Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
24-08-2006
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APROVADO EM
24-08-2006
INFARMED
Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-
lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Neste folheto:
1. O que é Tarivid 400 e para que é utilizado
2. Antes de tomar Tarivid 400
3. Como tomar Tarivid 400
4. Efeitos secundários possíveis
5. Conservação de Tarivid 400
6. Outras informações
TARIVID 400
1 comprimido revestido contém 400 mg de ofloxacina
- A substância activa é a ofloxacina
- Os outros ingredientes são: lactose, amido de milho, glicolato de sódio, hipromelose,
carmelose sódica, estearato de magnésio; o revestimento contém hipromelose, macrogol,
polissorbato 80, dióxido de titânio (E 171), e óxido amarelo de ferro (E 172).
O Titular da Autorização de Introdução no Mercado é a
Sanofi-Aventis - Produtos Farmacêuticos,S.A.
Empreendimento Lagoas Park - Edifício 7, 3ºAndar
2740-244 Porto Salvo
1. O QUE É TARIVID 400 E PARA QUE É UTILIZADO
Classificação farmacoterapêutica: Grupo 1.10 Antibacterianos - Quinolonas
Comprimidos
revestidos,
ranhura
central,
contendo
cada
ofloxacina, em embalagens com 8 comprimidos.
O Tarivid está indicado no tratamento das seguintes infecções bacterianas, quando estas sejam
devidas a agentes sensíveis à ofloxacina:
Infecções
urinárias
não
complicadas
(ex.cistite)
provocadas
E.coli
Klebsiella
pneumoniae
- Infecções urinárias não complicadas provocadas por outros agentes
- Infecções urinárias complicadas
- Uretrite e cervicite aguda gonocócica não complicadas
- Uretrite e cervicite aguda não gonocócica provocada por Chlamidia trachomatis
- Doença inflamatória pélvica aguda
- Prostatite por E.coli
- Infecções do tracto respiratório superior – otite média aguda, otite externa, sinusite, faringite e
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laringite
Pneumonia
adquirida
comunidade
provocada
Streptococcus
pneumoniae
Haemophilus influenza
- Exacerbações agudas da brônquite crónica provocadas por Streptococcus pneumoniae ou
Haemophilus influenza
- Infecções da pele não complicadas provocadas por Staphylococcus aureus, Streptococcus
pyogenes ou Proteus mirabilis.
- Profilaxia de gastroenterites infecciosas (diarreia do viajante)
- Infecções da cavidade abdominal incluindo as da pequena bacia;
- - Infecções dos ossos e articulações;
Prevenção
infecções
(profilaxia
infecções,
também
descontaminação
selectiva do intestino) em doentes com redução significativa das resistências (por
exemplo, em estado neutropénico).
O TARIVID é bactericida. As seguintes estirpes podem considerar-se sensíveis à
substância:
Aeromonas hydrophila
Branhamella catarrhalis
Brucella spp
Chlamydia trachomatis
Citrobacter
Clostridium perfringens
Enterobacter
Escherichia coli
Haemophilus ducreyi
Haemophilus influenzae and parainfluenzae
Helicobacter coli
Helicobacter jejuni
Klebsiella oxytoca
Legionella
Moraxella morganii
Mycoplasma hominis
Neisseria gonorrhoeae
Neisseria meningitidis
Plesiomonas
Proteus indol +
Proteus mirabilis, Proteus vulgaris
Salmonella
Serratia
Shigella
Staphylococcus aureus methi-S
Staphylococcus coagulase negative
Yersinia enterolytica
Estirpes de sensibilidade parcial
Acinetobacter
Cocos anaeróbios Gram positivos
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Bacteroides fragilis
Chlamydia psittaci
Gardnerella vaginalis
Mycobacterium tuberculosis
Mycobacterium leprae
Pseudomonas aeruginosa
Streptococcus pneumoniae
Streptococcus spp
Estirpes resistentes
Acinetobacter baumannii
Clostridium difficile
Enterococos
Listeria monocytogenes
Staphylococci methi-R
Nocardia.
2. ANTES DE TOMAR TARIVID 400
Não tome Tarivid 400:
- se tem hipersensibilidade à ofloxacina ou a qualquer outro ingrediente de Tarivid;
- se sofrer de epilepsia;
- se tiver problemas tendinosos (por ex. tendinites) relacionados com a administração de
antibióticos da classe das fluoroquinolonas;
- se estiver grávida ou a amamentar uma criança
O Tarivid destina-se só a adultos e não deve ser dado a crianças ou adolescentes em fase de
crescimento, pois poderia lesar a cartilagem dos ossos em crescimento.
Tome especial cuidado com Tarivid 400:
- Se tiver diarreia, particularmente se for severa, persistente e/ou com perda de sangue, durante
após
tratamento
ofloxacina,
pode
sintomática
colite
pseudo-
membranosa. Se se suspeitar de colite pseudo-membranosa o Tarivid deve ser interrompido
imediatamente.
Deverá
iniciada
terapêutica
antibióticos
específicos
mais
rapidamente possível (i.e. vancomicina via oral, teicoplanina via oral ou metronidazol). Nesta
situação clínica, os produtos inibidores da peristáltise estão contra-indicados.
- Como para as outras quinolonas, o Tarivid deve ser usado com extrema precaução em doentes
com predisposição para convulsões. Estes doentes podem ser doentes com lesões pré-existentes
do Sistema Nervoso Central, em tratamento concomitante com o fenbufen e medicamentos anti-
inflamatórios não esteróides similares ou com medicamentos que baixem o limiar convulsivo
cerebral, tais como a teofilina. (Ver secção: Tomar Tarivid com outros medicamentos)
- As tendinites, raramente observadas com quinolonas, podem ocasionalmente conduzir à
ruptura, envolvendo particularmente o tendão de Aquiles. Os doentes idosos tem uma maior
predisposição
para
tendinites.
risco
ruptura
tendão
pode
aumentar
pela
administração de corticosteróides. Se se suspeitar de tendinite, o tratamento com Tarivid deve
interrompido
imediatamente.
Deverá
iniciado
tratamento
apropriado
(p.ex.
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imobilização) para o tendão afectado.
A ofloxacina deve ser administrada com precaução em doentes com insuficiência hepática e/ou
renal, sendo necessário proceder-se ao ajuste posológicos nestes doentes (Ver secção 3. Como
tomar Tarivid)
- Devido ao risco de fotosensibilização, a exposição à luz solar forte e às radiações UV devem
ser evitadas durante o tratamento com Tarivid.
- Como com outros antibióticos, a utilização de Tarivid, particularmente se prolongada, pode
provocar o sobrecrescimento de organismos não sensíveis. É essencial uma avaliação repetida
do estado do doente. Se ocorrer uma infecção secundária durante a terapêutica, devem ser
tomadas medidas apropriadas.
- Este medicamento contém lactose, pelo que não deve ser administrado a indivíduos com
tolerância a esta substância.
Gravidez
Tarivid é contra-indicado durante a gravidez. (Ver secção 2. Antes de tomar Tarivid).
Aleitamento
Uma vez que a ofloxacina é excretada no leite materno, o aleitamento ou o tratamento
devem ser interrompidos devido ao risco para o bébé. (Ver secção 2. Antes de tomar
Tarivid).
Condução de veículos e utilização de máquinas:
Alguns efeitos indesejáveis (p.ex. tonturas/vertigens, sonolência e perturbações visuais)
podem perturbar a capacidade de concentração e de reacção do doente, e como tal podem
constituir um risco em situações onde essas capacidades tenham especial importância
(p.ex. conduzir um carro ou utlizar máquinas).
Tomar Tarivid com outros medicamentos:
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros
medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica.
Antiácidos
Antiácidos contendo hidróxidos de alumínio (incluindo sucralfato) e de magnésio, fosfato
de alumínio, zinco, ferro, podem reduzir a absorção dos comprimidos de Tarivid e assim
a sua eficácia terapêutica. O Tarivid deverá ser administrado aproximadamente 2 horas
separado da administração de antiácidos.
Teofilina, fenbufen ou anti-inflamatórios não esteróides similares
Pode ocorrer um abaixamento pronunciado do limiar cerebral convulsivo quando as
quinolonas
são
administradas
simultaneamente
teofilina,
medicamentos
anti-
inflamatórios não esteróides, ou outros agentes que diminuam o limiar convulsivo.
Antagonistas da Vitamina K
Os testes de coagulação devem ser monitorizados em doentes tratados com antagonistas
da vitamina K devido a um possível aumento do efeito dos derivados da cumarina
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Glibenclamida
A ofloxacina pode causar um ligeiro aumento das concentrações séricas da glibenclamida
administrada simultaneamente; como tal é recomendável que os doentes medicados
simultaneamente com ofloxacina e glibenclamida sejam estreitamente monitorizados.
Probenecida, cimetidina, furosemida, ou metotrexato.
Particularmente em casos de terapêutica com doses elevadas, deve tomar-se em consideração
uma perturbação mútua da excreção e um aumento dos níveis séricos quando as quinolonas são
administradas concomitantemente com outros medicamentos que sofrem também secreção
tubular (tais como probenecida, cimetidina, furosemida ou metotrexato).
A ofloxacina pode interferir com a resposta imunológica à vacina viva para a febre tifóide,
pelo que se recomenda a interrupção do tratamento com este fármaco 24 horas antes da
administração da vacina.
3. COMO TOMAR TARIVID 400
Tomar Tarivid sempre de acordo com as instruções do médico. Fale com o seu médico ou
farmacêutico se tiver dúvidas.
Quando não for indicado de outro modo é a seguinte a posologia recomendada:
Diagnóstico
Posologia
Duração do tratamento
Infecções urinárias não
complicadas (ex.cistite)
provocadas por E.coli e Klebsiella
pneumoniae
200 mg 2xdia
3 dias
Infecções urinárias não
complicadas provocadas por outros
agentes
200 mg 2xdia
7 dias
Infecções urinárias complicadas
200 mg 2xdia
10 dias
Uretrite e cervicite aguda
gonocócica não complicadas
400 mg
Toma única
Uretrite e cervicite aguda não
gonocócica provocada por
Chlamidia trachomatis
300 mg 2xdia
7 dias
Doença inflamatória pélvica aguda
400 mg 2xdia
14 dias*
Prostatite por E.coli
300 mg 2xdia
6 semanas
Infecções do tracto respiratório
superior
300 a 800 mg
(dividido em 2
ou 3 doses)
3 a 58 dias**
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Pneumonia adquirida na
comunidade
400 mg 2xdia
10 dias
Infecções da pele não complicadas
400 mg 2xdia
10 dias
Exacerbações agudas da brônquite
crónica
400 mg 2x/dia
10 dias
Diarreia do viajante
300 mg 1x/dia
Começar 24 horas antes da
chegada e continuar até 48
horas após a partida da
região endémica.***
* pode ser associado ao esquema terapêutico metronidazol 500 mg 2xdia
**consoante a gravidade da patologia (otite média aguda-200 mg; 2xdia durante 10 dias. Otite
invasiva externa provocada por pseudomonas aeruginosa – 400 mg; 2xdia durante 30 a 58 dias
na doença moderada a grave, respectivamente)
*** durante o período máximo de 3 semanas
Nas Infecções dos ossos e articulações a posologia recomendada é de 400 mg/dia e nas
Infecções da cavidade abdominal é de 400 mg/dia.
No caso de ser necessário, pode aumentar-se a dose diária até 600 ou 800 mg/dia na presença de
agentes patogéneos de sensibilidade variada, em infecções graves ou se a resposta à terapêutica
for insuficiente. O mesmo se aplica às infecções complicadas: nestes casos, o Tarivid deve-se
administrar em duas doses diárias.
Na prevenção de infecções em doentes com redução da resistência a infecções, recomenda-se a
administração de 400 a 600 mg/dia.
Posologia em doentes com insuficiência renal
Nos doentes com insuficiência renal, como determinado pela clearance de creatinina ou pela sua
concentração
sérica,
primeira
dose
Tarivid
será
habitual,
seguindo-se
dose
manutenção seguinte:
Clearance da creatinina
Creatinina sérica
Dose de manutenção
50-20 ml/min.
1,5-5 mg/dl
100-200 mg/24 h
< 20 ml/min.
> 5 mg/dl
100 mg/24 h
Nos doentes submetidos a hemodiálise ou diálise peritoneal a dose inicial é de 200 mg, seguida
de 100 mg/ 24 horas como dose de manutenção.
Para as posologias acima mencionadas, devem utilizar-se os comprimidos de Tarivid 200.
Posologia na insuficiência hepática
A excreção de ofloxacina pode-se reduzir em doentes com perturbações graves da função
hepática (p.ex. cirrose hepática com ascite). Uma dose máxima diária de 400 mg de ofloxacina
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não deve portanto ser excedida.
Tipo e duração do tratamento
O Tarivid deve ser administrado sem mastigar, com um pouco de líquido, em jejum ou durante
as refeições.
Os doentes em tratamento com Tarivid não devem expor-se desnecessariamente à luz solar forte
e evitarem raios UV (solários, lâmpadas de UV).
A duração do tratamento depende da sensibilidade do agente causal e do quadro clínico. Deve
ser feito o isolamento cultural do agente etiológico/patológico Assim, tal como sucede com
outros medicamentos antibacterianos, o tratamento com Tarivid deve continuar pelo menos 3
dias depois da melhoria da sintomatologia clínica e da normalização da temperatura. Na maioria
dos casos de infecções agudas é suficiente um tratamento de 7 a 10 dias.
Até se dispor de maior experiência a duração do tratamento não deve ultrapassar 2 meses.
È necessário o controlo analítico da urina em doentes com esquemas posológicos que incluam
doses superiores à recomendada, para pesquisa da cristalúria.
Se tomar mais Tarivid do que deveria:
São de esperar sintomas relacionados com o SNC como confusão, tonturas, alterações da
consciência e eventuais convulsões assim como sinais gastrointestinais como náusea e erosões
da mucosa.
No caso de sobredosagem, deverá ser implementada uma lavagem gástrica e um tratamento
sintomático apropriado. Não existe um antídoto específico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Como os demais medicamentos, Tarivid 400 pode ter efeitos secundários.
Os efeitos indesejáveis descritos nesta secção, têm como base dados de ensaios clínicos e a
experiência pós-marketing.
As frequências são definidas segundo a seguinte convenção: muito frequentes (>1/10),
frequentes (>1/100, = 1/10), pouco frequentes (>1/1000, =1/100), raros (>1/10000, =1/1000),
muito raros (=1/10000), incluindo comunicações isoladas.
Reacções anafiláticas/óides, recações mucocutâneas
Pouco frequentes: prurido, rash, ardor nos olhos, tosse irritante, catarro nasal
Raros: reacções anafiláticas/óides tais como urticária, angioedema, dispneia/broncoespasmo,
rubor, suor, erupção pustular
Muito
raros:
choque
anafilático/óide,
eritema
multiforme,
necrose
epidérmica
tóxica,
fotosensibilização, erupção cutânea, púrpura vascular, vasculite que em casos excepcionais
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pode originar necrose da pele.
Comunicações isoladas: Síndroma Stevens-Johnson, dispneia grave
Afecções gastrointestinais, Doenças do metabolismo e nutrição
Pouco frequentes: dor abdominal, diarreia, naúseas, vómitos
Raros: anorexia, enterocolite que pode ser hemorrágica em casos isolados
Muito raros: Colite pseudomembranosa
Comunicações isoladas: hipoglicémia em diabéticos medicados com agentes hipoglicemiantes
Neurológicas
Pouco frequentes: agitação, tonturas/vertigens, cefaleias, transtornos do sono/insónia
Raros: reacções psicóticas (por ex. alucinação), ansiedade, confusão, pesadelos, depressão,
sonolência, distúrbios sensoriais periféricos tais como parestesia, alterações do paladar e do
olfacto, distúrbios visuais.
Muito raros: distúrbios auditivos tais como zumbido ou perda de audição, convulsões, sintomas
extra-piramidais ou outros distúrbios de coordenação muscular, hipoestesia.
Comunicações isoladas: reacções psicóticas e depressão com comportamento que pode pôr em
perigo o próprio doente.
Cardiovascular
Raros: hipotensão, taquicardia
Durante a infusão de Tarivid, pode ocorrer baixa da pressão arterial e taquicardia. A baixa de
pressão arterial pode, em casos muito raros, ser grave. Nestes casos deve suspender-se a
perfusão de Tarivid de imediato.
Afecções musculoesqueléticas
Raros: tendinite
Muito raros: artralgia, mialgia, ruptura de tendão (por ex. tendão de alquiles); como com outras
quinolonas este efeito indesejável pode ocorrer dentro de 48 horas após o inicio do tratamento e
ser bilateral.
Comunicações
isoladas:
rabdomiólise
e/ou
miopatia,
fraqueza
muscular
pode
especial importância em doentes com miastenia gravis.
Afeccções hepatobiliares
Raros: aumento das enzimas hepáticas (ALT, AST, LDH, gama-GT e/ou fosfatase alcalina) e
/ou bilirrubina
Muito raros: hepatite, que pode ser grave
Doenças renais e urinárias:
Raros: aumento da creatinina sérica
Muito raros: insuficiência renal aguda
Comunicações isoladas: nefrite intersticial aguda
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Doenças do sangue e do sistema linfático
Muito raros: anemia hemolítica, leucopénia, eosinofília, trombocitopénia
Comunicações isoladas: agranulocitose, pancitopenia, depressão da medula óssea
Outros
Pouco frequentes: desenvolvimento de microorganismos resistentes e sobrecrescimento de
fungos
Comunicações isoladas: pneumonite alérgica, ataques de porfíria em doentes com porfíria.
m porfíria
Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou
farmacêutico.
5. CONSERVAÇÃO DE TARIVID 400
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Conservar a temperatura inferior a 25ºC.
Não utilize Tarivid 400 após expirar o prazo de validade indicado na embalagem.
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Este folheto foi revisto pela última vez em Setembro de 2005.
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
TARIVID, 400 mg, comprimido revestido por película.
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém 400 mg de ofloxacina como substância activa.
Excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1. Indicações terapêuticas
O Tarivid está indicado no tratamento das seguintes infecções bacterianas quando estas sejam devidas a
agentes sensíveis à ofloxacina:
- Infecções urinárias não complicadas (ex.cistite) provocadas por E.coli e Klebsiella pneumoniae
- Infecções urinárias não complicadas provocadas por outros agentes
- Infecções urinárias complicadas
- Uretrite e cervicite aguda gonocócica não complicadas
- Uretrite e cervicite aguda não gonocócica provocada por Chlamidia trachomatis
- Doença inflamatória pélvica aguda
- Prostatite por E.coli
- Infecções do tracto respiratório superior – otite média aguda, otite externa, sinusite, faringite e laringite
- Pneumonia adquirida na comunidade provocada por Streptococcus pneumoniae ou Haemophilus
influenza
- Exacerbações agudas da brônquite crónica provocadas por Streptococcus pneumoniae ou Haemophilus
influenza
- Infecções da pele não complicadas provocadas por Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes ou
Proteus mirabilis.
- Profilaxia de gastroenterites infecciosas (diarreia do viajante)
- Infecções da cavidade abdominal incluindo as da pequena bacia;
- - Infecções dos ossos e articulações;
- Prevenção de infecções (profilaxia de infecções, também por descontaminação selectiva do
intestino) em doentes com redução significativa das resistências (por exemplo, em estado
neutropénico).
4.2. Posologia e modo de administração
A ofloxacina não deve ser utilizada antes do 18 anos de idade, uma vez que a sua eficácia e segurança
ainda não foi estabelecida.
Quando não for indicado de outro modo é a seguinte a posologia recomendada:
Diagnóstico
Posologia
Duração do tratamento
Infecções urinárias não complicadas
(ex.cistite) provocadas por E.coli e
Klebsiella pneumoniae
200 mg 2xdia
3 dias
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Diagnóstico
Posologia
Duração do tratamento
Infecções urinárias não complicadas
provocadas por outros agentes
200 mg 2xdia
7 dias
Infecções urinárias complicadas
200 mg 2xdia
10 dias
Uretrite e cervicite aguda gonocócica
não complicadas
400 mg
Toma única
Uretrite e cervicite aguda não
gonocócica provocada por Chlamidia
trachomatis
300 mg 2xdia
7 dias
Doença inflamatória pélvica aguda
400 mg 2xdia
14 dias*
Prostatite por E.coli
300 mg 2xdia
6 semanas
Infecções do tracto respiratório
superior
300 a 800 mg
(dividido em 2 ou
3 doses)
3 a 58 dias**
Pneumonia adquirida na comunidade
400 mg 2xdia
10 dias
Infecções da pele não complicadas
400 mg 2xdia
10 dias
Exacerbações agudas da brônquite
crónica
400 mg 2x/dia
10 dias
Diarreia do viajante
300 mg 1x/dia
Começar 24 horas antes da chegada e
continuar até 48 horas após a partida da
região endémica.***
* pode ser associado ao esquema terapêutico metronidazol 500 mg 2xdia
**consoante a gravidade da patologia (otite média aguda-200 mg; 2xdia durante 10 dias. Otite invasiva
externa provocada por Pseudomonas aeruginosa – 400 mg; 2xdia durante 30 a 58 dias na doença
moderada a grave, respectivamente)
*** durante o período máximo de 3 semanas
Nas Infecções dos ossos e articulações a posologia recomendada é de 400 mg/dia e nas Infecções da
cavidade abdominal é de 400 mg/dia.
No caso de ser necessário, pode aumentar-se a dose diária até 600 ou 800 mg/dia na presença de agentes
patogéneos de sensibilidade variada, em infecções graves ou se a resposta à terapêutica for insuficiente. O
mesmo se aplica às infecções complicadas: nestes casos, o Tarivid deve-se administrar em duas doses
diárias.
Na prevenção de infecções em doentes com redução da resistência a infecções, recomenda-se a
administração de 400 a 600 mg/dia.
Posologia em doentes com insuficiência renal
Nos doentes com insuficiência renal, como determinado pela clearance de creatinina ou pela sua
concentração sérica, a primeira dose de Tarivid será a habitual, seguindo-se a dose de manutenção
seguinte:
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Clearance da creatinina
Creatinina sérica
Dose de manutenção
50-20 ml/min
1,5-5 mg/dl
100-200 mg/24 h
< 20 ml/min
> 5 mg/dl
100 mg/24 h
Nos doentes submetidos a hemodiálise ou diálise peritoneal a dose inicial é de 200 mg, seguida de 100
mg/ 24 horas como dose de manutenção.
Para as posologias acima mencionadas, devem utilizar-se os comprimidos de Tarivid 200.
Posologia na insuficiência hepática
A excreção de ofloxacina pode-se reduzir em doentes com perturbações graves da função hepática (p.ex.
cirrose hepática com ascite). Uma dose máxima diária de 400 mg de ofloxacina não deve portanto ser
excedida.
TIPO E DURAÇÃO DE TRATAMENTO
O Tarivid deve ser administrado sem mastigar, com um pouco de líquido, em jejum ou durante as
refeições.
A duração do tratamento depende da sensibilidade do agente causal e do quadro clínico. Deve ser feito o
isolamento cultural do agente etiológico/patológico Assim, tal como sucede com outros medicamentos
antibacterianos, o tratamento com Tarivid deve continuar pelo menos 3 dias depois da melhoria da
sintomatologia clínica e da normalização da temperatura. Na maioria dos casos de infecções agudas é
suficiente um tratamento de 7 a 10 dias.
Nas infecções a estreptococos beta-hemolíticos, p. ex.: amigdalite purulenta ou erisipela, a
duração do tratamento é de 10 dias no mínimo, para evitar complicações tardias como febre
reumática ou glomerulonefrite.
Nas salmoneloses a duração do tratamento é de 7 a 8 dias, em Shigelloses 3 a 5 dias e em
infecções intestinais por E.coli de 3 dias em média.
Nas infecções não complicadas das vias urinárias inferiores basta um tratamento durante 3 dias.
Até se dispor de maior experiência a duração do tratamento não deve ultrapassar 2 meses.
È necessário o controlo analítico da urina em doentes com esquemas posológicos que incluam
doses superiores à recomendada, para pesquisa da cristalúria.
4.3. Contra-indicações
O Tarivid não deve ser utilizado:
- Em doentes com hipersensibilidade à ofloxacina, outras quinolonas, ou a qualquer dos
excipientes;
- Em doentes com epilepsia;
- Em doentes com história de distúrbios tendinosos relacionados com a administração de
fluoroquinolonas;
- Em crianças ou adolescentes em fase de crescimento*;
- Durante a gravidez*;
- Em mulheres a amamentar*;
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* uma vez que, de acordo com os estudos em animais, não poder ser inteiramente excluído o
risco de danos na placa de cartilagem em organismos em crescimento.
4.4. Advertências e precauções especiais de utilização
Doença associada com o Clostridium difficile
A diarreia, particularmente se for severa, persistente e/ou com perda de sangue, durante ou após o
tratamento com a ofloxacina, pode ser sintomática de uma colite pseudo-membranosa. Se se suspeitar de
colite pseudo-membranosa o Tarivid deve ser interrompido imediatamente. Deverá ser iniciada uma
terapêutica
antibióticos
específicos
mais
rapidamente
possível
(i.e.
vancomicina
oral,
teicoplanina via oral ou metronidazol). Nesta situação clínica, os produtos inibidores da peristáltise estão
contra-indicados.
Doentes predispostos a convulsões
Como para as outras quinolonas, a ofloxacina deve ser usada com extrema precaução em doentes com
predisposição para convulsões.
Estes doentes podem ser doentes com lesões pré-existentes do Sistema Nervoso Central, em tratamento
concomitante com o fenbufen e medicamentos anti-inflamatórios não esteróides similares ou com
medicamentos
baixem
limiar
convulsivo
cerebral,
tais
como
teofilina.
(Ver
secção
4.5:
Interacções)
Tendinites
tendinites,
raramente
observadas
quinolonas,
podem
ocasionalmente
conduzir
ruptura,
envolvendo particularmente o tendão de Aquiles. Os doentes idosos tem uma maior predisposição para
tendinites. O risco de ruptura do tendão pode aumentar pela co-administração de corticosteróides. Se se
suspeitar de tendinite, o tratamento com Tarivid deve ser interrompido imediatamente.
Deverá ser iniciado tratamento apropriado (p.ex. imobilização) para o tendão afectado.
Doentes com perturbação da função renal e/ou hepática
A ofloxacina deve ser administrada com precaução em doentes com insuficiência hepática e/ou renal,
sendo necessário proceder-se ao ajuste posológicos nestes doentes (ver 4.2 Posologia e modo de
administração).
Prevenção da fotosensibilização
Devido ao risco de fotosensibilização, a exposição à luz solar forte e às radiações UV devem ser evitadas
durante o tratamento com Tarivid.
Infecções secundárias
Como com outros antibióticos, a utilização da ofloxacina, particularmente se prolongada, pode provocar
o sobrecrescimento de organismos não sensíveis. É essencial uma avaliação repetida do estado do doente.
Se ocorrer uma infecção secundária durante a terapêutica, devem ser tomadas medidas apropriadas.
Este medicamento contém lactose, pelo que não deve ser administrado a indivíduos com intolerância a
esta substância.
4.5. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Antiácidos
Antiácios contendo hidróxidos de alumínio (incluindo sucralfato) e de magnésio, fosfato de alumínio,
zinco, ferro, podem reduzir a absorção dos comprimidos de Tarivid e assim a sua eficácia terapêutica. O
Tarivid deverá ser administrado aproximadamente 2 horas separado da administração de antiácidos.
Teofilina, fenbufen ou anti-inflamatórios não esteróides similares
APROVADO EM
24-08-2006
INFARMED
Não foram encontradas interacções farmacocinéticas entre a ofloxacina e a teofilina num ensaio clínico.
entanto, pode
ocorrer um abaixamento pronunciado do limiar cerebral convulsivo quando as
quinolonas são administradas simultaneamente com teofilina, medicamentos anti-inflamatórios não
esteróides, ou outros agentes que diminuam o limiar convulsivo.
Antagonistas da Vitamina K
Os testes de coagulação devem ser monitorizados em doentes tratados com antagonistas da vitamina K
devido a um possível aumento do efeito dos derivados da cumarina
Glibenclamida
A ofloxacina pode causar um ligeiro aumento das concentrações séricas da glibenclamida administrada
simultaneamente; como tal é recomendável que os doentes medicados simultaneamente com ofloxacina e
glibenclamida sejam estreitamente monitorizados.
Probenecida, cimetidina, furosemida, ou metotrexato.
Particularmente em casos de terapêutica com doses elevadas, deve tomar-se em consideração uma
perturbação mútua da excreção e um aumento dos níveis séricos quando as quinolonas são administradas
concomitantemente
outros
medicamentos
sofrem
também
secreção
tubular
(tais
como
probenecida, cimetidina, furosemida ou metotrexato).
A ofloxacina pode inibir o crescimento do Mycobacterium tuberculosis e, como tal, pode dar resultados
falsos-negativos no diagnóstico bacteriológico da tuberculose.
A determinação de opiáceos ou porfirinas na urina pode dar resultados falsos-positivos durante o
tratamento com a ofloxacina.
A ofloxacina pode interferir com a resposta imunológica à vacina viva para a febre tifóide, pelo que se
recomenda a interrupção do tratamento com este fármaco 24 horas antes da administração da vacina.
4.6. Gravidez e aleitamento
Tarivid é contra-indicado durante a gravidez. (Ver secção 4.3 Contra-Indicações).
Uma vez que a ofloxacina é excretada no leite materno, o aleitamento n ou o tratamento devem
ser interrompidos devido ao risco para o bébé. (Ver secção 4.3 Contra-Indicações).
4.7. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Alguns efeitos indesejáveis (p.ex. tonturas/vertigens, sonolência e perturbações visuais) podem perturbar
a capacidade de concentração e de reacção do doente, e como tal podem constituir um risco em situações
onde essas capacidades tenham especial importância (p.ex. conduzir um carro ou utilizar máquinas).
4.8. Efeitos indesejáveis
Os efeitos indesejáveis descritos nesta secção, têm como base dados de ensaios clínicos e a experiência
pós-marketing.
As frequências são definidas segundo a seguinte convenção: muito frequentes (>1/10), frequentes
(>1/100, = 1/10), pouco frequentes (>1/1000, =1/100), raros (>1/10000, =1/1000), muito raros
(=1/10000), incluindo comunicações isoladas.
Reacções anafiláticas/óides, recações mucocutâneas
APROVADO EM
24-08-2006
INFARMED
Pouco frequentes: prurido, rash, ardor nos olhos, tosse irritante, catarro nasal
Raros: reacções anafiláticas/óides tais como urticária, angioedema, dispneia/broncoespasmo, rubor, suor,
erupção pustular
Muito raros: choque anafilático/óide, eritema multiforme, necrose epidérmica tóxica, fotosensibilização,
erupção cutânea, púrpura vascular, vasculite que em casos excepcionais pode originar necrose da pele.
Comunicações isoladas: Síndroma Stevens-Johnson, dispneia grave
Afecções gastrointestinais, Doenças do metabolismo e nutrição
Pouco frequentes: dor abdominal, diarreia, naúseas, vómitos
Raros: anorexia, enterocolite que pode ser hemorrágica em casos isolados
Muito raros: Colite pseudomembranosa
Comunicações isoladas: hipoglicémia em diabéticos medicados com agentes hipoglicemiantes
Neurológicas
Pouco frequentes: agitação, tonturas/vertigens, cefaleias, transtornos do sono/insónia
Raros: reacções psicóticas (por ex. alucinação), ansiedade, confusão, pesadelos, depressão, sonolência,
distúrbios sensoriais periféricos tais como parestesia, alterações do paladar e do olfacto, distúrbios
visuais.
Muito raros: distúrbios auditivos tais como zumbido ou perda de audição, convulsões, sintomas extra-
piramidais ou outros distúrbios de coordenação muscular, hipoestesia.
Comunicações isoladas: reacções psicóticas e depressão com comportamento que pode pôr em perigo o
próprio doente.
Cardiovascular
Raros: hipotensão, taquicardia
Durante a infusão de Tarivid, pode ocorrer baixa da pressão arterial e taquicardia. A baixa de pressão
arterial pode, em casos muito raros, ser grave. Nestes casos deve suspender-se a perfusão de Tarivid de
imediato.
Afecções musculoesqueléticas
Raros: tendinite
Muito raros: artralgia, mialgia, ruptura de tendão (por ex. tendão de alquiles),; como com outras
quinolonas este efeito indesejável pode ocorrer dentro de 48 horas após o inicio do tratamento e ser
bilateral.
Comunicações
isoladas: rabdomiólise
e/ou
miopatia,
fraqueza muscular
pode
ser de
especial
importância em doentes com miastenia gravis.
Afeccções hepatobiliares
Raros: aumento das enzimas hepáticas (ALT, AST, LDH, gama-GT e/ou fosfatase alcalina) e /ou
bilirrubina
Muito raros: hepatite, que pode ser grave
Doenças renais e urinárias:
Raros: aumento da creatinina sérica
Muito raros: insuficiência renal aguda
Comunicações isoladas: nefrite intersticial aguda
Doenças do sangue e do sistema linfático
APROVADO EM
24-08-2006
INFARMED
Muito raros: anemia hemolítica, leucopénia, eosinofília, trombocitopénia
Comunicações isoladas: agranulocitose, pancitopenia, depressão da medula óssea
Outros
Pouco frequentes: desenvolvimento de microorganismos resistentes e sobrecrescimento de fungos
Comunicações isoladas: pneumonite alérgica, ataques de porfíria em doentes com porfíria.
4.9. Sobredosagem
São de esperar sintomas relacionados com o SNC como confusão, tonturas, alterações da
consciência e eventuais convulsões assim como sinais gastrointestinais como náusea e erosões
da mucosa.
No caso de sobredosagem, deverá ser implementada uma lavagem gástrica e um tratamento
sintomático apropriado. Não existe um antídoto específico.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Grupo farmacoterapêutico: 1.1.10 - Quinolonas;
Código ATC: JO1M AO1
5.1. Propriedades farmacodinâmicas
Antibiótico bactericida de síntese, pertencendo à família das fluoroquinolonas.
O modo principal de acção das quinolonas é a inibição específica da DNA girase da bactéria. Esta enzima
é necessária para a replicação, transcripção, reparação e recombinação do DNA. A sua inibição conduz a
uma expansão e desestabilização do DNA bacteriano e como tal a morte da célula.
Parece que certas quinolonas, incluindo a ofloxacina, apresentam uma segunda acção na célula bacteriana
não RNA-dependente, a qual potencia a eficácia bactericida. A natureza desta segunda acção ainda não
foi clarificada.
Estirpes sensíveis
Aeromonas hydrophila
Branhamella catarrhalis
Brucella spp
Chlamydia trachomatis
Citrobacter
Clostridium perfringens
Enterobacter
Escherichia coli
Haemophilus ducreyi
Haemophilus influenzae and parainfluenzae
Helicobacter coli
Helicobacter jejuni
Klebsiella oxytoca
Legionella
Moraxella morganii
APROVADO EM
24-08-2006
INFARMED
Mycoplasma hominis
Neisseria gonorrhoeae
Neisseria meningitidis
Plesiomonas
Proteus indol +
Proteus mirabilis, Proteus vulgaris
Salmonella
Serratia
Shigella
Staphylococcus aureus methi-S
Staphylococcus coagulase negative
Yersinia enterolytica
Estirpes de sensibilidade parcial
Para estas estirpes, a sensibilidade à ofloxacina depende da epidemiologia e nível de
resistência do país em causa.
Acinetobacter
Cocos anaeróbios Gram positivos
Bacteroides fragilis
Chlamydia psittaci
Gardnerella vaginalis
Mycobacterium tuberculosis
Mycobacterium leprae
Pseudomonas aeruginosa
Streptococcus pneumoniae
Streptococcus spp
Estirpes resistentes
Acinetobacter baumannii
Clostridium difficile
Enterococci
Listeria monocytogenes
Staphylococci methi-R
Nocardia.
5.2. Propriedades farmacocinéticas
No indivíduo com funções renais normais:
Absorção
Após administração oral de ofloxacina no indivíduo em jejum, a absorção é importante e rápida,
aparecendo o pico sérico ao fim de uma hora em média.
Distribuição
A concentração sérica máxima, após uma toma única de 200 mg é compreendida entre 2,5 e 3
µg/ml.
A semi-vida sérica de eliminação é de 7 horas, e é independente da dose.
Após administrações repetidas, a concentração sérica não é notavelmente aumentada (factor
APROVADO EM
24-08-2006
INFARMED
multiplicativo da ordem de 1,5), o que traduz uma fraca acumulação plasmática do produto.
A taxa de ligação às proteínas plasmáticas é cerca de 25%.
O volume aparente de distribuição é elevado: cerca de 2 l/Kg.
Metabolismo e Eliminação:
A biotransformação é inferior a 5%.
A excreção é essencialmente renal (80% a 90% da dose administrada são encontrados na urina sob forma
intacta). Os dois principais metabolitos encontrados na urina são o N-desmetil-ofloxacina e o N-óxido da
ofloxacina. Na bilis a ofloxacina encontra-se na forma glucurono-conjugado.
No indivíduo idoso:
Após uma toma única de 200 mg, a semi-vida é prolongada sem modificação importante da
concentração sérica máxima.
No indivíduo insuficiente renal:
A semi-vida é prolongada e as clearances total e renal são diminuídas em função do grau de
afecção renal (clearance da creatinina).
5.3. Dados de segurança pré-clínica
Toxicidade aguda
Os valores de DL50 após administração oral de ofloxacina foram superiores a 5000 mg/Kg
de peso corporal em ratinhos, 3590 mg/Kg de peso corporal em ratos e entre 500 e 1000
mg/Kg de peso corporal em macacos.
Os
valores
da
DL50
após
administração
intravenosa
da
ofloxacina
foram
de
aproximadamente 210 mg/Kg de peso corporal nos ratinhos e aproximadamente 270
mg/Kg de peso corporal em ratos.
Toxicidade sub-aguda e crónica
Nos estudos de toxicidade sub-aguda da ofloxacina via oral, os macacos toleraram doses
diárias de 60 mg/Kg sem apresentarem sinais de toxicidade sistémica. Com uma dose
diária
de
180
mg/Kg
de
peso
corporal,
2
dos
6
animais
desenvolveram
diarreia
e
subsequentemente morreram.
A administração diária de 200 mg/Kg de peso corporal a cães provocou alterações do
tracto intestinal e danos renais e hepáticos. Foram encontradas alterações degenerativas
idade - e dose – dependentes nas cartilagens articulares. Um tratamento diário durante 14
dias em cães adultos com 40 e 80 mg de ofloxacina por Kg de peso corporal não provocou
nenhuma
alteração
nas
cartilagens.
Desenvolveram-se
alterações
degenerativas
nas
articulações de cães com 7 meses de idade, aos quais tinham sido administradas doses de
50 e 200 mg/Kg de peso corporal, enquanto que os cães com 3 a 4 meses apresentaram
lesões nas cartilagens após administração diária de 20 mg/Kg de peso corporal; não foram
observadas alterações em cães jovens, aos quais foram administradas doses de 12.5 mg/Kg
de peso corporal.
Foram efectuadas experiências em ratos e cães para determinar a toxicidade sub-aguda
utilizando a ofloxacina:
APROVADO EM
24-08-2006
INFARMED
Os ratos desenvolveram convulsões após administração de 200 mg diárias de ofloxacina
por Kg de peso corporal, mas após administração de 20 e 63 mg/Kg de peso corporal não
foram observadas. Nos testes os animais jovens desenvolveram alterações morfológicas
dose-independentes. No entanto, em ratos adultos, a morfologia testicular permaneceu
inalterada.
Os cães toleraram sem sintomas clínicos uma dose diária IV de 4 mg/Kg de peso corporal.
Após administração diária de 10 e 25 mg/Kg de peso corporal, ocorreu de imediato pós-
injecção e dose-dependente uma vermelhidão na mucosa visível e intumescência da pele
na região da cabeça, apontando para libertação de histamina. Este é um fenómeno típico
em cães. Não ocorreram alterações patológicas em orgãos, e em particular, não ocorreram
alterações nas articulações nem nos testículos.
Em estudos de toxicidade crónica com ofloxacina administrada por via oral a ratos, uma
dose de 270 mg/Kg de peso corporal foi seguida por um aumento da SGOT e da fosfatase
alcalina no soro, e alterações morfológicas na cartilagem. Foram observadas alterações
semelhantes
à
osteocondrose
com
doses
diárias
tão
baixas
como
90
mg/kg
de
peso
corporal. Não foram observados danos histologicamente demonstráveis nos orgãos do rato
com doses diárias de 10 e 30 mg/Kg de peso corporal.
Os macacos toleraram doses orais de ofloxacina de 90 mg/Kg de peso corporal durante 90
dias e 40 mg/Kg de peso corporal durante um ano. No entanto, ocorreram casos isolados
de diarreia.
Em estudos específicos, a ofloxacina não demonstrou oto – ou nefrotoxicidade. Não
existem indicações de efeitos cataractogénicos ou co-cataractogénicos.
Toxicidade de reprodução
A ofloxacina não afecta a fertilidade, ou o desenvolvimento perinatal e posnatal, e não é
teratogénica.
Mutagenicidade
Vários testes
in vivo e
in vitro de
indução de mutações genéticas e cromossómicas
apresentaram resultados negativos.
Potencial neoplásico
Não foram efectuadas experiências animais sobre a carcinogenicidade a longo prazo.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1. Lista de excipientes
Núcleo:
Lactose anidra, Amido de milho, Glicolato de sódio e amido, Hipromelose, Carmelose sódica, Estearato
de magnésio.
Revestimento
Hipromelose 5 mPa.sHipromelose 3 mPa.s
Macrogol 400
Macrogol 6000
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INFARMED
Polisorbato 80
Dióxido de titâneo E 171
Óxido amarelo de ferro E 172
6.2. Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3. Prazo de validade
3 anos.
6.4. Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 25ºC
6.5. Natureza e conteúdo do recipiente
Embalagem com 8 comprimidos revestidos, em blister PVC/alumínio.
6.6. Instruções de utilização e de manipulação
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Sanofi-Aventis - Produtos Farmacêuticos,S.A.
Empreendimento Lagoas Park - Edifício 7, 3ºAndar
2740-244 Porto Salvo
8. NÚMERO DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
3588886 – Embalagem de 8 comprimidos
2403798 – Embalagem de 8 comprimidos
9.
DATA
DA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
DA
AUTORIZAÇÃO
DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da Autorização de Introdução no Mercado: 27-04-1996.
Data da Renovação da Autorização de Introdução no mercado: 16-04-2005.
1O. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Setembro de 2005