Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
20-08-2015
20-08-2015
APROVADO EM
20-08-2015
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
SOLEXA 100 mg cápsulas
SOLEXA 200 mg cápsulas
celecoxib
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
Conserve este folheto, pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Solexa e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Solexa
3. Como tomar Solexa
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Solexa
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O QUE É SOLEXA E PARA QUE É UTILIZADO
Solexa está indicado para o alívio sintomático no tratamento da osteoartrite, da artrite
reumatoide e da espondilite anquilosante.
Solexa pertence a um grupo de medicamentos denominados anti-inflamatórios não
esteroides (AINEs), e especificamente a um subgrupo conhecido como inibidores da
COX-2. O seu organismo produz prostaglandinas que podem causar dor e inflamação.
Em situações como a artrite reumatoide e osteoartrite o organismo produz uma maior
quantidade de prostaglandinas.
Solexa atua reduzindo a produção de prostaglandinas e, portanto, reduzindo a dor e
inflamação.
2. O QUE PRECISA DE SABER ANTES DE TOMAR SOLEXA
Solexa foi-lhe prescrito pelo seu médico. A informação seguinte irá ajudá-lo a obter
melhores resultados com Solexa. Se tiver questões adicionais por favor fale com o seu
médico ou farmacêutico.
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Não tome Solexa
Informe o seu médico se alguma das seguintes situações for aplicável a si, uma vez que
os doentes com estas condições não devem tomar Solexa.
- se tem alergia ao celecoxib ou a qualquer outro componente deste medicamento
(indicados na secção 6)
- se tiver tido uma reação alérgica a um grupo de medicamentos denominado
“sulfonamidas” (por ex., antibióticos usados para o tratamento de infeções)
- se tem atualmente uma úlcera no estômago ou intestinos, ou hemorragia no estômago
ou intestinos
- se teve asma, pólipos nasais, congestão nasal aguda, ou outras reações alérgicas como
erupção na pele com comichão, inchaço da face, lábios, língua ou garganta, dificuldades
em respirar ou pieira (sibilos), como resultado da toma de ácido acetilsalicílico ou
outros anti-inflamatórios não esteroides (AINEs)
- se está grávida. Se pode engravidar durante o tratamento, aconselhe-se com o seu
médico sobre os métodos de contraceção
- se está a amamentar
- se tem doença hepática grave
- se tem doença renal grave
- se tem uma doença inflamatória intestinal, como colite ulcerosa ou doença de Crohn
- se tem insuficiência cardíaca, doença coronária isquémica estabelecida, doença
cerebrovascular, por exemplo, foi-lhe diagnosticado um ataque cardíaco, acidente
vascular cerebral (AVC), ou ataque isquémico transitório (redução temporária do fluxo
de sangue para o cérebro; também conhecido como “mini AVC”), angina, ou bloqueio
dos vasos sanguíneos para o coração ou cérebro
- se tem, ou teve, problemas de circulação sanguínea (doença arterial periférica) ou se
fez cirurgia às artérias das suas pernas.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico antes de tomar Solexa:
- se teve anteriormente uma úlcera ou hemorragia no estômago ou intestinos (Não tome
Solexa se tem atualmente uma úlcera ou hemorragia no estômago ou intestinos)
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- se está a tomar ácido acetilsalicílico (mesmo dosagens muito baixas para efeito de
proteção cardíaca)
- se utiliza medicamentos para redução da coagulação do sangue (por ex.,
varfarina/anticoagulantes do tipo varfarina ou os novos medicamentos anticoagulantes
orais, por ex., o apixabano)
- se utiliza medicamentos chamados corticosteroides (por ex., prednisona)
- se está a utilizar Solexa ao mesmo tempo que outros AINEs não acetilsalicílicos, tais
como ibuprofeno ou diclofenac. A utilização destes medicamentos em conjunto deve
ser evitada
- se é fumador, tem diabetes, pressão arterial elevada ou colesterol elevado
- se tem problemas de coração, fígado ou rins, o seu médico poderá querer examiná-lo
com regularidade
- se tem retenção de fluidos (como pés e tornozelos inchados)
- se está desidratado devido, por exemplo, a doença, diarreia ou utilização de diuréticos
(utilizados para tratar o excesso de fluidos no corpo)
- se teve um reação alérgica ou uma reação na pele grave a alguns medicamentos
- se se sente doente devido a uma infeção ou pensa que tem uma infeção, uma vez que
Solexa pode mascarar a febre ou outros sinais de infeção e inflamação
- se tem mais de 65 anos de idade o seu médico quererá examiná-lo com regularidade
- o consumo de álcool e AINEs pode aumentar o risco de problemas gastrointestinais
Tal como outros AINEs (por ex., ibuprofeno ou diclofenac), este medicamento pode
levar a um aumento da pressão arterial, pelo que o seu médico poderá pedir-lhe que
vigie a sua pressão arterial com regularidade.
Foram comunicados alguns casos de reações graves no fígado com celecoxib, incluindo
inflamação hepática grave, lesão hepática, insuficiência hepática (por vezes fatal ou
requerendo transplante hepático). Nos casos em que foi comunicado o tempo decorrido
até início destas reações, as reações hepáticas mais graves ocorreram no espaço de um
mês após o início do tratamento.
Solexa pode tornar mais difícil engravidar. Deverá informar o seu médico se está a
planear engravidar ou se tem problemas em engravidar (ver secção Gravidez e
amamentação).
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Outros medicamentos e Solexa
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos:
- Dextrometorfano (utilizado para tratar tosses)
- Inibidores da ECA, antagonistas dos recetores da angiotensina II, bloqueadores beta e
diuréticos (utilizados para a pressão arterial elevada e insuficiência cardíaca)
- Fluconazol e rifampicina (utilizado para tratar infeções fúngicas e bacterianas)
- Varfarina ou outros medicamentos tipo varfarina (medicamentos que impedem a
coagulação do sangue) incluindo medicamentos mais recentes como o apixabano
- Lítio (utilizado para tratar alguns tipos de depressão)
- Outros medicamentos para tratar a depressão, perturbações do sono, pressão sanguínea
elevada ou batimentos cardíacos irregulares
- Neurolépticos (utilizados para tratar algumas perturbações mentais)
- Metotrexato (utilizado para tratar a artrite reumatoide, psoríase e leucemia)
- Carbamazepina (utilizado para tratar epilepsia/ataques epiléticos e algumas formas de
dor ou depressão)
- Barbitúricos (utilizados para tratar epilepsia/ataques epiléticos e algumas perturbações
do sono)
- Ciclosporina e tacrolimus (utilizados para a supressão do sistema imunitário, por ex.,
após transplantes).
Solexa pode ser usado com doses baixas de ácido acetilsalicílico (75 mg ou menos por
dia). Consulte o seu médico antes de tomar os dois medicamentos em conjunto.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte
o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento
Gravidez
Solexa não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que podem engravidar (i.e.
mulheres em idade fértil que não utilizem contraceção adequada) durante o tratamento.
Se engravidar durante o tratamento com Solexa deverá interromper o tratamento e
contactar o seu médico para que este lhe prescreva um tratamento alternativo.
Amamentação
Solexa não deve ser utilizado em mulheres a amamentar.
Fertilidade
Os AINEs, incluindo o Solexa, podem tornar mais difícil poder engravidar. Deve
informar o seu médico se planeia engravidar ou se estiver a ter problemas em
engravidar.
Condução de veículos e utilização de máquinas:
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Deve ter atenção ao modo como reage a Solexa antes de conduzir veículos ou utilizar
máquinas.
Se se sentir tonto ou sonolento após tomar Solexa, não conduza ou utilize máquinas até
que estes efeitos desapareçam.
Solexa contém lactose
Solexa contém lactose (um tipo de açúcar). Se foi informado pelo seu médico que tem
intolerância a alguns açúcares, deverá contactá-lo antes de tomar Solexa.
3. COMO TOMAR SOLEXA
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. Se pensa ou sente que o efeito de Solexa é
demasiado forte ou demasiado fraco, fale com o seu médico ou farmacêutico.
O seu médico irá estabelecer a dose a tomar. Uma vez que o risco de efeitos
secundários associados a problemas cardíacos pode aumentar com a dose e a duração da
utilização, deverá utilizar a menor dose que controla a dor e não deverá tomar Solexa
mais tempo do que o necessário para controlar os sintomas.
As cápsulas de Solexa destinam-se a utilização oral. As cápsulas podem ser tomadas a
qualquer hora do dia, com ou sem alimentos. Contudo tente tomar cada dose de Solexa
sempre à mesma hora do dia.
Se tiver dificuldades em engolir cápsulas: O conteúdo inteiro da cápsula pode ser
pulverizado sobre uma colher cheia de alimentos semissólidos (como água de arroz,
iogurte, puré de banana ou puré de maçã frios ou à temperatura ambiente) e
imediatamente engolido com aproximadamente 240 ml de água.
Para abrir a cápsula, segure nela na vertical para conter os grânulos no fundo e depois
aperte e torça suavemente a parte superior para separá-la, com cuidado para não
derramar o conteúdo. Não mastigue nem esmague os grânulos.
Consulte o seu médico se após duas semanas de tratamento não sentir nenhum
benefício.
Para a osteoartrite a dose habitual é de 200 mg por dia, aumentada pelo seu médico para
um máximo de 400 mg, se necessário.
A dose habitual é:
- uma cápsula de 200 mg uma vez ao dia; ou
- uma cápsula de 100 mg duas vezes ao dia.
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Para a artrite reumatoide a dose habitual é de 200 mg por dia, aumentada pelo seu
médico para um máximo de 400 mg, se necessário.
A dose habitual é:
- uma cápsula de 100 mg duas vezes ao dia.
Para a espondilite anquilosante a dose habitual é de 200 mg por dia, aumentada pelo seu
médico para um máximo de 400 mg, se necessário.
A dose habitual é:
- uma cápsula de 200 mg uma vez ao dia; ou
- uma cápsula de 100 mg duas vezes ao dia.
Problemas nos rins ou fígado: certifique-se que o seu médico sabe que tem problemas
nos rins ou fígado, pois poderá ser necessária uma dose menor.
Idosos, sobretudo aqueles com peso inferior a 50 kg: se tem mais de 65 anos de idade e
sobretudo se pesar menos de 50 kg, o seu médico pode querer monitorizá-lo com maior
atenção.
Não deve tomar mais de 400 mg por dia.
Utilização em crianças: Solexa destina-se exclusivamente a adultos e não está indicado
em crianças.
Se tomar mais Solexa do que deveria
Não deverá tomar mais cápsulas do que as recomendadas pelo seu médico.
Caso tome demasiadas cápsulas, contacte o seu médico, farmacêutico ou hospital e leve
a embalagem do medicamento consigo.
Caso se tenha esquecido de tomar Solexa
Tome a cápsula que se esqueceu assim que se lembrar. Não tome uma dose a duplicar
para compensar a que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Solexa
A interrupção abrupta do tratamento com Solexa pode levar ao agravamento dos
sintomas. Não pare de tomar Solexa a menos que o seu médico lhe diga para fazê-lo. O
seu médico pode dizer-lhe que reduza a dose durante uns dias antes de parar
completamente o tratamento.
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Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Os efeitos secundários listados a seguir foram observados em doentes com artrite que
tomaram Solexa. Os efeitos secundários marcados com um asterisco (*) são listados nas
maiores frequências ocorridas em doentes que tomaram Solexa para prevenção de
pólipos no cólon. Os doentes destes estudos tomaram Solexa em doses elevadas e por
um período de tempo prolongado.
Caso ocorra alguns dos efeitos secundários seguintes, pare de tomar Solexa e contacte o
seu médico imediatamente:
Se tiver:
- uma reação alérgica, como erupção na pele, inchaço da cara, pieira ou dificuldade em
respirar
- problemas cardíacos, como dor no peito
- dor abdominal intensa ou qualquer sinal de hemorragia no estômago ou intestinos,
como fezes negras ou com sangue, ou vomitar sangue
- uma reação na pele, como erupção, bolhas ou descamação da pele
- insuficiência hepática (os sintomas podem incluir náuseas (sentir-se enjoado), diarreia,
icterícia (pele e parte branca dos olhos com coloração amarela)).
Muito frequentes: podem afetar mais de 1 em 10 pessoas
- Pressão arterial elevada, incluindo agravamento de pressão arterial elevada pré-
existente *
Frequentes: podem afetar até 1 em 10 pessoas
- Ataque cardíaco*
- Retenção de fluidos, com inchaço de tornozelos, pernas e/ou mãos
- Infeções urinárias
- Falta de ar*, sinusite (inflamação do seio nasal, infeção do seio nasal, seio nasal
bloqueado ou doloroso), nariz entupido ou com corrimento, garganta inflamada, tosse,
constipação, sintomas semelhantes aos da gripe
- Tonturas, insónia
- Vómitos*, dor abdominal, diarreia, indigestão, gases
- Erupção na pele, comichão
- Rigidez muscular
- Dificuldade em engolir*
- Dor de cabeça
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- Náuseas (sensação de mal-estar)
- Dor nas articulações- Agravamento de alergias pré-existentes
- Lesão traumática acidental
Pouco frequentes: podem afetar até 1 em 100 pessoas
- Acidente Vascular Cerebral (AVC)*
- Insuficiência cardíaca, palpitações (perceção dos batimentos cardíacos), batimentos
cardíacos acelerados
- Alterações nos exames sanguíneos relacionados com a função hepática (fígado)
- Alterações nos exames sanguíneos relacionados com a função renal (rins)
- Anemia (alteração nos glóbulos vermelhos que pode causar fadiga e falta de ar)
- Ansiedade, depressão, cansaço, sonolência, sensação de formigueiro e picadas
- Níveis elevados de potássio nos resultados de exames sanguíneos (pode causar
náuseas (sentir-se enjoado), fadiga, fraqueza muscular ou palpitações)
- Visão alterada ou turva, zumbidos, dores e feridas na boca, dificuldade em ouvir*
- Prisão de ventre (obstipação), arrotos, inflamação no estômago (indigestão, dor de
estômago ou vómitos), agravamento de inflamação do estômago ou intestino
- Cãibras nas pernas
- Erupção na pele exacerbada com comichão (urticária)
- Inflamação dos olhos
- Dificuldade em respirar
- Alteração da cor da pele (nódoas negras)
- Dor no peito (dor generalizada não relacionada com o coração)
- Inchaço da face
Raros: podem afetar até 1 em 1.000 pessoas
- Úlceras (hemorragia) no estômago, esófago ou intestino; ou rutura do intestino (pode
causar dor de estômago, febre, náuseas, vómitos, bloqueio intestinal), fezes escuras ou
negras, inflamação do pâncreas (pode levar a dor abdominal), inflamação da garganta
(esófago)
- Níveis baixos de sódio no sangue (uma situação conhecida como hiponatremia)-
Redução do número de glóbulos brancos (células que ajudam a proteger o corpo de
infeções) ou das plaquetas sanguíneas (aumenta a probabilidade de hemorragia ou
nódoas negras)
- Dificuldade em coordenar os movimentos musculares
- Sensação de confusão, alteração do paladar
- Aumento da sensibilidade à luz
- Queda de cabelo
- Alucinações
- Hemorragia ocular
- Reação aguda que pode resultar em inflamação do pulmão
- Batimentos cardíacos irregulares
- Rubor (vermelhidão)
- Coágulos sanguíneos nos vasos sanguíneos dos pulmões. Os sintomas podem incluir
dificuldade de respirar inesperada, dores agudas ao respirar ou colapso
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- Hemorragia no estômago ou intestinos (pode causar fezes ou vómitos com sangue),
inflamação do intestino ou do cólon
- Inflamação grave no fígado (hepatite). Os sintomas podem incluir náuseas (sentir-se
enjoado), diarreia, icterícia (coloração amarela da pele ou olhos), urina escura, fezes
pálidas, facilidade em sangrar, comichão ou arrepios
- Insuficiência aguda dos rins
- Alterações menstruais
- Inchaço da face, lábios, boca, língua ou garganta, ou dificuldade em engolir
Muito raros: podem afetar até 1 em 10.000 pessoas
Reações alérgicas graves (incluindo choque anafilático potencialmente fatal)
Problemas graves na pele como síndrome de Stevens-Johnson, dermatite exfoliativa,
necrose epidérmica tóxica (pode causar erupção cutânea, bolhas ou descamação da
pele) e pustulose exantematosa aguda generalizada (os sintomas incluem área inchada e
vermelha coberta com numerosas pústulas pequenas)
- Reação alérgica retardada com possíveis sintomas como erupção na pele, inchaço da
face, febre, glândulas inchadas, e resultados de análises clínicas anómalos (por ex.
fígado, células sanguíneas (eosinofilia, um tipo de aumento da contagem das células
brancas))
- Hemorragia cerebral fatal
- Meningite (inflamação da membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal)
- Insuficiência hepática (do fígado), lesão hepática e inflamação hepática grave
(hepatite fulminante) (por vezes fatal ou requerendo transplante do fígado). Os sintomas
podem incluir náuseas (sensação de enjoo), diarreia, icterícia (coloração amarela da
pele ou olhos), urina escura, fezes pálidas, facilidade em sangrar, comichão ou arrepios-
Problemas no fígado (tais como colestase e hepatite colestática, que pode ser
acompanhado de sintomas como fezes com alteração da cor, náuseas e amarelecimento
da pele ou olhos)
- Inflamação dos rins e outros problemas renais (tais como síndrome nefrótico e doença
de alteração mínima, que podem ser acompanhadas por sintomas tais como retenção de
líquidos (inchaço), urina espumosa, fadiga e perda de apetite )
- Agravamento da epilepsia (possíveis ataques epiléticos mais frequentes e/ou severos)
- Bloqueio de uma artéria ou veia no olho originando perda parcial ou total da visão
- Inflamação dos vasos sanguíneos (pode causar febre, dores, manchas roxas na pele)
- Redução do número de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas (pode causar
cansaço, maior facilidade em ter nódoas negras, hemorragia nasal frequente e aumento
do risco de infeções)
- Dor muscular e fraqueza
- Alteração do olfato
- Perda do paladar
Desconhecidos: a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis
- Diminuição da fertilidade nas mulheres, que é normalmente reversível com a
interrupção da toma do medicamento
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Em estudos clínicos não associados com a artrite ou a outras condições artríticas, nos
quais Solexa foi tomado em doses de 400 mg por dia, com duração até 3 anos, foram
observados os seguintes efeitos secundários:
Frequentes: podem afetar até 1 em 10 pessoas
- Problemas de coração (cardíacos): angina (dor no peito)
- Problemas de estômago: síndrome do intestino irritável (pode causar dor de estômago,
diarreia, indigestão, gases)
- Pedras nos rins (podem levar a dor de estômago ou de costas, sangue na urina),
dificuldade em urinar
- Aumento de peso
Pouco frequentes: podem afetar até 1 em 100 pessoas
- Trombose das veias profundas (coágulos sanguíneos, normalmente na perna, que
podem causar dor, inchaço ou vermelhidão na barriga das pernas ou problemas
respiratórios)
- Problemas de estômago: infeção no estômago (pode causar irritação e úlceras no
estômago e intestinos)
- Fratura dos membros inferiores
- Zona, infeção na pele, eczema (erupção na pele seca com comichão), pneumonia
(infeção respiratória (possibilidade de tosse, febre, dificuldade em respirar))
- Pontos flutuantes no olho, causando visão turva ou alterada, vertigens devido a
problemas no ouvido interno, gengivas inflamadas, com dor ou a sangrar, feridas na
boca
- Urinar excessivamente durante a noite, sangramento das hemorroidas, movimentos
frequentes do intestino
- Acumulações de gordura na pele ou noutros locais, quistos nos gânglios (inchaço
inofensivo ao redor ou nas articulações e tendões da mão ou pé), dificuldade em falar,
hemorragia vaginal anormal ou muito acentuada, dor nos seios
- Níveis elevados de sódio nos resultados de testes sanguíneos.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos
abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações
sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
SOLEXA 100 mg cápsulas
SOLEXA 200 mg cápsulas
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada cápsula contém 100 mg ou 200 mg de celecoxib.
Excipiente(s) com efeito conhecido: lactose (cada cápsula contém, respetivamente,
149,7 mg ou 49,8 mg de lactose mono-hidratada; ver secção 4.4).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsula.
Cápsula branca, opaca com duas bandas azuis e as inscrições 7767 e 100.
Cápsula branca, opaca com duas bandas douradas e as inscrições 7767 e 200.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Solexa é indicado em adultos para o alívio sintomático no tratamento da osteoartrite
(OA), da artrite reumatoide (AR) e da espondilite anquilosante (EA).
A decisão de prescrever um inibidor seletivo da ciclo-oxigenase-2 (COX-2)deve basear-
se na avaliação global dos riscos individuais do doente (ver secções 4.3 e 4.4).
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Uma vez que o risco cardiovascular relacionado com a utilização de celecoxib pode
aumentar com a dose e a duração da exposição, deverá utilizar-se a menor dose diária
eficaz, na menor duração possível. Devem ser reavaliadas periodicamente a necessidade
de alívio sintomático e a resposta do doente à terapêutica, especialmente em doentes
com osteoartrite (ver secções 4.3, 4.4, 4.8 e 5.1).
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Osteoartrite
A dose diária habitualmente recomendada é de 200 mg, em toma única diária ou
dividida em duas tomas. Nos doentes para quem o alívio dos sintomas tenha sido
insuficiente, o aumento da dose para 200 mg duas vezes ao dia poderá aumentar a
eficácia. Na ausência de benefício terapêutico após 2 semanas de tratamento, deverão
ser consideradas outras alternativas terapêuticas.
Artrite Reumatoide
A dose inicial diária recomendada é de 200 mg divididos em duas tomas diárias. Se
necessário, a dose poderá ser aumentada para 200 mg, duas vezes ao dia. Na ausência
de benefício terapêutico após 2 semanas de tratamento, deverão ser consideradas outras
alternativas terapêuticas.
Espondilite anquilosante
A dose diária recomendada é de 200 mg em toma única diária ou dividida em duas
tomas. Em alguns doentes, para quem o alívio dos sintomas tenha sido insuficiente, o
aumento da dose para 400 mg, em toma única diária ou dividida em duas tomas poderá
aumentar a eficácia. Na ausência de benefício terapêutico após 2 semanas de
tratamento, deverão ser consideradas outras alternativas terapêuticas.
A dose máxima recomendada é de 400 mg por dia para todas as indicações.
Populações especiais
Idosos (> 65 anos)
Tal como para adultos jovens, o tratamento deverá ser iniciado com a dose de 200 mg
por dia. Se necessário, a dose poderá ser posteriormente aumentada para 200 mg duas
vezes ao dia. Dever-se-á ter particular atenção no caso de idosos com um peso corporal
inferior a 50 kg (ver secções 4.4 e 5.2).
População pediátrica
A utilização de celecoxib não está indicada em crianças.
Metabolizadores fracos da CYP2C9
A administração de celecoxib em doentes que são, ou suspeitos de serem,
metabolizadores fracos da CYP2C9, com base na determinação de genótipos ou na
prévia história / experiência com outros substratos da CYP2C9, deve ser efetuada com
precaução, visto que o risco de efeitos adversos dependentes da dose está aumentado.
Deve ser considerada a redução da dose para metade da dose mais baixa recomendada
(ver secção 5.2).
Doentes com compromisso hepático
O tratamento deverá ser iniciado com metade da dose recomendada em doentes com
compromisso hepático moderado com albumina sérica de 25 - 35 g/l. A experiência
clínica nestes doentes limita-se a doentes com cirrose (ver secções 4.3, 4.4 e 5.2).
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INFARMED
Doentes com compromisso renal
A experiência clínica com celecoxib em doentes com compromisso renal ligeiro ou
moderado é limitada. Desta forma, estes doentes devem ser seguidos cuidadosamente.
(ver secções 4.3, 4.4 e 5.2).
Modo de administração
Utilização oral
Solexa pode ser tomado com ou sem alimentos. Para os doentes que tenham dificuldade
em engolir cápsulas, o conteúdo de uma cápsula de celecoxib pode ser adicionado a
puré de maçã, água de arroz, iogurte ou puré de banana. Para tal, todo o conteúdo da
cápsula deve ser cuidadosamente vertido para uma colher de chá nivelada de puré de
maçã, água de arroz, iogurte ou puré de banana frio ou à temperatura ambiente e deve
ser imediatamente ingerido com 240 ml de água. O conteúdo da cápsula pulverizado
sobre o puré de maçã, água de arroz ou iogurte permanece estável até 6 horas em
condições de refrigeração (2-8 °C). O conteúdo da cápsula pulverizado sobre o puré de
banana não deve ser conservado em condições de refrigeração, devendo ser
imediatamente ingerido.
4.3 Contraindicações
História de hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos excipientes
mencionados na secção 6.1.
Hipersensibilidade conhecida às sulfonamidas.
Úlcera péptica ativa ou hemorragia gastrointestinal (GI).
Doentes com antecedentes de asma, rinite aguda, pólipos nasais, edema angioneurótico,
urticária ou outras reações de tipo alérgico após ingestão de ácido acetilsalicílico
(aspirina) ou outros AINEs, incluindo inibidores da COX-2.
Na gravidez e em mulheres com potencial para engravidar, a não ser que utilizem um
método de contraceção eficaz (ver secção 4.6). O celecoxib demonstrou causar
malformações nas duas espécies animais estudadas (ver secções 4.6 e 5.3). Os riscos
potenciais na gravidez são desconhecidos no ser humano, mas não podem ser excluídos.
Amamentação (ver secções 4.6 e 5.3).
Insuficiência hepática grave (albumina sérica < 25 g/l ou classificação Child-Pugh
10).
Doentes com depuração da creatinina estimada <30 ml/min.
Doença intestinal inflamatória.
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Insuficiência cardíaca congestiva (NYHA II-IV).
Doença isquémica cardíaca, doença arterial periférica e/ou doença cerebrovascular
estabelecidas.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Efeitos gastrointestinais (GI)
Em doentes tratados com celecoxib ocorreram complicações do aparelho
gastrointestinal superior e inferior (perfurações, úlceras ou hemorragias (PUHs)),
algumas delas com resultados fatais. Aconselha-se precaução no tratamento de doentes
com maior risco de desenvolverem complicações gastrointestinais com AINEs; idosos,
doentes sob terapêutica concomitante com outros AINEs ou ácido acetilsalicílico,
glucocorticoides, doentes que consomem álcool ou em doentes com história prévia de
doença gastrointestinal como ulceração ou hemorragia gastrointestinal.
Existe um aumento adicional do risco de efeitos adversos gastrointestinais (úlceras
gastrointestinais ou outras complicações gastrointestinais) quando celecoxib é
administrado concomitantemente com o ácido acetilsalicílico (mesmo em doses baixas).
Em ensaios clínicos de longa duração, não ficou demonstrada uma diferença
significativa na segurança gastrointestinal dos inibidores seletivos da COX-2 + ácido
acetilsalicílico versus AINEs + ácido acetilsalicílico (ver secção 5.1).
Utilização concomitante com AINEs
Deve ser evitada a utilização concomitante de celecoxib e um AINE (exceto ácido
acetilsalicílico).
Efeitos cardiovasculares
Num ensaio clínico de longa duração, controlado por placebo, realizado em indivíduos
com pólipos adenomatosos esporádicos verificou-se que os indivíduos tratados com
celecoxib na dose de 200 mg duas vezes por dia e de 400 mg duas vezes por dia,
apresentaram um aumento do número de acontecimentos cardiovasculares (CV) graves,
principalmente enfarte do miocárdio (EM), comparativamente ao placebo (ver secção
5.1).
Uma vez que o risco cardiovascular relacionado com a utilização de celecoxib pode
aumentar com a dose e a duração da exposição, deverá utilizar-se a menor dose diária
eficaz, na menor duração possível. Devem ser reavaliadas, periodicamente, a
necessidade de alívio sintomático e a resposta do doente à terapêutica, especialmente
em doentes com osteoartrite (ver secções 4.2, 4.3, 4.8 e 5.1).
Os doentes com fatores de risco significativos para a ocorrência de acontecimentos
cardiovasculares (por exemplo hipertensão, hiperlipidemia, diabetes mellitus, hábitos
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tabágicos) só devem ser tratados com celecoxib após uma avaliação cuidadosa (ver
secção 5.1).
Os inibidores seletivos da COX-2 não são substitutos do ácido acetilsalicílico na
profilaxia das doenças cardiovasculares tromboembólicas, uma vez que não possuem
atividade antiagregante plaquetária. Por isso, as terapêuticas antiagregantes plaquetárias
não devem ser interrompidas (ver secção 5.1).
Retenção de líquidos e edema
Tal como com outros fármacos que inibem a síntese das prostaglandinas, foram
observados retenção de líquidos e edema em doentes a tomar celecoxib. Deste modo, o
celecoxib deve ser utilizado com precaução em doentes com história de insuficiência
cardíaca, disfunção ventricular esquerda ou hipertensão e em doentes com edema pré-
existente por outras etiologias, uma vez que a inibição de prostaglandinas pode resultar
na deterioração da função renal e retenção de fluidos. Deve ainda ser dada atenção
particular a doentes a tomar diuréticos ou que possam estar em risco de hipovolemia.
Hipertensão
Tal como todos os AINEs, celecoxib pode originar novas situações de hipertensão
arterial ou agravamento de hipertensão arterial pré-existente, o que pode contribuir para
o aumento da incidência de eventos cardiovasculares. A pressão arterial deverá ser
cuidadosamente monitorizada durante o início e no decorrer da terapêutica com
celecoxib.
Efeitos hepático e renal
O compromisso da função renal ou hepática e especialmente as disfunções cardíacas
são mais comuns no idoso, devendo manter-se uma monitorização médica apropriada.
Os AINEs, incluindo o celecoxib, podem causar toxicidade renal. Em ensaios clínicos
com celecoxib foram observados efeitos renais semelhantes aos observados com os
AINEs comparadores. Os doentes com risco aumentado de toxicidade renal são os que
apresentam insuficiência renal, insuficiência cardíaca, disfunção hepática, os que
tomam diuréticos, inibidores da enzima de conversão da angiotensina, antagonistas dos
recetores da angiotensina II e os idosos (ver secção 4.5). Estes doentes devem ser
monitorizados cuidadosamente durante o tratamento com celecoxib.
Foram notificados alguns casos de reações hepáticas graves com celecoxib, incluindo
hepatite fulminante (por vezes fatal), necrose hepática e insuficiência hepática (por
vezes fatal ou requerendo transplante hepático). Nos casos em que foi notificado o
tempo decorrido de tratamento até ao início destas reações, a maioria dos eventos
hepáticos graves desenvolveram-se no espaço de um mês após o início do tratamento
com celecoxib (ver secção 4.8).
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Se, durante o tratamento, se verificar deterioração de qualquer uma das funções dos
sistemas orgânicos do doente, acima referidas, devem ser tomadas medidas apropriadas
e considerada a interrupção da terapêutica com celecoxib.
Inibição -CYP2D6
O celecoxib inibe o CYP2D6. Apesar de não ser um forte inibidor desta enzima, poderá
ser necessária uma redução da dose dos fármacos metabolizados pelo CYP2D6 (ver
secção 4.5).
Metabolizadores fracos da CYP2C9
Os doentes que apresentam fraco metabolismo CYP2C9 deverão ser tratados com
precaução (ver secção 5.2).
Reações cutâneas e de hipersensibilidade sistémica
Foram notificadas, muito raramente, reações cutâneas graves, algumas das quais fatais,
incluindo dermatite exfoliativa, síndroma de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica
tóxica, em associação com a utilização de celecoxib (ver secção 4.8). O risco de
ocorrência destas reações nos doentes parece ser superior no início da terapêutica: na
maioria dos casos, este tipo de reações surge durante o primeiro mês de tratamento.
Foram relatadas reações de hipersensibilidade graves (incluindo anafilaxia, angioedema
e erupção medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistémicos (DRESS) ou síndrome
de hipersensibilidade) em doentes sob terapêutica com celecoxib (ver secção 4.8). Os
doentes com antecedentes de alergia às sulfonamidas ou a qualquer outro fármaco
poderão estar em maior risco de ocorrência de reações cutâneas graves ou de reações de
hipersensibilidade (ver secção 4.3). A terapêutica com celecoxib deverá ser
interrompida ao primeiro sinal de erupção cutânea, lesões nas mucosas ou qualquer
outro sinal de hipersensibilidade.
Geral
O celecoxib pode mascarar a febre e outros sinais de inflamação.
Utilização com anticoagulantes orais
Foram notificadas situações graves, algumas das quais fatais, de hemorragia em
doentes sob terapêutica concomitante com varfarina. Foi notificado o aumento do
tempo de protrombina (INR) com terapêutica concomitante. Por conseguinte, esta
possibilidade deve ser cuidadosamente monitorizada nos doentes que recebem
anticoagulantes orais do tipo varfarina/cumarina, sobretudo quando se inicia uma
terapêutica com celecoxib ou quando a dose de celecoxib é alterada (ver secção 4.5). A
utilização concomitante de anticoagulantes com AINEs pode aumentar o risco de
hemorragia. A administração concomitante de celecoxib, varfarina ou outros
anticoagulantes orais deverá ser feita com precaução incluindo os novos
anticoagulantes (por ex., apixabano, dabigatrano e rivaroxabano).
Excipientes
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As cápsulas de Solexa 100 mg e Solexa 200 mg contêm lactose (149,7 mg e 49,8 mg,
respetivamente). Os doentes com problemas hereditários raros de intolerância à
galactose, deficiência de lactase de Lapp ou má absorção de glucose-galactose não
devem tomar este medicamento.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Interações farmacodinâmicas
Anticoagulantes
A atividade anticoagulante deverá ser monitorizada, em particular, nos primeiros dias
após se iniciar a terapêutica, ou quando se altera a dose de celecoxib, em doentes sob
terapêutica concomitante com varfarina ou outros anticoagulantes, dado que estes
doentes têm um risco aumentado de complicações hemorrágicas. Por conseguinte, os
doentes sob terapêutica com anticoagulantes orais deverão ser cuidadosamente
monitorizados em relação ao tempo de protrombina INR, em especial nos primeiros
dias quando se inicia o tratamento com celecoxib ou quando a dose de celecoxib é
alterada (ver secção 4.4).
Foram notificados casos de hemorragias em associação com um aumento do tempo de
protrombina alguns dos quais fatais, especialmente em doentes idosos e em doentes sob
terapêutica concomitante com varfarina.
Anti-hipertensores
Os AINEs podem reduzir o efeito dos medicamentos anti-hipertensores, incluindo os
IECAs, antagonistas dos recetores da angiotensina II, diuréticos e bloqueadores beta.
Tal como com os outros AINEs, o risco de insuficiência renal aguda, que normalmente
é reversível, pode estar aumentado em alguns doentes com a função renal
comprometida (por exemplo, doentes desidratados, doentes a tomar diuréticos ou
doentes idosos), quando se administram concomitantemente IECAs, antagonistas dos
recetores da angiotensina II e/ou diuréticos com AINEs, incluindo o celecoxib (ver
secção 4.4). Consequentemente, a administração concomitante destes medicamentos
deve ser feita com precaução, especialmente em idosos. Os doentes devem ser
adequadamente hidratados e deverá considerar-se a monitorização da função renal após
o início da terapêutica concomitante e, posteriormente, a intervalos regulares.
Num ensaio clínico, com duração de 28 dias, realizado em doentes com hipertensão de
fase I e II, controlados com lisinopril, a administração de 200 mg de celecoxib, duas
vezes ao dia, resultou em aumentos clinicamente não significativos, comparativamente
ao tratamento com placebo, na pressão arterial média diária (sistólica ou diastólica),
determinada pela monitorização em ambulatório durante 24 horas. Entre os doentes
tratados com 200 mg de celecoxib, duas vezes por dia, 48% foram considerados não
respondedores ao lisinopril na visita clínica final (definido como pressão arterial
diastólica > 90 mmHg ou aumento da pressão diastólica > 10% comparada com a
baseline), comparativamente a 27% dos doentes tratados com placebo; esta diferença
foi estatisticamente significativa.
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Ciclosporina e tacrolímus
A administração concomitante de AINEs e ciclosporina ou tacrolímus pode aumentar o
efeito nefrotóxico da ciclosporina ou do tacrolímus, respetivamente. A função renal
deve ser monitorizada sempre que o celecoxib for administrado com um destes
fármacos.
Ácido acetilsalicílico
O celecoxib pode ser utilizado com doses baixas de ácido acetilsalicílico, mas não é um
substituto deste último na profilaxia cardiovascular. Tal como com os outros AINEs,
observou-se, nos estudos submetidos, um aumento do risco de ulceração gastrointestinal
ou outras complicações gastrointestinais, quando o celecoxib foi administrado
concomitantemente com doses baixas de ácido acetilsalicílico, comparativamente à sua
administração isolada (ver secção 5.1).
Interações farmacocinéticas
Efeitos do celecoxib sobre outros fármacos
Inibição CYP2D6
O celecoxib é um inibidor da CYP2D6. As concentrações plasmáticas de fármacos
substratos desta enzima podem ser aumentadas com a utilização concomitante do
celecoxib. São exemplos de fármacos metabolizados pela CYP2D6 os antidepressivos
(tricíclicos e SSRIs), neurolépticos, antiarrítmicos, etc. A dose individual de substratos
da CYP2D6 pode necessitar de, ser reduzida quando o tratamento com celecoxib é
iniciado, ou aumentada se o tratamento com celecoxib terminar.
A administração concomitante de celecoxib 200 mg duas vezes por dia resultou numa
concentração plasmática de dextrometorfano e de metoprolol (substratos da CYP2D6)
2,6 e 1,5 vezes superior, respetivamente. Estes aumentos devem-se à inibição CYP2D6
do metabolismo dos substratos da CYP2D6 pelo celecoxib.
Inibição CYP2C19Estudos in vitro demonstraram que o celecoxib apresenta algum
potencial para inibir o metabolismo catalisado pela CYP2C19. O significado clínico
deste facto in vitro é desconhecido. São exemplos de fármacos metabolizados por esta
enzima o diazepam, o citalopram e a imipramina.
Metrotrexato
Em doentes com artrite reumatoide a tomar celecoxib, não foram observados efeitos
estatisticamente significativos sobre a farmacocinética (depuração renal ou plasmática)
do metotrexato (em doses terapêuticas reumatológicas). No entanto, recomenda-se uma
monitorização cuidada quanto aos riscos de toxicidade relacionada com o metotrexato
na administração concomitante destes dois fármacos.
Lítio
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Em voluntários saudáveis, a administração concomitante de celecoxib 200 mg duas
vezes ao dia e de lítio 450 mg, duas vezes ao dia, originou um aumento médio de 16%
na Cmax e de 18% na AUC de lítio. Desta forma, os doentes a tomar lítio devem ser
cuidadosamente monitorizados sempre que iniciem ou terminem o tratamento com
celecoxib.
Contracetivos orais
Num estudo de interação, o celecoxib não apresentou efeitos clinicamente relevantes na
farmacocinética dos contracetivos orais (1 mg de noretisterona / 35 microgramas de
etinilestradiol).
Glibenclamida/tolbutamida
O celecoxib não afeta a farmacocinética da tolbutamida (substrato da CYP2C9), ou da
glibenclamida de forma clinicamente relevante.
Efeitos de outros fármacos sobre o celecoxib
Metabolizadores fracos da CYP2C9
Em indivíduos que são metabolizadores fracos CYP2C9 e demonstram um aumento da
exposição sistémica ao celecoxib, o tratamento concomitante com inibidores CYP2C9
como o fluconazol pode resultar num subsequente aumento da exposição ao celecoxib.
Tais combinações devem ser evitadas em metabolizadores fracos CYP2C9 (ver secções
4.2 e 5.2).
Inibidores e indutores da CYP2C9
Uma vez que o celecoxib é predominantemente metabolizado pela CYP2C9, deve ser
utilizada metade da dose recomendada em doentes que tomem fluconazol. A utilização
concomitante de uma dose única de 200 mg de celecoxib e de 200 mg de fluconazol
(um potente inibidor da CYP2C9), uma vez ao dia, deu origem a um aumento médio de
60% na Cmax e de 130% na AUC de celecoxib. A utilização concomitante de indutores
da CYP2C9 como a rifampicina, carbamazepina e barbitúricos pode reduzir as
concentrações plasmáticas de celecoxib.
Cetoconazol e antiácidos
Não se observaram alterações na farmacocinética do celecoxib com a utilização
concomitante de cetoconazol ou antiácidos.
População pediátrica
Estudos de interação só foram realizados em adultos.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Estudos em animais (ratos e coelhos) revelaram toxicidade reprodutiva, incluindo
malformações (ver secções 4.3 e 5.3). A inibição da síntese das prostaglandinas pode
afetar negativamente a gravidez. Dados de estudos epidemiológicos sugerem um
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aumento do risco de abortos espontâneos após a utilização de inibidores da síntese das
prostaglandinas no início da gravidez. Os riscos potenciais na gravidez são
desconhecidos no ser humano, mas não podem ser excluídos. Como com outros
fármacos inibidores da síntese das prostaglandinas, o celecoxib pode causar inércia
uterina e encerramento prematuro do canal arterial durante o último trimestre de
gravidez. O celecoxib está contraindicado na gravidez e em mulheres que possam vir a
engravidar (ver secções 4.3 e 4.4). Se ocorrer gravidez, o tratamento com celecoxib
deve ser interrompido.
Amamentação
O celecoxib é excretado no leite do rato fêmea em concentrações semelhantes às
plasmáticas. A administração de celecoxib num número limitado de mulheres a
amamentar demonstrou uma transferência muito baixa de celecoxib para o leite
materno. As mulheres que tomem celecoxib não deverão amamentar.
Fertilidade
Com base no mecanismo de ação, a utilização de AINEs, incluindo o celecoxib, pode
atrasar ou prevenir a rutura dos folículos do ovário, que está associado com a
infertilidade reversível em algumas mulheres.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os doentes que refiram tonturas, vertigens ou sonolência aquando da administração de
celecoxib devem abster-se de conduzir ou utilizar máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
As reações adversas estão listadas por sistema de classe de órgãos e distribuídas por
frequência na Tabela 1, refletindo os dados das seguintes fontes:
Reações adversas notificadas em doentes com osteoartrite e doentes com artrite
reumatoide, com taxas de incidência superiores a 0,01% e superiores às notificadas para
placebo, em 12 ensaios clínicos controlados por placebo e/ou comparador ativo, de
duração até 12 semanas, com doses diárias de 100 mg a 800 mg de celecoxib. Em
estudos adicionais com AINEs não seletivos comparadores, aproximadamente 7400
doentes com artrite foram tratados com celecoxib em doses diárias até 800 mg,
incluindo, aproximadamente, 2300 doentes tratados durante um ano ou mais. As
reações adversas observadas com celecoxib nestes estudos adicionais foram
consistentes com aquelas observadas em doentes com osteoartrite e artrite reumatoide
listados na Tabela 1.
Reações adversas notificadas com taxas de incidência superiores ao placebo para
indivíduos tratados com 400 mg diários de celecoxib nos estudos de longa duração para
prevenção de pólipos com duração até 3 anos (ensaios Prevenção de Adenomas com
Celecoxib (APC) e Prevenção de Pólipos Colorretais Adenomatosos Esporádicos