embalagens de 49) comprimidos apenas para a dosagem de 80 mg.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Mylan, Lda.
Av. D. João II, Edifício Atlantis, N.º 44C - 7.3 e 7.4
1990-095 Lisboa
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nº de registo: 5411350 – 14 comprimidos, 20 mg, blisters de OPA/Alu/PVC-Alumínio
Nº de registo: 5411319 – 28 comprimidos, 20 mg, blisters de OPA/Alu/PVC-Alumínio
Nº de registo: 5411368 – 56 comprimidos, 20 mg, blisters de OPA/Alu/PVC-Alumínio
APROVADO EM
19-06-2015
INFARMED
Nº de registo: 5411376 – 14 comprimidos, 40 mg, blisters de OPA/Alu/PVC-Alumínio
Nº de registo: 5411327 – 28 comprimidos, 40 mg, blisters de OPA/Alu/PVC-Alumínio
Nº de registo: 5411400 – 56 comprimidos, 40 mg, blisters de OPA/Alu/PVC-Alumínio
Nº de registo: 5411418 – 14 comprimidos, 80 mg, blisters de OPA/Alu/PVC-Alumínio
Nº de registo: 5411335 – 28 comprimidos, 80 mg, blisters de OPA/Alu/PVC-Alumínio
Nº de registo: 5411426 – 56 comprimidos, 80 mg, blisters de OPA/Alu/PVC-Alumínio
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 30 de setembro de 2011
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Março de 2017.