Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
13-04-2018
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APROVADO EM
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INFARMED
Folheto informativo: Informação para o doente
Sinvastatina Lipaz 10 mg Comprimidos revestidos por película
Sinvastatina Lipaz 20 mg Comprimidos revestidos por película
Sinvastatina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois contém
informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Sinvastatina Lipaz e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Sinvastatina Lipaz
3. Como tomar Sinvastatina Lipaz
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Sinvastatina Lipaz
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Sinvastatina Lipaz e para que é utilizado
Sinvastatina Lipaz contém a substância ativa sinvastatina. Sinvastatina Lipaz é um
medicamento utilizado para baixar os valores de colesterol total, colesterol “mau” (colesterol
das LDL), e substâncias gordas chamadas triglicéridos no sangue. Adicionalmente, o
Sinvastatina Lipaz aumenta os valores de colesterol “bom” (colesterol das HDL). Sinvastatina
Lipaz é um membro de uma classe de medicamentos denominada estatinas.
O colesterol é uma das várias substâncias gordas encontradas na corrente sanguínea. O seu
colesterol total é constituído principalmente pelo colesterol das LDL e HDL.
O colesterol das LDL é frequentemente chamado de colesterol “mau” porque se pode acumular
nas paredes das suas artérias formando placas. Eventualmente esta formação de placas pode
levar a um estreitamento das artérias. Este estreitamento pode diminuir ou bloquear o fluxo de
sangue para órgãos vitais tais como o coração e o cérebro. Este bloqueio de fluxo de sangue
pode resultar num ataque cardíaco ou num acidente vascular cerebral (AVC).
O colesterol das HDL é frequentemente chamado de colesterol “bom” porque ajuda a que o
colesterol “mau” não se acumule nas artérias e protege contra doenças cardíacas.
Os triglicéridos são outra forma de gordura no seu sangue que pode aumentar o risco de doença
cardíaca.
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Enquanto estiver a tomar este medicamento, deve manter uma dieta recomendada para redução
de colesterol.
Sinvastatina Lipaz é indicado, adicionalmente à dieta para redução de colesterol, se tiver:
um valor aumentado de colesterol no sangue (hipercolesterolemia primária) ou valores
elevados de gordura no sangue (hiperlipidemia mista)
uma doença hereditária (hipercolesterolemia familiar homozigótica) responsável pelo aumento
do valor do colesterol no sangue. Pode também receber outros tratamentos.
doença cardíaca coronária ou em risco de a desenvolver (caso tenha diabetes, historial de
acidente vascular cerebral, ou outra doença dos vasos sanguíneos). Sinvastatina Lipaz pode
prolongar a sua vida através da redução do risco de problemas cardíacos, independentemente
do nível de colesterol no seu sangue.
A maioria das pessoas não tem sintomas imediatos de colesterol elevado. O seu médico poderá
determinar o seu nível de colesterol através de uma simples análise ao sangue. Mantenha as
consultas regulares com o seu médico, para que ele possa indicar-lhe a melhor maneira de
controlar o seu colesterol.
2. O que precisa de saber antes de tomar Sinvastatina Lipaz
Não tome Sinvastatina Lipaz:
se tem alergia (hipersensibilidade) à sinvastatina ou a qualquer outro componente deste
medicamento (indicados na secção 6: Conteúdo da embalagem e outras informações)
se lhe foi diagnosticada uma doença de fígado
se está grávida ou a amamentar
se está a tomar medicamentos com uma ou mais das seguintes substâncias ativas:
- itraconazol, cetoconazol, posaconazol ou voriconazol (utilizados para tratar infeções fúngicas)
- eritromicina, claritromicina ou telitromicina (utilizados para tratar infeções)
- inibidores da protease do VIH, tais como indinavir, nelfinavir, ritonavir e saquinavir (
inibidores da protease do VIH utilizados para tratar as infeções por VIH)
- boceprevir ou telaprevir (utilizados para tratar infeções pelo vírus da hepatite C)
- nefazodona (utilizado para tratar a depressão)
- cobicistato
- gemfibrozil (utilizado para baixar o colesterol)
- ciclosporina (utilizado em doentes submetidos a transplante de órgãos)
- danazol (uma hormona sintética usada para tratar a endometriose, uma situação na qual o
revestimento do útero cresce fora do útero).
se está a tomar ou tiver tomado, nos últimos 7 dias, um medicamento chamado ácido fusídico
(medicamento para infeção bacteriana) por via oral ou por injeção. A associação de ácido
fusídico e Sinvastatina Lipaz pode levar a problemas musculares graves (rabdomiólise).
Não tome mais de 40 mg de Sinvastatina Lipaz se estiver a tomar lomitapida (utilizado para
tratar uma doença genética grave e rara relacionada com o colesterol).
Pergunte ao seu médico se não tem a certeza se o seu medicamento está referido na lista
anterior.
Advertências e precauções
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Informe o seu médico:
sobre todos os seus problemas de saúde, incluindo alergias.
se bebe grandes quantidades de bebidas alcoólicas.
se já teve alguma doença de fígado. Sinvastatina Lipaz pode não ser indicado para si.
se for fazer uma operação cirúrgica. Pode necessitar de parar de tomar os comprimidos de
Sinvastatina Lipaz por um curto período de tempo.
se for de origem asiática, uma vez que se pode aplicar a si uma posologia diferente.
Antes de iniciar o tratamento com Sinvastatina Lipaz, e se tiver quaisquer sintomas de
problemas de fígado enquanto estiver a tomar Sinvastatina Lipaz , o seu médico deve fazer
análises ao seu sangue para verificar se o seu fígado está a funcionar adequadamente.
O seu médico pode também requisitar análises ao sangue para verificar como está a funcionar o
seu fígado após ter iniciado o tratamento com Sinvastatina Lipaz.
Enquanto estiver a tomar este medicamento o seu médico irá acompanhá-lo de perto se tem
diabetes ou está em risco de vir a ter diabetes. Estará em risco de vir a ter diabetes se tem níveis
elevados de açúcar e gorduras no sangue, excesso de peso ou pressão arterial elevada.
Informe o seu médico se tiver uma doença pulmonar grave.
Consulte o seu médico imediatamente se sentir dor, sensibilidade ou fraqueza musculares.
Isto deve-se ao facto de em raras situações, os problemas musculares poderem ser graves,
incluindo destruição muscular (rabdomiólise) que resulta em lesões nos rins; e em muito raras
situações ocorreram mortes.
Há maior risco de destruição muscular com as doses mais elevadas de Sinvastatina Lipaz,
particularmente com a dose de 80 mg. O risco de destruição muscular também é maior em
certos doentes. Informe o seu médico se alguma das seguintes situações se aplicar a si:
consome grandes quantidades de álcool
tem problemas nos rins
tem problemas na tiroide
tem 65 anos de idade ou mais
é do sexo feminino
alguma vez teve problemas musculares durante o tratamento com medicamentos para baixar o
colesterol chamados “estatinas” ou fibratos
tem, ou algum familiar próximo tem, um distúrbio muscular hereditário.
Informe igualmente o seu médico ou farmacêutico se sentir uma fraqueza muscular constante.
Podem ser necessários testes ou medicamentos adicionais para diagnosticar e tratar este
problema.
Crianças e adolescentes
A segurança e eficácia de Sinvastatina Lipaz foram estudadas em rapazes com idade entre os
10 e 17 anos e em raparigas que iniciaram o seu período menstrual (menstruação) pelo menos
um ano antes (ver secção 3: Como tomar Sinvastatina Lipaz). Sinvastatina Lipaz não foi
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estudado em crianças com idade inferior a 10 anos. Para mais informações, fale com o seu
médico.
Outros medicamentos e Sinvastatina Lipaz
Informe o seu médico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente ou se vier a tomar outros
medicamentos com algumas das seguintes substâncias ativas. Tomar Sinvastatina Lipaz com
qualquer um dos seguintes medicamentos poderá aumentar o risco de problemas musculares
(alguns destes foram já referidos na secção anterior “Não tome Sinvastatina Lipaz ):
se necessitar de tomar ácido fusídico por via oral para tratar uma infeção bacteriana, terá de
interromper temporariamente a utilização deste medicamento. O seu médico informá-lo-á
quando é seguro reiniciar a toma de Sinvastatina Lipaz. Tomar Sinvastatina Lipaz com ácido
fusídico pode levar raramente a fraqueza muscular, sensibilidade ou dor (rabdomiólise).
Consultar informação adicional sobre rabdomiólise na secção 4.
ciclosporina (frequentemente utilizado em doentes com transplante de órgãos)
danazol (uma hormona sintética usada para tratar a endometriose, uma situação na qual o
revestimento do útero cresce fora do útero)
medicamentos com uma substância ativa como o itraconazol, o cetoconazol, o fluconazol, o
posaconazol ou o voriconazol (utilizados para tratar infeções fúngicas)
fibratos com uma substância ativa como o gemfibrozil e bezafibrato (utilizados para baixar o
colesterol)
eritromicina, claritromicina ou telitromicina (utilizados para tratar infeções bacterianas)
inibidores da protease do VIH como o indinavir, nelfinavir, ritonavir e saquinavir (utilizados
para tratar a SIDA)
medicamentos antivirais para a hepatite C como boceprevir, telaprevir, elbasvir ou grazoprevir
(utilizados para tratar a infeção pelo vírus da hepatite C)
nefazodona (utilizado para tratar a depressão)
medicamentos com a substância ativa cobicistato
amiodarona (utilizada para tratar o batimento irregular do coração)
verapamilo, diltiazem ou amlodipina (utilizados para tratar a pressão arterial elevada, a angina
de peito ou outras doenças do coração)
lomitapida (utilizado para tratar uma condição genética grave e rara relacionada com o
colesterol)
colquicina (utilizada para tratar a gota).
Para além dos medicamentos acima indicados, informe o seu médico ou farmacêutico se estiver
a tomar ou tiver tomado recentemente quaisquer outros medicamentos, incluindo
medicamentos obtidos sem receita médica. Em particular, informe o seu médico se estiver a
tomar medicamentos com alguma das seguintes substâncias ativas:
medicamentos com uma substância ativa que previna os coágulos no sangue, como por
exemplo a varfarina, fenprocumona ou acenocumarol (anticoagulantes)
fenofibrato (também utilizado para baixar o colesterol)
niacina (também utilizado para baixar o colesterol)
rifampicina (utilizado para tratar a tuberculose).
Também deverá informar o médico que lhe prescreva um novo medicamento que está a tomar
Sinvastatina Lipaz.
Sinvastatina Lipaz com alimentos e bebidas
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O sumo de toranja contém um ou mais componentes que alteram o modo como o organismo
utiliza certos medicamentos, incluindo Sinvastatina Lipaz. O consumo de sumo de toranja
deverá ser evitado.
Gravidez e amamentação
Não tome Sinvastatina Lipaz se está grávida, planeia engravidar ou suspeita que está grávida.
Se engravidar durante o tratamento com Sinvastatina Lipaz, pare imediatamente o tratamento e
fale com o seu médico. Não tome Sinvastatina Lipaz se está a amamentar, uma vez que se
desconhece se o medicamento passa para o leite materno.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não se prevê que Sinvastatina Lipaz interfira com a sua capacidade de conduzir ou utilizar
máquinas.
No entanto, deve ser tomado em consideração que algumas pessoas sentem tonturas após
tomarem Sinvastatina Lipaz.
Sinvastatina Lipaz contém sinvastatina.
Sinvastatina Lipaz contém lactose mono-hidratada. Se foi informado pelo seu médico que tem
intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
Informe igualmente o seu médico ou farmacêutico se sentir uma fraqueza muscular constante.
Podem ser necessários testes ou medicamentos adicionais para diagnosticar e tratar este
problema.
3. Como tomar Sinvastatina Lipaz
O seu médico decidirá qual a dose apropriada para si, de acordo com a sua situação, o seu
tratamento atual e o seu risco individual.
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu médico
ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Enquanto estiver a tomar Sinvastatina Lipaz , deverá fazer uma dieta para reduzir o colesterol.
Posologia:
A dose recomendada é Sinvastatina Lipaz 20 mg ou 40 mg, tomado por via oral, uma vez por
dia.
Adultos:
A dose inicial habitual é de 10, 20 ou, em alguns casos, 40 mg por dia. O seu médico poderá
ajustar a sua dose após, no mínimo, 4 semanas, até um máximo de 80 mg por dia. Não tome
mais de 80 mg por dia.
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O seu médico poderá prescrever-lhe doses mais baixas, em particular se estiver a tomar alguns
dos medicamentos acima mencionados ou se tiver determinados problemas nos rins.
A dose de 80 mg é apenas recomendada em doentes adultos com níveis de colesterol muito
elevados e com elevado risco de complicações cardíacas, os quais não atingiram o objetivo de
colesterol com doses mais baixas.
Utilização em crianças e adolescentes:
Para crianças (10-17 anos de idade), a dose inicial recomendada é de 10 mg por dia à noite. A
dose máxima recomendada é de 40 mg por dia.
Modo de administração:
Tome Sinvastatina Lipaz à noite. Poderá tomá-lo com ou sem alimentos. Tome Sinvastatina
Lipaz até o seu médico mandar parar.
Se o seu médico lhe receitou Sinvastatina Lipaz juntamente com outro medicamento para
baixar o colesterol, o qual contenha um sequestrante dos ácidos biliares, deve tomar
Sinvastatina Lipaz pelo menos 2 horas antes, ou 4 horas depois de tomar o sequestrante dos
ácidos biliares.
Se tomar mais Sinvastatina Lipaz do que deveria
Por favor, contacte o seu médico ou farmacêutico.
Caso se tenha esquecido de tomar Sinvastatina Lipaz
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Volte a
tomar os comprimidos de Sinvastatina Lipaz dentro do horário previsto no dia seguinte.
Se parar de tomar Sinvastatina Lipaz
Fale com o seu médico ou farmacêutico porque o seu colesterol pode aumentar de novo.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou
farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, Sinvastatina Lipaz pode causar efeitos secundários, embora
estes não se manifestem em todas as pessoas.
É utilizada a seguinte terminologia para descrever a frequência com que os efeitos secundários
têm sido comunicados:
Raros (podem afetar até 1 em cada 1000 pessoas)
Muito raros (podem afetar até 1 em cada 10.000 pessoas)
Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
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Foram comunicados os seguintes efeitos secundários raros.
Se ocorrer algum destes efeitos secundários graves, pare de tomar o medicamento, consulte
imediatamente o seu médico ou dirija-se ao serviço de urgências do hospital mais próximo.
dor, sensibilidade ou fraqueza musculares ou cãibras. Em raras situações, estes problemas
musculares podem ser graves, incluindo destruição muscular (rabdomiólise) que resulta em
lesões nos rins; e em muito raras situações ocorreram mortes.
reações de hipersensibilidade (alérgicas) incluindo:
inchaço da face, língua e garganta, que podem causar dificuldade em respirar
dor muscular grave, habitualmente nos ombros e anca
erupção da pele com fraqueza muscular dos membros e do pescoço
dor ou inflamação das articulações (polimialgia reumática)
inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite)
nódoas negras pouco habituais, erupções e inchaço na pele (dermatomiosite), erupção na pele
com comichão, sensibilidade da pele ao sol, febre, afrontamento
dificuldade em respirar (dispneia) e mal-estar geral
quadro de doença tipo lúpus (incluindo erupção da pele, distúrbios nas articulações e efeitos
nas células do sangue)
inflamação do fígado com os seguintes sintomas: amarelecimento da pele e dos olhos,
comichão, urina escura ou fezes descoradas, sensação de cansaço ou fraqueza, perda de apetite;
insuficiência hepática (muito rara)
inflamação do pâncreas, frequentemente com dor abdominal grave.
Foram também raramente comunicados os seguintes efeitos secundários:
número baixo de glóbulos vermelhos (anemia)
dormência ou fraqueza nos braços e pernas
dor de cabeça, sensação de formigueiro, tonturas
perturbações digestivas (dor abdominal, prisão de ventre, gases intestinais, indigestão, diarreia,
náuseas, vómitos)
erupção da pele, comichão, perda de cabelo
fraqueza
perturbação do sono (muito raro)
memória fraca (muito raro), perda de memória, confusão
Os seguintes efeitos secundários foram também comunicados mas a frequência não pode ser
calculada a partir da informação disponível (frequência desconhecida):
disfunção eréctil
depressão
inflamação dos pulmões originando problemas respiratórios incluindo tosse persistente e/ou
falta de ar ou febre
problemas nos tendões, por vezes complicados por rutura do tendão.
Possíveis efeitos secundários adicionais comunicados com algumas estatinas:
distúrbios do sono, incluindo pesadelos
disfunção sexual
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diabetes. É mais provável ter diabetes se tiver níveis elevados de açúcar e gorduras no sangue,
excesso de peso e pressão arterial elevada. O seu médico irá avaliar se tem diabetes enquanto
estiver a tomar este medicamento.
dor, sensibilidade ou fraqueza muscular constante e que podem não desaparecer após parar de
tomar Sinvastatina Lipaz (frequência desconhecida).
Valores Laboratoriais
Nas análises ao sangue foram observados aumentos de alguns valores da função hepática e de
uma enzima muscular (creatinaquinase).
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale como o seu médico ou farmacêutico. Também poderá comunicar efeitos
secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos abaixo. Ao comunicar
efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste
medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel.: +351 21 798 71 403 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Sinvastatina Lipaz
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não conservar acima de 25ºC
Não utilize este medicamento se verificar sinais visíveis de deterioração.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior. O
prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu
farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a
proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Sinvastatina Lipaz
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- A substância ativa é a sinvastatina.
- Os outros componentes excipientes são: lactose mono-hidratada, celulose microcristalina,
amido pré-gelificado, butil-hidroxianisol (E320), ácido ascórbico, ácido cítrico, hipromelose,
sílica coloidal anidra, talco, estearato de magnésio, (metil)-hidroxipropilcelulose, óxido
vermelho de ferro (E172), óxido amarelo de ferro (E172), citrato de trietilo, dióxido de titânio
(E171), povidona.
Qual o aspeto de Sinvastatina Lipaz e conteúdo da embalagem
10 mg – 20, 30 e 60 comprimidos, blisters de PVC/PVDC/Alu20 mg – 20, 30 e 60
comprimidos, blisters de PVC/PVDC/Alu
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Xamane, S.A.
Rua Azevedo Magalhães, nº 705
4430-024 Vila Nova de Gaia
Portugal
Tel.: 224640770
E-mail: info@xamane.pt
Fabricante
10 mg:
Baldacci Portugal, S.A.
Av. Santa Iria de Azoia,
Bloco B/C Santa Iria de Azoia
2695-381 Santa Iria de Azoia, Portugal
20 mg:
Labesfal - Laboratórios Almiro, S.A.
Zona Industrial do Lagedo
3465-157 Santiago de Besteiros, Portugal
Telefone: +351-232-831-100
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sinvastatina Lipaz 10 mg comprimidos revestidos por película.
Sinvastatina Lipaz 20 mg comprimidos revestidos por película.
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém 10 mg de sinvastatina, como substância ativa.
Cada comprimido contém 20 mg de sinvastatina, como substância ativa.
Excipientes com efeito conhecido:
Lactose mono-hidratada - 65,73 mg e 131,46 mg, nas dosagens de 10 mg e 20 mg,
respetivamente.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Hipercolesterolemia
Tratamento da hipercolesterolemia primária ou da dislipidemia mista, como adjuvante da
dieta, sempre que a resposta à dieta e a outros tratamentos não farmacológicos (p. ex.
exercício físico, perda de peso) seja inadequada.
Tratamento da hipercolesterolemia familiar homozigótica (HFHo) como adjuvante da dieta e
outros tratamentos hipolipemiantes (p. ex. LDL-aferese) ou se tais tratamentos não forem
apropriados.
Prevenção cardiovascular
Redução da mortalidade e morbilidade cardiovasculares em doentes com doença
cardiovascular aterosclerótica evidente ou com diabetes mellitus, quer tenham níveis de
colesterol normais ou aumentados, como adjuvante da correção de outros fatores de risco e de
outras terapêuticas cardioprotetoras (ver secção 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
O intervalo posológico é de 5-80 mg/dia administrados por via oral numa dose única à noite.
Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser feitos em intervalos não inferiores a 4
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semanas, até um máximo de 80 mg/dia administrados em dose única à noite. A dose de 80 mg
é apenas recomendada em doentes com hipercolesterolemia grave e em risco elevado de
complicações cardiovasculares que não atingiram os seus objetivos de tratamento com doses
mais baixas e quando é esperado que os benefícios ultrapassem os potenciais riscos (ver
secções 4.4 e 5.1).
Hipercolesterolemia
O doente deve estar a fazer uma dieta padronizada para a redução do colesterol, e deverá
continuar com esta dieta durante o tratamento com Sinvastatina Lipaz. A dose inicial habitual
é de 10-20 mg/dia administrados em dose única à noite. Os doentes que necessitem de uma
grande redução de C-LDL (mais de 45 %) podem iniciar a terapêutica com 20-40 mg/dia em
dose única administrada à noite. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser efetuados
da forma anteriormente especificada.
Hipercolesterolemia familiar homozigótica
Com base nos resultados de um estudo clínico controlado, a posologia inicial recomendada é
de 40 mg/dia de Sinvastatina Lipaz tomado à noite. Sinvastatina Lipaz deve ser usado como
adjuvante de outros tratamentos hipolipemiantes (p. ex., LDL-aferese) neste grupo de doentes,
ou só por si, quando não estiverem disponíveis tais terapêuticas.
Em doentes a tomar lomitapida concomitantemente com Sinvastatina Lipaz, a dose de
Sinvastatina Lipaz não pode exceder 40 mg/dia (ver secções 4.3, 4.4 e 4.5).
Prevenção cardiovascular
A dose habitual de Sinvastatina Lipaz é de 20 a 40 mg/dia, em toma única à noite, nos doentes
em elevado risco de doença cardíaca coronária (doença cardíaca coronária com ou sem
hiperlipidemia). A terapêutica farmacológica poderá ser iniciada em simultâneo com a dieta e
o exercício físico. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser efetuados da forma
anteriormente especificada.
Terapêutica concomitante
Sinvastatina Lipaz é eficaz isoladamente ou em associação com sequestrantes dos ácidos
biliares. A administração deve ocorrer 2 horas antes ou 4 horas após a administração de um
sequestrante dos ácidos biliares.
Nos doentes a tomar Sinvastatina Lipaz concomitantemente com fibratos, exceto o
gemfibrozil (ver secção 4.3) ou o fenofibrato, a dose de Sinvastatina Lipaz não deve exceder
10 mg/dia. Em doentes a tomar amiodarona, amlodipina, verapamilo, diltiazem ou
medicamentos que contenham elbasvir ou grazoprevir concomitantemente com Sinvastatina
Lipaz, a dose de Sinvastatina Lipaz não deverá exceder 20 mg/dia. (Ver secções 4.4 e 4.5).
Doentes com compromisso renal
Não deverá ser necessária uma modificação da posologia em doentes com compromisso renal
moderado. Nos doentes com compromisso renal grave (depuração da creatinina < 30 ml/min),
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as posologias acima de 10 mg/dia deverão ser cuidadosamente consideradas e, se necessário,
instituídas com precaução.
Idosos
Não é necessário qualquer ajuste posológico.
População pediátrica
Para crianças e adolescentes (rapazes em estadio Tanner II ou superior e raparigas com pelo
menos um ano pós-menarca, 10-17 anos de idade) com hipercolesterolemia familiar
heterozigótica, a dose inicial habitualmente recomendada é de 10 mg, uma vez por dia, à
noite. Antes do início do tratamento com a sinvastatina as crianças e adolescentes deverão
iniciar uma dieta padronizada para a redução do colesterol; esta dieta deverá ser mantida
durante o tratamento com a sinvastatina.
O intervalo posológico recomendado é de 10-40 mg/dia; a dose máxima recomendada é 40
mg/dia. As doses devem ser individualizadas de acordo com o objetivo terapêutico
recomendado de acordo com as recomendações para o tratamento pediátrico (ver secções 4.4
e 5.1). Os ajustes deverão ser feitos em intervalos de pelo menos 4 semanas.
A experiência de Sinvastatina Lipaz em crianças na pré-puberdade é limitada.
Modo de administração
Sinvastatina Lipaz destina-se a administração oral. Sinvastatina Lipaz pode ser administrado
como uma dose única à noite.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na
secção 6.1.
Doença hepática ativa ou elevações persistentes e sem explicação das transaminases séricas
Gravidez e aleitamento (ver secção 4.6)
Administração concomitante de inibidores potentes do CYP3A4 (fármacos que aumentam a
AUC em aproximadamente 5 vezes ou mais) (p. ex. itraconazol, cetoconazol, posaconazol,
voriconazol, inibidores da protease do VIH (p. ex: nelfinavir), boceprevir, telaprevir,
eritromicina, claritromicina, telitromicina, nefazodona e medicamentos contendo cobicistato)
(ver secções 4.4 e 4.5)
Administração concomitante de gemfibrozil, ciclosporina ou danazol (ver secções 4.4 e 4.5)
Administração concomitante de lomitapida com doses > 40 mg de Sinvastatina Lipaz , em
doentes com HFHo (ver secções 4.2, 4.4 e 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Miopatia/Rabdomiólise
A sinvastatina, tal como outros inibidores da redutase da HMG-CoA, provoca,
ocasionalmente, miopatia que se manifesta como dor, sensibilidade ou fraqueza musculares
com elevações de creatinaquinase (CK) acima de dez vezes o limite superior da normalidade
(LSN). Por vezes a miopatia toma a forma de rabdomiólise, com ou sem insuficiência renal
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aguda secundária a mioglobinúria, tendo ocorrido muito raramente casos de morte. O risco de
miopatia é aumentado pelos elevados níveis de atividade inibidora da redutase da HMG-CoA
plasmática.
Tal como com os outros inibidores da redutase da HMG-CoA, o risco de
miopatia/rabdomiólise depende da dose. Numa base de dados de ensaios clínicos, com 41.413
doentes tratados com sinvastatina, dos quais 24.747 (aproximadamente 60 %) foram tratados
pelo menos durante 4 anos, a incidência de miopatia foi, aproximadamente, de 0,03 %, 0,08
% e 0,61 % com 20, 40 e 80 mg/dia, respetivamente. Nestes ensaios, os doentes foram
cuidadosamente monitorizados, tendo sido excluídos alguns medicamentos com interação.
Num ensaio clínico em que doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio foram tratados
com 80 mg/dia de sinvastatina (tempo médio de acompanhamento 6,7 anos), a incidência de
miopatia foi aproximadamente 1,0 % em comparação com 0,02 % de doentes a tomar 20
mg/dia. Aproximadamente metade desses casos de miopatia ocorreram durante o primeiro ano
de tratamento. A incidência de miopatia durante cada ano subsequente de tratamento foi
aproximadamente 0,1 %. (Ver secções 4.8 e 5.1.)
O risco de miopatia é maior em doentes a tomar sinvastatina 80 mg, em comparação com
outras terapêuticas com base em estatinas com eficácia semelhante na redução do C-LDL.
Como tal, a dose de 80 mg de sinvastatina só deve ser utilizada em doentes com
hipercolesterolemia grave e em risco elevado de complicações cardiovasculares que não
tenham atingido os seus objetivos terapêuticos com doses inferiores e quando é esperado que
os benefícios superem os potenciais riscos. Em doentes a tomar sinvastatina 80 mg que
necessitem ser tratados com um medicamento que tenha interação medicamentosa, deve ser
utilizada uma dose mais baixa de sinvastatina ou um regime alternativo com base em estatinas
que tenha um menor potencial de interações medicamentosas (ver abaixo Medidas para
reduzir o risco de miopatia causado pelas interações medicamentosas e secções 4.2, 4.3 e 4.5).
Num ensaio clínico em que doentes com risco elevado de doença cardiovascular foram
tratados com sinvastatina 40 mg/dia (período de acompanhamento mediano de 3,9 anos), a
incidência de miopatia foi de aproximadamente 0,05% em doentes de etnia não-chinesa
(n= 7367) em comparação com 0,24% em doentes de etnia chinesa (n= 5468). Apesar de a
única população asiática avaliada neste ensaio clínico ter sido de etnia chinesa, deve ter-se
precaução quando se prescreve sinvastatina a doentes de origem asiática e deve ser empregue
a menor dose necessária.
Função reduzida de proteínas transportadoras
A função reduzida das proteínas transportadoras hepáticas OATP pode aumentar a exposição
sistémica à forma ácida da sinvastatina e o risco de miopatia e rabdomiólise. A função
reduzida pode ocorrer como resultado da inibição pela interação de medicamentos (p.ex.,
ciclosporina) ou em doentes que são portadores do genótipo c.521T>C do SLCO1B1.
Os doentes portadores do alelo genético do SLCO1B1 (c.521T> C), que codifica a proteína
OATP1B1 menos ativa, têm uma maior exposição sistémica à forma ácida da sinvastatina e
um aumento do risco de miopatia.
O risco de uma miopatia relacionada com a dose elevada (80 mg) de sinvastatina é, em geral,
de cerca de 1% sem avaliação genética. Com base nos resultados do estudo SEARCH, os
portadores homozigóticos do alelo C (também chamados de CC) tratados com 80 mg de
sinvastatina têm um risco de miopatia de 15% dentro de um ano, enquanto que o risco nos
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portadores heterozigóticos do alelo C (TC) é de 1,5%. O risco correspondente é de 0,3% nos
doentes com o genótipo mais comum (TT) (ver secção 5.2). Quando disponível, a
genotipagem para a presença do alelo C deve ser considerada como parte da avaliação de
risco-benefício antes de prescrever 80 mg de sinvastatina, e doses elevadas devem ser
evitadas nos doentes portadores do genótipo CC. No entanto, a ausência deste gene na
genotipagem não exclui que não possa ainda ocorrer miopatia.
Medição da creatinaquinase
A creatinaquinase (CK) não deverá ser medida após exercício físico vigoroso ou na presença
de qualquer outra causa passível de aumentar os níveis de CK, uma vez que isto torna difícil a
interpretação daqueles valores. Se os níveis basais de CK estiverem significativamente
elevados (> 5 x LSN), deverão ser reavaliados após 5 a 7 dias para confirmar os resultados.
Antes do tratamento
Todos os doentes a iniciar terapêutica com sinvastatina, ou cuja dose de sinvastatina esteja a
ser aumentada, devem ser alertados sobre o risco de miopatia e aconselhados a relatar de
imediato qualquer dor, sensibilidade ou fraqueza musculares que ocorram sem explicação.
A prescrição de sinvastatina deve ser feita com precaução em doentes com fatores
predisponentes para rabdomiólise. Os níveis de CK devem ser avaliados antes do início do
tratamento, para estabelecer um valor de referência inicial, nas seguintes situações:
Idosos (idade
65 anos)
Sexo feminino
Compromisso renal
Hipotiroidismo não controlado
Antecedente pessoal ou familiar de afeções musculares hereditárias
Antecedentes prévios de toxicidade muscular devida a estatinas ou fibratos
Abuso de álcool.
Nestas situações, dever-se-á ter em consideração o risco do tratamento em relação ao possível
benefício e recomenda-se a monitorização clínica. Se um doente já tiver tido anteriormente
uma perturbação muscular com um fibrato ou com uma estatina, o tratamento com um
fármaco diferente dessa classe deverá ser iniciado com precaução.
Se os níveis basais de CK estiverem significativamente elevados (> 5 x LSN), o tratamento
não deverá ser iniciado.
Durante o tratamento
Se ocorrer dor, fraqueza ou cãibras musculares durante o tratamento coma estatina, os níveis
de CK devem ser medidos. Se estes níveis estiverem significativamente elevados (> 5 x LSN),
na ausência de exercício físico vigoroso, o tratamento deverá ser interrompido. Se os sintomas
musculares forem graves e causarem desconforto diário, ainda que os níveis de CK sejam < 5
x LSN, deverá ser considerada a interrupção do tratamento. Se houver suspeita de miopatia
por qualquer outra razão, o tratamento deve ser interrompido.
Foram notificados casos muito raros de miopatia necrosante imunomediada (IMNM –
immune-mediated necrotizing myopathy) durante ou após o tratamento com algumas
estatinas. A IMNM é caracterizada clinicamente por fraqueza muscular proximal e elevação
da creatinaquinase sérica, que persistem apesar da interrupção do tratamento com estatinas
(ver secção 4.8).
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Se os sintomas desaparecerem e os níveis de CK normalizarem, poderá ser considerada a
reintrodução da estatina ou a introdução de uma estatina alternativa, na dosagem mais baixa e
com uma monitorização cuidadosa.
Uma maior taxa de miopatia foi observada em doentes titulados para a dose de 80 mg (ver
secção 5.1). São recomendadas medições periódicas da CK pois poderão ser úteis para
identificar casos subclínicos de miopatia. Contudo, não existe garantia de que tal
monitorização previna a miopatia.
A terapêutica com sinvastatina deve ser temporariamente interrompida durante alguns dias
antes de uma grande cirurgia eletiva e quando surjam estados médicos ou cirúrgicos graves.
Medidas para reduzir o risco de miopatia causado pelas interações medicamentosas (ver
também secção 4.5)
O risco de miopatia e rabdomiólise está significativamente aumentado pela utilização
concomitante de sinvastatina com inibidores potentes do CYP3A4 (tais como o itraconazol,
cetoconazol, posaconazol, voriconazol, eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores
da protease do VIH (p. ex: nelfinavir), boceprevir, telaprevir, nefazodona, medicamentos
contendo cobicistato), assim como com gemfibrozil, ciclosporina e danazol. A toma destes
medicamentos é contraindicada (ver secção 4.3).
O risco de miopatia e rabdomiólise está também aumentado pelo uso concomitante de
amiodarona, amlodipina, verapamilo ou diltiazem com certas doses de sinvastatina (ver
secções 4.2 e 4.5). O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, pode ser aumentado pela
administração concomitante de ácido fusídico com estatinas (ver secção 4.5). Para doentes
com HFHo, este risco pode estar aumentado pela utilização concomitante de lomitapida com
sinvastatina.
Consequentemente, no que diz respeito aos inibidores do CYP3A4, a utilização concomitante
de sinvastatina com itraconazol, cetoconazol, posaconazol, voriconazol, inibidores da protease
do VIH (p. ex: nelfinavir), boceprevir, telaprevir, eritromicina, claritromicina, telitromicina,
nefazodona e medicamentos contendo cobicistato está contraindicada (ver secções 4.3 e 4.5).
Se o tratamento com inibidores potentes do CYP3A4 (fármacos que aumentam a AUC em
aproximadamente 5 vezes ou mais) for inevitável, a terapêutica com sinvastatina tem que ser
interrompida (e considerada a utilização de uma estatina alternativa) durante o tratamento.
Além disso, deve existir precaução quando se associa a sinvastatina com alguns inibidores
menos potentes do CYP3A4: fluconazol, verapamilo, diltiazem (ver secções 4.2 e 4.5). Deve
ser evitada a ingestão concomitante de sumo de toranja e de sinvastatina.
A toma de sinvastatina com gemfibrozil é contraindicada (ver secção 4.3). Devido ao risco
aumentado de miopatia e rabdomiólise, a dose de sinvastatina não deve exceder 10 mg por dia
em doentes a tomar sinvastatina com outros fibratos, exceto fenofibrato. (Ver secções 4.2 e
4.5). É recomendada precaução ao prescrever fenofibrato com sinvastatina, uma vez que cada
um destes fármacos pode causar miopatia quando administrado isoladamente.
A sinvastatina não deve ser administrada concomitantemente com formulações sistémicas de
ácido fusídico ou até 7 dias após terminar o tratamento com ácido fusídico. Em doentes nos
quais o uso sistémico de ácido fusídico seja considerado essencial, o tratamento com estatinas
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deve ser interrompido durante o período de duração do tratamento com ácido fusídico. Foram
notificados casos de rabdomiólise (incluindo alguns casos fatais) em doentes a fazer a
associação de ácido fusídico e estatinas (ver secção 4.5). O doente deve ser aconselhado a
procurar aconselhamento médico imediatamente se apresentar quaisquer sintomas de fraqueza
dor ou sensibilidade muscular. A terapêutica com estatina pode ser reintroduzida sete dias
após a última dose de ácido fusídico. Em circunstâncias excecionais, quando é necessário um
tratamento prolongado de ácido fusídico sistémico, p. ex. para o tratamento de infeções
graves, a necessidade de administração concomitante de sinvastatina e ácido fusídico só deve
ser considerada numa base caso a caso e sob supervisão médica rigorosa.
Deve ser evitada a utilização combinada de sinvastatina em doses superiores a 20 mg por dia
com amiodarona, amlodipina, verapamilo ou diltiazem. Em doentes com HFHo, o uso
combinado de sinvastatina em doses superiores a 40 mg por dia com lomitapida tem de ser
evitado. (Ver secções 4.2, 4.3 e 4.5).
Os doentes que tomam outros medicamentos com efeito inibitório moderado no CYP3A4
concomitantemente com sinvastatina, particularmente com doses altas de sinvastatina, podem
ter um risco aumentado de miopatia. Quando a sinvastatina é administrada
concomitantemente com um inibidor moderado do CYP3A4 (fármacos que aumentam a AUC
em aproximadamente 2-5 vezes), poderá ser necessário um ajuste posológico. Para alguns
inibidores moderados do CYP3A4, p. ex. diltiazem, recomenda-se uma dose máxima de
sinvastatina de 20 mg (ver secção 4.2).
A sinvastatina é um substrato do transportador de efluxo da Proteína Resistente ao Cancro da
Mama (BCRP). A administração concomitante de medicamentos inibidores da BCRP (ex.:
elbasvir e grazoprevir) pode levar ao aumento das concentrações plasmáticas de sinvastatina e
a risco aumentado de miopatia, por isso, dependendo da dose prescrita, deve ser considerado
um ajuste de dose de sinvastatina. A administração concomitante de elbasvir e grazoprevir
com sinvastatina não foi estudada, no entanto, a dose de sinvastatina não deve exceder os
20 mg por dia em doentes a fazer tratamento concomitante com medicamentos que contêm
elbasvir ou grazoprevir (ver secção 4.5).
Foram associados casos raros de miopatia/rabdomiólise com a administração concomitante de
inibidores da redutase da HMG-CoA e doses modificadoras de lípidos (
1g/dia) de niacina
(ácido nicotínico). Qualquer um destes medicamentos pode causar miopatia quando
administrado isoladamente.
Num ensaio clínico (período de acompanhamento mediano de 3,9 anos) envolvendo doentes
com risco elevado de doença cardiovascular e com níveis de C-LDL bem controlado com
sinvastatina 40 mg/dia com ou sem ezetimiba 10 mg, não houve um benefício incremental nos
resultados cardiovasculares com a adição de doses modificadoras de lípidos (
1 g/dia) de
niacina (ácido nicotínico). Como tal, os médicos que considerem a utilização da associação
terapêutica de sinvastatina com doses modificadoras de lípidos (
1g/dia) de niacina (ácido
nicotínico), ou medicamentos contendo niacina, devem ponderar cuidadosamente os
potenciais benefícios e riscos e proceder a uma cuidadosa monitorização dos doentes para
despiste de quaisquer sinais e sintomas de dor, sensibilidade ou fraqueza musculares, em
particular durante os primeiros meses após início da terapêutica e ao aumentar a dose de cada
um dos medicamentos.
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Adicionalmente, neste ensaio, a incidência de miopatia foi de aproximadamente 0,24% para
doentes de etnia chinesa a tomar sinvastatina 40 mg ou ezetimiba/sinvastatina 10/40 mg em
comparação com 1,24% para doentes de etnia chinesa a tomar sinvastatina 40 mg ou
ezetimiba/sinvastatina 10/40 mg administrada concomitantemente com ácido nicotínico
/laropiprant 2000 mg/40 mg de libertação modificada. Embora a única população asiática
avaliada neste ensaio clínico tenha sido de etnia chinesa, uma vez que a incidência de
miopatia é superior em doentes de etnia chinesa do que em não-chinesa, a administração
concomitante de sinvastatina com doses modificadoras de lípidos (
1 g/dia) de niacina (ácido
nicotínico) não é recomendada em doentes de origem asiática.
O acipimox é estruturalmente relacionado com a niacina. Apesar de o acipimox não ter sido
estudado, o risco de efeitos tóxicos musculares poderá ser semelhante ao da niacina.
Efeitos hepáticos
Nos estudos clínicos, ocorreram, num número reduzido de doentes adultos tratados com
sinvastatina, aumentos persistentes (para > 3 x LSN) das transaminases séricas. Quando a
administração de sinvastatina foi interrompida ou suspensa nestes doentes, os níveis de
transaminases baixaram lentamente, de um modo geral, para os níveis anteriores ao
tratamento.
Recomenda-se que sejam realizados testes de função hepática antes do início da terapêutica, e
posteriormente quando indicado clinicamente. Doentes tratados com uma dose de 80 mg
devem fazer um teste adicional antes do início da titulação, 3 meses após a titulação para a
dose de 80 mg e periodicamente (p. ex. semestralmente) no primeiro ano de tratamento.
Deverá ser dada atenção especial aos doentes que registem aumentos dos níveis das
transaminases séricas, e, nestes doentes, os doseamentos deverão ser repetidos de imediato, e
depois realizados mais frequentemente. Se os níveis das transaminases séricas mostrarem
aumentos progressivos, especialmente se aumentarem para mais de 3 x LSN e forem
persistentes, a sinvastatina deverá ser suspensa. Note-se que a ALT pode ter origem muscular.
Portanto, uma elevação da ALT e da CK pode indicar miopatia (ver acima
Miopatia/Rabdomiólise).
Foram notificados, em pós-comercialização, casos raros de insuficiência hepática fatal e não
fatal em doentes a tomar estatinas, incluindo a sinvastatina. Se durante o tratamento com o
sinvastatina ocorrerem lesões graves no fígado com sintomas clínicos e/ou
hiperbilirrubinemia ou icterícia, interrompa imediatamente a terapêutica. Se não for
identificada uma etiologia alternativa, não reinicie o Sinvastatina Lipaz.
O medicamento deve ser usado com precaução em doentes que consumam quantidades
substanciais de álcool.
Tal como acontece com outros fármacos hipolipemiantes, têm sido referidas elevações
moderadas das transaminases séricas (< 3 x LSN) na sequência do tratamento com
sinvastatina. Estas alterações surgiram pouco tempo após o início do tratamento com
sinvastatina, foram geralmente transitórias, não foram acompanhadas de quaisquer sintomas e
não foi necessária a interrupção do tratamento.
Diabetes mellitus
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INFARMED
Algumas evidências sugerem que as estatinas como classe farmacológica podem elevar a
glicemia e em alguns doentes, com elevado risco de ocorrência futura de diabetes, podem
induzir um nível de hiperglicemia em que o tratamento formal de diabetes é adequado. Este
risco é, no entanto, suplantado pela redução do risco vascular com estatinas e, portanto, não
deve ser uma condição para interromper a terapêutica com estatinas. Os doentes em risco
(glicemia em jejum entre 5,6 a 6,9 mmol/l, IMC>30 kg/m2, triglicéridos aumentados,
hipertensão) devem ser monitorizados tanto clínica como bioquimicamente, de acordo com as
orientações nacionais.
Doença pulmonar intersticial
Foram notificados casos de doença pulmonar intersticial com algumas estatinas, incluindo
sinvastatina, especialmente com tratamentos de longa duração (ver secção 4.8). Os sintomas
observados incluem dispneia, tosse não produtiva e deterioração do estado de saúde em geral
(fadiga, perda de peso e febre). Se houver suspeita de desenvolvimento de doença pulmonar
intersticial, a terapêutica com estatina deve ser interrompida.
População pediátrica
Foi avaliada a segurança e eficácia da sinvastatina, num ensaio clínico controlado, em doentes
entre 10-17 anos de idade com hipercolesterolemia familiar heterozigótica, rapazes
adolescentes no estadio Tanner II e superior, assim como em raparigas pelo menos com um
ano pós-menarca. O perfil de acontecimentos adversos foi, em geral, semelhante entre doentes
tratados com sinvastatina e doentes que receberam placebo. Não foram estudadas doses
superiores a 40 mg nesta população. Neste estudo controlado, limitado, não foi detetado
qualquer efeito no crescimento ou maturação sexual dos rapazes ou raparigas adolescentes,
nem qualquer efeito na duração do ciclo menstrual das raparigas. (Ver secções 4.2, 4.8 e 5.1).
As adolescentes do sexo feminino devem ser aconselhadas sobre os métodos contracetivos
apropriados durante a terapêutica com sinvastatina (ver secções 4.3 e 4.6). Em doentes com
idade <18 anos, a eficácia e segurança não foi estudada para períodos de tratamento
> 48 semanas de duração e os efeitos a longo prazo na maturação física, intelectual e sexual
são desconhecidos. A sinvastatina não foi estudada em doentes menores de 10 anos de idade
nem em crianças pré-puberdade e raparigas pré-menarca.
Excipientes
Este medicamento contém lactose. Os doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à galactose, com deficiência na lactase ou com malabsorção de glucose-galactose
não devem tomar este medicamento.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Os estudos de interação só foram realizados em adultos.
Interações farmacodinâmicas
Interações com fármacos hipolipemiantes que podem causar miopatia quando administrados
isoladamente
O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, está aumentado durante a administração
concomitante com fibratos. Além disso, existe uma interação farmacocinética com
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gemfibrozil que resulta num aumento dos níveis plasmáticos de sinvastatina (ver a seguir
Interações farmacocinéticas e secções 4.3 e 4.4). Quando sinvastatina e fenofibrato são
administrados concomitantemente, não há evidência de que o risco de miopatia exceda a soma
dos riscos individuais de cada medicamento. Não estão disponíveis dados adequados de
farmacovigilância e farmacocinética para outros fibratos. Foram associados casos raros de
miopatia/rabdomiólise com a administração concomitante de sinvastatina e doses
modificadoras de lípidos (
1g/dia) de niacina (ver secção 4.4).
Interações farmacocinéticas
As recomendações relativas a prescrição para os medicamentos com interação são resumidas
no quadro seguinte (o texto fornece informações adicionais; ver também as secções 4.2, 4.3 e
4.4).
Interações Medicamentosas Associadas com o Risco Aumentado de Miopatia/Rabdomiólise
Medicamentos com interação
Recomendações de prescrição
Inibidores potentes do CYP3A4,
p. ex.:
Itraconazol
Cetoconazol
Posaconazol
Voriconazol
Eritromicina
Claritromicina
Telitromicina
Inibidores da protease do VIH
(p. ex. nelfinavir)
Boceprevir
Telaprevir
Nefazodona
Cobicistato
Ciclosporina
Danazol
Gemfibrozil
Contraindicados com sinvastatina
Outros fibratos (exceto o
fenofibrato)
Não exceder 10 mg de sinvastatina por
Ácido fusídico
Não recomendado com sinvastatina
Niacina (ácido nicotínico)
1 g/dia)
Não recomendado com sinvastatina,
em doentes de origem asiática
Amiodarona
Amlodipina
Verapamilo
Diltiazem
Elbasvir
Grazoprevir
Não exceder 20 mg de sinvastatina por
Lomitapida
Não exceder 40 mg de sinvastatina por
dia em doentes com HFHo
Sumo de toranja
Evitar o sumo de toranja enquanto a
sinvastatina estiver a ser tomada
Efeitos de outros medicamentos na sinvastatina
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Interações que envolvem inibidores do CYP3A4
A sinvastatina é um substrato do citocromo P450 3A4. Os inibidores potentes do citocromo
P450 3A4 aumentam o risco de miopatia e de rabdomiólise através do aumento da
concentração de atividade plasmática inibitória da redutase da HMG-CoA durante a
terapêutica com sinvastatina. Estes inibidores incluem itraconazol, cetoconazol, posaconazol,
voriconazol, eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores da protease do VIH (p. ex.
nelfinavir), boceprevir, telaprevir, nefazodona e medicamentos contendo cobicistato. A
administração concomitante de itraconazol resultou num aumento de mais de 10 vezes na
exposição à forma ácida da sinvastatina (o metabolito beta-hidroxiácido ativo). A
telitromicina causou um aumento de 11 vezes na exposição à forma ácida de sinvastatina.
Está contraindicada a utilização concomitante de sinvastatina com itraconazol, cetoconazol,
posaconazol, voriconazol, inibidores da protease do VIH (p. ex. nelfinavir), boceprevir,
telaprevir, eritromicina, claritromicina, telitromicina, nefazodona e medicamentos contendo
cobicistato, assim como com gemfibrozil, ciclosporina e danazol (ver secção 4.3). Se o
tratamento com inibidores potentes do CYP3A4 (fármacos que aumentam a AUC em
aproximadamente 5 vezes ou mais) for inevitável, a terapêutica com sinvastatina deverá ser
interrompida (e considerada a utilização de uma estatina alternativa) durante o tratamento.
Deve usar-se de precaução quando se associa a sinvastatina com alguns inibidores menos
potentes do CYP3A4: fluconazol, verapamilo ou diltiazem (ver secções 4.2 e 4.4).
Fluconazol
Foram notificados casos raros de rabdomiólise associado à administração concomitante de
sinvastatina e fluconazol (ver secção 4.4).
Ciclosporina
O risco de miopatia/rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de
ciclosporina com sinvastatina; consequentemente, é contraindicada a toma com ciclosporina
(ver secções 4.3 e 4.4). Apesar de o mecanismo não ser totalmente compreendido, a
ciclosporina demonstrou aumentar a AUC dos inibidores da redutase da HMG-CoA. O
aumento na AUC da forma ácida de sinvastatina deve-se possivelmente, em parte, à inibição
do CYP3A4 e/ou OATP1B1.
Danazol
O risco de miopatia e de rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de
danazol com sinvastatina; consequentemente, é contraindicada a toma com danazol (ver
secções 4.3 e 4.4).
Gemfibrozil
O gemfibrozil aumenta a AUC da forma ácida da sinvastatina em 1,9 vezes, possivelmente
devido à inibição da via metabólica de glucuronidação e/ou OATP1B1 (ver secções 4.3 e 4.4).
É contraindicada a administração concomitante com gemfibrozil.
Ácido fusídico
O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, pode ser aumentado pela administração
concomitante de ácido fusídico sistémico com estatinas. O mecanismo desta interação (seja
farmacodinâmico, farmacocinético ou ambos) é ainda desconhecido. Foram notificados casos
de rabdomiólise (incluindo alguns casos fatais) em doentes medicados com esta associação. A
administração concomitante desta associação pode originar o aumento das concentrações
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INFARMED
plasmáticas de ambos os fármacos. Se for necessário o tratamento com ácido fusídico, o
tratamento com sinvastatina deverá ser suspenso durante o período de duração do tratamento
com ácido fusídico. Ver também a secção 4.4.
Amiodarona
O risco de miopatia e rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de
amiodarona com sinvastatina (ver secção 4.4). Num ensaio clínico, foi notificada miopatia em
6 % dos doentes a tomar sinvastatina 80 mg e amiodarona. Consequentemente, a dose de
sinvastatina não deve exceder 20 mg por dia em doentes a tomar concomitantemente
amiodarona.
Bloqueadores dos canais de cálcio
Verapamilo
O risco de miopatia e rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de
verapamilo com 40 mg ou 80 mg de sinvastatina (ver secção 4.4). Num estudo
farmacocinético, a administração concomitante de sinvastatina com verapamilo resultou num
aumento de 2,3 vezes da exposição à forma ácida da sinvastatina, possivelmente devido, em
parte, à inibição do CYP3A4. Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder
20 mg por dia em doentes a tomar concomitantemente verapamilo.
Diltiazem
O risco de miopatia e rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de
diltiazem com 80 mg de sinvastatina (ver secção 4.4). Num estudo farmacocinético, a
administração concomitante de diltiazem com sinvastatina causou um aumento de 2,7 vezes
na exposição à forma ácida de sinvastatina, possivelmente devido à inibição do CYP3A4.
Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder 20 mg por dia em doentes a
tomar concomitantemente diltiazem.
Amlodipina
Os doentes tratados com amlodipina concomitantemente com sinvastatina têm um risco
aumentado de miopatia. Num estudo farmacocinético, a administração concomitante de
amlodipina com sinvastatina causou um aumento de 1,6 vezes na exposição à forma ácida de
sinvastatina. Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder 20 mg por dia em
doentes a tomar concomitantemente amlodipina.
Lomitapida
O risco de miopatia e rabdomiólise pode ser aumentado pela administração concomitante de
lomitapida com sinvastatina (ver secções 4.3 e 4.4). Assim, em doentes com HFHo, a dose de
sinvastatina não pode exceder 40 mg por dia em doentes a receber terapêutica concomitante
com lomitapida.
Inibidores moderados do CYP3A4
Os doentes que tomam outros medicamentos com efeito inibitório moderado no CYP3A4
concomitantemente com sinvastatina, particularmente com altas doses de sinvastatina, podem
ter um risco aumentado de miopatia (ver secção 4.4).
Inibidores da proteína transportadora OATP1B1
A sinvastatina na sua forma ácida é um substrato da proteína transportadora OATP1B1. A
administração concomitante de medicamentos que são inibidores da proteína transportadora
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OATP1B1 pode levar a concentrações plasmáticas aumentadas da forma ácida da sinvastatina
e a um risco aumentado de miopatia (ver secções 4.3 e 4.4).
Inibidores da Proteína Resistente ao Cancro da Mama (BCRP)
A administração concomitante de medicamentos inibidores da BCRP, incluindo
medicamentos que contenham elbasvir ou grazoprevir, pode levar ao aumento das
concentrações plasmáticas de sinvastatina e a risco aumentado de miopatia (ver secções 4.2
e 4.4).
Niacina (ácido nicotínico)
Casos raros de miopatia/rabdomiólise têm sido associados à administração concomitante de
sinvastatina com doses modificadoras de lípidos (
1g/dia) de niacina (ácido nicotínico). Num
estudo farmacocinético, a administração concomitante de uma dose única de 2 g de ácido
nicotínico de libertação prolongada com 20 mg de sinvastatina resultou num aumento
moderado da AUC da sinvastatina e da sua forma ácida assim como na Cmax das
concentrações plasmáticas da forma ácida de sinvastatina.
Sumo de toranja
O sumo de toranja inibe o citocromo P450 3A4. A ingestão concomitante de grandes
quantidades (mais de 1 litro por dia) de sumo de toranja e sinvastatina resultou num aumento
de 7 vezes na exposição à forma ácida da sinvastatina. A ingestão de 240 ml de sumo de
toranja de manhã e de sinvastatina à noite, resultou também num aumento de 1,9 vezes. Logo,
deve ser evitada a ingestão de sumo de toranja durante o tratamento com sinvastatina.
Colquicina
Existem notificações de miopatia e rabdomiólise com a administração concomitante de
colquicina e sinvastatina, em doentes com compromisso renal. É recomendada a
monitorização clínica diligente dos doentes que tomem esta associação.
Rifampicina
Sendo a rifampicina um potente indutor do CYP3A4, os doentes a fazer terapêutica
prolongada com rifampicina (p. ex: tratamento da tuberculose) podem apresentar perda de
eficácia da sinvastatina. Num estudo farmacocinético em voluntários saudáveis, a área sob a
curva da concentração plasmática (AUC) para a forma ácida de sinvastatina diminuiu em
cerca de 93% com a administração concomitante de rifampicina.
Efeitos da sinvastatina na farmacocinética de outros medicamentos
A sinvastatina não tem um efeito inibidor no citocromo P450 3A4. Logo, não se espera que a
sinvastatina afete as concentrações plasmáticas de outras substâncias metabolizadas pelo
citocromo P450 3A4.
Anticoagulantes orais
Em dois estudos clínicos, um realizado em voluntários saudáveis e o outro em doentes
hipercolesterolémicos, 20-40 mg/dia de sinvastatina, potenciaram ligeiramente o efeito dos
anticoagulantes cumarínicos: o tempo de protrombina registado como Quociente Normalizado
Internacional (INR) aumentou de um valor inicial de 1,7 para 1,8 no estudo efetuado em
voluntários e de 2,6 para 3,4 no estudo efetuado nos doentes. Foram notificados casos muito
raros de aumento do INR. Nos doentes a tomar anticoagulantes cumarínicos, o tempo de
protrombina deverá ser determinado antes de iniciar a sinvastatina, e com a frequência
necessária durante a fase inicial do tratamento, para assegurar que não ocorrerá alteração
APROVADO EM
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INFARMED
significativa no tempo de protrombina. Assim que se registar um tempo de protrombina
estável, este poderá ser monitorizado a intervalos geralmente recomendados para doentes que
tomam anticoagulantes cumarínicos. Caso se altere a dose ou se interrompa o tratamento com
sinvastatina, dever-se-á repetir o mesmo procedimento. A terapêutica com sinvastatina não foi
associada a hemorragias ou a alterações do tempo de protrombina em doentes que não tomam
anticoagulantes.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Sinvastatina Lipaz está contraindicado durante a gravidez (ver secção 4.3).
Não foi estabelecida a segurança em mulheres grávidas. Não foram efetuados ensaios clínicos
controlados com sinvastatina em mulheres grávidas. Foram recebidas notificações raras de
anomalias congénitas após exposição intrauterina a inibidores da redutase da HMG-CoA.
Contudo, numa análise de aproximadamente 200 gestações, seguidas prospetivamente,
expostas durante o primeiro trimestre a sinvastatina ou a outro fármaco estreitamente
relacionado com um inibidor da redutase da HMG-CoA, a incidência de anomalias congénitas
foi comparável à observada na população em geral. Este número de gestações foi
estatisticamente suficiente para excluir um aumento igual ou superior a 2,5 vezes de
anomalias congénitas em relação à incidência de base.
Apesar de não haver evidência de que a incidência de anomalias congénitas nos recém-
nascidos de doentes a tomar sinvastatina ou outro fármaco estreitamente relacionado com um
inibidor da redutase da HMG-CoA difira da observada na população em geral, o tratamento
materno com sinvastatina pode reduzir os níveis fetais de mevalonato, que é um precursor da
biossíntese do colesterol. A aterosclerose é um processo crónico e uma suspensão episódica
dos fármacos hipolipemiantes durante a gravidez deverá ter muito pouco impacto no risco a
longo prazo associado a hipercolesterolemia primária. Por estas razões, o Sinvastatina Lipaz
não deve ser usado em mulheres grávidas, a tentar engravidar ou com suspeita de estarem
grávidas. O tratamento com sinvastatina deve ser suspenso durante o período da gravidez ou
até que se determine que a mulher não está grávida. (Ver secções 4.3 e 5.3).
Amamentação
Não se sabe se a sinvastatina, ou algum dos seus metabolitos, são excretados no leite humano.
Uma vez que muitos medicamentos são excretados no leite humano, e devido ao potencial de
reações adversas graves, as mulheres que tomam Sinvastatina Lipaz não deverão amamentar
os seus filhos (ver secção 4.3).
Fertilidade
Não há dados de ensaios clínicos disponíveis sobre os efeitos de sinvastatina na fertilidade
humana. Sinvastatina não teve efeitos sobre a fertilidade de ratos fêmea e macho (ver secção
5.3).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
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INFARMED
Os efeitos de Sinvastatina Lipaz sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos
ou desprezáveis. No entanto, durante a condução e utilização de máquinas, deve ser tomado
em consideração que foram relatadas raramente tonturas na experiência pós-comercialização.
4.8 Efeitos indesejáveis
As frequências das seguintes reações adversas, que foram notificadas durante os estudos
clínicos e/ou em fase pós-comercialização, são classificados com base numa avaliação das
suas taxas de incidência em ensaios clínicos de grande dimensão, a longo prazo, controlados
com placebo, que incluem os estudos HPS e 4S, respetivamente com 20.536 e 4.444 doentes
(ver secção 5.1). Para o HPS, apenas foram registados eventos adversos graves assim como
mialgia, aumentos das transaminases séricas e da CK. Para o 4S, foram registados todos os
eventos adversos abaixo mencionados. Se as taxas de incidência sobre a sinvastatina foram
menores ou semelhantes às do placebo nestes ensaios, e se houve eventos semelhantes com
razoável nexo de causalidade notificados espontaneamente, estes eventos adversos são
classificados como “raros”.
No estudo HPS (ver secção 5.1), que envolveu 20.536 tratados com 40 mg/dia de sinvastatina
(n = 10.269) ou com placebo (n = 10.267), os perfis de segurança foram comparáveis entre
doentes tratados com 40 mg de sinvastatina e doentes tratados com placebo durante os 5 anos
de duração média do estudo. As percentagens de interrupção devidas a efeitos indesejáveis
foram comparáveis (4,8 % nos doentes tratados com 40 mg de sinvastatina, em comparação
com 5,1 % nos doentes que receberam placebo). A incidência de miopatia foi < 0,1 % em
doentes tratados com 40 mg de sinvastatina. O aumento das transaminases (> 3 x LSN,
confirmada por repetição do teste) ocorreu em 0,21 % (n = 21) dos doentes tratados com 40
mg de sinvastatina, em comparação com 0,09 % (n = 9) dos doentes que receberam placebo.
As frequências das reações adversas são classificadas do seguinte modo: Muito frequentes (>
1/10), Frequentes (
1/100, < 1/10), Pouco frequentes (
1/1.000, < 1/100), Raros (
1/10.000, < 1/1.000), Muito raros (< 1/10.000), desconhecido (não pode ser calculada a partir
dos dados disponíveis).
Doenças do sangue e do sistema linfático:
Raros: anemia
Doenças do foro psiquiátrico:
Muito raros: insónia
Desconhecido: depressão
Doenças do sistema nervoso:
Raros: cefaleias, parestesias, tonturas, neuropatia periférica
Muito raros: defeito de memória
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino:
Desconhecido: doença pulmonar intersticial (ver secção 4.4)
Doenças gastrointestinais:
Raros: obstipação, dor abdominal, flatulência, dispepsia, diarreia, náuseas, vómitos,
pancreatite
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Afeções hepatobiliares:
Raros: hepatite/icterícia
Muito raros: insuficiência hepática fatal e não fatal
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Raros: erupção cutânea, prurido, alopecia
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos:
Raros: miopatia* (incluindo miosite), rabdomiólise com ou sem insuficiência renal aguda (ver
secção 4.4), mialgia, cãibras musculares
*Num ensaio clínico, a miopatia ocorreu frequentemente em doentes tratados com
sinvastatina 80 mg/dia quando comparado com doentes tratados com 20 mg/dia (1,0% vs.
0,02%, respetivamente) (ver secções 4.4 e 4.5).
Desconhecido: tendinopatia, por vezes complicada por rutura; miopatia necrosante
imunomediada (IMNM)**
** Foram notificados casos muito raros de uma miopatia necrosante imunomediada (IMNM -
imune-mediated necrotizing myopathy), uma miopatia autoimune, durante ou após o
tratamento com algumas estatinas. A IMNM caracteriza-se por: fraqueza muscular proximal e
elevação da creatinaquinase sérica, que persistem apesar da interrupção do tratamento com
estatinas; biópsia muscular demonstrativa de miopatia necrosante sem inflamação
significativa; melhoria com fármacos imunossupressores (ver secção 4.4).
Doenças dos órgãos genitais e da mama:
Desconhecido: disfunção eréctil
Perturbações gerais e alterações no local de administração:
Raros: astenia
Registou-se, raramente, uma aparente síndrome de hipersensibilidade que incluiu algumas das
seguintes manifestações: angiedema, síndrome do tipo lúpus, polimialgia reumática,
dermatomiosite, vasculite, trombocitopenia, eosinofilia, velocidade de sedimentação
aumentada, artrite e artralgia, urticária, fotossensibilidade, febre, afrontamento, dispneia e
mal-estar geral.
Exames complementares de diagnóstico:
Raros: aumentos das transaminases séricas (ALT, AST,
-glutamil transpeptidase) (ver secção
4.4 Efeitos hepáticos), aumento da fosfatase alcalina; aumento dos níveis séricos de CK (ver
secção 4.4).
Foram notificados aumentos nos valores de HbA1c e na glicemia em jejum com estatinas,
incluindo a sinvastatina.
Foram notificados, na pós-comercialização, casos raros de insuficiência cognitiva (p. ex.,
perda de memória, esquecimento, amnésia, defeito de memória, confusão) associados à
utilização de estatinas. Estes efeitos cognitivos foram notificados em todas as estatinas,
incluindo a sinvastatina. As notificações são geralmente não graves e reversíveis após a
interrupção da estatina, com tempos variáveis de aparecimento de sintomas (de 1 dia a anos) e
resolução dos sintomas (média de 3 semanas).
Adicionalmente, foram notificados os seguintes efeitos adversos com algumas estatinas:
Distúrbios do sono, incluindo pesadelos
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Disfunção sexual
Diabetes mellitus: a frequência irá depender da presença ou ausência de fatores de risco
(glicemia em jejum
5,6 mmol/l [100,8 mg/dl], IMC > 30 kg/m2, triglicéridos aumentados,
antecedentes de hipertensão).
População pediátrica
Num estudo de 48 semanas envolvendo crianças e adolescentes entre os 10-17 anos de idade
(rapazes no estadio Tanner II ou superior e raparigas pelo menos com um ano pós-menarca)
com hipercolesterolemia familiar heterozigótica (n = 175), o perfil de segurança e
tolerabilidade do grupo tratado com sinvastatina foi em geral semelhante ao do grupo que
recebeu placebo. Os efeitos a longo prazo na maturação física, intelectual e sexual são
desconhecidos. Não existem dados disponíveis suficientes após um ano de tratamento. (Ver
secções 4.2, 4.4 e 5.1).
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do
medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de
reações adversas diretamente ao INFARMED I.P.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Até à data, foram notificados alguns casos de sobredosagem; a dose máxima tomada foi de
3,6 g. Todos os doentes recuperaram sem sequelas. Não existe tratamento específico em caso
de sobredosagem. Neste caso, dever-se-ão adotar medidas genéricas sintomáticas e de
suporte.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 3.7- Aparelho Cardiovascular. Antidislipidémicos. Inibidor da
redutase da HMG-CoA
Código ATC: C10A A01
Mecanismo de ação
Após a administração oral, a sinvastatina, uma lactona inativa, é hidrolisada no fígado na
forma do beta-hidroxiácido ativo correspondente, que tem uma atividade significativa na
inibição da redutase da HMG-CoA (redutase da 3-hidroxi 3-metilglutaril-CoA). Esta enzima
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catalisa a conversão de HMG-CoA em mevalonato, um passo inicial e limitante da velocidade
de biossíntese do colesterol.
A sinvastatina demonstrou reduzir as concentrações normais ou elevadas de C-LDL. As LDL
são formadas por proteínas de muito baixa densidade (VLDL) e são catabolizadas
predominantemente pelo recetor de elevada afinidade das LDL. O mecanismo de redução das
LDL pela sinvastatina pode envolver a diminuição da concentração do colesterol das VLDL
(VLDL-C) e a indução do recetor das LDL, conduzindo a uma diminuição da produção e ao
aumento do catabolismo do C-LDL. A apolipoproteína B também diminui substancialmente
durante o tratamento com sinvastatina. Além disso, a sinvastatina aumenta moderadamente o
C-LDL e reduz os TG plasmáticos. Como resultado destas alterações, os rácios de C- total/C-
HDL e de C-LDL/C-HDL estão reduzidos.
Eficácia e segurança clínicas
Risco Elevado de Doença Cardíaca Coronária (DCC) ou Doença Cardíaca Coronária existente
No estudo HPS (Heart Protection Study), os efeitos da terapêutica com sinvastatina foram
avaliados em 20.536 doentes (entre 40 e 80 anos de idade), com ou sem hiperlipidemia e com
doença cardíaca coronária, outra doença arterial oclusiva ou diabetes mellitus. Neste estudo,
10.269 doentes foram tratados com 40 mg/dia de sinvastatina e 10.267 doentes receberam
placebo durante um período médio de 5 anos. No início do estudo, 6.793 doentes (33 %)
apresentavam níveis de C-LDL inferiores a 116 mg/dl; 5.063 doentes (25 %) apresentavam
valores entre 116 mg/dl e 135 mg/dl; e 8.680 doentes (42 %) apresentavam valores superiores
a 135 mg/dl.
O tratamento com 40 mg/dia de sinvastatina, em comparação com o placebo, reduziu
significativamente o risco de mortalidade por todas as causas (1328 [12,9 %] para os doentes
tratados com sinvastatina versus 1507 [14,7 %] para os doentes que receberam placebo; p =
0,0003) devido a uma diminuição de 18 % da taxa de morte por doença cardíaca coronária
(587 [5,7 %] versus 707 [6,9 %]; p = 0,0005; redução do risco absoluto de 1,2 %). A redução
das mortes por causas não-vasculares não foi estatisticamente significativa. A sinvastatina
reduziu também em cerca de 27 % (p < 0,0001) o risco de acontecimentos coronários major
(engloba o parâmetro de avaliação final composto por enfarte do miocárdio não fatal ou morte
por doença cardíaca coronária). A sinvastatina reduziu em cerca de 30 % (p < 0,0001) a
necessidade de procedimentos de revascularização coronária (incluindo bypass das artérias
coronárias e angioplastia coronária transluminosa percutânea) e em 16 % (p = 0,006) os
procedimentos de revascularização periféricos e outros não coronários. A sinvastatina reduziu
em cerca de 25 % (p < 0,0001) o risco de AVC, atribuível a uma redução de 30 % do AVC
isquémico (p < 0,0001). Além disso, no subgrupo de doentes com diabetes, sinvastatina
reduziu em cerca de 21 % (p = 0,0293) o risco de desenvolvimento de complicações
macrovasculares, incluindo procedimentos de revascularização periférica (cirurgia ou
angioplastia), amputações dos membros inferiores, ou úlceras da perna. A redução
proporcional da taxa de acontecimentos foi semelhante em cada subgrupo de doentes
estudados, incluindo os que não tinham doença coronária mas que tinham doença vascular
cerebral ou arterial periférica, em homens e mulheres com menos ou mais de 70 anos à data
de entrada no estudo, com presença ou ausência de hipertensão, e de salientar, nos que tinham
níveis iniciais de colesterol das LDL inferiores a 3,0 mmol/l.
No estudo 4S (Scandinavian Simvastatin Survival Study) avaliou-se o efeito, na mortalidade
total, da terapêutica com sinvastatina em 4.444 doentes com doença cardíaca coronária e com
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um colesterol total basal de 212-309 mg/dl (5,5-8 mmol/l). Neste estudo multicêntrico, de
distribuição aleatória, em dupla ocultação e controlado por placebo, os doentes com angina ou
enfarte do miocárdio (EM) prévio foram tratados com dieta, com o tratamento habitual e com
20-40 mg/dia de sinvastatina (n = 2.221) ou com placebo (n = 2.223) durante um tempo
médio de 5,4 anos reduziu o risco de morte em 30 % (redução do risco absoluto de 3,3 %). O
risco de morte por doença cardíaca coronária foi reduzido em 42 % (redução do risco absoluto
de 3,5 %). A sinvastatina reduziu também em 34 % o risco de ocorrência de acontecimentos
coronários major (morte por doença coronária com EM silencioso e não fatal confirmado em
hospital). Além disso, a sinvastatina reduziu significativamente o risco de acontecimentos
cerebrovasculares fatais e não fatais (acidente vascular cerebral e acidente isquémico
transitório) em 28 %. Em relação à mortalidade não cardiovascular, não houve diferença
estatisticamente significativa entre os grupos.
O Study of the Effectiveness of Additional Reductions in Cholesterol and Homocysteine
(SEARCH) avaliou o efeito do tratamento com sinvastatina 80 mg versus 20 mg
(acompanhamento mediano de 6,7 anos) relativamente aos Eventos Vasculares Major (EVM;
definidos como Doença Cardíaca Coronária fatal, Enfarte do Miocárdio não-fatal,
procedimento de revascularização coronário, acidente vascular cerebral fatal ou não-fatal ou
procedimento de revascularização periférico) em 12.064 doentes com antecedentes de enfarte
de miocárdio. Não houve diferença significativa na incidência de eventos vasculares major
entre os dois grupos; sinvastatina 20 mg (n=1553; 25,7%) vs. sinvastatina 80 mg (n=1477;
24,5%); RR 0,94; IC 95%: 0,88 a 1,01. A diferença absoluta no C-LDL entre os dois grupos
durante o decurso do estudo foi de 0,35 ±0,01 mmol/l. Os perfis de segurança foram idênticos
entre os dois grupos de tratamento exceto a incidência de miopatia que foi de cerca de 1,0%
para os doentes a tomar sinvastatina 80 mg em comparação com 0,02% nos doentes a tomar
sinvastatina 20 mg. Aproximadamente metade destes casos de miopatia ocorreu durante o
primeiro ano do tratamento. A incidência da miopatia durante cada ano de tratamento
subsequente foi de aproximadamente 0,1%.
Hipercolesterolemia Primária e Hiperlipidemia Mista
Em estudos que compararam a eficácia e a segurança de 10, 20, 40 e 80 mg sinvastatina
diários em doentes com hipercolesterolemia, as reduções médias do C-LDC foram,
respetivamente, de 30, 38, 41 e 47 %. Nos estudos realizados em doentes com hiperlipidemia
mista a tomar 40 mg e 80 mg de sinvastatina, as reduções médias nos triglicéridos foram,
respetivamente, de 28 e 33 % (placebo: 2 %) e os aumentos médios do C-HDL foram,
respetivamente, de 13 e 16 % (placebo: 3 %).
População pediátrica
Num estudo controlado com placebo, em dupla ocultação, 175 doentes (99 rapazes em estadio
Tanner II e superior e 76 raparigas com pelo menos um ano pós-menarca), dos 10 aos 17 anos
de idade (idade média 14,1 anos) com hipercolesterolemia familiar heterozigótica (HFHe),
foram distribuídos aleatoriamente para braços de tratamento com sinvastatina ou placebo
durante 24 semanas (estudo basal). A inclusão no estudo teve como critérios um valor inicial
de C-LDL entre 160 e 400 mg/dl e pelo menos um familiar com o nível de C-LDL > 189
mg/dl. A posologia de sinvastatina (uma vez por dia à noite) foi de 10 mg durante as
primeiras 8 semanas, 20 mg nas 8 semanas seguintes e 40 mg a partir daí. Numa extensão do
estudo de 24 semanas, 144 doentes foram selecionados a continuar a terapêutica e receberem
sinvastatina 40 mg ou placebo.
APROVADO EM
13-04-2018
INFARMED
A sinvastatina reduziu significativamente os níveis plasmáticos de C-LDL, TG e Apo B. Os
resultados obtidos na extensão às 48 semanas foram comparáveis aos observados no estudo
basal. Após 24 semanas de tratamento, o valor médio atingido de C-LDL foi de 124,9 mg/dl
(intervalo: 64,0-289,0 mg/dl) no grupo de sinvastatina > 40 mg comparado com 207,8 mg/dl
(intervalo: 128,0-334,0 mg/dl) no grupo placebo.
Após 24 semanas de tratamento com sinvastatina (com doses crescentes desde 10, 20 até 40
mg diários em intervalos de 8 semanas), a sinvastatina diminuiu a média de C-LDL em 36,8%
(placebo: 1,1 % de aumento sobre o valor inicial), Apo B em 32,4 % (placebo: 0,5 %) e os
níveis médios de TG em 7,9 % (placebo: 3,2 %) e aumentou os níveis médios de C-HDL em
8,3 % (placebo: 3,6 %). Não são conhecidos os benefícios a longo prazo de sinvastatina em
eventos cardiovasculares em crianças com HFHe.
A segurança e eficácia de doses superiores a 40 mg por dia não foram estudadas em crianças
com hipercolesterolemia familiar heterozigótica. A eficácia a longo prazo da terapêutica com
sinvastatina desde a infância para a redução da morbilidade e mortalidade na idade adulta não
foi estabelecida.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A sinvastatina é uma lactona inativa que é rapidamente hidrolisada in vivo no correspondente
beta-hidroxiácido, que é um potente inibidor da redutase da HMG-CoA. A hidrólise ocorre
principalmente no fígado; a hidrólise no plasma humano é muito baixa.
As propriedades farmacocinéticas foram avaliadas em adultos. Não estão disponíveis dados
farmacocinéticos em crianças e adolescentes.
Absorção
No ser humano, a sinvastatina é bem absorvida e sofre uma considerável extração de primeira
passagem hepática. A extração no fígado depende do fluxo sanguíneo hepático. O fígado é o
principal local de ação da forma ativa. A disponibilização do beta-hidroxiácido para a
circulação sistémica após a administração de uma dose oral de sinvastatina foi inferior a 5 %
da dose. A concentração plasmática máxima dos inibidores ativos é atingida
aproximadamente 1-2 horas após a administração da sinvastatina. A ingestão concomitante de
alimentos não afeta a absorção.
A farmacocinética das doses únicas e múltiplas de sinvastatina revelou que não ocorreu
acumulação do medicamento após a administração de doses múltiplas.
Distribuição
A ligação da sinvastatina e do seu metabolito ativo às proteínas é > 95 %.
Eliminação
A sinvastatina é um substrato do CYP3A4 (ver secções 4.3 e 4.5). Os principais metabolitos
da sinvastatina presentes no plasma humano são o beta-hidroxiácido e quatro metabolitos
ativos adicionais. Após a administração oral de uma dose de sinvastatina radioativa ao ser
humano, 13 % da radioatividade foi excretada na urina e 60 % nas fezes, no período de 96
horas. A quantidade recuperada nas fezes representa os equivalentes de medicamento
absorvido e excretado na bílis, assim como medicamento não absorvido. Após uma injeção
intravenosa do metabolito beta-hidroxiácido, a sua semivida média foi de 1,9 horas. Na urina,
foi excretada uma média de apenas 0,3 % da dose IV, como inibidores.
APROVADO EM
13-04-2018
INFARMED
A sinvastatina na sua forma ácida é absorvida ativamente para os hepatócitos pelo
transportador OATP1B1.
A sinvastatina é um substrato do transportador de efluxo da BCRP.
Populações Especiais
Polimorfismo SLCO1B1
Portadores do alelo c.521T > C do gene SLCO1B1 têm menor atividade da proteína
OATP1B1. A exposição média (AUC) do principal metabolito ativo, sinvastatina na sua
forma ácida, é de 120% em portadores heterozigóticos (CT) do alelo C e 221% em portadores
homozigóticos (CC) do alelo C em comparação com os doentes com o genótipo mais comum
(TT). O alelo C tem uma frequência de 18% na população europeia. Em doentes com o
polimorfismo SLCO1B1 existe o risco de uma exposição aumentada à forma ácida da
sinvastatina, o que pode levar a um aumento do risco de rabdomiólise (ver secção 4.4).
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Segundo estudos convencionais realizados em animais relativamente a farmacodinamia,
toxicidade de dose repetida, genotoxicidade e carcinogenicidade, não existem outros riscos
para o doente para além daqueles esperados tendo em consideração o mecanismo
farmacológico. Nas doses máximas toleradas no rato e no coelho, a sinvastatina não produziu
malformações fetais e não teve efeitos na fertilidade, na função reprodutora ou no
desenvolvimento neonatal.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Sinvastatina Lipaz 10 mg comprimidos revestidos por película
Núcleos:
Lactose mono-hidratada,
Amido pré-gelificado,
Celulose microcristalina 101,
Butil-hidroxianisol (E320),
Ácido ascórbico,
Ácido cítrico anidro,
Estearato de magnésio,
Sílica coloidal anidra,
Talco.
Revestimento:
Hidroxipropilmetilcelulose,
Hidroxipropilcelulose,
Dióxido de titânio (E171),
Talco,
Óxido de ferro amarelo (E172),
Óxido de ferro vermelho (E172),
Citrato de trietilo,
APROVADO EM
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INFARMED
Povidona K 30.
Sinvastatina Lipaz 20 mg comprimidos revestidos por película
Núcleos:
Lactose mono-hidratada,
Amido pré-gelificado,
Celulose microcristalina 101,
Butil-hidroxianisol (E320),
Ácido ascórbico,
Ácido cítrico anidro,
Estearato de magnésio,
Talco,
Sílica coloidal anidra.
Revestimento:
Opadry Y-1-7000 Branco (dióxido de titânio (E171), hipromelose),
Opadry OY-22920 Amarelo (óxido de ferro amarelo (E172)),
Óxido de ferro vermelho (E172),
Hidroxipropilcelulose,
Citrato de trietilo,
Talco,
Povidona K30.
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25ºC
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Os comprimidos revestidos de Sinvastatina são acondicionados em blister de
PVC/PVDC/Alu.
Embalagens de 20, 30 e 60 comprimidos de 10 mg.
Embalagens de 20, 30 e 60 comprimidos de 20 mg.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
APROVADO EM
13-04-2018
INFARMED
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Xamane, S.A.
Rua Azevedo Magalhães, nº705
4430-024 Vila Nova Gaia
Tel.: 224640770
E-mail: info@xamane.pt
8. NÚMERO (S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Sinvastatina Lipaz 10 mg Comprimidos Revestidos por Película
Nº de registo: 3002193 - 20 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blister
PVC/PVDC/Alu.
Nº de registo: 3002292 - 30 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blister
PVC/PVDC/Alu.
Nº de registo: 3002391 - 60 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blister
PVC/PVDC/Alu.
Sinvastatina Lipaz 20 mg Comprimidos Revestidos por Película
Nº de registo: 5913397 - 20 comprimidos revestidos por película, 20 mg, blister
PVC/PVDC/Alu.
Nº de registo: 3002490 - 30 comprimidos revestidos por película, 20 mg, blister
PVC/PVDC/Alu.
Nº de registo: 3002599 - 60 comprimidos revestidos por película, 20 mg, blister
PVC/PVDC/Alu.
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 16 de outubro de 1999
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Março de 2018.