Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
02-08-2005
27-11-2006
APROVADO EM
02-08-2005
INFARMED
SYNGLARIN
10 mg comprimidos revestidos por película
SYNGLARIN
5 mg comprimidos para mastigar
SYNGLARIN
4 mg comprimidos para mastigar
montelucaste (como sal sódico)
Leia atentamente este folheto antes de iniciar o tratamento com este medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o voltar a ler.
Caso tenha dúvidas, consulte o médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si ou para o seu filho. Não deve dá-lo a outras
pessoas, mesmo que apresentem os mesmos sintomas, pois o medicamento pode ser-
lhes prejudicial.
Neste folheto:
1. O que é SYNGLARIN e para que é utilizado
2. Antes de tomar SYNGLARIN
3. Efeitos secundários possíveis
4. Como tomar SYNGLARIN
5. Conservação de SYNGLARIN
SYNGLARIN (montelucaste sódico, MSD) contém montelucaste sódico como substância
activa, apresentando-se como comprimidos revestidos por película de 10 mg de montelucaste
e comprimidos para mastigar de 5 mg e 4 mg de montelucaste. Contém ainda, na sua
composição, os seguintes ingredientes não activos:
1
O núcleo do comprimido de 10 mg revestido por película contém:
celulose microcristalina
lactose monohidratada
croscarmelose sódica
hidroxipropilcelulose
estearato de magnésio.
O revestimento por película contém:
hidroxipropilmetilcelulose
hidroxipropilcelulose
dióxido de titânio (E171)
óxidos vermelho e amarelo de ferro (E172)
cera de carnaúba.
2
Os comprimidos para mastigar de 5 mg e 4 mg contêm:
manitol
celulose microcristalina
hidroxipropilcelulose
óxido vermelho de ferro (E172)
croscarmelose sódica
aroma de cereja
aspartamo
estearato de magnésio.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
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INFARMED
Laboratórios Químico-Farmacêuticos Chibret, Lda.
Quinta da Fonte, Edifício Vasco da Gama (19)
P.O. Box 214
Porto Salvo
2770-192 Paço de Arcos
FABRICANTE
Merck Sharp & Dohme Ltd., Shotton Lane NE23 9 JU Northumberland, Cramlington, Reino
Unido
Merck Sharp & Dohme BV, Waarderweg 39- Postbus 5812003 PC Haarlem, Holanda
1. O QUE É SYNGLARIN E PARA QUE É UTILIZADO
SYNGLARIN é um medicamento do grupo dos antagonistas dos receptores dos leucotrienos,
que bloqueia as substâncias denominadas leucotrienos. Os leucotrienos provocam sintomas de
alergia. O bloqueio
leucotrienos
melhora
os sintomas de alergia sazonal (também
conhecida por febre dos fenos ou rinite alérgica sazonal).
O médico receitou SYNGLARIN para aliviar os sintomas de alergia sazonal.
O que são alergias sazonais?
1
As alergias sazonais são uma resposta alérgica causada normalmente por pólens que
existem no ar, provenientes de árvores, relva e ervas.
2
Os sintomas diurnos e nocturnos de alergias sazonais podem incluir habitualmente:
irritação, comichão e corrimento nasal
espirros
olhos lacrimejantes, inchados, vermelhos e com comichão
dificuldade em adormecer devido aos sintomas nasais
2. ANTES DE TOMAR SYNGLARIN
Fale com o médico sobre quaisquer problemas de saúde actuais ou passados (seus ou do seu
filho) e também sobre as alergias.
Não tomar SYNGLARIN:
1
se for alérgico ao montelucaste ou a algum dos outros componentes deste medicamento.
Tenha especial precaução com SYNGLARIN:
Qualquer doente com alergias sazonais que esteja a tomar medicamentos para a asma deverá
consultar o seu médico no caso de desenvolver um conjunto de sintomas que incluam um
estado semelhante a gripe, sensação de dormência e picadas nos braços ou pernas, e/ou
exantema (erupção cutânea).
Este medicamento não deve ser usado no tratamento de ataques de asma.
Tomar SYNGLARIN com alimentos:
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SYNGLARIN 10 mg, comprimidos revestidos por película, pode ser tomado com ou sem
alimentos
Se pretende que o seu filho tome SYNGLARIN 5 mg, comprimidos para mastigar próximo do
horário das refeições, faça-o 1 hora antes ou 2 horas após a refeição.
Se pretende que o seu filho tome SYNGLARIN 4 mg, comprimidos para mastigar próximo do
horário das refeições, faça-o 1 hora antes ou 2 horas após a refeição.
Uso nas crianças:
SYNGLARIN 5 mg, comprimidos para mastigar, é usado para crianças entre os 6 e os 14
anos. SYNGLARIN 4 mg, comprimidos para mastigar, é usado para crianças entre os 2 e os 5
anos. A segurança e eficácia de SYNGLARIN em crianças de idade inferior a 2 anos ainda
não foram estabelecidas.
Uso durante a gravidez e a aleitamento
2
Gravidez
As mulheres grávidas ou as que pretendam engravidar devem consultar o seu médico antes de
tomar SYNGLARIN.
3
Aleitamento
Não
sabe
SYNGLARIN
aparece
leite
materno,
isso,
antes
tomar
SYNGLARIN deve consultar o seu médico caso pretenda ou já esteja a amamentar.
Condução de veículos e utilização de máquinas:
Não é provável que SYNGLARIN afecte a sua capacidade de conduzir ou trabalhar com
máquinas. Contudo, pode variar a forma como cada indivíduo reage à medicação. Alguns
efeitos secundários que foram relatados muito raramente com SYNGLARIN, podem afectar a
capacidade de alguns doentes para conduzir ou trabalhar com máquinas..
Informação
importante
sobre
ingredientes
de
SYNGLARIN,
comprimidos
para
mastigar:
SYNGLARIN 5 mg e 4 mg, comprimidos para mastigar, contêm aspartamo, uma fonte de
fenilalanina. Se o seu filho sofre de fenilcetonúria, deve ter em consideração que cada
comprimido para mastigar de 5 mg contém uma quantidade equivalente a 0,842 mg de
fenilalanina e cada comprimido para mastigar de 4 mg contém uma quantidade equivalente a
0,674 mg de fenilalanina.
SYNGLARIN 10 mg comprimidos revestidos por película, contém lactose. Se o seu médico
disse que tem uma
intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes
de tomar este
medicamento.
Tomar SYNGLARIN com outros medicamentos:
Geralmente,
SYNGLARIN
não
interfere
outros
medicamentos
tomados
simultaneamente. Contudo, alguns medicamentos podem afectar a forma de actuação de
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SYNGLARIN, ou SYNGLARIN pode afectar a forma de actuação de outros medicamentos.
O médico deve ser informado sobre todos os medicamentos que estão ou venham a ser
tomados simultaneamente, incluindo aqueles que são adquiridos sem receita médica. Em
especial informe o seu médico se está a tomar, ou se o seu filho está a tomar, fenobarbital,
fenitoína ou rifampicina.
3. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como os demais medicamentos, SYNGLARIN pode ter efeitos secundários. SYNGLARIN é
geralmente bem tolerado.
Em estudos realizados em doentes com alergias sazonais, não foram relatados frequentemente
efeitos secundários que se pensa estar relacionados com montelucaste.
Em estudos realizados em doentes com asma, os efeitos secundários mais frequentemente
relatados que se pensa estar relacionados com montelucaste foram dores abdominais, dores de
cabeça e sede. Estas foram normalmente ligeiras e ocorreram tanto nos doentes tratados com
montelucaste
como
receberam
placebo
(comprimido
medicamento).
Adicionalmente, foram referidos muito raramente os seguintes efeitos: reacções alérgicas
incluindo exantema, inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta, que podem provocar
dificuldades a respirar ou engolir; comichão e urticária; cansaço, agitação, irritabilidade,
tonturas, sonolência, alucinações, sonhos anómalos
incluindo pesadelos
e sono agitado,
convulsões; mal-estar, dores musculares ou nas articulações, cãibras musculares, boca seca,
náuseas, vómitos, má digestão, diarreia; aumento da tendência hemorrágica, nódoas negras,
palpitações; e inchaço.
Informe o médico ou farmacêutico se algum dos sintomas já conhecidos continuar ou piorar
ou se houver sintomas não descritos neste folheto.
Poderá obter mais informações através do médico ou farmacêutico, que têm informções mais
detalhadas sobre SYNGLARIN e a sua doença.
4. COMO TOMAR SYNGLARIN
Tomar SYNGLARIN uma vez por dia, de acordo com as instruções do médico.
SYNGLARIN não deve ser usado em conjunto com outros medicamentos que contenham a
mesma substância activa, o montelucaste.
Posologia para adultos com idade igual ou superior a 15 anos: Um comprimido de 10 mg
tomado diariamente. SYNGLARIN 10 mg pode ser tomado com ou sem alimentos.
Posologia para crianças dos 6 aos 14 anos de idade: Um comprimido para mastigar de 5 mg
tomado diariamente. Se pretende que o seu filho tome SYNGLARIN próximo do horário das
refeições, faça-o 1 hora antes ou 2 horas após a refeição.
Posologia para crianças dos 2 aos 5 anos de idade: Um comprimido para mastigar de 4 mg
tomado diariamente. Se pretende que o seu filho tome SYNGLARIN próximo do horário das
refeições, faça-o 1 hora antes ou 2 horas após a refeição.
Se tomar mais SYNGLARIN do que deveria:
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Contacte o médico imediatamente.
Caso se tenha esquecido de tomar SYNGLARIN:
Tente que SYNGLARIN seja tomado conforme receitado. No entanto, se falhar a dose de um
dia, mantenha o esquema habitual de um comprimido por dia. Não tomar dose a dobrar para
compensar a dose que foi esquecida.
5. CONSERVAÇÃO DE SYNGLARIN
Guarde todos os medicamentos fora do alcance e da vista das crianças.
Conservar na embalagem de origem.
Não usar o medicamento depois da data inscrita na embalagem com "VAL". Os dois
primeiros algarismos indicam o mês, os quatro últimos algarismos indicam o ano.
DATA DA ÚLTIMA REVISÃO: Agosto 2005
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1.DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
SYNGLARIN
5 mg comprimido para mastigar
2.COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Um comprimido para mastigar contém montelucaste sódico, equivalente a 5 mg de
montelucaste. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido para mastigar.
Cor de rosa, redondo, biconvexo, diâmetro de 9,5 mm, com 275 gravado numa face.
4.INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1Indicações terapêuticas
Alívio dos sintomas de rinite alérgica sazonal.
4.2Posologia e modo de administração
Para administração por via oral.
A posologia diária em doentes pediátricos dos 6 aos 14 anos de idade é de um comprimido
para mastigar de 5 mg tomado diariamente. Se tomado com alimentos, SYNGLARIN deverá
ser administrado uma hora antes ou duas horas depois dos alimentos. Não são necessários
acertos posológicos neste grupo etário. Pode ser considerada a utilização em crianças dos 2
aos 14 anos para o tratamento da rinite alérgica sazonal, com base na demonstração de
eficácia neste grupo etário, apesar de não ter sido demonstrada eficácia nos ensaios clínicos.
A eficácia pode ser extrapolada a partir dos dados clínicos em adultos (ver secção 5.1).
Recomendações gerais. SYNGLARIN contém montelucaste, a mesma substância activa do
SINGULAIR. SYNGLARIN não deve ser usado concomitantemente com outros
medicamentos contendo a mesma substância activa, o montelucaste. SYNGLARIN deve ser
tomado uma vez por dia durante o período de duração do tratamento prescrito. No caso da
rinite alérgica, o horário da administração pode ser individualizado para satisfazer as
necessidades dos doentes.
Não é necessário qualquer ajuste posológico nos doentes com insuficiência renal ou
insuficiência hepática ligeira a moderada. Não existem dados sobre doentes com insuficiência
hepática grave. A posologia é igual para doentes do sexo masculino e do sexo feminino.
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Estão disponíveis comprimidos de 10 mg para adultos com idade igual ou superior a 15 anos.
Estão disponíveis comprimidos de 5 mg para doentes pediátricos dos 6 aos 14 anos de idade.
Os comprimidos para mastigar de 4 mg são usados em doentes pediátricos dos 2 aos 5 anos de
idade.
Não foram estabelecidas a segurança e eficácia na população pediátrica com idade inferior a 2
anos.
4.3Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes.
4.4Advertências e precauções especiais de utilização
O montelucaste administrado por via oral não se destina ao tratamento da asma aguda (ver o
RCM do SINGULAIR).
Em doentes asmáticos tratados com medicamentos anti-asmáticos incluindo antagonistas dos
receptores dos leucotrienos foram relatados casos raros de eosinofilia sistémica, por vezes
com sinais clínicos de vasculite consistente com a síndrome de Churg-Strauss. Estes casos
foram geralmente associados, embora nem sempre, a redução ou interrupção da terapêutica
com corticosteróides orais em doentes com asma. Não pode ser excluída, nem comprovada, a
possibilidade dos antagonistas receptores dos leucotrienos estarem associados ao
aparecimento da síndrome de Churg-Strauss. Os médicos devem estar atentos à ocorrência de
eosinofilia, exantema vasculítico, agravamento dos sintomas pulmonares, complicações
cardíacas e/ou neuropatia nos seu doentes tratados com montelucaste. Os doentes que
desenvolverem estes sintomas devem ser reanalisados e os seus esquemas de tratamento
avaliados.
Para obter informações sobre a farmacocinética do montelucaste em doentes com
insuficiência hepática grave (pontuação >9 na escala de Child-Pugh), ver secção 5.2.
SYNGLARIN contém aspartamo, uma fonte de fenilalanina. Os doentes com fenilcetonúria
devem ter em consideração que cada comprimido para mastigar de 5 mg contém uma
quantidade equivalente a 0,842 mg de fenilalanina.
4.5Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
O montelucaste pode ser administrado com outras terapêuticas comummente usadas no
tratamento da rinite alérgica. Em estudos de interacção medicamentosa, as posologias clínicas
recomendadas de montelucaste, não tiveram efeitos clinicamente importantes na
farmacocinética dos seguintes fármacos: teofilina, prednisona, prednisolona, contraceptivos
orais (etinil-estradiol/noretindrona 35/1), terfenadina, digoxina e varfarina.
A área sob a curva de concentração plasmática (AUC) de montelucaste foi diminuída
aproximadamente 40% em indivíduos sob co-administração de fenobarbital. Dado que o
montelucaste é metabolisado pelo CYP 3A4, dever-se-á ter precaução, particularmente nas
crianças, quando montelucaste for co-administrado com indutores do CYP3A4, tais como
fenitoína, fenobarbital e rifampicina.
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Estudos in vitro demonstraram que o montelucaste é um potente inibidor do CYP 2C8. No
entanto, resultados de um estudo clínico sobre interacções medicamentosas com montelucaste
e rosiglitazona (um substrato específico representativo dos fármacos primariamente
metabolizados pelo CYP2C8) demonstraram que o montelucaste não inibe o CYP2C8 in vivo.
Consequentemente, não se prevê que o montelucaste altere de forma marcante o metabolismo
de fármacos metabolizados por esta enzima (por ex., paclitaxel, rosiglitazona e repaglinida).
4.6Gravidez e aleitamento
Utilização Durante a Gravidez
Os estudos em animais não indicam quaisquer efeitos nefastos no que respeita à gravidez ou
ao desenvolvimento embrionário/fetal.
Os dados limitados disponíveis nas bases de dados sobre gravidez não sugerem a existência
de uma relação de causalidade entre SYNGLARIN e malformações (i.e., defeitos nos
membros) que foram raramente relatados durante a experiência de comercialização a nível
mundial.
SYNGLARIN não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que tal seja claramente
necessário.
Utilização durante o aleitamento
Estudos em ratos demonstraram que o montelucaste é excretado no leite (ver secção 5.3). Não
se sabe se o montelucaste é excretado no leite humano.
SYNGLARIN só pode ser usado em mães a amamentar se for considerado claramente
necessário.
4.7Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não se espera que o montelucaste afecte a capacidade dos doentes para conduzir veículos ou
utilizar máquinas. Contudo, em casos muito raros, foi relatada sonolência.
4.8Efeitos indesejáveis
O montelucaste foi avaliado em doentes com rinite alérgica sazonal (2.199 doentes adultos
com idade igual ou superior a 15 anos e 280 doentes pediátricos dos 2 aos 14 anos de idade).
Nos estudos clínicos de 2 semanas controlados com placebo, não se observaram quaisquer
reacções adversas relacionadas com o fármaco relatadas como frequentes (>1/100, >1/10) em
doentes tratados com montelucaste e de incidência superior à registada nos doentes tratados
com placebo. Num estudo clínico de 4 semanas controlado com placebo, o perfil de segurança
foi consistente com o observado nos estudos de 2 semanas.
Em doentes com asma, o montelucaste foi avaliado em estudos clínicos do modo a seguir
descrito:
- comprimidos de 10 mg revestidos por película, em aproximadamente 4.000 doentes
asmáticos adultos com idade igual ou superior a 15 anos
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- comprimidos para mastigar de 5 mg, em aproximadamente 1.255 doentes asmáticos
pediátricos dos 6 aos 14 anos de idade, e
- comprimidos para mastigar de 4 mg, em 573 doentes asmáticos pediátricos dos 2 aos 5 anos
de idade.
Foram frequentemente relatadas (>1/100, <1/10) em estudos clínicos controlados com
placebo as seguintes reacções adversas relacionadas com o fármaco em doentes asmáticos
tratados com montelucaste, e com uma incidência superior à dos doentes tratados com
placebo:
DOENTES COM ASMA
Sistema do
Organismo
Doentes Adultos
15 ou mais anos de
idade
(dois estudos de 12
semanas; n=795)
Doentes
Pediátricos
6 a 14 anos de
idade
(um estudo de 8
semanas; n=201)
(um estudo de 56
semanas; n=120)
Doentes
Pediátricos
2 a 5 anos de
idade
(um estudo de 12
semanas; n=461)
Doenças do sistema
nervoso
cefaleias
cefaleias
Doenças
gastrointestinais
dor abdominal
Perturbações gerais
sede
O perfil de segurança não se alterou com o tratamento prolongado da asma durante um
período igual ou superior a 1 ano.
Experiência pós-comercialização
Foram muito raramente relatadas (<1/10.000) as seguintes reacções adversas na utilização
pós-comercialização, incluindo relatos isolados:
Doenças do sangue e do sistema linfático: aumento da tendência para hemorragia
Doenças do sistema imunitário: reacções de hipersensibilidade, incluindo anafilaxia e um
relato isolado de infiltração eosinofílica hepática
Perturbações do foro psiquiátrico: anomalias do sonho, incluindo pesadelos, alucinações,
insónia, irritabilidade, agitação
Doenças do sistema nervoso: tonturas, sonolência, convulsões
Cardiopatias: palpitações
Doenças gastrointestinais: diarreia, xerostomia, dispepsia, náuseas, vómitos
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: angioedema, contusões, urticária, prurido,
exantema
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos: artralgia, mialgia incluindo cãibras
musculares
Corpo em geral: astenia/fadiga, mal-estar
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Foram relatados casos muito raros de Síndrome de Churg-Strauss (CSS) durante o tratamento
com montelucaste em doentes asmáticos. No entanto, não foi estabelecida relação de
causalidade com o montelucaste (ver Secção 4.4).
4.9Sobredosagem
Não está disponível informação específica sobre o tratamento da sobredosagem de
montelucaste. Em estudos na asma crónica, montelucaste foi administrado a doentes adultos
em doses até 200 mg/dia, até 22 semanas, e em estudos de curto prazo, até 900 mg/dia, por
períodos aproximados de uma semana, sem experiências adversas de importância clínica.
Houve relatos de sobredosagem aguda na experiência pós-comercialização e nos estudos
clínicos com montelucaste. Estes incluem relatos em adultos e crianças com uma dose de
1000 mg (aproximadamente 61 mg/kg numa criança de 42 meses). Os resultados clínicos e
laboratoriais observados foram consistentes com o perfil de segurança em adultos e em
doentes pediátricos. Não ocorreram experiências adversas na maioria dos relatos de
sobredosagem. As experiências adversas que ocorreram mais frequentemente foram
consistentes com o perfil de segurança do montelucaste e incluíram dor abdominal,
sonolência, sede, cefaleias, vómitos e hiperactividade psicomotora.
Não se sabe se montelucaste é removível por hemodiálise ou diálise peritoneal.
5.PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Antagonistas dos receptores dos leucotrienos
Código ATC: RO3D C03
Os cisteinil-leucotrienos (LTC4, LTD4, LTE4) são potentes agentes inflamatórios
eicosanóides, libertados por várias células, incluindo os mastócitos e os eosinófilos. Estes
mediadores ligam-se a receptores dos cisteínil-leucotrienos (CysLT). O receptor CysLT tipo-1
(CysLT1) encontra-se nas vias respiratórias humanas (incluindo as células do músculo liso
das vias respiratórias e os macrófagos das vias respiratórias) e noutras células pró-
inflamatórias (incluindo os eosinófilos e algumas células germinais mielóides). Os CysLTs
têm sido correlacionados com a patofisiologia da asma e da rinite alérgica. Na asma, os
efeitos mediados pelos leucotrienos incluem broncoconstrição, secreção de muco,
permeabilidade vascular e mobilização de eosinófilos. Na rinite alérgica, os CysLTs são
libertados da mucosa nasal após exposição ao alergeno durante as fases precoce e tardia das
reacções, e estão associados a sintomas de rinite alérgica. A estimulação intranasal com
CysLTs demonstrou aumentar a resistência das vias respiratórias nasais e os sintomas de
obstrução nasal.
O montelucaste é um composto activo por via oral que se liga com alta afinidade e
selectividade ao receptor CysLT1. Nos ensaios clínicos, o montelucaste inibiu a
broncoconstrição induzida pelo LTD4 inalado. O tratamento com montelucaste inibiu quer a
fase precoce quer a fase tardia da broncoconstrição devida a estimulação por antigénio. O
montelucaste, em comparação com o placebo, diminuiu os eosinófilos do sangue periférico
em doentes adultos e pediátricos.
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A administração de comprimidos de 10 mg de montelucaste uma vez por dia à noite a 1189
doentes de idade igual ou superior a 15 anos com rinite alérgica sazonal, resultou numa
melhoria estatisticamente significativa do parâmetro primário, a pontuação de sintomas nasais
diurnos, e dos seu componentes individuais (congestionamento nasal, rinorreia, prurido nasal
e espirros); da pontuação de sintomas nocturnos, e dos seus componentes individuais
(congestionamento nasal ao despertar, dificuldade em adormecer e despertares nocturnos); da
pontuação de sintomas combinados (composto pelas pontuações dos sintomas diurnos e
nocturnos); e das avaliações gerais da rinite alérgica por doentes e médicos, em comparação
com o placebo. Num outro estudo de 4 semanas, em que se administraram os comprimidos de
10 mg de montelucaste uma vez por dia, de manhã, a 445 doentes com idade igual ou superior
a 15 anos com rinite alérgica sazonal, a eficácia durante as 2 semanas iniciais foi
significativamente diferente da eficácia do placebo e foi consistente com o efeito observado
em estudos que utilizaram a administração nocturna. Além disso, o efeito durante o período
de quatro semanas foi consistente com os resultados obtidos nas 2 semanas.
A eficácia do montelucaste na rinite alérgica sazonal não foi investigada em ensaios clínicos
pediátricos distintos. A segurança foi demonstrada num ensaio pediátrico. Crianças dos 2 aos
14 anos de idade com diagnóstico estabelecido de rinite alérgica sazonal, receberam uma dose
diária de 4 mg (dos 2 aos 5 anos de idade) ou de 5 mg (dos 6 aos 14 anos de idade) de
montelucaste. Quando administrado nas doses recomendadas, o perfil farmacocinético do
montelucaste foi comparável nas populações pediátrica e adulta. Assim, uma vez que as
evoluções da rinite alérgica sazonal e do perfil farmacocinético são semelhantes nos doentes
adultos e pediátricos, os dados de eficácia em do montelucaste em adultos pode ser
extrapolado para a população pediátrica.
Nos doentes com rinite sazonal alérgica de idade igual ou superior a 15 anos que tomaram
montelucaste, registou-se uma diminuição mediana de 13 % no número de eosinófilos do
sangue periférico, em comparação com o placebo, durante os períodos de tratamento em dupla
ocultação.
5.2Propriedades farmacocinéticas
Absorção
O montelucaste é rapidamente absorvido após administração oral. Para o comprimido
revestido de 10 mg, a média das concentrações plasmáticas máximas (Cmáx) é conseguida em
3 horas (Tmáx) após administração a adultos em jejum. A biodisponibilidade oral é em média
de 64%. A biodisponibilidade oral e o Cmáx não são influenciados por uma refeição comum.
A segurança e eficácia foram demonstradas em estudos clínicos em que o comprimido
revestido de 10 mg foi administrado independentemente do horário de refeições.
Para o comprimido para mastigar de 5 mg, o Cmáx é atingido 2 horas após a administração a
adultos em jejum. A biodisponibilidade oral é, em média, de 73% e desce para 63% com uma
refeição comum.
Após administração do comprimido para mastigar de 4 mg a doentes pediátricos dos 2 aos 5
anos de idade em jejum, a Cmáx é atingida 2 horas após a administração. A Cmáx média é 66
% superior, enquanto que a Cmin média é inferior à dos adultos a tomar o comprimido de 10
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Distribuição
Mais de 99% do montelucaste liga-se às proteínas plasmáticas. O volume de distribuição do
montelucaste é de 8 a 11 litros, no estado de equilíbrio. Estudos feitos em ratos com
montelucaste radiomarcado, indicam que uma percentagem mínima do fármaco atravessa a
barreira hemato-encefálica. Por outro lado, às 24 horas após a dose, eram mínimas as
concentrações de material radiomarcado em todos os outros tecidos.
Biotransformação
O montelucaste é largamente metabolizado. Em estudos com doses terapêuticas, as
concentrações plasmáticas de metabolitos do montelucaste são indetectáveis na fase de
equilíbrio, quer em adultos, quer em crianças.
Estudos in vitro, usando microssomas de fígado humano, indicam que os citocromos P450
3A4, 2A6 e 2C9 estão envolvidos no metabolismo do montelucaste. Com base em ulteriores
resultados in vitro, obtidos com microssomas de fígado humano, conclui-se que
concentrações plasmáticas terapêuticas de montelucaste não inibem os citocromos P450 3A4,
2C9, 1A2, 2A6, 2C19 ou 2D6. A contribuição dos metabolitos para o efeito terapêutico do
montelucaste é mínima.
Eliminação
A depuração plasmática do montelucaste é, em média, de 45 ml/min, em adultos saudáveis.
Após uma dose de montelucaste radiomarcado, 86% da radioactividade é recuperada nas fezes
recolhidas durante 5 dias e <0,2% é recuperada na urina. Combinados com estimativas da
biodisponibilidade oral, estes dados indicam que o montelucaste e os seus metabolitos são
quase exclusivamente excretados por via biliar.
Características nos Doentes
Não são necessários ajustes posológicos para os idosos, ou para os doentes com insuficiência
hepática ligeira a moderada. Não foram realizados estudos em doentes com insuficiência
renal. Dado que o montelucaste e os seus metabolitos são eliminados pela via biliar, não se
prevê que sejam necessários acertos posológicos em doentes com insuficiência renal. Não há
dados sobre a farmacocinética do montelucaste em doentes com insuficiência hepática grave
(pontuação >9 na escala de Child-Pugh).
Foi observada uma diminuição na concentração de teofilina plasmática com doses elevadas de
montelucaste (20 e 60 vezes a dose recomendada para adultos). Este efeito não foi observado
com doses recomendadas de 10 mg uma vez por dia.
5.3Dados de segurança pré-clínica
Em estudos de toxicidade animal, foram observadas ligeiras alterações de TGP (ALT),
glicose, fósforo e triglicéridos, de natureza transitória. Os sinais de toxicidade animal foram:
aumento de excreção de saliva, sintomas gastro-intestinais, fezes moles e desequilíbrio iónico.
Estes fenómenos ocorreram com doses >17 vezes a exposição sistémica verificada com a
dose clínica. Em macacos, os efeitos adversos apareceram com doses de 150 mg/Kg/dia (>
232 vezes a exposição sistémica verificada com a dose clínica). Em estudos com animais,
montelucaste não afectou a fertilidade nem a capacidade reprodutora com uma exposição
sistémica que excedeu 24 vezes a exposição sistémica clínica. Verificou-se uma ligeira
redução no peso corporal das crias no estudo de fertilidade efectuado em ratos fêmea com
doses de 200 mg/kg/dia (>69 vezes a exposição sistémica clínica). Em estudos com coelhos,
APROVADO EM
27-11-2006
INFARMED
verificou-se uma maior incidência de ossificação incompleta, em comparação com os
controlos dos outros animais, com uma dose sistémica >24 vezes a exposição sistémica
clínica vista com doses clínicas. Não foram verificadas anomalias em ratos. Foi demonstrado
que o montelucaste atravessa a barreira placentária e é excretado no leite mamário de animais.
Não ocorreram mortes após uma administração oral única de montelucaste sódico em doses
até 5000 mg/kg em ratinhos e ratos (15.000 mg/m2 e 30.000 mg/m2 em ratinhos e ratos,
respectivamente), que corresponde à dose máxima testada. Esta dose é equivalente a 25.000
vezes a dose diária recomendada no homem adulto (com base num peso de 50 kg do doente
adulto).
Foi determinado que o montelucaste não é fototóxico em ratinhos usando UVA, UVB ou
espectro de luz visível com doses até 500 mg/kg/dia (aproximadamente >200 vezes com base
na exposição sistémica).
O montelucaste não foi nem mutagénico nos testes in vitro e in vivo, nem tumorigénico em
várias espécies de roedores.
6.INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1.Lista dos excipientes
Manitol
Celulose microcristalina
Hidroxipropilcelulose
Óxido vermelho de ferro (E172)
Croscarmelose sódica
Aroma de cereja
Aspartamo
Estearato de magnésio.
6.2Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3Prazo de validade
2 anos.
6.4Precauções especiais de conservação
Conservar na embalagem de origem.
6.5Natureza e conteúdo do recipiente
Embalado em blister de poliamida/PVC/alumínio em:
Embalagens de: 7, 10, 14, 20, 28, 50, 56, 98, 100 e 200 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
APROVADO EM
27-11-2006
INFARMED
6.6Instruções de utilização e manipulação
Não existem requisitos especiais.
7.TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Laboratórios Químico-Farmacêuticos Chibret, Lda.
Quinta da Fonte
Edifício Vasco da Gama (19)
P.O. Box 214
Porto Salvo
2770-192 Paço de Arcos
8.NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
4915385 – Embalagem de 7 comprimidos
4915484 – Embalagem de 10 comprimidos
4915583 – Embalagem de 14 comprimidos
4915682 – Embalagem de 20 comprimidos
4915781 – Embalagem de 28 comprimidos
4915880 – Embalagem de 50 comprimidos
4915989 – Embalagem de 56 comprimidos
4916086 – Embalagem de 98 comprimidos
4916185 – Embalagem de 100 comprimidos
4916284 – Embalagem de 200 comprimidos
9.DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
11 de Fevereiro de 2004
10.DATA DA REVISÃO DO TEXTO