Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
23-05-2012
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APROVADO EM
23-05-2012
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Streptase 1500000 U.I. Pó para solução para perfusão
Estreptoquinase
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a utilizar este medicamento,
pois contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
O que contém este folheto:
1. O que é Streptase e para que é utilizado
2. o que precisa de saber antes de utilizar Streptase
3. Como utilizar Streptase
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Streptase
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Streptase e para que é utilizado
Streptase 1500000 U.I. é um medicamento usado nas seguintes situações:
Administração sistémica
- enfarte transmural agudo do miocárdio (ocorrido há menos de 12 horas), com
elevação persistente do segmento ST ou bloqueio recente do feixe-ramo esquerdo,
- tromboses venosas profundas (ocorridas há menos de 14 dias),
- embolismo pulmonar agudo e extenso,
- tromboses agudas e subagudas das artérias periféricas,
- doenças arteriais oclusivas crónicas (com menos de 6 semanas),
- oclusão das artérias ou veias centrais da retina (oclusões arteriais ocorridas há
menos de 6 a 8 horas, oclusões venosas ocorridas há menos de 10 dias).
Administração local
- enfarte agudo do miocárdio para reabertura dos vasos coronários (ocorrido há
menos de 12 horas),
- tromboses agudas, subagudas e crónicas assim como embolismo das veias e
artérias periféricas.
Nota: não é possível fazer afirmações acerca do resultado da terapêutica nos casos
em que a administração é efetuada fora dos prazos acima indicados.
2. O que precisa de saber antes de utilizar Streptase
Não utilize Streptase
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alergiaà
estreptoquinase
(substância
ativa)
qualquer
outro
componente deste medicamento (indicados na secção 6).
Dado o aumento do risco de hemorragia sob terapêutica trombolítica, Streptase
1500000 U.I. não deve ser administrado nas seguintes situações:
- hemorragias internas existentes ou recentes
- todas as formas de coagulação sanguínea reduzida, em particular fibrinólise
espontânea e coagulopatias extensas
- acidentes vasculares cerebrais recentes, cirurgia intracraniana ou intraespinal
- neoplasia intracraniana
- traumatismo craniano recente
- malformação ou aneurisma arterio-venoso (expansão de uma artéria)
- neoplasia conhecida com risco de hemorragia
- pancreatite aguda
- hipertensão incontrolável com valores sistólicos acima de 200 mm Hg e/ou valores
diastólicos
acima
retinopatia
hipertensiva
grau
III/IV
(alterações no fundo do olho devido a pressão arterial elevada)
- implantação recente de uma prótese num vaso sanguíneo
tratamento
simultâneo
anticoagulantes
orais
(fármacos
inibem
coagulação) (INR>1,3)
- lesões hepáticas ou renais graves
endocardite
(inflamação
membrana
interna
coração)
pericardite
(inflamação da cavidade que contém o coração). Casos isolados de pericardite, mal
diagnosticados
como
enfarte
agudo
miocárdio
tratados
Streptase
resultaram em efusões pericárdicas incluindo tamponamento (sobrecarga de líquido
na cavidade que contém o coração)
- conhecida tendência para hemorragias
- grandes cirurgias recentes (6º ao 10º dia após a cirurgia, dependendo da
gravidade da intervenção cirúrgica)
- intervenções invasivas, como por ex., biópsia orgânica recente (remoção de uma
amostra
tecido
órgão),
massagem
cardíaca
externa
prolongada
(traumatismo).
Administração local
Também
possível
efeito
sistémico
após
administração
local.
Assim,
contraindicações acima mencionadas, também devem ser tomadas em consideração
em caso de administração local.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de utilizar Streptase.
Avaliação individual do benefício-risco
Nos casos seguintes, o risco da terapêutica em caso de eventos tromboembólicos
com risco de vida, em particular hemorragias, deve ser avaliado face ao benefício
esperado:
hemorragia gastrintestinal grave recente, ex. úlcera péptica ativa
risco de hemorragia local grave, ex. em caso de aortografia pela via lombar
traumatismo recente e reanimação cardiopulmonar
procedimentos invasivos, ex. intubação recente
punção de vasos não compressíveis, injeções intramusculares
parto recente, aborto
doenças do trato urogenital com tendência para hemorragia potencial ou existente
(cateterismo da bexiga)
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doença trombótica séptica
degeneração aterosclerótica grave, doenças vasculares cerebrais
doenças pulmonares com cavitação (p.ex. tuberculose aberta)
valvulopatias mitrais ou fibrilhação auricular
Administração local
Também
possível
efeito
sistémico
após
administração
local.
Assim,
advertências
especiais
acima
mencionadas,
também
devem
tomadas
consideração em caso de administração local.
Anticorpos anti-estreptoquinase
Dado o aumento provável de resistência à terapêutica devido a anticorpos anti-
estreptoquinase, a repetição do tratamento com Streptase ou produtos contendo
estreptoquinase pode não ser eficaz se for administrado mais do que 5 dias,
particularmente entre 5 dias e 12 meses, após o tratamento inicial.
Do mesmo modo, pode haver uma redução do efeito terapêutico em doentes com
infeções estreptocócicas recentes, tais como faringite estreptocócica (inflamação
bacteriana
garganta),
febre
reumática
aguda
glomerulonefrite
aguda
(inflamação do rim).
Taxa de perfusão e profilaxia com corticosteróides
No início da terapêutica, observa-se frequentemente uma diminuição da pressão
arterial, taquicardia ou bradicardia (em casos individuais pode mesmo ocorrer
choque). Deste modo, no início da terapêutica, a perfusão deve ser realizada
lentamente.
Para
além
disso,
podem
administrados
corticosteróides
profilaticamente.
Pré-tratamento com heparina ou derivados cumarínicos
doente
estiver
medicado
heparina,
deve-se
neutralizá-la
pela
administração de sulfato de protamina antes de iniciar a terapêutica trombolítica. O
tempo de trombina não deve ser superior a duas vezes o valor de controlo normal
antes de se iniciar a terapêutica trombolítica. Em doentes previamente tratados com
derivados cumarínicos, a INR (Relação Normalizada Internacional) deve ser inferior a
1,3 antes de se iniciar a perfusão de estreptoquinase.
Tratamento simultâneo com ácido acetilsalicílico
Observou-se uma potenciação mútua, positiva, do efeito do ácido acetilsalicílico e da
estreptoquinase na esperança de vida de doentes com suspeita de enfarte do
miocárdio.
administração
ácido
acetilsalicílico
deve
começar
antes
terapêutica com estreptoquinase e continuar durante, pelo menos, um mês.
Punção arterial
Se for necessária uma punção arterial durante a terapêutica intravenosa, é preferível
fazê-la nos vasos dos membros superiores. Após a punção, deve-se fazer pressão
durante pelo menos 30 minutos, aplicar um penso compressivo e verificar o local da
punção frequentemente para detetar eventuais sinais de hemorragia.
Outros medicamentos e Streptase
Informe o seu médico se estiver a tomar, ou tiver tomado recentemente, ou se vier
a tomar outros medicamentos.
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O tratamento simultâneo ou prévio com anticoagulantes (fármacos que inibem a
coagulação, ex. heparina) ou substâncias que atuam sobre a função ou formação
plaquetária (p.ex., inibidores da agregação plaquetária, dextranos), pode aumentar o
perigo de hemorragia.
Antes de iniciar uma lise (tratamento para a dissolução do coágulo) sistémica
prolongada
tromboses
venosas
profundas
oclusões
arteriais
estreptoquinase deve esperar-se que desapareçam os efeitos das substâncias que
atuam sobre a formação ou função das plaquetas. Ver também “Tome especial
cuidado com Streptase”.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Devido a risco de lesões fetais, Streptase só deve ser administrado durante a
gravidez após uma cuidadosa consideração do benefício-risco. Durante as primeiras
18 semanas de gravidez, o uso de estreptoquinase deve ser limitado apenas a
indicações vitais.
Não existe informação disponível relativamente à utilização de Streptase durante o
aleitamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não aplicável.
Este medicamento contém menos de 1 mmol (23 mg) de sódio por frasco para
injetáveis, ou seja, é praticamente isento de sódio.
3. Como utilizar Streptase
Utilize
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Posologia
Nota: Quando é necessária uma terapêutica trombolítica e está presente uma
elevada concentração de anticorpos contra a estreptoquinase ou foi recentemente
administrada uma terapêutica com estreptoquinase (mais de 5 dias e menos de um
ano previamente), devem utilizar-se fibrinolíticos homólogos (Ver também “Tome
especial cuidado com Streptase”).
Enfarte transmural agudo do miocárdio com elevação persistente do segmento ST ou
bloqueio recente do feixe-ramo esquerdo
Administração sistémica
Na lise de curta duração para o tratamento do enfarte agudo do miocárdio,
administram-se 1500000 U.I. de Streptase dentro de 60 minutos.
Administração local
No enfarte agudo do miocárdio, os doentes recebem um bólus intra-coronário de
20000 U.I. de Streptase, em média, e uma dose de manutenção de 2000 U.I. a 4000
U.I. por minuto ao longo de 30 a 90 minutos.
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Tromboses agudas, subagudas e crónicas/embolismo das veias e artérias periféricas
e doenças arteriais oclusivas crónicas
Administração sistémica
Na trombólise de curta duração, os adultos com embolismo/oclusões venosas e
arteriais periféricas recebem uma dose inicial de 250000 U.I. de Streptase dentro de
30 minutos, seguida de uma dose de manutenção de 1500000 U.I. por hora ao longo
de, no máximo, seis horas. A perfusão de seis horas de Streptase pode ser repetida
no dia seguinte, em função do sucesso terapêutico da lise. Contudo, a repetição do
tratamento não deve, em caso algum, ser efetuada mais de 5 dias após a primeira
perfusão.
Como alternativa à lise de curta duração, uma lise a longo prazo pode ser
considerada para o tratamento de oclusões periféricas. Uma dose inicial de 250000
U.I. de Streptase é dada dentro de 30 minutos, seguida de uma dose de manutenção
de 100000 U.I. por hora. A duração do tratamento depende da extensão e
localização da oclusão. Em oclusões periféricas, a duração máxima do tratamento é
de 5 dias.
Administração local
Os doentes com tromboses e embolias periféricas agudas, subagudas e crónicas
recebem 1000 U.I. a 2000 U.I. de Streptase com intervalos de 3 a 5 minutos. A
duração da administração depende da extensão e da localização da oclusão e dura
até 3 horas com uma dose total máxima de 120000 U.I. de Streptase.
Uma angioplastia transluminal percutânea pode ser realizada simultaneamente, se
necessário.
Oclusões das artérias ou veias centrais da retina
Administração sistémica
Em caso de tromboses dos vasos centrais da retina, a lise das oclusões arteriais deve
ser limitada a um máximo de 24 horas; nas oclusões venosas, o máximo é de 72
horas. Se está indicada a continuação da trombólise devido a oclusões trombóticas
extensas, um intervalo de aproximadamente um dia deve ser respeitado seguido
pela administração de um fibrinolítico homólogo.
Posologia para recém-nascidos, bebés e crianças
Não existe experiência suficiente com Streptase em crianças. Deverá avaliar-se o
benefício do tratamento em função dos riscos potenciais que poderão agravar uma
situação com risco de vida.
Controlo da terapêutica
Administração sistémica
No caso de lise de curta duração durante 6 horas, deve ser administrada heparina
durante ou após a perfusão de Streptase quando o tempo de trombina (TT) ou o
tempo parcial de tromboplastina (aPTT) alcançarem menos de 2 ou 1,5 vezes o valor
de controlo normal, respetivamente. Os TT e aPTT devem ser prolongados para 2 a 4
e 1,5 a 2,5 vezes o valor normal, respetivamente, a fim de assegurar uma proteção
suficiente contra uma retrombose.
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Se a perfusão de Streptase não for repetida, a terapêutica com heparina é instituída
simultaneamente com a administração de anticoagulantes orais (ver tratamento de
"follow-up").
A lise de longa duração é controlada com o tempo de trombina. Deve ter-se como
objetivo um prolongamento do tempo de trombina de 2 a 4 vezes, que é o
considerado como dando uma proteção anticoagulante suficiente. Portanto, uma
administração simultânea de heparina pode-se tornar necessária a partir da 16ª hora
de tratamento. Se o tempo de trombina após 16 horas estiver ainda prolongado para
mais de 4 vezes o valor de controlo normal, a dose de manutenção de Streptase tem
de ser duplicada durante várias horas até que o tempo de trombina baixe.
Administração local
Como é habitual nas angiografias, a heparina é administrada -se necessário- antes
da angiografia como uma salvaguarda contra tromboses induzidas pelo cateter. O
sucesso da terapêutica pode ser determinado pela angiografia. Com um fluxo
sanguíneo suficiente durante mais de 15 minutos, a terapêutica é habitualmente
considerada bem sucedida e pode ser terminada.
Tratamento de "follow-up"
Após cada terapêutica com estreptoquinase, pode ser instituído um tratamento de
"follow-up" com anticoagulantes ou inibidores da agregação plaquetária, como
prevenção de retrombose. Com a terapêutica por heparina, em particular, deve-se
considerar como um risco aumentado de hemorragia. A terapêutica com heparina é
controlada individualmente com o tempo de trombina ou aPTT. O objetivo deve ser o
de alcançar um prolongamento de 2 a 4 vezes do tempo de trombina e de 1,5 a 2,5
vezes o de aPTT. Para a profilaxia a longo prazo, podem ser administrados
anticoagulantes orais como, por exemplo, derivados cumarínicos ou inibidores da
agregação plaquetária.
Modo de administração
Streptase administra-se por via intravenosa ou intra-arterial.
A duração da terapêutica depende da natureza e extensão da oclusão do vaso e
difere em função da indicação (ver secção 4.2, do RCM).
Streptase apresenta-se sob a forma de um liofilizado branco. Após a reconstituição
com soro fisiológico, obtém-se uma solução límpida, incolor ou amarelada.
Com o fim de assegurar que o conteúdo do frasco se dissolva rápida e totalmente,
devem injetar-se 5 ml de soro fisiológico no frasco que contém o Streptase e
eliminar o vácuo residual separando a agulha da seringa.
Para administração com uma bomba de perfusão, pode utilizar-se soro fisiológico,
solução de lactato de Ringer, solução de glucose ou levulose a 5% como solventes.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico, farmacêutico ou enfermeiro.
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4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
As reações adversas apresentadas em seguida baseiam-se na experiência obtida nos
ensaios clínicos e após comercialização. As reações adversas são apresentadas por
ordem decrescente de gravidade dentro das seguintes classes de frequência:
Muito frequentes ≥ 1/10
Frequentes ≥ 1/100 e <1/10
Pouco frequentes ≥ 1/1.000 e <1/100
Raras ≥ 1/10.000 e <1/1.000
Muito raras < 1/10.000 (incluindo casos isolados)
Doenças do sangue
Frequentes: hemorragias no local da injeção e equimoses (pequenas hemorragias na
pele). Hemorragias gastrointestinais ou urogenitais, epistaxe (hemorragia nasal).
Pouco frequentes: hemorragias cerebrais, suas complicações e possível desfecho
fatal, hemorragias retinianas, hemorragias graves (também com desfecho fatal)
incluindo hemorragias hepáticas, hemorragias retroperitoneais (na parte de trás do
abdómen), rotura do baço. Raramente são necessárias transfusões sanguíneas.
Muito raras: durante o tratamento trombolítico (dissolução do coágulo) do enfarte
agudo do miocárdio, podem ocorrer hemorragias no pericárdio (saco que envolve o
coração), incluindo rotura do miocárdio (rotura do músculo cardíaco).
Nas complicações hemorrágicas graves, a terapêutica com Streptase é interrompida
e deverá ser administrado um inibidor das proteinases, p.ex. a aprotinina, nas doses
seguir
indicadas:
inicialmente,
500000
U.I.Q
(unidades
inativadoras
quininogenina) até 1000000 U.I.Q, seguidas de 50000 U.I.Q por hora em perfusão
intravenosa gota a gota até paragem da hemorragia. Adicionalmente é recomendada
a combinação com antifibrinolíticos sintéticos. Se necessário, pode proceder-se à
administração de fatores da coagulação. Tem sido referido que a administração
adicional de antifibrinolíticos sintéticos é eficaz em casos isolados de episódios
hemorrágicos.
Doenças do sistema imunitário
Muito frequentes: desenvolvimento de anticorpos anti-estreptoquinase (ver também
“Tome especial cuidado com Streptase 1500000 U.I.”).
Frequentes: reações alérgicas-anafiláticas com exantema, rubor (vermelhidão da
pele com sensação de calor), prurido, urticária, edema angioneurótico, dispneia,
broncospasmo (constrição das vias respiratórias) ou hipotensão.
Muito raras: reações alérgicas tardias, tais como doença do soro, artrite (inflamação
das articulações com dor, inchaço e limitação de movimentos), vasculite (inflamação
da parede de um vaso sanguíneo), nefrite (inflamação dos rins) e sintomas neuro-
alérgicos (relativos aos nervos) (polineuropatia – doença que afeta vários nervos,
p.ex. síndrome de Guillain Barré), reações alérgicas graves, até choque, incluindo
paragem respiratória.
Reações alérgicas ligeiras ou moderadas podem ser tratadas com a administração
concomitante de um antihistamínico e/ou terapêutica corticosteróide. Se ocorrer uma
reação alérgica/anafilática grave, a perfusão de Streptase deve ser imediatamente
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interrompida
instituído
tratamento
apropriado.
Devem
seguir-se
recomendações clínicas habituais para o tratamento do choque. A terapêutica para a
lise deve continuar com fibrinolíticos homólogos.
Doenças do sistema nervoso
Raras: sintomas neurológicos (ex: tonturas, confusão, paralisia, hemiparesia –
paralisia do lado esquerdo ou direito do corpo, agitação ou convulsões) no contexto
de hemorragias cerebrais ou alterações cardiovasculares (relativas ao coração e à
circulação sanguínea) com hipoperfusão (diminuição do fluxo sanguíneo) do cérebro.
Cardiopatias e vasculopatias
Frequentes: no início da terapêutica, hipotensão, taquicardia ou bradicardia (ver
também “Tome especial cuidado com Streptase 1500000 U.I.” sob o título Taxa de
perfusão e profilaxia com corticosteróides).
Muito raras: embolismo por colesterol.
No âmbito da terapêutica fibrinolítica (dissolução do coágulo) com Streptase em
doentes com enfarte do miocárdio, os seguintes efeitos têm sido notificados como
complicações do enfarte do miocárdio e/ou sintomas de reperfusão (reabertura de
vasos sanguíneos obstruídos):
Muito frequentes: hipotensão, alterações do ritmo e da frequência cardíaca, angina
de peito.
Frequentes: isquemia recorrente (depleção de sangue), insuficiência cardíaca, re-
enfarte (repetição do enfarte), choque cardiogénico (desencadeado pela insuficiência
cardíaca), pericardite, edema pulmonar.
Pouco frequentes: paragem cardíaca (com paragem respiratória), insuficiência mitral
(válvula do coração), efusão pericárdica (acumulação de líquido seropurulento no
saco que envolve o coração), tamponamento cardíaco (introdução de líquido no saco
que envolve o coração), rotura do miocárdio, embolismo pulmonar ou periférico.
Estas complicações cardiovasculares estão associadas a risco de vida e podem levar
à morte.
Durante a lise local das artérias periféricas, não pode excluir-se a embolização distal
(fora do coração).
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Muito raras: edema pulmonar não cardiogénico (não desencadeado pela insuficiência
cardíaca) após terapêutica trombolítica intra-coronária em doentes com um enfarte
do miocárdio extenso.
Doenças gastrintestinais
Frequentes: náuseas, diarreia, dor epigástrica (na parte superior do abdómen) e
vómitos.
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes: cefaleias e dores lombares, dores musculares, arrepios e/ou febre assim
como astenia/mal-estar.
Achados laboratoriais
Frequentes: elevações transitórias das transaminases séricas (parâmetros da função
hepática), assim como da bilirrubina.
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Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
5. Como conservar Streptase
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Para a embalagem fechada: Conservar a temperatura entre +2ºC a +25ºC. Não
congelar.
Para a embalagem reconstituída: Conservar a temperatura entre +2ºC a +8ºC. Não
congelar.
Após a reconstituição com soro fisiológico, demonstrou-se uma estabilidade físico-
química durante 24 horas entre +2ºC e +8ºC. Do ponto de vista microbiológico e
dado que Streptase não contém conservantes, o produto reconstituído deve ser
imediatamente utilizado. Caso não seja imediatamente utilizado, a sua conservação
não deve exceder 24 horas entre +2ºC e +8ºC.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no rótulo e na
embalagem exterior, após "VAL.". O prazo de validade corresponde ao último dia do
mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Streptase
- A substância ativa é a estreptoquinase pura estabilizada, derivada do filtrado de
culturas de estreptococos beta-hemolíticos do grupo C de Lancefield.
outros
componentes
são:
albumina
humana,
L-glutamato
sódio
monohidratado,
di-hidrogenofosfato
sódio
di-hidratado
hidrogenofosfato
dissódico di-hidratado.
Qual o aspeto de Streptase e conteúdo da embalagem
Streptase apresenta-se sob a forma farmacêutica de pó para solução para perfusão,
branco, acondicionado em frasco para injectáveis de 6 ml, em vidro tipo I incolor.
Embalagem
frasco
para
injectáveis,
contendo
1500000
U.I.
estreptoquinase.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
CSL Behring GmbH
Emil-von-Behring-Str. 76
35041 Marburg
Alemanha
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Para quaisquer informações sobre este medicamento queira contatar o representante
local do Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
CSL Behring Lda
Avenida 5 de Outubro, 198 - 3º Esq.
1050-064 Lisboa
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Streptase 1500000 U.I. Pó para solução para perfusão
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada frasco para injectáveis de pó para solução para perfusão, contém 1500000 U.I.
estreptoquinase
pura
estabilizada,
derivada
filtrado
culturas
estreptococos beta-hemolíticos do grupo C de Lancefield.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Pó para solução para perfusão.
Pó branco.
Após a reconstituição, a solução apresenta-se límpida, incolor a amarelada.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Administração sistémica
- enfarte transmural agudo do miocárdio (ocorrido há menos de 12 horas), com
elevação persistente do segmento ST ou bloqueio recente do feixe-ramo esquerdo,
- tromboses venosas profundas (ocorridas há menos de 14 dias),
- embolismo pulmonar agudo extenso,
- tromboses agudas e subagudas das artérias periféricas,
- doenças arteriais oclusivas crónicas (com menos de 6 semanas),
- oclusão das artérias ou veias centrais da retina (oclusões arteriais ocorridas há
menos de 6 a 8 horas, oclusões venosas ocorridas há menos de 10 dias).
Administração local
- enfarte agudo do miocárdio para reabertura dos vasos coronários (ocorrido há
menos de 12 horas),
- tromboses agudas, subagudas e crónicas assim como embolismo das veias e
artérias periféricas.
Nota: não é possível fazer afirmações acerca do resultado da terapêutica nos casos
em que a administração é efetuada fora dos prazos acima indicados.
4.2 Posologia e modo de administração
Medicamento sujeito a receita médica restrita destinado ao uso exclusivo hospitalar,
devido às suas características farmacológicas, à sua novidade, ou por razões de
saúde pública
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Posologia
Nota: Quando é necessária uma terapêutica trombolítica e está presente uma
elevada concentração de anticorpos contra a estreptoquinase ou foi recentemente
administrada uma terapêutica com estreptoquinase (mais de 5 dias e menos de um
ano previamente), devem utilizar-se fibrinolíticos homólogos (ver também secção
4.4).
Enfarte transmural agudo do miocárdio com elevação persistente do segmento ST ou
bloqueio recente do feixe-ramo esquerdo
Administração sistémica
Na lise de curta duração para o tratamento do enfarte agudo do miocárdio,
administram-se 1500000 U.I. de Streptase dentro de 60 minutos.
Administração local
No enfarte agudo do miocárdio, os doentes recebem um bólus intracoronário de
20000 U.I. de Streptase, em média, e uma dose de manutenção de 2000 U.I. a 4000
U.I. por minuto ao longo de 30 a 90 minutos.
Tromboses agudas, subagudas e crónicas/embolismo das veias e artérias periféricas
e doenças arteriais oclusivas crónicas
Administração sistémica
Na trombólise de curta duração, os adultos com embolismo/oclusões venosas e
arteriais periféricas recebem uma dose inicial de 250000 U.I. de Streptase dentro de
30 minutos, seguida de uma dose de manutenção de 1500000 U.I. por hora ao longo
de, no máximo, seis horas. A perfusão de seis horas de Streptase pode ser repetida
no dia seguinte, em função do sucesso terapêutico da lise. Contudo, a repetição do
tratamento não deve, em caso algum, ser efetuada mais de 5 dias após a primeira
perfusão.
Como alternativa à lise de curta duração, uma lise a longo prazo pode ser
considerada para o tratamento de oclusões periféricas. Uma dose inicial de 250000
U.I. de Streptase é dada dentro de 30 minutos, seguida de uma dose de manutenção
de 100000 U.I. por hora. A duração do tratamento depende da extensão e
localização da oclusão. Em oclusões periféricas, a duração máxima do tratamento é
de 5 dias.
Administração local
Os doentes com tromboses e embolias periféricas agudas, subagudas e crónicas
recebem 1000 U.I. a 2000 U.I. de Streptase com intervalos de 3 a 5 minutos. A
duração da administração depende da extensão e da localização da oclusão e dura
até 3 horas com uma dose total máxima de 120000 U.I. de Streptase.
Uma angioplastia transluminal percutânea pode ser realizada simultaneamente, se
necessário.
Oclusões das artérias ou veias centrais da retina
Administração sistémica
Em caso de tromboses dos vasos centrais da retina, a lise das oclusões arteriais deve
ser limitada a um máximo de 24 horas; nas oclusões venosas, o máximo é de 72
horas. Se está indicada a continuação da trombólise devido a oclusões trombóticas
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extensas, um intervalo de aproximadamente um dia deve ser respeitado seguido
pela administração de um trombolítico homólogo.
Posologia para recém-nascidos, bebés e crianças
Não existe experiência suficiente com Streptase em crianças. Deverá avaliar-se o
benefício do tratamento em função dos riscos potenciais que poderão agravar uma
situação com risco de vida.
Controlo da terapêutica
Administração sistémica
No caso de lise de curta duração durante 6 horas, deve ser administrada heparina
durante ou após a perfusão de Streptase quando o tempo de trombina (TT) ou o
tempo parcial de tromboplastina (aPTT) alcançarem menos de 2 ou 1,5 vezes o valor
de controlo normal, respetivamente. Os TT e aPTT devem ser prolongados para 2 a 4
e 1,5 a 2,5 vezes o valor normal, respetivamente, a fim de assegurar uma proteção
suficiente contra uma retrombose.
Se a perfusão de Streptase não for repetida, a terapêutica com heparina é instituída
simultaneamente com a administração de anticoagulantes orais (ver tratamento de
"follow-up").
A lise de longa duração é controlada com o tempo de trombina. Deve ter-se como
objetivo um prolongamento do tempo de trombina de 2 a 4 vezes, que é o
considerado como dando uma proteção anticoagulante suficiente. Portanto, uma
administração simultânea de heparina pode-se tornar necessária a partir da 16ª hora
de tratamento. Se o tempo de trombina após 16 horas estiver ainda prolongado para
mais de 4 vezes o valor de controlo normal, a dose de manutenção de Streptase tem
de ser duplicada durante várias horas até que o tempo de trombina baixe.
Administração local
Como é habitual nas angiografias, a heparina é administrada -se necessário- antes
da angiografia como uma salvaguarda contra tromboses induzidas pelo catéter. O
sucesso da terapêutica pode ser determinado pela angiografia. Com um fluxo
sanguíneo suficiente durante mais de 15 minutos, a terapêutica é habitualmente
considerada bem sucedida e pode ser terminada.
Tratamento de "follow-up"
Após cada terapêutica com estreptoquinase, pode ser instituído um tratamento de
"follow-up"
anticoagulantes
inibidores
agregação
plaquetária
como
prevenção de retrombose. Com a terapêutica por heparina, em particular, deve-se
considerar como um risco aumentado de hemorragia. A terapêutica com heparina é
controlada individualmente com o tempo de trombina ou aPTT. O objetivo deve ser o
de alcançar um prolongamento de 2 a 4 vezes do tempo de trombina e de 1,5 a 2,5
vezes o de aPTT. Para a profilaxia a longo prazo, podem ser administrados
anticoagulantes orais como, por exemplo, derivados de cumarínicos ou inibidores da
agregação plaquetária.
Modo de administração
Streptase administra-se por via intravenosa ou intra-arterial.
APROVADO EM
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A duração da terapêutica depende da natureza e extensão da oclusão do vaso e
difere em função da indicação (ver secção 4.2).
Streptase apresenta-se sob a forma de um liofilizado branco. Após a reconstituição
com soro fisiológico, obtém-se uma solução límpida, incolor ou amarelada.
Com o fim de assegurar que o conteúdo do frasco se dissolva rápida e totalmente,
devem injetar-se 5 ml de soro fisiológico no frasco que contém o Streptase e
eliminar o vácuo residual separando a agulha da seringa.
Para administração com uma bomba de perfusão podem utilizar-se soro fisiológico,
solução de lactato de Ringer, solução de glucose ou levulose a 5% como solventes.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados
na secção 6.1.
Dado o aumento do risco de hemorragia sob terapêutica trombolítica, Streptase não
deve ser administrado nas seguintes situações:
hemorragias internas existentes ou recentes
todas
formas
coagulação
sanguínea
reduzida,
particular
fibrinólise
espontânea e coagulopatias extensas
acidentes vasculares cerebrais recentes, cirurgia intracraniana ou intraespinal
neoplasia intracraniana
traumatismo craniano recente
malformação ou aneurisma arterio-venoso
neoplasia conhecida com risco de hemorragia
pancreatite aguda
hipertensão incontrolável com valores sistólicos acima de 200 mm Hg e/ou valores
diastólicos acima de 100 mm Hg ou retinopatia hipertensiva de grau III/IV.
implantação recente de uma prótese num vaso sanguíneo
tratamento simultâneo com anticoagulantes orais (INR>1,3)
lesões hepáticas ou renais graves
endocardite ou pericardite. Casos isolados de pericardite, mal diagnosticados como
enfarte agudo do miocárdio e tratados com Streptase resultaram em efusões
pericárdicas incluindo tamponamento.
diátese hemorrágica diagnosticada
grandes cirurgias recentes (6º ao 10º dia após a cirurgia, dependendo da gravidade
da intervenção cirúrgica
intervenções invasivas, como por ex., biópsia orgânica recente, massagem cardíaca
externa prolongada (traumatismo)
Administração local
Também é possível um efeito sistémico após administração local. Assim, as contra-
indicações acima mencionadas, também devem ser tomadas em consideração em
caso de administração local.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Avaliação individual do benefício-risco
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Nos casos seguintes, o risco da terapêutica em caso de eventos tromboembólicos
com risco de vida, em particular hemorragias, deve ser avaliado face ao benefício
esperado:
hemorragia gastrintestinal grave recente, ex. úlcera péptica ativa
risco de hemorragia local grave, ex. em caso de aortografia pela via lombar
traumatismo recente e reanimação cardiopulmonar
procedimentos invasivos, ex. intubação recente
punção de vasos não compressíveis, injeções intramusculares
parto recente, aborto
doenças do trato urogenital com tendência para hemorragia potencial ou existente
(cateterismo da bexiga)
doença trombótica séptica
degeneração aterosclerótica grave, doenças vasculares cerebrais
doenças pulmonares com cavitação (p.ex. tuberculose aberta)
valvulopatias mitrais ou fibrilhação auricular
Administração local
Também
possível
efeito
sistémico
após
administração
local.
Assim,
advertências
especiais
acima
mencionadas,
também
devem
tomadas
consideração em caso de administração local.
Anticorpos anti-estreptoquinase
Dado o aumento provável de resistência à terapêutica devido a anticorpos anti-
estreptoquinase, a repetição do tratamento com Streptase ou produtos contendo
estreptoquinase pode não ser eficaz se for administrado mais do que 5 dias,
particularmente entre 5 dias e 12 meses, após o tratamento inicial.
Do mesmo modo, pode haver uma redução do efeito terapêutico em doentes com
infeções estreptocócicas recentes, tais como faringite estreptocócica, febre reumática
aguda e glomerulonefrite aguda.
Taxa de perfusão e profilaxia com corticosteróides
No início da terapêutica, observa-se frequentemente uma diminuição da pressão
arterial, taquicardia ou bradicardia (em casos individuais pode mesmo ocorrer
choque). Deste modo, no início da terapêutica, a perfusão deve ser realizada
lentamente.
Para
além
disso,
podem
administrados
corticosteróides
profilaticamente.
Pré-tratamento com heparina ou derivados cumarínicos
doente
estiver
medicado
heparina,
deve-se
neutralizá-la
pela
administração de sulfato de protamina antes de iniciar a terapêutica trombolítica. O
tempo de trombina não deve ser superior a duas vezes o valor de controlo normal
antes de se iniciar a terapêutica trombolítica. Em doentes previamente tratados com
derivados cumarínicos, a INR (Relação Normalizada Internacional) deve ser inferior a
1,3 antes de se iniciar a perfusão de estreptoquinase.
Tratamento simultâneo com ácido acetilsalicílico
Observou-se uma potenciação mútua, positiva, do efeito do ácido acetilsalicílico e da
estreptoquinase na esperança de vida de doentes com suspeita de enfarte do
miocárdio.
administração
ácido
acetilsalicílico
deve
começar
antes
terapêutica com estreptoquinase e continuar durante, pelo menos, um mês.
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Punção arterial
Se for necessária uma punção arterial durante a terapêutica intravenosa, é preferível
fazê-la nos vasos dos membros superiores. Após a punção, deve-se fazer pressão
durante pelo menos 30 minutos, aplicar um penso compressivo e verificar o local da
punção frequentemente para detetar eventuais sinais de hemorragia.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Tratamento simultâneo ou prévio com anticoagulantes (fármacos que inibem a
coagulação, ex. heparina) ou substâncias que atuam sobre a função ou formação
plaquetária (p.ex., inibidores da agregação plaquetária, dextranos) pode aumentar o
perigo de hemorragia.
Antes de iniciar uma lise sistémica prolongada de tromboses venosas profundas e de
oclusões arteriais com estreptoquinase deve esperar-se que desapareçam os efeitos
das substâncias que atuam sobre a formação ou função das plaquetas. Ver também
secção 4.4.
4.6 Fertilidade, gravidez e o aleitamento
Devido a risco de lesões fetais, Streptase só deve ser administrado durante a
gravidez após uma cuidadosa consideração do benefício-risco. Durante as primeiras
18 semanas de gravidez, o uso de estreptoquinase deve ser limitado apenas a
indicações vitais.
Não existe informação disponível relativamente à utilização de Streptase durante o
aleitamento.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não aplicável.
4.8 Efeitos indesejáveis
As reações adversas apresentadas em seguida baseiam-se na experiência obtida nos
ensaios clínicos e após comercialização. As reações adversas são apresentadas por
ordem decrescente de gravidade dentro das seguintes classes de frequência:
Muito frequentes ≥ 1/10
Frequentes ≥ 1/100 e <1/10
Pouco frequentes ≥ 1/1.000 e <1/100
Raras ≥ 1/10.000 e <1/1.000
Muito raras < 1/10.000 (incluindo casos isolados)
Doenças do sangue
Frequentes:
hemorragias
local
injeção
equimoses.
Hemorragias
gastrointestinais ou urogenitais, epistaxe.
Pouco frequentes: hemorragias cerebrais, suas complicações e possível desfecho
fatal, hemorragias retinianas, hemorragias graves (também com desfecho fatal)
incluindo hemorragias hepáticas, hemorragias retroperitoneais, rotura do baço.
Raramente são necessárias transfusões sanguíneas.
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Muito raras: durante o tratamento trombolítico do enfarte agudo do miocárdio,
podem ocorrer hemorragias no pericárdio, incluindo rotura do miocárdio.
Nas complicações hemorrágicas graves, a terapêutica com Streptase é interrompida
e deverá ser administrado um inibidor das proteinases, p.ex. a aprotinina, nas doses
seguir
indicadas:
inicialmente,
500000
U.I.Q
(unidades
inativadoras
quininogenina) até 1000000 U.I.Q, seguidas de 50000 U.I.Q por hora em perfusão
intravenosa gota a gota até paragem da hemorragia. Adicionalmente é recomendada
a combinação com antifibrinolíticos sintéticos. Se necessário, pode proceder-se à
administração de fatores da coagulação. Tem sido referido que a administração
adicional de antifibrinolíticos sintéticos é eficaz em casos isolados de episódios
hemorrágicos.
Doenças do sistema imunitário
Muito frequentes: desenvolvimento de anticorpos anti-estreptoquinase (ver também
secção 4.4).
Frequentes: reações alérgicas-anafiláticas com exantema, rubor, prurido, urticária,
edema angioneurótico, dispneia, broncospasmo ou hipotensão.
Muito raras: reações alérgicas tardias, tais como doença do soro, artrite, vasculite,
nefrite e sintomas neuro-alérgicos (polineuropatia, p.ex. síndrome de Guillain Barré),
reacções alérgicas graves, até choque incluindo paragem respiratória.
Reações alérgicas ligeiras ou moderadas podem ser tratadas com a administração
concomitante de um antihistamínico e/ou terapêutica corticosteróide. Se ocorrer uma
reação alérgica/anafilática grave, a perfusão de Streptase deve ser imediatamente
interrompida
instituído
tratamento
apropriado.
Devem
seguir-se
recomendações clínicas habituais para o tratamento do choque. A terapêutica para a
lise deve continuar com fibrinolíticos homólogos.
Doenças do sistema nervoso
Raras:
sintomas
neurológicos
(ex:
tonturas,
confusão,
paralisia,
hemiparesia,
agitação
convulsões)
contexto
hemorragias
cerebrais
alterações
cardiovasculares com hipoperfusão do cérebro.
Cardiopatias e vasculopatias
Frequentes: no início da terapêutica, hipotensão, taquicardia ou bradicardia (ver
também secção 4.4 sob o título Taxa de perfusão e profilaxia com corticosteróides).
Muito raras: embolismo por colesterol.
No âmbito da terapêutica fibrinolítica com Streptase em doentes com enfarte do
miocárdio, os seguintes efeitos têm sido notificados como complicações do enfarte do
miocárdio e/ou sintomas de reperfusão.
Muito frequentes: hipotensão, alterações do ritmo e da frequência cardíaca, angina
de peito.
Frequentes:
isquemia
recorrente,
insuficiência
cardíaca,
re-enfarte,
choque
cardiogénico, pericardite, edema pulmonar.
Pouco
frequentes:
paragem
cardíaca
(com
paragem
respiratória),
insuficiência
mitral, efusão pericárdica, tamponamento cardíaco, rotura do miocárdio, embolismo
pulmonar ou periférico.
Estas complicações cardiovasculares estão associadas a risco de vida e podem levar
à morte.
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Durante a lise local das artérias periféricas, não pode excluir-se a embolização distal.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Muito raras: edema pulmonar não cardiogénico após terapêutica trombolítica intra-
coronária em doentes com um enfarte do miocárdio extenso.
Doenças gastrointestinais
Frequentes: náuseas, diarreia, dor epigástrica e vómitos.
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes: cefaleias e dores lombares, dores musculares, arrepios e/ou febre assim
como astenia/mal-estar.
Achados laboratoriais
Frequentes:
elevações
transitórias
transaminases
séricas,
assim
como
bilirrubina.
4.9 Sobredosagem
Não aplicável. Ver também secção 5.1.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Grupo 4.3.2 Sangue. Anticoagulantes e antitrombóticos.
Fibrinolíticos (ou trombolíticos), código ATC: B01AD01
A ativação do sistema fibrinolítico endógeno inicia-se com a formação de um
complexo estreptoquinase-plasminogénio.
Este complexo possui propriedades de ativação e converte o plasminogénio na
plasmina
proteolítica
fibrinolítica
ativa.
Quanto
maior
quantidade
plasminogénio ligado neste complexo, menos plasminogénio fica disponível para ser
convertido na sua forma enzimaticamente ativa. Consequentemente, doses elevadas
de estreptoquinase estão associadas a um menor risco de hemorragias e vice-versa.
Após administração intravenosa ou intra-arterial e neutralização do título individual
de anticorpos anti-estreptoquinase, a estreptoquinase fica imediatamente disponível
sistemicamente ou localmente para ativação do sistema fibrinolítico.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Devido ao alto grau de afinidade e reação rápida entre a estreptoquinase e os
anticorpos anti-estreptoquinase, possivelmente presentes no sangue dos doentes,
quantidades baixas de estreptoquinase são eliminadas do sangue com uma semivida
de 18 minutos. A semi-vida de eliminação da estreptoquinase baseada na formação
do ativador, é de cerca de 80 minutos.
A maior parte da estreptoquinase é degradada em peptidos e eliminada pelos
intestinos e pelos rins.
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5.3 Dados de segurança pré-clínica
Estudos extensos em diferentes espécies de animais de laboratório mostraram que
doses humanas múltiplas não têm um efeito tóxico agudo.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista de excipientes
Albumina humana,
Glutamato de sódio,
Di-hidrogenofosfato de sódio di-hidratado,
Hidrogenofosfato dissódico di-hidratado.
6.2 Incompatibilidades
Não conhecidas.
Para uma diluição adicional da solução reconstituída recomenda-se a utilização de
soluções de perfusão especiais. Ver também secção 4.2.
6.3 Prazo de validade
Embalagem fechada: 3 anos
Após a reconstituição com soro fisiológico, demonstrou-se uma estabilidade físico-
química durante 24 horas entre +2ºC e +8ºC. Do ponto de vista microbiológico e
dado que Streptase não contém conservantes, o produto reconstituído deve ser
imediatamente utilizado. Caso não seja imediatamente utilizado, a sua conservação
não deve exceder 24 horas entre +2ºC e +8ºC.
Streptase não deve ser utilizado após expirado o prazo de validade indicado no
frasco para injectáveis e na embalagem exterior.
6.4 Precauções especiais de conservação
Para a embalagem fechada: Conservar a temperatura entre +2ºC e +25ºC. Não
congelar.
Para a embalagem reconstituída: Conservar a temperatura entre +2ºC e +8ºC. Não
congelar.
Ver também a secção 6.3.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Frasco para injectáveis de 6 ml, de vidro tubular transparente, incolor (Tipo I, F.
Eur.) com tampa de borracha isenta de látex, selo de alumínio e cápsula de plástico
de abertura fácil.
Embalagem com um frasco para injectáveis com 1500000 U.I. de estreptoquinase.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
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Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo
com as exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
CSL Behring GmbH
Emil-von-Behring-Str. 76
35041 Marburg
Alemanha
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º de registo: 8724203 - 6 ml de pó para solução para perfusão, 1500000 U.I.,
frasco para injectáveis de vidro Tipo I incolor.
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 14 de setembro de 1989
Data da última renovação: 20 de maio de 2010
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO