Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
17-09-2010
17-09-2010
APROVADO EM
17-09-2010
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Tacni 0,5 mg cápsulas
Tacni 1 mg cápsulas
Tacni 5 mg cápsulas
Tacrolímus
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode
ser-lhes prejudicial, mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Tacni e para que é utilizado
2. Antes de tomar Tacni
3. Como tomar Tacni
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Tacni
6. Outras informações
1. O QUE É Tacni E PARA QUE É UTILIZADO
Tacni é um imunosupressor. Após o transplante de um órgão (por exemplo, fígado, rim,
coração) o seu sistema imunológico tentará rejeitar o novo órgão.
Tacni é usado para controlar a resposta imunológica do seu corpo, permitindo-lhe aceitar
o órgão transplantado.
Tacni é frequentemente usado em combinação com outros medicamentos que também
suprimem o sistema imunitário.
Também lhe poderá ser administrado Tacni para evitar a rejeição do fígado, rim, coração
ou outro órgão transplantado ou se o tratamento anterior que lhe foi indicado, não foi
capaz de controlar a sua resposta imunológica após o seu transplante.
2. ANTES DE TOMAR Tacni
NÃO TOME Tacni:
Em caso de hipersensibilidade (alergia) ao tacrolímus ou a qualquer outro componente de
Tacni (Ver secção 6).
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Em caso de hipersensibilidade (alergia) ao sirolímus ou a qualquer antibiótico
pertencente ao grupo dos macrólidos (por exemplo, eritromicina, claritromicina e
josamicina).
Tome especial cuidado com Tacni
Informe o seu médico se algum dos seguintes se aplicar a si:
- se toma qualquer dos medicamentos mencionados em ‘Tomar Tacni com outros
medicamentos’.
- se teve ou tem problemas hepáticos
se teve diarreia por mais de um dia
- se precisa de tomar vacinas
O seu médico poderá necessitar de ajustar a dose de Tacni.
Deve manter um contacto regular com o seu médico. De tempos a tempos, o seu médico
poderá necessitar de fazer análises sanguíneas, à urina, ao coração e aos olhos, para
estabelecer a dose correcta de Tacni.
Deve limitar a sua exposição ao sol e à luz UV (ultravioleta) enquanto toma Tacni. Isto
deve-se ao facto dos imunosupressores poderem aumentar o risco de cancro da pele.
Deve usar roupa protectora adequada e um protector solar com um factor de protecção
solar elevado.
Ao tomar Tacni com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou se tiver tomado
recentemente, outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica
e produtos de ervanária.
Tacni não deve ser tomado com ciclosporina.
Os níveis sanguíneos de Tacni podem ser afectados por outros medicamentos que tome e
os níveis sanguíneos de outros medicamentos podem ser afectados pela toma de Tacni, o
que pode obrigar a um aumento ou diminuição da dose. Deve informar o seu médico se
está a tomar, ou tiver tomado recentemente, medicamentos como:
anti-fúngicos e antibióticos, especialmente antibióticos macrólidos usados para tratar
infecções, como cetoconazol, fluconazol, itraconazol, voriconazol, clotrimazol,
eritromicina, claritromicina, josamicina e rifampicina
medicamentos para o VIH (por exemplo, ritonavir), usado para tratar a infecção por VIH.
medicamentos para o tratamento de úlceras de estômago e refluxo gástrico (por exemplo,
omeprazol, lansoprazol ou cimetidina)
anti-eméticos, para o tratamento de náuseas e vómitos (por exemplo, metoclopramida)
cisaprida ou o antiácido hidróxido de magnésio e alumínio, usado no tratamento da azia
pílula contraceptiva ou outros tratamentos hormonais com etinilestradiol, tratamentos
hormonais com danazol
medicamentos para o tratamento da hipertensão arterial ou problemas cardíacos (por
exemplo, nifedipina, nicardipina, diltiazem e verapamil)
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medicamentos conhecidos por “estatinas”, usados para o tratamento do colesterol e
triglicerídeos elevados
fenitoína ou fenobarbital, usados no tratamento da epilepsia
os corticosteróides prednisolona e metilprednisolona, que pertencem à classe dos
corticosteróides, usada no tratamento de inflamações ou na supressão do sistema
imunitário (por exemplo, rejeição de um transplante)
nefazodona, usada no tratamento da depressão
produtos de ervanária que contenham hipericão (Erva de S. João)
Se estiver a tomar, ou precisar de tomar ibuprofeno, anfotericina B ou anti-virais (por
exemplo, aciclovir), informe o seu médico. Estes medicamentos podem agravar os
problemas do sistema renal ou nervoso se forem tomados concomitantemente com Tacni.
O seu médico também pode necessitar de saber se está a tomar suplementos que
contenham potássio ou determinados diuréticos usados na insuficiência cardíaca,
hipertensão e doença renal (por exemplo, amilorida, triamtereno ou espironolactona),
fármacos anti-inflamatórios (AINEs, por exemplo, ibuprofeno) usados na febre,
inflamação e dor, anticoagulantes (diluidores sanguíneos) ou medicamentos orais para a
diabetes, enquanto toma Tacni.
Se necessitar de tomar vacinas, informe antecipadamente o seu médico de que está a
tomar este medicamento.
Ao tomar Tacni com alimentos e bebidas
Deve tomar Tacni com o estômago vazio ou 2 a 3 horas depois de uma refeição. Espere
pelo menos uma hora até à refeição seguinte. Evite toranjas (ou o seu sumo) enquanto
realiza o tratamento com Tacni, pois pode afectar os seus níveis.
Gravidez e aleitamento
Se estiver grávida ou pensa que está grávida, aconselhe-se com o seu médico ou
farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
O tacrolímus é excretado no leite humano. Deste modo, não deve amamentar enquanto
toma Tacni.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não conduza nem use máquinas se sentir tonturas ou sonolência, ou se tiver problemas de
visão após tomar este medicamento. Estes efeitos são mais evidentes em caso de ingerir
também álcool.
Informações importantes sobre alguns componentes de Tacni
Tacni contém lactose. Se o seu médico lhe disse que tem uma intolerância a alguns
açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
3. COMO TOMAR Tacni
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Tacni deve ser tomado exactamente de acordo com as instruções do seu médico. Em caso
de dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Certifique-se de que recebe sempre o mesmo medicamento de tacrolímus quando levantar
a sua receita, a menos que o seu especialista em transplantes tenha concordado em mudar
para outro medicamento.
Este medicamento deve ser tomado duas vezes por dia. Se o aspecto deste medicamento
for diferente do que é habitual, ou se as instruções posológicas tiverem sido alteradas,
fale com o seu médico ou farmacêutico o mais rapidamente possível, para ter a certeza de
que tem o medicamento correcto.
A dose inicial para prevenir a rejeição do órgão transplantado será determinada pelo seu
médico, considerando o seu peso corporal. As doses iniciadas imediatamente depois do
transplante situam-se geralmente no intervalo 0,075 – 0,30 mg por quilo de peso corporal
e por dia, dependendo do órgão transplantado.
A sua dose depende da sua condição geral e da medicação imunosupressora que está a
tomar. Serão necessárias análises clínicas regulares para definir a dose correcta e para
ajustar a dose de tempos a tempos. O seu médico reduzirá normalmente a sua dose de
cápsulas de tacrolímus assim que a sua condição estabilizar. O seu médico informá-lo-á
exactamente de quantas cápsulas tem de tomar e com que frequência.
Tacni é tomado oralmente duas vezes por dia, normalmente de manhã e à noite. Deve
tomar as cápsulas de tacrolímus com o estômago vazio ou pelo menos uma hora antes ou
2 ou 3 horas depois da refeição. As cápsulas devem ser engolidas inteiras com um copo
de água. Deve evitar a ingestão de toranjas e sumo de toranja enquanto estiver a tomar
tacrolímus. Não ingira o exsicante incluído na bolsa de alumínio.
Se tomar mais Tacni do que deveria
Se tomar acidentalmente mais do que deveria, consulte o seu médico ou contacte
imediatamente o serviço de urgência do hospital mais próximo.
Caso se tenha esquecido de tomar Tacni
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se se esqueceu de tomar as cápsulas, espere até à hora de tomar a próxima dose e depois
continue o tratamento como anteriormente.
Se parar de tomar Tacni
A interrupção do tratamento pode aumentar o risco de rejeição do órgão transplantado.
Interrompa o tratamento apenas se o seu médico o recomendar.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
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Como todos os medicamentos, Tacni pode causar efeitos secundários; no entanto, estes
não se manifestam em todas as pessoas.
Tacni reduz o mecanismo de defesa do seu corpo, de modo a evitar a rejeição do seu
órgão transplantado. Consequentemente, o seu corpo não terá tanta capacidade para
combater as infecções. Se estiver a tomar Tacni, está mais susceptível às infecções do que
é normal, como infecções da pele, da boca, estômago e intestinos, pulmões e tracto
urinário.
Podem ocorrer efeitos graves, que incluem reacções alérgicas e anafilácticas. Como
resultado da imunosupressão, foram relatados tumores benignos e malignos após o
tratamento.
Os possíveis efeitos secundários estão listados de acordo com as seguintes categorias:
Muito frequentes – os efeitos secundários apresentam-se em mais de um em cada dez
doentes.
Frequentes – os efeitos secundários apresentam-se em menos de um em cada dez doentes,
mas em mais do que um em cada cem doentes.
Pouco frequentes – os efeitos secundários apresentam-se em menos de um em cada cem
doentes, mas em mais do que um em cada mil doentes.
Raros – os efeitos secundários apresentam-se em menos de um em cada mil doentes, mas
em mais do que um em cada dez mil doentes.
Muito raros – os efeitos secundários apresentam-se em menos de um em cada dez mil
doentes.
Efeitos secundários muito frequentes: afectam mais de 1 utilizador em 10
Aumento do açúcar no sangue, diabetes mellitus, aumento do potássio no sangue
Dificuldade em dormir
Tremores, dor de cabeça
Aumento da pressão sanguínea
Diarreia, enjoos
Problemas renais
Efeitos secundários frequentes: afectam 1 a 10 utilizadores em 100
Redução das contagens sanguíneas (plaquetas, glóbulos brancos ou vermelhos), aumento
das contagens de glóbulos brancos, alterações nas contagens de glóbulos vermelhos
Redução do magnésio, fosfato, potássio, cálcio ou sódio no sangue, hipervolemia,
aumento do ácido úrico ou lípidos no sangue, diminuição do apetite, aumento da acidez
do sangue, outras alterações nos sais sanguíneos (observados nas análises sanguíneas)
sintomas de ansiedade, confusão e desorientação, sensação de tristeza (depressão),
alterações de humor, pesadelos, alucinações, distúrbios mentais
desmaios, perturbações de consciência, formigueiro e dormência (por vezes doloroso) das
mãos e pés, tonturas, capacidade de escrita reduzida, distúrbios do sistema nervoso
Visão turva, aumento da sensibilidade à luz, perturbações visuais
Zumbidos nos ouvidos
Diminuição do fluxo sanguíneo nas veias cardíacas, aumento do ritmo cardíaco
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Hemorragia, bloqueio completo ou parcial dos vasos sanguíneos, diminuição da pressão
sanguínea
Respiração limitada, alterações no tecido pulmonar, acumulação de líquido à volta do
pulmão, inflamação da faringe, tosse, sintomas gripais
Inflamações ou úlceras que provocam dores de barriga e diarreia, hemorragias no
estômago, inflamação ou ulceração da boca, acumulação de líquidos no abdómen,
vómitos, dores de barriga, indigestão, prisão de ventre, libertação de gases com mais
frequência (flatulência), inchaço, fezes moles, problemas gástricos
Alterações na função e enzimas hepáticas, amarelecimento da pele devido a problemas
hepáticos, danificação do tecido hepático e inflamação do fígado
Comichão, erupção cutânea, perda de cabelo, acne, aumento da sudação
Dor nas articulações, nos membros ou nas costas, cãibras musculares
Função renal insuficiente, diminuição da produção de urina, diminuição de urina e dor
Sensação geral de fraqueza, febre, acumulação de fluidos no corpo, dor e desconforto,
aumento da enzima fosfatase alcalina no sangue, aumento de peso, problemas na
percepção da temperatura corporal
Insuficiente funcionamento do órgão transplantado
Efeitos secundários pouco frequentes: afectam 1 a 10 utilizadores em 1.000
Alterações na coagulação do sangue, redução do número de todos os tipos de células
sanguíneas
Desidratação, diminuição das proteínas ou açúcar no sangue, aumento do fosfato no
sangue
Coma, hemorragia cerebral, ataque, distúrbios cerebrais, perturbações na fala e discurso,
problemas de memória
Cataratas
Audição comprometida
Ritmo cardíaco irregular, paragem do batimento cardíaco, redução do desempenho
cardíaco, distúrbios no músculo cardíaco, aumento do músculo cardíaco, aumento do
ritmo cardíaco, ECG alterado, ritmo cardíaco e pulsação alterados
Coagulação sanguínea numa veia de um membro, choque
Dificuldades de respiração, distúrbios do tracto respiratório, asma
Obstrução intestinal, aumento do nível sanguíneo da enzima amilase, refluxo do conteúdo
do estômago para a garganta, atraso no esvaziamento gástrico
Dermatite, sensação de queimadura à luz solar
Perturbações nas articulações
Incapacidade de urinar, dor menstrual e hemorragia menstrual anormal
Falha de alguns órgãos, sintomas gripais, aumento da sensibilidade ao calor e ao frio,
sensação de pressão torácica, nervosismo ou sensação anormal, aumento sanguíneo da
enzima lactato desidrogenase, diminuição de peso
Efeitos secundários raros: afectam 1 a 10 utilizadores em 10.000
Pequenas hemorragias na pele devido a coágulos sanguíneos
Aumento da rigidez muscular
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Cegueira
Surdez
Acumulação de fluidos à volta do coração
Falta de ar aguda
Formação de quistos no pâncreas
Problemas com o fluxo sanguíneo no fígado
Doença grave com formação de bolhas na pele, boca, olhos e órgãos genitais, aumento do
número de pêlos
Sede, queda, sensação de aperto no peito, diminuição da mobilidade, úlcera
Efeitos secundários muito raros: afectam menos de 1 utilizador em 10.000
Fraqueza muscular
Alteração do ecocardiograma
Insuficiência hepática, estreitamento do ducto biliar
Urinar doloroso com sangue na urina
Aumento do tecido adiposo
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR Tacni
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Conservar a temperatura inferior a 30ºC.
Conservar na embalagem de origem (dentro da bolsa metalizada), para proteger da
humidade e da luz.
Não utilize Tacni após o prazo de validade impresso na embalagem exterior e no
blisteres, após {EXP}. Após a abertura da bolsa metalizada, o produto deve ser usado no
prazo de 1 ano. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Tacni:
Tacni 0,5 mg Cápsulas
A substância activa deste medicamento é tacrolímus.
0,5 mg: Cada cápsula contém 0,5 mg de tacrolímus
Os outros componentes são:
Conteúdo da cápsula: Povidona K-30, croscarmelose sódica (E 468), lactose anidra,
estearato de magnésio.
Cápsula: Dióxido de titânio (E-171), óxido de ferro amarelo (E-172), gelatina
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Tacni 1 mg Cápsulas
A substância activa deste medicamento é tacrolímus.
1 mg: Cada cápsula contém 1 mg de tacrolímus
Os outros componentes são:
Conteúdo da cápsula: Povidona K-30, croscarmelose sódica (E 468), lactose anidra,
estearato de magnésio.
Cápsula: Dióxido de titânio (E171), gelatina
Tacni 5 mg Cápsulas
A substância activa deste medicamento é tacrolímus.
5mg: Cada cápsula contém 5 mg de tacrolímus
Os outros componentes são:
Conteúdo da cápsula: Povidona K-30, croscarmelose sódica (E 468), lactose anidra,
estearato de magnésio.
Cápsula: Dióxido de titânio (E-171), óxido de ferro vermelho (E-172), gelatina
Qual o aspecto de Tacni e conteúdo da embalagem
Tacni 0,5 mg Cápsulas
Cápsulas com cabeça e corpo de cor de marfim contendo pó branco.
Tacni 0,5 mg cápsulas é apresentado em blisteres contendo 10 cápsulas numa bolsa de
protecção de alumínio, que inclui um exsicante para proteger as cápsulas da humidade. O
exsicante não deve ser engolido.
Tacni 1 mg Cápsulas
Cápsulas com cabeça e corpo de cor branca contendo pó branco.
Tacni 1 mg cápsulas é apresentado em blisteres contendo 10 cápsulas numa bolsa de
protecção de alumínio, que inclui um exsicante para proteger as cápsulas da humidade. O
exsicante não deve ser engolido.
Tacni 5 mg Cápsulas
Cápsulas com cabeça e corpo de cor vermelha contendo pó branco.
Tacni 5 mg cápsulas é fornecido em apresentado em blisteres contendo 10 cápsulas
numa bolsa de protecção de alumínio, que inclui um exsicante para proteger as cápsulas
da humidade. O exsicante não deve ser engolido.
Tacni está disponível em embalagens de blisteres com 10 cápsulas cada.
20, 30, 50, 50x1, 60, 90 e 100 cápsulas
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
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Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Teva Pharma – Produtos Farmacêuticos, Lda.
Edifício Cyprium
Avenida 25 de Abril n.º 15 2F
2795-195 Linda-a-Velha
Fabricante
Laboratorios Cinfa, S.A.
Olaz-Chipi, 10-Políg Areta 31620 Huarte-Pamplona, Navarra,
Espanha
Este medicamento está autorizado nos Países-Membros da EEA sob os seguintes nomes:
Alemanha
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg Hartkapsel
Aústria
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg Hartkapseln
Chipre
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg
καψάκια
σκληρά
Bélgica
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg Gélules
Bulgária
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg
твърди
капсули
Républica Checa
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg
Dinamarca
Tacni 0.5mg/1mg/5mg hård kapsel
Grécia
Tacni /PharOS, 0.5mg/1mg/5mg
καψάκια
σκληρά
Eslováquia
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg
Eslovénia
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg trde kapsule
Espanha
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg Cápsulas duras EFG
Estónia
Tacni, 0.5mg kõvakapslid
Finlândia
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg kapseli, kova
Holanda
Tacni 0.5mg/1mg/5mg capsules, harde
Hungria
Tacni, 0.5mg Kemény kapszula
Irlanda
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg hard capsules
Itália
Tacni 0.5mg/1mg/5mg Capsule rigide
Letónia
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg Ciet
s kapsulas
Lituânia
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg kietos kapsul
Luxemburgo
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg Gélules
Noruega
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg Kapsler, harde
Polónia
Tacni
Portugal
Tacni 0.5mg/1mg/5mg Cápsula
Roménia
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg Capsule
Reino Unido
Tacni 0.5mg/1mg/5mg hard capsules
República Checa
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg
Suécia
Tacni, 0.5mg/1mg/5mg kapsel, hård
Este folheto informativo foi aprovado pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Tacni 0,5 mg cápsulas
Tacni 1 mg cápsulas
Tacni 5 mg cápsulas
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada Tacni 0,5 mg cápsulas contém 0,5 mg de tacrolímus
Cada Tacni 1 mg cápsulas contém 1 mg de tacrolímus
Cada Tacni 5 mg cápsulas contém 5 mg de tacrolímus
Excipiente(s):
Cada Tacni 0,5 mg cápsulas contém 109,1 mg de lactose anidra
Cada Tacni 1 mg cápsulas contém 108,6 mg de lactose anidra
Cada Tacni 5 mg cápsulas contém 104,6 mg de lactose anidra
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsula
Tacni 0,5 mg cápsulas: cápsulas com cabeça e corpo de cor marfim de marfim contendo
pó branco.
Tacni 1 mg cápsulas: cápsulas com cabeça e corpo de cor branca contendo pó branco.
Tacni 5 mg cápsulas: cápsulas com cabeça e corpo de cor vermelha contendo pó branco.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Profilaxia da rejeição do transplante nos receptores do transplante alogénico de fígado,
rim ou coração.
Tratamento da rejeição do transplante alogénico resistente às terapêuticas com outros
medicamentos imunosupressores.
4.2 Posologia e modo de administração
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A terapêutica com Tacni requer uma monitorização cuidadosa realizada por pessoal
devidamente qualificado e equipado.
Apenas médicos com experiência em terapêutica imunosupressora e no controlo de
doentes
transplantados,
devem
prescrever
este
medicamento,
como
fazer
alterações na terapêutica imunosupressora prescrita inicialmente.
A troca inadvertida, involuntária ou não vigiada das formulações de libertação imediata
ou prolongada de tacrolímus não é segura. Isto pode levar a uma rejeição do enxerto ou
aumento
incidência
efeitos
secundários,
incluindo
sub-
sobre-
imunossupressão, devido a diferenças clinicamente relevantes na exposição sistémica ao
tacrolímus. Os doentes devem ser mantidos com uma única formulação de tacrolímus
com o correspondente regime posológico diário; alterações à formulação ou no regime
posológico
devem
acontecer
restrita
supervisão
especialista
transplantação (ver secções 4.4 e 4.8). Após a conversão para qualquer formulação
alternativa, deve efectuar-se a monitorização terapêutica do fármaco e consequentes
ajustes de dose, de modo a garantir que a exposição sistémica ao tacrolímus é mantida.
Considerações gerais
As dosagens iniciais recomendadas e apresentadas de seguida são apenas orientadoras. A
dose de tacrolímus deve basear-se em primeiro lugar, na avaliação clínica da rejeição e
tolerabilidade de cada doente, com o auxílio da monitorização dos parâmetros sanguíneos
(ver “Monitorização terapêutica do fármaco”). Se os sinais clínicos de rejeição forem
aparentes, deve considerar-se a alteração do regime imunosupressor.
tacrolímus
pode
administrado
intravenosa
oral.
Geralmente,
administração pode ser iniciada por via oral; se necessário, em doentes com entubação
nasogástrica
pode
administrar-se
conteúdo
cápsulas
suspenso
água.
tacrolímus
habitualmente
administrado
conjunto
outros
agentes
imunosupressores no período pós-operatório inicial. A dose de Tacni varia mediante o
regime imunosupressor escolhido.
Modo de administração
Recomenda-se que a administração da dose diária oral seja repartida por duas tomas (por
exemplo, de manhã e à noite). As cápsulas devem ser tomadas imediatamente após a sua
remoção do blister. As cápsulas devem ser engolidas com um líquido (preferencialmente
água).
Geralmente, as cápsulas devem ser administradas com o estômago vazio ou, pelo menos,
1 hora antes ou 2 a 3 horas após uma refeição, de modo a atingir a absorção máxima (ver
secção 5.2).
Deve recomendar-se aos doentes para não engolirem o exsicante.
Duração do tratamento
Para suprimir a rejeição do órgão transplantado, deve manter-se a imunosupressão;
consequentemente, não deve haver qualquer limite para a duração da terapêutica oral.
Posologias recomendadas – Transplante hepático
Profilaxia da rejeição de transplante - adultos
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A terapêutica oral de tacrolímus deve iniciar-se com doses de 0,10 – 0,20 mg/kg/dia,
divididas por duas tomas (por exemplo, de manhã e à noite). A administração deve
iniciar-se aproximadamente 12 horas após a conclusão da cirurgia.
Se a dose não puder ser administrada por via oral devido ao estado clínico do doente,
deve ser iniciada a terapêutica intravenosa com 0,01 – 0,05 mg/kg/dia de tacrolímus, por
perfusão contínua de 24 horas.
Profilaxia da rejeição de transplante - crianças
Deve ser administrada por via oral, uma dose inicial de 0,30 mg/kg/dia, dividida em duas
tomas (por exemplo, de manhã e à noite). Se o estado clínico do doente não permitir a
administração
oral,
deve
então
administrar-se
dose
intravenosa
inicial
0,05
mg/kg/dia de tacrolímus, por perfusão contínua de 24 horas.
Ajustes posológicos durante o período pós-transplante em adultos e crianças
Normalmente, no período pós-transplante, as doses de tacrolímus são reduzidas. Em
alguns
casos,
possível
descontinuar
terapêutica
imunosupressora
concomitante,
baseando-se o tratamento na monoterapia de tacrolímus. As melhorias pós-transplante do
estado do doente podem alterar a farmacocinética do tacrolímus, podendo ser necessários
ajustes adicionais da dose.
Terapêutica de rejeição – adultos e crianças
O aumento da dose de tacrolímus, uma terapêutica suplementar com corticosteróides e a
introdução de curtos períodos de administrações com anticorpos mono/policlonais, têm
sido os meios utilizados para controlar os episódios de rejeição. Se forem detectados
sinais de toxicidade (por exemplo, reacções adversas pronunciadas – ver secção 4.8),
poderá ser necessário reduzir a dose de Tacni.
conversão
para
tacrolímus,
tratamento
deve
iniciado
dose
oral
recomendada para a imunosupressão primária.
Para informações sobre a conversão da ciclosporina para Tacni, ver no final desta secção
“Ajustes posológicos em populações específicas de doentes".
Posologias recomendadas – Transplante renal
Profilaxia da rejeição de transplante - adultos
A terapêutica oral de tacrolímus deve iniciar-se com a dose de 0,20 – 0,30 mg/kg/dia,
dividida em duas tomas (por exemplo, de manhã e à noite). A administração deve iniciar-
se no período de 24 horas após a conclusão da cirurgia.
Se a administração não puder ser ser por via oral, devido ao estado clínico do doente,
deve iniciar-se a terapêutica intravenosa com 0,05 – 0,10 mg/kg/dia de tacrolímus, em
perfusão contínua de 24 horas.
Profilaxia da rejeição de transplante - crianças
A administração da dose oral inicial de 0,30 mg/kg/dia deve ser dividida em duas tomas
(por exemplo, de manhã e à noite). Se o estado clínico do doente não permitir a
administração oral, deve iniciar-se a terapêutica intravenosa com 0,075 - 0,100 mg/kg/dia
de tacrolímus, em perfusão contínua de 24 horas.
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Ajustes posológicos durante o período pós-transplante em adultos e crianças
Normalmente, no período pós-transplante, as doses de tacrolímus são reduzidas. Em
alguns
casos,
possível
descontinuar
terapêutica
imunosupressora
concomitante,
baseando-se o tratamento no tacrolímus em dupla terapia. As melhorias pós-transplante
estado
doente,
podem
alterar
farmacocinética
tacrolímus,
podendo
necessários ajustes adicionais da dose.
Terapêutica de rejeição – adultos e crianças
O aumento da dose de tacrolímus, uma terapêutica suplementar com corticosteróides e a
introdução de curtos períodos de administrações com anticorpos mono/policlonais, têm
sido os meios utilizados para controlar os episódios de rejeição. Se forem detectados
sinais de toxicidade (por exemplo, reacções adversas pronunciadas – ver secção 4.8),
poderá ser necessário reduzir a dose de tacrolímus.
conversão
para
tacrolímus,
tratamento
deve
iniciado
dose
oral
recomendada para a imunosupressão primária.
Para informações sobre a conversão de ciclosporina para Tacni, ver no final desta secção
“Ajustes posológicos em populações específicas de doentes".
Posologias recomendadas – Transplante cardíaco
Profilaxia da rejeição de transplante - adultos
Tacrolímus pode ser usado com indução de anticorpos (o que permite um atraso no início
da terapêutica com tacrolímus) ou em alternativa, sem indução de anticorpos em doentes
clinicamente estáveis.
Após a indução de anticorpos, a terapêutica oral de tacrolímus deve iniciar-se com uma
dose de 0,075 mg/kg/dia, dividida em duas tomas (por exemplo, de manhã e à noite). A
administração deve iniciar-se no período de 5 dias após a conclusão da cirurgia, logo que
a condição clínica do doente estabilize. Se a administração não puder ser por via oral,
devido ao estado clínico do doente, deve ser iniciada a terapêutica intravenosa com 0,01 –
0,02 mg/kg/dia de tacrolímus, em perfusão contínua de 24 horas.
Foi publicada uma estratégia alternativa, em que o tacrolímus oral foi administrado no
período de 12 horas após o transplante. Esta abordagem foi reservada a doentes sem
disfunções orgânicas (por exemplo, disfunção renal). Neste caso, foi usada uma dose
inicial de 2 a 4 mg de tacrolímus por dia em combinação com micofenolato de mofetil e
corticosteróides ou em combinação com sirolímus e corticosteróides.
Profilaxia da rejeição de transplante – crianças
Tacrolímus tem sido administrado com ou sem indução de anticorpos em transplantes
cardíacos pediátricos. Em doentes sem indução de anticorpos, se a terapêutica com
tacrolímus é iniciada por via intravenosa, a dose inicial recomendada é de 0,03 – 0,05
mg/kg/dia, em perfusão contínua de 24 horas, até atingir concentrações sanguíneas totais
de tacrolímus de 15 – 25 ng/ml. Os doentes devem passar para terapêutica oral assim que
clinicamente
praticável.
primeira
dose
terapêutica
oral
deve
0,30
mg/kg/dia, a iniciar 8 a 12 horas após a descontinuação da terapêutica intravenosa.
Após a indução de anticorpos, se a terapêutica com tacrolímus for iniciada por via oral, a
dose inicial recomendada é de 0,10 – 0,30 mg/kg/dia, dividida em duas tomas (por
exemplo, de manhã e à noite).
APROVADO EM
17-09-2010
INFARMED
Ajuste da dose durante o período pós-transplante em adultos e crianças
Normalmente, no período pós-transplante, as doses de tacrolímus são reduzidas. As
melhorias pós-transplante do estado do doente podem alterar a
farmacocinética do
tacrolímus, podendo ser necessários ajustes adicionais da dose.
Terapêutica de rejeição – adultos e crianças
O aumento da dose de tacrolímus, uma terapêutica suplementar com corticosteróides e a
introdução de curtos períodos de administrações com anticorpos mono/policlonais, têm
sido os meios utilizados para controlar os episódios de rejeição. Em doentes adultos
convertidos para tacrolímus, deve administrar-se uma dose inicial de 0,15 mg/kg/dia
dividida em duas tomas (por exemplo, de manhã e à noite).
Em doentes pediátricos convertidos para tacrolímus, deve administrar-se uma dose inicial
de 0,20 - 0,30 mg/kg/dia dividida em duas tomas (por exemplo, de manhã e à noite).
Para informações sobre a conversão de ciclosporina para Tacni, ver no final desta secção
“Ajustes posológicos em populações específicas de doentes".
Posologias recomendadas – Terapêutica de rejeição, outros transplantes alogénicos
posologias
recomendadas
para
transplantes
pulmão,
pâncreas
intestino
baseiam-se em estudos clínicos prospectivos limitados. Tacrolímus tem sido usado numa
dose oral inicial de 0,10 – 0,15 mg/kg/dia no caso de transplante de pulmão, numa dose
oral inicial de 0,2 mg/kg/dia no caso de transplante de pâncreas e numa dose oral inicial
de 0,3 mg/kg/dia no caso de transplante intestinal.
Ajustes posológicos em populações específicas de doentes
Insuficiência hepática
Em doentes com insuficiência hepática grave, poderá ser necessária uma redução da dose,
de modo a manter os níveis sanguíneos mínimos de tacrolímus dentro do intervalo
recomendado.
Insuficiência renal
Uma vez que a farmacocinética de tacrolímus não é afectada pela função renal, (ver
secção 5.2), não deverá ser necessário qualquer ajuste da dose. Contudo, recomenda-se a
monitorização cuidadosa da função renal devido ao potencial nefrotóxico do tacrolímus
(incluindo as concentrações séricas de creatinina periódicas, cálculo da depuração da
creatinina e monitorização da excreção urinária).
Raça: Em comparação aos Caucasianos, os doentes de raça negra podem necessitar de
doses de tacrolímus mais elevadas para atingir níveis mínimos semelhantes.
Sexo: Não há evidências de que doentes homens e
mulheres
necessitem de doses
diferentes para atingirem níveis mínimos semelhantes.
Doentes pediátricos
Em geral, os doentes pediátricos necessitam de doses 1½ a 2 vezes superiores às doses
dos adultos, para atingirem níveis sanguíneos semelhantes.
Doentes idosos
APROVADO EM
17-09-2010
INFARMED
Actualmente, não existem evidências que indiquem que a dosagem deva ser ajustada nos
doentes idosos.
Conversão de ciclosporina
Deverão
tomadas
precauções
aquando
conversão
doentes
submetidos
terapêutica baseada em ciclosporina para uma terapêutica baseada em tacrolímus (ver
secções 4.4 e 4.5). A administração combinada de ciclosporina e tacrolímus não é
recomendada.
terapêutica
tacrolímus
deve
iniciada
após
avaliação
concentrações séricas de ciclosporina e do estado clínico do doente. Na presença de
níveis sanguíneos elevados de ciclosporina, a administração deve ser protelada. Na
prática, a terapêutica com tacrolímus inicia-se 12 a 24 horas após a descontinuação da
ciclosporina. A monitorização dos níveis sanguíneos de ciclosporina deve continuar após
a conversão, uma vez que a depuração da ciclosporina pode ser afectada.
Monitorização terapêutica do fármaco
posologia
deve
basear-se
primeiro
lugar,
avaliação
clínica
rejeição
tolerabilidade de cada doente, juntamente com a monitorização dos níveis terapêuticos de
tacrolímus no sangue total.
Como
auxílio
para
optimização
doseamento,
estão
disponíveis
diversos
imunoensaios para determinar as concentrações de tacrolímus no sangue total, incluindo
imunodoseamento
enzimático
micropartículas
semi-automatizado
(MEIA-
microparticle
enzyme
immunoassay).
comparação
valores
concentrações
publicadas na literatura e os valores individuais da prática clínica deve ser analisada com
cuidado e com o conhecimento dos métodos de doseamento utilizados. Na prática clínica
corrente,
níveis
sanguíneos
totais
são
monitorizados
através
métodos
imunodoseamento.
Os níveis sanguíneos mínimos de tacrolímus devem ser monitorizados durante o período
pós-transplante. Quando administrado por via oral, os níveis sanguíneos mínimos devem
ser determinados aproximadamente 12 horas após a administração, imediatamente antes
da próxima toma. A frequência da monitorização dos níveis sanguíneos deve basear-se
nas necessidades clínicas. Sendo o Tacni um medicamento com baixa depuração, os
ajustes ao regime posológico podem demorar vários dias até que as alterações nos níveis
sanguíneos sejam evidentes. Os níveis sanguíneos mínimos devem ser monitorizados
aproximadamente duas vezes por semana, durante o período inicial pós-transplante e
depois, periodicamente, durante a terapêutica de manutenção. Os níveis sanguíneos
mínimos de tacrolímus também devem ser monitorizados após o ajuste posológico,
alterações no regime imunosupressor ou após a co-administração de substâncias que
possam alterar as concentrações de tacrolímus no sangue total (ver secção 4.5).
As análises de um estudo clínico sugere que a maioria dos doentes pode ser controlada
com sucesso desde os níveis sanguíneos mínimos de tacrolímus se mantenham abaixo dos
20 ng/ml. É necessário considerar o estado clínico do doente ao interpretar os níveis no
sangue total.
Na prática clínica, os níveis mínimos no sangue total estão por norma situados no
intervalo entre 5 e 20 ng/ml, nos receptores de transplantes hepáticos e entre 10 e 20
APROVADO EM
17-09-2010
INFARMED
ng/ml nos receptores de transplantes renais e cardíaco, na fase inicial do período pós-
transplante. Subsequentemente, durante a terapêutica de manutenção, as concentrações
sanguíneas mantiveram-se habitualmente no intervalo entre 5 e 15 ng/ml, nos receptores
de transplantes hepáticos, renais e cardíacos.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade ao tacrolímus ou a outros macrólidos.
Hipersensibilidade a qualquer um dos excipientes (ver secção 6.1).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Foram observados erros de medicação, incluindo a troca inadvertida, involuntária ou não
vigiada das formulações de libertação imediata ou prolongada de tacrolímus. Isto levou a
efeitos adversos graves, incluindo a rejeição do órgão, ou outros efeitos secundários que
podem ser uma consequência de uma sub- ou sobreexposição ao tacrolímus. Os doentes
devem ser mantidos com uma única formulação de tacrolímus com o correspondente
regime posológico diário; as alterações à formulação ou ao regime só devem acontecer
sob restrita supervisão de um especialista em transplantes (ver secções 4,2 e 4.8).
Durante o período pós-transplante inicial, a monitorização dos seguintes parâmetros deve
ser realizada por rotina: tensão arterial, ECG, estado neurológico e visual, níveis de
glicose no sangue em jejum, electrólitos (especialmente o potássio), testes da função
hepática
renal,
parâmetros
hematológicos,
valores
coagulação
proteínas
plasmáticas.
forem
observadas
alterações
clinicamente
significativas,
devem
considerar-se ajustes ao regime imunosupressor.
Se substâncias com potencial de interacção (ver secção 4.5) – especialmente fortes
inibidores do CYP3A4 (como o cetoconazol, voriconazol, itraconazol, telitromicina ou
claritromicina)
indutores
CYP3A4
(como
rifampicina,
rifabutina)
são
combinadas com tacrolímus, os níveis sanguíneos do tacrolímus devem ser monitorizados
para ajustar se necessário, a dose de tacrolímus, de modo a manter uma exposição
semelhante ao tacrolímus.
As preparações ervanárias que contêm Hipericão (Hypericum perforatum) devem ser
evitadas durante o tratamento com Tacni, devido ao risco de interacções que levam à
redução de ambas as concentrações sanguíneas e do efeito terapêutico de tacrolímus (ver
secção 4.5).
A administração combinada de ciclosporina e tacrolímus deve ser evitada e deverá haver
precaução
aquando
administração
tacrolímus
doentes
tenham
sido
submetidos anteriormente a ciclosporina (ver secções 4.2 e 4.5).
Deve evitar-se a toma de doses elevadas de potássio e de diuréticos poupadores de
potássio (ver secção 4.5).
APROVADO EM
17-09-2010
INFARMED
Certas
combinações
tacrolímus
fármacos
conhecidos
terem
efeitos
nefrotóxicos ou neurotóxicos, podem aumentar o risco destes efeitos (ver secção 4.5).
Os imunosupressores podem afectar a resposta à vacinação. Durante o tratamento com
tacrolímus, a vacinação pode ser menos eficaz. Deve evitar-se o uso de vacinas vivas
atenuadas.
Uma vez que os níveis de tacrolímus no sangue podem variar significativamente durante
os episódios de diarreia, recomenda-se uma monitorização extra das concentrações de
tacrolímus durante os episódios de diarreia.
Cardiopatias
Em raras ocasiões, foram observadas hipertrofia ventricular ou hipertrofia do septo,
reportadas como cardiopatias, em doentes tratados com tacrolímus. Na maioria dos casos
foi reversível, ocorrendo principalmente em crianças com concentrações sanguíneas
mínimas de tacrolímus muito superiores aos níveis máximos recomendados. Outros
factores observados que aumentam o risco destas situações clínicas incluíram doença
cardíaca pré-existente, uso de corticosteróides, hipertensão, disfunção renal ou hepática,
infecções, sobrecarga de fluidos e edema. Consequentemente, doentes de alto risco,
particularmente crianças e doentes que recebem imunosupressores em doses elevadas,
devem ser monitorizados, utilizando-se métodos como ecocardiografia ou ECG pré e pós-
transplante (por exemplo, ao inicialmente aos três meses e depois aos 9-12 meses). Se se
desenvolverem anomalias, deve considerar-se uma redução da dose da terapia com
tacrolímus ou mudança de tratamento para outro agente imunosupressor. O tacrolímus
pode prolongar o intervalo QT mas, não há actualmente evidências substanciais de causar
Tordases
Pointes.
Devem
tomar-se
precauções
doentes
suspeita
diagnóstico de Síndrome do QT Longo Congénito.
Perturbações e malignidades linfáticas proliferativas
reportado
que os
doentes tratados
tacrolímus
desenvolveram
perturbações
linfoproliferativas associadas ao EBV. Os doentes que mudaram para a terapêutica com
tacrolímus não devem receber tratamento anti-linfocitário concomitante. Foi reportado
que crianças muito jovens (<2 anos) EBV-VCA-negativas apresentam um risco acrescido
de desenvolverem perturbações linfoproliferativas. Por conseguinte, neste grupo de
doentes, a serologia EBV-VCA deve ser determinada antes do início da terapêutica com
tacrolímus. Durante o tratamento, recomenda-se a monitorização cuidadosa do EBV-
PCR. O EBV-PCR positivo pode persistir por meses e não é per se indicativo de doença
linfoproliferativa ou linfoma.
Tal como para outros compostos imunosupressores, desconhece-se o risco de cancro
secundário (ver secção 4.8).
Tal como para outros agentes imunosupressores, devido ao potencial risco de lesões
cutâneas malignas, a exposição à luz solar e à luz UV deve ser limitada, através do uso de
roupas protectoras e de creme protector solar com um factor de protecção elevado.
APROVADO EM
17-09-2010
INFARMED
Os doentes tratados com imunosupressores, incluindo tacrolímus, apresentam um risco
acrescido de infecções oportunistas (bacterianas, fúngicas, virais e por protozoários).
Entre
estas
situações,
encontra-se
nefropatia
associada
vírus
leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) associada ao vírus JC. Estas infecções
estão frequentemente relacionadas com elevada carga imunosupressora total e podem
originar condições graves ou fatais que os médicos devem considerar no diagnóstico
diferencial em doentes imunodeprimidos com deterioração da função renal ou sintomas
neurológicos.
Foi reportado que os doentes tratados com tacrolímus desenvolvem uma síndrome de
encefalopatia
posterior
reversível
(PRES).
doentes
tomarem
tacrolímus
apresentarem sintomas que indiquem PRES, tais como: cefaleias, alteração do estado
mental, ataques e perturbações visuais, deve realizar-se um exame radiológico (por
exemplo, Ressonância Magnética). Em caso de diagnóstico de PRES, aconselha-se o
controlo adequado da pressão sanguínea e do controlo dos ataques e a descontinuação
imediata de tacrolímus sistémico. A maioria dos doentes recupera completamente após
serem tomadas as medidas adequadas.
Populações especiais
A experiência é limitada em doentes não-Caucasianos e doentes com elevado risco
imunológico (por exemplo, novo transplante, evidência de um painel de anticorpos
reactivos, PRA)
A redução da dose pode ser necessária em doentes com insuficiência hepática grave (ver
secção 4.2).
Tacni
contém
lactose.
Doentes
problemas
hereditários
raros
intolerância
galactose, deficiência de Lapp ou má absorção de glucose-galactose não devem tomar
este medicamento.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
O tacrolímus disponível sistemicamente é metabolizado por via hepática pelo CYP3A4.
Existem também evidências de metabolismo gastrointestinal pelo CYP3A4 na parede
intestinal. O uso concomitante de substâncias conhecidas por inibir ou induzir o CYP3A4
pode afectar o metabolismo do tacrolímus e consequentemente, aumentar ou diminuir os
níveis sanguíneos de tacrolímus. Recomenda-se portanto, a monitorização dos níveis
sanguíneos
tacrolímus
sempre
substâncias
potencial
para
alterar
metabolismo da CYP3A4, ou influenciar os níveis sanguíneos do tacrolímus, sejam
usadas concomitantemente e o ajuste adequado da dose de tacrolímus, de modo a manter
uma exposição semelhante ao tacrolímus (ver secções 4.2 e 4.3).
Inibidores do CYP3A4 que aumentam potencialmente os níveis sanguíneos de tacrolímus
A s substâncias seguintes demonstraram clinicamente aumentar os níveis sanguíneos de
tacrolímus:
Foram
observadas
fortes
interacções
agentes
anti-fúngicos
como
cetoconazol,
fluconazol,
itraconazol
voriconazol,
antibiótico
macrólido
APROVADO EM
17-09-2010
INFARMED
eritromicina ou inibidores VIH da protease (por exemplo, ritonavir). O uso concomitante
destas substâncias pode necessitar de uma redução das doses de tacrolímus em quase
todos os doentes. Estudos de farmacocinética indicaram que o aumento nos níveis
sanguíneos
essencialmente
resultado
aumento
biodisponibilidade
oral
tacrolímus, devido à inibição do metabolismo gastrointestinal. O efeito na depuração
hepática é menos pronunciado.
Foram observadas interacções mais fracas com clotrimazol, claritromicina, josamicina,
nifedipina,
nicardipina,
diltiazem,
verapamil,
danazol,
etinilestradiol,
omeprazol
nefazodona.
Foi demonstrado in vitro que as seguintes substâncias são potenciais inibidores do
metabolismo do tacrolímus: bromocriptina, cortisona, dapsona, ergotamina, gestodeno,
lidocaína,
mefenitoína,
miconazol,
midazolam,
nilvadipina,
noretisterona,
quinidina,
tamoxifeno, troleandomicina.
Foi reportado que o sumo de toranja aumenta os níveis sanguíneos de tacrolímus e deve
ser evitado. O lansoprazol e a ciclosporina podem potencialmente inibir o metabolismo
do tacrolímus mediado pelo CYP3A4 e assim, aumentar as concentrações de tacrolímus
no sangue total.
Outras interacções que aumentam potencialmente os níveis sanguíneos de tacrolímus
O tacrolímus
liga-se
extensivamente às proteínas plasmáticas. Devem considerar-se
possíveis interacções com outras substâncias activas conhecidas por terem uma elevada
afinidade para as proteínas plasmáticas (por exemplo, AINEs, anticoagulantes orais ou
antidiabéticos orais).
Outras interacções potenciais que podem aumentar a exposição sistémica do tacrolímus,
incluem agentes procinéticos (como a metoclopramida e a cisaprida), a cimetidina e o
hidróxido de magnésio e alumínio.
Indutores da CYP3A4 que diminuem potencialmente os níveis sanguíneos de tacrolímus
As substâncias seguintes demonstraram clinicamente reduzir os níveis sanguíneos de
tacrolímus:
Foram
observadas
interacções
fortes
rifampicina,
fenitoína
Hipericão
(Hypericum
perforatum),
pode
induzir
necessidade
maiores
doses
tacrolímus em praticamente todos os doentes. Também foram observadas interacções
clinicamente significativas com fenobarbital. Foi demonstrado que doses de manutenção
de corticosteróides reduzem os níveis sanguíneos de tacrolímus.
Uma dose elevada de prednisolona ou metilprednisolona administrada para o tratamento
da rejeição aguda tem o potencial de aumentar ou diminuir os níveis sanguíneos de
tacrolímus.
A carbamazepina, metamizol e isoniazida têm o potencial de reduzir as concentrações de
tacrolímus.
Efeito do tacrolímus no metabolismo de outros medicamentos
APROVADO EM
17-09-2010
INFARMED
O tacrolímus é um conhecido inibidor do CYP3A4; assim, o uso concomitante de
tacrolímus com medicamentos que sejam metabolizados pelo CYP3A4 pode afectar o
metabolismo desses medicamentos.
A semi-vida da ciclosporina é prolongada aquando da administração concomitante de
tacrolímus. Também podem ocorrer efeitos nefrotóxicos sinergéticos/aditivos. Por estas
razões, não se recomenda a administração combinada de ciclosporina e tacrolímus,
devendo ser tomadas as devidas precauções aquando da administração de tacrolímus a
doentes que tenham sido submetidos anteriormente a terapêutica com ciclosporina (ver
secções 4.2 e 4.4).
Foi demonstrado que o tacrolímus aumenta os níveis sanguíneos de fenitoína.
vez que o tacrolímus pode reduzir a depuração de contraceptivos esteróides,
levando a um aumento da exposição hormonal, ser tomadas precauções especiais antes da
decisão sobre medidas contraceptivas.
O conhecimento disponível das interacções entre o tacrolímus e as estatinas é limitado.
Os dados disponíveis sugerem que a farmacocinética das estatinas não se altera em
grande parte devido à administração de tacrolímus.
Dados de animais sugerem que o tacrolímus tem o potencial de reduzir a depuração e o
aumento da semi-vida do pentobarbital e da fenazona.
Outras interacções que levam a efeitos clinicamente prejudiciais
O uso concomitante de tacrolímus com medicamentos conhecidos por terem efeitos
nefrotóxicos
neurotóxicos
poderá
aumentar
esses
efeitos
(por
exemplo,
aminoglicosídeos,
inibidores
girase,
vancomicina,
sulfametoxazol+trimetoprim,
AINEs, ganciclovir ou aciclovir).
Foi observado um aumento da nefrotoxicidade após a administração de anfotericina B e
ibuprofeno em conjunto com tacrolímus.
Como
o tratamento
tacrolímus
pode
estar
associado
hipercaliémia
pode
aumentar a hipercaliémia pré-existente, deve evitar-se a toma elevada de potássio ou de
diuréticos
poupadores
potássio
(por
exemplo,
amilorida,
triamtereno
espironolactona) (ver secção 4.4).
Os imunosupressores podem afectar a resposta à vacinação. Durante o tratamento com
tacrolímus, a vacinação pode ter menor eficácia. Deve evitar-se o uso de vacinas vivas
atenuadas (ver secção 4.4).
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Dados em seres humanos demonstram que o tacrolímus atravessa a placenta. Dados
limitados de receptores de órgãos transplantados, não apresentam evidências de um risco
aumentado
efeitos
adversos
durante
após
gravidez
tratamento
tacrolímus, em comparação com outros fármacos imunosupressores. Até à data, não há
outros dados epidemiológicos relevantes disponíveis. O tratamento com tacrolímus pode
ser considerado em mulheres grávidas quando não houver alternativa segura e quando o
benefício esperado justificar o potencial risco para o feto. Em caso de exposição in utero,
APROVADO EM
17-09-2010
INFARMED
recomenda-se a
monitorização do recém-nascido relativamente aos efeitos adversos
potenciais (em particular efeitos renais). Existe o risco de parto prematuro (<37 semanas)
(incidência de 66 em 123 nascimentos, ou seja, 53,7%; contudo, os dados demonstram
que a maioria dos recém-nascidos apresentava peso normal para a idade gestacional),
bem como hipercaliémia do recém-nascido, (incidência de 8 em 111 recém-nascidos, ou
seja, 7,2%), que normaliza espontaneamente. Em ratos e coelhos, o tacrolímus provocou
toxicidade embriofetal em doses que demonstraram toxicidade maternal (ver secção 5.3).
Amamentação
Dados em seres humanos demonstram que o tacrolímus é excretado no leite materno.
Uma vez que não se podem excluir efeitos prejudiciais no recém-nascido, as mulheres
não devem amamentar enquanto recebem Tacni.
Fertilidade
Foi observado em ratos um efeito negativo do tacrolímus na fertilidade masculina, sob a
forma de redução das contagens de esperma e de mobilidade (ver secção 5.3).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Tacrolímus
pode
causar
perturbações
visuais
neurológicas.
Este
efeito
pode
agravado se Tacni for administrado em associação com álcool. Não foram realizados
estudos sobre os efeitos de tacrolímus na capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
O perfil de reacções adversas medicamentosas associado aos agentes imunosupressores é
frequentemente difícil de estabelecer devido à doença subjacente e ao uso concomitante
de múltiplas medicações.
Muitas das reacções adversas medicamentosas abaixo mencionadas são reversíveis e/ou
respondem à redução da dose. A frequência de reacções adversas é definida do seguinte
modo: muito frequentes (
1/10); frequentes (
1/100, <1/10); pouco frequentes (
1/1.000,
<1/100); raros (
1/10.000, <1/1.000); muito raros (<1/10.000); desconhecidos (não pode
ser calculado a partir dos dados disponíveis). Dentro de cada grupo de frequência, os
efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade.
Cardiopatias
Frequentes: perturbações isquémicas da artéria coronária, taquicardia
Pouco frequentes: arritmias ventriculares e paragem cardíaca, insuficiências cardíacas,
cardiomiopatias,
hipertrofia
ventricular,
arritmias
supraventriculares,
palpitações,
anomalias no ECG, anomalias do ritmo cardíaco e pulso
Raros: efusão do pericárdio
Muito raros: alteração do ecocardiograma
Doenças do sangue e do sistema linfático
APROVADO EM
17-09-2010
INFARMED
Frequentes: anemia, leucopenia, trombocitopenia, leucocitose, análises anormais dos
eritrócitos
Pouco frequentes: coagulopatias, análises anormais de coagulação e hemorragia
pancitopenia, neutropenia,
Raros: púrpura trombótica trombocitopénica, hipoprotrombinemia
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes: cefaleias, tremores
Frequentes: ataques, perturbações de consciência, parestesia e disestesias,
neuropatias periféricas, tonturas, dificuldade de escrever, distúrbios do
sistema nervoso
Pouco frequentes: coma, hemorragias do sistema nervoso central e acidentes
cerebrovasculares, paralisia e parestesia, encefalopatia, perturbações da fala e discurso,
amnésia
Raros: hipertonia
Muito raros: miastenia
Afecções oculares
Frequentes: visão turva, fotofobia, perturbações visuais
Pouco frequentes: cataratas
Raros: cegueira
Afecções do ouvido e do labirinto
Frequentes: zumbidos
Pouco frequentes: hipoacusia
Raros: surdez neurosensorial
Muito raros: audição debilitada
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Frequentes: dispneia, alterações no parênquima pulmonar, efusão pleural, faringite, tosse,
congestão e inflamações nasais
Pouco frequentes: falhas respiratórias, distúrbios do tracto respiratório, asma
Raros: síndrome de dificuldade respiratória aguda
Doenças gastrointestinais
Muito frequentes: diarreia, náuseas
Frequentes: condições inflamatórias gastrointestinais, ulceração e perfuração
gastrointestinais, hemorragias gastrointestinais, estomatite e ulceração, ascite, vómitos,
dores
gastrointestinais
abdominais,
sinais
sintomas
dispépticos,
obstipação,
APROVADO EM
17-09-2010
INFARMED
flatulência, inchaço e distensão, fezes moles, sinais e sintomas gastrointestinais
Pouco
frequentes:
íleo
paralítico,
peritonite,
pancreatite
aguda
crónica,
amilase
sanguínea
aumentada,
doença
refluxo
gastroesofágico,
esvaziamento
gástrico
comprometido
Raros: sub-íleo, pseudoquistos pancreáticos
Doenças renais e urinárias
Muito frequentes: insuficiência renal
Frequentes: falha renal, falha renal aguda, oligúria, necrose renal tubular, nefropatia
tóxica, distúrbios urinários, sintomas uretrais e da bexiga
Pouco frequentes: anúria, síndrome urémico hemolítico
Muito raros: nefropatia, cistite hemorrágica
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Frequentes: prurido, exantema, alopécia, acne, aumento da sudação
Pouco frequentes: dermatite, fotosensibilidade
Raros: necrólise epidérmica tóxica (síndrome de Lyell)
Muito raros: síndrome de Stevens-Johnson
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Frequentes: artralgia, cãibras musculares, dor nos membros, dores de costas
Pouco frequentes: perturbações nas articulações
Doenças endócrinas
Raros: hirsutismo
Doenças do metabolismo e da nutrição
Muito frequentes: hiperglicémia, diabetes mellitus, hipercaliemia
Frequentes: hipomagnesemia, hipofosfatemia, hipocaliemia, hipocalcemia,
hiponatremia, hipervolemia, hiperuricemia, diminuição do apetite,
anorexia,
acidose
metabólica, hiperlipidemia, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, outras alterações
electrolíticas
Pouco frequentes: desidratação, hipoproteinemia, hipofosfatemia, hipoglicemia
Infecções e infestações
Tal como é bem conhecido para outros agentes imunosupressores potentes, os doentes
submetidos a terapêutica com tacrolímus apresentam frequentemente um risco aumentado
para infecções (virais, bacterianas, fúngicas e por protozoários). O desenvolvimento de
infecções
pré-existentes
pode
agravar-se.
Podem
ocorrer
infecções
generalizadas
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INFARMED
localizadas. Foram reportados casos de nefropatia associada a vírus BK, bem como casos
de leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) associada ao vírus JC, em doentes
tratados com agentes imunosupressores, incluindo o tacrolímus.
Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações
Frequentes: disfunção primária do transplante
Foram observados erros de medicação, incluindo a troca inadvertida, involuntária ou não
vigiada de formulações de libertação imediata ou prolongada de tacrolímus. Foi reportado
um número de casos associados de rejeição do órgão (a frequência não pode ser estimada
a partir dos dados disponíveis).
Neoplasias benignas, malignas e não especificadas (incl.quistos e polipos)
Os doentes submetidos à terapêutica imunosupressora apresentam um risco aumentado de
desenvolverem
doenças
malignas.
Foram
descritos
tanto
neoplasias
benignas
como
malignas,
incluindo
perturbações
linfoproliferativas
associadas
doenças
malignas da pele, em associação com o tratamento com o tacrolímus.
Vasculopatias
Muito frequentes: hipertensão
Frequentes: hemorragia, episódios tromboembólicos e isquémicos, distúrbios vasculares
periféricos, distúrbios vasculares hipotensivos
Pouco frequentes: enfarte, trombose venosa profunda do membro, choque
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes: astenia, febre, edema, dor e desconforto, aumento da fosfatase alcalina
sanguínea, aumento de peso, problemas na percepçãoda temperatura corporal
Pouco
frequentes:
falha
múltiplos
órgãos,
sintomas
gripe,
intolerância
temperatura, sensação de pressão torácica, sensação nervosa, sensação anormal, aumento
da lactato desidrogenase sanguínea, diminuição de peso.
Raros: sede, queda, úlcera, opressão torácica, redução da mobilidade
Muito raros: aumento do tecido adiposo
Doenças do sistema imunitário
Foram observadas reacções alérgicas e do tipo anafiláctico em doentes submetidos a
terapêutica com tacrolímus (ver secção 4.4).
Afecções hepatobiliares
Frequentes: alterações na função e enzimas hepáticas, colestase e
icterícia,
danos
hepatocelulares e hepatite, colangite
APROVADO EM
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INFARMED
Raros: trombose arterial hepática, doença hepática veno-oclusiva
Muito raros: insuficiência hepática, estenose do ducto biliar
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Pouco frequentes: dismenorreia e hemorragia uterina
Perturbações do foro psiquiátrico
Muito frequente: insónia
Frequentes:
sintomas
ansiedade,
confusão
desorientação,
depressão,
estado
depressivo,
perturbações
distúrbios
estado
espírito,
pesadelos,
alucinações,
distúrbios mentais
Pouco frequentes: distúrbios psicóticos
4.9 Sobredosagem
A experiência em casos de sobredosagem é limitada. Foram reportados diversos casos de
sobredosagem acidental; os sintomas incluíram tremores, cefaleias, náuseas e vómitos,
infecções, urticária, letargia, aumento do azoto da ureia no sangue e concentrações
elevadas de creatinina sérica e aumento dos níveis de alanina aminotransferase.
Não está disponível um antídoto específico para a terapêutica com Tacni. Em caso de
sobredosagem, devem ser tomadas as medidas de suporte gerais e tratamento sintomático.
Com base no seu elevado peso molecular, fraca solubilidade aquosa e extensa ligação às
proteínas plasmáticas e aos eritrócitos, pode prever-se desde já que o tacrolímus não será
dialisável. Em casos isolados de doentes com níveis plasmáticos muito elevados, a hemo-
filtração ou diafiltração, foi eficaz na redução das concentrações tóxicas. Em casos de
intoxicação oral, poderá ser útil a lavagem gástrica e/ou uso de adsorventes (como o
carvão activado), se usados logo após a toma.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 16.3. Medicamentos antineoplásicos e imunomodeladores.
Imunomodeladores, código ATC L04AD02
Mecanismo de acção
Ao nível molecular, os efeitos do tacrolímus parecem ser mediados pela ligação a uma
proteína citosólica (FKBP12), responsável pela acumulação intracelular do composto. O
complexo FKBP12-tacrolímus liga-se de forma específica e competitiva à calcineurina,
inibindo-a, conduzindo à inibição cálcio-dependente das vias de transdução do sinal das
células-T, prevenindo assim a transcrição de um conjunto discreto de genes de citoquinas.
O tacrolímus é um agente imunosupressor altamente potente com actividade comprovada
quer em experiências in vitro como in vivo.
APROVADO EM
17-09-2010
INFARMED
tacrolímus
inibe
particularmente
formação
linfócitos
citotóxicos,
são
responsáveis
principalmente
pela
rejeição
transplantes.
tacrolímus
suprime
activação das células-T e a proliferação das células-B induzida pelas células-T-Helper,
bem como a formação de linfoquinas (como as interleucinas-2, -3 e interferão-
) e a
expressão dos receptores da interleuquina-2.
Eficácia clínica e segurança das cápsulas de tacrolímus no transplante primário de órgãos
Em estudos prospectivos publicados, o tacrolímus foi investigado como imunosupressor
primário em aproximadamente 175 doentes após o transplante de pulmão, 475 doentes
após o transplante do pâncreas e 630 doentes após transplante de intestino. Globalmente,
o perfil de segurança do tacrolímus nestes estudos publicados pareceu ser semelhante ao
que foi reportado nos estudos de grande dimensão, em que o tacrolímus foi usado como
tratamento primário nos transplantes de fígado, rim e coração. Os resultados de eficácia
dos estudos de maior dimensão para cada indicação encontram-se resumidos abaixo.
Transplante de pulmão
A análise interina de um estudo multicêntrico recente avaliou 110 doentes que foram
aleatorizados
proporção
para tacrolímus
ciclosporina.
Tacrolímus
iniciado como perfusão intravenosa contínua numa dose de 0,01 a 0,03 mg/kg/dia e o
tacrolímus oral foi administrado numa dose de 0,05 a 0,3 mg/kg/dia. Durante o primeiro
ano após o transplante, foi reportada uma menor incidência de episódios de rejeição
aguda em doentes tratados com tacrolímus versus ciclosporina (11,5 % versus 22,6 %) e
uma menor incidência de rejeição crónica, a síndrome de bronquiolite obliterante (2,86 %
versus 8,57 %). A taxa de sobrevivência dos doentes no primeiro ano foi de 80,8% no
grupo tratado com tacrolímus e de 83% no grupo tratado com ciclosporina.
Outro estudo aleatorizado incluiu 66 doentes com tacrolímus versus 67 doentes com
ciclosporina. Tacrolímus foi iniciado como perfusão intravenosa contínua numa dose de
0,025 mg/kg/dia e o tacrolímus oral foi administrado numa dose de 0,15 mg/kg/dia com
ajustes
dose
subsequentes
para
atingir
níveis
mínimos
pretendidos
20 ng/ml. A sobrevivência dos doentes no primeiro ano foi de 83 % no grupo tratado com
tacrolímus e de 71 % no grupo tratado com ciclosporina e no segundo ano a taxas de
sobrevivência foi de 76 % e 66 %, respectivamente. Os episódios de rejeição aguda por
100 doentes-dia foram numericamente inferiores no grupo do tacrolímus (0,85 episódios)
do que no grupo da ciclosporina (1,09 episódios). 21,7% dos doentes desenvolveram
bronquiolite obliterante no grupo tratado com tacrolímus, em comparação com 38,0% dos
doentes tratados com ciclosporina (p=0,025). Significativamente mais doentes tratados
com ciclosporina (n = 13) necessitaram de conversão para tacrolímus do que doentes
tratados com tacrolímus foram convertidos para ciclosporina (n = 2) (p = 0,02) (Keenan
et al., Ann Thoracic Surg 1995;60:580).
Num estudo adicional de dois centros, 26 doentes foram aleatorizados para o tacrolímus
versus
doentes
para
ciclosporina.
Tacrolímus
iniciado
perfusão
intravenosa contínua numa dose de 0,05 mg/kg/dia e o tacrolímus oral foi administrado
numa dose de 0,1 a 0,3 mg/kg/dia com ajustes de dose subsequentes para atingir os níveis
mínimos pretendidos de 12 a 15 ng/ml. As taxas de sobrevivência de doentes durante o
primeiro ano foram de 73,1 % no grupo tacrolímus e 79,2 % no grupo da ciclosporina. A
APROVADO EM
17-09-2010
INFARMED
ausência de rejeição aguda foi superior no grupo do tacrolímus aos 6 meses (57,7%
versus 45,8%) e após um ano após o transplante de pulmão (50% versus 33,3%).
Os três estudos exibiram taxas de sobrevivência semelhantes. A incidência de rejeição
aguda foi numericamente inferior com o tacrolímus nos três estudos e um dos estudos
relatou
incidência
significativamente
inferior
síndrome
bronquiolite
obliterante com tacrolímus.
Transplante do pâncreas
estudo
multicêntrico
incluiu
doentes
submeteram
transplante
simultâneo de pâncreas e rim, que foram aleatorizados para tacrolímus (n=103) ou
ciclosporina (n=102). A dose oral
inicial
por dose protocolo de tacrolímus
foi de
0,2 mg/kg/dia com ajustes subsequentes de dose, para atingir níveis mínimos pretendidos
de 8 a 15 ng/ml no quinto dia e 5 a 10 ng/ml após o sexto mês. A sobrevivência do
enxerto de pâncreas ao fim de 1 ano foi significativamente superior com o tacrolímus:
91,3 % versus 74,5 % com a ciclosporina (p < 0,0005), enquanto a taxa de sobrevivência
do transplante renal foi semelhante em ambos os grupos. No total, 34 doentes mudaram o
tratamento de ciclosporina para tacrolímus, enquanto que apenas 6 doentes tratados com
tacrolímus necessitaram de terapêutica alternativa.
Transplante intestinal
A experiência clínica publicada de um único centro sobre o uso de tacrolímus para o
tratamento primário após o transplante intestinal demonstrou que a taxa de sobrevivência
actual de 155 doentes (65 apenas intestino, 75 fígado e intestino e 25 multivisceral) a
receberem tacrolímus e prednisona foi de 75 % no primeiro ano, 54 % ao fim de 5 anos e
42 % ao fim de 10 anos. Nos anos iniciais, a dose oral de tacrolímus foi de 0,3 mg/kg/dia.
Os resultados melhoraram continuamente com o aumento da experiência ao longo de 11
anos.
Diversas inovações, como as técnicas de detecção precoce de infecções por Epstein-Barr
(EBV) e CMV, aumento da medula óssea, o uso auxiliar do antagonista da interleucina-2,
o daclizumab, doses iniciais baixas de tacrolímus com níveis alvo mínimos de 10 a 15
ng/ml e mais recentemente, a irradiação do transplante alogénico, foram consideradas
como tendo contribuído para a melhoria dos resultados ao longo do tempo para esta
indicação.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
No ser humano, tacrolímus demonstrou ter a capacidade de ser absorvido pelo tracto
gastrointestinal. Após a administração oral das cápsulas de tacrolímus, as concentrações
máximas (C
) de tacrolímus no sangue são atingidas em aproximadamente 1 a 3 horas.
Em alguns doentes, o tacrolímus parece ser continuamente absorvido durante um período
prolongado,
estabelecendo
perfil
absorção
relativamente
plano.
biodisponibilidade oral média de tacrolímus situa-se no intervalo entre 20% e 25%.
Após a administração oral (0,30 mg/kg/dia) a doentes com transplante de fígado, as
concentrações de tacrolímus em estado estacionário foram atingidas em 3 dias pela
maioria dos doentes.
APROVADO EM
17-09-2010
INFARMED
Em indivíduos saudáveis, tacrolímus 0,5 mg, tacrolímus 1 mg e tacrolímus 5 mg cápsulas
demonstraram ser bioequivalentes quando administrados em doses equivalentes.
A velocidade e extensão da absorção de tacrolímus são superiores em jejum. A presença
de alimentos diminui a velocidade e a extensão da absorção de tacrolímus e o efeito é
mais pronunciado após uma refeição de elevado teor lipídico. O efeito de uma refeição de
elevado teor de hidratos de carbono é menos pronunciado.
Em doentes estáveis submetidos a transplante hepático, a biodisponibilidade oral do
tacrolímus diminuiu quando este foi administrado após uma refeição de teor lipídico
moderado (34% de calorias). Foram evidentes diminuições da AUC (27 %) e da C
(50 %) e um aumento de t
(173 %) no sangue total.
Num estudo realizado em doentes submetidos a transplante renal e que se encontram em
condições estáveis, aos quais foi administrado tacrolímus imediatamente após a ingestão
de um pequeno-almoço continental padrão, o efeito na biodisponibilidade oral foi menos
pronunciado. Foi evidente a diminuição da AUC (de 2 a 12 %) e da C
(de 15 a 38 %) e
o aumento da t
(de 38% a 80 %) no sangue total.
O fluxo biliar não influencia a absorção de tacrolímus.
Existe uma forte correlação entre a AUC e os níveis mínimos no sangue total, no estado
estacionário. A monitorização dos níveis no sangue total constitui uma boa estimativa da
exposição sistémica.
Distribuição e eliminação
No homem, a disposição de tacrolímus após a perfusão intravenosa pode ser descrita
como bifásica. Na circulação sistémica, o tacrolímus liga-se fortemente aos eritrócitos, o
resulta
rácio
distribuição
concentrações
sangue
total/plasma
aproximadamente
20:1.
plasma,
tacrolímus
liga-se
fortemente
proteínas
plasmáticas (> 98,8 %), principalmente à albumina sérica e à glicoproteína ácida
O tacrolímus distribui-se extensivamente pelo organismo. O volume de distribuição no
estado estacionário baseado nas concentrações plasmáticas, é de aproximadamente 1300 l
(nos
indivíduos
saudáveis).
dados
correspondentes
baseados
sangue
total
obtiveram uma média de 47,6 litros.
Metabolismo e biotransformação
Tacrolímus é vastamente metabolizado no fígado, primariamente pelo citocromo P450-
3A4. O tacrolímus é também consideravelmente
metabolizado na parede
intestinal.
Existem vários metabolitos identificados. Só um destes demonstrou ter uma actividade
imunosupressora in vitro semelhante ao tacrolímus. Os outros metabolitos têm apenas
actividade
imunosupressora
fraca
qualquer
efeito
imunosupressor.
circulação
sistémica,
metabolitos
inactivos
está
presente
baixas
concentrações. Assim, os metabolitos não contribuem para a actividade farmacológica do
tacrolímus.
Excreção
tacrolímus
substância
depuração
baixa.
indivíduos
saudáveis,
depuração total média no organismo (DTC), calculada a partir das concentrações no
sangue total, foi de 2,25 l/h. Em doentes adultos submetidos a transplantes hepáticos,
renais e cardíacos, foram observados valores de 4,1 l/h, 6,7 l/h e 3,9 l/h, respectivamente.
APROVADO EM
17-09-2010
INFARMED
crianças
receptoras
transplantes
hepáticos
apresentaram
aproximadamente duas vezes superior à dos doentes adultos submetidos a transplante
hepático. Factores como níveis baixos de hematócrito e proteínas, que resultam num
aumento da fracção não ligada do tacrolímus, ou o metabolismo aumentado induzido por
corticosteróides, são considerados como sendo responsáveis pelas taxas de depuração
superiores observadas após o transplante.
A semi-vida do tacrolímus é longa e variável. Em indivíduos saudáveis, a semi-vida
média no sangue total é de aproximadamente 43 horas. Em doentes adultos e crianças
submetidos
transplantes
hepáticos,
média
11,7
12,4
horas,
respectivamente, em comparação a 15,6 horas em adultos receptores de transplantes
renais. O aumento das taxas de depuração contribui para uma menor semi-vida observada
nos receptores de transplantes.
Após a administração intravenosa e oral de tacrolímus C14, a maioria da radioactividade
foi eliminada nas fezes. Cerca de 2% da radioactividade foi eliminada na urina. Foi
detectado menos de 1% do tacrolímus inalterado na urina e nas fezes, o que indica que o
tacrolímus é quase completamente metabolizado antes da eliminação: a bílis é a principal
via de eliminação.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Em estudos de toxicidade realizados em ratos e babuínos, os rins e o pâncreas foram os
principais órgãos afectados. Nos ratos, o tacrolímus provocou efeitos tóxicos no sistema
nervoso e nos olhos. Foram observados efeitos cardiotóxicos reversíveis em coelhos após
a administração intravenosa de tacrolímus. Foi observada toxicidade embriofetal em ratos
e coelhos e limitada a doses que provocaram toxicidade significativa nas progenitoras.
Nos ratos, a função reprodutiva feminina, incluindo o parto, foi debilitada em dosagens
tóxicas e a descendência apresentou uma redução do peso à nascença, assim como da
viabilidade e do crescimento.
Foi observado um efeito negativo do tacrolímus na fertilidade masculina de ratos, sob a
forma de redução das contagens de esperma e da mobilidade.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Conteúdo das cápsulas:
Povidona K-30
Croscarmelose sódica (E468)
Lactose anidra
Estearato de magnésio
Tacni 0,5 mg Cápsulas – revestimento:
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro amarelo (E-172)
Gelatina
APROVADO EM
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INFARMED
Tacni 1 mg Cápsulas – revestimento:
Dióxido de titânio (E171)
Gelatina
Tacni 5 mg Cápsulas – revestimento:
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro vermelho (E-172)
Gelatina
6.2 Incompatibilidades
O tacrolímus não é compatível com PVC. Tubagem, seringas e outros equipamentos
usados para preparar ou administrar a suspensão do conteúdo da cápsula de Tacni não
devem conter PVC.
6.3 Prazo de validade
27 meses
Após a abertura da bolsa de alumínio: 1 ano.
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 30ºC. Conservar na embalagem de origem, para
proteger da humidade e da luz.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Embalagem com blisteres de PVC/PVDC - Alumínio
10 cápsulas por blister. Os blisteres são colocados com um exsicante numa bolsa de
alumínio.
Tamanho das embalagens:
20, 30, 50, 50x1, 60, 90 e 100 cápsulas
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Teva Pharma – Produtos Farmacêuticos, Lda.
Edifício Cyprium
APROVADO EM
17-09-2010
INFARMED
Avenida 25 de Abril n.º 15 2F
2795-195 Linda-a-Velha
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO / RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO