Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
24-04-2015
24-04-2015
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Sinvastatina Tecnimede 10
mg comprimidos revestidos
Leia
com atenção todo
este folheto antes de
começar a
tomar este medicamento
pois
contém informação importante para si
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler
novamente
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico
farmacêutico
ou enfermeiro
Este
medicamento
receitado
apenas
para
Não
deve
dá-lo
outros
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos
sinais de
doença
- Se
tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis
efeitos secundários não
indicados
neste folheto, informe o seu médico
farmacêutico
ou enfermeiro
O que contém
este folheto:
1. O que é Sinvastatina Tecnimede e para que é utilizado
O que precisa de saber a
ntes de tomar Sinvastatina Tecnimede
3. Como tomar Sinvastatina Tecnimede
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Sinvastatina Tecnimede
Conteúdo da embalagem e o
utras informações
O que é Sinvastatina Tecnimede e para que é utilizado
Sinvastatina Tecnimede contém como princípio ativo a sinvastatina e pertence ao grupo
farmacoterapêutico dos antidislipidémicos.
Sinvastatina Tecnimede está indicado nas seguintes situações:
Hipercolesterolemia
Tratamento da hipercolesterolemia primária ou da dislipidemia mista, como adjuvante da
dieta, sempre que a resposta à dieta e a outros tratamentos não farmacológicos (ex.
exercício físico, perda de peso) for inadequada.
Tratamento da hipercolesterolemia familiar homozigótica como adjuvante da dieta e
outros tratamentos hipolipemiantes (ex. LDL-aferese) ou se tais tratamentos não forem
apropriados.
Prevenção cardiovascular
Redução
mortalidade
morbilidade
cardiovasculares
doentes
doença
cardiovascular aterosclerótica evidente ou com diabetes mellitus, quer tenham níveis de
colesterol normais ou aumentados, como adjuvante da correção de outros fatores de risco
e outras terapêuticas cardioprotetoras.
O que precisa de saber antes de tomar Sinvastatina Tecnimede
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Não tome Sinvastatina Tecnimede:
- Se tiver alergia (hipersensibilidade) à sinvastatina ou a qualquer outro componente
este medicamento (indicados na secção 6);
- Se houver doença hepática ativa ou elevações persistentes e sem explicação das
transaminases séricas
- Se estiver grávida ou a amamentar
- Se se encontrar com terapêutica concomitante com inibidores potentes do CYP3A4 (ex.
itraconazol, cetoconazol, inibidores da protease do VIH, eritromicina, claritromicina,
telitromicina e nefazodona)
Advertências e precauções
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de tomar Sinvastatina
Tecnimede.
Miopatia/Rabdomiólise
sinvastatina,
como
outros
inibidores
redutase
HMG-CoA
provoca
ocasionalmente
miopatia
manifesta
como
dor,
sensibilidade
fraqueza
musculares, elevações de creatinaquinase (CK) mais de 10 vezes superiores ao limite
superior da normalidade (LSN). Por vezes a miopatia toma a forma de rabdomiólise, com
ou sem insuficiência renal aguda secundária a mioglobinúria, tendo ocorrido muito
raramente casos de morte. O risco de miopatia é aumentado pelos elevados níveis de
atividade inibidora da redutase da HMG-CoA plasmática.
O risco de miopatia/rabdomiólise depende da dose. Em estudos clínicos, nos quais os
doentes foram cuidadosamente monitorizados e foram excluídos alguns dos fármacos que
interagem, a incidência foi de aproximadamente 0,03% com 20 mg, 0,08% com 40 mg e
de 0,4% com 80 mg.
Medição da creatinaquinase
A creatinaquinase (CK) não deverá ser medida após o exercício físico vigoroso ou na
presença de qualquer outra causa passível de aumentar os níveis de CK, uma vez que isto
torna difícil a interpretação daqueles valores. Se os níveis basais de CK estiverem
significativamente elevados (
>
5xLSN), deverão ser reavaliados 5 a 7 dias para confirmar
os resultados.
Antes do tratamento
Todos os doentes a iniciar terapêutica com sinvastatina, ou cuja dose de sinvastatina
esteja a ser aumentada, devem ser avisados sobre o risco de miopatia e aconselhados a
relatar de imediato qualquer dor, sensibilidade ou fraqueza musculares que ocorram sem
explicação.
A prescrição de sinvastatina deve ser feita com precaução em doentes com fatores
predisponentes para rabdomiólise. Os níveis de CK devem ser avaliados antes do início
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da terapêutica com sinvastatina, para estabelecer um valor de referência basal, nas
seguintes situações:
- Idosos (idade >70 anos)
- Disfunção renal
- Hipotiroidismo não controlado
- História pessoal ou familiar de alterações musculares hereditárias
- História prévia de toxicidade muscular devida a estatinas ou fibratos
- Abuso de álcool.
Nestas situações, dever-se-á ter em consideração o risco do tratamento em relação ao
possível benefício e recomenda-se a monitorização clínica. Se um doente já tiver tido
anteriormente
perturbação
muscular
fibrato
estatina,
tratamento com um produto diferente dessa classe deverá ser iniciado com precaução. Se
os níveis basais de CK estiverem significativamente elevados (>5x LSN), o tratamento
não deverá ser iniciado.
Durante o tratamento
Se ocorrer dor, fraqueza ou cãibras musculares durante o tratamento com sinvastatina, os
níveis de CK devem ser medidos. Se estes níveis estiverem significativamente elevados
>
LSN),
ausência
exercício
físico
vigoroso,
tratamento
deverá
interrompido. Se os sintomas musculares forem graves e causarem desconforto diário,
ainda que os níveis de CK sejam
5x LSN, deverá ser considerada a descontinuação do
tratamento. Se houver suspeita de miopatia por qualquer outra razão, o tratamento deverá
ser descontinuado.
Se os sintomas desaparecerem e os níveis de CK normalizarem, poderá ser considerada a
reintrodução da estatina ou a introdução de uma outra estatina alternativa, na dosagem
mais baixa, desde que seja efetuada uma monitorização cuidadosa.
A terapêutica com sinvastatina deve ser temporariamente interrompida durante uns dias
antes de cirurgia eletiva e quando surjam estados médicos ou cirúrgicos graves.
Medidas para reduzir o risco de miopatia causado pelas interações medicamentosa
O risco de miopatia e rabdomiólise está significativamente aumentado pela utilização
concomitante de sinvastatina com inibidores potentes do CYP3A4 (tais como itraconazol,
cetoconazol, eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores da protease do VIH,
nefazodona), assim como com gemfibrozil e ciclosporina.
O risco de miopatia e rabdomiólise está também aumentado pelo uso concomitante de
outros fibratos, doses hipolipemiantes (
1 g/dia) de niacina ou pelo uso concomitante de
amiodarona ou verapamil com doses mais elevadas de sinvastatina. Ocorre também um
ligeiro aumento do risco quando o diltiazem é usado com sinvastatina 80 mg.
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Consequentemente,
respeito
inibidores
CYP3A4,
utilização
concomitante de sinvastatina com itraconazol, cetoconazol, inibidores da protease do
VIH, eritromicina, claritromicina, telitromicina e nefazodona está contraindicada. Se o
tratamento com itraconazol, cetoconazol, eritromicina, claritromicina ou telitromicina for
inevitável, a terapêutica com sinvastatina tem de ser interrompida durante o tratamento.
Além disso, deve usar-se de precaução quando se associa a sinvastatina com alguns
inibidores menos potentes do CYP3A4: ciclosporina, verapamil, diltiazem. Deve ser
evitada a ingestão concomitante de sumo de toranja e de sinvastatina.
dose
sinvastatina
não
deve
exceder
doentes
tomar
concomitantemente ciclosporina, gemfibrozil ou doses hipolipemiantes (
1 g/dia) de
niacina. A utilização de sinvastatina em associação com gemfibrozil deve ser evitada,
exceto quando for provável que os benefícios superem os riscos aumentados desta
associação medicamentosa. Os benefícios da associação de 10 mg de sinvastatina por dia
a outros fibratos (exceto fenofibrato), niacina ou ciclosporina devem ser cuidadosamente
ponderados em relação aos riscos potenciais destas associações.
Deve usar-se de precaução ao prescrever fenofibrato com sinvastatina, uma vez que
qualquer um destes medicamentos administrados isoladamente pode causar miopatia.
Deve ser evitada a utilização combinada de sinvastatina em doses superiores a 20 mg por
dia com amiodarona ou verapamil, exceto se for provável que o benefício clínico supera
o risco aumentado de miopatia.
Efeitos
epáticos
Nos estudos clínicos, ocorreram, num número reduzido de doentes adultos tratados com
sinvastatina, aumentos persistentes (para >3xLSN) das transaminases séricas. Quando a
administração de sinvastatina foi interrompida ou suspensa nestes doentes, os níveis de
transaminases baixaram lentamente, de um modo geral, para os níveis anteriores ao
tratamento.
Recomenda-se
sejam
efetuados
testes
função
hepática
antes
início
terapêutica e, posteriormente, quando indicado clinicamente. Doentes tratados com uma
dose de 80 mg devem fazer um teste adicional antes do início da titulação, 3 meses após
a titulação para a dose de 80 mg e periodicamente (por ex. semestralmente) no primeiro
ano de tratamento. Deverá ser dada atenção especial aos doentes que registem aumentos
dos níveis das transaminases séricas, e, nestes doentes, os doseamentos deverão ser
repetidos
imediato,
depois
realizados
mais
frequentemente.
níveis
transaminases séricas mostrarem aumentos progressivos, especialmente se aumentarem
para mais de 3xLSN e forem persistentes, a sinvastatina deverá ser suspensa.
Confirme com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Sinvastatina Tecnimede:
- se tem insuficiência respiratória grave.
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O medicamento deverá ser usado com precaução em doentes que consumam quantidades
substanciais de álcool.
Tal como com outros agentes hipolipemiantes, têm sido referidas elevações moderadas
das transaminases séricas (<3xLSN) na sequência do tratamento com sinvastatina. Estas
alterações surgiram pouco tempo após o início do tratamento com sinvastatina, foram
geralmente
transitórias,
não
foram
acompanhadas
quaisquer
sintomas
não
necessária a interrupção do tratamento.
Enquanto estiver a tomar este medicamento o seu médico irá avaliar se tem diabetes
ou está em risco de vir a ter diabetes. Estará em risco de vir a ter diabetes se em
níveis elevados de açúcar e gorduras no sangue, excesso de peso ou pressão arterial
elevada.
Informe igualmente o seu médico ou farmacêutico se sentir uma fraqueza muscular
constante.
Podem
necessários
testes
medicamentos
adicionais
para
diagnosticar e tratar este problema.
Outros medicamentos e
Sinvastatina Tecnimede
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente
se vier a tomar
outros medicamentos.
Interações farmacodinâmicas
Interações
fármacos
hipolipemiantes
podem
causar
miopatia
quando
administrados isoladamente
O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, está aumentado durante a administração
concomitante com fibratos e niacina (ácido nicotínico) (
1g/dia). Além disso, existe uma
interação
farmacocinética
gemfibrozil
resulta
aumento
níveis
plasmáticos de sinvastatina (ver abaixo Interações farmacocinéticas e
ver secções 2 e 3).
Quando
sinvastatina
fenofibrato
são
administrados
concomitantemente,
não
evidência de que o risco de miopatia exceda a soma dos riscos individuais de cada
medicamento.
Não
estão
disponíveis
dados
adequados
farmacovigilância
farmacocinética para outros fibratos.
Interações farmacocinéticas
Efeito de outros medicamentos na sinvastatina
Interações que envolvem o CYP 3A4
A sinvastatina é um substrato do citocromo P450 3A4. Os
inibidores potentes do
citocromo P450 3A4 aumentam o risco de
miopatia e de rabdomiólise através do
aumento da concentração de atividade inibidora plasmática da redutase da HMG-CoA
durante
terapêutica
sinvastatina.
Estes
inibidores
incluem
itraconazol,
cetoconazol, eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores da protease do VIH e
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nefazodona. A administração concomitante de itraconazol resultou num aumento de mais
de 10 vezes na exposição ao ácido da sinvastatina (o metabolito beta-hidroxiácido ativo).
A telitromicina causou um aumento de 11 vezes na exposição ao ácido da sinvastatina.
Consequentemente, está contraindicada a utilização concomitante de sinvastatina com
itraconazol, cetoconazol, inibidores da protease do VIH, eritromicina, claritromicina,
telitromicina e nefazodona. Se o tratamento com itraconazol, cetoconazol, eritromicina,
claritromicina ou telitromicina for inevitável, a terapêutica com sinvastatina deverá ser
interrompida durante o tratamento. Deve usar-se de precaução quando se associa a
sinvastatina com alguns inibidores menos potentes do CYP 3A4: ciclosporina, verapamil,
diltiazem.
Ciclosporina
O risco de miopatia/rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de
ciclosporina,
particularmente
doses
mais
elevadas
sinvastatina.
Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder 10
mg/dia em doentes a
tomar
concomitante
ciclosporina.
Apesar
mecanismo
não
totalmente
compreendido, a ciclosporina aumenta a AUC do ácido da sinvastatina, possivelmente
devido, em parte, à inibição do CYP3A4.
Gemfibrozil
O gemfibrozil aumenta a AUC do ácido da sinvastatina em 1,9 vezes, possivelmente
devido à inibição da via metabólica de glucoronidação.
Amiodarona e verapamil
O risco de miopatia e rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de
amiodarona ou verapamil com doses superiores de sinvastatina. Num ensaio clínico em
curso, foi relatada
miopatia em 6% dos doentes a tomar 80
mg de sinvastatina e
amiodarona.
Uma análise dos ensaios clínicos disponíveis mostrou uma incidência de miopatia de
aproximadamente 1% em doentes a tomar 40
mg ou 80
mg de sinvastatina e verapamil.
Num estudo de farmacocinética, a administração concomitante com verapamil resultou
num aumento de 2,3 vezes da exposição ao ácido da sinvastatina, possivelmente devido,
em parte, à inibição do CYP3A4. Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve
exceder 20 mg por dia em doentes a tomar concomitantemente amiodarona ou verapamil,
exceto se for provável que o benefício clínico ultrapasse o risco aumentado de miopatia e
rabdomiólise.
Diltiazem
Uma análise dos ensaios clínicos disponíveis mostrou uma incidência de miopatia de 1%
em doentes a tomar 80 mg de sinvastatina e diltiazem. O risco de miopatia em doentes a
tomar 40 mg de sinvastatina não foi aumentado pelo uso concomitante de diltiazem. Num
estudo
farmacocinética,
administração
concomitante
diltiazem
causou
aumento de 2,7 vezes na exposição ao ácido da sinvastatina possivelmente devido à
inibição do CYP3A4. Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder 40 mg
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por dia em doentes a tomar concomitantemente diltiazem, exceto se for provável que o
benefício clínico ultrapasse o risco aumentado de miopatia e rabdomiólise.
Anticoagulantes orais
Em dois estudos clínicos, um realizado em voluntários saudáveis e o outro em doentes
hipercolesterolémicos, 20-40 mg/dia de sinvastatina, potenciou modestamente o efeito
anticoagulantes
cumarínicos;
tempo
protrombina
registado
como
Razão
Normalizada Internacional (INR) aumentou de um valor inicial de 1,7 para 1,8 no estudo
efetuado em voluntários e de 2,6 para 3,4 no estudo efetuado nos doentes. Foram
relatados casos muito raros de aumento de INR.
Nos doentes a tomar anticoagulantes cumarínicos, o tempo de protrombina deverá ser
determinado antes de iniciar a sinvastatina, e com a frequência necessária durante a fase
inicial do tratamento, para assegurar que não ocorrerá alteração significativa no tempo de
protrombina. Assim que se registar um tempo de protrombina estável, este poderá ser
monitorizado
intervalos
geralmente
recomendados
para
doentes
tomam
anticoagulantes cumarínicos. Caso se altere a dose ou se interrompa o tratamento com
sinvastatina, dever-se-á repetir o mesmo procedimento. A terapêutica com sinvastatina
não foi associada a hemorragias ou a alterações do tempo de protrombina em doentes que
não tomam anticoagulantes.
Efeitos da sinvastatina na farmacocinética de outros medicamentos
A sinvastatina não tem efeito inibidor no citocromo P450 3A4. Logo, não se espera que a
sinvastatina afete as concentrações plasmáticas de outras substâncias metabolizadas pelo
citocromo P450 3A4.
Sinvastatina Tecnimede com alimentos
bebidas
e álcool
O fármaco deverá ser usado com precaução nos doentes que consomem quantidades
substanciais de álcool.
Sumo de toranja
O sumo de toranja inibe o citocromo P450 3A4. A ingestão concomitante de grandes
quantidades (mais de 1 litro por dia) de sumo de toranja e sinvastatina resultou num
aumento de 7 vezes na exposição ao ácido da sinvastatina. A ingestão de 240 ml de sumo
de toranja de manhã e de sinvastatina à noite, resultou também num aumento de 1,9
vezes. Logo, deve ser evitada a ingestão de sumo de toranja durante o tratamento com
sinvastatina.
administração
concomitante
sinvastatina
alimentos
não
altera
perfil
plasmático da mesma.
Gravidez
amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
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Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Sinvastatina Tecnimede está contraindicado na gravidez.
Não foi estabelecida a segurança em mulheres grávidas. Não foram efetuados ensaios
clínicos controlados com sinvastatina em mulheres grávidas. Foram recebidos relatos
raros de anomalias congénitas após exposição intrauterina a inibidores da redutase da
HMG-CoA.
Contudo,
numa
análise
aproximadamente
gestações,
seguidas
prospetivamente, expostas durante o primeiro trimestre a Sinvastatina Tecnimede ou a
outro fármaco estreitamente relacionado com um inibidor da redutase da HMG-CoA, a
incidência de anomalias congénitas foi comparável à observada na população em geral.
Este número de gestações foi estatisticamente suficiente para excluir um aumento igual
ou superior a 2,5 vezes de anomalias congénitas em relação à incidência de base.
Apesar de não haver evidência de que a incidência de anomalias congénitas nos recém-
nascidos de doentes a tomar Sinvastatina Tecnimede ou outro fármaco estreitamente
relacionado com um inibidor da redutase da HMG-CoA difira da observada na população
em geral, o tratamento materno com Sinvastatina Tecnimede pode reduzir os níveis fetais
de mevalonato, que é um p
cursor da biossíntese do colesterol. A aterosclerose é um
processo crónico e uma suspensão episódica dos fármacos hipolipemiantes durante a
gravidez
deverá
muito
pouco
impacto
risco
longo
prazo
associado
hipercolesterolemia primária. Por estas razões, Sinvastatina Tecnimede não deve ser
usado em mulheres grávidas, a tentar engravidar ou com suspeita de estarem grávidas. O
tratamento com Sinvastatina Tecnimede deve ser suspenso durante o período da gravidez
ou até que se determine que a mulher não está grávida.
Não se sabe se a sinvastatina, ou algum dos seus metabolitos, é excretada no leite
humano. Uma vez que muitos medicamentos são excretados no leite humano, e devido ao
potencial de reações adversas graves, as mulheres que tomam Sinvastatina Tecnimede
não deverão amamentar os seus filhos.
Condução de veículos e utilização de máquinas:
Os efeitos de Sinvastatina Tecnimede sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
são nulos ou desprezíveis. No entanto, durante a condução e utilização de máquinas, deve
ser tomado em consideração que foram relatadas raramente tonturas na experiência pós-
comercialização.
Sinvastatina Tecnimede contém lactose.
Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o
antes de tomar este medicamento.
Como tomar Sinvastatina Tecnimede
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INFARMED
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico
. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Tome o medicamento sempre à mesma hora: obterá um melhor efeito e evitará o
esquecimento de alguma dose.
O intervalo posológico é de 5-80
mg/dia administrados por via oral numa dose única à
noite.
ajustes
posológicos,
necessários,
devem
feitos
intervalos
não
inferiores a 4 semanas, até um máximo de 80 mg/dia administrados em dose única à
noite. A dose de 80 mg é apenas recomendada em doentes com hipercolesterolemia grave
e em risco elevado de complicações cardiovasculares.
Hipercolesterolemia
O doente deve estar a fazer uma dieta padronizada para a redução do colesterol, e deverá
continuar com esta dieta durante o tratamento com Sinvastatina Tecnimede. A dose
habitual é de 10-20 mg/dia administrados em dose única à noite. Os doentes que
necessitem de uma grande redução de C-LDL (mais de 45%) podem iniciar a terapêutica
com 20-40 mg/ dia em toma única administrada à noite. Os ajustes posológicos, se
necessários, devem ser efetuados da forma anteriormente especificada.
Hipercolesterolemia familiar homozigótica
Com base nos resultados de um estudo clínico controlado, a posologia recomendada é de
40 mg/dia de Sinvastatina Tecnimede tomado à noite, ou de 80 mg/dia, divididos por 3
administrações, duas diurnas de 20 mg e uma de 40 mg à noite. Sinvastatina Tecnimede
deve ser usado como adjuvante de outros tratamentos hipolipemiantes (p.ex., LDL-
aferese) neste grupo de doentes, ou só por si, quando não estiverem disponíveis tais
terapêuticas.
Prevenção cardiovascular
A dose habitual de Sinvastatina Tecnimede é de 20
mg a 40
mg/dia, em toma única à
noite, nos doentes em elevado risco de doença cardíaca coronária (doença cardíaca
coronária com ou sem hiperlipidemia). A terapia farmacológica poderá ser iniciada em
simultâneo com dieta e exercício físico. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser
efetuados da forma anteriormente especificada.
Terapêutica
oncomitante
Sinvastatina Tecnimede é eficaz isoladamente ou em associação com sequestrantes dos
ácidos
biliares.
administração
deve
ocorrer
horas
antes
horas
após
administração de um sequestrante dos ácidos biliares.
Nos doentes a tomar ciclosporina, gemfibrozil, outros fibratos (exceto fenofibrato) ou
doses
hipolipemiantes
g/dia)
niacina
concomitantemente
Sinvastatina
Tecnimede, a dose de Sinvastatina Tecnimede não deve exceder os 10
mg/dia. Em
doentes
tomar
amiodarona
verapamil
concomitantemente
Sinvastatina
Tecnimede, a dose de Sinvastatina Tecnimede não deverá exceder 20
mg/dia.
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Posologia na insuficiência renal
Não deverá ser necessária uma modificação da posologia em doentes com insuficiência
renal moderada. Nos doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina
<
ml/min.)
posologias
acima
mg/dia
deverão
cuidadosamente
consideradas e, se necessário, instituídas com precaução.
Uso nos idosos
Não é necessário qualquer ajuste posológico.
Utilização em
crianças e adolescentes
eficácia
segurança
utilização
crianças
não
foram
estabelecidas.
Consequentemente, Sinvastatina Tecnimede não é recomendada para uso pediátrico.
Via e modo de administração
Via oral. Deve ser preferencialmente tomado numa toma única e à noite.
Se tomar mais Sinvastatina Tecnimede do que deveria:
Até à data, foram notificados alguns casos de sobredosagem; a dose máxima tomada foi
de 3,6
g. Todos os doentes recuperaram sem sequelas. Não existe tratamento específico
em caso de sobredosagem. Neste caso, dever-se-ão adotar medidas genéricas sintomáticas
e de suporte.
Caso se tenha esquecido de tomar Sinvastatina Tecnimede:
Retome a administração do medicamento logo que seja possível; no entanto, não tome
uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
farmacêutico
ou enfermeiro
Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos,
este medicamento
pode causar efeitos secundários,
embora
estes não se manifest
m em todas as pessoas.
As frequências dos seguintes efeitos adversos, que foram relatados durante os estudos
clínicos e/ou na pós-comercialização, são classificados com base numa avaliação das suas
taxas de incidência em ensaios clínicos de grande dimensão, a longo prazo, controlados
com placebo, que incluem os estudos HPS e 4S, respetivamente com, 20.536 e 4.444
doentes. Para o HPS, os únicos acontecimentos adversos graves registados foram mialgia,
aumentos das transaminases séricas e da CK. Para o 4S, foram registados todos os
acontecimentos
adversos
abaixo
mencionados.
taxas
incidência
sobre
sinvastatina foram menores ou semelhantes às do placebo nestes ensaios, e se houve
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acontecimentos
semelhantes
razoável
nexo
causalidade
relatados
espontaneamente, estes acontecimentos adversos são classificados como “raros”.
No estudo HPS que envolveu 20.536 tratados com 40 mg/dia de sinvastatina (n=10.269)
ou com placebo (n=10.267) os perfis de segurança foram comparáveis entre doentes
tratados com 40 mg de sinvastatina e doentes tratados com placebo durante os 5 anos de
duração média do estudo. As percentagens de interrupção devidas a efeitos colaterais
foram
comparáveis
(4,8%
doentes
tratados
sinvastatina,
comparação com 5,1% nos doentes que receberam placebo). A incidência de miopatia foi
<0,1% em doentes tratados com 40 mg de sinvastatina. O aumento de transaminases
(>3xLSN, confirmada por repetição do teste) ocorreu em 0,21% (n=21) dos doentes
tratados com 40 mg de sinvastatina, em comparação com 0,09% (n=9) dos doentes que
receberam placebo.
As frequências de acontecimentos adversos são classificadas do seguinte modo: Muito
frequentes (
1/10), Frequentes (
1/100, <1/10), Pouco frequentes (
1/1000, <1/100),
Raras (
1/10.000, <1/1000), Muito raras (<1/10.000) incluindo
notificações
isolad
Doenças do sangue e do sistema linfático:
Raros: anemia.
Doenças do sistema nervoso:
Raros: cefaleias, parestesia, tonturas, neuropatia periférica.
Doenças gastrointestinais:
Raros:
bstipação, dor abdominal,
flatulência,
dispepsia, diarreia,
náuseas,
vómitos,
pancreatite.
Afeções hepatobiliares:
Raros: hepatite / icterícia.
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Raros:
xantema, prurido, alopécia.
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos:
Raros: miopatia, rabdomiólise, mialgia, cãibras musculares
Frequência desconhecida: fraqueza muscular constante.
Perturbações gerais e alterações no local de administração:
Raros: astenia
Notificou-se
raramente,
aparente
síndrome
hipersensibilidade
incluiu
algumas das seguintes manifestações: angioedema, síndroma do tipo lúpus, polimialgia
reumática,
dermatomiosite,
vasculite,
trombocitopenia,
eosinofilia,
velocidade
sedimentação aumentada, artrite e artralgia, urticária, fotossensibilidade, febre, rubor,
dispneia e mal-estar.
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
Outros efeitos secundários possíveis:
Distúrbios do sono, incluindo
insónias e
pesadelos
Perda de memória
Disfunção sexual
Depressão
Problemas respiratórios incluindo tosse persistente e/ou falta de ar ou febre
Diabetes. É mais provável ter diabetes e tiver níveis elevados de açúcar e gorduras
no sangue, excesso de peso ou pressão arterial elevada. O seu médico irá avaliar se
tem diabetes enquanto estiver a tomar este medicamento.
Exames complementares de diagnóstico:
Raros:
aumentos
transaminases
séricas
(ALT,
AST,
-glutamil
transpeptidase)
aumento da fosfatase alcalina; aumento dos níveis séricos de CK.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
Como conservar Sinvastatina Tecnimede
Não conservar acima de 30ºC. Conservar na embalagem de origem.
Manter
este medicamento
fora da vista
e do alcance
das crianças.
Não
utilize
este medicamento
após o
prazo de
validade
impresso
embalagem
exterior, após
"
."
. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer
medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte
ao seu farmacêutico como
deitar fora
os medicamentos que já não
utiliza
. Estas medidas
ajudar
a proteger o ambiente.
Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Sinvastatina Tecnimede
A substância ativa é a sinvastatina.
Os outros componentes são: lactose
mono-hidratada
, ácido ascórbico, ácido cítrico
mono-hidratado,
amido
pré-gelificado,
butil-hidroxianisol
(E320),
celulose
microcristalina, dióxido de titânio (E171), estearato de magnésio, hidroxipropilcelulose,
hipromelose, óxido de ferro amarelo (E172), óxido de ferro vermelho (E172) e talco.
Qual o aspeto de Sinvastatina Tecnimede e conteúdo da embalagem
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
Sinvastatina Tecnimede apresenta-se na forma de comprimidos revestidos, doseados a
sinvastatina.
Encontra-se
disponível
embalagens
comprimidos revestidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
TECNIMEDE - Sociedade T
cnico-Medicinal, S.A.
Rua da Tapada Grande, nº 2
Abrunheira
2710-089 Sintra
Fabricante
West Pharma – Produções de Especialidades Farmacêuticas, S.A.
Rua João de Deus, n.º 11, Venda Nova, 2700-486 Amadora
Este folheto foi
revisto
pela última vez em
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24-04-2015
INFARMED
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sinvastatina Tecnimede 10 mg comprimidos revestidos
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém 10 mg de sinvastatina como substância ativa.
Excipiente(s) com efeito conhecido:
Lactose mono-hidratada - 70,7 mg.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido.
Comprimidos revestidos de cor rosa (pêssego) e biconvexos.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Hipercolesterolemia
Tratamento
hipercolesterolemia
primária
dislipidemia
mista,
como
adjuvante da dieta, sempre que a resposta à dieta e a outros tratamentos não
farmacológicos (ex. exercício físico, perda de peso) for inadequada.
Tratamento da hipercolesterolemia familiar homozigótica como adjuvante da dieta e
outros tratamentos hipolipemiantes (ex. LDL-aferese) ou se tais tratamentos não
forem apropriados.
Prevenção cardiovascular
Redução da mortalidade e morbilidade cardiovasculares em doentes com doença
cardiovascular aterosclerótica evidente ou com diabetes mellitus, quer tenham níveis
de colesterol normais ou aumentados, como adjuvante da correção de outros fatores
de risco e outras terapêuticas cardioprotetoras (ver secção 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
O intervalo posológico é de 5-80 mg/dia administrados por via oral numa dose única
à noite. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser feitos em intervalos não
inferiores a 4 semanas, até um máximo de 80 mg/dia administrados em dose única à
noite. A dose de 80 mg é apenas recomendada em doentes com hipercolesterolemia
grave e em risco elevado de complicações cardiovasculares.
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
Hipercolesterolemia
O doente deve estar a fazer uma dieta padronizada para a redução do colesterol e
deverá continuar com esta dieta durante o tratamento com Sinvastatina Tecnimede.
A dose habitual é de 10-20 mg/dia administrados em dose única à noite. Os doentes
que necessitem de uma grande redução de C-LDL (mais de 45%) podem iniciar a
terapêutica com 20-40 mg/ dia em toma única administrada à noite. Os ajustes
posológicos,
necessários,
devem
efetuados
forma
anteriormente
especificada.
Hipercolesterolemia familiar homozigótica
Com base nos resultados de um estudo clínico controlado, a posologia recomendada
é de 40 mg/dia de Sinvastatina Tecnimede tomado à noite, ou de 80 mg/dia,
divididos por 3 administrações, duas diurnas de 20 mg e uma de 40 mg à noite.
Sinvastatina Tecnimede deve ser usado como adjuvante de outros tratamentos
hipolipemiantes (p.ex., LDL-aferese) neste grupo de doentes, ou só por si, quando
não estiverem disponíveis tais terapêuticas.
Prevenção cardiovascular
A dose habitual de Sinvastatina Tecnimede é de 20 mg a 40 mg/dia, em toma única
à noite, nos doentes em elevado risco de doença cardíaca coronária (doença cardíaca
coronária com ou sem hiperlipidemia). A terapia farmacológica poderá ser iniciada
em simultâneo com dieta e exercício físico. Os ajustes posológicos, se necessários,
devem ser efetuados da forma anteriormente especificada.
Terapêutica concomitante
Sinvastatina Tecnimede é eficaz isoladamente ou em associação com sequestrantes
dos ácidos biliares. A administração deve ocorrer 2 horas antes ou 4 horas após a
administração de um sequestrante dos ácidos biliares.
Nos doentes a tomar ciclosporina, gemfibrozil, outros fibratos (exceto fenofibrato) ou
doses hipolipemiantes (
1 g/dia) de niacina concomitantemente com Sinvastatina
Tecnimede, a dose de Sinvastatina Tecnimede não deve exceder os 10 mg/dia. Em
doentes a tomar amiodarona ou verapamil concomitantemente com Sinvastatina
Tecnimede, a dose de Sinvastatina Tecnimede não deverá exceder 20 mg/dia (ver
secções 4.4 e 4.5).
Posologia na insuficiência renal
Não
deverá
necessária
modificação
posologia
doentes
insuficiência renal moderada. Nos doentes com insuficiência renal grave (depuração
creatinina
<
30 ml/min.)
posologias
acima
10 mg/dia
deverão
cuidadosamente consideradas e, se necessário, instituídas com precaução.
Uso nos idosos
Não é necessário qualquer ajuste posológico.
População pediátrica
eficácia
segurança
utilização
crianças
não
foram
estabelecidas.
Consequentemente, Sinvastatina Tecnimede não é recomendada para uso pediátrico.
4.3 Contraindicações
APROVADO EM
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Hipersensibilidade
substância
ativa
qualquer
excipientes
mencionados na secção 6.1;
Doença
hepática
ativa
elevações
persistentes
explicação
transaminases séricas;
- Gravidez e aleitamento (ver também secção 4.6);
- Administração concomitante de inibidores potentes do CYP3A4 (ex. itraconazol,
cetoconazol, inibidores da protease do VIH, eritromicina, claritromicina, telitromicina
e nefazodona) (ver secção 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Miopatia/Rabdomiólise
sinvastatina,
como
outros
inibidores
redutase
HMG-CoA
provoca
ocasionalmente miopatia que se manifesta como dor, sensibilidade ou fraqueza
musculares, elevações de creatinaquinase (CK) mais de 10 vezes superiores ao limite
superior da normalidade (LSN). Por vezes a miopatia toma a forma de rabdomiólise,
com ou sem insuficiência renal aguda secundária a mioglobinúria, tendo ocorrido
muito raramente casos de morte. O risco de miopatia é aumentado pelos elevados
níveis de atividade inibidora da redutase da HMG-CoA plasmática.
O risco de miopatia/rabdomiólise depende da dose. Em estudos clínicos, nos quais os
doentes foram cuidadosamente monitorizados e foram excluídos alguns dos fármacos
que interagem, a incidência foi de aproximadamente 0,03% com 20 mg, 0,08% com
40 mg e de 0,4% com 80 mg.
Função reduzida das proteínas de transporte
A função reduzida das proteínas transportadoras hepáticas OATP pode aumentar a
exposição sistémica da sinvastatina e o risco de miopatia e rabdomiólise. A função
reduzida pode ocorrer como resultado da inibição pela interação de medicamentos
(por exemplo ciclosporina) ou em doentes que são portadores do genótipo c.521T>C
do SLCO1B1.
Os doentes portadores do alelo genético do SLCO1B1 (c.521T> C), que codifica a
proteína OATP1B1 menos ativa, têm uma maior exposição sistémica da sinvastatina
e um aumento do risco de miopatia.
O risco de uma miopatia relacionada com a dose elevada (80 mg) de sinvastatina é,
em geral, de cerca de 1% sem avaliação genética. Com base nos resultados do
estudo SEARCH, os portadores homozigóticos do alelo C (também chamados de CC)
tratados com 80 mg de sinvastatina têm um risco de miopatia de 15% dentro de um
ano, enquanto que o risco nos portadores heterozigóticos do alelo C (TC) é de 1,5%.
O risco correspondente é de 0,3% nos doentes com o genótipo mais comum (TT)
(ver secção 5.2). Quando disponível, a genotipagem para a presença do alelo C deve
ser considerada como parte da avaliação de risco-benefício, antes de prescrever 80
mg de sinvastatina e doses elevadas devem ser evitadas nos doentes portadores do
genótipo CC. No entanto, a ausência deste gene na genotipagem não exclui que não
possa ainda ocorrer miopatia.
Miopatia necrosante imunomediada
Foram notificados casos muito raros de miopatia necrosante imunomediada (IMNM -
imune-mediated necrotizing myopathy) durante ou após o tratamento com algumas
estatinas. A IMNM é caracterizada clinicamente por fraqueza muscular proximal e
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
elevação da creatina quinase sérica, que persistem apesar da interrupção do
tratamento com estatinas.
Medição da creatinaquinase
A creatinaquinase (CK) não deverá ser medida após o exercício físico vigoroso ou na
presença de qualquer outra causa passível de aumentar os níveis de CK, uma vez
que isto torna difícil a interpretação daqueles valores. Se os níveis basais de CK
estiverem significativamente elevados (
>
5xLSN), deverão ser reavaliados 5 a 7 dias
para confirmar os resultados.
Antes do tratamento
Todos os doentes a iniciar terapêutica com sinvastatina, ou cuja dose de sinvastatina
esteja
aumentada,
devem
avisados
sobre
risco
miopatia
aconselhados
relatar
imediato
qualquer
dor,
sensibilidade
fraqueza
musculares que ocorram sem explicação.
A prescrição de sinvastatina deve ser feita com precaução em doentes com fatores
predisponentes para rabdomiólise. Os níveis de CK devem ser avaliados antes do
início da terapêutica com sinvastatina, para estabelecer um valor de referência basal,
nas seguintes situações:
- Idosos (idade > 70 anos)
- Disfunção renal
- Hipotiroidismo não controlado
- História pessoal ou familiar de alterações musculares hereditárias
- História prévia de toxicidade muscular devida a estatinas ou fibratos
- Abuso de álcool.
Nestas situações, dever-se-á ter em consideração o risco do tratamento em relação
ao possível benefício e recomenda-se a monitorização clínica. Se um doente já tiver
tido anteriormente uma perturbação muscular com um fibrato ou com uma estatina,
o tratamento com um produto diferente dessa classe deverá ser iniciado com
precaução. Se os níveis basais de CK estiverem significativamente elevados (>5x
LSN), o tratamento não deverá ser iniciado.
Durante o tratamento
ocorrer
dor,
fraqueza
cãibras
musculares
durante
tratamento
sinvastatina, os níveis de CK devem ser medidos. Se estes níveis estiverem
significativamente elevados (
>
5x LSN), na ausência de exercício físico vigoroso, o
tratamento deverá ser interrompido. Se os sintomas musculares forem graves e
causarem desconforto diário, ainda que os níveis de CK sejam
5x LSN, deverá ser
considerada a descontinuação do tratamento. Se houver suspeita de miopatia por
qualquer outra razão, o tratamento deverá ser descontinuado.
Se os sintomas desaparecerem e os níveis de CK normalizarem, poderá ser
considerada a reintrodução da estatina ou a introdução de uma outra estatina
alternativa, na dosagem mais baixa, desde que seja efetuada uma monitorização
cuidadosa.
A terapêutica com sinvastatina deve ser temporariamente interrompida durante uns
dias antes de cirurgia eletiva e quando surjam estados médicos ou cirúrgicos graves.
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
Medidas para reduzir o risco de miopatia causado pelas interações medicamentosa
(ver também secção 4.5)
O risco de miopatia e rabdomiólise está significativamente aumentado pela utilização
concomitante
sinvastatina
inibidores
potentes
CYP3A4
(tais
como
itraconazol, cetoconazol, eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores da
protease do VIH, nefazodona), assim como com gemfibrozil e ciclosporina (ver
secção 4.2).
O risco de miopatia e rabdomiólise está também aumentado pelo uso concomitante
outros
fibratos,
doses
hipolipemiantes
1 g/dia)
niacina
pelo
concomitante de amiodarona ou verapamil com doses mais elevadas de sinvastatina
(ver secções 4.2 e 4.5). Ocorre também um ligeiro aumento do risco quando o
diltiazem é usado com sinvastatina 80 mg.
Consequentemente, no que diz respeito aos inibidores do CYP3A4, a utilização
concomitante de sinvastatina com itraconazol, cetoconazol, inibidores da protease do
VIH, eritromicina, claritromicina, telitromicina e nefazodona está contraindicada (ver
secções 4.3 e 4.5). Se o tratamento com itraconazol, cetoconazol, eritromicina,
claritromicina ou telitromicina for inevitável, a terapêutica com sinvastatina tem de
ser interrompida durante o tratamento. Além disso, deve usar-se de precaução
quando se associa a sinvastatina com alguns inibidores menos potentes do CYP3A4:
ciclosporina, verapamil, diltiazem (ver secções 4.2 e 4.5). Deve ser evitada a
ingestão concomitante de sumo de toranja e de sinvastatina.
A dose de sinvastatina não deve exceder 10 mg por dia em doentes a tomar
concomitantemente ciclosporina, gemfibrozil ou doses hipolipemiantes (
1 g/dia) de
niacina. A utilização de sinvastatina em associação com gemfibrozil deve ser evitada,
exceto quando for provável que os benefícios superem os riscos aumentados desta
associação medicamentosa. Os benefícios da associação de 10 mg de sinvastatina
por dia a outros fibratos (exceto fenofibrato), niacina ou ciclosporina devem ser
cuidadosamente ponderados em relação aos riscos potenciais destas associações
(ver secções 4.2 e 4.5).
Deve usar-se de precaução ao prescrever fenofibrato com sinvastatina, uma vez que
qualquer
destes
medicamentos
administrados
isoladamente
pode
causar
miopatia.
Deve ser evitada a utilização combinada de sinvastatina em doses superiores a
20 mg por dia com amiodarona ou verapamil, exceto se for provável que o benefício
clínico supera o risco aumentado de miopatia (ver secções 4.2 e 4.5).
Efeitos hepáticos
Nos estudos clínicos, ocorreram, num número reduzido de doentes adultos tratados
com sinvastatina, aumentos persistentes (para >3xLSN) das transaminases séricas.
Quando
administração
sinvastatina
interrompida
ou suspensa
nestes
doentes, os níveis de transaminases baixaram lentamente, de um modo geral, para
os níveis anteriores ao tratamento.
Recomenda-se que sejam efetuados testes de função hepática antes do início da
terapêutica e, posteriormente, quando indicado clinicamente. Doentes tratados com
uma dose de 80 mg devem fazer um teste adicional antes do início da titulação, 3
meses
após
titulação
para
dose
periodicamente
(por
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
semestralmente) no primeiro ano de tratamento. Deverá ser dada atenção especial
aos doentes que registem aumentos dos níveis das transaminases séricas, e, nestes
doentes, os doseamentos deverão ser repetidos de imediato, e depois realizados
mais frequentemente. Se os níveis das transaminases séricas mostrarem aumentos
progressivos,
especialmente
aumentarem
para
mais
3xLSN
forem
persistentes, a sinvastatina deverá ser suspensa.
O medicamento deverá ser usado com precaução em doentes que consumam
quantidades substanciais de álcool.
como
outros
agentes
hipolipemiantes,
têm
sido
referidas
elevações
moderadas das transaminases séricas (<3xLSN) na sequência do tratamento com
sinvastatina. Estas alterações surgiram pouco tempo após o início do tratamento
com sinvastatina, foram geralmente transitórias, não foram acompanhadas de
quaisquer sintomas e não foi necessária a interrupção do tratamento.
Doença pulmonar intersticial
Foram
notificados
casos
raros
doença
pulmonar
intersticial
algumas
estatinas, especialmente com tratamentos de longa duração (ver secção 4.8). Os
sintomas observados incluem dispneia, tosse não produtiva e deterioração do estado
de saúde em geral (fadiga, perda de peso e febre). Se houver suspeita de
desenvolvimento de doença pulmonar intersticial, a terapêutica com estatina deve
ser interrompida.
Diabetes mellitus
Algumas evidências sugerem que as estatinas como classe farmacológica podem
elevar a glicemia e em alguns doentes, com elevado risco de ocorrência futura de
diabetes, podem induzir um nível de hiperglicemia em que o tratamento formal de
diabetes é adequado. Este risco é, no entanto, suplantado pela redução do risco
vascular das estatinas e, portanto, não deve ser uma condição para interromper a
terapêutica. Os doentes em risco (glicemia em jejum ente 5,6 a 6,9 mmol/L,
IMC>30Kg/m2, triglicéridos aumentados, hipertensão) devem ser monitorizados
tanto clínica como bioquimicamente, de acordo com as orientações nacionais.
Excipientes
Este medicamento contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à galactose, deficiência de lactase ou má absorção de glucose-galactose
não devem tomar este medicamento.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Interações farmacodinâmicas
Interações
fármacos
hipolipemiantes
podem causar miopatia
quando
administrados isoladamente
O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, está aumentado durante a administração
concomitante com fibratos e niacina (ácido nicotínico) (
1 g/dia). Além disso, existe
uma interação farmacocinética com gemfibrozil que resulta num aumento dos níveis
plasmáticos de sinvastatina (ver abaixo Interações farmacocinéticas e secções 4.2 e
4.4). Quando a sinvastatina e fenofibrato são administrados concomitantemente, não
há evidência de que o risco de miopatia exceda a soma dos riscos individuais de cada
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
medicamento.
Não
estão
disponíveis
dados
adequados
farmacovigilância
farmacocinética para outros fibratos.
Interações farmacocinéticas
Efeito de outros medicamentos na sinvastatina
Interações que envolvem o CYP 3A4
A sinvastatina é um substrato do citocromo P450 3A4. Os inibidores potentes do
citocromo P450 3A4 aumentam o risco de miopatia e de rabdomiólise através do
aumento da concentração de atividade inibidora plasmática da redutase da HMG-CoA
durante a terapêutica com sinvastatina. Estes inibidores incluem o itraconazol,
cetoconazol, eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores da protease do VIH
e nefazodona. A administração concomitante de itraconazol resultou num aumento
de mais de 10 vezes na exposição ao ácido da sinvastatina (o metabolito beta-
hidroxiácido ativo). A telitromicina causou um aumento de 11 vezes na exposição ao
ácido da sinvastatina.
Consequentemente, está contraindicada a utilização concomitante de sinvastatina
itraconazol,
cetoconazol,
inibidores
protease
VIH,
eritromicina,
claritromicina,
telitromicina
nefazodona.
tratamento
itraconazol,
cetoconazol, eritromicina, claritromicina ou telitromicina for inevitável, a terapêutica
com sinvastatina deverá ser interrompida durante o tratamento. Deve usar-se de
precaução quando se associa a sinvastatina com alguns inibidores menos potentes
do CYP 3A4: ciclosporina, verapamil, diltiazem (ver secções 4.2 e 4.4).
Ciclosporina
O risco de miopatia/rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante
de ciclosporina, particularmente com doses mais elevadas de sinvastatina (ver
secções 4.2 e 4.4). Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder
10 mg/dia em doentes a tomar concomitante ciclosporina. Apesar do mecanismo não
totalmente
compreendido,
ciclosporina
aumenta
ácido
sinvastatina, possivelmente devido, em parte, à inibição do CYP3A4.
Gemfibrozil
O gemfibrozil aumenta a AUC do ácido da sinvastatina em 1,9 vezes, possivelmente
devido à inibição da via metabólica de glucoronidação (ver secções 4.2 e 4.4).
Amiodarona e verapamil
O risco de miopatia e rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante
de amiodarona ou verapamil com doses superiores de sinvastatina (ver secção 4.4).
Num ensaio clínico em curso, foi relatada miopatia em 6% dos doentes a tomar 80
mg de sinvastatina e amiodarona.
Uma análise dos ensaios clínicos disponíveis mostrou uma incidência de miopatia de
aproximadamente 1% em doentes a tomar 40 mg ou 80 mg de sinvastatina e
verapamil. Num estudo de farmacocinética, a administração concomitante com
verapamil
resultou
aumento
vezes
exposição
ácido
sinvastatina,
possivelmente
devido,
parte,
inibição
CYP3A4.
Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder 20 mg por dia em
doentes a tomar concomitantemente amiodarona ou verapamil, exceto se for
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
provável que o benefício clínico ultrapasse o risco aumentado de miopatia e
rabdomiólise.
Diltiazem
Uma análise dos ensaios clínicos disponíveis mostrou uma incidência de miopatia de
1% em doentes a tomar 80 mg de sinvastatina e diltiazem. O risco de miopatia em
doentes a tomar 40 mg de sinvastatina não foi aumentado pelo uso concomitante de
diltiazem
(ver
secção
4.4).
estudo
farmacocinética,
administração
concomitante de diltiazem causou um aumento de 2,7 vezes na exposição ao ácido
da sinvastatina possivelmente devido à inibição do CYP3A4. Consequentemente, a
dose de sinvastatina não deve exceder 40 mg por dia em doentes a tomar
concomitantemente
diltiazem,
exceto
provável
benefício
clínico
ultrapasse o risco aumentado de miopatia e rabdomiólise.
Sumo de toranja
O sumo de toranja inibe o citocromo P450 3A4. A ingestão concomitante de grandes
quantidades (mais de 1 litro por dia) de sumo de toranja e sinvastatina resultou num
aumento de 7 vezes na exposição ao ácido da sinvastatina. A ingestão de 240 ml de
sumo de toranja de manhã e de sinvastatina à noite, resultou também num aumento
de 1,9 vezes. Logo, deve ser evitada a ingestão de sumo de toranja durante o
tratamento com sinvastatina.
Anticoagulantes orais
Em dois estudos clínicos, um realizado em voluntários saudáveis e o outro em
doentes
hipercolesterolémicos,
20-40 mg/dia
sinvastatina,
potenciou
modestamente o efeito dos anticoagulantes cumarínicos; o tempo de protrombina
registado como Razão Normalizada Internacional (INR) aumentou de um valor inicial
de 1,7 para 1,8 no estudo efetuado em voluntários e de 2,6 para 3,4 no estudo
efetuado nos doentes. Foram notificados casos muito raros de aumento de INR.
Nos doentes a tomar anticoagulantes cumarínicos, o tempo de protrombina deverá
ser determinado antes de iniciar a sinvastatina, e com a frequência necessária
durante a fase inicial do tratamento, para assegurar que não ocorrerá alteração
significativa
no tempo
protrombina.
Assim
que se
registar um tempo
protrombina
estável,
este
poderá
monitorizado
intervalos
geralmente
recomendados para doentes que tomam anticoagulantes cumarínicos. Caso se altere
a dose ou se interrompa o tratamento com sinvastatina, dever-se-á repetir o mesmo
procedimento. A terapêutica com sinvastatina não foi associada a hemorragias ou a
alterações do tempo de protrombina em doentes que não tomam anticoagulantes.
Efeitos da sinvastatina na farmacocinética de outros medicamentos
A sinvastatina não tem efeito inibidor no citocromo P450 3A4. Logo, não se espera
sinvastatina
afete
concentrações
plasmáticas
outras
substâncias
metabolizadas pelo citocromo P450 3A4.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Sinvastatina Tecnimede está contraindicado na gravidez (ver secção 4.3).
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
Não foi estabelecida a segurança em mulheres grávidas. Não foram efetuados
ensaios
clínicos
controlados
sinvastatina
mulheres
grávidas.
Foram
recebidos relatos raros de anomalias congénitas após exposição intrauterina a
inibidores da redutase da HMG-CoA. Contudo, numa análise de aproximadamente
200 gestações, seguidas prospetivamente, expostas durante o primeiro trimestre a
Sinvastatina Tecnimede ou a outro fármaco estreitamente relacionado com um
inibidor
redutase
HMG-CoA,
incidência
anomalias
congénitas
comparável à observada na população em geral. Este número de gestações foi
estatisticamente suficiente para excluir um aumento igual ou superior a 2,5 vezes de
anomalias congénitas em relação incidência de base.
Apesar de não haver evidência de que a incidência de anomalias congénitas nos
recém-nascidos de doentes a tomar Sinvastatina Tecnimede ou outro fármaco
estreitamente relacionado com um inibidor da redutase da HMG-CoA difira da
observada
população
geral,
tratamento
materno
Sinvastatina
Tecnimede pode reduzir os níveis fetais de mevalonato, que é um percursor da
biossíntese do colesterol. A aterosclerose é um processo crónico e uma suspensão
episódica dos fármacos hipolipemiantes durante a gravidez deverá ter muito pouco
impacto no risco a longo prazo associado a hipercolesterolemia primária. Por estas
razões, Sinvastatina Tecnimede não deve ser usado em mulheres grávidas, a tentar
engravidar ou com suspeita de estarem grávidas. O tratamento com Sinvastatina
Tecnimede deve ser suspenso durante o período da gravidez ou até que se
determine que a mulher não está grávida (ver secção 4.3).
Amamentação
Não se sabe se a sinvastatina, ou algum dos seus metabolitos, é excretada no leite
humano. Uma vez que muitos medicamentos são excretados no leite humano, e
devido
potencial
reações
adversas
graves,
mulheres
tomam
Sinvastatina Tecnimede não deverão amamentar os seus filhos (ver secção 4.3).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de Sinvastatina Tecnimede sobre a capacidade de conduzir e utilizar
máquinas são nulos ou desprezáveis. No entanto, durante a condução e utilização de
máquinas, deve ser tomado em consideração que foram notificadas raramente
tonturas na experiência pós-comercialização.
4.8 Efeitos indesejáveis
As frequências dos seguintes efeitos adversos, que foram notificados durante os
estudos clínicos e/ou na pós-comercialização, são classificados com base numa
avaliação das suas taxas de incidência em ensaios clínicos de grande dimensão, a
longo
prazo,
controlados
placebo,
incluem
estudos
respetivamente com, 20.536 e 4.444 doentes (ver secção 5.1). Para o HPS, os
únicos acontecimentos adversos graves notificados foram mialgia, aumentos das
transaminases séricas e da CK. Para o 4S, foram notificados todos os acontecimentos
adversos abaixo mencionados. Se as taxas de incidência sobre a sinvastatina foram
menores ou semelhantes às do placebo nestes ensaios, e se houve acontecimentos
semelhantes com razoável nexo de causalidade relatados espontaneamente, estes
acontecimentos adversos são classificados como “raros”.
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
No estudo HPS (ver secção 5.1) que envolveu 20.536 tratados com 40 mg/dia de
sinvastatina (n=10.269) ou com placebo (n=10.267) os perfis de segurança foram
comparáveis entre doentes tratados com 40 mg de sinvastatina e doentes tratados
com placebo durante os 5 anos de duração média do estudo. As percentagens de
interrupção devidas a efeitos colaterais foram comparáveis (4,8% nos doentes
tratados com 40 mg de sinvastatina, em comparação com 5,1% nos doentes que
receberam placebo). A incidência de miopatia foi <0,1% em doentes tratados com
40 mg de sinvastatina. O aumento de transaminases (>3xLSN, confirmada por
repetição do teste) ocorreu em 0,21% (n=21) dos doentes tratados com 40 mg de
sinvastatina, em comparação com 0,09% (n=9) dos doentes que receberam placebo.
As frequências de acontecimentos adversos são classificadas do seguinte modo:
Muito frequentes (
1/10), Frequentes (
1/100, <1/10), Pouco frequentes (
1/1000,
<1/100),
Raras
1/10.000,
<1/1000),
Muito
raras
(<1/10.000)
incluindo
notificações isoladas.
Doenças do sangue e do sistema linfático:
Raros: anemia.
Doenças do sistema nervoso:
Raros: cefaleias, parestesia, tonturas, neuropatia periférica.
Doenças gastrointestinais:
Raros: obstipação, dor abdominal, flatulência, dispepsia, diarreia, náuseas, vómitos,
pancreatite.
Afeções hepatobiliares:
Raros: hepatite / icterícia.
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Raros: exantema, prurido, alopécia.
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos:
Raros: miopatia, rabdomiólise, (ver secção 4.4), mialgia, cãibras musculares
Frequência desconhecida: miopatia necrosante imunomediada (ver secção 4.4).
Perturbações gerais e alterações no local de administração:
Raros: astenia
Notificou-se, raramente, uma aparente síndrome de hipersensibilidade que incluiu
algumas
seguintes
manifestações:
angioedema,
síndrome
tipo
lúpus,
polimialgia
reumática,
dermatomiosite,
vasculite,
trombocitopenia,
eosinofilia,
velocidade
sedimentação
aumentada,
artrite
artralgia,
urticária,
fotossensibilidade, febre, rubor, dispneia e mal-estar.
Efeitos de classe:
Distúrbios do sono, incluindo insónia e pesadelos
Perda de memória
Disfunção sexual
Depressão
Casos excecionais de doença pulmonar intersticial, especialmente com terapêutica de
longa duração (ver secção 4.4)
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
Diabetes mellitus: a frequência dependerá da presença ou ausência de fatores de
risco (glicemia em jejum ≥5,6 mmol/L, IMC>30Kg/m2, triglicéridos aumentados,
história de hipertensão).
Exames complementares de diagnóstico:
Raros: aumentos das transaminases séricas (ALT, AST,
-glutamil transpeptidase)
(ver secção 4.4 Efeitos hepáticos), aumento da fosfatase alcalina; aumento dos
níveis séricos de CK (ver secção 4.4).
4.9 Sobredosagem
Até à data, foram notificados alguns casos de sobredosagem; a dose máxima
tomada foi de 3,6 g. Todos os doentes recuperaram sem sequelas. Não existe
tratamento específico em caso de sobredosagem. Neste caso, dever-se-ão adotar
medidas genéricas sintomáticas e de suporte.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 3.7 Aparelho cardiovascular. Antidislipidémicos
código ATC: C10A A01
Após a administração oral, a sinvastatina, uma lactona inativa, é hidrolisada no
fígado na forma do beta-hidroxiácido ativo correspondente, que tem uma atividade
significativa
inibição
redutase
HMG-CoA
(redutase
3-hidroxi-3-
metilglutaril-CoA). Esta enzima cataliza a conversão de HMG-CoA em mevalonato,
um passo inicial e limitante da velocidade de biossíntese do colesterol.
A sinvastatina demonstrou reduzir as concentrações normais ou elevadas de C-LDL.
As LDL são formadas a partir de lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) e são
catabolisadas predominantemente pelo recetor de elevada afinidade das LDL. O
mecanismo de redução das LDL pela sinvastatina pode envolver a diminuição da
concentração do colesterol das VLDL (VLDL-C) e a indução do recetor das LDL,
conduzindo a uma diminuição da produção e ao aumento do catabolismo do C-LDL. A
apolipoproteína B também diminui substancialmente durante o tratamento com
sinvastatina. Além disso, a sinvastatina aumenta moderadamente o C-HDL e reduz
os TG plasmáticos. Como resultado destas alterações, os rácios de C- total/C-HDL e
de C-LDL/C-HDL estão reduzidos.
Risco Elevado de Doença Coronária (DC) ou Doença Coronária
No estudo HPS (Heart Protection Study), avaliaram-se os efeitos da terapêutica com
sinvastatina em 20.536 doentes (entre 40 e 80 anos de idade), com ou sem
hiperlipidemia e com doença coronária, outra doença arterial oclusiva ou diabetes
mellitus.
Neste
estudo,
10.269
doentes
foram
tratados
mg/dia
sinvastatina e 10.267 doentes receberam placebo durante um período médio de 5
anos. No início do estudo, 6.793 doentes (33 %) apresentavam níveis de C-LDL
inferiores
mg/dl;
5.063
doentes
apresentavam
valores
entre
116 mg/dl e 135 mg/dl; e 8.680 doentes (42 %) apresentavam valores superiores a
135 mg/dl.
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
O tratamento com 40 mg/dia de sinvastatina, em comparação com o placebo,
reduziu significativamente o risco de mortalidade por todas as causas (1328 [12,9%]
para os doentes tratados com sinvastatina versus 1507 [14,7%] para os doentes que
receberam placebo; p = 0,0003) devido a uma diminuição de 18% das mortes por
doença coronária (587 [5,7%] versus 707 [6,9%]; p = 0,0005; redução do risco
absoluto de 1,2%). A redução das mortes por causas não-vasculares não foi
estatisticamente significativa. A sinvastatina reduziu também em cerca de 27% (p
<0,0001) o risco de acontecimentos coronários major (engloba o parâmetro de
avaliação final composto por enfarte do miocárdio não fatal ou morte por doença
coronária). A sinvastatina reduziu em cerca de 30% (p <0,0001) a necessidade de
procedimentos
revascularização
coronária
(incluindo
bypass
artérias
coronárias e angioplastia coronária transluminosa percutânea) e em 16% (p =
0,006) os procedimentos de revascularização periféricos e outros não coronários. A
sinvastatina reduziu em cerca de 25 % (p <0,0001), o risco de AVC, atribuível a uma
redução de 30% do AVC isquémico (p <0,0001). Além disso, no subgrupo de
doentes com diabetes, a sinvastatina reduziu em cerca de 21% (p = 0,0293) o risco
de desenvolvimento de complicações macrovasculares, incluindo procedimentos de
revascularização periférica (cirurgia ou angioplastia), amputações dos membros
inferiores, ou úlceras da perna. A redução proporcional da taxa de acontecimentos
foi semelhante em cada subgrupo de doentes estudados, incluindo os que não
tinham doença coronária mas que tinham doença vascular cerebral ou arterial
periférica, em homens e mulheres com menos ou mais de 70 anos à data de entrada
no estudo, com presença ou ausência de hipertensão, e de salientar, nos que tinham
níveis iniciais de colesterol das LDL inferiores a 3,0 mmol/l.
No estudo 4S (Scandinavian Simvastatin Survival Study) avaliou-se o efeito, na
mortalidade total, da terapêutica com sinvastatina em 4.444 doentes com doença
coronária e com um colesterol total basal de 212-309 mg/dl (5,5-8 mmol/l). Neste
estudo multicêntrico, de distribuição aleatória, em dupla ocultação e controlado por
placebo, os doentes com angina ou enfarte do miocárdio (EM) prévio foram tratados
com dieta, com o tratamento habitual e com 20-40 mg/dia de sinvastatina (n =
2.221) ou com placebo (n = 2.223) durante um tempo médio de 5,4 anos reduziu o
risco de morte em 30% (redução do risco absoluto de 3,3%). O risco de morte por
doença coronária foi reduzido em 42% (redução do risco absoluto de 3,5%). A
sinvastatina reduziu também em 34 % o risco de ocorrência de acontecimentos
coronários major (morte por doença coronária com EM silencioso e não fatal
confirmado em hospital). Além disso, a sinvastatina reduziu significativamente o
risco de acontecimentos cerebrovasculares fatais e não fatais (acidente vascular
cerebral e acidente isquémico transitório) em 28%. Em relação à mortalidade não
cardiovascular, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos.
Hipercolesterolemia Primária e Hiperlipidemia Mista
Em estudos que compararam a eficácia e a segurança de 10, 20, 40 e 80 mg
sinvastatina diários em doentes com hipercolesterolemia, as reduções médias do C-
LDC foram, respetivamente, de 30, 38, 41 e 47%. Nos estudos realizados em
doentes com hiperlipidemia mista a tomar 40 mg e 80 mg de sinvastatina, as
reduções médias nos triglicéridos foram, respetivamente, de 28 e 33% (placebo:
2%) e os aumentos médios do C-HDL foram, respetivamente, de 13 e 16 %
(placebo: 3%).
5.2 Propriedades farmacocinéticas
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
A sinvastatina é uma lactona inativa que é rapidamente hidrolisada in vivo no
correspondente beta-hidroxiácido, que é um potente inibidor da redutase da HMG-
CoA. A hidrólise ocorre principalmente no fígado; a hidrólise no plasma humano é
muito baixa.
Absorção
No Homem, a sinvastatina é bem absorvida e sofre uma considerável extração de
primeira passagem hepática. A extração no fígado depende do fluxo sanguíneo
hepático. O fígado é o principal local de ação da forma ativa. A disponibilização do
beta-hidroxiácido para a circulação sistémica após a administração de uma dose oral
de sinvastatina foi inferior a 5% da dose. A concentração plasmática máxima dos
inibidores ativos é atingida aproximadamente 1-2 horas após a administração da
sinvastatina. A ingestão concomitante de alimentos não afeta a absorção.
A farmacocinética das doses únicas e múltiplas de sinvastatina revelou que não
ocorreu acumulação do medicamento após a administração de doses múltiplas.
Distribuição
A ligação da sinvastatina e do seu metabolito ativo às proteínas é >95 %.
Eliminação
A sinvastatina é um substrato do CYP3A4 (ver secções 4.3 e 4.5). Os principais
metabolitos da sinvastatina presentes no plasma humano são o beta-hidroxiácido e
quatro metabolitos ativos adicionais. Após a administração oral de uma dose de
sinvastatina radioativa ao Homem, 13% da radioatividade foi excretada na urina e
60% nas fezes, no período de 96 horas. A quantidade recuperada nas fezes
representa os equivalentes de medicamento absorvido e excretado na bílis, assim
como medicamento não absorvido. Após uma injeção intravenosa do metabolito
beta-hidroxiácido, a sua semivida média foi de 1,9 horas. Na urina, foi excretada
uma média de apenas 0,3% da dose IV, como inibidores.
sinvastatina
captada
ativamente
para
hepatócitos
pelo
transportador
OATP1B1.
Populações especiais
Portadores do alelo c.521T > C do gene SLCO1B1 têm menor atividade da proteína
OATP1B1. A exposição média (AUC) do principal metabolito ativo, sinvastatina ácida,
é de 120% em portadores heterozigóticos (CT) do alelo C e 221% em portadores
homozigóticos (CC) do alelo C em comparação com os doentes com o genótipo mais
comum (TT). O alelo C tem uma frequência de 18% na população europeia. Em
doentes com o polimorfismo SLCO1B1 existe o risco de uma exposição aumentada à
sinvastatina, o que pode levar a um aumento do risco de rabdomiólise (ver secção
4.4).
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Segundo
estudos
convencionais
realizados
animais
relativamente
farmacodinamia, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade e carcinogenicidade,
não existem outros riscos para o doente para além daqueles esperados tendo em
consideração o mecanismo farmacológico. Nas doses máximas toleradas no rato e no
coelho, a sinvastatina não produziu malformações fetais e não teve efeitos na
fertilidade, na função reprodutora ou no desenvolvimento neonatal.
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Lactose mono-hidratada, ácido ascórbico, ácido cítrico mono-hidratado, amido pré-
gelificado, butil-hidroxianisol (E320), celulose microcristalina, dióxido de titânio
(E171), estearato de magnésio, hidroxipropilcelulose, hipromelose, óxido de ferro
amarelo (E172), óxido de ferro vermelho (E172) e talco.
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30ºC. Conservar na embalagem de origem.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
comprimidos
revestidos
sinvastatina
são
acondicionados
blister
PVC/Alumínio. Cada embalagem contém 20, 30 ou 60 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo
com as exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
TECNIMEDE - Sociedade Técnico-Medicinal, S.A.
Rua da Tapada Grande, nº 2
Abrunheira
2710-089 Sintra
8. NÚMERO (S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Sinvastatina Tecnimede 10 mg comprimido revestido
Nº de registo: 4738290 - 20 comprimidos revestidos, 10 mg, blister PVC/Alumínio.
Nº de registo: 4738399 - 30 comprimidos revestidos, 10 mg, blister PVC/Alumínio
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
Nº de registo: 4738498 - 60 comprimidos revestidos, 10 mg, blister PVC/Alumínio
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO:
Data da primeira autorização: 17 de julho de 2003
Data da última renovação: 20 de maio de 2010
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO: