Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
22-06-2018
18-05-2018
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22-06-2018
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
SINVASTATINA GP 10 mg Comprimidos revestidos por película
SINVASTATINA GP 20 mg Comprimidos revestidos por película
SINVASTATINA GP 40 mg Comprimidos revestidos por película
Sinvastatina
Leia com atenção este folheto antes de tomar este medicamento, pois contém informação
importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode ser-
lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste
folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é SINVASTATINA GP e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar SINVASTATINA GP
3. Como tomar SINVASTATINA GP
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar SINVASTATINA GP
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é SINVASTATINA GP e para que é utilizado
SINVASTATINA GP é um medicamento utilizado para baixar os valores de colesterol total,
colesterol “mau” (colesterol das LDL), e substâncias gordas chamadas triglicéridos no sangue.
Adicionalmente, SINVASTATINA GP aumenta os valores de colesterol “bom” (colesterol das
HDL). Enquanto estiver a tomar este medicamento deve manter uma dieta recomendada para
redução de colesterol. SINVASTATINA GP é um membro de uma classe de fármacos
denominados estatinas.
SINVASTATINA GP é indicado, adicionalmente à dieta, no caso de ter:
- um valor aumentado de colesterol no sangue (hipercolesterolémia primária) ou valores elevados
de gordura no sangue (hiperlipidémia mista)
- uma doença hereditária (hipercolesterolémia familiar homozigótica) responsável pelo aumento do
valor do colesterol no sangue. Pode também receber outros tratamentos
- doença coronária ou estiver em risco de a desenvolver (caso tenha diabetes, história de acidente
vascular cerebral, ou outra doença dos vasos sanguíneos).
SINVASTATINA GP pode prolongar a sua vida através da redução do risco de ataque cardíaco ou
de outras complicações cardiovasculares, independentemente do nível de colesterol no seu sangue.
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A maioria das pessoas não tem sintomas imediatos de colesterol elevado. O seu médico poderá
determinar o seu nível de colesterol através de uma simples análise ao sangue.
Mantenha as consultas regulares com o seu médico, para que ele possa indicar-lhe a melhor maneira
de controlar o seu colesterol.
2. O que precisa de saber antes de tomar SINVASTATINA GP
Não tome SINVASTATINA GP
- se tem alergia (hipersensibilidade) à sinvastatina ou a qualquer outro componente deste
medicamento (indicados na secção 6)
- se lhe foi diagnosticada uma doença de fígado
- se está grávida ou a amamentar
- se está a tomar:
- itraconazol ou cetoconazol (medicamentos antifúngicos)
- eritromicina, claritromicina ou telitromicina (antibióticos)
- indinavir, nelfinavir, ritonavir e saquinavir (inibidores da protease do VIH usados para as infeções
por VIH)
- nefazodona (antidepressivo).
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Sinvastatina GP
Fale com o seu médico sobre quaisquer problemas de saúde que possa ter ou já tenha tido, e sobre
as suas alergias.
Informe o seu médico se bebe grandes quantidades de bebidas alcoólicas.
Informe o seu médico se já teve alguma doença de fígado. SINVASTATINA GP pode não ser
indicado para si.
Informe o seu médico se tem insuficiência respiratória grave.
Informe o seu médico se for fazer uma operação cirúrgica. Pode necessitar parar de tomar os
comprimidos de SINVASTATINA GP por um curto período de tempo.
Antes de iniciar o tratamento com SINVASTATINA GP, o seu médico deve fazer análises ao seu
sangue para verificar se o seu fígado está a funcionar adequadamente.
O seu médico pode também requisitar análises ao sangue para verificar como está a funcionar o seu
fígado após ter iniciado o tratamento com SINVASTATINA GP.
Consulte o seu médico imediatamente se sentir dor, sensibilidade ou fraqueza musculares. Isto
deve-se ao facto de em raras situações, os problemas musculares poderem ser graves, incluindo
destruição muscular (rabdomiólise) que resulta em lesões nos rins; e em muito raras situações
ocorreram mortes.
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Há maior risco de destruição muscular com as doses mais elevadas de SINVASTATINA GP e esta
é maior em certos doentes. Informe o seu médico se alguma das seguintes situações se aplicar a si:
- consome grandes quantidades de álcool
- problemas nos rins
- problemas na tiroide
- tem mais de 70 anos de idade
- alguma vez teve problemas musculares durante o tratamento com medicamentos para baixar o
colesterol chamados “estatinas” ou fibratos.
- tem, ou algum familiar próximo tem, um distúrbio muscular hereditário.
Enquanto estiver a tomar este medicamento o seu médico irá avaliar se tem diabetes ou está em
risco de vir a ter diabetes. Estará em risco de vir a ter diabetes se tem níveis elevados de açúcar e
gorduras no sangue, excesso de peso ou pressão arterial elevada.
Informe igualmente o seu médico ou farmacêutico se sentir uma fraqueza muscular constante.
Podem ser necessários testes ou medicamentos adicionais para diagnosticar e tratar este problema.
Crianças
A utilização de SINVASTATINA GP não é recomendada em crianças.
Outros medicamentos e Sinvastatina GP
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente ou se vier a
tomar outros medicamentos.
Tomar SINVASTATINA GP com qualquer um dos seguintes medicamentos poderá aumentar o
risco de problemas musculares (alguns destes foram já referidos na secção anterior “Não tome
SINVASTATINA GP”), por isso é particularmente importante informar o seu médico se estiver a
tomar:
- ciclosporina (um medicamento frequentemente utilizado em doentes com transplante de órgãos)
- danazol (uma hormona sintética usada para tratar a endometriose)
- medicamentos como o itraconazol ou cetoconazol (antifúngicos)
- fibratos como o genfibrozil e bezafibrato (medicamentos para baixar o colesterol)
- eritromicina, claritromicina, telitromicina ou ácido fusídico (antibióticos)
- inibidores da protease do VIH como o indinavir, nelfinavir, ritonavir e saquinavir (medicamentos
para a SIDA)
- nefazodona (antidepressivo)
- amiodarona (um medicamento usado para tratar o batimento irregular do coração)
- verapamil ou diltiazem (medicamentos usados para tratar a pressão arterial elevada, a angina de
peito ou outras doenças do coração).
Para além dos medicamentos acima indicados, informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a
tomar ou tiver tomado recentemente quaisquer outros medicamentos, incluindo medicamentos
obtidos sem receita médica. Em particular, informe o seu médico se estiver a tomar algum dos
seguintes medicamentos:
- medicamentos que previnem os coágulos no sangue, como por exemplo a varfarina
- fenprocumona ou acenocumarol (anticoagulantes)
- fenofibrato (outro medicamento para baixar o colesterol)
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- niacina (outro medicamento para baixar o colesterol).
Sinvastatina GP com alimentos, bebidas e álcool
O sumo de toranja contém um ou mais componentes que alteram o modo como o organismo utiliza
certos medicamentos, incluindo SINVASTATINA GP. O consumo de sumo de toranja deverá ser
evitado.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu
médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Gravidez
Se engravidar durante o tratamento com SINVASTATINA GP, pare imediatamente o tratamento e
fale com o seu médico.
Amamentação
Não tome SINVASTATINA GP se está a amamentar, uma vez que se desconhece se o
medicamento passa para o leite materno.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não se prevê que SINVASTATINA GP interfira com a sua capacidade de conduzir ou utilizar
máquinas.
No entanto, deve ser tomado em consideração que algumas pessoas sentem tonturas após tomarem
SINVASTATINA GP.
Sinvastatina GP contém lactose mono-hidratada. Se foi informado pelo seu médico que tem
intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
3. Como tomar SINVASTATINA GP
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu médico ou
farmacêutico se tiver dúvidas.
Enquanto estiver a tomar SINVASTATINA GP, deverá fazer uma dieta para reduzir o colesterol.
A dose é de 1 comprimido de SINVASTATINA GP 10 mg, 20 mg ou 40 mg, tomado por via oral,
uma vez por dia.
Uma dose de 80 mg é apenas recomendada em doentes com níveis de colesterol muito elevado e
com elevado risco de complicações cardiovasculares.
O seu médico decidirá qual a dose apropriada para si, de acordo com o seu tratamento atual e a sua
situação de risco.
Tome SINVASTATINA GP à noite. SINVASTATINA GP pode ser tomado com ou sem alimentos.
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A dose inicial habitual é de 10 mg, 20 mg ou, em alguns casos, 40 mg por dia. O seu médico poderá
ajustar a dose de SINVASTATINA GP após, no mínimo, 4 semanas até um máximo de 80 mg por
dia. Não tome mais que 80 mg por dia. O seu médico poderá receitar doses mais baixas, sobretudo,
se estiver a tomar alguns dos medicamentos atrás mencionados ou tiver determinados problemas
renais.
Tome SINVASTATINA GP até o seu médico mandar parar.
Se o seu médico lhe receitou SINVASTATINA GP juntamente com um medicamento sequestrante
dos ácidos biliares (medicamentos para baixar o colesterol), deve tomar SINVASTATINA GP, pelo
menos, 2 horas antes, ou 4 horas depois de tomar o sequestrante dos ácidos biliares.
Se tomar mais SINVASTATINA GP do que deveria
Por favor contacte o seu médico ou farmacêutico.
Caso se tenha esquecido de tomar SINVASTATINA GP
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Volte a tomar os
comprimidos de SINVASTATINA GP dentro do horário previsto no dia seguinte.
Se parar de tomar SINVASTATINA GP
O seu colesterol pode aumentar de novo.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou
farmacêutico.
4. Efeitos secundários Possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora, estes
não se manifestem em todas as pessoas.
É utilizada a seguinte terminologia para descrever a frequência com que os efeitos secundários têm
sido relatados: Raros (ocorrem em 1 ou mais doentes em cada 10.000 mas em menos de 1 em cada
1.000 doentes tratados)
Foram comunicados os seguintes efeitos secundários raros:
Se ocorrer algum destes efeitos secundários graves, pare de tomar o medicamento, consulte
imediatamente o seu médico ou dirija-se ao serviço de urgências do hospital mais próximo.
- dor, sensibilidade ou fraqueza musculares ou cãibras. Em raras situações, estes problemas
musculares podem ser graves, incluindo destruição muscular (rabdomiólise) que resulta em lesões
nos rins; e em situações muito raras, ocorreram mortes.
- reações de hipersensibilidade (alérgicas) incluindo: inchaço da face, língua e garganta, que podem
causar dificuldade em respirar
- dor muscular grave, habitualmente nos ombros e anca
- erupção cutânea com fraqueza muscular dos membros e do pescoço
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- dor ou inflamação das articulações
- inflamação dos vasos sanguíneos
- nódoas negras pouco comuns, erupções e inchaço na pele, urticária, sensibilidade da pele ao sol,
febre, rubor facial
- dificuldade em respirar e mal-estar
- quadro de doença tipo lúpus (incluindo erupção cutânea, distúrbios nas articulações e efeitos nas
células do sangue)
- inflamação do fígado com amarelecimento da pele e dos olhos, comichão, urina escura ou fezes
descoradas, insuficiência hepática (muito rara)
- inflamação do pâncreas, frequentemente com dor abdominal grave.
Foram também raramente comunicados os seguintes efeitos secundários:
- número baixo de glóbulos vermelhos (anemia)
- dormência ou fraqueza nos braços e pernas
- dor de cabeça, sensação de formigueiro, tonturas
- perturbações digestivas (dor abdominal, prisão de ventre, gases intestinais, indigestão, diarreia,
náuseas, vómitos)
- erupção cutânea, comichão, perda de cabelo
- fraqueza
Efeitos secundários com frequência desconhecida:
- fraqueza muscular constante
Valores Laboratoriais
Nas análises ao sangue foram observados aumentos de alguns valores da função hepática e de uma
enzima muscular (creatina quinase).
Efeitos de classe:
Distúrbios do sono, incluindo insónias e pesadelos
Perda de memória
Disfunção sexual
Depressão
Problemas respiratórios incluindo tosse persistente e/ou falta de ar ou febre.
Diabetes. É mais provável ter diabetes se tiver níveis elevados de açúcar e gorduras no sangue,
excesso de peso ou pressão arterial elevada. O seu médico irá avaliar se tem diabetes enquanto
estiver a tomar este medicamento.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste
folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá comunicar efeitos secundários
diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos abaixo:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
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Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança
deste medicamento.
5. Como conservar SINVASTATINA GP
Manter fora da vista e do alcance das crianças.
Não conservar acima de 30ºC.
Não utilize SINVASTATINA GP após o prazo de validade impresso na embalagem exterior, após
EXP. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu
farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a
proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de SINVASTATINA GP
A substância ativa é a sinvastatina.
SINVASTATINA GP 10 mg comprimidos revestidos por película
Cada comprimido revestido por película contém 10 mg de sinvastatina.
SINVASTATINA GP 20 mg comprimidos revestidos por película
Cada comprimido revestido por película contém 20 mg de sinvastatina.
SINVASTATINA GP 40 mg comprimidos revestidos por película
Cada comprimido revestido por película contém 40 mg de sinvastatina.
Os outros componentes são:
Núcleo – lactose mono-hidratada, celulose microcristalina 101, amido pré-gelificado, butil-
hidroxianisol (E320), ácido ascórbico, ácido cítrico anidro, sílica coloidal anidra, talco, estearato de
magnésio.
Revestimento – hipromelose, óxido de ferro amarelo (E172), óxido de ferro vermelho (E172),
citrato de trietilo, dióxido de titânio (E171), talco e povidona K30.
Qual o aspeto de SINVASTATINA GP e conteúdo da embalagem
SINVASTATINA GP apresenta-se sob a forma de comprimidos revestidos por película
(comprimidos).
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SINVASTATINA GP 10 mg comprimidos revestidos por película
Os comprimidos revestidos por película são de cor de pêssego, de forma oval biconvexa, com
ranhura numa das faces (o comprimido pode ser dividido em metades iguais). Apresentam-se
acondicionados em blister de PVC/PVDC/Alumínio, em embalagens com 20, 28, 30, 56 ou 60
comprimidos revestidos por película.
SINVASTATINA GP 20 mg comprimidos revestidos por película
Os comprimidos revestidos por película são de cor salmão-acastanhada, de forma oval biconvexa,
com ranhura numa das faces (a ranhura do comprimido não se destina à sua divisão em doses
iguais). Apresentam-se acondicionados em blister de PVC/PVDC/Alumínio, em embalagens com
20, 28, 30, 56 ou 60 comprimidos revestidos por película.
SINVASTATINA GP 40 mg comprimidos revestidos por película
Os comprimidos revestidos por película são de cor salmão-avermelhado, de forma oval biconvexa.
Apresentam-se acondicionados em blister de PVC/PVDC/Alumínio, em embalagens com 20, 28,
30, 56 ou 60 comprimidos revestidos por película.
Podem não ser comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
GP - Genéricos Portugueses, Lda.
Rua Henrique de Paiva Couceiro, n.º 29, Venda Nova
2700-451 Amadora
Portugal
Fabricantes
SINVASTATINA GP 10 mg Comprimidos revestidos por película
Teva Pharma S.L.U.
Polígono Industrial Malpica, c/C n.º 4,
E-50016 Zaragoza
Espanha
Atlantic Pharma – Produções Farmacêuticas, S.A.
Rua da Tapada Grande, n.º 2, Abrunheira
2710-089 Sintra
Portugal
Farmalabor – Produtos Farmacêuticos, S.A.
Zona Industrial de Condeixa-a-Nova
3150-194 Condeixa-a-Nova
Portugal
SINVASTATINA GP 20 mg e 40 mg Comprimidos revestidos por película
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Farmalabor – Produtos Farmacêuticos, S.A.
Zona Industrial de Condeixa-a-Nova
3150-194 Condeixa-a-Nova
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
SINVASTATINA GP 10 mg comprimidos revestidos por película
SINVASTATINA GP 20 mg comprimidos revestidos por película
SINVASTATINA GP 40 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
SINVASTATINA GP 10 mg comprimidos revestidos por película
Cada comprimido revestido por película contém 10 mg de sinvastatina.
Excipiente(s) com efeito conhecido: lactose mono-hidratada - 65,73 mg
SINVASTATINA GP 20 mg comprimidos revestidos por película
Cada comprimido revestido por película contém 20 mg de sinvastatina.
Excipiente(s) com efeito conhecido: lactose mono-hidratada -131,46 mg
SINVASTATINA GP 40 mg comprimidos revestidos por película
Cada comprimido revestido por película contém 40 mg de sinvastatina.
Excipiente(s) com efeito conhecido: lactose mono-hidratada - 262,92 mg
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película (comprimido).
SINVASTATINA GP 10 mg comprimidos revestidos por película
Comprimido revestido por película cor de pêssego, de forma oval biconvexa, com ranhura numa
das faces (o comprimido pode ser dividido em metades iguais).
SINVASTATINA GP 20 mg comprimidos revestidos por película
Comprimido revestido por película de cor salmão-acastanhada, de forma oval biconvexa, com
ranhura numa das faces (a ranhura do comprimido não se destina à sua divisão em doses iguais).
SINVASTATINA GP 40 mg comprimidos revestidos por película
Comprimido revestido por película de cor salmão-avermelhado, de forma oval biconvexa.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Hipercolesterolémia
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Tratamento da hipercolesterolémia primária ou da dislipidémia mista, como adjuvante da dieta,
sempre que a resposta à dieta e a outros tratamentos não farmacológicos (ex. exercício físico, perda
de peso) seja inadequada.
Tratamento da hipercolesterolémia familiar homozigótica como adjuvante da dieta e outros
tratamentos hipolipemiantes (ex. LDL-aferese) ou se tais tratamentos não forem apropriados.
Prevenção cardiovascular
Redução da mortalidade e morbilidade cardiovasculares em doentes com doença cardiovascular
aterosclerótica evidente ou com diabetes mellitus, quer tenham níveis de colesterol normais ou
aumentados, como adjuvante da correção de outros fatores de risco e de outras terapêuticas
cardioprotectoras (ver secção 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
O intervalo posológico é de 5-80 mg/dia administrados por via oral numa dose única à noite. Os
ajustes posológicos, se necessários, devem ser feitos em intervalos não inferiores a 4 semanas, até
um máximo de 80 mg/dia administrados em dose única à noite. A dose de 80 mg é apenas
recomendada em doentes com hipercolesterolémia grave e em risco elevado de complicações
cardiovasculares.
Hipercolesterolémia
O doente deve estar a fazer uma dieta padronizada para a redução do colesterol, e deverá continuar
com esta dieta durante o tratamento com SINVASTATINA GP. A dose inicial habitual é de 10-20
mg/dia administrados em dose única à noite. Os doentes que necessitem de uma grande redução do
C-LDL (mais de 45 %) podem iniciar a terapêutica com 20-40 mg/dia em dose única administrada à
noite. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser efetuados da forma anteriormente
especificada.
Hipercolesterolémia familiar homozigótica
Com base nos resultados de um estudo clínico controlado, a posologia recomendada é de 40 mg/dia
de SINVASTATINA GP tomado à noite, ou de 80 mg/dia, divididos por 3 administrações, duas
diurnas de 20 mg e uma de 40 mg à noite. SINVASTATINA GP deve ser usado como adjuvante de
outros tratamentos hipolipemiantes (p. ex., LDL-aferese) neste grupo de doentes, ou só por si,
quando não estiverem disponíveis tais terapêuticas.
Prevenção cardiovascular
A dose habitual de SINVASTATINA GP é de 20 a 40 mg/dia, em toma única à noite, nos doentes
em elevado risco de doença cardíaca coronária (doença cardíaca coronária com ou sem
hiperlipidémia). A terapêutica farmacológica poderá ser iniciada em simultâneo com a dieta e o
exercício físico. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser efetuados da forma
anteriormente especificada.
Terapêutica concomitante
SINVASTATINA GP é eficaz isoladamente ou em associação com sequestrantes dos ácidos
biliares. A administração deve ocorrer 2 horas antes ou 4 horas após a administração de um
sequestrante dos ácidos biliares.
Nos doentes a tomar ciclosporina, genfibrozil danazol ou outros fibratos (exceto o fenofibrato)
concomitantemente com SINVASTATINA GP, a dose de SINVASTATINA GP não deve exceder
10 mg/dia. Em doentes a tomar amiodarona ou verapamil concomitantemente com
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SINVASTATINA GP, a dose de SINVASTATINA GP não deverá exceder 20 mg/dia (ver secções
4.4 e 4.5).
Posologia na insuficiência renal
Não deverá ser necessária uma modificação da posologia em doentes com insuficiência renal
moderada. Nos doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina <30 ml/min), as
posologias acima de 10 mg/dia deverão ser cuidadosamente consideradas e, se necessário,
instituídas com precaução.
Uso nos idosos
Não é necessário qualquer ajuste posológico.
Uso nas crianças e nos adolescentes
A experiência em crianças é limitada. SINVASTATINA GP não é recomendado para uso
pediátrico.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância(s) ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção
6.1.
Doença hepática ativa ou elevações persistentes e sem explicação das transaminases séricas.
Gravidez e aleitamento (ver secção 4.6).
Administração concomitante de inibidores potentes do CYP3A4 (ex. itraconazol, cetoconazol,
inibidores da protease do VIH, eritromicina, claritromicina, telitromicina e nefazodona) (ver secção
4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Miopatia/Rabdomiólise
A sinvastatina, tal como outros inibidores da redutase da HMG-CoA, provoca, ocasionalmente,
miopatia que se manifesta como dor, sensibilidade ou fraqueza musculares com elevações de
creatinaquinase (CK) acima de dez vezes o limite superior da normalidade (LSN). Por vezes a
miopatia toma a forma de rabdomiólise, com ou sem insuficiência renal aguda secundária a
mioglobinúria, tendo ocorrido muito raramente casos de morte. O risco de miopatia é aumentado
pelos elevados níveis de atividade inibidora da redutase da HMG-CoA plasmática.
Tal como com os outros inibidores da redutase da HMG-CoA, o risco de miopatia/rabdomiólise
depende da dose. Numa base de dados de ensaios clínicos, com 41.050 doentes tratados com
SINVASTATINA GP, dos quais 24.747 (aproximadamente 60 %) foram tratados pelo menos
durante 4 anos, a incidência de miopatia foi, aproximadamente, de 0,02 %, 0,08 % e 0,53 % com
20, 40 e 80 mg/dia, respetivamente. Nestes ensaios, os doentes foram cuidadosamente
monitorizados, tendo sido excluídos alguns medicamentos com interação.
Miopatia necrosante imunomediada
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INFARMED
Foram notificados casos muito raros de miopatia necrosante imunomediada (IMNM – imune-
mediated necrotizing myopathy) durante ou após o tratamento com algumas estatinas. A IMNM é
caracterizada clinicamente por fraqueza muscular proximal e elevação da creatina quinase sérica,
que persistem apesar da interrupção do tratamento com estatinas.
Medição da creatinaquinase
A creatinaquinase (CK) não deverá ser medida após o exercício físico vigoroso ou na presença de
qualquer outra causa passível de aumentar os níveis de CK, uma vez que isto torna difícil a
interpretação daqueles valores. Se os níveis basais de CK estiverem significativamente elevados
(> 5 x LSN), deverão ser reavaliados após 5 a 7 dias para confirmar os resultados.
Antes do tratamento
Todos os doentes a iniciar terapêutica com sinvastatina, ou cuja dose de sinvastatina esteja a ser
aumentada, devem ser avisados sobre o risco de miopatia e aconselhados a relatar de imediato
qualquer dor, sensibilidade ou fraqueza musculares que ocorram em explicação.
A prescrição de sinvastatina deve ser feita com precaução em doentes com fatores predisponentes
para rabdomiólise. Os níveis de CK devem ser avaliados antes do início da terapêutica com
sinvastatina, para estabelecer um valor de referência basal, nas seguintes situações:
Idosos (idade > 70 anos);
Disfunção renal;
Hipotiroidismo não controlado;
História pessoal ou familiar de alterações musculares hereditárias;
História prévia de toxicidade muscular devida a estatinas ou fibratos;
Abuso de álcool.
Nestas situações, dever-se-á ter em consideração o risco do tratamento em relação ao possível
benefício e recomenda-se a monitorização clínica. Se um doente já tiver tido anteriormente uma
perturbação muscular com um fibrato ou com uma estatina, o tratamento com um produto diferente
dessa classe deverá ser iniciado com precaução.
Se os níveis basais de CK estiverem significativamente elevados (> 5 x LSN), o tratamento não
deverá ser iniciado.
Durante o tratamento
Se ocorrer dor, fraqueza ou cãibras musculares durante o tratamento com sinvastatina, os níveis de
CK devem ser medidos. Se estes níveis estiverem significativamente elevados (> 5 x LSN), na
ausência de exercício físico vigoroso, o tratamento deverá ser interrompido. Se os sintomas
musculares forem graves e causarem desconforto diário, ainda que os níveis de CK sejam < 5 x
LSN, deverá ser considerada a descontinuação do tratamento. Se houver suspeita de miopatia por
qualquer outra razão, o tratamento deve ser descontinuado.
Se os sintomas desaparecerem e os níveis de CK normalizarem, poderá ser considerada a
reintrodução da estatina ou a introdução de uma estatina alternativa, na dosagem mais baixa desde
que seja efetuada uma monitorização cuidadosa.
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A terapêutica com sinvastatina deve ser temporariamente interrompida durante alguns dias antes de
grande cirurgia eletiva e quando surjam estados médicos ou cirúrgicos graves.
Medidas para reduzir o risco de miopatia causado pelas interações medicamentosas
(ver secção 4.5)
O risco de miopatia e rabdomiólise está significativamente aumentado pela utilização concomitante
de sinvastatina com inibidores potentes do CYP3A4 (tais como o itraconazol, cetoconazol,
eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores da protease do VIH, nefazodona), assim como
com genfibrozil, ciclosporina e danazol (ver secção 4.2).
O risco de miopatia e rabdomiólise está também aumentado pelo uso concomitante de outros
fibratos ou pelo uso concomitante de amiodarona ou verapamil com doses mais elevadas de
sinvastatina (ver secções 4.2 e 4.5). Ocorre também um ligeiro aumento do risco quando o diltiazem
é usado com sinvastatina 80 mg. O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, pode ser aumentado
pela administração concomitante de ácido fusídico com estatinas (ver secção 4.5).
Consequentemente, no que diz respeito aos inibidores do CYP3A4, a utilização concomitante de
sinvastatina com itraconazol, cetoconazol, inibidores da protease do VIH, eritromicina,
claritromicina, telitromicina e nefazodona está contraindicada (ver secções 4.3 e 4.5). Se o
tratamento com itraconazol, cetoconazol, eritromicina, claritromicina ou telitromicina for
inevitável, a terapêutica com sinvastatina tem que ser interrompida durante o tratamento. Além
disso, deve usar-se de precaução quando se associa a sinvastatina com alguns inibidores menos
potentes do CYP3A4: ciclosporina, verapamil, diltiazem (ver secções 4.2 e 4.5). Deve ser evitada a
ingestão concomitante de sumo de toranja e de sinvastatina.
A dose de sinvastatina não deve exceder 10 mg por dia em doentes a tomar concomitantemente
ciclosporina, danazol ou genfibrozil. A utilização de sinvastatina em associação com genfibrozil
deve ser evitada, exceto quando for provável que os benefícios superem os riscos aumentados desta
associação medicamentosa. Os benefícios da associação de 10 mg de sinvastatina por dia a outros
fibratos (exceto o fenofibrato), ciclosporina ou danazol devem ser cuidadosamente ponderados em
relação aos riscos potenciais destas associações (ver secções 4.2 e 4.5).
Deve usar-se de precaução ao prescrever fenofibrato ou niacina (
1g/dia) com sinvastatina, uma
vez que qualquer um destes medicamentos administrados isoladamente pode causar miopatia.
Deve ser evitada a utilização combinada de sinvastatina em doses superiores a 20 mg por dia com
amiodarona ou verapamil, exceto se for provável que o benefício clínico supere o risco aumentado
de miopatia (ver secções 4.2 e 4.5).
Se a associação medicamentosa revelar essa necessidade, os doentes tratados com ácido fusídico e
sinvastatina devem ser cuidadosamente monitorizados (ver secção 4.5). Pode ser considerada a
suspensão temporária do tratamento com sinvastatina.
Efeitos hepáticos
Nos estudos clínicos, ocorreram, num número reduzido de doentes adultos tratados com
sinvastatina, aumentos persistentes (para > 3 x LSN) das transaminases séricas. Quando a
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administração de sinvastatina foi interrompida ou suspensa nestes doentes, os níveis de
transaminases baixaram lentamente, de um modo geral, para os níveis anteriores ao tratamento.
Recomenda-se que sejam realizados testes de função hepática antes do início da terapêutica, e
posteriormente quando indicado clinicamente. Doentes tratados com uma dose de 80 mg devem
fazer um teste adicional antes do início da titulação, 3 meses após a titulação para a dose de 80 mg e
periodicamente (por ex. semestralmente) no primeiro ano de tratamento. Deverá ser dada atenção
especial aos doentes que registem aumentos dos níveis das transaminases séricas, e, nestes doentes,
os doseamentos deverão ser repetidos de imediato, e depois realizados mais frequentemente. Se os
níveis das transaminases séricas mostrarem aumentos progressivos, especialmente se aumentarem
para mais de 3 x LSN e forem persistentes, a sinvastatina deverá ser suspensa.
O medicamento deve ser usado com precaução em doentes que consumam quantidades substanciais
de álcool.
Tal como acontece com outros agentes hipolipemiantes, têm sido referidas elevações moderadas das
transaminases séricas (< 3 x LSN) na sequência do tratamento com sinvastatina. Estas alterações
surgiram pouco tempo após o início do tratamento com sinvastatina, foram geralmente transitórias,
não foram acompanhadas de quaisquer sintomas e não foi necessária a interrupção do tratamento.
Diabetes mellitus
Algumas evidências sugerem que as estatinas como classe farmacológica podem elevar a glicemia e
em alguns doentes, com elevado risco de ocorrência futura de diabetes, podem induzir um nível de
hiperglicemia em que o tratamento formal de diabetes é adequado. Este risco é, no entanto,
suplantado pela redução do risco vascular das estatinas e, portanto, não deve ser uma condição para
interromper a terapêutica. Os doentes em risco (glicemia em jejum entre 5,6 a 6,9 mmol/L,
IMC>30Kg/m2, triglicéridos aumentados, hipertensão) devem ser monitorizados tanto clínica como
bioquimicamente, de acordo com as orientações nacionais.
Doença pulmonar intersticial
Foram notificados casos raros de doença pulmonar intersticial com algumas estatinas,
especialmente com tratamentos de longa duração (ver secção 4.8). Os sintomas observados incluem
dispneia, tosse não produtiva e deterioração do estado de saúde em geral (fadiga, perda de peso e
febre). Se houver suspeita de desenvolvimento de doença pulmonar intersticial, a terapêutica com
estatina deve ser interrompida.
Função reduzida das proteínas de transporte
A função reduzida das proteínas transportadoras hepáticas OATP pode aumentar a exposição
sistémica da sinvastatina e o risco de miopatia e rabdomiólise. A função reduzida pode ocorrer
como resultado da inibição pela interação de medicamentos (por exemplo ciclosporina) ou em
doentes que são portadores do genótipo c.521T>C do SLCO1B1.
Os doentes portadores do alelo genético do SLCO1B1 (c.521T> C), que codifica a proteína
OATP1B1 menos ativa, têm uma maior exposição sistémica da sinvastatina e um aumento do risco
de miopatia.
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O risco de uma miopatia relacionada com a dose elevada (80 mg) de sinvastatina é, em geral, de
cerca de 1% sem avaliação genética. Com base nos resultados do estudo SEARCH, os portadores
homozigóticos do alelo C (também chamados de CC) tratados com 80 mg de sinvastatina têm um
risco de miopatia de 15% dentro de um ano, enquanto que o risco nos portadores heterozigóticos do
alelo C (TC) é de 1,5%. O risco correspondente é de 0,3% nos doentes com o genótipo mais comum
(TT) (ver secção 5.2). Quando disponível, a genotipagem para a presença do alelo C deve ser
considerada como parte da avaliação de risco-benefício, antes de prescrever 80 mg de sinvastatina e
doses elevadas devem ser evitadas nos doentes portadores do genótipo CC. No entanto, a ausência
deste gene na genotipagem não exclui que não possa ainda ocorrer miopatia.
Excipientes
Este medicamento contém lactose mono-hidratada. Doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à galactose, deficiência de lactase ou com malabsorção glucose-galactose não devem
tomar este medicamento.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Os estudos de interação só foram realizados em adultos.
Interações farmacodinâmicas
Interações com fármacos hipolipemiantes que podem causar miopatia quando administrados
isoladamente. O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, está aumentado durante a administração
concomitante com fibratos e niacina (ácido nicotínico) (
1 g/dia). Além disso, existe uma interação
farmacocinética com genfibrozil que resulta num aumento dos níveis plasmáticos de sinvastatina
(ver a seguir Interações farmacocinéticas e secções 4.2 e 4.4). Quando sinvastatina e fenofibrato são
administrados concomitantemente, não há evidência de que o risco de miopatia exceda a soma dos
riscos individuais de cada medicamento. Não estão disponíveis dados adequados de
farmacovigilância e farmacocinética para outros fibratos.
Interações farmacocinéticas
As recomendações relativas a prescrição para os medicamentos com interação são resumidas no
quadro seguinte (o texto fornece informações adicionais; ver também as secções 4.2, 4.3 e 4.4).
Interações Medicamentosas Associadas com o Risco Aumentado de Miopatia/Rabdomiólise
Medicamentos com interação
Recomendações de prescrição
Inibidores potentes do CYP3A4
Itraconazol
Cetoconazol
Eritromicina
Claritromicina
Telitromicina
Inibidores da protease do VIH
Nefazodona
Contraindicados com sinvastatina
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Genfibrozil
Evitar, mas se necessário, não exceder 10 mg de
sinvastatina por dia
Ciclosporina
Danazol
Outros fibratos (exceto o fenofibrato)
Não exceder 10 mg de sinvastatina por dia
Amiodarona
Verapamil
Não exceder 20 mg de sinvastatina por dia
Diltiazem
Não exceder 40 mg de sinvastatina por dia
Ácido fusídico
Os doentes devem ser cuidadosamente
monitorizados. Pode ser considerada a
suspensão temporária do tratamento com
sinvastatina.
Sumo de toranja
Evitar o sumo de toranja enquanto a sinvastatina
estiver a ser tomada
Efeito de outros medicamentos na sinvastatina
Interações que envolvem o CYP3A4
A sinvastatina é um substrato do citocromo P450 3A4. Os inibidores potentes do citocromo P450
3A4 aumentam o risco de miopatia e de rabdomiólise através do aumento da concentração de
atividade inibidora plasmática da redutase da HMG-CoA durante a terapêutica com sinvastatina.
Estes inibidores incluem itraconazol, cetoconazol, eritromicina, claritromicina, telitromicina,
inibidores da protease do VIH e nefazodona. A administração concomitante de itraconazol resultou
num aumento de mais de 10 vezes na exposição ao ácido da sinvastatina (o metabolito beta-
hidróxiácido ativo). A telitromicina causou um aumento de 11 vezes na exposição ao ácido da
sinvastatina.
Consequentemente, está contraindicada a utilização concomitante de sinvastatina com itraconazol,
cetoconazol, inibidores da protease do VIH, eritromicina, claritromicina, telitromicina e
nefazodona. Se o tratamento com itraconazol, cetoconazol, eritromicina, claritromicina ou
telitromicina for inevitável, a terapêutica com sinvastatina deverá ser interrompida durante o
tratamento. Deve usar-se de precaução quando se associa a sinvastatina com alguns inibidores
menos potentes do CYP3A4: ciclosporina, verapamil, diltiazem (ver secções 4.2 e 4.4).
Ciclosporina
O risco de miopatia/rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de ciclosporina,
particularmente com doses mais elevadas de sinvastatina (ver secções 4.2 e 4.4).
Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder 10 mg por dia em doentes a tomar
concomitantemente ciclosporina. Apesar de o mecanismo não ser totalmente compreendido, a
ciclosporina demonstrou aumentar a AUC dos inibidores da redutase da HMG-CoA. O aumento na
AUC do ácido da sinvastatina deve-se possivelmente, em parte, à inibição do CYP3A4.
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Danazol
O risco de miopatia e de rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de danazol
com doses mais elevadas de sinvastatina (ver secções 4.2 e 4.4).
Genfibrozil
O genfibrozil aumenta a AUC do ácido da sinvastatina em 1,9 vezes, possivelmente devido à
inibição da via metabólica de glucuronidação (ver secções 4.2 e 4.4).
Amiodarona e verapamil
O risco de miopatia e rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de amiodarona
ou verapamil com doses superiores de sinvastatina (ver secção 4.4). Num ensaio clínico em curso,
foi relatada miopatia em 6 % dos doentes a tomar 80 mg de sinvastatina e amiodarona. Uma análise
dos ensaios clínicos disponíveis mostrou uma incidência de miopatia de aproximadamente 1 % em
doentes a tomar 40 mg ou 80 mg de sinvastatina e verapamil. Num estudo de farmacocinética, a
administração concomitante com verapamil resultou num aumento de 2,3 vezes da exposição ao
ácido da sinvastatina, possivelmente devido, em parte, à inibição do CYP3A4. Consequentemente, a
dose de sinvastatina não deve exceder 20 mg por dia em doentes a tomar concomitantemente
amiodarona ou verapamil, exceto se for provável que o benefício clínico ultrapasse o risco
aumentado de miopatia e rabdomiólise.
Diltiazem
Uma análise dos ensaios clínicos disponíveis mostrou uma incidência de miopatia de 1 % em
doentes a tomar 80 mg de sinvastatina e diltiazem. O risco de miopatia em doentes a tomar 40 mg
de sinvastatina não foi aumentado pelo uso concomitante de diltiazem (ver secção 4.4). Num estudo
de farmacocinética, a administração concomitante de diltiazem causou um aumento 2,7 vezes na
exposição ao ácido da sinvastatina possivelmente devido à inibição do CYP3A4.
Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder 40 mg por dia em doentes a tomar
concomitantemente diltiazem, exceto se for provável que o benefício clínico ultrapasse o risco
aumentado de miopatia e rabdomiólise.
Ácido fusídico
O risco de miopatia pode ser aumentado pela administração concomitante de ácido fusídico com
estatinas, incluindo a sinvastatina. Foram notificados casos isolados de rabdomiólise com
sinvastatina. Pode ser considerada a suspensão temporária do tratamento com sinvastatina. Se se
revelar necessário, os doentes tratados com ácido fusídico e sinvastatina devem ser cuidadosamente
monitorizados (ver secção 4.4).
Sumo de toranja
O sumo de toranja inibe o citocromo P450 3A4. A ingestão concomitante de grandes quantidades
(mais de 1 litro por dia) de sumo de toranja e sinvastatina resultou num aumento de 7 vezes na
exposição ao ácido da sinvastatina. A ingestão de 240 ml de sumo de toranja de manhã e de
sinvastatina à noite, resultou também num aumento de 1,9 vezes. Logo, deve ser evitada a ingestão
de sumo de toranja durante o tratamento com sinvastatina.
Efeitos da sinvastatina na farmacocinética de outros medicamentos
A sinvastatina não tem um efeito inibidor no citocromo P450 3A4. Logo, não se espera que a
sinvastatina afete as concentrações plasmáticas de outras substâncias metabolizadas pelo citocromo
P450 3A4.
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Anticoagulantes orais
Em dois estudos clínicos, um realizado em voluntários saudáveis e o outro em doentes
hipercolesterolémicos, 20-40 mg/dia de sinvastatina, potenciaram ligeiramente o efeito dos
anticoagulantes cumarínicos: o tempo de protrombina registado como Razão Normalizada
Internacional (INR) aumentou de um valor inicial de 1,7 para 1,8 no estudo efetuado em voluntários
e de 2,6 para 3,4 no estudo efetuado nos doentes.
Foram relatados casos muito raros de aumento da INR. Nos doentes a tomar anticoagulantes
cumarínicos, o tempo de protrombina deverá ser determinado antes de iniciar a sinvastatina, e com
a frequência necessária durante a fase inicial do tratamento, para assegurar que não ocorrerá
alteração significativa no tempo de protrombina. Assim que se registar um tempo de protrombina
estável, este poderá ser monitorizado a intervalos geralmente recomendados para doentes que
tomam anticoagulantes cumarínicos. Caso se altere a dose ou se interrompa o tratamento com
sinvastatina, dever-se-á repetir o mesmo procedimento. A terapêutica com sinvastatina não foi
associada a hemorragias ou a alterações do tempo de protrombina em doentes que não tomam
anticoagulantes.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
SINVASTATINA GP está contraindicado durante a gravidez (ver secção 4.3).
Não foi estabelecida a segurança em mulheres grávidas. Não foram efetuados ensaios clínicos
controlados com sinvastatina em mulheres grávidas. Foram recebidos relatos raros de anomalias
congénitas após exposição intrauterina a inibidores da redutase da HMG-CoA. Contudo, numa
análise de aproximadamente 200 gestações, seguidas prospectivamente, expostas durante o primeiro
trimestre a sinvastatina ou a outro fármaco estreitamente relacionado com um inibidor da redutase
da HMG-CoA, a incidência de anomalias congénitas foi comparável à observada na população em
geral. Este número de gestações foi estatisticamente suficiente para excluir um aumento igual ou
superior a 2,5 vezes de anomalias congénitas em relação à incidência de base.
Apesar de não haver evidência de que a incidência de anomalias congénitas nos recém-nascidos de
doentes a tomar sinvastatina ou outro fármaco estreitamente relacionado com um inibidor da
redutase da HMG-CoA difira da observada na população em geral, o tratamento materno com
sinvastatina pode reduzir os níveis fetais de mevalonato, que é um precursor da biossíntese do
colesterol. A aterosclerose é um processo crónico e uma suspensão episódica dos fármacos
hipolipemiantes durante a gravidez deverá ter muito pouco impacto no risco a longo prazo
associado a hipercolesterolémia primária.
Por estas razões, SINVASTATINA GP não deve ser usado em mulheres grávidas, a tentar
engravidar ou com suspeita de estarem grávidas. O tratamento com SINVASTATINA GP deve ser
suspenso durante o período da gravidez ou até que se determine que a mulher não está grávida (ver
secções 4.3 e 5.3).
Aleitamento
Não se sabe se a sinvastatina, ou algum dos seus metabolitos, é excretada no leite humano. Uma vez
que muitos medicamentos são excretados no leite humano, e devido ao potencial de reações
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adversas graves, as mulheres que tomam SINVASTATINA GP não deverão amamentar os seus
filhos (ver secção 4.3).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de SINVASTATINA GP sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos
ou desprezíveis. No entanto, durante a condução e utilização de máquinas, deve ser tomado em
consideração que foram relatadas raramente tonturas na experiência pós-comercialização.
4.8 Efeitos indesejáveis
As frequências dos seguintes acontecimentos adversos, que foram relatados durante os estudos
clínicos e/ou na pós-comercialização, são classificados com base numa avaliação das suas taxas de
incidência em ensaios clínicos de grande dimensão, a longo prazo, controlados com placebo, que
incluem os estudos HPS e 4S, respetivamente com 20.536 e 4.444 doentes (ver secção 5.1). Para o
HPS, os únicos acontecimentos adversos graves registados foram mialgia, aumentos das
transaminases séricas e da CK. Para o 4S, foram registados todos os acontecimentos adversos
abaixo mencionados. Se as taxas de incidência sobre a sinvastatina foram menores ou semelhantes
às do placebo nestes ensaios, e se houve acontecimentos semelhantes com razoável nexo de
causalidade relatados espontaneamente, estes acontecimentos adversos são classificados como
“raros”.
No estudo HPS (ver secção 5.1), que envolveu 20.536 tratados com 40 mg/dia de sinvastatina
(n = 10.269) ou com placebo (n = 10.267), os perfis de segurança foram comparáveis entre doentes
tratados com 40 mg de sinvastatina e doentes tratados com placebo durante os 5 anos de duração
média do estudo. As percentagens de interrupção devidas a efeitos colaterais foram comparáveis
(4,8 % nos doentes tratados com 40 mg de sinvastatina, em comparação com 5,1 % nos doentes que
receberam placebo). A incidência de miopatia foi < 0,1 % em doentes tratados com 40 mg de
sinvastatina. O aumento das transaminases (> 3 x LSN, confirmada por repetição do teste) ocorreu
em 0,21 % (n = 21) dos doentes tratados com 40 mg de sinvastatina, em comparação com 0,09 %
(n = 9) dos doentes que receberam placebo.
As frequências de acontecimentos adversos são classificadas do seguinte modo: Muito frequentes
1/10), Frequentes (
1/100, < 1/10), Pouco frequentes (
1/1.000, < 1/100), Raros (
1/10.000,
< 1/1.000), Muito raros (< 1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados
disponíveis).
Doenças do sangue e do sistema linfático:
Raros: anemia
Doenças do sistema nervoso:
Raros: cefaleias, parestesias, tonturas, neuropatia periférica
Doenças gastrointestinais:
Raros: obstipação, dor abdominal, flatulência, dispepsia, diarreia, náuseas, vómitos, pancreatite
Afeções hepatobiliares:
Raros: hepatite/icterícia
Muito raros: insuficiência hepática
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Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Raros: erupção cutânea, prurido, alopecia
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos:
Raros: miopatia, rabdomiólise (ver secção 4.4), mialgia, cãibras musculares
Frequência desconhecida: miopatia necrosante imunomediada (ver secção 4.4)
Perturbações gerais e alterações no local de administração:
Raros: astenia
Doenças do sistema imunitário:
Muito raros: anafilaxia
Registou-se, raramente, uma aparente síndrome de hipersensibilidade que incluiu algumas das
seguintes manifestações: angioedema, síndroma do tipo lúpus, polimialgia reumática,
dermatomiosite, vasculite, trombocitopénia, eosinofilia, velocidade de sedimentação aumentada,
artrite e artralgia, urticária, fotossensibilidade, febre, rubor, dispneia e mal-estar.
Exames complementares de diagnóstico:
Raros: aumentos das transaminases séricas (ALT, AST,
-glutamil transpeptidase) (ver secção 4.4
Efeitos hepáticos), aumento da fosfatase alcalina; aumento dos níveis séricos de CK (ver secção
4.4).
Efeitos de classe:
Distúrbios do sono, incluindo insónias e pesadelos
Perda de memória
Disfunção sexual
Depressão
Diabetes mellitus: a frequência dependerá da presença ou ausência de fatores de risco (glicemia em
jejum
5,6 mmol/L, IMC>30Kg/m2, triglicéridos aumentados, história de hipertensão)
Casos excecionais de doença pulmonar intersticial, especialmente com terapêutica de longa duração
(ver secção 4.4)
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante,
uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento.
Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas
diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
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4.9 Sobredosagem
Até à data, foram notificados alguns casos de sobredosagem; a dose máxima tomada foi de 3,6 g.
Todos os doentes recuperaram sem sequelas. Não existe tratamento específico em caso de
sobredosagem. Neste caso, dever-se-ão adotar medidas genéricas sintomáticas e de suporte.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 3.7 Aparelho cardiovascular. Antidislipidémicos.
Código ATC: C10AA01
Após a administração oral, a sinvastatina, uma lactona inativa, é hidrolisada no fígado na forma do
beta-hidroxiácido ativo correspondente, que tem uma atividade significativa na inibição da redutase
da HMG-CoA (redutase da 3-hidroxi-3-metilglutaril-CoA). Esta enzima cataliza a conversão de
HMG-CoA em mevalonato, um passo inicial e limitante da velocidade de biossíntese do colesterol.
SINVASTATINA GP demonstrou reduzir as concentrações normais ou elevadas de C-LDL. As
LDL são formadas a partir de lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) e são catabolisadas
predominantemente pelo recetor de elevada afinidade das LDL. O mecanismo de redução das LDL
pelo SINVASTATINA GP pode envolver a diminuição da concentração do colesterol das VLDL
(VLDL-C) e a indução do recetor das LDL, conduzindo a uma diminuição da produção e ao
aumento do catabolismo do C-LDL. A apolipoproteína B também diminui substancialmente durante
o tratamento com SINVASTATINA GP. Além disso, SINVASTATINA GP aumenta
moderadamente o C-HDL e reduz os TG plasmáticos. Como resultado destas alterações, os rácios
de C- total/C-HDL e de C-LDL/C-HDL estão reduzidos.
Risco Elevado de Doença Coronária (DC) ou Doença Coronária
No estudo HPS (Heart Protection Study), avaliaram-se os efeitos da terapêutica com a sinvastatina
em 20.536 doentes (entre 40 e 80 anos de idade), com ou sem hiperlipidémia e com doença
coronária, outra doença arterial oclusiva ou diabetes mellitus. Neste estudo, 10.269 doentes foram
tratados com 40 mg/dia de sinvastatina e 10.267 doentes receberam placebo durante um período
médio de 5 anos. No início do estudo, 6.793 doentes (33 %) apresentavam níveis de C-LDL
inferiores a 116 mg/dl; 5.063 doentes (25 %) apresentavam valores entre 116 mg/dl e 135 mg/dl; e
8.680 doentes (42 %) apresentavam valores superiores a 135 mg/dl.
O tratamento com 40 mg/dia de sinvastatina, em comparação com o placebo, reduziu
significativamente o risco de mortalidade por todas as causas (1328 [12,9%] para os doentes
tratados com sinvastatina versus 1507 [14,7%] para os doentes que receberam placebo; p = 0,0003)
devido a uma diminuição de 18 % das mortes por doença coronária (587 [5,7%] versus 707 [6,9%];
p = 0,0005; redução do risco absoluto de 1,2%). A redução das mortes por causas não-vasculares
não foi estatisticamente significativa. A sinvastatina reduziu também em cerca de 27% (p < 0,0001)
o risco de acontecimentos coronários major (engloba o parâmetro de avaliação final composto por
enfarte do miocárdio não fatal ou morte por doença coronária). A sinvastatina reduziu em cerca de
30% (p < 0,0001) a necessidade de procedimentos de revascularização coronária (incluindo bypass
das artérias coronárias e angioplastia coronária transluminosa percutânea) e em 16 % (p = 0,006) os
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procedimentos de revascularização periféricos e outros não coronários. A sinvastatina reduziu em
cerca de 25% (p < 0,0001), o risco de AVC, atribuível a uma redução de 30% do AVC isquémico
(p < 0,0001). Além disso, no subgrupo de doentes com diabetes, a sinvastatina reduziu em cerca de
21 % (p = 0,0293) o risco de desenvolvimento de complicações macrovasculares, incluindo
procedimentos de revascularização periférica (cirurgia ou angioplastia), amputações dos membros
inferiores, ou úlceras da perna. A redução proporcional da taxa de acontecimentos, foi semelhante
em cada subgrupo de doentes estudados, incluindo os que não tinham doença coronária mas que
tinham doença vascular cerebral ou arterial periférica, em homens e mulheres com menos ou mais
de 70 anos à data de entrada no estudo, com presença ou ausência de hipertensão, e de salientar, nos
que tinham níveis iniciais de colesterol das LDL inferiores a 3,0 mmol/l.
No estudo 4S (Scandinavian Simvastatin Survival Study) avaliou-se o efeito, na mortalidade total,
da terapêutica com sinvastatina em 4.444 doentes com doença coronária e com um colesterol total
basal de 212-309 mg/dl (5,5-8 mmol/l). Neste estudo multicêntrico, de distribuição aleatória, em
dupla ocultação e controlado por placebo, os doentes com angina ou enfarte do miocárdio (EM)
prévio foram tratados com dieta, com o tratamento habitual e com 20-40 mg/dia de sinvastatina
(n = 2.221) ou com placebo (n = 2.223) durante um tempo médio de 5,4 anos reduziu o risco de
morte em 30 % (redução do risco absoluto de 3,3%). O risco de morte por doença coronária foi
reduzido em 42% (redução do risco absoluto de 3,5%). A sinvastatina reduziu também em 34% o
risco de ocorrência de acontecimentos coronários major (morte por doença coronária com EM
silencioso e não fatal confirmado em hospital). Além disso, a sinvastatina reduziu
significativamente o risco de acontecimentos cerebrovasculares fatais e não fatais (acidente vascular
cerebral e acidente isquémico transitório) em 28%. Em relação à mortalidade não cardiovascular,
não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos.
Hipercolesterolémia Primária e Hiperlipidémia Mista
Em estudos que compararam a eficácia e a segurança de 10, 20, 40 e 80 mg sinvastatina diários em
doentes com hipercolesterolémia, as reduções médias do C-LDC foram, respetivamente, de 30, 38,
41 e 47%. Nos estudos realizados em doentes com hiperlipidémia mista a tomar 40 mg e 80 mg de
sinvastatina, as reduções médias nos triglicéridos foram, respetivamente, de 28 e 33% (placebo:
2%) e os aumentos médios do C-HDL foram, respetivamente, de 13 e 16% (placebo: 3%).
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A sinvastatina é uma lactona inativa que é rapidamente hidrolisada in vivo no correspondente beta-
hidroxi-ácido, que é um potente inibidor da redutase da HMG-CoA. A hidrólise ocorre
principalmente no fígado; a hidrólise no plasma humano é muito baixa.
Absorção
No ser humano, a sinvastatina é bem absorvida e sofre uma considerável extração de primeira
passagem hepática. A extração no fígado depende do fluxo sanguíneo hepático. O fígado é o
principal local de ação da forma ativa. A disponibilização do beta-hidroxiácido para a circulação
sistémica após a administração de uma dose oral de sinvastatina foi inferior a 5% da dose. A
concentração plasmática máxima dos inibidores ativos é atingida aproximadamente 1-2 horas após a
administração da sinvastatina. A ingestão concomitante de alimentos não afeta a absorção.
APROVADO EM
18-05-2018
INFARMED
A farmacocinética das doses únicas e múltiplas de sinvastatina revelou que não ocorreu acumulação
do medicamento após a administração de doses múltiplas.
Distribuição
A ligação da sinvastatina e do seu metabolito ativo às proteínas é > 95%.
Eliminação
A sinvastatina é um substrato do CYP3A4 (ver secções 4.3 e 4.5). Os principais metabolitos da
sinvastatina presentes no plasma humano são o beta-hidroxiácido e quatro metabolitos ativos
adicionais. Após a administração oral de uma dose de sinvastatina radioativa ao ser humano, 13%
da radioatividade foi excretada na urina e 60 % nas fezes, no período de 96 horas. A quantidade
recuperada nas fezes representa os equivalentes de medicamento absorvido e excretado na bílis,
assim como medicamento não absorvido. Após uma injeção intravenosa do metabolito beta-
hidroxiácido, a sua semivida média foi de 1,9 horas. Na urina, foi excretada uma média de apenas
0,3 % da dose IV, como inibidores.
A sinvastatina é captada ativamente para os hepatócitos pelo transportador OATP1B1.
Populações especiais
Portadores do alelo c.521T > C do gene SLCO1B1 têm menor atividade da proteína OATP1B1. A
exposição média (AUC) do principal metabolito ativo, sinvastatina ácida, é de 120% em portadores
heterozigóticos (CT) do alelo C e 221% em portadores homozigóticos (CC) do alelo C em
comparação com os doentes com o genótipo mais comum (TT). O alelo C tem uma frequência de
18% na população europeia. Em doentes com o polimorfismo SLCO1B1 existe o risco de uma
exposição aumentada à sinvastatina, o que pode levar a um aumento do risco de rabdomiólise (ver
secção 4.4).
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Segundo estudos convencionais realizados em animais relativamente a farmacodinamia, toxicidade
de dose repetida, genotoxicidade e carcinogenicidade, não existem outros riscos para o doente para
além daqueles esperados tendo em consideração o mecanismo farmacológico. Nas doses máximas
toleradas no rato e no coelho, a sinvastatina não produziu malformações fetais e não teve efeitos na
fertilidade, na função reprodutora ou no desenvolvimento neonatal.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo:
- Lactose mono-hidratada
- Celulose microcristalina 101
- Amido pré-gelificado
- Butil-hidroxianisol (E320)
- Ácido ascórbico
APROVADO EM
18-05-2018
INFARMED
- Ácido cítrico anidro
- Sílica coloidal anidra
- Talco
- Estearato de magnésio
Revestimento:
- Hipromelose
- Óxido de ferro vermelho (E172)
- Citrato de trietilo
- Dióxido de titânio (E171)
- Talco
- Povidona K30
- Óxido de ferro amarelo (E172)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30 °C.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blister de PVC/PVDC/Alumínio.
Embalagens de 20, 28, 30, 56 e 60 comprimidos revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
GP - Genéricos Portugueses, Lda.
Rua Henrique de Paiva Couceiro, n.º 29, Venda Nova
2700-451 Amadora
Portugal
APROVADO EM
18-05-2018
INFARMED
8. NÚMERO (S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
SINVASTATINA GP 10 mg comprimido revestido p/ película
Nº de registo: 4156287 - 20 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blister de PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4156386 - 28 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blister de PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4156485 - 30 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blister de PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4156584 - 56 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blister de PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4156683 - 60 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blister de PVC/PVDC/Alu
SINVASTATINA GP 20 mg comprimido revestido p/ película
Nº de registo: 4156782 - 20 comprimidos revestidos por película, 20 mg, blister de PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4156881 - 28 comprimidos revestidos por película, 20 mg, blister de PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4156980 - 30 comprimidos revestidos por película, 20 mg, blister de PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4157087 - 56 comprimidos revestidos por película, 20 mg, blister de PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4157186 - 60 comprimidos revestidos por película, 20 mg, blister de PVC/PVDC/Alu
SINVASTATINA GP 40 mg comprimido revestido p/ película
Nº de registo: 4157285 - 20 comprimidos revestidos por película, 40 mg, blister de PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4157384 - 28 comprimidos revestidos por película, 40 mg, blister de PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4157483 - 30 comprimidos revestidos por película, 40 mg, blister de PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4157582 - 56 comprimidos revestidos por película, 40 mg, blister de PVC/PVDC/Alu
Nº de registo: 4157681 - 60 comprimidos revestidos por película, 40 mg, blister de PVC/PVDC/Alu
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 8 de outubro de 2002
Data da última renovação: 8 de outubro de 2009
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO