Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
04-09-2020
16-03-2018
APROVADO EM
04-09-2020
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de libertação prolongada
0,4 mg cloridrato de tansulosina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento,
pois contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
O que contém este folheto:
1. O que é Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de libertação prolongada e para que é
utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de
libertação prolongada
3. Como tomar Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de libertação prolongada
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de libertação prolongada
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Tansulosina Basi 0,4 mg cápsula de libertação prolongada e para que é
utilizado
A substância ativa de Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada é a
tansulosina. Esta é um antagonista seletivo dos recetores adrenérgicos α1A/1D, que
reduz a tensão dos músculos lisos da próstata e da uretra, permitindo que a urina
passe mais facilmente através da uretra e facilitando o ato de urinar. Para além
disto, diminui a sensação de urgência.
Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada é usado em homens para o
tratamento de queixas do trato urinário inferior associadas ao aumento da glândula
prostática (hiperplasia benigna da próstata). Estas queixas podem incluir dificuldade
em urinar (jato fraco), gotejamento, urgência e frequência em urinar de noite e de
dia.
2. O que precisa de saber antes de tomar Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de
libertação prolongada
Não tome Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada:
se tem alergia (hipersensibilidade) à tansulosina ou a qualquer outro componente de
Tansulosina
Basi cápsulas
libertação
prolongada.
hipersensibilidade
pode
apresentar-se como um inchaço localizado e repentino dos tecidos moles do corpo
(por exemplo a garganta ou a língua), dificuldade em respirar e /ou comichão e
erupção na pele (angiedema).
se sofre de problemas graves no fígado.
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se sofre de desmaios devido à redução da pressão arterial quando muda de postura
(ao sentar-se ou levantar-se).
Advertências e precauções
São necessários exames médicos periódicos para vigiar o desenvolvimento da
situação para a qual está a ser tratado.
Raramente, pode ocorrer desmaio durante o uso de Tansulosina Basi cápsulas de
libertação prolongada, tal como com outros medicamentos deste tipo. Aos primeiros
sinais de tonturas ou fraqueza, deverá sentar-se ou deitar-se até que os sintomas
desapareçam.
Se sofre de problemas renais (nos rins) graves, informe o seu médico.
Se vai ser ou tiver programada uma operação aos olhos devido à sua visão estar
enevoada (cataratas) ou aumento da pressão no olho (glaucoma). Por favor, informe
o seu oftalmologista se já tomou, toma ou planeia tomar Tansulosina Basi cápsulas
libertação
prolongada.
especialista
pode
depois
tomar
precauções
apropriadas no que respeita à medicação e técnicas cirúrgicas a ser usadas. Pergunte
ao seu médico se deve adiar ou parar temporariamente de tomar este medicamento,
se for fazer uma operação aos olhos por ter a visão enevoada (cataratas) ou
aumento da pressão no olho (glaucoma).
Crianças e adolescentes
Não dê este medicamento a crianças ou adolescentes com idade inferior a 18 anos
porque o medicamento não tem efeito nesta população.
Outros medicamentos e Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada
Tomar Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada com outros medicamentos
da mesma classe (antagonistas dos recetores adrenérgicos α1) pode causar uma
diminuição não desejada da pressão arterial.
Por favor, informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado
recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita
médica.
É muito importante informar o seu médico se está a ser tratado, ao mesmo tempo,
com outros medicamentos que podem diminuir a eliminação de Tansulosina Basi no
seu corpo (por exemplo, cetoconazol, eritromicina).
Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada com alimentos e bebidas
Pode
tomar
Tansulosina
Basi cápsulas
libertação
prolongada
alimentos.
Gravidez, amamentação e fertilidade
O cloridrato de tansulosina não está indicado para utilização em mulheres.
Foi notificada a ejaculação anormal nos homens (problemas de ejaculação). Isto
significa que o sémen não sai do corpo através da uretra, mas que vai para a bexiga
(ejaculação
retrógrada)
volume
ejaculação
reduzido
nulo
(insuficiência ejaculatória). Este fenómeno é inofensivo.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não existe evidência de que a Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada
afete a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas ou equipamentos. No entanto,
deve ter presente que podem ocorrer tonturas e, nestes casos, não deve tomar parte
de atividades que requeiram muita atenção.
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Tansulosina Basi contém sódio
Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por cápsula ou
seja, é praticamente “isento de sódio”.
3. Como tomar Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de libertação prolongada
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose habitual é 1 comprimido por dia. Pode tomar Tansulosina Basi cápsulas de
libertação prolongada com ou sem alimentos, de preferência à mesma hora do dia.
O comprimido deve ser engolido inteiro e não deve ser esmagado ou mastigado.
Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada foi especialmente concebido para
libertar gradualmente a substância ativa assim que for ingerido. É possível observar
vestígios dos comprimidos nas fezes. Uma vez que a substância ativa já foi libertada,
não há risco dos comprimidos serem menos eficazes.
Normalmente, Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada é prescrito para
um longo período de tempo. Os efeitos na bexiga e na urinação são mantidos
durante o tratamento de longo prazo com Tansulosina Basi cápsulas de libertação
prolongada.
Se tomar mais Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada do que deveria
A toma de Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada em demasia pode
levar a uma diminuição indesejada da pressão arterial e a um aumento da frequência
cardíaca, acompanhados de sensação de desmaio. Contacte imediatamente o seu
médico se tomou mais Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada do que
deveria.
Caso
tenha
esquecido
tomar
Tansulosina
Basi cápsulas
libertação
prolongada
Pode tomar o seu comprimido diário mais tarde, no mesmo dia, caso se tenha
esquecido de o tomar, conforme recomendado. Se não tomou um dia, pode
continuar a tomar o seu comprimido diário como prescrito. Não tome uma dose a
dobrar para compensar um comprimido que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada
Quando o tratamento com Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada
termina prematuramente, as suas queixas originais podem voltar. Deste modo, tome
Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada durante o tempo que o seu
médico receitar, mesmo que as suas queixas já tenham desaparecido. Consulte
sempre o seu médico se considerar terminar esta terapia.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada
pode causar efeitos secundários, no entanto não se manifestam em todas as
pessoas.
Frequentes (menos de 1 em 10, mais de 1 em 100 (1-10%)):
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Tonturas, em particular quando se senta ou levanta.
Ejaculação anormal (problemas de ejaculação), isto significa que o sémen não sai do
corpo através da uretra, mas que vai para a bexiga (ejaculação retrógrada) ou que o
volume de ejaculação é reduzido ou nulo (insuficiência ejaculatória). Este fenómeno
é inofensivo.
Pouco frequentes (mais de 1 em 1.000, mas menos de 1 em 100 (0,1-1%)):
Dor de cabeça, palpitações (o coração bate mais rápido do que o normal e de forma
que se consegue notar), diminuição da pressão sanguínea, por exemplo, quando se
levanta rapidamente da posição de sentado ou deitado, por vezes em associação
com tonturas, nariz com corrimento ou entupido (rinite), diarreia, sentir-se enjoado
e vómitos, prisão de ventre (obstipação), fraqueza (astenia), erupções na pele,
comichão e erupção da pele com comichão (urticária).
Raros (mais de 1 em 10.000, mas menos de 1 em 1.000 (0,01-0,1%)):
Desmaio e inchaço repentino localizado nos tecidos moles do corpo (por exemplo, a
garganta ou a língua), dificuldade em respirar e/ou comichão e erupção na pele,
frequentemente como uma reação alérgica (angiedema).
Muito raros (menos de 1 em 10.000 (<0,01%)):
Priapismo (ereção prolongada, não desejada e dolorosa para a qual é requerido
tratamento médico imediato).
Erupção na pele, inflamação e formação de bolhas na pele e/ou membranas mucosas
dos lábios, olhos, boca, fossas nasais ou genitais (síndrome Stevens-Johnson).
Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis)
Visão turva
Problemas de visão
Hemorragia nasal (epistaxe)
Erupções graves na pele (eritema multiforme, dermatite esfoliativa)
Ritmo do coração anormal e irregular (fibrilhação auricular, arritmia, taquicardia),
dificuldade em respirar (dispneia).
Se vai ser operado aos olhos devido à sua visão estar enevoada (cataratas) ou
aumento da pressão no olho (glaucoma) e está a tomar ou tomou recentemente
Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada, a pupila pode dilatar pouco e a
íris (a parte circular colorida do olho) pode tornar-se flácida durante o procedimento.
Boca seca (xerostomia)
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico ou enfermeiro.
Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P.
através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a
fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel.: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
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INFARMED
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio
internet:
http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoramE-mail:
farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de libertação prolongada
Conservar a temperatura inferior a 30ºC.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada após o prazo de
validade impresso no blister e na embalagem exterior após ‘EXP.:’. O prazo de
validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada
A substância ativa é o cloridrato de tansulosina 0,4 mg.
Os outros componentes são:alginato de sódio, copolímero de ácido metilacrílico e
acrilato de etilo (1:1), dibehenato de glicerilo, maltodextrina, laurilsulfato de sódio,
macrogol 6000, polissorbato 80, hidróxido de sódio, emulsão de simeticone 30 %,
Sílica anidra coloidal.
A cápsula dura de libertação prolongada é constituída por: gelatina, óxido de ferro
vermelho (E 172), dióxido de titânio (E171), óxido de ferro amarelo (E 172), água
purificada.
Qual o aspeto de Tansulosina Basi cápsulas de libertação prolongada e conteúdo da
embalagem
Tansulosina Basi apresenta-se em embalagens de 10, 20, 30, 40, 60, 100, 200 e 500
cápsulas de libertação prolongada em blister de PVC-PVDC/Alu e embalagens de 100
cápsulas de libertação prolongada em frasco de HDPE.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricantes
Titular da Autorização de Introdução
Laboratórios Basi - Indústria Farmacêutica, S.A.
Parque Industrial Manuel Lourenço Ferreira, Lote 15
3450-232 Mortágua
Portugal
Tel: + 351 231 920 250 | Fax: + 351 231 921 055
E-mail: basi@basi.pt
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Fabricantes
Laboratórios Basi – Indústria Farmacêutica, S.A.
Parque Industrial Manuel Lourenço Ferreira, lotes 8, 15 e 16
3450-232 Mortágua
Portugal
Bluepharma - Indústria Farmacêutica, S.A.
São Martinho do Bispo
3045-016 Coimbra
Portugal
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de libertação prolongada.
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada cápsula de libertação prolongada contém 0,4 mg de cloridrato de tansulosina.
Excipientes com efeito conhecido:
Cada cápsula de libertação prolongada contém 1,2 mg de sódio (sob a forma de
laurilsulfato de sódio, alginato de sódio e hidróxido de sódio).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsulas de libertação prolongada.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Sintomas do trato urinário inferior (STUI) associados a hiperplasia benigna da
próstata (HBP).
4.2 Posologia e modo de administração
Via oral.
Uma cápsula por dia.
Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de libertação prolongada pode ser tomado
independentemente da alimentação.
A cápsula tem de ser deglutida inteira sem ser esmagada ou mastigada para não
interferir com a libertação prolongada da substância ativa.
Não é necessário ajustar a dose em caso de compromisso renal.
Não é necessário ajustar a dose em doentes com insuficiência hepática ligeira a
moderada (ver secção 4.3, Contraindicações)
População pediátrica
Não existe indicação relevante para a utilização de Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas
de libertação prolongada em crianças.
A segurança e a eficácia da tansulosina ainda não foram estabelecidas em crianças
com idade <18 anos. Os dados atualmente disponíveis encontram-se descritos na
secção 5.1.
4.3 Contraindicações
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INFARMED
Hipersensibilidade ao cloridrato de tansulosina, incluindo angiedema induzido pelo
fármaco, ou a qualquer um dos excipientes.
História de hipotensão ortostática.
Insuficiência hepática grave.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Tal como acontece com outros antagonistas dos recetores adrenérgicos α1, pode
ocorrer uma diminuição da pressão sanguínea em casos individuais durante o
tratamento com Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de libertação prolongada, e como
resultado, raramente, pode ocorrer síncope. Aos primeiros sinais de hipotensão
ortostática (tonturas, sensação de fraqueza), o doente deverá sentar-se ou deitar-se
até que os sintomas desapareçam.
Antes de se iniciar a terapêutica com Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de libertação
prolongada, o doente deve ser examinado de modo a excluir a presença de outras
condições que possam causar os mesmos sintomas da hiperplasia benigna da
próstata. Deve ser feito o toque retal e, quando necessário, a determinação do
antigénio
específico
próstata
(PSA),
antes
início
tratamento
posteriormente em intervalos regulares.
O tratamento de doentes com compromisso renal grave (depuração de creatinina <
10 ml/min) deve ser feito com precaução, pois não se realizaram estudos nestes
doentes.
Foi observada uma síndrome de íris hipotónica intraoperatória (Intraoperative Floppy
Iris Syndrome - IFIS, uma variante do síndrome da pupila pequena) durante a
cirurgia às cataratas e do glaucoma, em alguns doentes a tomar ou previamente
tratados
cloridrato
tansulosina. A
IFIS
pode
aumentar
o risco
complicações oculares durante e após a cirurgia.
A interrupção do cloridrato de tansulosina 1 a 2 semanas antes da cirurgia às
cataratas ou do glaucoma é empiricamente considerado como vantajoso, no entanto,
o benefício de suspender o tratamento não foi estabelecido. A IFIS foi também
notificada em doentes que suspenderam a tansulosina por um período mais longo
antes da cirurgia.
Não é recomendado o início da terapêutica com o cloridrato de tansulosina em
doentes que tenham programada uma cirurgia às cataratas ou do glaucoma. Durante
a avaliação pré-cirúrgica, a equipa de cirurgiões e oftalmologistas deverá considerar
se os doentes programados para a cirurgia às cataratas ou do glaucoma estão a ser
ou foram medicados com tansulosina de modo a assegurar que serão tomadas
medidas apropriadas para gerir a IFIS durante a cirurgia.
O cloridrato de tansulosina não deve ser administrado em combinação com inibidores
potentes da CYP3A4 em doentes com fenótipo metabolizador fraco da CYP2D6.
O cloridrato de tansulosina deve ser utilizado com precaução em combinação com
inibidores potentes e moderados da CYP3A4 (ver secção 4.5).
É possível que se observem vestígios das cápsulas nas fezes.
Excipientes
Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por cápsula, ou
seja, é praticamente “isento de sódio”.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Os estudos de interação só foram realizados em adultos.
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Não foram observadas interações ao administrar concomitantemente o cloridrato de
tansulosina com atenolol, enalapril ou teofilina.
administração
concomitante
cimetidina
provoca
aumento
níveis
plasmáticos da tansulosina, enquanto a furosemida provoca uma diminuição, mas
como os níveis se mantêm dentro dos valores normais, não é necessário ajustar a
posologia.
estudos
vitro,
diazepam
propranolol,
triclormetiazida,
clormadinona,
amitriptilina,
diclofenac,
glibenclamida,
sinvastatina
varfarina
alteraram
fração
livre
tansulosina
plasma
humano.
vez,
tansulosina não altera as frações livres do diazepam, propranolol, triclormetiazida e
clormadinona. Contudo, o diclofenac e a varfarina podem aumentar a taxa de
eliminação da tansulosina.
A administração concomitante do cloridrato de tansulosina com inibidores potentes
da CYP3A4 pode resultar num aumento da exposição ao cloridrato de tansulosina. A
administração concomitante com o cetoconazol (um conhecido inibidor potente da
CYP3A4) resultou num aumento da AUC e Cmax do cloridrato de tansulosina por um
fator de 2,8 e 2,2, respetivamente. O cloridrato de tansulosina não deve ser
administrado em combinação com inibidores potentes da CYP3A4 em doentes com
fenótipo metabolizador fraco da CYP2D6.
O cloridrato de tansulosina deve ser utilizado com precaução em combinação com
inibidores potentes ou moderados da CYP3A4.
A administração concomitante do cloridrato de tansulosina com a paroxetina, um
potente inibidor da CYP2D6, resultou num aumento da Cmax e AUC da tansulosina
fator
1,6,
respetivamente,
estes
aumentos
não
são
considerados clinicamente relevantes.
A administração concomitante de outros antagonistas dos recetores adrenérgicos α1
pode conduzir a efeitos hipotensivos.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Tansulosina Basi não está indicado para utilização em mulheres.
Foram observadas perturbações da ejaculação a curto e longo prazo nos ensaios
clínicos
tansulosina.
Foram
notificados,
fase
pós-autorização,
acontecimentos
como:
perturbação
ejaculação,
ejaculação
retrógrada
insuficiência ejaculatória.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Contudo, os doentes devem ser avisados para o facto de poderem ocorrer tonturas.
4.8 Efeitos indesejáveis
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Classe de sistema
órgãos
MedDRA
Frequentes
(>1/100,
<1/10)
Pouco
frequentes
(>1/1.000,
<1/100)
Raros
(>1/10.000,
<1/1.000)
Muito
raros
(<1/10.000)
Desconhecido
(não pode ser
calculado
partir
dados
disponíveis)
Doenças
sistema nervoso
Tonturas
(1.3%)
Cefaleias
Síncope
Afeções oculares
Visão
turva*
Insuficiência
visual*
Cardiopatias
Palpitações
Vasculopatias
Hipotensão
ortostática
Doenças
respiratórias,
torácicas
mediastino
Rinite
Epistaxe*
Doenças
gastrointestinais
Obstipação,
diarreia,
náuseas,
vómitos
Xerostomia*
Afeções
tecidos cutâneos e
subcutâneos
Erupção
cutânea,
prurido,
urticária
Angiedema
Síndroma de
Stevens-
Johnson
Eritema
multiforme*
Dermatite
exfoliativa*
Doenças
órgãos genitais e
da mama
Perturbações
da ejaculação
incluindo
ejaculação
retrógrada
insuficiência
ejaculatória
Priapismo
Perturbações
gerais
alterações no local
de administração
Astenia
* Observadas pós-comercialização
Durante a cirurgia às cataratas e ao glaucoma, uma variante da síndrome da pupila
pequena, conhecida como síndrome de íris hipotónica intraoperatória (Intraoperative
Floppy Iris Syndrome – IFIS) foi associada com a terapêutica com tansulosina
durante a vigilância pós-comercialização (ver também secção 4.4).
Experiência pós-comercialização: para além dos acontecimentos adversos acima
listados, a fibrilhação auricular, arritmia, taquicardia e dispneia foram também
notificados como relacionados com a utilização da tansulosina. Uma vez que estes
acontecimentos adversos de notificação espontânea advêm da experiência pós-
comercialização a nível mundial, não é possível determinar de modo fiável a
frequência dos acontecimentos e o papel da tansulosina em termos de causalidade.
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Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Sintomas
A sobredosagem com o cloridrato de tansulosina pode potencialmente resultar em
graves efeitos hipotensores. Os graves efeitos hipotensores foram observados em
diferentes níveis de sobredosagem.
Tratamento
No caso de ocorrer hipotensão aguda, depois de uma sobredosagem, deverá ser
dado suporte cardiovascular. A pressão sanguínea pode ser restabelecida e a
frequência cardíaca normalizada deitando o doente. Caso esta medida não ajude,
devem ser administrados corretores da volémia e, quando necessário, poderão ser
utilizados vasopressores. A função renal deve ser monitorizada e aplicadas medidas
gerais de apoio. É pouco provável que a diálise possa auxiliar, pois a tansulosina
liga-se fortemente às proteínas plasmáticas.
Medidas, tais como a emese, devem ser adotadas para impedir a absorção. Quando
estão envolvidas quantidades elevadas, pode ser efetuada lavagem gástrica e
administrado carvão ativado e um laxativo osmótico, tal como o sulfato de sódio.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo Farmacoterapêutico: 7.4.2.1 – Outros medicamentos usados em disfunções
geniturinárias. Medicamentos usados nas perturbações da micção. Medicamentos
usados na retenção urinária. Código ATC: G04C A02. Medicamentos destinados
exclusivamente ao tratamento da doença da próstata.
Mecanismo de ação
A tansulosina liga-se seletiva e competitivamente aos recetores adrenérgicos α1 pós-
sinápticos, em particular ao subtipo α1A e α1D. Isto provoca o relaxamento da
musculatura lisa da próstata e da uretra.
Efeitos farmacodinâmicos
Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de libertação prolongada aumenta a taxa máxima
de fluxo urinário. Alivia a obstrução através do relaxamento da musculatura lisa da
próstata e uretra, melhorando assim os sintomas de micção.
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INFARMED
Melhora também os sintomas associados ao enchimento em que a instabilidade
vesical desempenha um papel importante.
Estes efeitos sobre os sintomas associados ao enchimento e ao esvaziamento vesical
são mantidos durante a terapêutica a longo prazo. A necessidade de cirurgia ou
cateterização é significativamente adiada.
Os antagonistas dos recetores adrenérgicos α1 podem reduzir a pressão sanguínea
através da diminuição da resistência periférica. Durante os estudos clínicos efetuados
com Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de libertação prolongada, não foi observada
qualquer redução clinicamente significativa na pressão sanguínea.
População pediátrica
Foi realizado um estudo de intervalo de dose, em dupla ocultação, aleatorizado,
controlado por placebo, em crianças com bexiga neuropática. Foi aleatorizado um
total de 161 crianças (com idades entre os 2 e 16 anos) e tratado com 1 dos 3 níveis
de dose de tansulosina (baixo [0,001 a 0,002 mg/kg], médio [0,002 a 0,004 mg/kg]
e elevado [0,004 a 0,008 mg/kg]) ou placebo. O parâmetro de avaliação primário foi
o número de doentes que diminuíram a pressão de perda do detrusor (LPP) para <
40 cm H2O, com base em duas avaliações realizadas no mesmo dia. Os parâmetros
de avaliação secundários foram: alteração real e percentual desde o início na pressão
de perda do detrusor, melhoria ou estabilização da hidronefrose e hidroureter e
alteração nos volumes urinários obtidos por cateterização e pelo número de vezes
molhado na altura da cateterização, de acordo com o registado nos diários de
cateterização. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre
o grupo placebo e qualquer um dos três grupos de tansulosina no parâmetro de
avaliação primário nem em qualquer parâmetro de avaliação secundário. Não foi
observada qualquer resposta de dose para qualquer nível de dosagem.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de libertação prolongada é absorvida ao nível do
intestino e é quase completamente biodisponível.
A absorção da tansulosina é reduzida no caso de este ser administrado pouco depois
das refeições. A uniformidade da absorção pode ser conseguida se o doente tomar
tansulosina Basi sempre após a mesma refeição. A tansulosina apresenta uma
farmacocinética linear.
Após uma dose única de tansulosina Basi administrada depois da refeição, os níveis
plasmáticos da tansulosina atingem um pico cerca de 6 horas depois, e, no estado
estacionário, que e atingido ao 5° dia de doses múltiplas, a Cmax nos doentes e
cerca de dois terços mais elevada do que a atingida apos uma dose única. Apesar
disto se ter verificado em idosos, esperam-se os mesmos resultados em doentes
mais jovens.
Existe uma variação interindividual muito elevada dos níveis plasmáticos, quer após
a administração de dose única, quer após doses múltiplas.
Distribuição
No homem, a tansulosina liga-se em cerca de 99% às proteínas plasmáticas. O
volume de distribuição é pequeno (cerca de 0,2 l/kg).
Biotransformação
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
A tansulosina tem um baixo efeito de primeira passagem, sendo metabolizada
lentamente. A maior parte da tansulosina encontra-se presente no plasma na forma
de substância ativa inalterada. O fármaco é metabolizado no fígado.
Em ratos, observou-se que praticamente nenhuma indução das enzimas hepáticas
microssomais foi causada pela tansulosina.
Resultados in vitro sugerem que a CYP3A4 e também a CYP2D6 estão envolvidas no
metabolismo, com possíveis contribuições menores de outras isoenzimas CYP no
metabolismo do cloridrato de tansulosina. A inibição das enzimas CYP3A4 e CYP2D6
metabolizadoras do fármaco podem levar ao aumento da exposição ao cloridrato de
tansulosina (ver secção 4.5 e 4.5).
Nenhum dos metabolitos é mais ativo do que o composto original.
Eliminação
A tansulosina e os seus metabolitos são excretados principalmente através da urina.
Estima-se que a quantidade excretada como substância ativa inalterada é cerca de
4-6% da dose, quando administrado como Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de
libertação prolongada.
Após uma dose única de Tansulosina Basi 0,4 mg cápsulas de libertação prolongada
e no estado estacionário foram medidas semividas de eliminação de respetivamente
19 e 15h.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Foram efetuados estudos de toxicidade de dose única e repetida em murganhos,
ratos e cães. Foram também realizados estudos de toxicidade reprodutiva em ratos,
carcinogenicidade em murganhos e ratos e genotoxicidade in vivo e in vitro.
O perfil de toxicidade geral, observado com elevadas doses de tansulosina, está de
acordo com as ações farmacológicas conhecidas dos antagonistas dos recetores
adrenérgicos α.
Em doses bastante elevadas houve alterações do ECG em cães. Este efeito não é no
entanto
considerado
clinicamente
relevante.
tansulosina
mostrou
não
propriedades genotóxicas relevantes.
Foi notificado o aumento de incidência de alterações proliferativas das glândulas
mamárias de ratos e murganhos do sexo feminino. Este efeito, que é provavelmente
mediado pela hiperprolactinemia e apenas ocorreu em doses elevadas, é considerado
irrelevante.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Alginato de sódio
Copolímero de ácido metilacrílico e acrilato de etilo (1:1)
Dibehenato de glicerilo
Maltodextrina
Laurilsulfato de sódio
Macrogol 6000
Polissorbato 80
Hidróxido de sódio
Emulsão de simeticone 30 %
Sílica anidra coloidal
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
Cápsula dura de libertação prolongada:
gelatina,
óxido de ferro vermelho (E 172),
dióxido de titânio (E171),
óxido de ferro amarelo (E 172),
água purificada.
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
4 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 30º C.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Embalagens de 10, 20, 30, 40, 60, 100, 200 e 500 cápsulas de libertação prolongada
em blister de PVC-PVDC/Alu.
Embalagem de 100 cápsulas de libertação prolongada em frasco de HDPE.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Laboratórios Basi – Indústria Farmacêutica, S.A.
Parque Industrial Manuel Lourenço Ferreira, Lote 15
3450-232 Mortágua
Portugal
Tel: + 351 231 920 250
Fax: + 351 231 921 055
E-mail: basi@basi.pt
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º de registo: 5044730 - 10 cápsulas de libertação prolongada, 0,4 mg, blister de
PVC-PVDC/Alu
N.º de registo: 5044748 - 20 cápsulas de libertação prolongada, 0,4 mg, blister de
PVC-PVDC/Alu
N.º de registo: 5044755 - 30 cápsulas de libertação prolongada, 0,4 mg, blister de
PVC-PVDC/Alu
N.º de registo: 5044763 - 40 cápsulas de libertação prolongada, 0,4 mg, blister de
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
PVC-PVDC/Alu
N.º de registo: 5044771 - 60 cápsulas de libertação prolongada, 0,4 mg, blister de
PVC-PVDC/Alu
N.º de registo: 5044805 - 100 cápsulas de libertação prolongada, 0,4 mg, blister de
PVC-PVDC/Alu
N.º de registo: 5044813 - 200 cápsulas de libertação prolongada, 0,4 mg, blister de
PVC-PVDC/Alu
N.º de registo: 5044821 - 500 cápsulas de libertação prolongada, 0,4 mg, blister de
PVC-PVDC/Alu
N.º de registo: 5044839 - 100 cápsulas de libertação prolongada, 0,4 mg, frasco de
HDPE
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO / RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 26/07/2007
Data da última renovação: 26/06/2017
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO