Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
08-10-2019
08-10-2019
APROVADO EM
08-10-2019
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Somatostatina Basi 3mg/1ml Pó e solvente para solução para perfusão
Somatostatina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a utilizar este medicamento
pois contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
O que contém este folheto:
O que é Somatostatina Basi e para que é utilizado
O que precisa de saber antes de tomar Somatostatina Basi
Como tomar Somatostatina Basi
Efeitos secundários possíveis
Como conservar Somatostatina Basi
Conteúdo da embalagem e outras informações
O que é Somatostatina Basi e para que é utilizado
A somatostatina tem um papel na regulação das secreções endócrinas e exócrinas e
na motilidade gastrointestinal. Quando administrada em doses farmacológicas, a
somatostatina inibe tanto a função e a motilidade gastrointestinal como também as
secreções e reduz o fluxo de sangue esplâncnico.
Somatostatina Basi pertence à classe farmacoterapêutica 8.1.1 - Hormonas e
medicamentos
usados
tratamento
doenças
endócrinas,
Hormonas
hipotalâmicas e hipofisárias, seus análogos e antagonistas, Lobo anterior da hipófise.
A Somatostatina Basi está indicada nas seguintes situações:
Tratamento
hemorragias
agudas
graves
resultantes
úlceras
gastroduodenais, gastrites erosivas hemorrágicas e por rutura de varizes do esófago
suspeitas ou diagnosticadas por endoscopia:
- Tratamento da pancreatite aguda;
- Profilaxia das complicações após cirurgia pancreática e explorações por C.P.R.E.;
- Tratamento coadjuvante das fístulas do intestino delgado e pâncreas;
- Tratamento da hipersecreção causada por tumores endócrinos do trato digestivo.
O que precisa de saber antes de tomar Somatostatina Basi
Não utilize Somatostatina Basi
alergia
(hipersensibilidade)
somatostatina
análogos
somatostatina ou a qualquer outro componente de Somatostatina Basi.
Advertências e precauções
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Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de utilizar Somatostatina Basi.
Somatostatina Basi é um medicamento reservado exclusivamente a tratamentos em
meio hospitalar.
Aos doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina ≤ 30 ml/mín.)
deve ser administrada metade da dose recomendada.
Os doentes em tratamento com Somatostatina Basi devem ser mantidos sob estreita
observação médica. O bólus intravenoso deve ser administrado lentamente, durante
pelo menos 1 minuto. A perfusão I.V. deve ser administrada continuamente. No
início da perfusão pode ocorrer hipoglicémia, possivelmente seguida, 2 a 3 horas
depois, por um aumento da glicémia devido a alterações no balanço entre as
hormonas
reguladoras,
insulina
glucagon.
esta
razão,
exige-se
determinação da glicémia cada 4 a 6 horas.
A administração simultânea de qualquer forma de açúcar (incluindo solução de
glucose,
solução
frutose
alimentação
parentérica
total)
favorece
perturbações na glicémia requerendo uma monitorização apertada da glicémia. Pode
ser necessária a administração de insulina.
somatostatina
pode
induzir
seguintes
efeitos
cardiovasculares
farmacodinâmicos:
hipertensão
sistémica
transitória,
débito
cardíaco
transitoriamente reduzido, pressão arterial pulmonar aumentada, pressão venosa
central aumentada, hipotensão sistémica, bradicárdia, bloqueio atrioventricular.
Consequentemente, os sinais vitais dos doentes devem ser monitorizados durante a
fase
inicial
administração
somatostatina,
particular
após
bólus
intravenoso.
Recomenda-se
precaução
doentes
função
cardiovascular
comprometida ou história de arritmia cardíaca, pois podem não ser capazes de
compensar estes efeitos.
Dado que a taxa de filtração glomerular, o fluxo de urina e o nível sanguíneo de
sódio podem diminuir durante o tratamento com somatostatina, recomenda-se a
verificação regular da função renal e dos eletrólitos plasmáticos.
A Somatostatina Basi causa inibição da absorção intestinal de certos nutrientes. A
Somatostatina Basi também inibe outras secreções hormonais gastrointestinais. A
interrupção abrupta da perfusão pode resultar num efeito “rebound”, especialmente
em doentes a receber tratamentos para fístulas. Assim, após cura das fístulas, deve
ser administrada metade da dose, por perfusão, durante as 48 horas seguintes, por
forma a evitar um possível efeito “rebound”.
Os efeitos da somatostatina sobre os sinais vitais, glicémia e função renal devem ser
tidos em consideração, durante o seguimento dos doentes que terminaram a
terapêutica.
Outros medicamentos e Somatostatina Basi
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
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Considerando o largo espectro de efeitos farmacodinâmicos da somatostatina em
vários
sistemas
reguladores,
existe
possibilidade
diversas
interações
farmacodinâmicas.
Interações farmacodinâmicas com possível relevância clínica têm sido observadas
com medicamentos que também influenciam a regulação da glicémia, o nível de
renina plasmática e a pressão arterial, evidenciando que a somatostatina pode
modificar os efeitos destes medicamentos sobre estes parâmetros.
A administração simultânea de qualquer forma de açúcar (incluindo solução de
glucose,
solução
frutose
alimentação
parentérica
total)
favorece
perturbações na glicémia requerendo uma monitorização apertada da glicémia.
Somatostatina Basi e alimentos e bebidas
Segundo a situação clínica do doente e critério do médico assistente.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tonar qualquer medicamento.
Não existem dados clínicos disponíveis sobre a exposição à somatostatina, durante a
gravidez. Não foram realizados estudos de reprodução em animais. O risco potencial
para humanos é desconhecido. A somatostatina não deve ser utilizada durante a
gravidez exceto se claramente necessário.
A somatostatina não deve ser administrada durante o aleitamento. Mulheres a
amamentar
devem
interromper
aleitamento
caso
lhes
seja
administrada
somatostatina.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não foram observados efeitos de Somatostatina Basi sobre a capacidade de conduzir
e utilizar máquinas.
Informações importantes sobre alguns componentes de Somatostatina Basi
Não aplicável.
Como tomar Somatostatina Basi
Utilize este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o
seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Devido à sua curta semivida (1 a 2 minutos) a Somatostatina Basi deve ser
administrada por perfusão intravenosa contínua.
A dose recomendada é de 3,5 µg/Kg de peso corporal/hora, ou usualmente, 6 mg/24
horas para um doente de 75 Kg, administrados em perfusão contínua de 0,25
mg/hora. A velocidade de perfusão deve, assim, ser ajustada para 12 horas.
Em doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina ≤ 30 ml/mín.),
as doses devem ser reduzidas para 1,75 µg/Kg de peso corporal/hora, no caso da
perfusão contínua e para 1,75 µg/Kg de peso corporal/hora, no caso da perfusão
contínua e para 1,75 µg/Kg de peso corporal, no caso da administração de bólus.
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doente
deve
cuidadosamente
monitorizado
após
descontinuação
tratamento.
Para o tratamento de hemorragias gastrointestinais:
A perfusão com Somatostatina Basi deve ser iniciada antes da endoscospia, logo que
possível após os primeiros sinais de hemorragia, e prolongada durante cinco dias
(120 horas), sendo o mínimo de duração do tratamento de 48 horas.
Adicionalmente
perfusão
contínua,
imediatamente
depois
começar
administração de somatostatina por perfusão contínua, deve ser administrado um
bólus intravenoso de 3,5 µg/Kg de peso corporal e outro bólus 1 minuto antes da
endoscopia. O bólus deve ser administrado lentamente (durante, pelo menos, 1
minuto).
Após
tratamento
endoscópico,
devem
administrados
bólus
semelhantes caso o doente evidencie sinais clínicos de hemorragia.
Para o tratamento de fístulas ou da hipersecreção causada por tumores endócrinos
do trato digestivo:
Não é necessário um bólus intravenoso.
Na maioria dos doentes a cura de uma fístula pode ser esperada entre os dias 7 a 14
de tratamento, apesar de serem possíveis períodos mais longos ou mais curtos.
Depois da cura, deve-se fazer uma perfusão com metade da dose nas 48 horas
seguintes, de maneira a evitar um possível efeito “rebound”.
Instruções para a reconstituição:
A Somatostatina Basi deve ser reconstituída imediatamente antes da sua utilização
adicionando ao pó a ampola de 2ml, contendo1 ml de solução de cloreto de sódio 0,9
% (solvente) para uso parentérico.
- Pegue na ampola de pó para solução para perfusão de Somatostatina Basi e
reconstitua com a solução de cloreto de sódio a 0,9 % (1 ml).
- Injete a preparação no frasco de perfusão.
- Ajuste a perfusão para 12 horas (3 mg de somatostatina).
Se utilizar mais Somatostatina Basi do que deveria
Após interrupção de uma perfusão intravenosa com somatostatina administrada em
doses terapêuticas, a semivida da somatostatina no sangue é de cerca de 2 minutos.
O tratamento da sobredosagem é sintomático, não se conhece antídoto específico.
Os casos reportados de sobredosagem com somatostatina não revelaram outros
riscos
segurança
além
efeitos
indesejáveis
observados
doses
recomendadas. Em caso de sobredosagem com somatostatina recomenda-se a
monitorização apertada da glicémia, dos parâmetros cardiovasculares, da função
renal e dos eletrólitos plasmáticos.
Caso se tenha esquecido de utilizar Somatostatina Basi
Não aplicável.
Se parar de utililizar Somatostatina Basi
O seu médico decidirá qual o momento favorável à descontinuação do tratamento.
No caso particular das fístulas, e após a cura, deve-se fazer uma perfusão com
metade da dose nas 48 horas seguintes, de maneira a evitar um possível efeito
“rebound”.
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Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Foram notificados espontaneamente os seguintes efeitos indesejáveis:
Cardiopatias: Bloqueio atrioventricular,bradicárdia.
Doenças gastrointestinais: Dor abdominal, diarreia, náuseas.
Doenças do metabolismo e da nutrição: Hiperglicémia, hipoglicémia.
Vasculopatias: Hipertensão, hipotensão, rubor quente.
A interrupção abrupta da perfusão pode resultar num efeito “rebound” da doença
tratada, especialmente em doentes a receber tratamento para as fístulas.
Se tiver quaisquer efeitos secundários incluindo possiveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o o seu médico ou farmacêutico.
Como conservar Somatostatina Basi
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Embalagem fechada: Conservar a temperatura inferior a 25º C.
Embalagem
reconstituída:
soluções
reconstituídas
são
estáveis
quando
armazenadas a temperatura inferior a 25º C, por um período de 10 dias.
Do ponto de vista microbiológico, as soluções reconstituídas de somatostatina devem
utilizadas
imediatamente.
Caso
não
sejam,
tempo
condições
armazenamento anteriores à utilização são da responsabilidade do preparador e
normalmente não deveriam ser superiores a 24 horas, a 2ºC -8ºC, a menos que a
reconstituição/diluição tenha sido efetuada em condições assépticas controladas e
validadas.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior ou na ampola . O prazo de validade corresponde ao último dia do mês do
indicado.
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Somatostatina Basi
-A substância ativa é a somatostatina, na forma de acetato de somatostatina.
-Os outros componentes são: hidróxido de sódio e ácido clorídrico.
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Somatostatina Basi contém uma ampola de solvente para uso parentérico cujos
componentes são: cloreto de sódio e água para preparações injetáveis.
Qual o aspeto de Somatostatina Basi e conteúdo da embalagem
Pó: Ampolas de vidro incolor tipo I de 2 ml.
Solvente: Ampolas de vidro incolor tipo I de 2 ml, contendo 1 ml de solvente.
Somatostatina Basi apresenta-se em embalagens contendo:
-1 ampola de pó e 1 ampola de solvente;
-6 ampolas de pó e 6 ampolas de solvente;
-10 ampolas de pó e 10 ampolas de solvente;
-25 ampolas de pó e 25 ampolas de solvente;
-50 ampolas de pó e 50 ampolas de solvente;
-100 ampolas de pó e 100 ampolas de solvente.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular
Autorização
Introdução
Mercado:
Laboratórios Basi - Indústria Farmacêutica,
Parque
Industrial
Manuel
Lourenço
Ferreira, Lote 15".
Fabricante:
BAG Health Care GmbH
Amtsgerichtsstraβe 1-5
35423 Lich
Alemanha
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Somatostatina Basi 3 mg/1 ml Pó e Solvente para Solução para Perfusão.
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada ampola de pó para solução para perfusão contém somatostatina na forma de acetato
correspondendo a 3 mg de somatostatina (D.C.I) e é fornecido com uma ampola de 2 ml,
contendo 1 ml de cloreto de sódio 0,9 % (solvente).
Após reconstituição a concentração da solução é 3 mg/1 ml.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Pó e solvente para solução para perfusão.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
- Tratamento das hemorragias agudas graves resultantes das úlceras gastroduodenais,
gastrites
erosivas
hemorrágicas
rotura
varizes
esófago
suspeitas
diagnosticadas por endoscopia.
- Profilaxia das complicações após cirurgia pancreática e explorações por C.P.R.E.
- Tratamento da pancreatite aguda.
- Tratamento coadjuvante das fístulas do intestino delgado e do pâncreas.
- Tratamento da hipersecreção causada por tumores endócrinos do tracto digestivo.
4.2 Posologia e modo de administração
Devido à sua curta semi-vida, 1 a 2 minutos, a Somatostatina Basi deve ser administrada
por perfusão intravenosa contínua.
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A Somatostatina Basi deve ser reconstituída imediatamente antes do seu uso, adicionando
ao pó a ampola contendo 1 ml de solução de cloreto de sódio (0,9%) para uso parentérico.
A dose recomendada é de 3,5 µg/Kg de peso corporal/hora, ou usualmente, 6 mg/24
horas para um doente de 75Kg, administrados em perfusão contínua de 0,25 mg/hora. A
velocidade de perfusão deve, assim, ser ajustada para 12 horas.
Em doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina
30 ml/mín.), as
doses devem ser reduzidas para 1,75 µg/Kg de peso corporal/hora, no caso da perfusão
contínua e para 1,75 µg/Kg de peso corporal, no caso da administração de bólus.
O doente deve ser cuidadosamente monitorizado após descontinuação do tratamento.
Para o tratamento de hemorragias gastrointestinais:
A perfusão com Somatostatina Basi deve ser iniciada antes da endoscospia, logo que
possível após os primeiros sinais de hemorragia, e prolongada durante cinco dias (120
horas), sendo o mínimo de duração do tratamento de 48 horas.
Adicionalmente à perfusão contínua, imediatamente depois de começar a administração
de somatostatina por perfusão contínua, deve ser administrado um bólus intravenoso de
3,5 µg/Kg de peso corporal e outro bólus 1 minuto antes da endoscopia. O bólus deve ser
administrado
lentamente
(durante,
pelo
menos,
minuto).
Após
tratamento
endoscópico, devem ser administrados bólus semelhantes caso o doente evidencie sinais
clínicos de hemorragia.
Para o tratamento de fístulas ou da hipersecreção causada por tumores endócrinos do
tracto digestivo:
Não é necessário um bólus intravenoso.
Na maioria dos doentes a cura de uma fístula pode ser esperada entre os dias 7 a 14 de
tratamento, apesar de serem possíveis períodos mais longos ou mais curtos.
Depois da cura, deve-se fazer uma perfusão com metade da dose nas 48 horas seguintes,
de maneira a evitar um possível efeito “rebound”.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à somatostatina ou a análogos da somatostatina ou a qualquer um dos
excipientes.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Somatostatina Basi é um medicamento de utilização reservada a tratamentos em meio
hospitalar.
Aos doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina
30 ml/mín.) deve
ser administrada metade da dose recomendada.
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Os doentes recebendo tratamento com Somatostatina Basi devem ser mantidos sob
estreita observação
médica. O bólus
intravenoso deve ser administrado lentamente,
durante pelo menos 1 minuto. A perfusão deve ser administrada continuamente. No início
da perfusão pode ocorrer hipoglicémia, possivelmente seguida, 2 a 3 horas depois, por
um aumento da glicémia devido a alterações no balanço entre as hormonas reguladoras,
insulina e glucagon. Por esta razão, exige-se uma determinação da glicémia cada 4 a 6
horas.
A administração simultânea de qualquer forma de açúcar (incluindo solução de glucose,
solução de frutose ou alimentação parentérica total) favorece as perturbações na glicémia
requerendo uma monitorização apertada de glicémia. Pode ser necessária a administração
de insulina.
A somatostatina pode induzir os seguintes efeitos cardiovasculares farmacodinâmicos:
hipertensão
sistémica
transitória,
débito
cardíaco
transitoriamente
reduzido,
pressão
arterial pulmonar aumentada, pressão venosa central aumentada, hipotensão sistémica,
bradicárdia, bloqueio atrioventricular.
Consequentemente, os sinais vitais dos doentes devem ser monitorizados durante a fase
inicial
administração
somatostatina,
particular
após
bólus
intravenoso.
Recomenda-se
precaução
doentes
função
cardiovascular
comprometida
história de arritmia cardíaca, pois podem não ser capazes de compensar estes efeitos.
Dado que a taxa de filtração glomerular, o fluxo de urina e o nível sanguíneo de sódio
podem diminuir durante o tratamento com somatostatina, recomenda-se a verificação
regular da função renal e dos electrólitos plasmáticos.
A Somatostatina Basi causa inibição da absorção intestinal de certos nutrientes. A
Somatostatina
Basi
também
inibe
outras
secreções
hormonais
gastrointestinais.
interrupção abrupta da perfusão pode resultar num efeito “rebound”, especialmente em
doentes a receber tratamentos para fístulas. Assim, após cura das fístulas, deve ser
administrada metade da dose, por perfusão, durante as 48 horas seguintes, por forma a
evitar um possível efeito “rebound”.
Os efeitos da somatostatina sobre os sinais vitais, glicémia e função renal devem ser tidos
em consideração, durante o seguimento dos doentes que terminaram a terapêutica.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Considerando o largo espectro de efeitos farmacodinâmicos da somatostatina em vários
sistemas reguladores, existe possibilidade de diversas interacções farmacodinâmicas.
Interacções farmacodinâmicas com possível relevância clínica têm sido observadas com
medicamentos que também influenciam a regulação da glicémia, o nivel de renina
plasmática e a pressão arterial, evidenciando que a somatostatina pode modificar os
efeitos destes medicamentos sobre estes parâmetros.
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A administração simultânea de qualquer forma de açúcar (incluindo solução de glucose,
solução de frutose ou alimentação parentérica total) favorece as perturbações na glicémia
requerendo uma monitorização apertada da glicémia.
4.6 Gravidez e aleitamento
Não existem dados clínicos disponíveis sobre a exposição à somatostatina, durante a
gravidez. Não foram realizados estudos de reprodução em animais. O risco potencial para
os humanos é desconhecido. A somatostatina não deve ser utilizada durante a gravidez
excepto se claramente necessário.
A somatostatina não deve ser administrada durante o aleitamento. Mulheres a amamentar
devem interromper o aleitamento caso lhes seja administrada a somatostatina.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram observados efeitos da Somatostatina Basi sobre a capacidade de conduzir e
utilizar máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
Foram notificados espontaneamente os seguintes efeitos indesejáveis:
Cardiopatias:
-Bloqueio atrioventricular
-Bradicárdia
Doenças gastrointestinais:
-Dor abdominal
-Diarreia
-Náuseas
Doenças do metabolismo e da nutrição:
-Hiperglicémia
-Hipoglicémia
Vasculopatias:
-Hipertensão
-Hipotensão
-Rubor quente
A interrupção abrupta da perfusão pode resultar num efeito “rebound” da doença tratada,
especialmente em doentes a receber tratamento para as fístulas.
4.9 Sobredosagem
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Após interrupção de uma perfusão intravenosa com somatostatina administrada em doses
terapêuticas, a semi-vida da somatostatina no sangue é de cerca de 2 minutos.
O tratamento da sobredosagem é sintomático, não se conhece antídoto específico.
Os casos reportados de sobredosagem com somatostatina não revelaram outros riscos de
segurança além dos efeitos indesejáveis observados nas doses recomendadas. Em caso de
sobredosagem com somatostatina recomenda-se a monitorização apertada da glicémia,
dos parâmetros cardiovasculares, da função renal e dos electrólitos plasmáticos.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo Farmacoterapêutico: 8.1.1 – Hormonas e medicamentos usados no tratamento das
doenças
endócrinas,
Hormonas
hipotalâmicas
hipofisárias,
seus
análogos
antagonistas, Lobo anterior da hipófise.
Código ATC: H01CB01 – Somatostatina.
A somatostatina natural é um oligopéptido com 14 aminoácidos que foi originalmente
isolado do hipotálamo de animais e mais tarde encontrado em células epiteliais e fibras
nervosas através de todo o sistema digestivo. A Somatostatina Basi é um polipéptido
sintético idêntico à hormona natural.
A somatostatina tem um papel na regulação das secreções endócrinas e exócrinas e na
motilidade
gastrointestinal.
Quando
administrada
doses
farmacológicas,
somatostatina inibe a função e a motilidade gastrointestinal como também as secreções e
reduz o fluxo de sangue esplâncnico.
Um bólus intravenoso de 0,25 mg de somatostatina induz uma queda rápida da pressão
varicosa
esofágica
doentes
cirróticos,
qual
mais
pronunciada
queda
provocada por uma perfusão contínua. A perfusão contínua de somatostatina tem um
efeito sustentado na redução da pressão varicosa esofágica nestes doentes.
A somatostatina pode influenciar a regulação da hemostase. Foi observada agregação
plaquetária em doentes diabéticos insulino-dependentes tratados com somatostatina.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Em voluntários saudáveis, o tempo de semi-vida da somatostatina no sangue é cerca de 2
minutos (1,1 a 3 mín.). Em perfusão contínua o “plateau” é atingido em não mais de 15
minutos. A média dos níveis do “plateau” depende da taxa de perfusão. Varia entre 300 e
3000 pg/ml quando administrado de acordo com o recomendado (0,25 mg/h). Nestas
circunstâncias, a depuração metabólica é de cerca de 2000 ml/mín.
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insuficiência
hepática
crónica
parece
não
afectar
substancialmente
depuração
metabólica enquanto a insuficiência renal crónica afecta este parâmetro: em doentes com
insuficiência renal grave (depuração da creatinina
30 ml/mín.) a depuração metabólica
diminuiu e os niveis plasmáticos em estado de equilíbrio duplicaram.
A cinética é similar em diabéticos não insulino-dependentes, não obesos e em voluntários
saudáveis. A administração subcutânea resulta em níveis plasmáticos de somatostatina
muito baixos.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
A. Toxicidade aguda
dose
letal
obtida
ratinhos,
após
administração
intravenosa
aproximadamente 31,7 mg/Kg em machos e 26,4 mg/Kg em fêmeas. Estes valores devem
ser comparados com o bólus intravenoso de 0,25 mg em humanos, o que corresponde a
3,5 µg/Kg, i.e. basicamente 10.000 vezes inferior à DL50 aguda nos ratinhos. Foram
encontrados valores dentro da mesma faixa durante um segundo estudo no ratinho.
A dose letal obtida em ratos, após administração intravenosa, foi estimada em 22 mg/Kg
de peso corporal (22 para os machos e 23 mg/Kg para as fêmeas).
A recuperação dos animais sobreviventes (ratinhos e ratos) foi total 24 horas depois da
administração e não foram observadas mortes depois deste período.
B. Toxicidade sub-aguda
Uma perfusão intravenosa contínua repetida de Somatostatina Basi durante 4 semanas,
tanto em ratos como em macacos “cynomolgus”, levou a níveis de efeito não tóxico de,
respectivamente
(rato
macho),
(rato
fêmea)
(macaco
“cynomolgus”)
mg/Kg/dia.
Comparando
este
níveis
nível
dosagem
terapêutica
0,08
mg/Kg/dia, no Homem fica evidenciada uma confortável margem de segurança. Também
quando se comparam titulações no plasma de animais com este nível não tóxico com o
nível terapêutico humano, é estabelecida uma margem de segurança de pelo menos 86 a
865 (vezes). Estes estudos com doses repetidas indicam que a administração contínua do
péptido é bem tolerada tanto local como sistemicamente.
C. Administração intratecal e epidural
Estudos de neurotoxicidade local não evidenciaram nenhum potencial neurotóxico nem
indicaram
nenhuns
sintomas
neurotóxicos
severos,
apenas
quando
péptido
administrado localmente em concentrações que não podem ser obtidas in vivo, no SNC,
após administração intravenosa.
D. Testes de genotoxicidade
Estes testes não indicaram nenhum potencial mutagénico ou clastogénico do produto.
E. Estudos na reprodução e carcinogenicidade
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Estes estudos não foram efectuados devido à curta duração do tratamento proposto no
Homem, aos objectivos terapêuticos e à semi-vida extremamente curta desde péptido
natural, que não conduz à acumulação.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1. Lista dos excipientes
Pó:
Hidróxido de sódio
Ácido Clorídrico
Solvente:
Água para preparações injectáveis
Cloreto de sódio
6.2 Incompatibilidades
A Somatostatina Basi não deve ser misturada com outros medicamentos, excepto o
mencionado nas secções 6.6.
6.3 Prazo de validade
Embalagem fechada: 3 anos
Após reconstituição: 10 dias a temperatura inferior a 25ºC.
6.4 Precauções especiais de conservação
Embalagem fechada: Conservar a temperatura inferior a 25ºC.
Após reconstituição: Conservar durante 10 dias a temperatura inferior a 25ºC.
As soluções reconstituídas de somatostatina são estáveis durante 10 dias a temperatura
inferior a 25ºC.
Do ponto de vista microbiológico, as soluções reconstituídas de somatostatina devem ser
utilizadas imediatamente. Caso não o sejam, o tempo e condições de armazenamento
anteriores à utilização são da responsabilidade do utilizador e normalmente não deveriam
ser superiores a 24 horas, a 2ºC -8ºC, a menos que a reconstituição/diluição tenha sido
efectuada em condições assépticas controladas e validadas.
Não utilize Somatostatina Basi após o prazo de validade impresso na embalagem exterior
ou ampola. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Pó – Ampolas de vidro incolor tipo I de 2 ml.
APROVADO EM
08-10-2019
INFARMED
Solvente – Ampolas de vidro incolor tipo I de 2 ml (contendo 1 ml de solvente).
Somatostatina Basi apresenta-se em embalagens contendo:
- 1 ampola de pó e 1 ampola de solvente;
- 6 ampolas de pó e 6 ampolas de solvente;
- 10 ampolas de pó e 10 ampolas de solvente;
- 25 ampolas de pó e 25 ampolas de solvente;
- 50 ampolas de pó e 50 ampolas de solvente;
- 100 ampolas de pó e 100 ampolas de solvente.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Pegue na ampola de pó para solução para perfusão e reconstitua com a solução de cloreto
de sódio 0,9% (1ml).
Injecte a preparação no frasco de perfusão.
Ajuste a perfusão para 12 horas.
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Laboratórios Basi - Indústria Farmacêutica, S.A
Parque Industrial Manuel Lourenço Ferreira, Lote 15".
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Somatostatina Basi – 1 ampola de pó e 1 ampola de solvente: XXXX
Somatostatina Basi – 6 ampolas de pó e 6 ampolas de solvente: XXXX
Somatostatina Basi – 10 ampolas de pó e 10 ampolas de solvente: XXXX
Somatostatina Basi – 25 ampolas de pó e 25 ampolas de solvente: XXXX
Somatostatina Basi – 50 ampolas de pó e 50 ampolas de solvente: XXXX
Somatostatina Basi – 100 ampolas de pó e 100 ampolas de solvente: XXXX
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
DD/MM/AAAA
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO