Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
09-04-2015
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APROVADO EM
09-04-2015
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Sinvastatina toLife 20 mg Comprimidos revestidos por película
Sinvastatina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento, pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto
1. O que é Sinvastatina toLife 20 mg e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Sinvastatina toLife 20 mg
3. Como tomar Sinvastatina toLife 20 mg
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Sinvastatina toLife 20 mg
6. Conteúdo da embalagem e outras informações.
1. O que é Sinvastatina toLife 20 mg e para que é utilizado
Sinvastatina toLife pertence a um grupo de medicamentos designados de estatinas,
sendo utilizado para baixar os valores de colesterol total, colesterol "mau" (colesterol
das LDL), e substâncias gordas chamadas triglicéridos no sangue. Adicionalmente, este
medicamento aumenta os valores do colesterol "bom" (colesterol das HDL). Enquanto
estiver a tomar este medicamento deve manter uma dieta recomendada para redução de
colesterol.
Sinvastatina toLife está portanto indicado, adicionalmente à dieta, em caso de ter:
- um valor aumentado de colesterol no sangue (hipercolesterolemia primária) ou valores
elevados de gordura no sangue (hiperlipidemia mista).
- uma doença hereditária (hipercolesterolemia familiar homozigótica) responsável pelo
aumento do valor do colesterol no sangue. Neste caso, poderá também ter de fazer
outros tratamentos.
- doença coronária ou se estiver em risco de a desenvolver (caso tenha diabetes, história
de acidente vascular cerebral, ou outra doença dos vasos sanguíneos). Neste caso, este
medicamento pode prolongar a sua vida através da redução do risco de ataque cardíaco
ou de outras complicações cardiovasculares, independentemente do nível de colesterol
no seu sangue.
A maioria das pessoas não tem sintomas imediatos de colesterol elevado. O seu médico
poderá determinar o seu nível de colesterol através de uma simples análise ao sangue.
Mantenha as consultas regulares com o seu médico, para que ele possa indicar-lhe a
melhor maneira de controlar o seu colesterol.
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2. O que precisa de saber antes de tomar Sinvastatina toLife 20 mg
Não tome Sinvastatina toLife 20 mg:
- se tem alergia à substância ativa ou a qualquer outro componente deste medicamento
(indicados na secção 6);
- se lhe foi diagnosticada uma doença do fígado;
- se está a tomar algum dos seguintes medicamentos: itraconazol, cetoconazol ou
posaconazol (medicamentos para infeções fúngicas), indinavir, nelfinavir, ritonavir e
saquinavir (inibidores da protease do VIH usados para as infeções por VIH), boceprevir
ou telaprevir (medicamentos para a infeção pelo vírus da hepatite C), eritromicina,
claritromicina ou telitromicina (antibióticos para infeções), nefazodona (um
medicamento para a depressão), gemfibrozil (um medicamento para baixar o colesterol),
ciclosporina (um medicamento frequentemente utilizado em doentes submetidos a
transplante de órgãos), danazol (uma hormona sintética usada para tratar a
endometriose);
- se está grávida ou em período de amamentação.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Sinvastatina toLife 20 mg:
- se já teve alguma doença de fígado (este medicamento pode não ser indicado para si);
- se ingere grandes quantidades de bebidas alcoólicas;
- se for fazer uma operação cirúrgica, pois pode ter de parar de tomar sinvastatina por
um curto período de tempo;
- se tem insuficiência respiratória grave.
Consulte o seu médico imediatamente se durante o tratamento com Sinvastatina toLife
sentir dores, sensibilidade, fraqueza ou cãibras musculares. Em raras situações os
problemas musculares podem ser graves, incluindo destruição muscular (rabdomiólise)
que resulta em lesões nos rins. Em situações muito raras ocorreram mortes.
O seu médico necessitará de lhe efetuar análises ao sangue antes e, possivelmente,
durante o tratamento com Sinvastatina toLife. Estas análises serão utilizadas para
avaliar o seu risco de efeitos secundários musculares ou no fígado.
Há maior risco de destruição muscular com as doses mais elevadas de Sinvastatina
toLife, particularmente com a dose de 80 mg. O risco de destruição muscular também é
maior em certos doentes. Informe o seu médico se alguma das seguintes situações se
aplicar a si:
- consome grandes quantidades de álcool
- tem problemas nos rins
- tem problemas na tiroide
- tem 65 anos de idade ou mais
- é do sexo feminino
- alguma vez teve problemas musculares durante o tratamento com medicamentos para
baixar o colesterol chamados "estatinas" ou fibratos
- tem, ou algum familiar próximo tem, um distúrbio muscular hereditário.
Informe igualmente o seu médico ou farmacêutico se sentir uma fraqueza muscular
constante. Podem ser necessários testes ou medicamentos adicionais para diagnosticar e
tratar este problema.
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Enquanto estiver a tomar este medicamento o seu médico irá avaliar se tem diabetes ou
está em risco de vir a ter diabetes. Estará em risco de vir a ter diabetes se tem níveis
elevados de açúcar e gorduras no sangue, excesso de peso ou pressão arterial elevada.
Crianças e adolescentes
Foi estudada a segurança e eficácia em rapazes dos 10 aos 17 anos de idade e em
raparigas que iniciaram o seu período menstrual pelo menos um ano antes (ver "Como
tomar Sinvastatina toLife 10 mg"). A toma de sinvastatina não foi estudada em crianças
com idade inferior a 10 anos. Para mais informações fale com o seu médico.
Outros medicamentos e Sinvastatina toLife
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente ou
se vier a tomar outros medicamentos.
Tomar Sinvastatina toLife com qualquer um dos seguintes medicamentos poderá
aumentar o risco de problemas musculares, por isso é particularmente importante que
informe o seu médico se estiver a tomar:
- ciclosporina (um medicamento frequentemente utilizado em doentes com transplante
de órgãos)
- danazol (uma hormona sintética usada para tratar a endometriose)
- itraconazol, cetoconazol, fluconazol ou posaconazol (antifúngicos)
- fibratos como o gemfibrozil e bezafibrato (medicamentos para baixar o colesterol)
- eritromicina, claritromicina, telitromicina ou ácido fusídico (antibióticos)
- inibidores da protease do VIH como o indinavir, nelfinavir, ritonavir e saquinavir
(medicamentos para a SIDA)
- boceprevir ou telaprevir (medicamentos para a infeção pelo vírus da hepatite C)
- nefazodona (antidepressivo)
- amiodarona (um medicamento usado para tratar o batimento irregular do coração)
- verapamil, diltiazem ou amlodipina (medicamentos usados para tratar a pressão
arterial elevada, a angina de peito ou outras doenças do coração).
- colchicina (um medicamento usado para tratar a gota).
Informe ainda o seu médico se estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos:
- medicamentos que previnem os coágulos no sangue, como por exemplo a varfarina,
fenprocumona ou acenocumarol (anticoagulantes)
- fenofibrato (outro medicamento para baixar o colesterol)
- niacina (outro medicamento para baixar o colesterol)
- rifampicina (um medicamento para tratar a tuberculose).
Deverá também informar o seu médico se for de etnia chinesa.
Sinvastatina toLife com alimentos e bebidas
O sumo de toranja contém um ou mais componentes que alteram o modo como o
organismo utiliza certos medicamentos, incluindo a sinvastatina. O consumo de sumo
de toranja deverá ser evitado.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o
seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
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Não tome este medicamento se está grávida, planeia engravidar ou suspeita que está
grávida. Se engravidar durante o tratamento com Sinvastatina toLife, pare
imediatamente o tratamento e fale com o seu médico. Não tome também este
medicamento se está a amamentar, uma vez que se desconhece se o medicamento passa
para o leite materno.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não se prevê que este medicamento interfira com a sua capacidade de conduzir ou
utilizar máquinas. Contudo, deve ter-se em consideração que algumas pessoas sentem
tonturas após tomarem sinvastatina.
Sinvastatina toLife 20 mg contém lactose mono-hidratada.
Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o
antes de tomar este medicamento.
3. Como tomar Sinvastatina toLife 20 mg
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Enquanto estiver a tomar este medicamento, deverá fazer uma dieta para reduzir o
colesterol e praticar exercício físico.
A dose recomendada é 1 comprimido de 10 mg, 20 mg ou 40 mg, por via oral, uma vez
por dia, de preferência à noite.
Para crianças e adolescentes (10-17 anos de idade), a dose inicial recomendada é 10 mg
por dia, à noite. A dose máxima recomendada é 40 mg por dia.
O seu médico decidirá qual a dose apropriada para si, de acordo com o seu tratamento
atual e a sua situação de risco.
O seu médico poderá ajustar a dose após, no mínimo, 4 semanas, até um máximo de 80
mg por dia. Não tome mais de 80 mg por dia. A dose de 80 mg é apenas recomendada
em doentes adultos com níveis de colesterol muito elevados e com elevado risco de
complicações cardiovasculares, os quais não atingiram o objetivo de colesterol com
doses mais baixas.
O seu médico poderá receitar doses mais baixas, sobretudo, se estiver a tomar alguns
medicamentos atrás mencionados ou tiver determinados problemas renais.
Se o seu médico lhe receitou este medicamento juntamente com um medicamento
sequestrante dos ácidos biliares (medicamentos para baixar o colesterol), deve tomar
Sinvastatina toLife pelo menos 2 horas antes, ou 4 horas depois de tomar o sequestrante
dos ácidos biliares.
Se tomar mais Sinvastatina toLife do que deveria
Deve contactar o seu médico ou o hospital mais próximo. O tratamento de uma dose
excessiva deve ser sintomático e com medidas de suporte.
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Caso se tenha esquecido de tomar Sinvastatina toLife
Não se preocupe. Tome a dose habitual na altura da toma seguinte. Não tome uma dose
a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Sinvastatina toLife
O seu colesterol pode aumentar de novo É importante que continue a tomar Sinvastatina
toLife até que o seu médico lhe dê outra indicação.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
É utilizada a seguinte terminologia para descrever a frequência com que os efeitos
secundários têm sido relatados:
- Raros (ocorrem em 1 ou mais doentes em cada 10.000 mas em menos de 1 em cada
1.000 doentes tratados)
- Muito raros (ocorrem em menos de 1 em cada 10.000 doentes tratados)
Se ocorrer algum dos seguintes efeitos secundários graves, pare de tomar o
medicamento e consulte imediatamente o seu médico ou dirija-se ao serviço de
urgências do hospital mais próximo:
- dor, sensibilidade ou fraqueza musculares ou cãibras. Em raras situações, estes
problemas musculares podem ser graves, incluindo destruição muscular (rabdomiólise)
que resulta em lesões nos rins; e em muito raras situações ocorreram mortes.
- reações alérgicas (hipersensibilidade) incluindo: inchaço da face, língua e garganta que
podem causar dificuldade em respirar
. dor muscular grave, habitualmente nos ombros e anca
. erupção cutânea com fraqueza muscular dos membros e do pescoço
. dor ou inflamação das articulações
. inflamação dos vasos sanguíneos
. nódoas negras pouco comuns, erupções e inchaço na pele, urticária, sensibilidade da
pele ao sol, febre, rubor facial
. dificuldade em respirar e mal-estar
. quadro de doença tipo lúpus (incluindo erupção cutânea, distúrbios nas articulações e
efeitos nas células do sangue)
- inflamação do fígado com amarelecimento da pele e dos olhos, comichão, urina escura
ou fezes descoradas, sensação de cansaço ou fraqueza, perda de apetite; insuficiência
hepática (muito rara)
- inflamação do pâncreas, frequentemente com dor abdominal grave.
Foram também raramente comunicados os seguintes efeitos secundários:
- número baixo de glóbulos vermelhos (anemia)
- dormência ou fraqueza nos braços e pernas
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- dor de cabeça, sensação de formigueiro, tonturas
- perturbações digestivas (dor abdominal, prisão de ventre, gases intestinais, indigestão,
diarreia, náuseas, vómitos)
- erupção cutânea, comichão, perda de cabelo
- fraqueza
- perturbação do sono (muito raro)
- memória fraca (muito raro), perda de memória, confusão
Os seguintes efeitos secundários foram também reportados mas a frequência não pode
ser calculada a partir da informação disponível (frequência desconhecida):
- disfunção erétil
- depressão
- inflamação dos pulmões originando problemas respiratórios incluindo tosse persistente
e/ou dispneia (dificuldade em respirar) ou febre
- problemas nos tendões, por vezes complicados por rutura do tendão
- Fraqueza muscular constante
Possíveis efeitos secundários adicionais comunicados com algumas estatinas:
- distúrbios do sono, incluindo pesadelos
- disfunção sexual
- diabetes. É mais provável ter diabetes se tiver níveis elevados de açucar e gorduras no
sangue, excesso de peso ou pressão arterial elevada. O seu médico irá avaliar se tem
diabetes enquanto estiver a tomar este medicamento.
Nas análises ao sangue foram observados aumentos de alguns valores da função
hepática e de uma enzima muscular (creatina quinase).
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, ou farmacêutico ou enfermeiro.
Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P.
através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a
fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Sinvastatina toLife 20 mg
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não conservar acima de 25ºC.
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Conservar na embalagem de origem.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte
ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas
ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Sinvastatina toLife 20 mg
- A substância ativa é a sinvastatina. Cada comprimido revestido por película contém 20
mg de sinvastatina.
- Os outros componentes são lactose mono-hidratada, celulose microcristalina, amido
pré-gelificado, butil-hidroxianisol (E320), ácido ascórbico, ácido cítrico, sílica coloidal
anidra, talco, estearato de magnésio, (metil)-hidroxipropilcelulose, óxido vermelho de
ferro (E172), óxido amarelo de ferro (E172), citrato de trietilo, dióxido de titânio (E171)
e povidona K30.
Qual o aspeto de Sinvastatina toLife 20 mg e conteúdo da embalagem
Sinvastatina toLife 20 mg apresenta-se sob a forma de comprimidos revestidos por
película ovais, biconvexos, de cor rosácea e sem ranhura. As embalagens contêm 20, 30,
60 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
toLife – Produtos Farmacêuticos, S.A.
Av. do Forte, 3, Edif. Suécia IV, Piso 0
2794-093 Carnaxide
Portugal
Fabricante:
Teva Pharma S.L.U..
C/C, nº 4, Polígono Industrial Malpica
50016 Zaragoza
Espanha
Generis Farmacêutica, S.A.
Rua João de Deus, nº 19, Venda Nova
2700 - 487 Amadora
Portugal
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sinvastatina toLife 10 mg comprimidos revestidos por película
Sinvastatina toLife 20 mg comprimidos revestidos por película
Sinvastatina toLife 40 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido revestido por película contém 10, 20 ou 40 mg de sinvastatina, como
substância ativa, respetivamente.
Excipiente(s) com efeito conhecido:
Os comprimidos de 10 mg contêm 65,730 mg de lactose mono-hidratada.
Os comprimidos de 20 mg contêm 131,460 mg de lactose mono-hidratada.
Os comprimidos de 40 mg contêm 262,920 mg de lactose mono-hidratada.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Os comprimidos de 10 mg são ovais, biconvexos, de cor amarelada e com ranhura numa
das faces. Os comprimidos de 20 mg são ovais, biconvexos, de cor rosácea e sem
ranhura. Os comprimidos de 40 mg são ovais, biconvexos, de cor avermelhada e sem
ranhura.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Hipercolesterolemia
Tratamento da hipercolesterolemia primária ou da dislipidemia mista, como adjuvante
da dieta, sempre que a resposta à dieta e a outros tratamentos não farmacológicos (por
ex.: exercício físico, perda de peso) seja inadequada.
Tratamento da hipercolesterolemia familiar homozigótica como adjuvante da dieta e
outros tratamentos hipolipemiantes (por ex.: LDL-aferese) ou se tais tratamentos não
forem apropriados.
Prevenção Cardiovascular
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Redução da mortalidade e morbilidade cardiovasculares em doentes com doença
cardiovascular aterosclerótica evidente ou com diabetes mellitus, quer tenham níveis de
colesterol normais ou aumentados, como adjuvante da correção de outros fatores de
risco e de outras terapêuticas cardioprotetoras (ver secção 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
O intervalo posológico é de 5-80 mg/dia administrados por via oral numa dose única à
noite. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser feitos em intervalos não
inferiores a 4 semanas, até um máximo de 80 mg/dia administrados em dose única à
noite. A dose de 80 mg é apenas recomendada em doentes com hipercolesterolemia
grave e em risco elevado de complicações cardiovasculares que não atingiram os seus
objetivos de tratamento com doses mais baixas e quando é esperado que os benefícios
ultrapassem os riscos potenciais (ver secções 4.4 e 5.1).
Hipercolesterolemia
O doente deve estar a fazer uma dieta padronizada para a redução do colesterol, e
deverá continuar com esta dieta durante o tratamento com Sinvastatina toLife. A dose
inicial habitual é de 10-20 mg/dia, administrados em dose única à noite. Os doentes que
necessitem de uma grande redução do C-LDL (mais de 45%) podem iniciar a
terapêutica com 20-40 mg/dia em dose única administrada à noite. Os ajustes
posológicos, se necessários, devem ser efetuados da forma anteriormente especificada.
Hipercolesterolemia familiar homozigótica
Com base nos resultados de um estudo clínico controlado, a posologia inicial
recomendada é de 40 mg/dia de Sinvastatina toLife tomado à noite.. Sinvastatina toLife
deve ser usado como um adjuvante de outros tratamentos hipolipemiantes (por ex.:
LDL-aferese) neste grupo de doentes, ou só por si, quando não estiverem disponíveis
tais terapêuticas.
Prevenção cardiovascular
A dose habitual de Sinvastatina toLife é de 20 a 40 mg/dia, em toma única à noite, nos
doentes em elevado risco de doença cardíaca coronária (doença cardíaca coronária com
ou sem hiperlipidemia). A terapêutica farmacológica poderá ser iniciada em simultâneo
com a dieta e o exercício físico. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser
efetuados da forma anteriormente especificada.
Terapêutica concomitante
Sinvastatina toLife é eficaz isoladamente ou em associação com sequestrantes dos
ácidos biliares. A administração deve ocorrer 2 horas antes ou 4 horas após a
administração de um sequestrante dos ácidos biliares.
Nos doentes a tomar Sinvastatina toLife concomitantemente com fibratos, exceto o
gemfibrozil (ver secção 4.3) ou o fenofibrato, a dose de Sinvastatina toLife não deve
exceder 10 mg/dia.
Em doentes a tomar amiodarona, amlodipina, verapamil ou diltiazem
concomitantemente com Sinvastatina toLife, a dose de Sinvastatina toLife não deverá
exceder 20 mg/dia (ver secções 4.4 e 4.5).
Posologia na insuficiência renal
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Não deverá ser necessária uma modificação da posologia em doentes com insuficiência
renal moderada.
Nos doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina < 30 ml/min), as
posologias acima de 10 mg/dia deverão ser cuidadosamente consideradas e, se
necessário, instituídas com precaução.
Uso nos idosos
Não é necessário qualquer ajuste posológico.
Uso nas crianças e nos adolescentes (10-17 anos de idade)
Para crianças e adolescentes (rapazes em estadio Tanner II ou superior e raparigas com
pelo menos um ano pós-menarca, 10-17 anos de idade) com hipercolesterolemia
familiar homozigótica, a dose inicial habitualmente recomendada é de 10 mg, uma vez
por dia, à noite. Antes do início do tratamento com a sinvastatina as crianças e
adolescentes deverão iniciar uma dieta padronizada para a redução do colesterol; esta
dieta deverá ser mantida durante o tratamento com a sinvastatina.
O intervalo posológico recomendado é de 10-40 mg/dia; a dose máxima recomendada é
40 mg/dia. As doses devem ser individualizadas de acordo com o objetivo terapêutico
recomendado de acordo com as recomendações para o tratamento pediátrico (ver
secções 4.4 e 5.1). Os ajustes deverão ser feitos em intervalos de pelo menos 4 semanas.
A experiência com sinvastatina em crianças na pré-puberdade é limitada.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na
secção 6.1.
Doença hepática ativa ou elevações persistentes e sem explicação das transaminases
séricas.
Gravidez e aleitamento (ver secção 4.6).
Administração concomitante de inibidores potentes do CYP3A4 (por ex.: itraconazol,
cetoconazol, ponaconazol, inibidores da protease do VIH (por exemplo: nelfinavir),
boceprevir, telaprevir, eritromicina, claritromicina, telitromicina e nefazodona) (ver
secções 4.4 e 4.5).
Administração concomitante de gemfibrozil, ciclosporina ou danazol (ver secções 4.4 e
4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Função reduzida das proteínas de transporte
A função reduzida das proteínas transportadoras hepáticas OATP pode aumentar a
exposição sistémica da sinvastatina e o risco de miopatia e rabdomiólise. A função
reduzida pode ocorrer como resultado da inibição pela interação de medicamentos (por
exemplo ciclosporina) ou em doentes que são portadores do genótipo c.521T>C do
SLCO1B1.
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Os doentes portadores do alelo genético do SLCO1B1 (c.521T> C), que codifica a
proteína OATP1B1 menos ativa, têm uma maior exposição sistémica da sinvastatina e
um aumento do risco de miopatia.
O risco de uma miopatia relacionada com a dose elevada (80 mg) de sinvastatina é, em
geral, de cerca de 1% sem avaliação genética. Com base nos resultados do estudo
SEARCH, os portadores homozigóticos do alelo C (também chamados de CC) tratados
com 80 mg de sinvastatina têm um risco de miopatia de 15% dentro de um ano,
enquanto que o risco nos portadores heterozigóticos do alelo C (TC) é de 1,5%. O risco
correspondente é de 0,3% nos doentes com o genótipo mais comum (TT) (ver secção
5.2). Quando disponível, a genotipagem para a presença do alelo C deve ser considerada
como parte da avaliação de risco-benefício, antes de prescrever 80 mg de sinvastatina e
doses elevadas devem ser evitadas nos doentes portadores do genótipo CC. No entanto,
a ausência deste gene na genotipagem não exclui que não possa ainda ocorrer miopatia.
Miopatia/Rabdomiólise
A sinvastatina, tal como os outros inibidores da redutase da HMG-CoA provoca,
ocasionalmente, miopatia, que se manifesta como dor, sensibilidade ou fraqueza
musculares e elevações de creatinaquinase (CK) acima de 10 vezes o limite superior da
normalidade (LSN). Por vezes a miopatia toma a forma de rabdomiólise, com ou sem
insuficiência renal aguda secundária a mioglobinúria, tendo ocorrido, muito raramente,
casos de morte. O risco de miopatia é aumentado pelos elevados níveis de atividade
inibidora da redutase da HMG-CoA plasmática.
Tal como os outros inibidores da redutase da HMG-CoA, o risco de
miopatia/rabdomiólise depende da dose. Numa base de dados de ensaios clínicos, com
41 413 doentes tratados com sinvastatina dos quais 24 747 (aproximadamente 60%)
foram tratados pelo menos durante 4 anos, a incidência de miopatia foi,
aproximadamente, de 0,03%, 0,08% e 0,61% com 20, 40 e 80 mg/dia, respetivamente.
Nestes ensaios, os doentes foram cuidadosamente monitorizados, tendo sido excluídos
alguns medicamentos com interação.
Num ensaio clínico em que doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio foram
tratados com 80 mg/dia de sinvastatina (tempo médio de acompanhamento 6,7 anos), a
incidência de miopatia foi aproximadamente 1,0 % em comparação com 0,02 % de
doentes a tomar 20 mg/dia. Aproximadamente metade desses casos de miopatia ocorrera
durante o primeiro ano de tratamento. A incidência de miopatia durante cada ano
subsequente de tratamento foi aproximadamente 0,1 %. (Ver secções 4.8 e 5.1.)
O risco de miopatia é maior em doentes a tomar sinvastatina 80 mg, em comparação
com outras terapêuticas com base em estatinas com eficácia semelhante na redução do
C-LDL. Como tal, a dose de 80 mg de sinvastatina só deve ser utilizada em doentes
com hipercolesterolemia grave e em risco elevado de complicações cardiovasculares
que não tenham atingido os seus objetivos terapêuticos com as doses inferiores e
quando é esperado que os benefícios superem os potenciais riscos. Em doentes a tomar
sinvastatina 80 mg que necessitem ser tratados com um medicamento que tenha
interação medicamentosa, deve ser utilizada uma dose mais baixa de sinvastatina ou um
regime alternativo com base em estatinas que tenha um menor potencial de interações
medicamentosas (ver abaixo Medidas para reduzir o risco de miopatia causado pelas
interações medicamentosas e secções 4.2, 4.3 e 4.5).
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Medição da Creatinaquinase
A creatinaquinase (CK) não deverá ser medida após o exercício físico vigoroso ou na
presença de qualquer outra causa passível de aumentar os níveis de CK, uma vez que
isto torna difícil a interpretação daqueles valores. Se os níveis basais de CK estiverem
significativamente elevados (> 5 x LSN), deverão ser reavaliados após 5 a 7 dias para
confirmar os resultados.
Antes do Tratamento
Todos os doentes a iniciar terapêutica com sinvastatina, ou cuja dose de sinvastatina
esteja a ser aumentada, devem ser avisados sobre o risco de miopatia e aconselhados a
relatar de imediato qualquer dor, sensibilidade ou fraqueza musculares que ocorram sem
explicação.
A prescrição de sinvastatina deve ser feita com precaução em doentes com fatores
predisponentes para rabdomiólise. Os níveis de CK devem ser avaliados antes do início
da terapêutica com sinvastatina, para estabelecer um valor de referência basal, nas
seguintes situações:
- Idosos (idade > 65 anos);
- Sexo feminino;
- Disfunção renal;
- Hipotiroidismo não controlado;
- História pessoal ou familiar de alterações musculares hereditárias;
- História prévia de toxicidade muscular devida a estatinas ou fibratos;
- Abuso de álcool.
Nestas situações, dever-se-á ter em consideração o risco do tratamento em relação ao
possível benefício e recomenda-se a monitorização clínica. Se um doente já tiver tido
anteriormente uma perturbação muscular com um fibrato ou com uma estatina, o
tratamento com um produto diferente dessa classe deverá ser iniciado com precaução.
Se os níveis basais de CK estiverem significativamente elevados (> 5 x LSN), o
tratamento não deverá ser iniciado.
Durante o Tratamento
Se ocorrer dor, fraqueza ou cãibras musculares durante o tratamento com sinvastatina,
os níveis de CK devem ser medidos. Se estes níveis estiverem significativamente
elevados (> 5 x LSN), na ausência de exercício físico vigoroso, o tratamento deverá ser
interrompido. Se os sintomas musculares forem graves e causarem desconforto diário,
ainda que os níveis de CK sejam < 5 x LSN, deverá ser considerada a descontinuação
do tratamento. Se houver suspeita de miopatia por qualquer outra razão, o tratamento
deve ser descontinuado.
Se os sintomas desaparecerem e os níveis de CK normalizarem, poderá ser considerada
a reintrodução da estatina ou a introdução de uma estatina alternativa, na dosagem mais
baixa desde que seja efetuada uma monitorização cuidadosa.
Uma maior taxa de miopatia foi observada em doentes titulados para a dose de 80 mg
(ver secção 5.1). São recomendadas medições periódicas da CK pois poderão ser úteis
para identificar casos subclínicos de miopatia. Contudo, não existe garantia de que tal
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monitorização previna a miopatia.
A terapêutica com sinvastatina deve ser temporariamente interrompida durante alguns
dias antes de grande cirurgia eletiva e quando surjam estados médicos ou cirúrgicos
graves.
Medidas para reduzir o risco de miopatia causado pelas interações medicamentosas (ver
também secção 4.5)
O risco de miopatia e rabdomiólise está significativamente aumentado pela utilização
concomitante de sinvastatina com inibidores potentes do CYP3A4 (tais como o
itraconazol, cetoconazol, posaconazol, eritromicina, claritromicina, telitromicina,
inibidores da protease do VIH (por exemplo: nelfinavir), boceprevir, telaprevir,
nefazodona), assim como com gemfibrozil, ciclosporina e danazol. A toma destes
medicamentos é contraindicada (ver secção 4.3).
O risco de miopatia e rabdomiólise está também aumentado pelo uso concomitante de
amiodarona, amlodipina, verapamil ou diltiazem com certas doses de sinvastatina (ver
secções 4.2 e 4.5). O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, pode ser aumentado
pela administração concomitante de ácido fusídico com estatinas (ver secção 4.5).
Foram notificados casos muito raros de miopatia necrosante imunomediada (IMNM –
imune-mediated necrotizing myopathy) durante ou após o tratamento com algumas
estatinas. A IMNM é caracterizada clinicamente por fraqueza muscular proximal e
elevação da creatina quinase sérica, que persistem apesar da interrupção do tratamento
com estatinas.
Consequentemente, no que diz respeito aos inibidores do CYP3A4, a utilização
concomitante de sinvastatina com itraconazol, cetoconazol, inibidores da protease do
VIH (por exemplo: nelfinavir), boceprevir, telaprevir, eritromicina, claritromicina,
telitromicina e nefazodona está contraindicada (ver secções 4.3 e 4.5). Se o tratamento
com itraconazol, cetoconazol, posaconzaol, eritromicina, claritromicina ou telitromicina
for inevitável, a terapêutica com sinvastatina tem que ser interrompida durante o
tratamento. Além disso, deve usar-se de precaução quando se associa a sinvastatina com
alguns inibidores menos potentes do CYP3A4: fluconazol, verapamil, diltiazem (ver
secções 4.2 e 4.5). Deve ser evitada a ingestão concomitante de sumo de toranja e de
sinvastatina.
A toma de sinvastatina com gemfibrozil é contraindicada (ver secção 4.3). Devido ao
risco aumentado de miopatia e rabdomiólise, a dose de sinvastatina não deve exceder 10
mg por dia em doentes a tomar sinvastatina com outros fibratos, exceto fenofibrato,
(Ver secções 4.2 e 4.5). É recomendada precaução ao prescrever fenofibrato com
sinvastatina, uma vez que cada um destes medicamentos podem causar miopatia quando
administrados isoladamente.
Deve ser evitada a utilização combinada de sinvastatina em doses superiores a 20 mg
por dia com amiodarona, amlodipina,verapamil ou diltiazem (ver secções 4.2 e 4.5).
Os doentes que tomam outros medicamentos com efeito inibitório moderado no
CYP3A4 concomitantemente com sinvastatina, particularmente com doses altas de
sinvastatina, podem ter um risco aumentado de miopatia.
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Foram associados casos raros de miopatia/rabdomiólise com a administração
concomitante de inibidores da redutase da HMG-CoA e doses modificadoras dos
lípidos (
1g/dia) de niacina (ácido nicotínico). Qualquer um destes medicamentos pode
causar miopatia quando administrado isoladamente.
Os médicos que considerem a utilização da associação terapêutica de sinvastatina com
doses modificadoras dos lípidos (
1g/dia) de niacina (ácido nicotínico), ou
medicamentos contendo niacina, devem ponderar cuidadosamente os potenciais
benefícios e riscos e proceder a uma cuidadosa monitorização dos doentes para despiste
de quaisquer sinais e sintomas de dor, sensibilidade ou fraqueza musculares, em
particular durante os primeiros meses após início da terapêutica e ao aumentar a dose de
cada um dos medicamentos.
Numa análise interina dos resultados de um estudo clínico a decorrer, uma comissão
independente de monitorização da segurança identificou uma incidência de miopatia
superior ao esperado em doentes de etnia chinesa a tomarem sinvastatina 40 mg e a
associação de ácido nicotínico/laropiprant 2000 mg/40 mg. Por conseguinte, deve ter-se
precaução ao tratar doentes de etnia chinesa com sinvastatina (especialmente com doses
de 40 mg ou superiores) coadministradas com doses modificadoras dos lípidos (
1g/dia) de niacina (ácido nicotínico) ou medicamentos contendo niacina. Devido ao
risco aumentado de miopatia associado às estatinas ser dependente da dose, não é
recomendada a utilização de sinvastatina 80 mg com doses modificadoras dos lípidos (
1g/dia) de niacina (ácido nicotínico) ou medicamentos contendo niacina em doentes de
etnia chinesa. Desconhece-se se existe um risco aumentado de miopatia noutros doentes
Asiáticos tratados com sinvastatina em coadministração com doses modificadoras dos
lípidos (
1g/dia) de niacina (ácido nicotínico) ou medicamentos contendo niacina.
Se a associação medicamentosa revelar essa necessidade, os doentes tratados com ácido
fusídico e sinvastatina devem ser cuidadosamente monitorizados (ver secção 4.5). Pode
ser considerada a suspensão temporária do tratamento com sinvastatina.
Efeitos Hepáticos
Nos estudos clínicos ocorreram, num número reduzido de doentes adultos tratados com
sinvastatina, aumentos persistentes (para > 3 x LSN) das transaminases séricas. Quando
a administração de sinvastatina foi interrompida ou suspensa nestes doentes, os níveis
de transaminases baixaram lentamente, de um modo geral, para os níveis anteriores ao
tratamento.
Recomenda-se que sejam realizados testes de função hepática antes do início da
terapêutica, e posteriormente, quando indicado clinicamente. Doentes tratados com uma
dose de 80 mg devem fazer um teste adicional antes do início da titulação, 3 meses após
a titulação para a dose de 80 mg e periodicamente (por ex., semestralmente) no primeiro
ano de tratamento. Deverá ser dada atenção especial aos doentes que registem aumentos
dos níveis das transaminases séricas e, nestes doentes, os doseamentos deverão ser
repetidos de imediato e, depois, realizados mais frequentemente. Se os níveis das
transaminases séricas mostrarem aumentos progressivos, especialmente se aumentarem
para mais de 3 x LSN e forem persistentes, a sinvastatina deverá ser suspensa. Note-se
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que a ALT pode ter origem muscular. Portanto, uma elevação da ALT e da CK pode
indicar miopatia (ver acima Miopatia/Rabdomiólise).
Foram notificados, na pós-comercialização, casos raros de insuficiência hepática fatal e
não fatal em doentes a tomar estatinas, incluindo a sinvastatina. Se durante o tratamento
com sinvastatina ocorrerem lesões graves no fígado com sintomas clínicos e/ou
hiperbilirrubinemia ou icterícia, interrompa imediatamente a terapêutica. Se não for
identificada uma etiologia alternativa, não reinicie sinvastatina.
O medicamento deve ser usado com precaução em doentes que consumam quantidades
substanciais de álcool.
Tal como acontece com outros agentes hipolipemiantes, têm sido referidas elevações
moderadas das transaminases séricas (< 3 x LSN) na sequência do tratamento com
sinvastatina. Estas alterações surgiram pouco tempo após o início do tratamento com
sinvastatina, foram geralmente transitórias, não foram acompanhadas de quaisquer
sintomas e não foi necessária a interrupção do tratamento.
Diabetes mellitus
Algumas evidências sugerem que as estatinas como classe farmacológica podem elevar
a glicemia e, em alguns doentes, com elevado risco de ocorrência futura de diabetes,
podem induzir um nível de hiperglicemia, em que o tratamento formal da diabetes é
adequado. Este risco é, no entanto, suplantado pela redução do risco vascular das
estatinas e, portanto, não deve ser uma condição para interromper a terapêutica. Os
doentes em risco (glicemia em jejum entre 5,6 e 6,9 mmol/L, IMC > 30 kg/m2,
triglicéridos aumentados, hipertensão) devem ser monitorizados tanto clinica como
bioquimicamente, de acordo com as orientações nacionais.
Doença Pulmonar Intersticial
Foram notificados casos raros de doença pulmonar intersticial com algumas estatinas,
especialmente com tratamentos de longa duração (ver secção 4.8). Os sintomas
observados incluem dispneia, tosse não produtiva e deterioração do estado de saúde em
geral (fadiga, perda de peso e febre). Se houver suspeita de desenvolvimento de doença
pulmonar intersticial, a terapêutica com estatina deve ser interrompida.
Uso em crianças e adolescentes (10-17 anos de idade)
Foi avaliada a segurança e eficácia da sinvastatina, num estudo clínico controlado, em
doentes entre 10-17 anos de idade com hipercolesterolemia familiar heterozigótica,
rapazes adolescentes no estadio Tanner II e superior, assim como em raparigas pelo
menos com um ano pós-menarca. O perfil de eventos adversos foi, em geral,
semelhante entre doentes tratados com sinvastatina e doentes que receberam placebo.
Não foram estudadas doses superiores a 40 mg nesta população. Neste estudo
controlado, limitado, não foi detetado qualquer efeito no crescimento ou maturação
sexual dos rapazes ou raparigas adolescentes, nem qualquer efeito na duração do ciclo
menstrual das raparigas. (Ver secções 4.2, 4.8 e 5.1) As adolescentes do sexo feminino
devem ser aconselhadas sobre os métodos contracetivos apropriados durante a
terapêutica com sinvastatina (ver secções 4.3 e 4.6). Em doentes com idade < 18 anos, a
eficácia e segurança não foi estudada para períodos de tratamento > 48 semanas de
duração e os efeitos a longo prazo na maturação física, intelectual e sexual são
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desconhecidos. A sinvastatina não foi estudada em doentes menores de 10 anos de
idade nem em crianças pré-puberdade e raparigas pré-menarca.
Lactose
Este medicamento contém lactose mono-hidratada. Doentes com problemas hereditários
raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase ou malabsorção de glucose-
galactose não devem tomar este medicamento.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Os estudos de interação só foram realizados em adultos.
Interações farmacodinâmicas:
Interações com fármacos hipolipemiantes que podem causar miopatia quando
administrados isoladamente
O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, está aumentado durante a administração
concomitante com fibratos.Além disso, existe uma interação farmacocinética com
gemfibrozil que resulta num aumento dos níveis plasmáticos de sinvastatina (ver a
seguir "Interações Farmacocinéticas" e secções 4.3 e 4.4). Quando sinvastatina e
fenofibrato são administrados concomitantemente, não há evidência de que o risco de
miopatia exceda a soma dos riscos individuais de cada medicamento. Não estão
disponíveis dados adequados de farmacovigilância e farmacocinética para outros
fibratos. Foram associados casos raros de miopatia/rabdomiólise com a coadministração
de sinvastatina e doses modificadoras dos lípidos (
1g/dia) de niacina (ver secção 4.4).
Interações farmacocinéticas:
As recomendações relativas a prescrição para os medicamentos com interação são
resumidos no quadro seguinte (o texto fornece informações adicionais; ver também as
secções 4.2, 4.3 e 4.4).
Interações medicamentosas associadas com o risco aumentado de
miopatia/rabdomiólise:
Medicamentos com interação
Recomendações de prescrição
Inibidores potentes do CYP3A4
Itraconazol
Cetoconazol
Posaconazol
Eritromicina
Claritromicina
Telitromicina
Inibidores da protease do VIH (por
exemplo: nelfinavir)
Boceprevir
Telaprevir
Nefazodona
Ciclosporina
Danazol
Gemfibrozil
Contraindicados com sinvastatina
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Outros fibratos (exceto o fenofibrato)
Não exceder 10 mg de sinvastatina por dia
Amiodarona
Amlodipina
Verapamil
Diltiazem
Não exceder 20 mg de sinvastatina por dia
Ácido fusídico
Os doentes devem ser cuidadosamente
monitorizados. Pode ser considerada a
suspensão temporária do tratamento com
sinvastatina
Sumo de toranja
Evitar o sumo de toranja enquanto a
sinvastatina estiver a ser tomada
Efeito de Outros Medicamentos na Sinvastatina
Interações que envolvem o CYP3A4
A sinvastatina é um substrato do citocromo P450 3A4. Os inibidores potentes do
citocromo P450 3A4 aumentam o risco de miopatia e de rabdomiólise através do
aumento da concentração de atividade inibidora plasmática da redutase da HMG-CoA
durante a terapêutica com sinvastatina. Estes inibidores incluem itraconazol,
cetoconazol, posaconazol, eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores da
protease do VIH (por exemplo: nelfinavir), boceprevir, telaprevir e nefazodona. A
administração concomitante de itraconazol resultou num aumento de mais de 10 vezes
na exposição ao ácido da sinvastatina (o metabolito beta-hidroxiácido ativo). A
telitromicina causou um aumento de 11 vezes na exposição ao ácido da sinvastatina.
Está contraindicada a utilização concomitante de sinvastatina com itraconazol,
cetoconazol, inibidores da protease do VIH (por exemplo: nelfinavir), boceprevir,
telaprevir, eritromicina, claritromicina, telitromicina e nefazodona, assim como com
gemfibrozil, ciclosporina e danazol (ver secção 4.3). Se o tratamento com itraconazol,
cetoconazol, posaconazol, eritromicina, claritromicina ou telitromicina for inevitável, a
terapêutica com sinvastatina deverá ser interrompida durante o tratamento. Deve usar-se
de precaução quando se associa a sinvastatina com alguns inibidores menos potentes do
CYP3A4: fluconazol, verapamil ou diltiazem (ver secções 4.2 e 4.4).
Fluconazol
Foram notificados casos raros de rabdiomiólise associado à administração concomitante
de sinvastatina e fluconazol (ver secção 4.4).
Ciclosporina
O risco de miopatia/rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de
ciclosporina com sinvastatina; consequentemente, é contraindicada a toma de
ciclosporina (ver secções 4.3 e 4.4).Apesar do mecanismo não ser totalmente
compreendido, a ciclosporina demonstrou aumentar a AUC dos inibidores da redutase
da HMG-CoA. O aumento da AUC do ácido da sinvastatina deve-se possivelmente, em
parte, à inibição do CYP3A4.
Danazol
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O risco de miopatia e de rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante
de danazol com sinvastatina; consequentemente, é contraindicada a toma com danazol
com doses mais elevadas de sinvastatina (ver secções 4.3 e 4.4).
Gemfibrozil
O gemfibrozil aumenta a AUC do ácido da sinvastatina em 1,9 vezes, possivelmente
devido à inibição da via metabólica de glucoronidação (ver secções 4.3 e 4.4). É
contraindicada a administração concomitante com gemfibrozil.
Amiodarona
O risco de miopatia e rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de
amiodarona com sinvastatina (ver secção 4.4). Num ensaio clínico em curso, foi
relatada miopatia em 6% dos doentes a tomar 80 mg de sinvastatina e amiodarona.
Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder 20 mg por dia em doentes a
tomar concomitantemente amiodarona.
Bloqueadores dos canais de cálcio
Verapamil
O risco de miopatia e rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de
verapamil com 40 mg ou 80 mg de sinvastatina (ver secção 4.4). Num estudo de
farmacocinética, a administração concomitante de sinvastatina com verapamil resultou
num aumento de 2,3 vezes da exposição ao ácido da sinvastatina, possivelmente devido,
em parte, à inibição do CYP3A4. Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve
exceder 20 mg por dia em doentes a tomar concomitantemente verapamil.
Diltiazem
O risco de miopatia e rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de
diltiazem com 80 mg de sinvastatina (ver secção 4.4). Num estudo de farmacocinética,
a administração concomitante de diltiazem com sinvastatina causou um aumento 2,7
vezes na exposição ao ácido da sinvastatina, possivelmente devido à inibição do
CYP3A4. Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder 20 mg por dia
em doentes a tomar concomitantemente diltiazem.
Amlodipina
Os doentes tratados com amlodipina concomitantemente com sinvastatina têm um risco
aumentado de miopatia. Num estudo de farmacocinética, a administração concomitante
de amlodipina com sinvastatina causou um aumento 1,6 vezes na exposição ao ácido da
sinvastatina. Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder 20 mg por dia
em doentes a tomar concomitantemente amlodipina.
Inibidores moderados do CYP3A4
Os doentes que tomam outros medicamentos com efeito inibitório moderado no
CYP3A4 concomitantemente com sinvastatina, particularmente com altas doses de
sinvastatina, podem ter um risco aumentado de miopatia.
Niacina (ácido nicotínico)
Casos raros de miopatia/rabdiomiólise têm sido associados à coadministração de
sinvastatina com doses modificadoras de lípidos (
1g/dia) de niacina (ácido
nicotínico). Num estudo farmacocinético, a coadministração de uma dose única de 2 g
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de ácido nicotínico de libertação prolongada com 20 mg de sinvastatina resultou num
aumento moderado da AUC da sinvastatina e do ácido da sinvastatina assim como na
Cmax das concentrações plasmáticas do ácido da sinvastatina.
Ácido Fusídico
O risco de miopatia pode ser aumentado pela administração concomitante de ácido
fusídico com estatinas, incluindo a sinvastatina. Foram notificados casos isolados de
rabdomiólise com sinvastatina. Pode ser considerada a suspensão temporária do
tratamento com sinvastatina. Se se revelar necessário, os doentes tratados com ácido
fusídico e sinvastatina devem ser cuidadosamente monitorizados (ver secção 4.4).
Sumo de Toranja
O sumo de toranja inibe o citocromo P450 3A4. A ingestão concomitante de grandes
quantidades (mais de 1 litro por dia) de sumo de toranja e sinvastatina resultou num
aumento de 7 vezes na exposição ao ácido da sinvastatina. A ingestão de 240 ml de
sumo de toranja de manhã e de sinvastatina à noite, resultou também num aumento de
1,9 vezes. Logo, deve ser evitada a ingestão de sumo de toranja durante o tratamento
com sinvastatina.
Colquicina
Existem notificações de miopatia e rabdiomiólise com a administração concomitante de
colquicina e sinvastatina, em doentes com insuficiência renal. É recomendada a
monitorização clínica diligente dos doentes que tomem esta associação.
Rifampicina
Sendo a rifampicina um potente indutor do CYP3A4, os doentes a fazer terapêutica
prolongada com rifampicina (p. ex: tratamento da tuberculose) podem apresentar perda
de eficácia da sinvastatina. Num estudo farmacocinético em voluntários saudáveis, a
área sob a curva da concentração plasmática (AUC) para o ácido da sinvastatina
diminuiu em cerca de 93% com a administração concomitante de rifampicina.
Efeitos da sinvastatina na farmacocinética de outros medicamentos
A sinvastatina não tem um efeito inibidor no citocromo P450 3A4. Logo, não se espera
que a sinvastatina afete as concentrações plasmáticas de outras substâncias
metabolizadas pelo citocromo P450 3A4.
Anticoagulantes Orais
Em dois estudos clínicos, um realizado em voluntários saudáveis e o outro em doentes
hipercolesterolemicos, 20-40 mg/dia de sinvastatina, potenciaram ligeiramente o efeito
dos anticoagulantes cumarínicos; o tempo de protrombina registado como Razão
Normalizada Internacional (INR) aumentou de um valor inicial de 1,7 para 1,8 no
estudo efetuado em voluntários, e de 2,6 para 3,4 no estudo efetuado nos doentes.
Foram relatados casos muito raros de aumento da INR.
Nos doentes a tomar anticoagulantes cumarínicos, o tempo de protrombina deverá ser
determinado antes de iniciar a sinvastatina e com a frequência necessária durante a fase
inicial do tratamento, para assegurar que não ocorrerá alteração significativa no tempo
de protrombina. Assim que se registar um tempo de protrombina estável, este poderá ser
monitorizado a intervalos geralmente recomendados para doentes que tomam
anticoagulantes cumarínicos. Caso se altere a dose ou se interrompa o tratamento com
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09-04-2015
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sinvastatina, dever-se-á repetir o mesmo procedimento. A terapêutica com sinvastatina
não foi associada a hemorragias ou a alterações do tempo de protrombina em doentes
que não tomam anticoagulantes.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Sinvastatina toLife está contraindicado durante a gravidez (ver secção 4.3).
Não foi estabelecida a segurança em mulheres grávidas. Não foram efetuados ensaios
clínicos controlados com sinvastatina em mulheres grávidas. Foram recebidos relatos
raros de anomalias congénitas após exposição intrauterina a inibidores da redutase da
HMG-CoA. Contudo, numa análise de aproximadamente 200 gestações, seguidas
prospectivamente, expostas durante o primeiro trimestre a sinvastatina ou a outro
fármaco estreitamente relacionado com um inibidor da redutase da HMG-CoA, a
incidência de anomalias congénitas foi comparável à observada na população em geral.
Este número de gestações foi estatisticamente suficiente para excluir um aumento igual
ou superior a 2,5 vezes de anomalias congénitas em relação à incidência de base.
Apesar de não haver evidência de que a incidência de anomalias congénitas nos recém-
nascidos de doentes a tomar sinvastatina ou outro fármaco estreitamente relacionado
com um inibidor da redutase da HMG-CoA, difira da observada na população em geral,
o tratamento materno com Sinvastatina toLife pode reduzir os níveis fetais de
mevalonato, que é um percursor da biossíntese do colesterol. A aterosclerose é um
processo crónico e uma suspensão episódica dos fármacos hipolipemiantes durante a
gravidez deverá ter muito pouco impacto no risco a longo prazo associado à
hipercolesterolémia primária. Por estas razões, Sinvastatina toLife não deve ser usado
em mulheres grávidas, a tentar engravidar, ou com suspeita de estarem grávidas. O
tratamento com Sinvastatina toLife deve ser suspenso durante o período da gravidez ou
até que se determine que a mulher não está grávida (ver secções 4.3 e 5.3).
Amamentação
Não se sabe se a sinvastatina, ou algum dos seus metabolitos, são excretados no leite
humano. Uma vez que muitos medicamentos são excretados no leite humano, e devido
ao potencial de reações adversas graves, as mulheres que tomam Sinvastatina toLife não
deverão amamentar os seus filhos (ver secção 4.3).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de Sinvastatina toLife sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são
nulos ou desprezíveis. No entanto, durante a condução e utilização de máquinas, deve
ser tomado em consideração que foram relatadas raramente tonturas na experiência de
pós-comercialização.
4.8 Efeitos indesejáveis
As frequências dos seguintes acontecimentos adversos, que foram relatados durante os
estudos clínicos e/ou na pós-comercialização, são classificados com base numa
avaliação das suas taxas de incidência em ensaios clínicos de grande dimensão, a longo
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prazo, controlados com placebo, que incluem os estudos HPS e 4S, respetivamente com
20.536 e 4.444 doentes (ver secção 5.1). Para o HPS, os únicos acontecimentos
adversos graves registados foram mialgia, aumentos das transaminases séricas e da CK.
Para o 4S, foram registados todos os acontecimentos adversos abaixo mencionados. Se
as taxas de incidência sobre a sinvastatina foram menores ou semelhantes às do placebo
nestes ensaios, e se houve acontecimentos semelhantes com razoável nexo de
causalidade relatados espontaneamente, estes acontecimentos adversos são classificados
como "raros".
No estudo HPS (ver secção 5.1), que envolveu 20.536 doentes tratados com 40 mg/dia
de sinvastatina (n=10.269) ou com placebo (n=10.267), os perfis de segurança foram
comparáveis entre doentes tratados com 40 mg de sinvastatina e doentes tratados com
placebo durante os 5 anos de duração média do estudo. As percentagens de interrupção
devidas a efeitos colaterais foram comparáveis (4,8% nos doentes tratados com 40 mg
de sinvastatina, em comparação com 5,1% nos doentes que receberam placebo). A
incidência de miopatia foi < 0,1% em doentes tratados com 40 mg de sinvastatina. O
aumento das transaminases (> 3 x LSN, confirmada por repetição do teste) ocorreu em
0,21% (n=21) dos doentes tratados com 40 mg de sinvastatina, em comparação com
0,09% (n=9) dos doentes que receberam placebo.
As frequências de acontecimentos adversos são classificadas do seguinte modo: Muito
frequentes (> 1/10), Frequentes (
1/100, < 1/10), Pouco frequentes (
1/1.000, <1/100),
Raros (
1/10.000, <1/1.000), Muito raros (< 1/10.000) , desconhecido (não pode ser
estimada a partir dos dados disponíveis).
Doenças do sangue e do sistema linfático:
Raros: anemia.
Doenças do foro psiquiátrico:
Muito raros: insónia
Desconhecido: depressão
Doenças do sistema nervoso:
Raros: cefaleias, parestesias, tonturas, neuropatia periférica.
Muito raros: compromisso da memória
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino:
Desconhecido: doença pulmonar intersticial (ver secção 4.4)
Doenças gastrointestinais:
Raros: obstipação, dor abdominal, flatulência, dispepsia, diarreia, náuseas, vómitos,
pancreatite.
Afeções hepatobiliares:
Raros: hepatite/icterícia.
Muito raros: insuficiência hepática fatal e não fatal.
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneas:
Raros: erupção cutânea, prurido, alopécia.
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Afeções músculosqueléticas, dos tecidos conjuntivos e dos ossos:
Raros: miopatia* (incluindo miosite), rabdomiólise com ou sem insuficiência renal
aguda (ver secção 4.4), mialgia, cãibras musculares
*Num ensaio clínico, a miopatia ocorreu frequentemente em doentes tratados com
Zocor 80 mg/dia quando comparado com doentes tratados com 20 mg/dia (1,0% vs
0,02%, respetivamente). (ver secções 4.4 e 4.5).
Desconhecido: tendinopatia por vezes complicada por rutura, miopatia necrosante
imunomediada (ver secção 4.4).
Doenças dos órgãos genitais e da mama:
Desconhecido: disfunção eréctil
Perturbações gerais e alterações no local de administração:
Raros: astenia.
Registou-se, raramente, um aparente síndrome de hipersensibilidade que incluiu
algumas das seguintes manifestações: angioedema, síndrome do tipo lúpus, polimialgia
reumática, dermatomiosite, vasculite, trombocitopenia, eosinofilia, velocidade de
sedimentação aumentada, artrite e artralgia, urticária, fotossensibilidade, febre, rubor,
dispneia e mal-estar.
Exames complementares de diagnóstico:
Raros: aumentos das transaminases séricas (ALT, AST,
-glutamil transpeptidase) (ver
secção 4.4 Efeitos hepáticos), aumento da fosfatase alcalina; aumento dos níveis séricos
de CK (ver secção 4.4).
Foram notificados aumentos nos valores de HbA1c e na glicemia em jejum com
estatinas, incluindo o Zocor.
Foram notificados, na pós-comercialização, casos raros de insuficiência cognitiva (p.
ex., perda de memória, esquecimento, amnésia, comprometimento da memória,
confusão) associados à utilização de estatinas. Estes efeitos cognitivos foram
notificados em todas as estatinas, As notificações são geralmente não graves e
reversíveis após a interrupção da estatina, com tempos variáveis de aparecimento de
sintomas (de 1 dia a anos) e resolução dos sintomas (média de 3 semanas).
Efeitos de classe:
Distúrbios do sono, incluindo pesadelos
Perda de memória
Disfunção sexual
Diabetes mellitus: a frequência dependerá da presença ou ausência de fatores de risco
(glicemia em jejum
5,6 mmol/L, IMC > 30 kg/m2, triglicéridos aumentados, história
de hipertensão).
Crianças e adolescentes (10-17 anos de idade)
Num estudo de 48 semanas envolvendo crianças e adolescentes entre os 10-17 anos de
idade (rapazes no estadio Tanner II ou superior e raparigas pelo menos com um ano
pós-menarca) com hipercolesterolemia familiar heterozigótica (n = 175), o perfil de
segurança e tolerabilidade do grupo tratado com ZOCOR foi em geral semelhante ao do
grupo que recebeu placebo. Os efeitos a longo prazo na maturação física, intelectual e
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sexual são desconhecidos. Não existem dados disponíveis suficientes após um ano de
tratamento. (Ver secções 4.2, 4.4 e 5.1).
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco
do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas
de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Até à data, foram notificados alguns casos de sobredosagem; a dose máxima tomada foi
de 3,6 g. Todos os doentes recuperaram sem sequelas. Não existe tratamento específico
em caso de sobredosagem. Neste caso, dever-se-ão adotar medidas genéricas
sintomáticas e de suporte.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 3.7- Aparelho Cardiovascular. Antidislipidémicos.
Código ATC: C10A A01
Após a administração oral, a sinvastatina, uma lactona inativa, é hidrolisada no fígado
na forma do beta-hidroxiácido ativo correspondente, que tem uma atividade
significativa na inibição da redutase da HMG-CoA (redutase da 3-hidroxi3-
metilglutaril-coenzima A). Esta enzima cataliza a conversão de HMG-CoA em
mevalonato, um passo inicial e limitante da velocidade de biossíntese do colesterol.
A sinvastatina demonstrou reduzir as concentrações normais ou elevadas de C-LDL. As
LDL são formadas por proteínas de muito baixa densidade (VLDL) e são catabolisadas
predominantemente pelo recetor de elevada afinidade das LDL. O mecanismo de
redução das LDL pela sinvastatina pode envolver a diminuição da concentração do
colesterol das VLDL (VLDL-C) e a indução do recetor das LDL, conduzindo a uma
diminuição da produção e ao aumento do catabolismo do C-LDL. A apolipoproteína B
também diminui substancialmente durante o tratamento com sinvastatina. Além disso, a
sinvastatina aumenta moderadamente o C-HDL e reduz os TG plasmáticos. Como
resultado destas alterações, os rácios de C-total/C-HDL e de C-LDL/C-HDL estão
reduzidos.
APROVADO EM
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Risco Elevado de Doença Coronária (DC) ou Doença Coronária
No estudo HPS (Heart Protection Study), avaliaram-se os efeitos da terapêutica com
sinvastatina em 20.536 doentes (entre 40 e 80 anos de idade), com ou sem
hiperlipidemia e com doença coronária, outra doença arterial oclusiva ou diabetes
mellitus. Neste estudo, 10.269 doentes foram tratados com 40 mg/dia de sinvastatina e
10.267 doentes receberam placebo, durante um período médio de 5 anos. No início do
estudo, 6.793 doentes (33%) apresentavam níveis de C-LDL inferiores a 116 mg/dl;
5.063 doentes (25%) apresentavam valores entre 116 mg/dl e 135 mg/dl; e 8.680
doentes (42%) apresentavam valores superiores a 135 mg/dl.
O tratamento com 40 mg/dia de sinvastatina, em comparação com o placebo, reduziu
significativamente o risco de mortalidade por todas as causas (1328 [12,9%] para os
doentes tratados com sinvastatina versus 1507 [14,7%] para os doentes que receberam
placebo; p=0,0003) devido a uma diminuição de 18% das mortes por doença coronária
(587 [5,7%] versus 707 [6,9%]; p=0,0005; redução do risco absoluto de 1,2%). A
redução das mortes por causas não vasculares não foi estatisticamente significativa. A
sinvastatina reduziu também em cerca de 27% (p<0,0001) o risco de acontecimentos
coronários major (engloba o parâmetro de avaliação final composto por enfarte de
miocárdio não fatal ou morte por doença coronária). A sinvastatina reduziu em cerca de
30% (p<0,0001) a necessidade de procedimentos de revascularização coronária
(incluindo bypass das artérias coronárias e angioplastia coronária transluminosa
percutânea) e em 16% (p=0,006) os procedimentos de revascularização periféricos e
outros não coronários. A sinvastatina reduziu em cerca de 25% (p<0,0001) o risco de
AVC atribuível a uma redução de 30% do AVC isquémico (p<0,0001). Além disso, no
subgrupo de doentes com diabetes, a sinvastatina reduziu em cerca de 21% (p=0,0293)
o risco de desenvolvimento de complicações macrovasculares, incluindo procedimentos
de revascularização periférica (cirurgia ou angioplastia), amputações dos membros
inferiores, ou úlceras da perna. A redução proporcional da taxa de acontecimentos, foi
semelhante em cada subgrupo de doentes estudados, incluindo os que não tinham
doença coronária mas que tinham doença vascular cerebral ou arterial periférica, em
homens e mulheres com menos ou mais de 70 anos à data de entrada no estudo, com
presença ou ausência de hipertensão, e de salientar, nos que tinham níveis iniciais de
colesterol das LDL inferiores a 3,0 mmol/l.
No estudo 4S (Scandinavian Simvastatin Survival Study) avaliou-se o efeito, na
mortalidade total, da terapêutica com sinvastatina em 4.444 doentes com doença
coronária e com um colesterol total basal de 212 – 309 mg/dl (5,5 - 8 mmol/l). Neste
estudo multicêntrico, de distribuição aleatória, em dupla ocultação e controlado por
placebo, os doentes com angina ou enfarte do miocárdio (EM) prévio foram tratados
com dieta, com o tratamento habitual e com 20-40 mg/dia de sinvastatina (n=2221) ou
com placebo (n=2223) durante um tempo médio de 5,4 anos. A sinvastatina reduziu o
risco de morte em 30% (redução do risco absoluto de 3,3%). Os risco de morte por
doença coronária foi reduzido em 42% (redução do risco absoluto de 3,5%). A
sinvastatina reduziu também em 34% o risco de ocorrência de acontecimentos
coronários major (morte por doença coronária com EM silencioso e não fatal
confirmado em hospital). Além disso, a sinvastatina reduziu significativamente o risco
de acontecimentos cerebrovasculares fatais e não fatais (acidente vascular cerebral e
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acidente isquémico transitório) em 28%. Em relação à mortalidade não cardiovascular,
não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos.
O Study of the Effectiveness of Additional Reductions in Cholesterol and
Homocysteine (SEARCH) avaliou o efeito do tratamento com sinvastatina 80 mg versus
20 mg (acompanhamento mediano de 6,7 anos) relativamente aos Eventos Vasculares
Major (EVM; definidos como Doença Coronária fatal, Enfarte do Miocárdio não-fatal,
procedimento de revascularização coronário, acidente vascular cerebral fatal ou não
fatal ou procedimento de revascularização periférico) em 12.064 doentes com
antecedentes de enfarte de miocárdio. Não houve diferença significativa na incidência
de eventos vasculares major entre os dois grupos; sinvastatina 20 mg (n=1553; 25,7%)
vs. sinvastatina 80 mg (n=1477; 24,5%); RR 0,94; IC 95%: 0,88 a 1,01. A diferença
absoluta no C-LDL entre os dois grupos durante o decurso do estudo foi de 0,35 ±0,01
mmol/l. Os perfis de segurança foram idênticos entre os dois grupos de tratamento
exceto a incidência de miopatia que foi de cerca de 1,0% para os doentes a tomar
sinvastatina 80 mg em comparação com 0,02% nos doentes a tomar sinvastatina 20 mg.
Aproximadamente metade destes casos de miopatia ocorreu durante o primeiro ano do
tratamento. A incidência da miopatia durante cada ano de tratamento subsequente foi de
aproximadamente 0,1%.
Hipercolesterolemia Primária e Hiperlipidemia Mista
Em estudos que compararam a eficácia e a segurança de 10, 20, 40 e 80 mg de
sinvastatina diários em doentes com hipercolesterolémia, as reduções médias do C-LDL
foram, respetivamente, de 30, 38, 41 e 47%. Nos estudos realizados em doentes com
hiperlipidémia mista a tomar 40 mg e 80 mg de sinvastatina, as reduções médias nos
triglicéridos foram, respetivamente, de 28 e 33% (placebo: 2%) e os aumentos médios
do C-HDL foram, respetivamente, de 13 e 16% (placebo: 3%).
Estudos clínicos em crianças e adolescentes (10-17 anos de idade)
Num estudo controlado com placebo, em dupla ocultação, 175 doentes (99 rapazes em
estadio Tanner II e superior e 76 raparigas com pelo menos um ano pós-menarca), dos
10 aos 17 anos de idade (idade média 14,1 anos) com hipercolesterolemia familiar
heterozigótica (HFHe), foram distribuídos aleatoriamente para braços de tratamento
com sinvastatina ou placebo durante 24 semanas (estudo basal). A inclusão no estudo
teve como critérios um valor inicial de C-LDL entre 160 e 400 mg/dl e pelo menos um
familiar com o nível de C-LDL > 189 mg/dl. A dose de sinvastatina (uma vez por dia à
noite) foi de 10 mg durante as primeiras 8 semanas, 20 mg nas 8 semanas seguintes e 40
mg a partir daí. Numa extensão do estudo de 24 semanas, 144 doentes foram
seleionados a continuar a terapêutica e receberem sinvastatina 40 mg ou placebo.
A sinvastatina reduziu significativamente os níveis plasmáticos de C-LDL, TG e Apo B.
Os resultados obtidos na extensão às 48 semanas foram comparáveis aos observados no
estudo basal. Após 24 semanas de tratamento, o valor médio atingido de C-LDL foi de
124,9 mg/dl (intervalo: 64,0-289,0 mg/dl) no grupo de sinvastatina > 40 mg comparado
com 207,8 mg/dl (intervalo; 128,0-334,0 mg/dl) no grupo placebo.
Após 24 semanas de tratamento com sinvastatina (com doses crescentes desde 10, 20
até 40 mg diários em intervalos de 8 semanas), ZOCOR diminuiu a média de C-LDL
em 36,8% (placebo: 1,1 % de aumento sobre o valor inicial), Apo B em 32,4 %
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(placebo: 0,5 %) e os níveis médios de TG em 7,9 % (placebo: 3,2 %) e aumentou os
níveis médios de C-HDL em 8,3 % (placebo: 3,6 %). Não são conhecidos os benefícios
a longo prazo de Zocor em eventos cardiovasculares em crianças com HFHe.
A segurança e eficácia de doses superiores a 40 mg por dia não foram estudadas em
crianças com hipercolesterolemia familiar heterozigótica. A eficácia a longo prazo da
terapêutica com sinvastatina desde a infância para a redução da morbilidade e
mortalidade na idade adulta não foi estabelecida.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A sinvastatina é uma lactona inativa que é rapidamente hidrolisada in vivo no
correspondente beta-hidroxiácido, que é um potente inibidor da redutase da HMG-CoA.
A hidrólise ocorre principalmente no fígado; a hidrólise no plasma humano é muito
baixa.
As propriedades farmacocinéticas foram avaliadas em adultos. Não estão disponíveis
dados farmacocinéticos em crianças e adolescentes.
Absorção
No ser humano, a sinvastatina é bem absorvida e sofre uma considerável extração de
primeira passagem hepática. A extração no fígado depende do fluxo sanguíneo hepático.
O fígado é o principal local de ação da forma ativa. A disponibilização do beta-
hidroxiácido para a circulação sistémica após a administração de uma dose oral de
sinvastatina foi inferior a 5% da dose. A concentração plasmática máxima dos
inibidores ativos é atingida aproximadamente 1-2 horas após a administração da
sinvastatina. A ingestão concomitante de alimentos não afeta a absorção.
A farmacocinética das doses únicas e múltiplas de sinvastatina revelou que não ocorreu
acumulação do medicamento após a administração de doses múltiplas.
Distribuição
A ligação da sinvastatina e do seu metabolito ativo às proteínas é > 95%.
Eliminação
A sinvastatina é um substracto do CYP3A4 (ver secções 4.3 e 4.5).
A sinvastatina é captada activamente para os hepatócitos pelo transportador OATP1B1.
Os principais metabolitos da sinvastatina presentes no plasma humano são o beta-
hidroxiácido e quatro metabolitos ativos adicionais. Após a administração oral de uma
dose de sinvastatina radioativa ao ser humano, 13% da radioatividade foi excretada na
urina e 60% nas fezes, no período de 96 horas. A quantidade recuperada nas fezes
representa os equivalentes de medicamento absorvido e excretado na bílis, assim como
medicamento não absorvido. Após uma injeção intravenosa do metabolito beta-
hidroxiácido, a sua semivida média foi de 1,9 horas. Na urina, foi excretada uma média
de apenas 0,3% da dose IV, como inibidores.
Populações especiais
Portadores do alelo c.521T > C do gene SLCO1B1 têm menor atividade da proteína
OATP1B1. A exposição média (AUC) do principal metabolito ativo, sinvastatina ácida,
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é de 120% em portadores heterozigóticos (CT) do alelo C e 221% em portadores
homozigóticos (CC) do alelo C em comparação com os doentes com o genótipo mais
comum (TT). O alelo C tem uma frequência de 18% na população europeia. Em doentes
com o polimorfismo SLCO1B1 existe o risco de uma exposição aumentada à
sinvastatina, o que pode levar a um aumento do risco de rabdomiólise (ver secção 4.4).
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Segundo estudos convencionais realizados em animais relativamente a farmacodinamia,
toxicidade de dose repetida, genotoxicidade e carcinogenicidade, não existem outros
riscos para o doente para além daqueles esperados tendo em consideração o mecanismo
farmacológico. Nas doses máximas toleradas no rato e no coelho, a sinvastatina não
produziu malformações fetais e não teve efeitos na fertilidade, na função reprodutora ou
no desenvolvimento neonatal.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Lactose mono-hidratada, celulose microcristalina, amido pré-gelificado, butil-
hidroxianisol (E320), ácido ascórbico, ácido cítrico, sílica coloidal anidra, talco,
estearato de magnésio, (metil)-hidroxipropilcelulose, óxido vermelho de ferro (E172),
óxido amarelo de ferro (E172), citrato de trietilo, dióxido de titânio (E171), povidona
K-30.
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25ºC.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blíster de PVC-PVDC/Alumínio. Embalagens contendo 20, 30 e 60 comprimidos
revestidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
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7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
toLife – Produtos Farmacêuticos, S.A.
Av. do Forte, 3, Edif. Suécia IV, Piso 0
2794-093 Carnaxide
Portugal
8. NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nº de registo: 4898086 – 20 comprimidos revestidos por película, 10 mg, Blister
PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4898185 – 30 comprimidos revestidos por película, 10 mg, Blister
PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4898284 – 60 comprimidos revestidos por película, 10 mg, Blister
PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4898383 – 20 comprimidos revestidos por película, 20 mg, Blister
PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4898482 – 30 comprimidos revestidos por película, 20 mg, Blister
PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4898581 – 60 comprimidos revestidos por película, 20 mg, Blister
PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4898680 – 20 comprimidos revestidos por película, 40 mg, Blister
PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4898789 – 30 comprimidos revestidos por película, 40 mg, Blister
PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4898888 – 60 comprimidos revestidos por película, 40 mg, Blister
PVC/PVDC/Alu
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO / RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO
DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 30 de dezembro de 2003.
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO