Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
23-04-2012
23-04-2012
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Telmisartan ALTER 80 mg Comprimidos
Telmisartan
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento
pode ser-lhes prejudicial, mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
- Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Telmisartan ALTER e para que é utilizado
2. Antes de tomar Telmisartan ALTER
3. Como tomar Telmisartan ALTER
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Telmisartan ALTER
6. Outras informações
1. O QUE É TELMISARTAN ALTER E PARA QUE É UTILIZADO
Telmisartan ALTER pertence a uma classe de medicamentos conhecidos como
antagonistas dos receptores da angiotensina II. A angiotensina II é uma substância
produzida
organismo,
provoca
estreitamento
seus
vasos
sanguíneos, aumentando assim a sua pressão arterial. Telmisartan ALTER bloqueia o
efeito da angiotensina II, provocando um relaxamento dos vasos sanguíneos,
diminuindo assim a sua pressão arterial.
Telmisartan ALTER é utilizado para tratar a hipertensão (pressão arterial elevada)
essencial. “Essencial” significa que a pressão arterial elevada não é causada por
nenhuma outra condição.
A pressão arterial elevada, se não for tratada, pode causar lesão nos vasos
sanguíneos em vários órgãos, o que pode, em alguns casos, conduzir a ataque
cardíaco, insuficiência cardíaca ou renal, acidente vascular cerebral ou cegueira.
Normalmente, não há sintomas de pressão arterial elevada antes de ocorrer lesão.
Por isso, é importante medir regularmente a sua pressão arterial para verificar se a
mesma se encontra dentro dos valores normais.
Telmisartan
ALTER
também
utilizado
para
redução
acontecimentos
cardiovasculares (como ataque cardíaco ou AVC) em doentes que estão em risco,
porque têm o fornecimento de sangue ao coração ou às pernas reduzido ou
bloqueado, ou tiveram um AVC ou têm diabetes de elevado risco. O seu médico
poderá dizer-lhe se está em elevado risco de sofrer estes acontecimentos.
2. ANTES DE TOMAR TELMISARTAN ALTER
Não tome Telmisartan ALTER
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
- Se tem alergia (hipersensibilidade) ao telmisartan ou a qualquer outro componente
de Telmisartan ALTER (ver secção “6. Outras informações”, para a lista dos outros
componentes);
- Se tiver mais do que três meses de gravidez (também é preferível não tomar
Telmisartan ALTER no início da gravidez – ver secção “Gravidez”);
- Se sofre de problemas hepáticos graves, como colestase ou de obstrução biliar
(problemas com a drenagem da bílis, a partir do fígado e da vesícula biliar) ou de
qualquer outra doença hepática grave.
Se alguma das situações acima descritas se aplica a si, informe o seu médico ou
farmacêutico antes de tomar Telmisartan ALTER.
Tome especial cuidado com Telmisartan ALTER
Informe o seu médico se sofre ou alguma vez sofreu de qualquer uma das seguintes
condições ou doenças:
- Doença renal ou transplante renal;
- Estenose arterial renal (estreitamento dos vasos sanguíneos para um ou ambos os
rins);
- Doença do fígado;
- Problemas cardíacos;
- Níveis aumentados de aldosterona (retenção de sal e água no organismo,
juntamente com desequilíbrio de vários minerais sanguíneos);
- Pressão arterial baixa (hipotensão), que pode ocorrer se estiver desidratado (perda
excessiva de água corporal) ou se tiver deficiência salina devida a terapêutica
diurética (“comprimidos de água”), dieta pobre em sal, diarreia ou vómito;
- Níveis elevados de potássio no sangue;
- Diabetes.
Deve informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida.
Telmisartan ALTER não está recomendado no início da gravidez e não pode ser
tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente
prejudicial para o bebé, se utilizado a partir desta altura (ver secção “Gravidez”).
Em caso de cirurgia ou anestesia, deve informar o seu médico de que está a tomar
Telmisartan ALTER.
Não é recomendado o uso de Telmisartan ALTER em crianças e adolescentes até aos
18 anos de idade.
Tal como com todos os outros antagonistas dos receptores da angiotensina II,
Telmisartan ALTER pode ser menos efectivo na diminuição da pressão arterial em
doentes de raça negra.
Ao tomar Telmisartan ALTER com outros medicamentos
Informe
seu médico
farmacêutico se
estiver
tomar
ou tiver tomado
recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita
médica. O seu médico pode necessitar alterar a dose desses outros medicamentos
ou tomar outras precauções. Em alguns casos, pode ter que parar de tomar um dos
medicamentos. Isto aplica-se especialmente aos medicamentos abaixo listados,
quando tomados ao mesmo tempo que Telmisartan ALTER:
- Medicamentos contendo lítio para tratar alguns tipos de depressão;
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
- Medicamentos que podem aumentar os níveis de potássio no sangue, tais como
substitutos salinos contendo potássio, diuréticos poupadores de potássio (alguns
“comprimidos
água”),
inibidores
ECA,
antagonistas
receptores
angiotensina II, AINE (medicamentos anti-inflamatórios não esteróides, tais como
aspirina ou ibuprofeno), heparina, imunossupressores (tais como ciclosporina ou
tacrolimus) e o antibiótico trimetoprim;
- Diuréticos (“comprimidos de água”), especialmente se tomados em doses elevadas
conjuntamente com Telmisartan ALTER, podem levar a excessiva perda de água
corporal e baixa pressão arterial (hipotensão).
À semelhança do que se verifica com outros medicamentos que diminuem a pressão
arterial, o efeito de Telmisartan ALTER pode ser reduzido se estiver a tomar AINE
(medicamentos anti-inflamatórios não esteróides, tais como aspirina e ibuprofeno)
ou corticosteróides.
Telmisartan ALTER pode aumentar o efeito de diminuição da pressão arterial de
outros medicamentos utilizados para tratar a pressão arterial elevada.
Ao tomar Telmisartan ALTER com alimentos e bebidas
Pode tomar Telmisartan ALTER com ou sem alimentos.
Gravidez e aleitamento
Gravidez
Deve informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida. O seu
médico, normalmente, aconselhá-la-á a interromper Telmisartan ALTER antes de
engravidar, ou assim que estiver grávida, e a tomar outro medicamento em vez de
Telmisartan ALTER. Telmisartan ALTER não está recomendado no início da gravidez e
não pode ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser
gravemente prejudicial para o bebé, se utilizado a partir desta altura.
Aleitamento
Deverá informar o seu médico que se encontra a amamentar ou que está prestes a
iniciar
aleitamento.
Telmisartan
ALTER
não
está
recomendado
mães
amamentar, especialmente se o bebé for recém-nascido ou prematuro; nestes casos,
o seu médico poderá indicar outro tratamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não está disponível qualquer informação sobre o efeito de Telmisartan ALTER na
capacidade de condução de veículos ou utilização de máquinas. Algumas pessoas
sentem tonturas ou cansaço quando estão a ser tratadas para a pressão arterial
elevada. Se sentir tonturas ou cansaço, não conduza veículos ou utilize máquinas.
Informações importantes sobre alguns componentes de Telmisartan ALTER
Telmisartan ALTER contém sorbitol (E420). Se é intolerante a alguns açúcares,
consulte o seu médico antes de tomar Telmisartan ALTER.
3. COMO TOMAR TELMISARTAN ALTER
Tome sempre Telmisartan ALTER exactamente como o seu médico lhe indicou. Em
caso de dúvidas, deve consultar o seu médico ou farmacêutico.
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
A dose normal de Telmisartan ALTER é de um comprimido por dia. Tente tomar o
comprimido sempre à mesma hora, todos os dias. Pode tomar Telmisartan AMPDR
com ou sem alimentos. Os comprimidos devem ser engolidos com alguma água ou
outra bebida não alcoólica. É importante que tome Telmisartan ALTER todos os dias,
até que o seu médico lhe diga o contrário. Se tiver a impressão que o efeito de
Telmisartan ALTER é muito forte ou muito fraco, fale com o seu médico ou
farmacêutico.
Para tratamento da pressão sanguínea elevada, a dose normal de Telmisartan ALTER
para a maioria dos doentes é um comprimido de 40 mg, uma vez por dia, para
controlar a pressão arterial durante um período de 24 horas. No entanto, por vezes o
seu médico pode recomendar uma dose inferior de 20 mg ou uma dose superior de
80 mg. Telmisartan ALTER pode também ser utilizado em combinação com diuréticos
(“comprimidos de água”), tais como a hidroclorotiazida, que tem demonstrado ter
um efeito aditivo na diminuição da pressão arterial com Telmisartan ALTER.
Para a redução de acontecimentos cardiovasculares, a dose normal de Telmisartan
ALTER é um comprimido de 80 mg uma vez ao dia. No início do tratamento de
prevenção
Telmisartan
ALTER
pressão
sanguínea
deve
frequentemente monitorizada.
Se o seu fígado não está a funcionar normalmente, a dose normal não deve exceder
os 40 mg, uma vez por dia.
Se tomar mais Telmisartan ALTER do que deveria
Se tomar acidentalmente demasiados comprimidos, contacte imediatamente o seu
médico, o seu farmacêutico ou as urgências do hospital mais próximo.
Caso se tenha esquecido de tomar Telmisartan ALTER
Se se esquecer de tomar uma dose, não se preocupe. Tome-a logo que se lembre e
depois continue como habitualmente. Se não tomar o seu comprimido num dia, tome
a sua dose normal no dia seguinte. Não tome uma dose a dobrar para compensar
doses individuais que se esqueceu de tomar.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Telmisartan ALTER pode causar efeitos secundários
no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Estes efeitos secundários podem ocorrer com certas frequências, que são definidas
como se segue:
Muito frequente:
Afecta mais de 1 utilizador em 10
Frequente:
Afecta 1 a 10 utilizadores em 100
Pouco frequente:
Afecta 1 a 10 utilizadores em 1.000
Raro:
Afecta 1 a 10 utilizadores em 10.000
Muito raro:
Afecta menos de 1 utilizador em 10.000
Desconhecida:
A frequência não pode ser estimada a partir dos dados
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
disponíveis.
Os efeitos secundários frequentes podem incluir:
Pressão sanguínea baixa (hipotensão) em utilizadores tratados para a redução de
acontecimentos cardiovasculares.
Os efeitos secundários pouco frequentes podem incluir:
Infecções do tracto respiratório superior (por exemplo, garganta inflamada, sinusite,
constipação), infecções do tracto urinário, deficiência em células vermelhas do
sangue (anemia), níveis elevados de potássio, sensação de tristeza (depressão),
desmaio (síncope), dificuldade em adormecer, sensação de rotação (vertigem),
frequência cardíaca baixa (bradicardia), pressão sanguínea baixa (hipotensão) em
utilizadores tratados para a pressão sanguínea elevada, tonturas quando se está de
pé (hipotensão ortostática), falta de ar, dor abdominal, diarreia, desconforto no
abdómen, distensão abdominal, vómitos, aumento da sudação, comichão, erupção
cutânea de causa medicamentosa, dor muscular (mialgia), dor nas costas, cãibras
musculares,
compromisso
renal, incluindo
falência renal
aguda,
peito,
sensação de fraqueza e níveis aumentados de creatinina no sangue.
Os efeitos secundários raros podem incluir:
Baixa contagem de plaquetas (trombocitopenia), reacções alérgicas (por exemplo,
erupção cutânea, comichão, dificuldade em respirar, pieira, inchaço da face ou baixa
pressão
sanguínea),
ansiedade,
visão
alterada,
batimento
cardíaco
acelerado
(taquicardia), mal-estar no estômago, boca seca, função hepática anormal, erupção
cutânea de causa medicamentosa grave, vermelhidão cutânea, rápido inchaço da
pele e das mucosas (angioedema), eczema (uma alteração da pele), dor nas
articulações
(artralgia),
extremidades,
doença
tipo
gripal,
níveis
aumentados de ácido úrico, enzimas hepáticas ou creatinina fosfocinase no sangue, e
diminuição da hemoglobina (uma proteína sanguínea).
Os efeitos secundários de frequência desconhecida podem incluir:
Aumento de algumas células brancas do sangue (eosinofilia), reacção alérgica grave
(reacção anafiláctica), urticária, dor nos tendões, e sepsis* (muitas vezes designada
“envenenamento sanguíneo”, é uma infecção grave que desencadeia uma resposta
generalizada do sistema inflamatório, podendo conduzir à morte).
* Num estudo a longo termo, envolvendo mais de 20.000 doentes, houve mais
doentes tratados com telmisartan que sofreram sepsis, em comparação com os
doentes que não receberam telmisartan. O evento pode ter acontecido por acaso ou
pode estar relacionado com um mecanismo actualmente desconhecido.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR TELMISARTAN ALTER
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Telmisartan ALTER após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior, após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Conservar na embalagem de origem.
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não
necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Telmisartan ALTER
A substância activa é o telmisartan. Cada comprimido contém 80 mg de telmisartan.
Os outros componentes são: celulose microcristalina, hidróxido de sódio, meglumina,
povidona K30, carboximetilamido sódico, sorbitol (E420) e estearato de magnésio.
Qual o aspecto de Telmisartan ALTER e conteúdo da embalagem
Os comprimidos de Telmisartan ALTER 80 mg são brancos a ligeiramente beges,
oblongos, sem ranhura.
Telmisartan ALTER apresenta-se em embalagens de 14, 28 ou 56 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Alter, S.A.
Estrada Marco do Grilo - Zemouto
2830 Coina
Portugal
Fabricante
Laboratórios Alter S.A.
c/ Mateo Inurria n.º 30
28036 Madrid
Espanha
Este folheto foi aprovado pela última vez em
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Telmisartan ALTER 20 mg comprimidos
Telmisartan ALTER 40 mg comprimidos
Telmisartan ALTER 80 mg comprimidos
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém 20 mg, 40 mg ou 80 mg telmisartan, respectivamente.
Excipientes:
Cada comprimido contém 21,4 mg, 42,8 mg ou 85,6 mg de sorbitol (E420),
respectivamente.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido.
Os comprimidos de Telmisartan ALTER 20 mg e 40 mg são brancos a ligeiramente
beges, redondos, biconvexos, sem ranhura.
Os comprimidos de Telmisartan ALTER 80 mg são brancos a ligeiramente beges,
oblongos, sem ranhura.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Hipertensão
Tratamento da hipertensão essencial no adulto.
Prevenção cardiovascular
Redução da morbilidade cardiovascular em doentes com:
i) doença aterotrombótica cardiovascular manifesta (história de doença cardíaca
coronária, AVC, ou doença arterial periférica) ou
ii) diabetes mellitus tipo 2 com lesão de órgãos-alvo documentada.
4.2 Posologia e modo de administração
Tratamento da hipertensão essencial:
A dose geralmente eficaz é de 40 mg uma vez ao dia. Alguns doentes já podem
beneficiar com uma dose diária de 20 mg. Nos casos em que não é atingida a
pressão arterial pretendida, a dose de telmisartan pode ser aumentada até um
máximo de 80 mg uma vez ao dia. Em alternativa, o telmisartan pode ser utilizado
em associação com diuréticos tipo-tiazida, tal como a hidroclorotiazida, que tem
demonstrado
efeito
aditivo
diminuição
pressão
arterial
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
telmisartan. Quando se pensar em aumentar a dose, deve ter-se em atenção que o
efeito anti-hipertensor máximo é geralmente obtido quatro a oito semanas após o
início do tratamento (ver secção 5.1).
Prevenção cardiovascular:
A dose recomendada é 80 mg uma vez ao dia. Não se sabe se doses menores que 80
mg de telmisartan são efectivas na redução da morbilidade cardiovascular.
Quando se inicia o tratamento com telmisartan para a redução da morbilidade
cardiovascular, recomenda-se uma monitorização apertada da pressão sanguínea, e,
apropriado,
podem
necessários
ajustes
medicação
utilizada
para
diminuição da pressão sanguínea.
O telmisartan pode ser administrado com ou sem alimentos.
Populações especiais de doentes:
Compromisso renal: não é necessário ajuste da dose em doentes com compromisso
renal ligeiro a moderado. Dispõe-se de experiência limitada em relação a doentes
com compromisso renal grave ou sujeitos a hemodiálise. Nestes casos, recomenda-
se uma dose inicial mais baixa, de 20 mg (ver secção 4.4).
Compromisso hepático: a dose para doentes com compromisso hepático ligeiro a
moderado não deve exceder os 40 mg uma vez ao dia (ver secção 4.4).
Idosos
Não é necessário ajuste da dose no doente idoso.
Doentes pediátricos
Não se recomenda a utilização de Telmisartan ALTER em crianças até aos 18 anos,
devido à ausência de dados relativos à segurança e eficácia.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes (ver secção
6.1.)
Segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver secções 4.4 e 4.6)
Perturbações obstrutivas biliares
Compromisso hepático grave
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Gravidez:
Os antagonistas dos receptores da angiotensina II não devem ser iniciados durante a
gravidez. A não ser em situações em que a manutenção da terapêutica com
antagonistas dos receptores da angiotensina II seja considerada essencial, nas
doentes
planeiem
engravidar
tratamento
deve
alterado
para
anti-
hipertensores cujo perfil de segurança durante a gravidez esteja estabelecido.
Quando é diagnosticada a gravidez, o tratamento com antagonistas dos receptores
da angiotensina II deve ser interrompido imediatamente e, se apropriado, deverá ser
iniciada terapêutica alternativa (ver secções 4.3. e 4.6.).
Compromisso hepático:
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
Telmisartan ALTER não é para ser administrado a doentes com colestase, doenças
obstrutivas biliares ou compromisso hepático grave (ver secção 4.3.), uma vez que o
telmisartan
sofre
eliminação
predominantemente
biliar.
Poderá
prever-se
diminuição da depuração hepática do telmisartan nestes doentes. Telmisartan ALTER
deverá ser usado com precaução em doentes com compromisso hepático ligeiro a
moderado.
Hipertensão renovascular:
Existe um risco aumentado de hipotensão e insuficiência renal graves quando
doentes com estenose arterial bilateral renal ou estenose da artéria para o único rim
funcionante são tratados com fármacos que afectam o sistema renina-angiotensina-
aldosterona.
Compromisso renal e transplante renal:
Quando Telmisartan ALTER é utilizado em doentes com compromisso da função
renal,
recomenda-se monitorização
periódica
níveis séricos
potássio e
creatinina. Não há experiência sobre a administração de Telmisartan ALTER em
doentes com transplante renal recente.
Hipovolemia intravascular:
Pode
ocorrer
hipotensão
sintomática,
especialmente
após
primeira
dose
Telmisartan ALTER, em doentes com depleção do volume e/ou do sódio devido a
terapêutica energética com diuréticos, restrição de sal na dieta, diarreia ou vómitos.
Estas condições devem ser corrigidas antes da administração de Telmisartan ALTER.
A depleção do volume e/ou do sódio deve ser corrigida antes da administração de
Telmisartan ALTER.
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona: foram notificados casos
hipotensão,
síncope,
hipercaliemia
alteração
função
renal
(incluindo
insuficiência renal aguda) em indivíduos susceptíveis, como consequência da inibição
do sistema renina-angiotensina-aldosterona, principalmente quando se administram
concomitantemente medicamentos que afectam este sistema.
Assim,
duplo
bloqueio
sistema
renina-angiotensina-aldosterona
(p.ex.,
adicionando um IECA a um antagonista do receptor da angiotensina II) não é
recomendado em doentes já com a tensão arterial controlada e deve limitar-se a
casos identificados individualmente, com uma monitorização apertada da função
renal.
Outras situações com estimulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona:
Em doentes cujo tónus vascular e função renal dependem predominantemente da
actividade
sistema
renina-angiotensina-aldosterona
(p.ex.
doentes
insuficiência
cardíaca
congestiva
grave
doença
renal
subjacente,
incluindo
estenose da artéria renal), o tratamento com fármacos que afectam este sistema,
tais como o telmisartan, foi associado a hipotensão aguda, hiperazotemia, oligúria
ou, raramente, a insuficiência renal aguda (ver secção 4.8).
Aldosteronismo primário:
Os doentes com aldosteronismo primário geralmente não irão responder a fármacos
anti-hipertensores que actuam através da inibição do sistema renina-angiotensina.
Assim, o uso de telmisartan não é recomendado.
Estenose das válvulas aórtica e mitral, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva:
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
Tal como com outros vasodiladatores, é indicado um especial cuidado em doentes
que sofrem de estenose aórtica ou da válvula mitral, ou com cardiomiopatia
hipertrófica obstrutiva.
Hipercaliemia:
Pode ocorrer hipercaliemia durante o tratamento com fármacos que afectem o
sistema renina-angiotensina-aldosterona.
A hipercaliemia pode ser fatal nos idosos, em doentes com insuficiência renal, em
doentes diabéticos, em doentes que estejam a ser tratados concomitantemente com
outros fármacos susceptíveis de aumentar os níveis de potássio, e/ou em doentes
com acontecimentos intercorrentes.
relação
benefício/risco
deve
avaliada
antes
considerar
concomitante de fármacos que afectam o sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Os principais factores de risco para a hipercaliemia a ser considerados são:
− Diabetes mellitus, compromisso renal, idade (>70 anos)
− Associação com um ou mais fármacos que afectam o sistema renina-angiotensina-
aldosterona e/ou suplementos de potássio. Os fármacos ou classes terapêuticas de
fármacos que podem induzir hipercaliemia são substitutos do sal contendo potássio,
diuréticos
poupadores
potássio,
inibidores
enzima
conversão
angiotensina (IECA), antagonistas do receptor da angiotensina II, fármacos anti-
inflamatórios não esteróides (AINE, incluindo os inibidores selectivos da COX-2),
heparina, imunossupressores (ciclosporina ou tacrolimus) e trimetropim.
Acontecimentos
intercorrentes,
particular
desidratação,
descompensação
cardíaca aguda, acidose metabólica, deterioração da função renal, deterioração
súbita da condição renal (p.ex., doenças infecciosas), lise celular (p.ex., isquemia
aguda a nível dos membros, rabdomiólise, trauma generalizado).
Em doentes de risco recomenda-se a monitorização cuidadosa dos níveis séricos de
potássio (ver secção 4.5).
Sorbitol:
Este medicamento contém sorbitol (E420). Doentes com problemas hereditários
raros de intolerância à frutose não devem tomar Telmisartan ALTER.
Diferenças étnicas:
Tal como foi observado para inibidores da enzima de conversão da angiotensina, o
telmisartan
outros
antagonistas
receptor
angiotensina
são
aparentemente menos eficazes na diminuição da pressão arterial em negros do que
em não-negros, possivelmente devido à prevalência elevada de situações de renina
baixa na população negra hipertensa.
Outros:
Tal como com qualquer agente anti-hipertensor, a diminuição excessiva da pressão
arterial em doentes com cardiopatia isquémica ou doença cardiovascular isquémica
pode resultar num enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Tal como com outros medicamentos que actuam no sistema renina-angiotensina-
aldosterona, o telmisartan pode induzir hipercaliemia (ver secção 4.4). O risco pode
aumentar em caso de associação com outros fármacos que possam também induzir
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
hipercaliemia
(substitutos
contendo
potássio,
diuréticos
poupadores
potássio, inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA), antagonistas do
receptor da angiotensina II, fármacos anti-inflamatórios não esteróides (AINE,
incluindo
inibidores
selectivos
COX-2),
heparina,
imunossupressores
(ciclosporina ou tacrolimus) e trimetropim.
A ocorrência de hipercaliemia vai depender dos factores de risco associados. O risco
encontra-se aumentado no caso das associações terapêuticas acima mencionadas. O
risco é particularmente elevado na associação com diuréticos poupadores de potássio
e quando associado com substitutos do sal contendo potássio. Uma associação com
inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA) ou fármacos anti-
inflamatórios não esteróides (AINE), por exemplo, acarreta um risco menor, desde
que as precauções de uso sejam rigorosamente seguidas.
Utilizações concomitantes não recomendadas
Diuréticos poupadores de potássio ou suplementos de potássio:
Os antagonistas do receptor da angiotensina II, tais como o telmisartan, atenuam a
perda de potássio induzida pelos diuréticos. Os diuréticos poupadores de potássio,
como por exemplo, a espironolactona, a eplerenona, o triamterene, ou o amiloride,
suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio podem levar a um
aumento significativo do potássio sérico. Se a administração concomitante é indicada
devido a hipocaliemia documentada, estes fármacos deverão ser utilizados com
precaução e o potássio sérico frequentemente monitorizado.
Lítio:
Foram
notificados
aumentos
reversíveis
concentrações
séricas
lítio
toxicidade, durante a administração concomitante de lítio com inibidores da enzima
de conversão da angiotensina e com antagonistas do receptor da angiotensina II,
incluindo o telmisartan. Caso esta associação prove ser necessária, recomenda-se a
monitorização cuidadosa dos níveis séricos de lítio.
Utilizações concomitantes que requerem precaução
Fármacos anti-inflamatórios não esteróides (AINE):
AINE
(como
sejam
ácido
acetilsalicílico
regimes
posológicos
anti-
inflamatórios, os inibidores da COX-2 e os AINE não selectivos) podem diminuir o
efeito anti-hipertensor dos antagonistas do receptor da angiotensina II.
Em alguns doentes com função renal comprometida (p.ex., doentes desidratados ou
idosos com função renal comprometida), a co-administração de antagonistas do
receptor da angiotensina II e de agentes que inibam a cicloxigenase pode resultar na
posterior deterioração da função renal, incluindo possível falência renal aguda, que é
geralmente reversível. Deste modo, a administração concomitante destes fármacos
deve ser feita com precaução, especialmente nos idosos. Os doentes devem ser
adequadamente hidratados e deve considerar-se a monitorização da função renal
uma vez iniciada a terapêutica concomitante e, depois periodicamente.
Num estudo clínico, a administração concomitante de telmisartan e ramipril conduziu
a um aumento da AUC0-24 e Cmáx do ramipril e ramiprilato até 2,5 vezes. A
relevância clínica desta observação não é conhecida.
Diuréticos (tiazida ou diuréticos da ansa):
tratamento
prévio
dosagem
elevada
diuréticos
tais
como
furosemida (diurético da ansa) e hidroclorotiazida (diurético tiazídico) pode resultar
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
em deplecção de volume e no risco de hipotensão quando se inicia a terapêutica com
telmisartan.
A ser considerado na utilização concomitante
Outros agentes anti-hipertensores:
O efeito do telmisartan de redução da pressão arterial pode ser aumentado pela
utilização concomitante de outros fármacos anti-hipertensores.
Com base nas suas propriedades farmacológicas, pode esperar-se que os seguintes
fármacos potenciem os efeitos hipotensivos de todos os anti-hipertensores incluindo
o telmisartan: baclofeno, amifostina.
Adicionalmente, a hipotensão ortostática pode ser agravada pelo álcool, barbitúricos,
narcóticos ou antidepressivos.
Corticosteróides (via sistémica):
Redução do efeito anti-hipertensor.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez:
administração
antagonistas
receptores
angiotensina
não
recomendada
durante
primeiro
trimestre
gravidez
(ver
secção
4.4).
administração de antagonistas dos receptores da angiotensina II está contra-
indicada durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver secções 4.3 e 4.4).
Não existem dados suficientes sobre a utilização de Telmisartan ALTER em mulheres
grávidas. Estudos em animais revelaram toxicidade reproductiva (ver secção 5.3).
A evidência epidemiológica relativa ao risco de teratogenicidade após a exposição
aos IECA durante o 1º trimestre de gravidez não é conclusiva; contudo, não é
possível excluir um ligeiro aumento do risco. Enquanto não existem dados de
estudos epidemiológicos controlados relativos ao risco associado aos antagonistas
dos receptores da angiotensina II, os riscos para esta classe de fármacos poderão
ser semelhantes. A não ser que a manutenção do tratamento com antagonistas dos
receptores da angiotensina II seja considerada essencial, nas doentes que planeiem
engravidar a medicação deve ser substituída por terapêuticas anti-hipertensoras
alternativas cujo perfil de segurança durante a gravidez esteja estabelecido. Quando
é diagnosticada a gravidez, o tratamento com antagonistas dos receptores da
angiotensina II deve ser interrompido imediatamente e, se apropriado, deverá ser
iniciada terapêutica alternativa.
A exposição a antagonistas dos receptores da angiotensina II durante o segundo e
terceiro trimestres de gravidez está reconhecidamente associada à indução de
toxicidade fetal em humanos (diminuição da função renal, oligoidrâmnio, atraso na
ossificação
crânio)
toxicidade
neonatal
(insuficiência
renal,
hipotensão,
hipercaliemia) (ver secção 5.3.). No caso de a exposição a antagonistas dos
receptores da angiotensina II ter ocorrido a partir do segundo trimestre de gravidez,
recomenda-se a monitorização ultrassonográfica da função renal e dos ossos do
crânio. Lactentes cujas mães estiveram expostas a antagonistas dos receptores da
angiotensina II devem ser cuidadosamente observados no sentido de diagnosticar
hipotensão (ver secções 4.3. e 4.4.).
Aleitamento:
não
encontra
disponível
informação
sobre
utilização
Telmisartan ALTER durante o aleitamento, a terapêutica com Telmisartan ALTER não
está recomendada e são preferíveis terapêuticas alternativas cujo perfil de segurança
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
durante o aleitamento esteja melhor estabelecido, particularmente em recém-
nascidos ou prematuros.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram realizados estudos relativos aos efeitos sobre a capacidade de conduzir e
utilizar máquinas.
Contudo, quando se conduzem veículos ou se operam máquinas, é necessário ter em
atenção que podem ocasionalmente ocorrer tonturas e sonolência com a terapêutica
anti-hipertensora.
4.8 Efeitos indesejáveis
A incidência geral dos acontecimentos adversos registados com o telmisartan (41,4
%) foi normalmente comparável ao placebo (43,9 %) em ensaios controlados em
doentes tratados para a hipertensão. A incidência de acontecimentos adversos não
esteve relacionada com a dose e não demonstrou qualquer correlação com o sexo, a
idade ou a raça dos doentes. O perfil de segurança do telmisartan, em doentes
tratados para a redução da morbilidade cardiovascular, foi consistente com o obtido
em doentes hipertensos.
As reacções adversas medicamentosas listadas abaixo foram obtidas de ensaios
clínicos controlados em doentes tratados para a hipertensão e de notificações pós-
comercialização. Esta listagem também tem em conta acontecimentos adversos
graves e acontecimentos adversos que levam a descontinuação, notificados em três
estudos clínicos de longa duração, incluindo 21642 doentes tratados com telmisartan
para a redução da morbilidade cardiovascular, por um período até 6 anos.
As reacções adversas foram organizadas em classes de frequência utilizando a
seguinte convenção: muito frequentes (≥1/10); frequentes (≥1/100 a <1/10);
pouco frequentes (≥1/1.000 a <1/100); raros (≥1/10.000 a <1/1.000); muito raros
(<1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
As reacções adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade dentro
de cada classe de frequência.
Infecções e infestações
Pouco frequentes: infecção do tracto respiratório superior incluindo faringite e
sinusite, infecção do tracto urinário incluindo cistite.
Desconhecido: sepsis incluindo resultado fatal1.
Doenças do sangue e do sistema linfático
Pouco frequentes: anemia.
Raros: trombocitopenia.
Desconhecido: eosinofilia.
Doenças do sistema imunitário
Raros: hipersensibilidade.
Desconhecido: reacção anafiláctica.
Doenças do metabolismo e da nutrição
Desconhecido: hipercaliemia.
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
Perturbações do foro psiquiátrico
Pouco frequentes: depressão, insónia.
Raros: ansiedade.
Doenças do sistema nervoso
Pouco frequentes: síncope.
Afeccções oculares
Raros: perturbação visual.
Afecções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes: vertigens.
Cardiopatias
Pouco frequentes: bradicardia.
Raros: taquicardia.
Vasculopatias
Pouco frequentes: hipotensão2, hipotensão ortostática.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes: dispneia.
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes: dor abdominal, diarreia, dispepsia, flatulência, vómitos.
Raros: desconforto gástrico, boca seca.
Afecções hepatobiliares
Raros: alteração da função hepática/perturbações hepáticas.
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Pouco frequentes: hiperhidrose, prurido, erupção cutânea (rash).
Raros: eritema, angioedema, erupção causada pelo fármaco, erupção cutânea tóxica,
eczema.
Desconhecido: urticária.
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Pouco frequentes: mialgia, dor nas costas (ex. ciática), espasmos musculares.
Raros: artralgia, dor nas extremidades.
Desconhecido: dor nos tendões (sintomas do tipo tendinite).
Doenças renais e urinárias
Pouco frequentes: compromisso renal, incluindo insuficiência renal aguda.
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Pouco frequentes: dor no peito, astenia (fraqueza).
Raros: doença do tipo gripal.
Exames complementares de diagnóstico
Pouco frequentes: aumento da creatinina sérica.
Raros: aumento do ácido úrico sérico, aumento das enzimas hepáticas, aumento da
creatinina. fosfocinase sérica, diminuição da hemoglobina.
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
1 No ensaio PRoFESS, foi observada uma incidência de sepsis aumentada com o
telmisartan comparativamente ao placebo. O evento pode tratar-se de um resultado
ocasional ou estar relacionado com um mecanismo actualmente desconhecido (ver
secção 5.1).
2 Notificado como frequente em doentes com pressão sanguínea controlada, que
foram tratados com telmisartan para a redução da morbilidade cardiovascular em
adição ao tratamento padrão.
4.9 Sobredosagem
A informação disponível sobre a sobredosagem no humano é limitada.
Sintomas: as manifestações mais relevantes de sobredosagem com telmisartan
consistiram em hipotensão e taquicardia; também foram notificados casos de
bradicardia, tonturas, aumento da creatinina sérica e insuficiência renal aguda.
Tratamento: o telmisartan não é removido por hemodiálise. O doente deverá ser
objecto de uma monitorização rigorosa e a terapêutica deverá ser sintomática e de
suporte. A abordagem depende do período de tempo desde a ingestão e da
gravidade dos sintomas. Entre as medidas sugeridas incluem-se a indução do vómito
e/ou
lavagem
gástrica.
carvão
activado
pode
útil
tratamento
sobredosagem.
electrólitos
séricos
níveis
creatinina
deverão
monitorizados com frequência. Se ocorrer hipotensão, o doente deverá ser deitado
em decúbito dorsal, procedendo-se à administração rápida de suplementos de sal e
volume.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
3.4.2.2 - Aparelho cardiovascular. Anti-hipertensores. Modificadores do eixo renina-
angiotensina. Antagonistas dos receptores da angiotensina.
Código ATC C09CA07.
Mecanismo de acção:
O telmisartan é um antagonista activo e específico do receptor da angiotensina II
(tipo AT1) por via oral. O telmisartan desloca a angiotensina II com elevada
afinidade do seu local de ligação ao receptor do subtipo AT1, que é responsável pelas
acções
conhecidas
angiotensina
O telmisartan
não
apresenta
nenhuma
actividade
agonista
parcial
sobre
receptor
AT1.
telmisartan
liga-se
selectivamente ao receptor AT1. A ligação é prolongada. O telmisartan não revela
afinidade para outros receptores, incluindo o AT2 e outros receptores AT menos
caracterizados. O papel funcional destes receptores não é conhecido, nem o efeito da
sua possível sobrestimulação pela angiotensina II, cujos níveis são aumentados pelo
telmisartan. Os níveis plasmáticos da aldosterona são diminuídos pelo telmisartan. O
telmisartan não inibe a renina plasmática humana nem bloqueia os canais iónicos.
O telmisartan não inibe a enzima de conversão da angiotensina (quininase II), a
enzima que também degrada a bradiquinina. Assim, não se espera que potencie os
efeitos adversos mediados pela bradiquinina.
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
No humano, uma dose de 80 mg de telmisartan inibe quase completamente o
aumento da pressão arterial provocado pela angiotensina II. O efeito inibitório
mantém-se durante 24 horas e ainda se pode medir até às 48 horas.
Eficácia clínica e segurança:
Tratamento da hipertensão essencial
Após a administração da primeira dose de telmisartan, o início da actividade anti-
hipertensora ocorre gradualmente dentro de 3 horas. A redução máxima da pressão
arterial é geralmente atingida 4 a 8 semanas após o início do tratamento e mantém-
se durante uma terapêutica prolongada.
O efeito anti-hipertensor permanece ao longo de 24 horas após a dosagem e inclui
as últimas 4 horas antes da administração seguinte, como demonstram as medições
da pressão arterial realizadas em ambulatório. Isto é confirmado por razões da
concentração mínima até ao pico consistentemente acima de 80%, observados após
uma dose de 40 e 80 mg de telmisartan em estudos clínicos controlados por placebo.
Existe uma tendência aparente para uma relação entre a dose e o tempo de
recuperação da pressão arterial sistólica (PAS) basal. A este respeito os dados que se
referem à pressão arterial diastólica (PAD) são incoerentes.
Em doentes com hipertensão, o telmisartan reduz a pressão arterial sistólica e
diastólica sem afectar a pulsação. A contribuição do efeito diurético e natriurético do
fármaco para a sua actividade hipotensora ainda tem de ser definida. A eficácia anti-
hipertensora do telmisartan é comparável à de agentes representativos de outras
classes
fármacos
anti-hipertensores
(demonstrado
ensaios
clínicos
comparando o telmisartan à amlodipina, atenolol, enalapril, hidroclorotiazida e
lisinopril).
Após interrupção abrupta do tratamento com telmisartan, a pressão arterial volta
gradualmente aos valores anteriores ao tratamento ao longo de um período de
vários dias, sem evidências de exacerbação da hipertensão.
Em ensaios clínicos, a incidência de tosse seca foi significativamente menor em
doentes tratados com telmisartan do que nos tratados com IECA, comparando
directamente os dois tratamentos antihipertensores.
Prevenção cardiovascular
ONTARGET (ONgoing Telmisartan Alone and in Combination with Ramipril Global
Endpoint Trial) comparou o efeito do telmisartan, do ramipril e da combinação
telmisartan e ramipril nos resultados cardiovasculares em 25620 doentes, com 55
anos de idade ou mais, com história de doença arterial coronária, AVC, acidente
isquémico
transitório,
doença
arterial
periférica
diabetes
mellitus
tipo
acompanhada de evidência de lesão de órgãos-alvo (ex. retinopatia, hipertrofia
ventricular esquerda, macro ou microalbuminúria), os quais representam uma
população de elevado risco de acontecimentos cardiovasculares.
Os doentes foram aleatorizados para um dos três grupos de tratamento seguintes:
telmisartan 80 mg (n = 8542), ramipril 10 mg (n = 8576), ou a combinação
telmisartan 80 mg mais ramipril 10 mg (n = 8502) e foram seguidos durante um
período de observação médio de 4,5 anos.
O telmisartan mostrou efeito semelhante ao ramipril na redução do endpoint
primário composto de morte cardiovascular, enfarte de miocárdio não fatal, AVC não
fatal,
hospitalização
insuficiência
cardíaca
congestiva.
incidência
endpoint primário foi semelhante nos grupos do telmisartan (16,7%) e do ramipril
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
(16,5%). O risco relativo para o telmisartan vs ramipril foi 1,01 (IC 97,5%: 0,93 –
1,10; p (não-inferioridade) = 0,0019 com uma margem de 1,13). A taxa de
mortalidade por todas as causas foi 11,6% e 11,8% entre os doentes tratados com
telmisartan e com ramipril, respectivamente.
telmisartan
mostrou
efectividade
semelhante
ramipril
endpoint
secundário pré-especificado de morte cardiovascular, enfarte de miocárdio não fatal
e AVC não fatal [0,99 (IC 97,5%: 0,90 – 1,08; p (não-inferioridade) = 0,0004)], o
endpoint primário no estudo de referência HOPE (The Heart Outcomes Prevention
Evaluation Study), o qual investigou o efeito do ramipril vs placebo.
O estudo TRANSCEND aleatorizou doentes intolerantes ao IECA, com diversos
critérios de inclusão semelhantes ao ONTARGET, para telmisartan 80 mg (n=2954)
ou placebo (n= 2972), ambos administrados em adição ao tratamento padrão. O
período médio de seguimento foi 4 anos e 8 meses.
Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa na incidência do endpoint
primário composto (morte cardiovascular, enfarte de miocárdio não fatal, AVC não
fatal, ou hospitalização por insuficiência cardíaca congestiva) (15,7% no grupo
telmisartan e 17,0% no grupo placebo, com um risco relativo de 0,92 (IC 95%: 0,81
– 1,05, p = 0,22)). Houve evidência de benefício do telmisartan comparativamente
placebo,
endpoint
secundário
composto
pré-especificado
morte
cardiovascular, enfarte de miocárdio não fatal e AVC não fatal [0,87 (IC 95%: 0,76 –
1,00, p = 0,048)]. Não houve evidência de benefício na mortalidade cardiovascular
(risco relativo 1,03, IC 95%: 0,85 – 1,24).
Tosse e angioedema foram menos frequentemente notificados em doentes tratados
com telmisartan do que em doentes tratados com ramipril, enquanto hipotensão foi
mais frequentemente notificado com o telmisartan.
A combinação do telmisartan com o ramipril não acrescentou benefício adicional em
relação ao ramipril ou telmisartan isoladamente. A mortalidade cardiovascular e a
mortalidade
todas
causas
foram
numericamente
superiores
combinação. Adicionalmente, houve uma incidência significativamente superior de
hipercaliémia, insuficiência renal, hipotensão e síncope, no braço da combinação.
Consequentemente, não é recomendada a combinação telmisartan e ramipril nesta
população.
No ensaio “Prevention Regimen For Effectively avoiding Second Strokes” (PRoFESS),
em doentes com 50 anos ou mais, que sofreram recentemente um AVC, foi
observada
incidência
aumentada
sepsis
telmisartan
comparativamente ao placebo, 0,70% vs 0,49% [RR 1,43 (intervalo de confiança a
95%: 1,00-2,06)]; a incidência de casos de sepsis fatais foi aumentada para doentes
a tomar telmisartan (0,33%) vs doentes a tomar placebo (0,16%) [RR 2,07
(intervalo de confiança a 95%: 1,14-3,76)]. O aumento observado na taxa de
ocorrência de sepsis associada com o uso de telmisartan pode tratar-se de um
resultado
ocasional
estar
relacionado
mecanismo
actualmente
desconhecido.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção:
A absorção do telmisartan é rápida, apesar de variar a quantidade absorvida. A
biodisponibilidade absoluta média para o telmisartan é de cerca de 50 %. Quando o
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
telmisartan é tomado com alimentos, a redução na área sob a curva da concentração
plasmática-tempo (AUC0-∞) do telmisartan varia desde aproximadamente 6% (dose
de 40 mg) até aproximadamente 19 % (dose de 160 mg). Após 3 horas da
administração, as concentrações plasmáticas são semelhantes quer o telmisartan
seja tomado em jejum ou com alimentos.
Linearidade/não-linearidade:
Não se espera que a pequena redução da AUC provoque uma redução da eficácia
terapêutica. Não existe uma relação linear entre as doses e os níveis plasmáticos. A
Cmax e, em menor grau, a AUC aumentam desproporcionadamente com doses
acima dos 40 mg.
Distribuição:
O telmisartan liga-se altamente às proteínas plasmáticas (> 99,5 %), principalmente
à albumina e à glicoproteína ácida alfa-1. O volume de distribuição médio aparente
no estado estacionário (Vdss) é aproximadamente de 500 l.
Metabolismo:
O telmisartan é metabolizado por conjugação no glucuronido do composto inicial.
Não se demonstrou nenhuma actividade farmacológica para o conjugado.
Eliminação:
telmisartan
caracterizado
farmacocinética
diminuição
biexponencial, com uma semivida terminal de eliminação >20 horas. A concentração
plasmática máxima (Cmax) e, em menor grau, a área sob a curva da concentração
plasmática-tempo (AUC) aumentam desproporcionalmente com a dose. Não existe
evidência de acumulação clinicamente relevante de telmisartan tomado nas doses
recomendadas. As concentrações plasmáticas foram superiores no sexo feminino do
que no masculino, sem influência relevante sobre a eficácia.
Após administração oral (e intravenosa), o telmisartan é quase exclusivamente
excretado com as fezes, principalmente sob a forma inalterada. A excreção urinária
cumulativa é <1 % da dose. A clearance plasmática total (Cltot) é elevada
(aproximadamente
1.000
ml/min)
quando
comparada
fluxo
sanguíneo
hepático (cerca de 1.500 ml/min).
Populações Especiais
Efeitos relacionados com o sexo:
Foram observadas diferenças na concentração plasmática entre os sexos, em
indivíduos do sexo feminino a Cmax e a AUC são aproximadamente 3- e 2- vezes
superiores, respectivamente, em comparação com o sexo masculino.
Doentes idosos:
A farmacocinética do telmisartan não difere entre doentes idosos e doentes com
menos de 65 anos.
Doentes com compromisso renal:
observada
duplicação
concentrações
plasmáticas
doentes
compromisso renal ligeiro a moderado e grave. No entanto, foram observadas
concentrações plasmáticas mais baixas em doentes com compromisso renal que
faziam diálise. O telmisartan liga-se altamente às proteínas plasmáticas em doentes
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
com compromisso renal e não pode ser removido por diálise. A semivida de
eliminação não é alterada em doentes com compromisso renal.
Doentes com compromisso hepático:
Estudos farmacocinéticos em doentes com compromisso hepático demonstraram um
aumento
biodisponibilidade
absoluta
até
perto
100 %.
A semivida
eliminação não é alterada em doentes com compromisso hepático.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
estudos
segurança
pré-clínica,
doses
originavam
exposição
comparável às do intervalo terapêutico clínico provocaram uma diminuição dos
parâmetros
glóbulos
vermelhos
(eritrócitos,
hemoglobina,
hematócrito),
alterações da hemodinâmica renal (aumento da ureia nitrogenada e creatinina), bem
como um aumento do potássio sérico em animais normotensos. Em cães, foi
observada dilatação e atrofia dos túbulos renais. Também se observaram lesões na
mucosa gástrica (erosão, úlceras ou inflamação) em ratos e cães. Estes efeitos
indesejáveis
mediados
farmacologicamente,
conhecidos
estudos
pré-clínicos
realizados com IECA e antagonistas do receptor da angiotensina II, foram evitados
com um suplemento oral salino.
ambas
espécies,
observado
aumento
actividade
renina
plasmática
hipertrofia/hiperplasia
células
justaglomerulares
renais. Estas
alterações, também um efeito da classe dos IECA e outros antagonistas do receptor
da angiotensina II, não parecem ter significado clínico.
Não existem dados sugestivos de um efeito teratogénico, mas estudos em animais
indicam algum potencial de risco do telmisartan no desenvolvimento pós-natal da
descendência, tal como menor peso corporal, abertura do olho atrasada e aumento
da mortalidade.
Não houve evidência de mutagenicidade e de actividade clastogénica relevante em
estudos in vitro, nem evidência de carcinogenicidade no rato e no ratinho.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Celulose
microcristalina,
hidróxido
sódio,
meglumina,
povidona
K30,
carboximetilamido sódico, sorbitol (E420) e estearato de magnésio.
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
2 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
O medicamento não necessita de qualquer temperatura especial de conservação.
Conservar na embalagem de origem.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blister de PA/Alu/PVC – Alu.
Telmisartan ALTER apresenta-se em embalagens de 14, 28 ou 56 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Alter, S.A.
Estrada Marco do Grilo - Zemouto
2830 Coina
Portugal
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nº de registo: XXXXXXX - 14 comprimidos, 20 mg, blisters de PA/Alu/PVC – Alu.
Nº de registo: XXXXXXX - 28 comprimidos, 20 mg, blisters de PA/Alu/PVC – Alu.
Nº de registo: XXXXXXX - 56 comprimidos, 20 mg, blisters de PA/Alu/PVC – Alu.
Nº de registo: XXXXXXX - 14 comprimidos, 40 mg, blisters de PA/Alu/PVC – Alu.
Nº de registo: XXXXXXX - 28 comprimidos, 40 mg, blisters de PA/Alu/PVC – Alu.
Nº de registo: XXXXXXX - 56 comprimidos, 40 mg, blisters de PA/Alu/PVC – Alu.
Nº de registo: XXXXXXX - 14 comprimidos, 80 mg, blisters de PA/Alu/PVC – Alu.
Nº de registo: XXXXXXX - 28 comprimidos, 80 mg, blisters de PA/Alu/PVC – Alu.
Nº de registo: XXXXXXX - 56 comprimidos, 80 mg, blisters de PA/Alu/PVC – Alu.
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização:
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO