Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
16-03-2018
16-03-2018
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o doente
Sinvastatina Quimedical 10 mg Comprimidos revestidos por película
Sinvastatina Quimedical 20 mg Comprimidos revestidos por película
Sinvastatina Quimedical 40 mg Comprimidos revestidos por película
Sinvastatina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Sinvastatina Quimedical e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Sinvastatina Quimedical
3. Como tomar Sinvastatina Quimedical
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Sinvastatina Quimedical
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Sinvastatina Quimedical e para que é utilizado
Sinvastatina
Quimedical
contém
substância
ativa
sinvastatina.
Sinvastatina
Quimedical é um medicamento utilizado para baixar os valores de colesterol total,
colesterol “mau” (colesterol das LDL), e substâncias gordas chamadas triglicéridos no
sangue. Adicionalmente, o Sinvastatina Quimedical aumenta os valores de colesterol
“bom” (colesterol das HDL). Sinvastatina Quimedical é um membro de uma classe de
medicamentos denominada estatinas.
colesterol
várias
substâncias
gordas
encontradas
corrente
sanguínea. O seu colesterol total é constituído principalmente pelo colesterol das LDL
e HDL.
O colesterol das LDL é frequentemente chamado de colesterol “mau” porque se pode
acumular nas paredes das suas artérias formando placas. Eventualmente esta
formação de placas pode levar a um estreitamento das artérias. Este estreitamento
pode diminuir ou bloquear o fluxo de sangue para órgãos vitais tais como o coração
e o cérebro. Este bloqueio de fluxo de sangue pode resultar num ataque cardíaco ou
num acidente vascular cerebral (AVC).
O colesterol das HDL é frequentemente chamado de colesterol “bom” porque ajuda a
que o colesterol “mau” não se acumule nas artérias e protege contra doenças
cardíacas.
Os triglicéridos são outra forma de gordura no seu sangue que pode aumentar o
risco de doença cardíaca.
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Enquanto estiver a tomar este medicamento, deve manter uma dieta recomendada
para redução de colesterol.
Sinvastatina
Quimedical
indicado,
adicionalmente
dieta
para
redução
colesterol, se tiver:
um valor aumentado de colesterol no sangue (hipercolesterolemia primária) ou
valores elevados de gordura no sangue (hiperlipidemia mista)
uma doença hereditária (hipercolesterolemia familiar homozigótica) responsável pelo
aumento
valor
colesterol
sangue.
Pode
também
receber
outros
tratamentos.
doença cardíaca coronária ou em risco de a desenvolver (caso tenha diabetes,
historial de acidente vascular cerebral, ou outra doença dos vasos sanguíneos).
Sinvastatina Quimedical pode prolongar a sua vida através da redução do risco de
problemas cardíacos, independentemente do nível de colesterol no seu sangue.
A maioria das pessoas não tem sintomas imediatos de colesterol elevado. O seu
médico poderá determinar o seu nível de colesterol através de uma simples análise
ao sangue. Mantenha as consultas regulares com o seu médico, para que ele possa
indicar-lhe a melhor maneira de controlar o seu colesterol.
2. O que precisa de saber antes de tomar Sinvastatina Quimedical
Não tome Sinvastatina Quimedical:
- se tem alergia (hipersensibilidade) à sinvastatina ou a qualquer outro componente
deste medicamento (indicados na secção 6: Conteúdo da embalagem e outras
informações)
- se lhe foi diagnosticada uma doença de fígado
- se está grávida ou a amamentar
- se está a tomar medicamentos com uma ou mais das seguintes substâncias ativas:
- itraconazol, cetoconazol, posaconazol ou voriconazol (utilizados para tratar infeções
fúngicas)
- eritromicina, claritromicina ou telitromicina (utilizados para tratar infeções)
- inibidores da protease do VIH, tais como indinavir, nelfinavir, ritonavir e saquinavir
(inibidores da protease do VIH utilizados para tratar as infeções por VIH)
- boceprevir ou telaprevir (utilizados para tratar infeções pelo vírus da hepatite C)
- nefazodona (utilizado para tratar a depressão)
- cobicistato
- gemfibrozil (utilizado para baixar o colesterol)
- ciclosporina (utilizado em doentes submetidos a transplante de órgãos)
- danazol (uma hormona sintética usada para tratar a endometriose, uma situação
na qual o revestimento do útero cresce fora do útero).
- se está a tomar ou tiver tomado, nos últimos 7 dias, um medicamento chamado
ácido fusídico (medicamento para infeção bacteriana) por via oral ou por injeção. A
associação de ácido fusídico e Sinvastatina Quimedical pode levar a problemas
musculares graves (rabdomiólise).
Não tome mais de 40 mg de Sinvastatina Quimedical se estiver a tomar lomitapida
(utilizado
para
tratar
doença
genética
grave
rara
relacionada
colesterol).
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Pergunte ao seu médico se não tem a certeza se o seu medicamento está referido na
lista anterior.
Advertências e precauções
Informe o seu médico:
- sobre todos os seus problemas de saúde, incluindo alergias.
- se bebe grandes quantidades de bebidas alcoólicas.
- se já teve alguma doença de fígado. Sinvastatina Quimedical pode não ser indicado
para si.
- se for fazer uma operação cirúrgica. Pode necessitar de parar de tomar os
comprimidos de Sinvastatina Quimedical por um curto período de tempo.
- se for de origem asiática, uma vez que se pode aplicar a si uma posologia
diferente.
Antes de iniciar o tratamento com Sinvastatina Quimedical, e se tiver quaisquer
sintomas de problemas de fígado enquanto estiver a tomar Sinvastatina Quimedical,
o seu médico deve fazer análises ao seu sangue para verificar se o seu fígado está a
funcionar adequadamente.
O seu médico pode também requisitar análises ao sangue para verificar como está a
funcionar o seu fígado após ter iniciado o tratamento com Sinvastatina Quimedical.
Enquanto estiver a tomar este medicamento o seu médico irá acompanhá-lo de perto
se tem diabetes ou está em risco de vir a ter diabetes. Estará em risco de vir a ter
diabetes se tem níveis elevados de açúcar e gorduras no sangue, excesso de peso ou
pressão arterial elevada.
Informe o seu médico se tiver uma doença pulmonar grave.
Consulte o seu médico imediatamente se sentir dor, sensibilidade ou fraqueza
musculares.
Isto deve-se ao facto de em raras situações, os problemas musculares poderem ser
graves,
incluindo destruição muscular (rabdomiólise) que resulta em lesões nos rins; e em
muito raras situações ocorreram mortes.
Há maior risco de destruição muscular com as doses mais elevadas de Sinvastatina
Quimedical, particularmente com a dose de 80 mg. O risco de destruição muscular
também é maior em certos doentes. Informe o seu médico se alguma das seguintes
situações se aplicar a si:
consome grandes quantidades de álcool
tem problemas nos rins
tem problemas na tiroide
tem 65 anos de idade ou mais
é do sexo feminino
alguma vez teve problemas musculares durante o tratamento com medicamentos
para baixar o colesterol chamados “estatinas” ou fibratos
tem, ou algum familiar próximo tem, um distúrbio muscular hereditário.
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Informe igualmente o seu médico ou farmacêutico se sentir uma fraqueza muscular
constante.
Podem
necessários
testes
medicamentos
adicionais
para
diagnosticar e tratar este problema.
Crianças e adolescentes
A segurança e eficácia de Sinvastatina Quimedical foram estudadas em rapazes com
idade entre os 10 e 17 anos e em raparigas que iniciaram o seu período menstrual
(menstruação) pelo menos um ano antes (ver secção 3: Como tomar Sinvastatina
Quimedical). Sinvastatina Quimedical não foi estudado em crianças com idade
inferior a 10 anos. Para mais informações, fale com o seu médico.
Outros medicamentos e Sinvastatina Quimedical
Informe o seu médico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente ou se vier a
tomar outros medicamentos com algumas das seguintes substâncias ativas. Tomar
Sinvastatina Quimedical com qualquer um dos seguintes medicamentos poderá
aumentar o risco de problemas musculares (alguns destes foram já referidos na
secção anterior “Não tome Sinvastatina Quimedical”):
- se necessitar de tomar ácido fusídico por via oral para tratar uma infeção
bacteriana, terá de interromper temporariamente a utilização deste medicamento. O
médico
informá-lo-á
quando
seguro
reiniciar
toma
Sinvastatina
Quimedical. Tomar Sinvastatina Quimedical com ácido fusídico pode levar raramente
a fraqueza muscular, sensibilidade ou dor (rabdomiólise). Consultar informação
adicional sobre rabdomiólise na secção 4.
- ciclosporina (frequentemente utilizado em doentes com transplante de órgãos)
- danazol (uma hormona sintética usada para tratar a endometriose, uma situação
na qual o revestimento do útero cresce fora do útero)
- medicamentos com uma substância ativa como o itraconazol, o cetoconazol, o
fluconazol, o posaconazol ou o voriconazol (utilizados para tratar infeções fúngicas)
- fibratos com uma substância ativa como o gemfibrozil e bezafibrato (utilizados para
baixar o colesterol)
eritromicina,
claritromicina
telitromicina
(utilizados
para
tratar
infeções
bacterianas) inibidores da protease do VIH como o indinavir, nelfinavir, ritonavir e
saquinavir (utilizados para tratar a SIDA)
- medicamentos antivirais para a hepatite C como boceprevir, telaprevir, elbasvir ou
grazoprevir (utilizados para tratar a infeção pelo vírus da hepatite C)
- nefazodona (utilizado para tratar a depressão)
- medicamentos com a substância ativa cobicistato
- amiodarona (utilizada para tratar o batimento irregular do coração)
- verapamilo, diltiazem ou amlodipina (utilizados para tratar a pressão arterial
elevada, a angina de peito ou outras doenças do coração)
- lomitapida (utilizado para tratar uma condição genética grave e rara relacionada
com o colesterol)
- colquicina (utilizada para tratar a gota).
Para além dos medicamentos acima indicados, informe o seu médico ou farmacêutico
se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente quaisquer outros medicamentos,
incluindo medicamentos obtidos sem receita médica. Em particular, informe o seu
médico se estiver a tomar medicamentos com alguma das seguintes substâncias
ativas:
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medicamentos com uma substância ativa que previna os coágulos no sangue, como
por exemplo a varfarina, fenprocumona ou acenocumarol (anticoagulantes)
fenofibrato (também utilizado para baixar o colesterol)
niacina (também utilizado para baixar o colesterol)
rifampicina (utilizado para tratar a tuberculose).
Também deverá informar o médico que lhe prescreva um novo medicamento que
está a tomar Sinvastatina Quimedical.
Sinvastatina Quimedical com alimentos e bebidas
O sumo de toranja contém um ou mais componentes que alteram o modo como o
organismo
utiliza
certos
medicamentos,
incluindo
Sinvastatina
Quimedical.
consumo de sumo de toranja deverá ser evitado.
Gravidez e amamentação
Não tome Sinvastatina Quimedical se está grávida, planeia engravidar ou suspeita
que está grávida. Se engravidar durante o tratamento com Sinvastatina Quimedical,
pare imediatamente o tratamento e fale com o seu médico. Não tome Sinvastatina
Quimedical se está a amamentar, uma vez que se desconhece se o medicamento
passa para o leite materno.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não se prevê que Sinvastatina Quimedical interfira com a sua capacidade de
conduzir ou utilizar máquinas.
No entanto, deve ser tomado em consideração que algumas pessoas sentem
tonturas após tomarem Sinvastatina Quimedical.
Sinvastatina Quimedical contém lactose.
Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o
antes de tomar este medicamento.
3. Como tomar Sinvastatina Quimedical
O seu médico decidirá qual a dose apropriada para si, de acordo com a sua situação,
o seu tratamento atual e o seu risco individual.
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Enquanto estiver a tomar Sinvastatina Quimedical, deverá fazer uma dieta para
reduzir o colesterol.
Posologia:
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A dose recomendada é Sinvastatina Quimedical 20 mg ou 40 mg, tomado por via
oral, uma vez por dia.
Adultos:
A dose inicial habitual é de 10, 20 ou, em alguns casos, 40 mg por dia. O seu médico
poderá ajustar a sua dose após, no mínimo, 4 semanas, até um máximo de 80 mg
por dia. Não tome mais de 80 mg por dia.
O seu médico poderá prescrever-lhe doses mais baixas, em particular se estiver a
tomar alguns dos medicamentos acima mencionados ou se tiver determinados
problemas nos rins.
A dose de 80 mg é apenas recomendada em doentes adultos com níveis de
colesterol muito elevados e com elevado risco de complicações cardíacas, os quais
não atingiram o objetivo de colesterol com doses mais baixas.
Utilização em crianças e adolescentes:
Para crianças (10-17 anos de idade), a dose inicial recomendada é de 10 mg por dia
à noite. A dose máxima recomendada é de 40 mg por dia.
Modo de administração:
Tome Sinvastatina Quimedical à noite. Poderá tomá-lo com ou sem alimentos. Tome
Sinvastatina Quimedical até o seu médico mandar parar.
Se o seu médico lhe receitou Sinvastatina Quimedical juntamente com outro
medicamento para baixar o colesterol, o qual contenha um sequestrante dos ácidos
biliares, deve tomar Sinvastatina Quimedical pelo menos 2 horas antes, ou 4 horas
depois de tomar o sequestrante dos ácidos biliares.
Se tomar mais Sinvastatina Quimedical do que deveria
Por favor, contacte o seu médico ou farmacêutico.
Caso se tenha esquecido de tomar Sinvastatina Quimedical
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Volte a tomar os comprimidos de Sinvastatina Quimedical dentro do horário previsto
no dia seguinte.
Se parar de tomar Sinvastatina Quimedical
Fale com o seu médico ou farmacêutico porque o seu colesterol pode aumentar de
novo.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
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É utilizada a seguinte terminologia para descrever a frequência com que os efeitos
secundários têm sido comunicados:
Raros (podem afetar até 1 em cada 1000 pessoas)
Muito raros (podem afetar até 1 em cada 10.000 pessoas)
Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
Foram comunicados os seguintes efeitos secundários raros.
Se ocorrer algum destes efeitos secundários graves, pare de tomar o medicamento,
consulte imediatamente o seu médico ou dirija-se ao serviço de urgências do hospital
mais próximo.
dor, sensibilidade ou fraqueza musculares ou cãibras. Em raras situações, estes
problemas
musculares
podem
graves,
incluindo
destruição
muscular
(rabdomiólise) que resulta em lesões nos rins; e em muito raras situações ocorreram
mortes.
reações de hipersensibilidade (alérgicas) incluindo:
inchaço da face, língua e garganta, que podem causar dificuldade em respirar
dor muscular grave, habitualmente nos ombros e anca
erupção da pele com fraqueza muscular dos membros e do pescoço
dor ou inflamação das articulações (polimialgia reumática)
inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite)
nódoas negras pouco habituais, erupções e inchaço na pele (dermatomiosite),
erupção na pele com comichão, sensibilidade da pele ao sol, febre, afrontamento
dificuldade em respirar (dispneia) e mal-estar geral
quadro de doença tipo lúpus (incluindo erupção da pele, distúrbios nas articulações e
efeitos nas células do sangue)
inflamação do fígado com os seguintes sintomas: amarelecimento da pele e dos
olhos,
comichão,
urina
escura
fezes
descoradas,
sensação
cansaço
fraqueza, perda de apetite; insuficiência hepática (muito rara)
inflamação do pâncreas, frequentemente com dor abdominal grave.
Foram também raramente comunicados os seguintes efeitos secundários:
número baixo de glóbulos vermelhos (anemia)
dormência ou fraqueza nos braços e pernas
dor de cabeça, sensação de formigueiro, tonturas
perturbações
digestivas
(dor
abdominal,
prisão
ventre,
gases
intestinais,
indigestão, diarreia, náuseas, vómitos)
erupção da pele, comichão, perda de cabelo
fraqueza
perturbação do sono (muito raro)
memória fraca (muito raro), perda de memória, confusão
Os seguintes efeitos secundários foram também comunicados mas a frequência não
pode ser calculada a partir da informação disponível (frequência desconhecida):
disfunção eréctil
depressão
inflamação
pulmões
originando
problemas
respiratórios
incluindo
tosse
persistente e/ou falta de ar ou febre
problemas nos tendões, por vezes complicados por rutura do tendão.
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Possíveis efeitos secundários adicionais comunicados com algumas estatinas:
distúrbios do sono, incluindo pesadelos
disfunção sexual
diabetes. É mais provável ter diabetes se tiver níveis elevados de açúcar e gorduras
no sangue, excesso de peso e pressão arterial elevada. O seu médico irá avaliar se
tem diabetes enquanto estiver a tomar este medicamento.
dor, sensibilidade ou fraqueza muscular constante e que podem não desaparecer
após parar de tomar Sinvastatina Quimedical (frequência desconhecida).
Valores Laboratoriais
Nas análises ao sangue foram observados aumentos de alguns valores da função
hepática e de uma enzima muscular (creatinaquinase).
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale como o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos
abaixo.
comunicar
efeitos
secundários,
estará
ajudar
fornecer
mais
informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel.: +351 21 798 71 403 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Sinvastatina Quimedical
Conservar a temperatura inferior a 25°C.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem,
após EXP. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Sinvastatina Quimedical
A substância ativa é a sinvastatina (20 mg ou 40 mg)
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Os outros componentes são: lactose mono-hidratada, amido pré-gelificado, celulose
microcristalina,
butil-hidroxianisol
(E320),
ácido
ascórbico,
ácido
cítrico
mono-
hidrato, estearato de magnésio.
Revestimento do comprimido: hipromelose, hidroxipropilcelulose, talco, dióxido de
titânio (E171);
Sinvastatina Quimedical 10 mg também contém: óxido de ferro amarelo (E172) e
óxido de ferro vermelho (E172);
Sinvastatina Quimedical 20 mg também contém: óxido de ferro amarelo (E172);
Sinvastatina Quimedical 40 mg também contém: óxido de ferro vermelho (E172).
Qual o aspeto de Sinvastatina Quimedical e conteúdo da embalagem
Sinvastatina Quimedical 10 mg são comprimidos revestidos por película cor de
pêssego, forma oval, com ranhura num dos lados.
Sinvastatina Quimedical 20 mg são comprimidos revestidos por película cor amarela,
forma oval, com ranhura num dos lados.
Sinvastatina Quimedical 40 mg são comprimidos revestidos por película cor rosa-
escuro, forma oval, com ranhura num dos lados.
Apresentações: 20, 30 e 60 comprimidos revestidos por película acondicionados em
blisters de PVC/PVDC-Alu.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Quimedical - Produtos Farmacêuticos, Lda.
Estrada Nacional 117-2 - Edifícios Azevedos - Alfragide
2724-503 Amadora
Fabricante:
Sofarimex - Indústria Química e Farmacêutica, S.A.
Avenida das Indústrias - Alto de Colaride - Agualva
2735-213 Cacém
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sinvastatina Quimedical 10 mg comprimidos revestidos por película.
Sinvastatina Quimedical 20 mg comprimidos revestidos por película.
Sinvastatina Quimedical 40 mg comprimidos revestidos por película.
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém 10 mg de sinvastatina.
Cada comprimido contém 20 mg de sinvastatina.
Cada comprimido contém 40 mg de sinvastatina.
Excipientes com efeito conhecido:
70,726 mg de lactose monohidratada por comprimido de 10 mg.
141,452 mg de lactose monohidratada por comprimido de 20 mg.
282,904 mg de lactose monohidratada por comprimido de 40 mg.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
10 mg: comprimido revestido por película cor de pêssego, forma oval e ranhurado numa
das faces.
20 mg: comprimido revestido por película cor amarela, forma oval e ranhurado numa das
faces.
40 mg: comprimido revestido por película cor rosa-escuro, forma oval e ranhurado numa
das faces.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Hipercolesterolemia
Tratamento
hipercolesterolemia
primária
dislipidemia
mista,
como
adjuvante da dieta, sempre que a resposta à dieta e a outros tratamentos não
farmacológicos (p. ex. exercício físico, perda de peso) seja inadequada.
Tratamento da hipercolesterolemia familiar homozigótica (HFHo) como adjuvante da
dieta
outros
tratamentos
hipolipemiantes
LDL-aferese)
tais
tratamentos não forem apropriados.
Prevenção cardiovascular
Redução da mortalidade e morbilidade cardiovasculares em doentes com doença
cardiovascular aterosclerótica evidente ou com diabetes mellitus, quer tenham níveis
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de colesterol normais ou aumentados, como adjuvante da correção de outros fatores
de risco e de outras terapêuticas cardioprotetoras (ver secção 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
O intervalo posológico é de 5-80 mg/dia administrados por via oral numa dose única
à noite. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser feitos em intervalos não
inferiores a 4 semanas, até um máximo de 80 mg/dia administrados em dose única à
noite. A dose de 80 mg é apenas recomendada em doentes com hipercolesterolemia
grave e em risco elevado de complicações cardiovasculares que não atingiram os
seus objetivos de tratamento com doses mais baixas e quando é esperado que os
benefícios ultrapassem os potenciais riscos (ver secções 4.4 e 5.1).
Hipercolesterolemia
O doente deve estar a fazer uma dieta padronizada para a redução do colesterol, e
deverá continuar com esta dieta durante o tratamento com Sinvastatina Quimedical.
A dose inicial habitual é de 10-20 mg/dia administrados em dose única à noite. Os
doentes que necessitem de uma grande redução de C-LDL (mais de 45 %) podem
iniciar a terapêutica com 20-40 mg/dia em dose única administrada à noite. Os
ajustes posológicos, se necessários, devem ser efetuados da forma anteriormente
especificada.
Hipercolesterolemia familiar homozigótica
Com base nos resultados de um estudo clínico controlado, a posologia inicial
recomendada
mg/dia
Sinvastatina
Quimedical
tomado
noite.
Sinvastatina Quimedical deve ser usado como adjuvante de outros tratamentos
hipolipemiantes (p. ex., LDL-aferese) neste grupo de doentes, ou só por si, quando
não estiverem disponíveis tais terapêuticas.
Em doentes a tomar lomitapida concomitantemente com Sinvastatina Quimedical, a
dose de Sinvastatina Quimedical não pode exceder 40 mg/dia (ver secções 4.3, 4.4 e
4.5).
Prevenção cardiovascular
A dose habitual de Sinvastatina Quimedical é de 20 a 40 mg/dia, em toma única à
noite, nos doentes em elevado risco de doença cardíaca coronária (doença cardíaca
coronária com ou sem hiperlipidemia). A terapêutica farmacológica poderá ser
iniciada em simultâneo com a dieta e o exercício físico. Os ajustes posológicos, se
necessários, devem ser efetuados da forma anteriormente especificada.
Terapêutica concomitante
Sinvastatina Quimedical é eficaz isoladamente ou em associação com sequestrantes
dos ácidos biliares. A administração deve ocorrer 2 horas antes ou 4 horas após a
administração de um sequestrante dos ácidos biliares.
Nos doentes a tomar Sinvastatina Quimedical concomitantemente com fibratos,
exceto o gemfibrozil (ver secção 4.3) ou o fenofibrato, a dose de Sinvastatina
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Quimedical
não
deve
exceder
10 mg/dia.
doentes
tomar
amiodarona,
amlodipina, verapamilo, diltiazem ou medicamentos que contenham elbasvir ou
grazoprevir concomitantemente com Sinvastatina Quimedical, a dose de Sinvastatina
Quimedical não deverá exceder 20 mg/dia. (Ver secções 4.4 e 4.5).
Doentes com compromisso renal
Não
deverá
necessária
modificação
posologia
doentes
compromisso
renal
moderado.
doentes
compromisso
renal
grave
(depuração da creatinina < 30 ml/min), as posologias acima de 10 mg/dia deverão
ser cuidadosamente consideradas e, se necessário, instituídas com precaução.
Idosos
Não é necessário qualquer ajuste posológico.
População pediátrica
Para crianças e adolescentes (rapazes em estadio Tanner II ou superior e raparigas
pelo
menos
pós-menarca,
10-17
anos
idade)
hipercolesterolemia
familiar
heterozigótica,
dose
inicial
habitualmente
recomendada é de 10 mg, uma vez por dia, à noite. Antes do início do tratamento
com a sinvastatina as crianças e adolescentes deverão iniciar uma dieta padronizada
para a redução do colesterol; esta dieta deverá ser mantida durante o tratamento
com a sinvastatina.
intervalo
posológico
recomendado
10-40
mg/dia;
dose
máxima
recomendada é 40 mg/dia. As doses devem ser individualizadas de acordo com o
objetivo
terapêutico
recomendado
acordo
recomendações
para
tratamento pediátrico (ver secções 4.4 e 5.1). Os ajustes deverão ser feitos em
intervalos de pelo menos 4 semanas.
A experiência de Sinvastatina Quimedical em crianças na pré-puberdade é limitada.
Modo de administração
Sinvastatina Quimedical destina-se a administração oral. Sinvastatina Quimedical
pode ser administrado como uma dose única à noite.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados
na secção 6.1.
Doença hepática ativa ou elevações persistentes e sem explicação das transaminases
séricas
Gravidez e aleitamento (ver secção 4.6)
Administração
concomitante
inibidores
potentes
CYP3A4
(fármacos
aumentam a AUC em aproximadamente 5 vezes ou mais) (p. ex. itraconazol,
cetoconazol,
posaconazol,
voriconazol,
inibidores
protease
nelfinavir),
boceprevir,
telaprevir,
eritromicina,
claritromicina,
telitromicina,
nefazodona e medicamentos contendo cobicistato) (ver secções 4.4 e 4.5)
Administração concomitante de gemfibrozil, ciclosporina ou danazol (ver secções 4.4
e 4.5)
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
Administração concomitante de lomitapida com doses > 40 mg de Sinvastatina
Quimedical, em doentes com HFHo (ver secções 4.2, 4.4 e 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Miopatia/Rabdomiólise
A sinvastatina, tal como outros inibidores da redutase da HMG-CoA, provoca,
ocasionalmente, miopatia que se manifesta como dor, sensibilidade ou fraqueza
musculares com elevações de creatinaquinase (CK) acima de dez vezes o limite
superior da normalidade (LSN). Por vezes a miopatia toma a forma de rabdomiólise,
com ou sem insuficiência renal aguda secundária a mioglobinúria, tendo ocorrido
muito raramente casos de morte. O risco de miopatia é aumentado pelos elevados
níveis de atividade inibidora da redutase da HMG-CoA plasmática.
como
outros
inibidores
redutase
HMG-CoA,
risco
miopatia/rabdomiólise depende da dose. Numa base de dados de ensaios clínicos,
com 41.413 doentes tratados com sinvastatina, dos quais 24.747 (aproximadamente
60 %) foram tratados pelo menos durante 4 anos, a incidência de miopatia foi,
aproximadamente, de 0,03 %, 0,08 % e 0,61 % com 20, 40 e 80 mg/dia,
respetivamente. Nestes ensaios, os doentes foram cuidadosamente monitorizados,
tendo sido excluídos alguns medicamentos com interação.
Num ensaio clínico em que doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio foram
tratados com 80 mg/dia de sinvastatina (tempo médio de acompanhamento 6,7
anos), a incidência de miopatia foi aproximadamente 1,0 % em comparação com
0,02 % de doentes a tomar 20 mg/dia. Aproximadamente metade desses casos de
miopatia ocorreram durante o primeiro ano de tratamento. A incidência de miopatia
durante cada ano subsequente de tratamento foi aproximadamente 0,1 %. (Ver
secções 4.8 e 5.1.)
O risco de miopatia é maior em doentes a tomar sinvastatina 80 mg, em comparação
com outras terapêuticas com base em estatinas com eficácia semelhante na redução
do C-LDL. Como tal, a dose de 80 mg de sinvastatina só deve ser utilizada em
doentes
hipercolesterolemia
grave
risco
elevado
complicações
cardiovasculares que não tenham atingido os seus objetivos terapêuticos com doses
inferiores e quando é esperado que os benefícios superem os potenciais riscos. Em
doentes
tomar
sinvastatina
necessitem
tratados
medicamento que tenha interação medicamentosa, deve ser utilizada uma dose mais
baixa de sinvastatina ou um regime alternativo com base em estatinas que tenha um
menor potencial de interações medicamentosas (ver abaixo Medidas para reduzir o
risco de miopatia causado pelas interações medicamentosas e secções 4.2, 4.3 e
4.5).
Num ensaio clínico em que doentes com risco elevado de doença cardiovascular
foram tratados com sinvastatina 40 mg/dia (período de acompanhamento mediano
de 3,9 anos), a incidência de miopatia foi de aproximadamente 0,05% em doentes
de etnia não-chinesa (n= 7367) em comparação com 0,24% em doentes de etnia
chinesa (n= 5468). Apesar de a única população asiática avaliada neste ensaio
clínico ter sido de etnia chinesa, deve ter-se precaução quando se prescreve
sinvastatina a doentes de origem asiática e deve ser empregue a menor dose
necessária.
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
Função reduzida de proteínas transportadoras
A função reduzida das proteínas transportadoras hepáticas OATP pode aumentar a
exposição
sistémica
forma
ácida
sinvastatina
risco
miopatia
rabdomiólise. A função reduzida pode ocorrer como resultado da inibição pela
interação de medicamentos (p.ex., ciclosporina) ou em doentes que são portadores
do genótipo c.521T>C do SLCO1B1.
Os doentes portadores do alelo genético do SLCO1B1 (c.521T> C), que codifica a
proteína OATP1B1 menos ativa, têm uma maior exposição sistémica à forma ácida
da sinvastatina e um aumento do risco de miopatia.
O risco de uma miopatia relacionada com a dose elevada (80 mg) de sinvastatina é,
em geral, de cerca de 1% sem avaliação genética. Com base nos resultados do
estudo SEARCH, os portadores homozigóticos do alelo C (também chamados de CC)
tratados com 80 mg de sinvastatina têm um risco de miopatia de 15% dentro de um
ano, enquanto que o risco nos portadores heterozigóticos do alelo C (TC) é de 1,5%.
O risco correspondente é de 0,3% nos doentes com o genótipo mais comum (TT)
(ver secção 5.2). Quando disponível, a genotipagem para a presença do alelo C deve
ser considerada como parte da avaliação de risco-benefício antes de prescrever 80
mg de sinvastatina, e doses elevadas devem ser evitadas nos doentes portadores do
genótipo CC. No entanto, a ausência deste gene na genotipagem não exclui que não
possa ainda ocorrer miopatia.
Medição da creatinaquinase
A creatinaquinase (CK) não deverá ser medida após exercício físico vigoroso ou na
presença de qualquer outra causa passível de aumentar os níveis de CK, uma vez
que isto torna difícil a interpretação daqueles valores. Se os níveis basais de CK
estiverem significativamente elevados (> 5 x LSN), deverão ser reavaliados após 5 a
7 dias para confirmar os resultados.
Antes do tratamento
Todos os doentes a iniciar terapêutica com sinvastatina, ou cuja dose de sinvastatina
esteja
aumentada,
devem
alertados
sobre
risco
miopatia
aconselhados
relatar
imediato
qualquer
dor,
sensibilidade
fraqueza
musculares que ocorram sem explicação.
A prescrição de sinvastatina deve ser feita com precaução em doentes com fatores
predisponentes para rabdomiólise. Os níveis de CK devem ser avaliados antes do
início do tratamento, para estabelecer um valor de referência inicial, nas seguintes
situações:
Idosos (idade ≥ 65 anos)
Sexo feminino
Compromisso renal
Hipotiroidismo não controlado
Antecedente pessoal ou familiar de afeções musculares hereditárias
Antecedentes prévios de toxicidade muscular devida a estatinas ou fibratos
Abuso de álcool.
Nestas situações, dever-se-á ter em consideração o risco do tratamento em relação
ao possível benefício e recomenda-se a monitorização clínica. Se um doente já tiver
tido anteriormente uma perturbação muscular com um fibrato ou com uma estatina,
APROVADO EM
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INFARMED
o tratamento com um fármaco diferente dessa classe deverá ser iniciado com
precaução.
Se os níveis basais de CK estiverem significativamente elevados (> 5 x LSN), o
tratamento não deverá ser iniciado.
Durante o tratamento
Se ocorrer dor, fraqueza ou cãibras musculares durante o tratamento coma estatina,
os níveis de CK devem ser medidos. Se estes níveis estiverem significativamente
elevados (> 5 x LSN), na ausência de exercício físico vigoroso, o tratamento deverá
ser interrompido. Se os sintomas musculares forem graves e causarem desconforto
diário, ainda que os níveis de CK sejam < 5 x LSN, deverá ser considerada a
interrupção do tratamento. Se houver suspeita de miopatia por qualquer outra razão,
o tratamento deve ser interrompido.
Foram notificados casos muito raros de miopatia necrosante imunomediada (IMNM –
immune-mediated
necrotizing
myopathy)
durante
após
tratamento
algumas estatinas. A IMNM é caracterizada clinicamente por fraqueza muscular
proximal e elevação da creatinaquinase sérica, que persistem apesar da interrupção
do tratamento com estatinas (ver secção 4.8).
Se os sintomas desaparecerem e os níveis de CK normalizarem, poderá ser
considerada a reintrodução da estatina ou a introdução de uma estatina alternativa,
na dosagem mais baixa e com uma monitorização cuidadosa.
Uma maior taxa de miopatia foi observada em doentes titulados para a dose de 80
mg (ver secção 5.1). São recomendadas medições periódicas da CK pois poderão ser
úteis para identificar casos subclínicos de miopatia. Contudo, não existe garantia de
que tal monitorização previna a miopatia.
A terapêutica com sinvastatina deve ser temporariamente interrompida durante
alguns dias antes de uma grande cirurgia eletiva e quando surjam estados médicos
ou cirúrgicos graves.
Medidas para reduzir o risco de miopatia causado pelas interações medicamentosas
(ver também secção 4.5)
O risco de miopatia e rabdomiólise está significativamente aumentado pela utilização
concomitante de sinvastatina com inibidores potentes do CYP3A4 (tais como o
itraconazol,
cetoconazol,
posaconazol,
voriconazol,
eritromicina,
claritromicina,
telitromicina, inibidores da protease do VIH (p. ex: nelfinavir), boceprevir, telaprevir,
nefazodona, medicamentos contendo cobicistato), assim como com gemfibrozil,
ciclosporina e danazol. A toma destes medicamentos é contraindicada (ver secção
4.3).
O risco de miopatia e rabdomiólise está também aumentado pelo uso concomitante
amiodarona,
amlodipina,
verapamilo
diltiazem
certas
doses
sinvastatina (ver secções 4.2 e 4.5). O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise,
pode
aumentado
pela
administração
concomitante
ácido
fusídico
estatinas (ver secção 4.5). Para doentes com HFHo, este risco pode estar aumentado
pela utilização concomitante de lomitapida com sinvastatina.
APROVADO EM
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INFARMED
Consequentemente, no que diz respeito aos inibidores do CYP3A4, a utilização
concomitante de sinvastatina com itraconazol, cetoconazol, posaconazol, voriconazol,
inibidores da protease do VIH (p. ex: nelfinavir), boceprevir, telaprevir, eritromicina,
claritromicina, telitromicina, nefazodona e medicamentos contendo cobicistato está
contraindicada (ver secções 4.3 e 4.5). Se o tratamento com inibidores potentes do
CYP3A4 (fármacos que aumentam a AUC em aproximadamente 5 vezes ou mais) for
inevitável, a terapêutica com sinvastatina tem que ser interrompida (e considerada a
utilização de uma estatina alternativa) durante o tratamento. Além disso, deve
existir precaução quando se associa a sinvastatina com alguns inibidores menos
potentes do CYP3A4: fluconazol, verapamilo, diltiazem (ver secções 4.2 e 4.5). Deve
ser evitada a ingestão concomitante de sumo de toranja e de sinvastatina.
A toma de sinvastatina com gemfibrozil é contraindicada (ver secção 4.3). Devido ao
risco aumentado de miopatia e rabdomiólise, a dose de sinvastatina não deve
exceder 10 mg por dia em doentes a tomar sinvastatina com outros fibratos, exceto
fenofibrato. (Ver secções 4.2 e 4.5). É recomendada precaução ao prescrever
fenofibrato com sinvastatina, uma vez que cada um destes fármacos pode causar
miopatia quando administrado isoladamente.
A sinvastatina não deve ser administrada concomitantemente com formulações
sistémicas de ácido fusídico ou até 7 dias após terminar o tratamento com ácido
fusídico. Em doentes nos quais o uso sistémico de ácido fusídico seja considerado
essencial, o tratamento com estatinas deve ser interrompido durante o período de
duração do tratamento com ácido fusídico. Foram notificados casos de rabdomiólise
(incluindo alguns casos fatais) em doentes a fazer a associação de ácido fusídico e
estatinas
(ver
secção 4.5).
doente
deve
aconselhado
procurar
aconselhamento
médico
imediatamente
apresentar
quaisquer
sintomas
fraqueza dor ou sensibilidade muscular. A terapêutica com estatina pode ser
reintroduzida sete dias após a última dose de ácido fusídico. Em circunstâncias
excecionais, quando é necessário um tratamento prolongado de ácido fusídico
sistémico,
para
tratamento
infeções
graves,
necessidade
administração concomitante de sinvastatina e ácido fusídico só deve ser considerada
numa base caso a caso e sob supervisão médica rigorosa.
Deve ser evitada a utilização combinada de sinvastatina em doses superiores a 20
mg por dia com amiodarona, amlodipina, verapamilo ou diltiazem. Em doentes com
HFHo, o uso combinado de sinvastatina em doses superiores a 40 mg por dia com
lomitapida tem de ser evitado. (Ver secções 4.2, 4.3 e 4.5).
Os doentes que tomam outros medicamentos com efeito inibitório moderado no
CYP3A4 concomitantemente com sinvastatina, particularmente com doses altas de
sinvastatina, podem ter um risco aumentado de miopatia. Quando a sinvastatina é
administrada concomitantemente com um inibidor moderado do CYP3A4 (fármacos
que aumentam a AUC em aproximadamente 2-5 vezes), poderá ser necessário um
ajuste posológico. Para alguns inibidores moderados do CYP3A4, p. ex. diltiazem,
recomenda-se uma dose máxima de sinvastatina de 20 mg (ver secção 4.2).
A sinvastatina é um substrato do transportador de efluxo da Proteína Resistente ao
Cancro da Mama (BCRP). A administração concomitante de medicamentos inibidores
da BCRP (ex.: elbasvir e grazoprevir) pode levar ao aumento das concentrações
plasmáticas de sinvastatina e a risco aumentado de miopatia, por isso, dependendo
da dose prescrita, deve ser considerado um ajuste de dose de sinvastatina. A
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16-03-2018
INFARMED
administração concomitante de elbasvir e grazoprevir com sinvastatina não foi
estudada, no entanto, a dose de sinvastatina não deve exceder os 20 mg por dia em
doentes a fazer tratamento concomitante com medicamentos que contêm elbasvir ou
grazoprevir (ver secção 4.5).
Foram
associados
casos
raros
miopatia/rabdomiólise
administração
concomitante de inibidores da redutase da HMG-CoA e doses modificadoras de
lípidos (≥1g/dia) de niacina (ácido nicotínico). Qualquer um destes medicamentos
pode causar miopatia quando administrado isoladamente.
Num ensaio clínico (período de acompanhamento mediano de 3,9 anos) envolvendo
doentes com risco elevado de doença cardiovascular e com níveis de C-LDL bem
controlado com sinvastatina 40 mg/dia com ou sem ezetimiba 10 mg, não houve um
benefício
incremental
nos resultados cardiovasculares
adição
doses
modificadoras de lípidos (≥ 1 g/dia) de niacina (ácido nicotínico). Como tal, os
médicos que considerem a utilização da associação terapêutica de sinvastatina com
doses
modificadoras
lípidos
(≥
1g/dia)
niacina
(ácido
nicotínico),
medicamentos contendo niacina, devem ponderar cuidadosamente os potenciais
benefícios e riscos e proceder a uma cuidadosa monitorização dos doentes para
despiste
quaisquer
sinais
sintomas
dor,
sensibilidade
fraqueza
musculares, em particular durante os primeiros meses após início da terapêutica e
ao aumentar a dose de cada um dos medicamentos.
Adicionalmente, neste ensaio, a incidência de miopatia foi de aproximadamente
0,24%
para
doentes
etnia
chinesa
tomar
sinvastatina
40 mg
ezetimiba/sinvastatina 10/40 mg em comparação com 1,24% para doentes de etnia
chinesa
tomar
sinvastatina
40 mg
ezetimiba/sinvastatina
10/40 mg
administrada concomitantemente com ácido nicotínico /laropiprant 2000 mg/40 mg
de libertação modificada. Embora a única população asiática avaliada neste ensaio
clínico tenha sido de etnia chinesa, uma vez que a incidência de miopatia é superior
em doentes de etnia chinesa do que em não-chinesa, a administração concomitante
de sinvastatina com doses modificadoras de lípidos (≥ 1 g/dia) de niacina (ácido
nicotínico) não é recomendada em doentes de origem asiática.
O acipimox é estruturalmente relacionado com a niacina. Apesar de o acipimox não
ter sido estudado, o risco de efeitos tóxicos musculares poderá ser semelhante ao da
niacina.
Efeitos hepáticos
Nos estudos clínicos, ocorreram, num número reduzido de doentes adultos tratados
com sinvastatina, aumentos persistentes (para > 3 x LSN) das transaminases
séricas. Quando a administração de sinvastatina foi interrompida ou suspensa nestes
doentes, os níveis de transaminases baixaram lentamente, de um modo geral, para
os níveis anteriores ao tratamento.
Recomenda-se que sejam realizados testes de função hepática antes do início da
terapêutica, e posteriormente quando indicado clinicamente. Doentes tratados com
uma dose de 80 mg devem fazer um teste adicional antes do início da titulação, 3
meses
após
titulação
para
dose
periodicamente
semestralmente) no primeiro ano de tratamento. Deverá ser dada atenção especial
aos doentes que registem aumentos dos níveis das transaminases séricas, e, nestes
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
doentes, os doseamentos deverão ser repetidos de imediato, e depois realizados
mais frequentemente. Se os níveis das transaminases séricas mostrarem aumentos
progressivos,
especialmente
aumentarem
para
mais
de 3
forem
persistentes, a sinvastatina deverá ser suspensa. Note-se que a ALT pode ter origem
muscular. Portanto, uma elevação da ALT e da CK pode indicar miopatia (ver acima
Miopatia/Rabdomiólise).
Foram notificados, em pós-comercialização, casos raros de insuficiência hepática
fatal e não fatal em doentes a tomar estatinas, incluindo a sinvastatina. Se durante o
tratamento com o sinvastatina ocorrerem lesões graves no fígado com sintomas
clínicos
e/ou
hiperbilirrubinemia
icterícia,
interrompa
imediatamente
terapêutica.
não
identificada
etiologia
alternativa,
não
reinicie
Sinvastatina Quimedical.
medicamento
deve
usado
precaução
doentes
consumam
quantidades substanciais de álcool.
como
acontece
outros
fármacos
hipolipemiantes,
têm
sido
referidas
elevações moderadas das transaminases séricas (< 3 x LSN) na sequência do
tratamento com sinvastatina. Estas alterações surgiram pouco tempo após o início
tratamento
sinvastatina,
foram
geralmente
transitórias,
não
foram
acompanhadas
quaisquer
sintomas
não
necessária
interrupção
tratamento.
Diabetes mellitus
Algumas evidências sugerem que as estatinas como classe farmacológica podem
elevar a glicemia e em alguns doentes, com elevado risco de ocorrência futura de
diabetes, podem induzir um nível de hiperglicemia em que o tratamento formal de
diabetes é adequado. Este risco é, no entanto, suplantado pela redução do risco
vascular com estatinas e, portanto, não deve ser uma condição para interromper a
terapêutica com estatinas. Os doentes em risco (glicemia em jejum entre 5,6 a 6,9
mmol/l,
IMC>30
kg/m2,
triglicéridos
aumentados,
hipertensão)
devem
monitorizados tanto clínica como bioquimicamente, de acordo com as orientações
nacionais.
Doença pulmonar intersticial
Foram notificados casos de doença pulmonar intersticial com algumas estatinas,
incluindo sinvastatina, especialmente com tratamentos de longa duração (ver secção
4.8). Os sintomas observados incluem dispneia, tosse não produtiva e deterioração
do estado de saúde em geral (fadiga, perda de peso e febre). Se houver suspeita de
desenvolvimento de doença pulmonar intersticial, a terapêutica com estatina deve
ser interrompida.
População pediátrica
Foi avaliada a segurança e eficácia da sinvastatina, num ensaio clínico controlado,
doentes
entre
10-17
anos
idade
hipercolesterolemia
familiar
heterozigótica, rapazes adolescentes no estadio Tanner II e superior, assim como em
raparigas pelo menos com um ano pós-menarca. O perfil de acontecimentos
adversos foi, em geral, semelhante entre doentes tratados com sinvastatina e
doentes que receberam placebo. Não foram estudadas doses superiores a 40 mg
nesta população. Neste estudo controlado, limitado, não foi detetado qualquer efeito
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
no crescimento ou maturação sexual dos rapazes ou raparigas adolescentes, nem
qualquer efeito na duração do ciclo menstrual das raparigas. (Ver secções 4.2, 4.8 e
5.1). As adolescentes do sexo feminino devem ser aconselhadas sobre os métodos
contracetivos apropriados durante a terapêutica com sinvastatina (ver secções 4.3 e
4.6). Em doentes com idade <18 anos, a eficácia e segurança não foi estudada para
períodos de tratamento > 48 semanas de duração e os efeitos a longo prazo na
maturação física, intelectual e sexual são desconhecidos. A sinvastatina não foi
estudada em doentes menores de 10 anos de idade nem em crianças pré-puberdade
e raparigas pré-menarca.
Excipientes
Este medicamento contém lactose. Os doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à galactose, com deficiência na lactase ou com malabsorção de glucose-
galactose não devem tomar este medicamento.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Os estudos de interação só foram realizados em adultos.
Interações farmacodinâmicas
Interações
fármacos
hipolipemiantes
podem causar miopatia
quando
administrados isoladamente
O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, está aumentado durante a administração
concomitante com fibratos. Além disso, existe uma interação farmacocinética com
gemfibrozil que resulta num aumento dos níveis plasmáticos de sinvastatina (ver a
seguir Interações farmacocinéticas e secções 4.3 e 4.4). Quando sinvastatina e
fenofibrato são administrados concomitantemente, não há evidência de que o risco
de miopatia exceda a soma dos riscos individuais de cada medicamento. Não estão
disponíveis dados adequados de farmacovigilância e farmacocinética para outros
fibratos.
Foram
associados
casos
raros
miopatia/rabdomiólise
administração
concomitante
sinvastatina
doses
modificadoras
lípidos
(≥1g/dia) de niacina (ver secção 4.4).
Interações farmacocinéticas
As recomendações relativas a prescrição para os medicamentos com interação são
resumidas no quadro seguinte (o texto fornece informações adicionais; ver também
as secções 4.2, 4.3 e 4.4).
Interações
Medicamentosas
Associadas
Risco
Aumentado
Miopatia/Rabdomiólise
Medicamentos com interação
Recomendações de prescrição
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
Inibidores potentes do CYP3A4,
p. ex.:
Itraconazol
Cetoconazol
Posaconazol
Voriconazol
Eritromicina
Claritromicina
Telitromicina
Inibidores da protease do VIH
(p. ex. nelfinavir)
Boceprevir
Telaprevir
Nefazodona
Cobicistato
Ciclosporina
Danazol
Gemfibrozil
Contraindicados com sinvastatina
Outros fibratos (exceto o
fenofibrato)
Não exceder 10 mg de sinvastatina
Ácido fusídico
Não recomendado com sinvastatina
Niacina (ácido nicotínico)
(≥ 1 g/dia)
Não recomendado com sinvastatina,
em doentes de origem asiática
Amiodarona
Amlodipina
Verapamilo
Diltiazem
Elbasvir
Grazoprevir
Não exceder 20 mg de sinvastatina
Lomitapida
Não exceder 40 mg de sinvastatina
por dia em doentes com HFHo
Sumo de toranja
Evitar o sumo de toranja enquanto a
sinvastatina estiver a ser tomada
Efeitos de outros medicamentos na sinvastatina
Interações que envolvem inibidores do CYP3A4
A sinvastatina é um substrato do citocromo P450 3A4. Os inibidores potentes do
citocromo P450 3A4 aumentam o risco de miopatia e de rabdomiólise através do
aumento da concentração de atividade plasmática inibitória da redutase da HMG-CoA
durante
terapêutica
sinvastatina.
Estes
inibidores
incluem
itraconazol,
cetoconazol,
posaconazol,
voriconazol,
eritromicina,
claritromicina,
telitromicina,
inibidores da protease do VIH (p. ex. nelfinavir), boceprevir, telaprevir, nefazodona e
medicamentos contendo cobicistato. A administração concomitante de itraconazol
resultou num aumento de mais de 10 vezes na exposição à forma ácida da
sinvastatina
metabolito
beta-hidroxiácido ativo). A
telitromicina
causou
aumento de 11 vezes na exposição à forma ácida de sinvastatina.
Está contraindicada a utilização concomitante de sinvastatina com itraconazol,
cetoconazol,
posaconazol,
voriconazol,
inibidores
protease
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INFARMED
nelfinavir),
boceprevir,
telaprevir,
eritromicina,
claritromicina,
telitromicina,
nefazodona e medicamentos contendo cobicistato, assim como com gemfibrozil,
ciclosporina e danazol (ver secção 4.3). Se o tratamento com inibidores potentes do
CYP3A4 (fármacos que aumentam a AUC em aproximadamente 5 vezes ou mais) for
inevitável, a terapêutica com sinvastatina deverá ser interrompida (e considerada a
utilização de uma estatina alternativa) durante o tratamento. Deve usar-se de
precaução quando se associa a sinvastatina com alguns inibidores menos potentes
do CYP3A4: fluconazol, verapamilo ou diltiazem (ver secções 4.2 e 4.4).
Fluconazol
Foram
notificados
casos
raros
rabdomiólise
associado
administração
concomitante de sinvastatina e fluconazol (ver secção 4.4).
Ciclosporina
O risco de miopatia/rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante
de ciclosporina com sinvastatina; consequentemente, é contraindicada a toma com
ciclosporina (ver secções 4.3 e 4.4). Apesar de o mecanismo não ser totalmente
compreendido,
ciclosporina
demonstrou
aumentar
inibidores
redutase da HMG-CoA. O aumento na AUC da forma ácida de sinvastatina deve-se
possivelmente, em parte, à inibição do CYP3A4 e/ou OATP1B1.
Danazol
risco
miopatia
rabdomiólise
está
aumentado
pela
administração
concomitante de danazol com sinvastatina; consequentemente, é contraindicada a
toma com danazol (ver secções 4.3 e 4.4).
Gemfibrozil
O gemfibrozil aumenta a AUC da forma ácida da sinvastatina em 1,9 vezes,
possivelmente devido à inibição da via metabólica de glucuronidação e/ou OATP1B1
(ver secções 4.3 e 4.4). É contraindicada a administração concomitante com
gemfibrozil.
Ácido fusídico
O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, pode ser aumentado pela administração
concomitante
ácido
fusídico
sistémico
estatinas.
mecanismo
desta
interação (seja farmacodinâmico, farmacocinético ou ambos) é ainda desconhecido.
Foram notificados casos de rabdomiólise (incluindo alguns casos fatais) em doentes
medicados com esta associação. A administração concomitante desta associação
pode originar o aumento das concentrações plasmáticas de ambos os fármacos. Se
for necessário o tratamento com ácido fusídico, o tratamento com sinvastatina
deverá ser suspenso durante o período de duração do tratamento com ácido fusídico.
Ver também a secção 4.4.
Amiodarona
O risco de miopatia e rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante
de amiodarona com sinvastatina (ver secção 4.4). Num ensaio clínico, foi notificada
miopatia
doentes
tomar
sinvastatina
amiodarona.
Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder 20 mg por dia em
doentes a tomar concomitantemente amiodarona.
Bloqueadores dos canais de cálcio
Verapamilo
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
O risco de miopatia e rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante
de verapamilo com 40 mg ou 80 mg de sinvastatina (ver secção 4.4). Num estudo
farmacocinético, a administração concomitante de sinvastatina com verapamilo
resultou num aumento de 2,3 vezes da exposição à forma ácida da sinvastatina,
possivelmente devido, em parte, à inibição do CYP3A4. Consequentemente, a dose
sinvastatina
não
deve
exceder
20 mg
doentes
tomar
concomitantemente verapamilo.
Diltiazem
O risco de miopatia e rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante
diltiazem
sinvastatina
(ver
secção 4.4).
estudo
farmacocinético, a administração concomitante de diltiazem com sinvastatina causou
um aumento de 2,7 vezes na exposição à forma ácida de sinvastatina, possivelmente
devido à inibição do CYP3A4. Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve
exceder 20 mg por dia em doentes a tomar concomitantemente diltiazem.
Amlodipina
Os doentes tratados com amlodipina concomitantemente com sinvastatina têm um
risco
aumentado
miopatia.
estudo
farmacocinético,
administração
concomitante de amlodipina com sinvastatina causou um aumento de 1,6 vezes na
exposição à forma ácida de sinvastatina. Consequentemente, a dose de sinvastatina
não
deve
exceder
20 mg
doentes
tomar
concomitantemente
amlodipina.
Lomitapida
risco
miopatia
rabdomiólise
pode
aumentado
pela
administração
concomitante de lomitapida com sinvastatina (ver secções 4.3 e 4.4). Assim, em
doentes com HFHo, a dose de sinvastatina não pode exceder 40 mg por dia em
doentes a receber terapêutica concomitante com lomitapida.
Inibidores moderados do CYP3A4
Os doentes que tomam outros medicamentos com efeito inibitório moderado no
CYP3A4 concomitantemente com sinvastatina, particularmente com altas doses de
sinvastatina, podem ter um risco aumentado de miopatia (ver secção 4.4).
Inibidores da proteína transportadora OATP1B1
A sinvastatina na sua forma ácida é um substrato da proteína transportadora
OATP1B1. A administração concomitante de medicamentos que são inibidores da
proteína
transportadora
OATP1B1
pode
levar
concentrações
plasmáticas
aumentadas da forma ácida da sinvastatina e a um risco aumentado de miopatia
(ver secções 4.3 e 4.4).
Inibidores da Proteína Resistente ao Cancro da Mama (BCRP)
A administração concomitante de medicamentos inibidores da BCRP, incluindo
medicamentos que contenham elbasvir ou grazoprevir, pode levar ao aumento das
concentrações plasmáticas de sinvastatina e a risco aumentado de miopatia (ver
secções 4.2 e 4.4).
Niacina (ácido nicotínico)
Casos
raros
miopatia/rabdomiólise
têm
sido
associados
administração
concomitante de sinvastatina com doses modificadoras de lípidos (≥ 1g/dia) de
niacina
(ácido
nicotínico).
estudo
farmacocinético,
administração
APROVADO EM
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INFARMED
concomitante de uma dose única de 2 g de ácido nicotínico de libertação prolongada
com 20 mg de sinvastatina resultou num aumento moderado da AUC da sinvastatina
e da sua forma ácida assim como na Cmax das concentrações plasmáticas da forma
ácida de sinvastatina.
Sumo de toranja
O sumo de toranja inibe o citocromo P450 3A4. A ingestão concomitante de grandes
quantidades (mais de 1 litro por dia) de sumo de toranja e sinvastatina resultou num
aumento de 7 vezes na exposição à forma ácida da sinvastatina. A ingestão de 240
ml de sumo de toranja de manhã e de sinvastatina à noite, resultou também num
aumento de 1,9 vezes. Logo, deve ser evitada a ingestão de sumo de toranja
durante o tratamento com sinvastatina.
Colquicina
Existem notificações de miopatia e rabdomiólise com a administração concomitante
de colquicina e sinvastatina, em doentes com compromisso renal. É recomendada a
monitorização clínica diligente dos doentes que tomem esta associação.
Rifampicina
Sendo a rifampicina um potente indutor do CYP3A4, os doentes a fazer terapêutica
prolongada com rifampicina (p. ex: tratamento da tuberculose) podem apresentar
perda de eficácia da sinvastatina. Num estudo farmacocinético em voluntários
saudáveis, a área sob a curva da concentração plasmática (AUC) para a forma ácida
de sinvastatina diminuiu em cerca de 93% com a administração concomitante de
rifampicina.
Efeitos da sinvastatina na farmacocinética de outros medicamentos
A sinvastatina não tem um efeito inibidor no citocromo P450 3A4. Logo, não se
espera que a sinvastatina afete as concentrações plasmáticas de outras substâncias
metabolizadas pelo citocromo P450 3A4.
Anticoagulantes orais
Em dois estudos clínicos, um realizado em voluntários saudáveis e o outro em
doentes
hipercolesterolémicos,
20-40
mg/dia
sinvastatina,
potenciaram
ligeiramente o efeito dos anticoagulantes cumarínicos: o tempo de protrombina
registado como Quociente Normalizado Internacional (INR) aumentou de um valor
inicial de 1,7 para 1,8 no estudo efetuado em voluntários e de 2,6 para 3,4 no
estudo efetuado nos doentes. Foram notificados casos muito raros de aumento do
INR. Nos doentes a tomar anticoagulantes cumarínicos, o tempo de protrombina
deverá
determinado
antes
iniciar
sinvastatina,
frequência
necessária durante a fase inicial do tratamento, para assegurar que não ocorrerá
alteração significativa no tempo de protrombina. Assim que se registar um tempo de
protrombina
estável,
este
poderá
monitorizado
intervalos
geralmente
recomendados para doentes que tomam anticoagulantes cumarínicos. Caso se altere
a dose ou se interrompa o tratamento com sinvastatina, dever-se-á repetir o mesmo
procedimento. A terapêutica com sinvastatina não foi associada a hemorragias ou a
alterações do tempo de protrombina em doentes que não tomam anticoagulantes.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
Sinvastatina Quimedical está contraindicado durante a gravidez (ver secção 4.3).
Não foi estabelecida a segurança em mulheres grávidas. Não foram efetuados
ensaios
clínicos
controlados
sinvastatina
mulheres
grávidas.
Foram
recebidas notificações raras de anomalias congénitas após exposição intrauterina a
inibidores da redutase da HMG-CoA. Contudo, numa análise de aproximadamente
200 gestações, seguidas prospetivamente, expostas durante o primeiro trimestre a
sinvastatina ou a outro fármaco estreitamente relacionado com um inibidor da
redutase da HMG-CoA, a incidência de anomalias congénitas foi comparável à
observada na população em geral. Este número de gestações foi estatisticamente
suficiente para excluir um aumento igual ou superior a 2,5 vezes de anomalias
congénitas em relação à incidência de base.
Apesar de não haver evidência de que a incidência de anomalias congénitas nos
recém-nascidos de doentes a tomar sinvastatina ou outro fármaco estreitamente
relacionado com um inibidor da redutase da HMG-CoA difira da observada na
população em geral, o tratamento materno com sinvastatina pode reduzir os níveis
fetais
mevalonato,
precursor
biossíntese
colesterol.
aterosclerose é um processo crónico e uma suspensão episódica dos fármacos
hipolipemiantes durante a gravidez deverá ter muito pouco impacto no risco a longo
prazo associado a hipercolesterolemia primária. Por estas razões, Sinvastatina
Quimedical não deve ser usado em mulheres grávidas, a tentar engravidar ou com
suspeita de estarem grávidas. O tratamento com sinvastatina deve ser suspenso
durante o período da gravidez ou até que se determine que a mulher não está
grávida. (Ver secções 4.3 e 5.3).
Amamentação
Não se sabe se a sinvastatina, ou algum dos seus metabolitos, são excretados no
leite humano. Uma vez que muitos medicamentos são excretados no leite humano, e
devido
potencial
reações
adversas
graves,
mulheres
tomam
Sinvastatina Quimedical não deverão amamentar os seus filhos (ver secção 4.3).
Fertilidade
Não há dados de ensaios clínicos disponíveis sobre os efeitos de sinvastatina na
fertilidade humana. Sinvastatina não teve efeitos sobre a fertilidade de ratos fêmea e
macho (ver secção 5.3).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de Sinvastatina Quimedical sobre a capacidade de conduzir e utilizar
máquinas são nulos ou desprezáveis. No entanto, durante a condução e utilização de
máquinas, deve ser tomado em consideração que foram relatadas raramente
tonturas na experiência pós-comercialização.
4.8 Efeitos indesejáveis
As frequências das seguintes reações adversas, que foram notificadas durante os
estudos clínicos e/ou em fase pós-comercialização, são classificados com base numa
avaliação das suas taxas de incidência em ensaios clínicos de grande dimensão, a
longo
prazo,
controlados
placebo,
incluem
estudos
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
respetivamente com 20.536 e 4.444 doentes (ver secção 5.1). Para o HPS, apenas
foram registados eventos adversos graves assim como mialgia, aumentos das
transaminases séricas e da CK. Para o 4S, foram registados todos os eventos
adversos abaixo mencionados. Se as taxas de incidência sobre a sinvastatina foram
menores ou semelhantes às do placebo nestes ensaios, e se houve eventos
semelhantes com razoável nexo de causalidade notificados espontaneamente, estes
eventos adversos são classificados como “raros”.
No estudo HPS (ver secção 5.1), que envolveu 20.536 tratados com 40 mg/dia de
sinvastatina (n = 10.269) ou com placebo (n = 10.267), os perfis de segurança
foram comparáveis entre doentes tratados com 40 mg de sinvastatina e doentes
tratados
placebo
durante
anos
duração
média
estudo.
percentagens de interrupção devidas a efeitos indesejáveis foram comparáveis (4,8
% nos doentes tratados com 40 mg de sinvastatina, em comparação com 5,1 % nos
doentes que receberam placebo). A incidência de miopatia foi < 0,1 % em doentes
tratados com 40 mg de sinvastatina. O aumento das transaminases (> 3 x LSN,
confirmada por repetição do teste) ocorreu em 0,21 % (n = 21) dos doentes
tratados com 40 mg de sinvastatina, em comparação com 0,09 % (n = 9) dos
doentes que receberam placebo.
As frequências das reações adversas são classificadas do seguinte modo: Muito
frequentes (> 1/10), Frequentes (≥ 1/100, < 1/10), Pouco frequentes (≥ 1/1.000, <
1/100), Raros (≥ 1/10.000, < 1/1.000), Muito raros (< 1/10.000), desconhecido
(não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis).
Doenças do sangue e do sistema linfático:
Raros: anemia
Doenças do foro psiquiátrico:
Muito raros: insónia
Desconhecido: depressão
Doenças do sistema nervoso:
Raros: cefaleias, parestesias, tonturas, neuropatia periférica
Muito raros: defeito de memória
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino:
Desconhecido: doença pulmonar intersticial (ver secção 4.4)
Doenças gastrointestinais:
Raros: obstipação, dor abdominal, flatulência, dispepsia, diarreia, náuseas, vómitos,
pancreatite
Afeções hepatobiliares:
Raros: hepatite/icterícia
Muito raros: insuficiência hepática fatal e não fatal
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Raros: erupção cutânea, prurido, alopecia
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos:
APROVADO EM
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INFARMED
Raros: miopatia* (incluindo miosite), rabdomiólise com ou sem insuficiência renal
aguda (ver secção 4.4), mialgia, cãibras musculares
*Num ensaio clínico, a miopatia ocorreu frequentemente em doentes tratados com
sinvastatina 80 mg/dia quando comparado com doentes tratados com 20 mg/dia
(1,0% vs. 0,02%, respetivamente) (ver secções 4.4 e 4.5).
Desconhecido: tendinopatia, por vezes complicada por rutura; miopatia necrosante
imunomediada (IMNM)**
** Foram notificados casos muito raros de uma miopatia necrosante imunomediada
(IMNM - imune-mediated necrotizing myopathy), uma miopatia autoimune, durante
ou após o tratamento com algumas estatinas. A IMNM caracteriza-se por: fraqueza
muscular proximal e elevação da creatinaquinase sérica, que persistem apesar da
interrupção
tratamento
estatinas;
biópsia
muscular
demonstrativa
miopatia
necrosante
inflamação
significativa;
melhoria
fármacos
imunossupressores (ver secção 4.4).
Doenças dos órgãos genitais e da mama:
Desconhecido: disfunção eréctil
Perturbações gerais e alterações no local de administração:
Raros: astenia
Registou-se, raramente, uma aparente síndrome de hipersensibilidade que incluiu
algumas
seguintes
manifestações:
angiedema,
síndrome
tipo
lúpus,
polimialgia
reumática,
dermatomiosite,
vasculite,
trombocitopenia,
eosinofilia,
velocidade
sedimentação
aumentada,
artrite
artralgia,
urticária,
fotossensibilidade, febre, afrontamento, dispneia e mal-estar geral.
Exames complementares de diagnóstico:
Raros: aumentos das transaminases séricas (ALT, AST, γ-glutamil transpeptidase)
(ver secção 4.4 Efeitos hepáticos), aumento da fosfatase alcalina; aumento dos
níveis séricos de CK (ver secção 4.4).
Foram notificados aumentos nos valores de HbA1c e na glicemia em jejum com
estatinas, incluindo a sinvastatina.
Foram notificados, na pós-comercialização, casos raros de insuficiência cognitiva (p.
ex., perda de memória, esquecimento, amnésia, defeito de memória, confusão)
associados à utilização de estatinas. Estes efeitos cognitivos foram notificados em
todas as estatinas, incluindo a sinvastatina. As notificações são geralmente não
graves e reversíveis após a interrupção da estatina, com tempos variáveis de
aparecimento de sintomas (de 1 dia a anos) e resolução dos sintomas (média de 3
semanas).
Adicionalmente,
foram
notificados
os seguintes
efeitos
adversos
algumas
estatinas:
Distúrbios do sono, incluindo pesadelos
Disfunção sexual
Diabetes mellitus: a frequência irá depender da presença ou ausência de fatores de
risco (glicemia em jejum ≥ 5,6 mmol/l [100,8 mg/dl], IMC > 30 kg/m2, triglicéridos
aumentados, antecedentes de hipertensão).
População pediátrica
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
Num estudo de 48 semanas envolvendo crianças e adolescentes entre os 10-17 anos
de idade (rapazes no estadio Tanner II ou superior e raparigas pelo menos com um
ano pós-menarca) com hipercolesterolemia familiar heterozigótica (n = 175), o perfil
de segurança e tolerabilidade do grupo tratado com sinvastatina foi em geral
semelhante ao do grupo que recebeu placebo. Os efeitos a longo prazo na maturação
física, intelectual
sexual
são
desconhecidos.
Não
existem
dados
disponíveis
suficientes após um ano de tratamento. (Ver secções 4.2, 4.4 e 5.1).
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED I.P.
INFARMED,
I.P.
Direção
Gestão
Risco
Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha
Medicamento:
800222444
(gratuita)
Fax:
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Até à data, foram notificados alguns casos de sobredosagem; a dose máxima
tomada foi de 3,6 g. Todos os doentes recuperaram sem sequelas. Não existe
tratamento específico em caso de sobredosagem. Neste caso, dever-se-ão adotar
medidas genéricas sintomáticas e de suporte.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 3.7- Aparelho Cardiovascular. Antidislipidémicos. Inibidor
da redutase da HMG-CoA
Código ATC: C10A A01
Mecanismo de ação
Após a administração oral, a sinvastatina, uma lactona inativa, é hidrolisada no
fígado na forma do beta-hidroxiácido ativo correspondente, que tem uma atividade
significativa
inibição
redutase
HMG-CoA
(redutase
3-hidroxi
metilglutaril-CoA). Esta enzima catalisa a conversão de HMG-CoA em mevalonato,
um passo inicial e limitante da velocidade de biossíntese do colesterol.
A sinvastatina demonstrou reduzir as concentrações normais ou elevadas de C-LDL.
As LDL são formadas por proteínas de muito baixa densidade (VLDL) e são
catabolizadas predominantemente pelo recetor de elevada afinidade das LDL. O
mecanismo de redução das LDL pela sinvastatina pode envolver a diminuição da
concentração do colesterol das VLDL (VLDL-C) e a indução do recetor das LDL,
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
conduzindo a uma diminuição da produção e ao aumento do catabolismo do C-LDL. A
apolipoproteína B também diminui substancialmente durante o tratamento com
sinvastatina. Além disso, a sinvastatina aumenta moderadamente o C-LDL e reduz os
TG plasmáticos. Como resultado destas alterações, os rácios de C- total/C-HDL e de
C-LDL/C-HDL estão reduzidos.
Eficácia e segurança clínicas
Risco Elevado de Doença Cardíaca Coronária (DCC) ou Doença Cardíaca Coronária
existente
No estudo HPS (Heart Protection Study), os efeitos da terapêutica com sinvastatina
foram avaliados em 20.536 doentes (entre 40 e 80 anos de idade), com ou sem
hiperlipidemia e com doença cardíaca coronária, outra doença arterial oclusiva ou
diabetes mellitus. Neste estudo, 10.269 doentes foram tratados com 40 mg/dia de
sinvastatina e 10.267 doentes receberam placebo durante um período médio de 5
anos. No início do estudo, 6.793 doentes (33 %) apresentavam níveis de C-LDL
inferiores a 116 mg/dl; 5.063 doentes (25 %) apresentavam valores entre 116
mg/dl e 135 mg/dl; e 8.680 doentes (42 %) apresentavam valores superiores a 135
mg/dl.
O tratamento com 40 mg/dia de sinvastatina, em comparação com o placebo,
reduziu significativamente o risco de mortalidade por todas as causas (1328 [12,9
%] para os doentes tratados com sinvastatina versus 1507 [14,7 %] para os doentes
que receberam placebo; p = 0,0003) devido a uma diminuição de 18 % da taxa de
morte por doença cardíaca coronária (587 [5,7 %] versus 707 [6,9 %]; p = 0,0005;
redução do risco absoluto de 1,2 %). A redução das mortes por causas não-
vasculares não foi estatisticamente significativa. A sinvastatina reduziu também em
cerca de 27 % (p < 0,0001) o risco de acontecimentos coronários major (engloba o
parâmetro de avaliação final composto por enfarte do miocárdio não fatal ou morte
por doença cardíaca coronária). A sinvastatina reduziu em cerca de 30 % (p <
0,0001) a necessidade de procedimentos de revascularização coronária (incluindo
bypass das artérias coronárias e angioplastia coronária transluminosa percutânea) e
em 16 % (p = 0,006) os procedimentos de revascularização periféricos e outros não
coronários. A sinvastatina reduziu em cerca de 25 % (p < 0,0001) o risco de AVC,
atribuível a uma redução de 30 % do AVC isquémico (p < 0,0001). Além disso, no
subgrupo de doentes com diabetes, sinvastatina reduziu em cerca de 21 % (p =
0,0293) o risco de desenvolvimento de complicações macrovasculares, incluindo
procedimentos de revascularização periférica (cirurgia ou angioplastia), amputações
dos membros inferiores, ou úlceras da perna. A redução proporcional da taxa de
acontecimentos foi semelhante em cada subgrupo de doentes estudados, incluindo
os que não tinham doença coronária mas que tinham doença vascular cerebral ou
arterial periférica, em homens e mulheres com menos ou mais de 70 anos à data de
entrada no estudo, com presença ou ausência de hipertensão, e de salientar, nos
que tinham níveis iniciais de colesterol das LDL inferiores a 3,0 mmol/l.
No estudo 4S (Scandinavian Simvastatin Survival Study) avaliou-se o efeito, na
mortalidade total, da terapêutica com sinvastatina em 4.444 doentes com doença
cardíaca coronária e com um colesterol total basal de 212-309 mg/dl (5,5-8 mmol/l).
Neste
estudo
multicêntrico,
distribuição
aleatória,
dupla
ocultação
controlado por placebo, os doentes com angina ou enfarte do miocárdio (EM) prévio
foram tratados com dieta, com o tratamento habitual e com 20-40 mg/dia de
sinvastatina (n = 2.221) ou com placebo (n = 2.223) durante um tempo médio de
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
5,4 anos reduziu o risco de morte em 30 % (redução do risco absoluto de 3,3 %). O
risco de morte por doença cardíaca coronária foi reduzido em 42 % (redução do risco
absoluto de 3,5 %). A sinvastatina reduziu também em 34 % o risco de ocorrência
de acontecimentos coronários major (morte por doença coronária com EM silencioso
não
fatal
confirmado
hospital).
Além
disso,
sinvastatina
reduziu
significativamente o risco de acontecimentos cerebrovasculares fatais e não fatais
(acidente vascular cerebral e acidente isquémico transitório) em 28 %. Em relação à
mortalidade não cardiovascular, não houve diferença estatisticamente significativa
entre os grupos.
Study
Effectiveness
Additional
Reductions
Cholesterol
Homocysteine (SEARCH) avaliou o efeito do tratamento com sinvastatina 80 mg
versus 20 mg (acompanhamento mediano de 6,7 anos) relativamente aos Eventos
Vasculares Major (EVM; definidos como Doença Cardíaca Coronária fatal, Enfarte do
Miocárdio não-fatal, procedimento de revascularização coronário, acidente vascular
cerebral fatal ou não-fatal ou procedimento de revascularização periférico) em
12.064 doentes com antecedentes de enfarte de miocárdio. Não houve diferença
significativa na incidência de eventos vasculares major entre os dois grupos;
sinvastatina 20 mg (n=1553; 25,7%) vs. sinvastatina 80 mg (n=1477; 24,5%); RR
0,94; IC 95%: 0,88 a 1,01. A diferença absoluta no C-LDL entre os dois grupos
durante o decurso do estudo foi de 0,35 ±0,01 mmol/l. Os perfis de segurança foram
idênticos entre os dois grupos de tratamento exceto a incidência de miopatia que foi
de cerca de 1,0% para os doentes a tomar sinvastatina 80 mg em comparação com
0,02% nos doentes a tomar sinvastatina 20 mg. Aproximadamente metade destes
casos de miopatia ocorreu durante o primeiro ano do tratamento. A incidência da
miopatia durante cada ano de tratamento subsequente foi de aproximadamente
0,1%.
Hipercolesterolemia Primária e Hiperlipidemia Mista
Em estudos que compararam a eficácia e a segurança de 10, 20, 40 e 80 mg
sinvastatina diários em doentes com hipercolesterolemia, as reduções médias do C-
LDC foram, respetivamente, de 30, 38, 41 e 47 %. Nos estudos realizados em
doentes com hiperlipidemia mista a tomar 40 mg e 80 mg de sinvastatina, as
reduções médias nos triglicéridos foram, respetivamente, de 28 e 33 % (placebo: 2
%) e os aumentos médios do C-HDL foram, respetivamente, de 13 e 16 % (placebo:
3 %).
População pediátrica
Num estudo controlado com placebo, em dupla ocultação, 175 doentes (99 rapazes
em estadio Tanner II e superior e 76 raparigas com pelo menos um ano pós-
menarca),
anos
idade
(idade
média
14,1
anos)
hipercolesterolemia familiar heterozigótica (HFHe), foram distribuídos aleatoriamente
para braços de tratamento com sinvastatina ou placebo durante 24 semanas (estudo
basal). A inclusão no estudo teve como critérios um valor inicial de C-LDL entre 160
e 400 mg/dl e pelo menos um familiar com o nível de C-LDL > 189 mg/dl. A
posologia de sinvastatina (uma vez por dia à noite) foi de 10 mg durante as
primeiras 8 semanas, 20 mg nas 8 semanas seguintes e 40 mg a partir daí. Numa
extensão do estudo de 24 semanas, 144 doentes foram selecionados a continuar a
terapêutica e receberem sinvastatina 40 mg ou placebo.
A sinvastatina reduziu significativamente os níveis plasmáticos de C-LDL, TG e Apo
B. Os resultados obtidos na extensão às 48 semanas foram comparáveis aos
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
observados no estudo basal. Após 24 semanas de tratamento, o valor médio atingido
de C-LDL foi de 124,9 mg/dl (intervalo: 64,0-289,0 mg/dl) no grupo de sinvastatina
> 40 mg comparado com 207,8 mg/dl (intervalo: 128,0-334,0 mg/dl) no grupo
placebo.
Após 24 semanas de tratamento com sinvastatina (com doses crescentes desde 10,
20 até 40 mg diários em intervalos de 8 semanas), a sinvastatina diminuiu a média
de C-LDL em 36,8% (placebo: 1,1 % de aumento sobre o valor inicial), Apo B em
32,4 % (placebo: 0,5 %) e os níveis médios de TG em 7,9 % (placebo: 3,2 %) e
aumentou os níveis médios de C-HDL em 8,3 % (placebo: 3,6 %). Não são
conhecidos os benefícios a longo prazo de sinvastatina em eventos cardiovasculares
em crianças com HFHe.
A segurança e eficácia de doses superiores a 40 mg por dia não foram estudadas em
crianças com hipercolesterolemia familiar heterozigótica. A eficácia a longo prazo da
terapêutica com sinvastatina desde a infância para a redução da morbilidade e
mortalidade na idade adulta não foi estabelecida.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A sinvastatina é uma lactona inativa que é rapidamente hidrolisada in vivo no
correspondente beta-hidroxiácido, que é um potente inibidor da redutase da HMG-
CoA. A hidrólise ocorre principalmente no fígado; a hidrólise no plasma humano é
muito baixa.
As propriedades farmacocinéticas foram avaliadas em adultos. Não estão disponíveis
dados farmacocinéticos em crianças e adolescentes.
Absorção
No ser humano, a sinvastatina é bem absorvida e sofre uma considerável extração
de primeira passagem hepática. A extração no fígado depende do fluxo sanguíneo
hepático. O fígado é o principal local de ação da forma ativa. A disponibilização do
beta-hidroxiácido para a circulação sistémica após a administração de uma dose oral
de sinvastatina foi inferior a 5 % da dose. A concentração plasmática máxima dos
inibidores ativos é atingida aproximadamente 1-2 horas após a administração da
sinvastatina. A ingestão concomitante de alimentos não afeta a absorção.
A farmacocinética das doses únicas e múltiplas de sinvastatina revelou que não
ocorreu acumulação do medicamento após a administração de doses múltiplas.
Distribuição
A ligação da sinvastatina e do seu metabolito ativo às proteínas é > 95 %.
Eliminação
A sinvastatina é um substrato do CYP3A4 (ver secções 4.3 e 4.5). Os principais
metabolitos da sinvastatina presentes no plasma humano são o beta-hidroxiácido e
quatro metabolitos ativos adicionais. Após a administração oral de uma dose de
sinvastatina radioativa ao ser humano, 13 % da radioatividade foi excretada na urina
e 60 % nas fezes, no período de 96 horas. A quantidade recuperada nas fezes
representa os equivalentes de medicamento absorvido e excretado na bílis, assim
como medicamento não absorvido. Após uma injeção intravenosa do metabolito
beta-hidroxiácido, a sua semivida média foi de 1,9 horas. Na urina, foi excretada
uma média de apenas 0,3 % da dose IV, como inibidores.
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
A sinvastatina na sua forma ácida é absorvida ativamente para os hepatócitos pelo
transportador OATP1B1.
A sinvastatina é um substrato do transportador de efluxo da BCRP.
Populações Especiais
Polimorfismo SLCO1B1
Portadores do alelo c.521T > C do gene SLCO1B1 têm menor atividade da proteína
OATP1B1. A exposição média (AUC) do principal metabolito ativo, sinvastatina na
sua forma ácida, é de 120% em portadores heterozigóticos (CT) do alelo C e 221%
em portadores homozigóticos (CC) do alelo C em comparação com os doentes com o
genótipo mais comum (TT). O alelo C tem uma frequência de 18% na população
europeia. Em doentes com o polimorfismo SLCO1B1 existe o risco de uma exposição
aumentada à forma ácida da sinvastatina, o que pode levar a um aumento do risco
de rabdomiólise (ver secção 4.4).
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Segundo
estudos
convencionais
realizados
animais
relativamente
farmacodinamia, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade e carcinogenicidade,
não existem outros riscos para o doente para além daqueles esperados tendo em
consideração o mecanismo farmacológico. Nas doses máximas toleradas no rato e no
coelho, a sinvastatina não produziu malformações fetais e não teve efeitos na
fertilidade, na função reprodutora ou no desenvolvimento neonatal.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo do comprimido:
Lactose mono-hidratada
Butil-hidroxianisol (E320)
Ácido ascórbico
Ácido cítrico mono-hidratado
Celulose microcristalina
Amido pré-gelificado (1500)
Estearato de magnésio
Revestimento dos comprimidos de 10 mg:
Hipromelose
Hidroxipropilcelulose
Dióxido de titânio (E171)
Talco
Óxido de ferro vermelho (E172)
Óxido de ferro amarelo (E172)
Revestimento dos comprimidos de 20 mg:
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
Hipromelose
Hidroxipropilcelulose
Dióxido de titânio (E171)
Talco
Óxido de ferro amarelo (E172)
Revestimento dos comprimidos de 40 mg:
Hipromelose
Hidroxipropilcelulose
Dióxido de titânio (E171)
Talco
Óxido de ferro vermelho (E172)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
2 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 25°C.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de PVC/PVDC-Alu em embalagens de 20, 30, 60 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo
com as exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Quimedical - Produtos Farmacêuticos, Lda.
Estrada Nacional 117-2 - Edifícios Azevedos - Alfragide
2724-503 Amadora
8. NÚMERO (S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Sinvastatina Quimedical 10 mg comprimidos revestidos por película:
N.º de registo: 5427356 – 20 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blister
APROVADO EM
16-03-2018
INFARMED
PVC/PVDC-Alu
N.º de registo: 5427364 – 60 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blister
PVC/PVDC-Alu
Sinvastatina Quimedical 20 mg comprimidos revestidos por película:
N.º de registo: 5427372 – 20 comprimidos revestidos por película, 20 mg, blister
PVC/PVDC-Alu
N.º de registo: 5427406 – 30 comprimidos revestidos por película, 20 mg, blister
PVC/PVDC-Alu
N.º de registo: 5427414 – 60 comprimidos revestidos por película, 20 mg, blister
PVC/PVDC-Alu
Sinvastatina Quimedical 40 mg comprimidos revestidos por película:
N.º de registo: 5427422 – 20 comprimidos revestidos por película, 40 mg, blister
PVC/PVDC-Alu
N.º de registo: 5427430 – 60 comprimidos revestidos por película, 40 mg, blister
PVC/PVDC-Alu
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 30 de novembro de 2011
Data da última renovação: 04 de agosto de 2017
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO