Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
19-10-2012
19-10-2012
APROVADO EM
19-10-2012
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Tacrolímus Accord 0,5 mg cápsulas
Tacrolímus Accord 1 mg cápsulas
Tacrolímus Accord 5 mg cápsulas
Tacrolímus
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
tiver
quaisquer
efeitos
secundários,
incluindo
possíveis
efeitos
secundários
não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Tacrolímus Accord e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Tacrolímus Accord
3. Como tomar Tacrolímus Accord
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Tacrolímus Accord
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Tacrolímus Accord e para que é utilizado
Tacrolímus Accord pertence a um grupo de medicamentos chamados imunossupressores.
Após ser submetido a um transplante de órgão (por exemplo, fígado, rim, coração), o
sistema de defesa do seu organismo tentará rejeitar o novo órgão. Tacrolímus Accord
utilizado para prevenir a rejeição de órgãos recentemente transplantados.
Tacrolímus Accord também pode ser receitado para tratar a rejeição de um órgão
transplantado. Se tem estado a tomar medicamentos para prevenir a rejeição e se estes
não forem suficientemente eficazes, o seu médico mudará o seu tratamento, começando a
tratá-lo com Tacrolímus Accord.
Tacrolímus Accord
é utilizado frequentemente em associação com outros medicamentos
que também suprimem o sistema imunitário.
2. O que precisa de saber antes de tomar Tacrolímus Accord
Não
tome
Tacrolímus
Accord
alergia
tacrolímus
qualquer
outro
componente deste medicamento(indicados na secção 6)..
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Se tem alergia) a antibióticos do tipo dos macrólidos, como por exemplo, a eritromicina,
a claritromicina e a josamicina.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Tacrolímus Accord
Terá de tomar tacrolímus todos os dias enquanto necessitar de imunossupressão para
prevenir a rejeição do seu órgão transplantado.
Deve manter-se em contacto regular com o
seu médico.
Durante o período de tratamento com Tacrolímus Accord, o seu médico pode querer
efetuar algumas análises (incluindo análises ao sangue e urina, provas da função
cardíaca e exames neurológicos e da visão) de vez em quando.
Estes exames são
normais e ajudarão o seu médico a decidir qual é a dose de Tacrolímus
Accord
mais
apropriada para si.
Não tome nenhum medicamento à base de plantas, como por exemplo o hipericão
(Hypericum perforatum) ou outros medicamentos à base de plantas, porque estes podem
afetar a ação do tacrolímus e, em consequência, a dose que necessita tomar. Em caso de
dúvida, contacte o seu médico antes de tomar qualquer medicamento à base de plantas.
Se tem problemas de fígado ou se tiver tido uma doença que possa ter afetado o seu
fígado, informe o seu médico porque estes problemas podem afetar a dose de Tacrolímus
Accord que está a tomar.
Se tiver tido diarreia durante mais de um dia, informe o seu médico, porque poderá ser
necessário ajustar a dose de Tacrolímus Accord que está a tomar.
Limite a sua exposição à luz solar e à luz ultravioleta (UV) enquanto estiver a tomar
Tacrolímus Accord usando vestuário protetor que proporcione uma cobertura completa e
um protetor solar com um fator de proteção elevado, devido ao risco possível de
alterações cancerosas da pele com a terapêutica imunossupressora.
Se necessitar de vacinações, informe primeiro o seu médico. O seu médico aconselhá-lo-á
qual é a melhor ação a tomar.
Outros medicamentos e Tacrolímus Accord
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente ou
se vier a tomar outros medicamentos.
Tacrolímus Accord
não deve ser tomado com ciclosporina.
Os níveis de tacrolímus no sangue podem ser afetados por outros medicamentos que
esteja a tomar, e os níveis dos outros medicamentos no sangue podem ser afetados pela
utilização de Tacrolímus Accord.
Em consequência, pode ser necessário aumentar ou
diminuir a dose de tacrolímus. Informe especialmente o seu médico se estiver a tomar ou
tiver
tomado
recentemente
medicamentos
seguintes
substâncias
ativas:
medicamentos
antifúngicos
antibióticos
(especialmente
aqueles
conhecidos
antibióticos macrólidos) para o tratamento de infeções, como por exemplo, cetoconazol,
fluconazol, itraconazol, voriconazol, clotrimazol, eritromicina, claritromicina, josamicina
e rifampicina.
Inibidores das proteases do VIH, como por exemplo o ritonavir
omeprazol ou lansoprazol para tratar as úlceras do estômago
tratamentos hormonais com
etinilestradiol (como por exemplo, a pílula contracetiva) ou
danazol
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medicamentos para tratar a tensão arterial elevada, como por exemplo, nifedipina,
nicardipina, diltiazem e verapamil
medicamentos conhecidos pelo nome de “estatinas”
utilizados para tratar os níveis elevados de colesterol e triglicéridos
os medicamentos
antiepiléticos
fenobarbital
fenitoína
corticosteroides
prednisolona
metilprednisolona
antidepressor
nefazodona
hipericão
(Hypericum
perforatum)
antieméticos, utilizados para tratar o enjoo e os vómitos (por exemplo, metoclopramida)
cisaprida ou o antiácido hidróxido de magnésio-alumínio, utilizado para tratar a azia
Se necessitar de vacinações informe com antecedência o seu médico antes de tomar estes
medicamento.
Informe o seu médico se tem de utilizar, ou está presentemente a utilizar, ibuprofeno,
anfotericina B ou antivirais (como o aciclovir). Estes medicamentos
podem exacerbar as
doenças renais e do sistema nervoso se tomados em conjunto com Tacrolímus Accord.
Além disso, enquanto estiver a utilizar Tacrolímus Accord, o seu médico também deve ser
informado se estiver a tomar suplementos de potássio ou diuréticos poupadores de potássio
(certos diuréticos como amilorida, triamtereno ou espironolactona), certos analgésicos
(conhecidos por AINES, por exemplo ibuprofeno), anticoagulantes, ou medicamentos orais
para tratar a diabetes.
Tacrolímus Accord com alimentos e bebidas
Geralmente, deve tomar Tacrolímus Accord com o estômago vazio ou pelo menos 1 hora
antes, ou 2 a 3 horas após as refeições.
Não deve comer toranja ou beber sumo de toranja
durante o tratamento com Tacrolímus Accord.
Gravidez, amamentação e fertilidade
está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar
, consulte o
seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
O tacrolímus é excretado no leite materno. Portanto, não deve amamentar enquanto
estiver a tomar Tacrolímus
Accord
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não conduza ou utilize ferramentas ou máquinas se sentir tonturas ou sono ou se tiver
problemas de visão após tomar Tacrolímus Accord.
Estes efeitos são observados mais
frequentemente quando Tacrolímus Accord é utilizado em conjunto com álcool.
Tacrolímus Accord contém lactose
As cápsulas de 0,5 mg, de 1 mg e de 5 mg de Tacrolímus Accord contêm respetivamente
0,050 g, 0,048 g e 0,098 g de lactose. Quando tomada de acordo com as recomendações
posológicas, cada dose liberta respetivamente 0,050 g/0,048 g/0,098 g de lactose. Se foi
informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de
tomar este medicamento. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à
galactose, deficiência de lactase de Lapp ou malabsorção de glucose-galactose não devem
tomar este medicamento.
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3. Como tomar Tacrolímus Accord
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose inicial de Tacrolímus Accord para prevenir a rejeição do seu órgão transplantado
será
decidida
pelo
médico
estará
relacionada
peso
corporal.
Habitualmente, a primeira dose logo após a transplantação será de 0,075 mg a 0,30 mg
por kg do peso corporal por dia, dependendo do órgão transplantado.
A sua dose dependerá do seu estado geral e de outros medicamentos imunossupressores
que esteja a utilizar.
O seu médico deverá efetuar análises regulares ao sangue para
determinar a dose correta e, de vez em quando, para a ajustar. Normalmente, o seu médico
reduzirá a dose de Tacrolímus Accord quando a sua condição estabilizar.
O seu médico
dir-lhe-á o número exato de cápsulas de tacrolímus que tem de tomar e com que
frequência.
Tacrolímus Accord é administrado duas vezes por dia, normalmente de manhã e à noite.
Geralmente, deve tomar tacrolímus com o estômago vazio ou pelo menos 1 hora antes, ou
2 a 3 horas após as refeições. Os comprimidos devem ser engolidos inteiros com um copo
de água. Tome a cápsula imediatamente depois de a ter retirado do blister. Evite o sumo de
toranja enquanto estiver a tomar tacrolímus.
Se tomar mais Tacrolímus Accord do que deveria
Se tomar acidentalmente um número excessivo de cápsulas, consulte o seu médico ou
contacte imediatamente o serviço de urgência do hospital mais próximo.
Caso se tenha esquecido de tomar Tacrolímus Accord
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
No caso de se ter esquecido de tomar as cápsulas de tacrolímus, aguarde até ser a altura de
tomar a dose seguinte, e depois continue como é habitual.
Se parar de tomar Tacrolímus Accord
A interrupção do tratamento com Tacrolímus Accord pode aumentar o risco de rejeição do
seu órgão transplantado.
Não pare o tratamento a não ser que indicado pelo seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como
todos
medicamentos,
este
medicamento
pode
causar
efeitos
secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
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efeitos
secundários
possíveis
estão
indicados
seguintes
classificações
frequências:
muito frequentes: podem afetar mais de 1 pessoa em cada 10
frequentes: podem afetar 1 am 10 pessoas
pouco frequentes: podem afectar 1 em 100 pessoas
raros: podem afetar 1 am 1000 pessoas
muito raros: podem afetar maté 1 em 10.000 pessoas
desconhecido: a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis.
Muito frequentes
aumento
açúcar
sangue
diabetes mellitus
aumento do potássio no sangue
dificuldade em dormir
tremores
dores de cabeça
aumento
tensão
arterial
diarreia
náuseas
problemas renais
Frequentes
diminuição das contagens de células do sangue (plaquetas, glóbulos vermelhos ou brancos), aumento
contagens de glóbulos brancos, alterações nas contagens de glóbulos vermelhos
diminuição de magnésio, fosfato, potássio, cálcio ou sódio no sangue, sobrecarga de fluidos, aumen
ácido úrico ou dos lípidos no sangue, diminuição do apetite, aumento da acidez do sangue, outras altera
nos sais sanguíneos
sintomas de ansiedade, confusão e desorientação, alterações do humor, pesadelos, perturbações mentais
convulsões, perturbações da consciência, formigueiros e dormência (por vezes, dolorosos) nas mãos e
tonturas, perturbações na capacidade de escrever, doenças do sistema nervoso
visão pouco nítida, aumento da sensibilidade à luz
zumbido nos ouvidos
diminuição do fluxo de sangue nos vasos cardíacos, batimentos cardíacos mais rápidos
hemorragia, bloqueio completo ou parcial dos vasos sanguíneos, diminuição da tensão arterial
falta de ar, alterações do tecido pulmonar, acumulação de líquido à volta dos pulmões, inflamação da far
tosse, sintomas de tipo gripal
inflamações ou úlceras que causam dor abdominal ou diarreia, hemorragia no estômago, inflamaçõe
úlceras na boca, acumulação de líquidos no abdómen, vómitos, dor abdominal, indigestão, prisão de ve
libertação de gases com mais frequência (flatulência), distensão abdominal, fezes moles, problema
estômago
alterações da função e enzimas hepáticas, cor amarelada da pele devido a problemas hepáticos, lesõe
tecido hepático e inflamação do fígado
comichão, erupções na pele, queda de cabelo e pelos, acne, aumento da transpiração
dor nas articulações, membros ou costas, cãibras musculares
função deficiente dos rins, diminuição da produção de urina, micção dolorosa ou alterada
fraqueza geral, febre, acumulação de fluidos no corpo, dor e desconforto, aumento sanguíneo da en
fosfatase alcalina, aumento de peso, perturbação da sensação de temperatura
função insuficiente do órgão transplantado
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Pouco frequentes
alterações da coagulação do sangue, diminuição das contagens de todas as células do sangue
desidratação, diminuição de proteínas ou açúcar no sangue, aumento do fosfato no sangue
coma, hemorragias cerebrais, acidente vascular cerebral, paralisia, doenças cerebrais, perturbações da f
comunicação, problemas de memória
opacidade do cristalino
audição deficiente
batimentos cardíacos irregulares, paragem dos batimentos cardíacos, diminuição do desempenho card
perturbações
músculo
cardíaco,
aumento
músculo
cardíaco,
batimentos
cardíacos
mais
eletrocardiograma anormal, frequência cardíaca e pulso anormais
coágulo sanguíneo numa veia de um membro, choque
dificuldade em respirar, doenças das vias respiratórias, asma
obstrução do intestino, aumento do nível sanguíneo da enzima amilase, refluxo do conteúdo do estômago
a garganta, atraso no esvaziamento gástrico
dermatite, sensação de ardor à luz solar
perturbações articulares
incapacidade de urinar, dor menstrual e menstruações anormais
falência de alguns órgãos, sintomas de tipo gripal, aumento da sensibilidade ao calor e ao frio, sensaçã
opressão no peito, sensação de agitação, sensação anormal, aumento da enzima desidrogenase láctic
sangue, perda de peso
Raros
pequenas
hemorragias
pele
devido a coágulos sanguíneos
aumento da rigidez muscular
acumulação de fluidos à vol
coração
cegueira
surdez (audição deficiente)
falta súbita de ar
formação de quistos no pâncreas
problemas com o fluxo sanguíneo
no fígado
aumento de pelos
doença
grave
formação
bolhas
pele,
boca,
olhos
órgãos genitais
sede
sensação de pressão no peito
diminuição da mobilidade
úlcera
Muito raros
fraqueza muscular
ecocardiograma anormal
insuficiência hepática
aperto dos canais biliares
micção dolorosa com sangue na urina
aumento do tecido adiposo
Foram notificados casos de aplasia eritrocitária pura /uma diminuição muito grave das
contagens de glóbulos vermelhos)
Os imunossupressores, incluindo o tacrolímus, diminuem os mecanismos de defesa do
seu organismo de modo a parar a rejeição do seu órgão transplantado.
Em consequência,
o seu organismo não estará nas condições normais para combater as infeções.
Portanto,
enquanto estiver a tomar tacrolímus poderá apanhar mais infeções do que é habitual,
como por exemplo infeções da pele, boca, estômago e intestinos, pulmão e vias urinárias.
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Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com
o seu médico ou farmacêutico.
5. Como conservar Tacrolímus Accord
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior e
no blister, após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Conservar a temperatura inferior a 25°C. Conservar na embalagem de origem para
proteger da humidade.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao
seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas
ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Tacrolímus Accord
A substância ativa é o tacrolímus.
Para 0,5 mg: Cada cápsula contém 0,5 mg de tacrolímus (sob a forma de tacrolimus
mono-hidratado).
Para 1 mg: Cada cápsula contém 1 mg de tacrolímus (sob a forma de tacrolimus mono-
hidratado).
Para 5 mg: Cada cápsula contém 5 mg de tacrolimus (sob a forma de tacrolimus mono-
hidratado).
Os outros componentes de Tacrolímus 0,5 mg, 1 mg e 5 mg são: lactose mono-hidratada,
croscarmelose sódica (E468), hipromelose (E464), estearato de magnésio (E470b)
Composição do revestimento da cápsula de Tacrolímus 0,5 mg: Gelatina, dióxido de
titânio (E171), óxido de ferro amarelo (E172), laurilsulfato de sódio
Composição do revestimento da cápsula de Tacrolímus 1 mg: Gelatina, dióxido de titânio
(E171), laurilsulfato de sódio
Composição do revestimento da cápsula de Tacrolímus 5 mg: Gelatina, dióxido de titânio
(E171), óxido de ferro vermelho (E172), laurilsulfato de sódio
Tinta de impressão do revestimento da cápsula: goma-laca, propilenoglicol, hidróxido de
potássio, óxido de ferro preto (E172).
Qual o aspeto de Tacrolímus Accord e conteúdo da embalagem
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Tacrolímus Accord 0,5 mg: Cápsulas de gelatina dura, amarelo claro / amarelo claro, com
aproximadamente 11,40 mm, tamanho “5”, impressas com “TCR” na cabeça e "0.5" no
corpo, contendo um pó granular branco a esbranquiçado.
Tacrolímus
Accord
1 mg:
Cápsulas
gelatina
dura,
branco
branco,
aproximadamente 11,40 mm, tamanho “5”, impressas com “TCR” na cabeça e "1" no
corpo, contendo um pó granular branco a esbranquiçado.
Tacrolímus Accord 5 mg: Cápsulas de gelatina dura, cor-de-rosa / cor-de-rosa, com
aproximadamente 14,30 mm, tamanho “4”, impressas com “TCR” na cabeça e "5" no
corpo, contendo um pó granular branco a esbranquiçado.
Tacrolímus Accord é apresentado em embalagens blister de:
Tacrolímus Accord 0,5 mg cápsulas
Embalagens de 20, 30, 50, 60 e 100 cápsulas.
Tacrolímus Accord 1 mg cápsulas
Embalagens de 20, 30, 50, 60, 90 e 100 cápsulas.
Tacrolímus Accord 5 mg cápsulas
Embalagens de 30, 50, 60 e 100 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Accord Healthcare Limited
Sage House, 319, Pinner Road,
North Harrow, Middlesex, HA1 4HF,
Reino Unido
Fabricante
Accord Healthcare Limited
Sage House, 319, Pinner Road,
North Harrow, Middlesex, HA1 4HF,
Reino Unido
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico
Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Nome do Estado membro
Denominação do medicamento
Países Baixos
Tacrolimus Accord 0,5/1/5 mg Capsule hard
Áustria
Tacrolimus Accord 0,5/1/5 mg hartkapseln
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Bulgária
Tacrolimus Accord 0,5/1/5 mg
Капсула
твърда
República Checa
Tacrolimus Accord 0,5/1/5 mg tvrdé tobolky
Dinamarca
Tacrolimus Accord 0,5/1/5 mg kapsler hårde
Finlândia
Tacrolimus Accord 0,5/1/5 mg kapseli kova
Alemanha
Tacrolimus Accord 0,5/1/5 mg hartkapseln
Grécia
Tacrolimus Accord 0,5/1/5 mg
Καψάκιο
σκληρό
Hungria
Tacrolimus Accord 0,5/1/5 mg kemény kapszula
Irlanda
Tacrolimus 0.5/1/5 mg Capsule hard
Itália
Tacrolimus Accord Healthcare 0,5/1/5 mg Capsule hard
Letónia
Tacrolimus Accord 0,5/1/5 mg capsules, hard
Lituânia
Tacrolimus Accord 0,5/1/5 mg kietos kapsules
Malta
Tacrolimus Accord 0.5/1/5 mg Capsule hard
Noruega
Tacrolimus Accord 0,5/1/5mg kapsler harde
Polónia
Tacrolimus Accord
Portugal
Tacrolímus Accord
Roménia
Tacrolimusum Accord 0,5/1/5 mg Capsule
Eslováquia
Tacolimusum Accord 1/5 mg tvrdé kapsule
Eslovénia
Takrolimus Accord 1/5 mg trde kapsule
Espanha
Tacrolimus Accord 0,5/1/5 mg cápsulas duras EFG
Suécia
Tacrolimus Accord 0,5/1/5 mg kapsel hård
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Tacrolímus Accord 0,5 mg cápsulas
Tacrolímus Accord 1 mg cápsulas
Tacrolímus Accord 5 mg cápsulas
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Para 0,5 mg
Cada cápsula contém 0,5 mg de tacrolimus (sob a forma de tacrolimus mono-hidratado)
Excipientes: 50,14 mg de lactose mono-hidratada
Para 1 mg:
Cada cápsula contém 1 mg de tacrolimus (sob a forma de tacrolimus mono-hidratado)
Excipientes: 48,68 mg de lactose mono-hidratada
Para 5 mg:
Cada cápsula contém 5 mg de tacrolimus (sob a forma de tacrolimus mono-hidratado)
Excipientes: 98,86 mg de lactose mono-hidratada
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsula
Para 0,5 mg:
Cápsulas
gelatina
dura,
amarelo
claro
amarelo
claro,
aproximadamente
11,40 mm, tamanho “5” impressas com “TCR” na tampa e "0.5" no corpo, contendo um
pó granular branco a esbranquiçado.
Para 1 mg:
Cápsulas de gelatina dura, branco / branco, com aproximadamente 11,40 mm, tamanho
“5” impressas com “TCR” na tampa e "1" no corpo, contendo um pó granular branco a
esbranquiçado.
Para 5 mg:
Cápsulas de gelatina dura, cor-de-rosa / cor-de-rosa, com aproximadamente 14,30 mm,
tamanho “4” impressas com “TCR” na tampa e "5" no corpo, contendo um pó granular
branco a esbranquiçado.
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4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Profilaxia da rejeição do transplante em recetores de transplante alogénico de fígado, rim
ou coração.
Tratamento da rejeição do transplante alogénico resistente a tratamento com outros
medicamentos imunossupressores.
4.2 Posologia e modo de administração
terapêutica
tacrolímus
requer
monitorização
cuidadosa
pessoal
devidamente
equipado
qualificado.
Este
medicamento
deve
prescrito
alterações
terapêutica
imunossupressora
iniciadas
apenas
médicos
experiência em terapêutica imunossupressora e no controlo de doentes transplantados.
substituição
inadvertida,
involuntária
não
supervisionada
formulações
libertação imediata ou de libertação prolongada de tacrolímus não é segura. Esta pode
causar
rejeição
transplante
maior
incidência
efeitos
secundários,
incluindo imunossupressão insuficiente ou excessiva, devido a diferenças clinicamente
relevantes na exposição sistémica ao tacrolímus. Os doentes devem ser mantidos apenas
numa
formulação
tacrolímus
esquema
posológico
diário
correspondente;
alterações da formulação ou do esquema posológico só devem ser implementadas sob a
supervisão cuidadosa de um especialista de transplantação (ver secções 4.4 e 4.8). Após
conversão para uma formulação alternativa, devem efetuar-se a monitorização terapêutica
ajustes
posológicos
medicamento
para
assegurar
mantida
exposição
sistémica ao tacrolímus.
Considerações gerais
As posologias iniciais recomendadas, abaixo apresentadas, são dadas unicamente como
orientação.
posologia
Tacrolímus
Accord
deve
basear-se
essencialmente
avaliações
clínicas
rejeição
tolerabilidade
cada
doente,
auxiliada
pela
monitorização dos níveis sanguíneos (ver abaixo as concentrações mínimas previstas no
sangue total).
Se os sinais clínicos de rejeição forem evidentes, deve considerar-se a
alteração do regime imunossupressor.
O tacrolímus
pode ser administrado por via intravenosa ou oral.
Em geral, o tratamento
pode ser iniciado por via oral, se necessário, por administração do conteúdo da cápsula
suspenso em água através de uma sonda nasogástrica.
Tacrolímus
Accord
administrado
rotina
associação
outros
imunossupressores na fase inicial do período pós-operatório. A dose de Tacrolímus
Accord pode variar dependendo do regime imunossupressor escolhido.
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Modo de administração
Recomenda-se que a dose oral diária seja administrada em duas doses divididas (ex., de
manhã e à noite).
As cápsulas devem ser tomadas imediatamente depois de retiradas do
blister.
As cápsulas devem ser engolidas inteiras com um líquido (de preferência com
água).
As cápsulas devem ser administradas geralmente com o estômago vazio ou pelo menos 1
hora antes ou 2 a 3 horas após as refeições, para que seja atingida a absorção máxima (ver
secção 5.2).
Duração do tratamento
Para
suprimir
rejeição
transplante,
imunossupressão
deve
mantida;
consequência, não se pode especificar um limite para a duração da terapêutica oral.
Posologias recomendadas - Transplantação hepática
Profilaxia da rejeição do transplante - adultos
A terapêutica oral com Tacrolímus deve ser iniciada numa dose de 0,10 - 0,20 mg/kg/dia
administrada em duas doses divididas (ex., de manhã e à noite).
A administração deve ser
iniciada aproximadamente 12 horas após conclusão da cirurgia.
Se a dose não puder ser administrada por via oral devido ao estado clínico do doente, a
administração
intravenosa
0,01 - 0,05 mg/kg/dia
deve
iniciada
perfusão
contínua durante 24 horas.
Profilaxia da rejeição do transplante - crianças
Uma dose oral inicial de 0,30 mg/kg/dia deve ser administrada em duas doses divididas
(ex., de manhã e à noite). Se o estado clínico do doente não permitir a administração oral,
deve ser administrada uma dose intravenosa inicial de 0,05 mg/kg/dia por perfusão
contínua durante 24 horas.
Ajustes posológicos durante o período pós-transplante em adultos e crianças
As doses de Tacrolímus Accord são geralmente diminuídas no período pós-transplante.
Em alguns casos é possível suspender a terapêutica imunossupressora concomitante, o
que resulta na monoterapia com Tacrolímus Accord.
A melhoria pós-transplante do
estado do doente pode alterar a farmacocinética do tacrolímus, podendo ser necessários
ajustes adicionais da dose.
Terapêutica de rejeição – adultos e crianças:
aumento
doses
Tacrolímus
Accord,
terapêutica
suplementar
corticosteroides e a introdução de ciclos terapêuticos de curta duração com anticorpos
mono/policlonais foram
meios
utilizados para controlar e tratar os episódios de rejeição.
Se forem observados sinais de toxicidade (ex., reações adversas pronunciadas - ver
secção 4.8), a dose de Tacrolímus Accord pode ter de ser diminuída.
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Ao efetuar-se a conversão para Tacrolímus Accord, o tratamento deve começar com a
dose oral inicial recomendada para a imunossupressão primária.
Para informações sobre a conversão da ciclosporina para o tacrolímus, ver abaixo
“Ajustes posológicos em populações específicas de doentes”.
Posologias recomendadas - Transplantação renal
Profilaxia da rejeição do transplante - adultos
A terapêutica oral com Tacrolímus deve ser iniciada numa dose de 0,20 - 0,30 mg/kg/dia
administrada em duas doses divididas (ex., de manhã e à noite). A administração deve ser
iniciada num período de 24 horas após conclusão da cirurgia.
Se a dose não puder ser administrada por via oral devido ao estado clínico do doente, a
terapêutica intravenosa de 0,05 - 0,10 mg/kg/dia deve ser iniciada por perfusão contínua
durante 24 horas.
Profilaxia da rejeição do transplante – crianças
Uma dose oral inicial de 0,30 mg/kg/dia deve ser administrada em duas doses divididas
(ex., de manhã e à noite). Se o estado clínico do doente não permitir a administração oral,
deve ser administrada uma dose intravenosa inicial de 0,075 - 0,100 mg/kg/dia por
perfusão contínua durante 24 horas.
Ajustes posológicos durante o período pós-transplante em adultos e crianças
As doses de Tacrolímus Accord são geralmente diminuídas no período pós-transplante.
Em alguns casos é possível suspender a terapêutica imunossupressora concomitante, o
que resulta numa terapêutica dupla com base em Tacrolímus Accord. A melhoria pós-
transplante do estado do doente pode alterar a farmacocinética do tacrolímus, podendo ser
necessários ajustes adicionais da dose.
Terapêutica da rejeição – adultos e crianças
aumento
doses
Tacrolímus
Accord,
terapêutica
suplementar
corticosteroides e a introdução de ciclos terapêuticos de curta duração com anticorpos
mono/policlonais foram meios utilizados para controlar e tratar os episódios de rejeição.
Se forem observados sinais de toxicidade (ex., reações adversas pronunciadas - ver secção
4.8), a dose de Tacrolímus Accord pode ter de ser diminuída.
Para se efetuar a conversão para Tacrolímus Accord, o tratamento deve começar com a
dose oral inicial recomendada para a imunossupressão primária.
Para informações sobre a conversão da ciclosporina para o tacrolímus, ver abaixo “Ajustes
posológicos em populações específicas de doentes”.
Posologias recomendadas - Transplantação cardíaca
APROVADO EM
19-10-2012
INFARMED
Profilaxia da rejeição do transplante - adultos
Tacrolímus Accord
pode ser utilizado com indução de anticorpos (permitindo o atraso do
início da terapêutica com
Tacrolímus Accord
) ou alternativamente sem indução de
anticorpos em doentes clinicamente estáveis.
Após indução de anticorpos, a terapêutica oral com Tacrolímus Accord deve ser iniciada
com uma dose de 0,075 mg/kg/dia administrada em duas doses divididas (ex., de manhã e à
noite).
A administração deve ser iniciada no período de 5 dias após conclusão da cirurgia,
assim que o estado clínico do doente estiver estabilizado.
Se a dose não puder ser
administrada por via oral devido ao estado clínico do doente, deve ser
iniciada a
terapêutica intravenosa com 0,01 a 0,02 mg/kg/dia por perfusão contínua durante 24
horas.
Foi publicada uma estratégia alternativa em que o tacrolímus oral foi administrado no
período de 12 horas após a transplantação.
Esta abordagem foi reservada para doentes
sem disfunção de órgãos (ex., disfunção renal). Neste caso, foi utilizada uma dose inicial
oral de 2 a 4 mg de tacrolímus por dia em associação com micofenolato de mofetil e
corticosteroides ou em associação com sirolímus e corticosteroides.
Profilaxia da rejeição do transplante – crianças
Tacrolímus Accord foi utilizado em associação com (ou sem) indução de anticorpos em
transplantação cardíaca pediátrica.
Em doentes sem indução de anticorpos, se a terapêutica com Tacrolímus Accord for
iniciada por via intravenosa, a dose inicial recomendada é de 0,03 - 0,05 mg/kg/dia por
perfusão contínua durante 24 horas, com o objetivo de atingir uma concentração de
tacrolímus no sangue total de 15 - 25 ng/ml.
Os doentes devem ser convertidos para uma
terapêutica oral logo que seja clinicamente praticável.
A primeira dose da terapêutica
oral
deve ser de
0,30 mg/kg/dia
com início
8 a
12 horas
após a interrupção da
terapêutica intravenosa.
Após indução de anticorpos, se a terapêutica com Tacrolímus Accord for iniciada por via
oral, a dose inicial recomendada é de 0,10 - 0,30 mg/kg/dia administrada em duas doses
divididas (ex., de manhã e à noite).
Ajustes posológicos durante o período pós-transplante em adultos e crianças
As doses de Tacrolímus Accord são geralmente diminuídas no período pós-transplante.
melhoria pós-transplante do estado do doente pode alterar a farmacocinética do tacrolímus,
podendo ser necessários ajustes adicionais da dose.
Terapêutica da rejeição – adultos e crianças
aumento
doses
Tacrolímus
Accord,
terapêutica
suplementar
corticosteroides e a introdução de ciclos terapêuticos de curta duração com anticorpos
mono/policlonais foram meios utilizados para controlar e tratar os episódios de rejeição.
APROVADO EM
19-10-2012
INFARMED
Em doentes adultos que foram convertidos para Tacrolímus Accord, uma dose oral inicial de
0,15 mg/kg/dia deve ser administrada em duas doses divididas (ex., de manhã e à noite).
Em doentes pediátricos que foram convertidos para Tacrolímus Accord, uma dose oral
inicial de 0,20 - 0,30 mg/kg/dia deve ser administrada em duas doses divididas (ex., de
manhã e à noite).
Para informações sobre a conversão da ciclosporina para o tacrolímus, ver abaixo “Ajustes
posológicos em populações específicas de doentes”.
Posologias recomendadas – Terapêutica de rejeição, outros transplantes alogénicos
As recomendações posológicas para a transplantação de pulmão, pâncreas e intestino
baseiam-se em dados limitados obtidos em ensaios clínicos prospetivos.
Tacrolímus
Accord tem sido utilizado numa dose oral inicial de 0,10 - 0,15 mg/kg/dia no caso de
transplante de pulmão, de 0,2 mg/kg/dia no caso de transplante de pâncreas e de
0,3 mg/kg/dia no caso de transplante intestinal.
Ajustes posológicos em populações específicas de doentes
Raça
Em comparação com os doentes de raça caucasiana, os doentes de raça negra podem
necessitar de doses
mais elevadas de tacrolímus para se atingirem
níveis
mínimos
semelhantes.
Sexo
Não existe qualquer evidência de que doentes do sexo masculino e feminino necessitem
de doses diferentes para se atingirem níveis mínimos semelhantes.
Doentes com afeção hepática
Nos doentes com compromisso hepático grave pode ser necessária uma diminuição da
dose
para
manter
níveis
sanguíneos
mínimos
dentro
intervalo
previsto
recomendado.
Doentes com compromisso renal
Como a farmacocinética do tacrolímus não é afetada pela função renal, não deverá ser
necessário quaisquer ajustes posológicos. No entanto, devido ao potencial nefrotóxico do
tacrolímus,
recomenda-se
monitorização
cuidadosa
função
renal
(incluindo
concentrações séricas sucessivas da creatinina, cálculo da depuração da creatinina e
monitorização do débito urinário).
Doentes pediátricos
De um modo geral, os doentes pediátricos necessitam de doses 1½ - 2 vezes superiores às
doses dos adultos para atingirem níveis sanguíneos semelhantes.
Doentes idosos
APROVADO EM
19-10-2012
INFARMED
Atualmente não existe qualquer evidência que indique que a posologia deve ser ajustada
em doentes idosos.
Conversão de ciclosporina
Devem tomar-se precauções quando os doentes submetidos a uma terapêutica à base de
ciclosporina são convertidos para uma terapêutica à base de tacrolímus (ver secções 4.4 e
4.5).
terapêutica
Tacrolímus
Accord
deve
iniciada
após
avaliação
concentrações sanguíneas de ciclosporina e do estado clínico do doente.
A administração
do medicamento
deve
adiada na
presença
níveis
sanguíneos
elevados de
ciclosporina.
Na prática, a terapêutica com Tacrolímus Accord foi iniciada 12 a 24 horas
após
interrupção
ciclosporina.
monitorização
níveis
sanguíneos
ciclosporina deve continuar a ser efetuada após a conversão, dado que a depuração da
ciclosporina pode ser afetada.
Recomendações sobre as concentrações mínimas previstas no sangue total
A posologia deve basear-se essencialmente em avaliações clínicas da rejeição e na
tolerabilidade de cada doente em particular.
Como auxílio para otimizar a determinação das doses, existem vários imunoensaios para
determinar
concentrações
tacrolímus
sangue
total,
incluindo
ensaio
imunoenzimático
micropartículas
(MEIA
microparticle
enzyme
immunoassay)
semiautomático. A comparação entre as concentrações publicadas na literatura e os
valores individuais observados na prática clínica deve ser efetuada com cuidado e com
conhecimento dos métodos de doseamento utilizados.
Na prática clínica corrente os
níveis no sangue total são monitorizados utilizando imunoensaios.
Os níveis sanguíneos mínimos de tacrolímus devem ser monitorizados durante o período
pós-transplantação.
Quando
administrado
oralmente,
níveis
sanguíneos
mínimos
devem ser determinados aproximadamente 12 horas após a administração, imediatamente
antes da dose seguinte.
A frequência da monitorização dos níveis sanguíneos deve basear-
se nas necessidades clínicas. Como Tacrolímus Accord é um medicamento com uma
depuração baixa, os ajustes do esquema posológico podem demorar alguns dias até que
sejam evidentes alterações nos níveis sanguíneos. Os níveis sanguíneos mínimos devem
ser monitorizados aproximadamente duas vezes por semana, durante a fase inicial do
período pós-transplante e depois, periodicamente, durante a terapêutica de manutenção.
Os níveis mínimos sanguíneos de tacrolímus também devem ser monitorizados após um
ajuste posológico, alterações do regime imunossupressor ou depois da coadministração
de substâncias que podem alterar as concentrações de tacrolímus no sangue total (ver
secção 4.5.).
análise
estudos
clínicos
sugere
doentes,
maioria,
podem
controlados
êxito
desde
níveis
sanguíneos
mínimos
tacrolímus
mantenham abaixo dos 20 ng/ml. É necessário ter em consideração o estado clínico do
doente quando se efetua a interpretação dos níveis no sangue total.
APROVADO EM
19-10-2012
INFARMED
Na prática clínica, os níveis mínimos no sangue total situam-se geralmente entre 5 -
ng/ml
nos recetores de transplantes hepáticos e entre 10 - 20 ng/ml nos recetores de
transplantes
renais
coração,
fase
inicial
período
pós-transplante.
ubsequentemente, durante a terapêutica de manutenção, as concentrações sanguíneas
mantiveram-se geralmente entre 5 - 15 ng/ml em recetores de transplantes hepáticos,
renais e cardíacos.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa, a outros macrólidos ou a qualquer dos excipientes
mencionados na secção 6.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Durante o período inicial pós-transplantação, a monitorização dos seguintes parâmetros
deve ser efetuada por rotina: tensão arterial, ECG, estado neurológico e visual, glicemia
em jejum, eletrólitos (especialmente o potássio), provas da função hepática e renal,
parâmetros
hematológicos,
valores
coagulação
determinações
proteínas
plasmáticas. Se forem observadas alterações clinicamente relevantes, deve considerar-se
o ajuste do regime imunossupressor.
Observaram-se erros de medicação, incluindo a substituição inadvertida, involuntária ou
não supervisionada de formulações de tacrolímus de libertação imediata ou de libertação
prolongada.
Estes
causaram
acontecimentos
adversos
graves,
incluindo
rejeição
transplante,
outros
efeitos
secundários
podem
resultar
numa
exposição
insuficiente ou excessiva ao tacrolímus. Os doentes devem ser mantidos apenas numa
formulação de tacrolímus com o esquema posológico diário correspondente; alterações
formulações
esquema
posológico
devem
implementadas
supervisão cuidadosa de um especialista de transplantação (ver secções 4.2 e 4.8).
Devem ser evitadas preparações à base de plantas contendo hipericão (Hypericum
perforatum)
outras
preparações
base
plantas
durante
tratamento
Tacrolímus Accord, devido ao risco de interações que produzem a diminuição das
concentrações sanguínea de tacrolímus e a redução do seu efeito clínico (ver secção 4.5).
Como os níveis de tacrolímus no sangue podem sofrer alterações significativas durante
episódios de diarreia, recomenda-se a monitorização suplementar das concentrações de
tacrolímus durante episódios de diarreia.
Deve evitar-se a administração concomitante de ciclosporina e tacrolímus e devem
tomar-se
precauções
quando
tacrolímus
administrado
doentes
medicados
previamente com ciclosporina (ver secções 4.2 e 4.5)
Observaram-se casos raros de hipertrofia ventricular ou de hipertrofia do septo, que
foram notificadas como cardiomiopatias.
A maioria dos casos foi reversível e ocorreram
APROVADO EM
19-10-2012
INFARMED
principalmente em crianças com concentrações sanguíneas mínimas de tacrolímus
muito superiores aos níveis máximos recomendados.
Outros fatores, que se observou
aumentarem o risco destas condições clínicas, incluíram a existência prévia de doença
cardíaca, uso de corticosteroides, hipertensão, disfunção renal ou hepática, infeções,
sobrecarga hídrica e edema. C
onsequentemente, os doentes em alto risco, especialmente
crianças pequenas e doentes submetidos a terapêutica imunossupressora substancial,
devem ser monitorizados utilizando métodos como ecocardiografia ou ECG pré e pós-
transplante (ex., inicialmente ao fim de três meses e depois ao fim de 9-12 meses). No
caso de se desenvolverem anomalias, deve considerar-se a diminuição da dose da
terapêutica
Tacrolímus
Accord
mudança
tratamento
para
outro
imunossupressor. O tacrolímus pode prolongar o intervalo QT, no entanto, até à data, não
existe
evidência
substancial
cause
torsades
pointes.
Devem
tomar-se
precauções em doentes com síndrome congénita de QT longo.
Foi notificado que doentes tratados com Tacrolímus Accord desenvolveram doenças
linfoproliferativas
associadas
vírus
Epstein-Barr
(EBV).
doentes
cuja
terapêutica
foi substituída pela terapêutica com Tacrolímus
Accord não devem ser
medicados
concomitantemente
tratamento
antilinfocitário.
notificado
crianças
muito
jovens
(<
2 anos)
EBV-VCA-negativas
têm
risco
acrescido
desenvolvimento de doenças linfoproliferativas.
Portanto, neste grupo de doentes, a
serologia EBV-VCA deve ser verificada antes do início do tratamento com tacrolímus.
Durante o tratamento, recomenda-se que seja efetuada a monitorização cuidadosa com a
reação em cadeia da polimerase para o EBV (EBV-PCR). Um resultado positivo com a
EBV-PCR pode persistir durante alguns meses e, por si só, não é indicativo de doença
linfoproliferativa ou de linfoma.
Foi notificado que os doentes tratados com Tacrolímus Accord desenvolveram síndrome
encefalopatia
reversível
posterior
(PRES
Posterior
Reversible
Encephalopathy
Syndrome). Se os doentes medicados com tacrolímus apresentarem sintomas indicativos
de PRES como cefaleias, alteração do estado mental, crises convulsivas e perturbações
visuais, deve ser efetuado um exame radiológico (ex., Imagiologia de Ressonância
Magnética). Aconselha-se o controlo adequado da tensão arterial e das crises convulsivas
e a interrupção imediata de tacrolímus sistémico caso seja diagnosticada a PRES. A
maioria
doentes
recuperou
completamente
após
serem
tomadas
medidas
apropriadas.
Aplasia eritrocitária pura
Foram notificados casos de aplasia eritrocitária pura em doentes tratados com tacrolímus.
Todos os doentes referiram fatores de risco de aplasia eritrocitária pura como, por
exemplo, infeção por parvovírus B19, doença subjacente ou medicações concomitantes
associadas a aplasia eritrocitária pura.
Os doentes tratados com imunossupressores, incluindo o tacrolímus, estão em risco
acrescido de infeções oportunistas (bacterianas, fúngicas, virais e protozoárias). Entre
estas afeções incluem-se a nefropatia associada ao vírus BK e a leucoencefalopatia
APROVADO EM
19-10-2012
INFARMED
multifocal
progressiva
associada
vírus
Estas
infeções
estão
muitas
vezes
relacionadas com uma carga imunossupressora total elevada e podem causar condições
graves ou fatais, que os médicos devem considerar no diagnóstico diferencial em doentes
imunossuprimidos com deterioração da função renal ou com sintomas neurológicos.
Como com outros imunossupressores e devido ao risco potencial de alterações cutâneas
malignas, a exposição à luz solar e luz UV deve ser limitada através do uso de vestuário
de proteção e um protetor solar com fator de proteção elevado.
Como com outros compostos imunossupressores potentes, o risco de cancro secundário é
desconhecido (ver secção 4.8).
Como Tacrolímus Accord contém lactose, devem tomar-se precauções especiais em
doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de
lactase de Lapp ou má absorção de glucose-galactose.
Este medicamento contém menos de 1 mmol (ou 23 mg) de sódio por dose, ou seja, é
essencialmente "isento de sódio".
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Interações metabólicas
tacrolímus
disponível
sistemicamente
metabolizado
pela
CYP3A4
hepática
fígado.
Existe também evidência de metabolismo gastrointestinal mediado pela CYP3A4
na parede intestinal.
A utilização concomitante de medicamentos ou produtos à base de
plantas conhecidos por inibirem ou induzirem a CYP3A4 pode afetar o metabolismo do
tacrolímus
consequentemente,
aumentar
diminuir
níveis
sanguíneos
tacrolímus. Recomenda-se, portanto, que seja
efetuada a monitorização dos níveis
sanguíneos
tacrolímus
sempre
substâncias
potencial
para
alterar
metabolismo da CYP3A4 sejam utilizadas concomitantemente, e o ajuste da dose de
tacrolímus, conforme apropriado, de modo a manter uma exposição semelhante de
tacrolímus (ver secções 4.2 e 4.4).
Inibidores do metabolismo
Demonstrou-se que clinicamente as seguintes substâncias aumentam os níveis sanguíneos
de tacrolímus:
Observaram-se interações fortes com os antifúngicos cetoconazol, fluconazol, itraconazol
e voriconazol, com o antibiótico macrólido eritromicina ou com inibidores das proteases
do VIH (ex., ritonavir).
A utilização concomitante destas substâncias pode exigir a
diminuição das doses de tacrolímus em praticamente todos os doentes.
Observaram-se interações mais fracas com clotrimazol, claritromicina, josamicina,
nifedipina, nicardipina, diltiazem, verapamil, danazol, etinilestradiol, omeprazol e
nefozodona.
APROVADO EM
19-10-2012
INFARMED
Demonstrou-se
seguintes
substâncias
são
inibidores
potenciais
in vitro
metabolismo do tacrolímus:
bromocriptina, cortisona, dapsona, ergotamina, gestodeno,
lidocaína, mefenitoína, miconazol, midazolam, nilvadipina, noretisterona, quinidina,
tamoxifeno, troleandomicina.
Foi notificado que o sumo de toranja aumenta os níveis sanguíneos de tacrolímus e deve
ser evitado.
Lansoprazol e ciclosporina podem inibir potencialmente CYP3A4 mediada metabolismo
do tacrolimus e assim aumentar as concentrações de tacrolimus no sangue total
Indutores do metabolismo
Demonstrou-se que clinicamente as seguintes substâncias diminuem os níveis sanguíneos
de tacrolímus:
Observaram-se interações fortes com rifampicina, fenitoína ou hipericão (Hypericum
perforatum) que podem exigir o aumento das doses de tacrolímus em quase todos os
doentes.
Também
foram
observadas
interações
clinicamente
significativas
fenobarbital. Demonstrou-se que as doses de manutenção de corticosteroides diminuem
os níveis sanguíneos de tacrolímus.
Doses elevadas de prednisolona ou metilprednisolona, administradas para o tratamento da
rejeição
aguda,
têm
potencial
aumentar
diminuir
níveis
sanguíneos
tacrolímus.
carbamazepina,
metamizol
isoniazida
têm
potencial
para
diminuir
concentrações de tacrolímus.
Efeito do tacrolímus no metabolismo de outros medicamentos
Como o tacrolímus é um inibidor conhecido da CYP3A4, a sua utilização concomitante
com medicamentos que sejam metabolizados pela CYP3A4 pode afetar o metabolismo
destes medicamentos.
A semivida da ciclosporina é prolongada quando administrada concomitantemente com
tacrolímus. Além disso, podem ocorrer efeitos nefrotóxicos sinérgicos/aditivos. Por estes
motivos, a administração concomitante de ciclosporina e tacrolímus não é recomendada e
devem
tomar-se
precauções
quando
administra
tacrolímus
doentes
medicados
previamente com ciclosporina (ver secções 4.2 e 4.4).
Demonstrou-se que o tacrolímus aumenta os níveis sanguíneos da fenitoína.
Como o tacrolímus pode diminuir a depuração de contracetivos esteroides produzindo um
aumento da exposição hormonal, devem ser tomadas precauções especiais ao optar-se por
medidas contracetivas.
APROVADO EM
19-10-2012
INFARMED
O conhecimento disponível sobre a interação entre o tacrolímus e as estatinas é limitado.
dados
disponíveis
sugerem
farmacocinética
estatinas
permanece
praticamente inalterada com a coadministração de tacrolímus.
Dados em animais demonstraram que o tacrolímus pode potencialmente diminuir a
depuração e aumentar a semivida do pentobarbital e da fenazona
Outras interações que originaram efeitos clinicamente prejudiciais
A utilização concomitante de tacrolímus com medicamentos conhecidos por terem efeitos
nefrotóxicos
neurotóxicos
pode
aumentar
estes
efeitos
(ex.,
aminoglicosidos,
inibidores da girase, vancomicina, sulfametoxazol+trimetoprim, AINEs, ganciclovir ou
aciclovir).
Observou-se aumento da nefrotoxicidade após a administração de anfotericina B e de
ibuprofeno juntamente com tacrolímus.
Como
o tratamento
tacrolímus
pode
estar
associado
hipercaliemia
pode
aumentar uma hipercaliemia anterior, deve evitar-se o consumo de potássio em doses
elevadas
diuréticos
poupadores
potássio
(ex.,
amilorida,
triamtereno
espironolactona).
Os imunossupressores podem afetar a resposta à vacinação, e a vacinação durante o
tratamento com tacrolímus pode ser menos eficaz. Deve evitar-se a utilização de vacinas
vivas atenuadas.
Considerações relativas à ligação às proteínas
tacrolímus
liga-se
extensivamente
proteínas
plasmáticas.
Devem
ter-se
consideração as possíveis interações com outros medicamentos conhecidos por terem uma
alta afinidade para as proteínas
plasmáticas
(ex.,
AINEs,
anticoagulantes
orais
antidiabéticos orais).
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Dados no ser humano demonstram que o tacrolímus pode atravessar a placenta. Os dados
limitados obtidos com recetores de órgãos transplantados demonstram não existir evidência
de risco acrescido de efeitos adversos durante e após uma gravidez sob tratamento com
tacrolímus em comparação com outros medicamentos imunossupressores.
Até à data,
não estão disponíveis outros dados epidemiológicos relevantes.
Nos casos em que o
tratamento é necessário, o tacrolímus pode ser considerado em mulheres grávidas
quando não existir uma alternativa segura e quando o benefício observado justificar o
potencial risco para o feto.
No caso de exposição in utero, recomenda-se a monitorização
do recém-nascido para potenciais efeitos adversos do tacrolímus (em particular os efeitos
rins).
Existe
risco
parto
prematuro
(<37 semanas)
assim
como
hipercaliemia do recém-nascido, que contudo normaliza espontaneamente.
APROVADO EM
19-10-2012
INFARMED
ratos
coelhos,
tacrolímus
causa
toxicidade
embriofetal
doses
demonstraram toxicidade materna (ver secção 5.3). O tacrolímus afetou a fertilidade em
ratos macho (ver secção 5.3).
Amamentação
Os dados no ser humano demonstram que o tacrolímus é excretado no leite materno.
Como não se podem excluir efeitos prejudiciais sobre o recém-nascido, as mulheres
medicadas com Tacrolímus Accord não devem amamentar.
Fertilidade
Observou-se em ratos um efeito negativo do tacrolímus sobre a fertilidade masculina na
forma de diminuição das contagens e da motilidade dos espermatozoides.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
O tacrolímus pode causar perturbações visuais e neurológicas.
Este efeito pode ser
intensificado se Tacrolímus Accord for administrado em associação com álcool.
4.8 Efeitos indesejáveis
O perfil de reações adversas medicamentosas associado aos imunossupressores é muitas
vezes difícil de estabelecer devido à doença subjacente e à utilização concomitante de
várias medicações.
Muitas das reações adversas medicamentosas abaixo indicadas são reversíveis e/ou
respondem à diminuição da dose.
A administração oral parece estar associada a uma
incidência mais baixa de reações adversas medicamentosas em comparação com a via
intravenosa.
As reações adversas medicamentosas estão indicadas a seguir por ordem
decrescente de acordo com a frequência de ocorrência: muito frequentes (³(
1/10);
frequentes (³(
1/100, <1/10); pouco frequentes (³(
1/1.000, <1/100); raros (³(
1/10.000,
<1/1.000); muito raros (<1/10.000) e desconhecido (não pode ser calculado a partir dos
dados disponíveis).
Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de
cada classe de frequência.
seguintes
reações
adversas
foram
notificadas
durante
utilização
pós-
comercialização:
Infeções e infestações
Como é bem conhecido em relação a outros imunossupressores potentes, os doentes
submetidos a terapêutica com tacrolímus estão frequentemente em risco acrescido de
infeções (virais, bacterianas, fúngicas, protozoárias).
A evolução de infeções pré-
existentes pode ser agravada.
Podem ocorrer infeções generalizadas e localizadas.
Foram notificados casos de nefropatia associada ao vírus BK e a leucoencefalopatia
multifocal
progressiva
associada
vírus
doentes
tratados
como
APROVADO EM
19-10-2012
INFARMED
imunossupressores, incluindo o tacrolímus.
Neoplasias benignas, malignas e não especificadas (incluindo quistos e polipos)
Os doentes submetidos a terapêutica imunossupressora estão em risco acrescido de
desenvolvimento de doenças malignas.
Foram descritos tanto neoplasias benignas
como neoplasias malignas, incluindo doenças linfoproliferativas associadas a EBV e
neoplasias malignas da pele, em associação com o tratamento com tacrolímus.
Doenças do sangue e do sistema linfático
Frequentes:
anemia, leucopenia, trombocitopenia, leucocitose, análises anormais
de eritrócitos
Pouco frequentes:
coagulopatias,
análises
anormais
coagulação
tempo
hemorragia, pancitopenia, neutropenia
Raros:
púrpura trombocitopénica trombótica, hipoprotrombinemia
Desconhecido:
Aplasia eritrocitária pura
Doenças do sistema imunitário
Foram
descritas
reações
alérgicas
anafilactóides
doentes
medicados
tacrolímus (ver secção 4.4)
Doenças endócrinas
Raros
hirsutismo
Doenças do metabolismo e da nutrição
Muito frequentes:
condições hiperglicémicas, diabetes mellitus, hipercaliemia
Frequentes:
hipomagnesemia,
hipofosfatemia,
hipocaliemia,
hipocalcemia,
hiponatremia, sobrecarga hídrica, hiperuricemia, diminuição do
apetite,
anorexia,
acidoses
metabólicas,
hiperlipidemia,
hipercolesterolemia,
hipertrigliceridemia,
outras
alterações
eletrolíticas
Pouco frequentes:
desidratação, hipoproteinemia, hiperfosfatemia, hipoglicemia
Perturbações do foro psiquiátrico
Muito frequentes:
insónia
Frequentes:
sintomas
ansiedade,
confusão
desorientação,
depressão,
humor depressivo, doenças e perturbações do humor, pesadelos,
alucinações, doenças mentais
Pouco frequentes:
doença psicótica
Doenças do sistema nervoso
APROVADO EM
19-10-2012
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Muito frequentes:
cefaleias, tremores
Frequentes:
crises
convulsivas,
perturbações
consciência,
parestesia
disestesia,
neuropatias
periféricas,
tonturas,
perturbação
escrita, doenças do sistema nervoso
Pouco frequentes:
coma,
hemorragias
sistema
nervoso
central
acidentes
vasculares
cerebrais,
paralisia
paresia,
encefalopatia,
perturbações da fala e comunicação, amnésia
Raros
hipertonia
Muito raros:
miastenia
Afeções oculares
Frequentes:
visão pouco nítida, fotofobia, perturbações oculares
Pouco frequentes:
catarata
Raros:
cegueira
Afeções do ouvido e do labirinto
Frequentes:
acufeno
Pouco frequentes:
hipoacusia
Raros:
surdez neurosensorial
Muito raros:
audição deficiente
Cardiopatias
Frequentes:
doenças coronárias isquémicas, taquicardia
Pouco frequentes:
arritmias
ventriculares
paragem
cardíaca,
insuficiências
cardíacas,
cardiomiopatias,
hipertrofia
ventricular,
arritmias
supraventriculares,
palpitações,
exames
eletrocardiográficos
anormais,
determinações
anormais
frequência
cardíaca
pulso
Raros:
derrame pericárdico
Muito raros:
ecocardiograma anormal
Vasculopatias
Muito frequentes:
hipertensão
Frequentes:
hemorragia, episódios tromboembólicos e isquémicos, doenças
vasculares periféricas, doenças vasculares hipotensivas
Pouco frequentes:
enfarte, trombose venosa profunda dos membros, choque
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Frequentes:
dispneia, doenças do parênquima pulmonar, derrame pleural,
faringite, tosse, congestão e inflamações nasais
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Pouco frequentes:
insuficiência respiratória, doenças das vias respiratórias, asma
Raros:
síndrome de dificuldade respiratória aguda
Doenças gastrointestinais
Muito frequentes:
diarreia, náuseas
Frequentes:
doenças inflamatórias gastrointestinais, ulceração e perfuração
gastrointestinais,
hemorragias
gastrointestinais,
estomatite
ulceração,
ascite,
vómitos,
gastrointestinal
abdominal,
sinais e sintomas dispépticos, obstipação, flatulência, distensão
abdominal, fezes moles, sinais e sintomas gastrointestinais
Pouco frequentes:
íleo paralítico, peritonite, pancreatite aguda e crónica, amilase
sanguínea
aumentada,
doença
refluxo
gastroesofágico,
esvaziamento gástrico comprometido
Raros:
subíleo, pseudoquistos pancreáticos
Afeções hepatobiliares
Frequentes:
anomalias da função e enzimas hepáticas, colestase e icterícia,
lesão hepatocelular e hepatite, colangite
Raros:
trombose da artéria hepática, doença hepática veno-oclusiva
Muito raros:
insuficiência hepática, estenose dos canais biliares
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Frequentes:
prurido, exantema cutâneo, alopecia, acne, aumento da sudação
Pouco frequentes:
dermatite, fotosensibilidade
Raros:
necrólise epidérmica tóxica (síndrome de Lyell)
Muito raros:
síndrome de Stevens-Johnson
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Frequentes:
artralgias, cãibras musculares, dor nos membros, lombalgia
Raros:
perturbações articulares
Doenças renais e urinárias
Muito frequentes:
compromisso renal
Frequentes:
insuficiência renal, insuficiência renal aguda, oligúria, necrose
tubular renal, nefropatia tóxica, anomalias urinárias, sintomas
uretrais e vesicais
Pouco frequentes:
anúria, síndrome urémica hemolítica
Muito raros:
nefropatia, cistite hemorrágica
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Doenças dos órgãos genitais e da mama
Pouco frequentes:
dismenorreia e hemorragia uterina
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes:
perturbações asténicas, doenças febris, edema, dor e desconforto,
aumento da fosfatase alcalina, aumento do peso, perturbações na
perceção da temperatura corporal
Pouco frequentes:
falência
multiorgânica,
doença
tipo
gripal,
intolerância
temperatura, sensação de pressão torácica, sensação de agitação,
sensação anormal, aumento da desidrogenase láctica sanguínea,
diminuição do peso
Raros:
sede, quedas, opressão no peito, diminuição da mobilidade,
úlceras
Muito raros:
aumento do tecido adiposo
Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações
Frequentes:
disfunção primária do transplante.
Observaram-se
erros
medicação,
incluindo
substituição
inadvertida, involuntária ou não supervisionada de formulações
de tacrolímus de libertação imediata ou de libertação prolongada.
Foram
notificados
vários
casos
associados
rejeição
transplante (a frequência não pode ser calculada a partir dos
dados disponíveis).
4.9 Sobredosagem
A experiência com casos de sobredosagem é limitada. Foram notificados vários casos de
sobredosagem acidental, cujos sintomas incluíram tremor, cefaleias, náuseas e vómitos,
infeções,
urticária,
letargia,
aumento
azoto
ureia
sanguínea
concentrações
elevadas da creatinina sérica e aumento dos níveis da alanina-aminotransferase.
Não
existe
antídoto
específico
para
terapêutica
tacrolímus.
ocorrer
sobredosagem,
devem
implementadas
medidas
suporte
gerais
efetuado
tratamento sintomático.
Com base no seu peso molecular elevado, fraca solubilidade na água e ligação extensa
aos eritrócitos e às proteínas plasmáticas, é de prever que o tacrolímus não seja
dialisável.
Em casos isolados de doentes com níveis plasmáticos muito elevados, a
infiltração e a hemodiafiltração foram eficazes na diminuição de concentrações tóxicas.
Nos casos de intoxicação oral, pode ser útil a lavagem gástrica e/ou a utilização de
adsorventes (como o carvão ativado), se utilizados imediatamente após a ingestão.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
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5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 16.3. Medicamentos antineoplásicos e imunomodeladores.
Imunomodeladores., Código ATC: L04AD02
Mecanismo de ação e efeitos farmacodinâmicos
A nível molecular, os efeitos do tacrolímus parecem ser mediados pela ligação a uma
proteína citosólica (FKBP12), responsável pela acumulação intracelular do composto.
complexo FKBP12-tacrolímus liga-se de forma específica e competitiva à calcineurina
inibindo-a, conduzindo à inibição cálcio-dependente das vias de transdução do sinal das
células T, impedindo deste modo a transcrição de um conjunto distinto de genes das
linfocinas.
O tacrolímus é um imunossupressor altamente potente e demonstrou a sua atividade tanto
em experiências
in vitro
como
in vivo
tacrolímus
inibe,
especialmente,
formação
linfócitos
citotóxicos
são
responsáveis sobretudo pela rejeição de transplantes. O tacrolímus suprime a ativação das
células T e a proliferação das células B dependente das células T-Helper, assim como a
formação de linfocinas (como a interleucina-2 e interleucina-3 e o interferão
) e a
expressão dos recetores da interleucina-2.
Resultados de dados publicados em transplantação de outros órgãos primários
A terapêutica com tacrolímus evoluiu, passando a ser um tratamento reconhecido como
medicamento de imunossupressão principal após a transplantação do pâncreas, pulmão
ou intestino.
Em estudos prospetivos publicados, o tacrolímus foi investigado como
imunossupressor de primeira linha em aproximadamente 175 doentes após transplantação
pulmão,
475 doentes
após
transplantação
pâncreas
630 doentes
após
transplantação de intestino.
No global, o perfil de segurança do tacrolímus nestes
estudos publicados pareceu ser semelhante ao que foi descrito em estudos amplos,
onde o tacrolímus foi utilizado como tratamento de primeira linha na transplantação de
fígado, rim e coração.
Os resultados da eficácia em cada indicação obtidos nos estudos
mais vastos são a seguir resumidos.
Transplantação pulmonar
A análise preliminar de um estudo multicêntrico recente avaliou 110 doentes que
foram aleatorizados na proporção de 1:1 para tacrolímus ou ciclosporina.
O tacrolímus
foi iniciado sob a forma de uma perfusão intravenosa contínua numa dose de 0,01 a
0,03 mg/kg/dia e o tacrolímus oral foi administrado numa dose de 0,05 a 0,3 mg/kg/dia.
Durante o primeiro ano após a transplantação foi notificada uma incidência menor de
episódios
rejeição
aguda
doentes
tratados
tacrolímus
relação
ciclosporina (11,5% versus 22,6%) e uma
incidência
menor de rejeição crónica, o
síndrome de bronquiolite obliterante, (2,86% versus 8,57%).
A taxa de sobrevida de
doentes ao fim de um ano foi de 80,8% no grupo tratado com tacrolímus e de 83% no
grupo tratado com ciclosporina (Treede et al., 3rd ICI San Diego, US, 2004;Abstract 22).
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Outro estudo aleatorizado incluiu 66 doentes com tacrolímus versus 67 doentes com
ciclosporina.
tacrolímus
iniciado
forma
perfusão
intravenosa
contínua numa dose de 0,025 mg/kg/dia e o tacrolímus oral foi administrado numa dose
0,15
mg/kg/dia
ajustes
posológicos
subsequentes
para
níveis
mínimos
previstos de 10 a 20 ng/ml. A sobrevida dos doentes ao fim de um ano foi de 83% no
grupo do tacrolímus e de 71% no grupo da ciclosporina e as taxas de sobrevida ao fim de
dois anos foram respetivamente de 76% e 66%.
Os episódios de rejeição aguda por
100 doentes-dias
foram
numericamente
inferiores
grupo
tacrolímus
(0,85 episódios) em relação ao grupo da ciclosporina (1,09 episódios)
A bronquiolite
obliterante desenvolveu-se em 21,7% dos doentes no grupo tratado com tacrolímus em
comparação com 38,0% dos doentes tratados com ciclosporina (p=0,025).
O número de
doentes tratados com ciclosporina (n=13) que necessitou de conversão para tacrolímus
foi significativamente superior aos doentes tratados com tacrolímus convertidos para
ciclosporina (n=2) (p=0,02) (Keenan et al., Ann Thoracic Surg 1995;60:580).
Num estudo adicional em dois centros, 26 doentes foram aleatorizados para o grupo do
tacrolímus e 24 doentes para o grupo da ciclosporina. O tacrolímus foi iniciado sob a
forma de uma perfusão intravenosa contínua numa dose inicial de 0,05 mg/kg/dia e o
tacrolímus oral foi administrado numa dose de 0,3 mg/kg/dia com ajustes posológicos
subsequentes para os níveis mínimos previstos de 12 a 15 ng/ml. As taxas de sobrevida
ao fim de 1 ano foram de 73,1% no grupo do tacrolímus em relação 79,2% no grupo da
ciclosporina. A ausência de rejeição aguda foi superior no grupo do tacrolímus ao fim de
6 meses (57,7% versus 45,8%) e ao fim de um ano após a transplantação de pulmão
(50% versus 33,3%) (Treede et al., J Heart Lung Transplant 2001;20:511).
Os três estudos demonstraram taxas de sobrevida semelhantes. A incidência de rejeição
aguda foi numericamente inferior com o tacrolímus nos três estudos e um dos estudos
citou uma incidência significativamente inferior da síndrome de bronquiolite obliterante
com o tacrolímus.
Transplantação pancreática
Um estudo multicêntrico incluiu 205 doentes submetidos a transplantação simultânea de
pâncreas e rim, que foram aleatorizados para tratamento com tacrolímus (n=103) ou com
ciclosporina (n=102).
A dose inicial oral de tacrolímus de acordo com o protocolo foi de
0,2 mg/kg/dia com ajustes posológicos subsequentes para obtenção dos níveis mínimos
previstos de 8 a 15 ng/ml no quinto dia e de 5 a 10 ng/ml após 6 meses.
A sobrevida na
transplantação de pâncreas ao fim de 1 ano foi significativamente superior com o
tacrolímus, 91,3% versus 74,5% com a ciclosporina (p<0,0005), enquanto que a taxa de
sobrevida na transplantação de rim foi semelhante em ambos os grupos.
No total,
34 doentes mudaram o tratamento de ciclosporina para tacrolímus, enquanto que apenas
6 doentes tratados com tacrolímus necessitaram de terapêutica alternativa (Bechstein et
al., Transplantation 2004;77:1221).
Transplantação intestinal
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A experiência clínica publicada obtida num centro sobre a utilização de tacrolímus
para o tratamento de primeira linha após transplantação de intestino demonstrou que a
taxa de sobrevida atuarial de 155 doentes (65 apenas intestino, 75 fígado e intestino e
25 multivisceral) medicados com tacrolímus e prednisolona foi de 75% no primeiro
ano, 54% ao fim de 5 anos e 42% ao fim de 10 anos.
Nos primeiros anos, a dose oral
inicial de tacrolímus foi de 0,3 mg/kg/dia.
Os resultados melhoraram continuamente
com o aumento da experiência durante 11 anos.
A variedade de inovações, como por
exemplo, as técnicas para deteção precoce de infeções por Epstein-Barr (EBV) e
CMV, aumento da medula óssea, utilização adjuvante do antagonista da interleucina-2
daclizumab, doses iniciais baixas de tacrolímus com níveis mínimos previstos de 10 a
15 ng/ml e, mais recentemente, a irradiação de transplantes alogénicos, contribuíram
para melhorar os resultados nesta indicação com o decorrer do tempo.
(Abu-Elmagd et
al., Ann Surg 2001; 234:404).
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Demonstrou-se que no homem, o tacrolímus é absorvido em todo o trato gastrointestinal.
Após
administração
oral
Tacrolímus
Accord,
concentrações
máximas
sanguíneas (C
) de tacrolímus são atingidas em aproximadamente 1 a 3 horas.
alguns doentes, o tacrolímus parece ser absorvido continuamente durante um período
prolongado, produzindo um perfil de absorção relativamente plano.
A biodisponibilidade
oral média do tacrolímus situa-se no intervalo de 20% - 25%.
Após administração oral (0,30 mg/kg/dia) em doentes submetidos a transplante de
fígado, as concentrações no estado de equilíbrio de tacrolímus foram atingidas, na
maioria dos doentes, em 3 dias.
indivíduos
saudáveis,
Tacrolímus
0,5 mg
Accord
Tacrolímus
1 mg
Accord
demonstraram ser bioequivalentes quando administrados em doses equivalentes.
A velocidade e a extensão da absorção do tacrolímus são superiores em jejum.
presença de alimentos diminui a velocidade e a extensão da absorção do tacrolímus e o
efeito é mais acentuado após uma refeição com um teor elevado de lípidos.
O efeito de
uma refeição com um teor elevado de hidratos de carbono é menos pronunciado.
Em doentes submetidos a transplante hepático e estabilizados, a biodisponibilidade oral
de tacrolímus diminuiu quando este foi administrado após uma refeição com um teor
moderado de lípidos (34% de calorias).
Foram evidentes diminuições da AUC (27%) e
da C
(50%) e um aumento do t
(173%) no sangue total.
Num estudo realizado em doentes submetidos a transplante renal e estabilizados, aos
quais se administrou tacrolímus imediatamente após a ingestão de um pequeno-almoço
continental padrão, o efeito na biodisponibilidade oral foi menos pronunciado.
Foram
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evidentes diminuições da AUC (2% a 12%) e da C
(15% a 38%) e um aumento do t
(38% a 80%) no sangue total.
O fluxo biliar não influencia a absorção do tacrolímus.
Existe uma forte correlação entre a AUC e os níveis mínimos no sangue total no estado
de equilíbrio.
Por conseguinte, a monitorização dos níveis mínimos no sangue total
proporciona uma boa estimativa da exposição sistémica.
Distribuição e eliminação
No homem, a distribuição do tacrolímus após perfusão intravenosa pode ser descrita
como bifásica.
Na circulação sistémica, o tacrolímus liga-se fortemente aos eritrócitos, resultando
numa
razão
distribuição
concentrações
sangue
total/plasma
aproximadamente 20:1; no plasma, o tacrolímus liga-se numa proporção elevada às
proteínas plasmáticas (> 98,8%), principalmente à albumina sérica e à glicoproteína
ácida alfa-
O tacrolímus é extensamente distribuído no organismo. O volume de distribuição no
estado de equilíbrio, com base nas concentrações plasmáticas, é aproximadamente de
1.300 l (indivíduos saudáveis). O
s dados correspondentes com base no sangue total
corresponderam em média a 47,6 litros.
O tacrolímus é uma substância com uma depuração baixa.
Em indivíduos saudáveis,
a depuração corporal total média, calculada a partir das concentrações no sangue total, foi
de 2,25 l/h. Em doentes adultos submetidos a transplantes hepáticos, renais e cardíacos,
observaram-se valores, respetivamente, de 4,1 l/h, 6,7 l/h e 3,9 l/h.
As crianças recetoras
de transplantes hepáticos apresentaram uma depuração corporal total média cerca de
duas vezes superior à dos doentes adultos submetidos a transplante hepático.
Fatores
como baixos níveis do hematócrito e das proteínas, que resultam num aumento da fração
não ligada do tacrolímus, ou o aumento do metabolismo induzido por corticosteroides,
são considerados responsáveis pelas taxas de depuração mais elevadas observadas após o
transplante.
A semivida do tacrolímus é longa e variável.
Em indivíduos saudáveis, a semivida média
sangue
total
aproximadamente
43 horas.
doentes
adultos
crianças
submetidos a transplantes hepáticos, é em média, respetivamente, de 11,7 horas e de
12,4 horas em comparação com 15,6 horas nos recetores adultos de transplantes renais.
Taxas de depuração aumentadas contribuem para a semivida mais curta observada em
recetores de transplantes.
Metabolismo e biotransformação
O tacrolímus é amplamente metabolizado no fígado, principalmente pelo citocromo
CYP3A4. O
tacrolímus é também consideravelmente metabolizado na parede do intestino.
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Existem
vários
metabolitos
identificados.
Apenas
destes
demonstrou
atividade imunossupressora in vitro semelhante à do tacrolímus. Os outros metabolitos
têm
apenas
atividade
imunossupressora
fraca,
não
possuem
atividade
imunossupressora. Na circulação sistémica apenas um dos metabolitos inativos está
presente em concentrações baixas. Portanto, os metabolitos não contribuem para a
atividade farmacológica do tacrolímus.
Excreção
Após administração intravenosa e oral de tacrolímus marcado com
C, a maior parte da
radioatividade foi eliminada nas fezes.
Aproximadamente 2% da radioatividade
eliminada na urina.
Menos de 1% de tacrolímus inalterado foi detetado na urina e nas
fezes, indicando que o tacrolímus é quase completamente metabolizado antes da
eliminação, sendo a bílis a principal via de eliminação.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Em estudos de toxicidade realizados em ratos e babuínos, os rins e o pâncreas foram os
principais órgãos afetados.
Nos ratos, o tacrolímus causou efeitos tóxicos no sistema
nervoso e nos olhos.
Foram observados efeitos cardiotóxicos reversíveis em coelhos após
a administração intravenosa de tacrolímus.
Observou-se toxicidade embriofetal em ratos e coelhos, limitada a doses que causam
toxicidade significativa nas mães.
Em ratos, verificou-se que a função reprodutiva
feminina incluindo o nascimento, estavam alterados em doses tóxicas e a descendência
apresentava peso à nascença, viabilidade e crescimento diminuídos.
Observou-se um efeito negativo do tacrolímus na fertilidade masculina sob a forma de
uma diminuição das contagens de espermatozoides e da sua mobilidade em ratos.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Conteúdo da cápsula
Lactose mono-hidratada
Croscarmelose sódica (E468)
Hipromelose (E464)
Estearato de magnésio (E470b)
Revestimento
Gelatina
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro amarelo (para 0,5 mg)
Óxido de ferro vermelho (E 172) (para 5 mg)
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Laurilsulfato de sódio
Tinta de impressão do revestimento: goma-laca, propilenoglicol, hidróxido de potássio,
óxido de ferro preto (E172).
6.2 Incompatibilidades
O tacrolímus não é compatível com o cloreto de polivinilo (PVC). Os tubos, seringas e
outro equipamento utilizados para preparar ou administrar uma suspensão do conteúdo
das cápsulas de tacrolímus não devem conter PVC.
6.3 Prazo de validade
Para 0,5 mg e 1 mg: 2 anos
Para 5 mg: 6 meses
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 25
Conservar na embalagem de origem para proteger da humidade.
As cápsulas devem ser tomadas imediatamente depois de retiradas do blister.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blister de Alumínio-Alumínio.
Para 0,5 mg: Embalagens de 20, 30, 50, 60 e 100 cápsulas.
Para 1 mg: Embalagens de 20, 30, 50, 60, 90 e 100 cápsulas.
Para 5 mg: Embalagens de 30, 50, 60 e 100 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Accord Healthcare Limited
Sage House, 319 Pinner Road
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North Harrow, Middlesex, HA1 4HF
Reino Unido
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO