Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
24-04-2015
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APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Sinvastatina Farmoz 10 mg comprimidos revestidos por película
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
O que contém este folheto:
1. O que é Sinvastatina Farmoz e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Sinvastatina Farmoz
3. Como tomar Sinvastatina Farmoz
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Sinvastatina Farmoz
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Sinvastatina Farmoz e para que é utilizado
Sinvastatina Farmoz é um medicamento utilizado para baixar os valores de colesterol
total, colesterol “mau” (colesterol das LDL) e substâncias gordas chamadas triglicéridos
no sangue. Adicionalmente, Sinvastatina Farmoz aumenta os valores de colesterol
“bom” (colesterol das HDL). Enquanto estiver a tomar este medicamento deve manter
uma dieta recomendada para redução de colesterol. Sinvastatina Farmoz é um membro
de uma classe de fármacos denominados estatinas.
Sinvastatina Farmoz é indicado, adicionalmente à dieta, em caso de ter:
- um valor aumentado de colesterol no sangue (hipercolesterolemia primária) ou valores
elevados de gordura no sangue (hiperlipidemia mista)
- uma doença hereditária (hipercolesterolemia familiar homozigótica) responsável pelo
aumento do valor do colesterol no sangue. Pode também receber outros tratamentos.
- doença coronária ou se estiver em risco de a desenvolver (caso tenha diabetes, história
de acidente vascular cerebral ou outra doença dos vasos sanguíneos).
Sinvastatina Farmoz pode prolongar a sua vida através da redução do risco de ataque
cardíaco ou de outras complicações cardiovasculares, independentemente do nível de
colesterol no seu sangue.
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A maioria das pessoas não tem sintomas imediatos de colesterol elevado. O seu médico
poderá determinar o seu nível de colesterol através de uma simples análise ao sangue.
Mantenha as consultas regulares com o seu médico, para que ele possa indicar-lhe a
melhor maneira de controlar o seu colesterol.
2. O que precisa de saber antes de tomar Sinvastatina Farmoz
Não tome Sinvastatina Farmoz:
- se tem alergia (hipersensibilidade) à sinvastatina ou a qualquer outro componente
deste medicamento (indicados na secção 6).
- se tem doença hepática ativa ou elevações persistentes e sem explicação das
transaminases séricas.
- se está grávida ou a amamentar.
- se está a tomar: itraconazol ou cetoconazol (medicamentos antifúngicos) eritromicina,
claritromicina ou telitromicina (antibióticos) indinavir, nelfinavir, ritonavir e saquinavir
(inibidores da protease do VIH usados para as infeções por VIH) nefazodona
(antidepressivo).
Advertências e precauções
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de tomar Sinvastatina
Farmoz.
Tome especial cuidado com Sinvastatina Farmoz
Fale com o seu médico sobre quaisquer problemas de saúde que possa ter ou já tenha
tido, e sobre as suas alergias.
Informe o seu médico se bebe grandes quantidades de bebidas alcoólicas.
Informe o seu médico se já teve alguma doença de fígado. Sinvastatina Farmoz pode
não ser indicado para si.
Informe o seu médico se for fazer uma operação cirúrgica. Pode necessitar de parar de
tomar os comprimidos de Sinvastatina Farmoz por um curto período de tempo.
Antes de iniciar o tratamento com Sinvastatina Farmoz, o seu médico deve fazer
análises ao seu sangue para verificar se o seu fígado está a funcionar adequadamente.
O seu médico pode também requisitar análises ao sangue para verificar como está a
funcionar o seu fígado após ter iniciado o tratamento com Sinvastatina Farmoz.
Informe igualmente o seu médico ou farmacêutico se sentir uma fraqueza muscular
constante. Podem ser necessários testes ou medicamentos adicionais para diagnosticar e
tratar este problema.
Consulte o seu médico imediatamente se sentir dor, sensibilidade ou fraqueza
musculares. Isto deve-se ao facto de, em raras situações, os problemas musculares
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poderem ser graves, incluindo destruição muscular (rabdomiólise) que resulta em lesões
nos rins; em muito raras situações ocorreram mortes.
Há maior risco de destruição muscular com as doses mais elevadas de Sinvastatina
Farmoz e esta é maior em certos doentes. Informe o seu médico se alguma das seguintes
situações se aplicar a si: consome grandes quantidades de álcool, problemas nos rins,
problemas na tiroide, tem mais de 70 anos de idade, alguma vez teve problemas
musculares durante o tratamento com medicamentos para baixar o colesterol chamados
“estatinas” ou fibratos tem, ou algum familiar próximo tem um distúrbio muscular
hereditário.
Confirme com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Sinvastatina Farmoz:
- se tem insuficiência respiratória grave.
Enquanto estiver a tomar este medicamento o seu médico irá avaliar se tem diabetes ou
está em risco de vir a ter diabetes. Estará em risco de vir a ter diabetes se tem níveis
elevados de açúcar e gorduras no sangue, excesso de peso ou pressão arterial elevada.
Crianças
A utilização de Sinvastatina Farmoz não é recomendada em crianças.
Outros medicamentos e Sinvastatina Farmoz
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Tomar Sinvastatina Farmoz com qualquer um dos seguintes medicamentos poderá
aumentar o risco de problemas musculares (alguns destes foram já referidos na secção
anterior “Não tome Sinvastatina Farmoz”), por isso é particularmente importante que
informe o seu médico se estiver a tomar:
ciclosporina (um medicamento frequentemente utilizado em doentes com transplante de
órgãos) danazol (uma hormona sintética usada para tratar a endometriose)
medicamentos como o itraconazol ou cetoconazol (antifúngicos) fibratos como o
gemfibrozil e bezafibrato (medicamentos para baixar o colesterol) eritromicina,
claritromicina, telitromicina ou ácido fusídico (antibióticos) inibidores da protease do
VIH como o indinavir, nelfinavir, ritonavir e saquinavir (medicamentos para a SIDA)
nefazodona (antidepressivo) amiodarona (um medicamento usado para tratar o
batimento irregular do coração) verapamilo ou diltiazem (medicamentos usados para
tratar a pressão arterial elevada, a angina de peito ou outras doenças do coração).
Em particular, informe o seu médico se estiver a tomar algum dos seguintes
medicamentos: medicamentos que previnem os coágulos no sangue, como por exemplo
a varfarina, fenprocumona ou acenocumarol (anticoagulantes) fenofibrato (outro
medicamento para baixar o colesterol) niacina (outro medicamento para baixar o
colesterol).
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Sinvastatina Farmoz com alimentos e bebidas
O sumo de toranja contém um ou mais componentes que alteram o modo como o
organismo utiliza certos medicamentos, incluindo Sinvastatina Farmoz. O consumo de
sumo de toranja deverá ser evitado.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte
o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Não tome Sinvastatina Farmoz se está grávida, planeia engravidar ou suspeita que está
grávida. Se engravidar durante o tratamento com Sinvastatina Farmoz, pare
imediatamente o tratamento e fale com o seu médico. Não tome Sinvastatina Farmoz se
está a amamentar, uma vez que se desconhece se o medicamento passa para o leite
materno.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não se prevê que Sinvastatina Farmoz interfira com a sua capacidade de conduzir ou
utilizar máquinas. No entanto, deve ser tomado em consideração que algumas pessoas
sentem tonturas após tomarem Sinvastatina Farmoz.
Sinvastatina Farmoz contém lactose.
Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o
antes de tomar este medicamento.
3. Como tomar Sinvastatina Farmoz
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Enquanto estiver a tomar Sinvastatina Farmoz, deverá fazer uma dieta para reduzir o
colesterol.
A dose é de 1 comprimido de Sinvastatina Farmoz 10 mg, 20 mg ou 40 mg tomado por
via oral, uma vez por dia.
A dose de 80 mg é apenas recomendada em doentes com níveis de colesterol muito
elevado e com elevado risco de complicações cardiovasculares.
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O seu médico decidirá qual a dose apropriada para si, de acordo com o seu tratamento
atual e a sua situação de risco.
Tome Sinvastatina Farmoz à noite. Sinvastatina Farmoz pode ser tomado com ou sem
alimentos. A dose inicial habitual é de 10, 20 ou, em alguns casos, 40 mg por dia. O seu
médico poderá ajustar a dose de Sinvastatina Farmoz após, no mínimo, 4 semanas até
um máximo de 80 mg por dia. Não tome mais que 80 mg por dia. O seu médico poderá
receitar doses mais baixas, sobretudo, se estiver a tomar alguns dos medicamentos atrás
mencionados ou tiver determinados problemas renais. Tome Sinvastatina Farmoz até o
seu médico mandar parar.
Se o seu médico lhe receitou Sinvastatina Farmoz juntamente com um medicamento
sequestrante dos ácidos biliares (medicamentos para baixar o colesterol), deve tomar
Sinvastatina Farmoz pelo menos 2 horas antes, ou 4 horas depois de tomar o
sequestrante dos ácidos biliares.
Se tomar mais Sinvastatina Farmoz do que deveria
Por favor contacte o seu médico ou farmacêutico.
Caso se tenha esquecido de tomar Sinvastatina Farmoz
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Volte
a tomar os comprimidos de Sinvastatina Farmoz dentro do horário previsto no dia
seguinte.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico,
farmacêutico ou enfermeiro.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestam em todas as pessoas.
É utilizada a seguinte terminologia para descrever a frequência com que os efeitos
secundários têm sido relatados:
Raros (ocorrem em 1 ou mais doentes de cada 10.000 mas em menos de 1 de cada
1.000 doentes tratados).
Foram comunicados os seguintes efeitos secundários raros: dor, sensibilidade ou
fraqueza musculares ou cãibras. Em raras situações, estes problemas musculares podem
ser graves, incluindo destruição muscular (rabdomiólise) que resulta em lesões nos rins;
e em muito raras situações ocorreram mortes.
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Reações de hipersensibilidade (alérgicas) incluindo: inchaço da face, língua e garganta,
que podem causar dificuldade em respirar, dor muscular grave, habitualmente nos
ombros e anca; erupção cutânea com fraqueza muscular dos membros e do pescoço
dor ou inflamação das articulações inflamação dos vasos sanguíneos nódoas negras
pouco comuns, erupções e inchaço na pele, urticária, sensibilidade da pele ao sol, febre,
rubor facial dificuldade em respirar e mal-estar, quadro de doença tipo lúpus (incluindo
erupção cutânea, distúrbios nas articulações e efeitos nas células do sangue) inflamação
do fígado com amarelecimento da pele e dos olhos, comichão, urina escura ou fezes
descoradas, insuficiência hepática (muito rara) inflamação do pâncreas, frequentemente
com dor abdominal grave.
Se ocorrer algum destes efeitos secundários graves, pare de tomar o medicamento,
consulte imediatamente o seu médico ou dirija-se ao serviço de urgências do hospital
mais próximo.
Foram também raramente comunicados os seguintes efeitos secundários: número baixo
de glóbulos vermelhos (anemia), dormência ou fraqueza nos braços e pernas, dor de
cabeça, sensação de formigueiro, tonturas perturbações digestivas (dor abdominal,
prisão de ventre, gases intestinais, indigestão, diarreia, náuseas, vómitos), erupção
cutânea, comichão, perda de cabelo, fraqueza.
Efeitos secundários de frequência desconhecida: Fraqueza muscular constante.
Valores Laboratoriais
Nas análises ao sangue foram observados aumentos de alguns valores da função
hepática e de uma enzima muscular (creatina quinase).
Outros efeitos secundários possíveis:
Distúrbios do sono, incluindo insónias e pesadelos
Perda de memória
Disfunção sexual
Depressão
Problemas respiratórios incluindo tosse persistente e/ou falta de ar ou febre
Diabetes. É mais provável ter diabetes se tiver níveis elevados de açúcar e gorduras no
sangue, excesso de peso ou pressão arterial elevada. O seu médico irá avaliar se tem
diabetes enquanto estiver a tomar este medicamento.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
5. Como conservar Sinvastatina Farmoz
Não conservar acima de 30ºC. Conservar na embalagem de origem.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
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Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior, após "VAL". O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte
ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos de que já não utiliza. Estas
medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Sinvastatina Farmoz
A substância ativa é a sinvastatina.
Os outros componentes são:
Núcleo: Ácido ascórbico, ácido cítrico anidro, amido pré-gelificado, butil-hidroxianisol
(E320), celulose microcristalina, estearato de magnésio, lactose mono-hidratada, sílica
coloidal anidra e talco.
Revestimento: Citrato de trietilo, dióxido de titânio (E171), hipromelose, óxido de ferro
amarelo (E172), óxido de ferro vermelho (E172), povidona K 30 e talco.
Qual o aspeto de Sinvastatina Farmoz e conteúdo da embalagem
Sinvastina Farmoz apresenta-se na forma de comprimidos revestidos doseados a 10 mg
de sinvastatina que são de cor de pêssego, ovais e biconvexos. Encontra-se disponível
em embalagens de 20, 30 ou 60 unidades.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
FARMOZ - Sociedade Técnico Medicinal, S.A.
Rua da Tapada Grande, n.º 2
Abrunheira
2710-089 Sintra
Fabricante:
West Pharma – Produções de Especialidades Farmacêuticas, S.A.
Rua João de Deus, n.º 11, Venda Nova, 2700-486 Amadora
Portugal
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sinvastatina Farmoz 10 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém 10 mg de sinvastatina.
Excipiente(s) com efeito conhecido:
Lactose mono-hidratada - 65,73 mg.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Cor de pêssego, oval e biconvexo.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Hipercolesterolemia
Tratamento da hipercolesterolemia primária ou da dislipidemia mista, como adjuvante
da dieta, sempre que a resposta à dieta e a outros tratamentos não farmacológicos (ex.
exercício físico, perda de peso) for inadequada.
Tratamento da hipercolesterolemia familiar homozigótica como adjuvante da dieta e
outros tratamentos hipolipemiantes (ex. LDL-aferese) ou se tais tratamentos não forem
apropriados.
Prevenção cardiovascular
Redução da mortalidade e morbilidade cardiovasculares em doentes com doença
cardiovascular aterosclerótica evidente ou com diabetes mellitus, quer tenham níveis de
colesterol normais ou aumentados, como adjuvante da correção de outros fatores de
risco e outras terapêuticas cardioprotetoras (ver secção 5.1).
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4.2 Posologia e modo de administração
O intervalo posológico é de 5-80 mg/dia administrados por via oral numa dose única à
noite. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser feitos em intervalos não
inferiores a 4 semanas, até um máximo de 80 mg/dia administrados em dose única à
noite. A dose de 80 mg é apenas recomendada em doentes com hipercolesterolemia
grave e em risco elevado de complicações cardiovasculares.
Hipercolesterolemia
O doente deve estar a fazer uma dieta padronizada para a redução do colesterol, e
deverá continuar com esta dieta durante o tratamento com Sinvastatina Farmoz. A dose
habitual é de 10-20 mg/dia administrados em dose única à noite. Os doentes que
necessitem de uma grande redução de C-LDL (mais de 45%) podem iniciar a
terapêutica com 20-40 mg/dia em toma única administrada à noite. Os ajustes
posológicos, se necessários, devem ser efetuados da forma anteriormente especificada.
Hipercolesterolemia familiar homozigótica
Com base nos resultados de um estudo clínico controlado, a posologia recomendada é
de 40 mg/dia de Sinvastatina Farmoz tomado à noite, ou de 80 mg/dia, divididos por 3
administrações, duas diurnas de 20 mg e uma de 40 mg à noite. Sinvastatina Farmoz
deve ser usado como adjuvante de outros tratamentos hipolipemiantes (p.ex., LDL-
aferese) neste grupo de doentes, ou só por si, quando não estiverem disponíveis tais
terapêuticas.
Prevenção cardiovascular
A dose habitual de Sinvastatina Farmoz é de 20 mg a 40 mg/dia, em toma única à noite,
nos doentes em elevado risco de doença cardíaca coronária (doença cardíaca coronária
com ou sem hiperlipidemia). A terapia farmacológica poderá ser iniciada em simultâneo
com dieta e exercício físico. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser
efetuados da forma anteriormente especificada.
Terapêutica Concomitante
Sinvastatina Farmoz é eficaz isoladamente ou em associação com sequestrantes dos
ácidos biliares. A administração deve ocorrer 2 horas antes ou 4 horas após a
administração de um sequestrante dos ácidos biliares.
Nos doentes a tomar ciclosporina, gemfibrozil, danazol ou outros fibratos (exceto
fenofibrato) ou doses hipolipemiantes (
1 g/dia) de niacina concomitantemente com
Sinvastatina Farmoz, a dose de Sinvastatina Farmoz não deve exceder os 10 mg/dia.
Em doentes a tomar amiodarona ou verapamilo concomitantemente com Sinvastatina
Farmoz, a dose de Sinvastatina Farmoz não deverá exceder 20 mg/dia (ver secções 4.4 e
4.5).
Posologia na insuficiência renal
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Não deverá ser necessária uma modificação da posologia em doentes com insuficiência
renal moderada. Nos doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina
<
30 ml/min.) as posologias acima de 10 mg/dia deverão ser cuidadosamente
consideradas e, se necessário, instituídas com precaução.
Uso nos idosos
Não é necessário qualquer ajuste posológico.
População pediátrica
A eficácia e segurança da utilização de sinvastatina em crianças não foram
estabelecidas. Consequentemente, Sinvastatina Farmoz não é recomendada para uso
pediátrico.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na
secção 6.1.
Doença hepática ativa ou elevações persistentes e sem explicação das transaminases
séricas
Gravidez e aleitamento (ver secção 4.6)
Administração concomitante de inibidores potentes do CYP3A4 (ex. itraconazol,
cetoconazol, inibidores da protease do VIH, eritromicina, claritromicina, telitromicina e
nefazodona) (ver secção 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Miopatia/Rabdomiólise
A sinvastatina, tal como outros inibidores da redutase da HMG-CoA, provoca
ocasionalmente miopatia que se manifesta como dor, sensibilidade ou fraqueza
musculares, elevações de creatinaquinase (CK) mais de 10 vezes superiores ao limite
superior da normalidade (LSN). Por vezes a miopatia toma a forma de rabdomiólise,
com ou sem insuficiência renal aguda secundária a mioglobinúria, tendo ocorrido muito
raramente casos de morte. O risco de miopatia é aumentado pelos elevados níveis de
atividade inibidora da redutase da HMG-CoA plasmática.
Tal como com os outros inibidores da redutase da HMG-CoA, o risco de
miopatia/rabdomiólise depende da dose. Numa base de dados de ensaios clínicos com
41.050 doentes tratados com sinvastatina dos quais 24.747 (aproximadamente 60 %)
foram tratados pelo menos durante 4 anos, a incidência de miopatia foi de,
aproximadamente, 0,02 %, 0,08 % e 0,53 % com 20, 40 e 80 mg/dia, respetivamente.
Nestes ensaios, os doentes foram cuidadosamente monitorizados e foram excluídos
alguns dos fármacos com interação.
Função reduzida das proteínas de transporte
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A função reduzida das proteínas transportadoras hepáticas OATP pode aumentar a
exposição sistémica da sinvastatina e o risco de miopatia e rabdomiólise. A função
reduzida pode ocorrer como resultado da inibição pela interação de medicamentos (por
exemplo ciclosporina) ou em doentes que são portadores do genótipo c.521T>C do
SLCO1B1.
Os doentes portadores do alelo genético do SLCO1B1 (c.521T> C), que codifica a
proteína OATP1B1 menos ativa, têm uma maior exposição sistémica da sinvastatina e
um aumento do risco de miopatia.
O risco de uma miopatia relacionada com a dose elevada (80 mg) de sinvastatina é, em
geral, de cerca de 1% sem avaliação genética. Com base nos resultados do estudo
SEARCH, os portadores homozigóticos do alelo C (também chamados de CC) tratados
com 80 mg de sinvastatina têm um risco de miopatia de 15% dentro de um ano,
enquanto que o risco nos portadores heterozigóticos do alelo C (TC) é de 1,5%. O risco
correspondente é de 0,3% nos doentes com o genótipo mais comum (TT) (ver secção
5.2). Quando disponível, a genotipagem para a presença do alelo C deve ser
considerada como parte da avaliação de risco-benefício, antes de prescrever 80 mg de
sinvastatina e doses elevadas devem ser evitadas nos doentes portadores do genótipo
CC. No entanto, a ausência deste gene na genotipagem não exclui que não possa ainda
ocorrer miopatia.
Foram notificados casos muito raros de miopatia necrosante imunomediada (IMNM -
imune-mediated necrotizing myopathy) durante ou após o tratamento com algumas
estatinas. A IMNM é caracterizada clinicamente por fraqueza muscular proximal e
elevação da creatina quinase sérica, que persistem apesar da interrupção do tratamento
com estatinas.
Medição da creatinaquinase
A creatinaquinase (CK) não deverá ser medida após o exercício físico vigoroso ou na
presença de qualquer outra causa passível de aumentar os níveis de CK, uma vez que
isto torna difícil a interpretação daqueles valores. Se os níveis basais de CK estiverem
significativamente elevados (
>
5xLSN), deverão ser reavaliados após 5 a 7 dias para
confirmar os resultados.
Antes do tratamento
Todos os doentes a iniciar terapêutica com sinvastatina, ou cuja dose de sinvastatina
esteja a ser aumentada, devem ser avisados sobre o risco de miopatia e aconselhados a
relatar de imediato qualquer dor, sensibilidade ou fraqueza musculares que ocorram
sem explicação.
A prescrição de sinvastatina deve ser feita com precaução em doentes com fatores
predisponentes para rabdomiólise. Os níveis de CK devem ser avaliados antes do início
da terapêutica com sinvastatina, para estabelecer um valor de referência basal, nas
seguintes situações:
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- Idosos (idade > 70 anos)
- Disfunção renal
- Hipotiroidismo não controlado
- História pessoal ou familiar de alterações musculares hereditárias
- História prévia de toxicidade muscular devida a estatinas ou fibratos
- Abuso de álcool.
Nestas situações, dever-se-á ter em consideração o risco do tratamento em relação ao
possível benefício e recomenda-se a monitorização clínica. Se um doente já tiver tido
anteriormente uma perturbação muscular com um fibrato ou com uma estatina, o
tratamento com um produto diferente dessa classe deverá ser iniciado com precaução.
Se os níveis basais de CK estiverem significativamente elevados (>5x LSN), o
tratamento não deverá ser iniciado.
Durante o tratamento
Se ocorrer dor, fraqueza ou cãibras musculares durante o tratamento com sinvastatina,
os níveis de CK devem ser medidos. Se estes níveis estiverem significativamente
elevados (
>
5x LSN), na ausência de exercício físico vigoroso, o tratamento deverá ser
interrompido. Se os sintomas musculares forem graves e causarem desconforto diário,
ainda que os níveis de CK sejam
5x LSN, deverá ser considerada a descontinuação do
tratamento. Se houver suspeita de miopatia por qualquer outra razão, o tratamento
deverá ser descontinuado.
Se os sintomas desaparecerem e os níveis de CK normalizarem, poderá ser considerada
a reintrodução da sinvastatina ou a introdução de uma outra estatina alternativa, na
dosagem mais baixa, desde que seja efetuada uma monitorização cuidadosa.
A terapêutica com sinvastatina deve ser temporariamente interrompida durante uns dias
antes de cirurgia eletiva e quando surjam estados médicos ou cirúrgicos graves.
Medidas para reduzir o risco de miopatia causado pelas interações medicamentosas (ver
também secção 4.5)
O risco de miopatia e rabdomiólise está significativamente aumentado pela utilização
concomitante de sinvastatina com inibidores potentes do CYP3A4 (tais como
itraconazol, cetoconazol, eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores da
protease do VIH, nefazodona), assim como com gemfibrozil, ciclosporina e danazol
(ver secção 4.2).
O risco de miopatia e rabdomiólise está também aumentado pelo uso concomitante de
outros fibratos, doses hipolipemiantes (
1 g/dia) de niacina ou pelo uso concomitante
de amiodarona ou verapamilo com doses mais elevadas de sinvastatina (ver secções 4.2
e 4.5). Ocorre também um ligeiro aumento do risco quando o diltiazem é usado com
sinvastatina 80 mg. O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, pode ser aumentado
pela administração concomitante de ácido fusídico com estatinas (ver secção 4.5).
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Consequentemente, no que diz respeito aos inibidores do CYP3A4, a utilização
concomitante de sinvastatina com itraconazol, cetoconazol, inibidores da protease do
VIH, eritromicina, claritromicina, telitromicina e nefazodona está contraindicada (ver
secções 4.3 e 4.5). Se o tratamento com itraconazol, cetoconazol, eritromicina,
claritromicina ou telitromicina for inevitável, a terapêutica com sinvastatina tem que ser
interrompida durante o tratamento. Além disso, deve usar-se de precaução quando se
associa a sinvastatina com alguns inibidores menos potentes do CYP3A4: ciclosporina,
verapamilo, diltiazem (ver secções 4.2 e 4.5). Deve ser evitada a ingestão concomitante
de sumo de toranja e de sinvastatina.
A dose de sinvastatina não deve exceder 10 mg por dia em doentes a tomar
concomitantemente ciclosporina, danazol, gemfibrozil ou doses hipolipemiantes (
g/dia) de niacina. A utilização de sinvastatina em associação com gemfibrozil deve ser
evitada, exceto quando for provável que os benefícios superem os riscos aumentados
desta associação medicamentosa. Os benefícios da associação de 10 mg de sinvastatina
por dia a outros fibratos (exceto fenofibrato), niacina ou ciclosporina devem ser
cuidadosamente ponderados em relação aos riscos potenciais destas associações (ver
secções 4.2 e 4.5).
Deve usar-se de precaução ao prescrever fenofibrato ou niacina (
1g/dia) com
sinvastatina, uma vez que qualquer um destes medicamentos administrados
isoladamente pode causar miopatia.
Deve ser evitada a utilização combinada de sinvastatina em doses superiores a 20 mg
por dia com amiodarona ou verapamilo, exceto se for provável que o benefício clínico
supere o risco aumentado de miopatia (ver secções 4.2 e 4.5).
Se a associação medicamentosa revelar essa necessidade, os doentes tratados com ácido
fusídico e sinvastatina devem ser cuidadosamente monitorizados (ver secção 4.5). Pode
ser considerada a suspensão temporária do tratamento com sinvastatina.
Efeitos Hepáticos
Nos estudos clínicos ocorreram, num número reduzido de doentes adultos tratados com
sinvastatina, aumentos persistentes (para >3 x LSN) das transaminases séricas. Quando
a administração de sinvastatina foi interrompida ou suspensa nestes doentes, os níveis
de transaminases baixaram lentamente, de um modo geral, para os níveis anteriores ao
tratamento.
Recomenda-se que sejam efetuados testes de função hepática antes do início da
terapêutica e, posteriormente, quando indicado clinicamente. Doentes tratados com uma
dose de 80 mg devem fazer um teste adicional antes do início da titulação, 3 meses após
a titulação para a dose de 80 mg e periodicamente (por ex. semestralmente) no primeiro
ano de tratamento. Deverá ser dada atenção especial aos doentes que registem aumento
dos níveis das transaminases séricas, e, nestes doentes, os doseamentos deverão ser
repetidos de imediato e, depois, realizados mais frequentemente. Se os níveis das
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transaminases séricas mostrarem aumentos progressivos, especialmente se aumentarem
para mais de 3xLSN e forem persistentes, a sinvastatina deverá ser suspensa.
O medicamento deverá ser usado com precaução em doentes que consumam
quantidades substanciais de álcool.
Tal como com outros agentes hipolipemiantes, têm sido referidas elevações moderadas
das transaminases séricas (<3xLSN) na sequência do tratamento com sinvastatina. Estas
alterações surgiram pouco tempo após o início do tratamento com sinvastatina, foram
geralmente transitórias, não foram acompanhadas de quaisquer sintomas e não foi
necessária a interrupção do tratamento.
Doença pulmonar intersticial
Foram notificados casos raros de doença pulmonar intersticial com algumas estatinas,
especialmente com tratamentos de longa duração (ver secção 4.8). Os sintomas
observados incluem dispneia, tosse não produtiva e deterioração do estado de saúde em
geral (fadiga, perda de peso e febre). Se houver suspeita de desenvolvimento de doença
pulmonar intersticial, a terapêutica com estatina deve ser interrompida.
Diabetes mellitus
Algumas evidências sugerem que as estatinas como classe farmacológica podem elevar
a glicemia e em alguns doentes, com elevado risco de ocorrência futura de diabetes,
podem induzir um nível de hiperglicemia em que o tratamento formal de diabetes é
adequado. Este risco é, no entanto, suplantado pela redução do risco vascular das
estatinas e, portanto, não deve ser uma condição para interromper a terapêutica. Os
doentes em risco (glicemia em jejum ente 5,6 a 6,9 mmol/L, IMC>30Kg/m2,
triglicéridos aumentados, hipertensão) devem ser monitorizados tanto clínica como
bioquimicamente, de acordo com as orientações nacionais.
Excipientes
Este medicamento contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à galactose, deficiência de lactase ou má absorção de glucose-galactose não
devem tomar este medicamento.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Os estudos de interação só foram realizados em adultos.
Interações farmacodinâmicas
Interações com fármacos hipolipemiantes que podem causar miopatia quando
administrados isoladamente
O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, está aumentado durante a administração
concomitante com fibratos e niacina (ácido nicotínico) (
1 g/dia). Além disso, existe
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uma interação farmacocinética com gemfibrozil que resulta num aumento dos níveis
plasmáticos de sinvastatina (ver abaixo Interações farmacocinéticas e secções 4.2 e 4.4).
Quando a sinvastatina e fenofibrato são administrados concomitantemente, não há
evidência de que o risco de miopatia exceda a soma dos riscos individuais de cada
medicamento. Não estão disponíveis dados adequados de farmacovigilância e
farmacocinética para outros fibratos.
Interações farmacocinéticas
As recomendações relativas a prescrição para os medicamentos com interação são
resumidas no quadro seguinte (o texto fornece informações adicionais; ver também as
secções 4.2, 4.3 e 4.4).
Interações Medicamentosas Associadas com o
Risco Aumentado de Miopatia/Rabdomiólise
Medicamentos com interação
Recomendações de prescrição
Inibidores potentes do CYP3A4
Itraconazol
Cetoconazol
Eritromicina
Claritromicina
Telitromicina
Inibidores da protease do VIH
Nefazodona
Contraindicados com sinvastatina
Gemfibrozil
Evitar, mas se necessário, não exceder
10 mg de sinvastatina por dia
Ciclosporina
Danazol
Outros fibratos (exceto o
fenofibrato)
Não exceder 10 mg de sinvastatina por
Amiodarona
Verapamilo
Não exceder 20 mg de sinvastatina por
Diltiazem
Não exceder 40 mg de sinvastatina por
Ácido fusídico
Os doentes devem ser cuidadosamente
monitorizados. Pode ser considerada a
suspensão temporária do tratamento
com sinvastatina.
Sumo de toranja
Evitar o sumo de toranja enquanto a
sinvastatina estiver a ser tomada
Efeito de outros medicamentos na sinvastatina
Interações que envolvem o CYP 3A4
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A sinvastatina é um substrato do citocromo P450 3A4. Os inibidores potentes do
citocromo P450 3A4 aumentam o risco de miopatia e de rabdomiólise através do
aumento da concentração de atividade inibidora plasmática da redutase da HMG-CoA
durante a terapêutica com sinvastatina. Estes inibidores incluem o itraconazol,
cetoconazol, eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores da protease do VIH e
nefazodona. A administração concomitante de itraconazol resultou num aumento de
mais de 10 vezes na exposição ao ácido da sinvastatina (o metabolito beta-hidroxiácido
ativo). A telitromicina causou um aumento de 11 vezes na exposição ao ácido da
sinvastatina.
Consequentemente, está contraindicada a utilização concomitante de sinvastatina com
itraconazol, cetoconazol, inibidores da protease do VIH, eritromicina, claritromicina,
telitromicina e nefazodona. Se o tratamento com itraconazol, cetoconazol, eritromicina,
claritromicina ou telitromicina for inevitável, a terapêutica com sinvastatina deverá ser
interrompida durante o tratamento. Deve usar-se de precaução quando se associa a
sinvastatina com alguns inibidores menos potentes do CYP 3A4: ciclosporina,
verapamilo, diltiazem (ver secções 4.2 e 4.4).
Ciclosporina
O risco de miopatia/rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de
ciclosporina, particularmente com doses mais elevadas de sinvastatina (ver secções 4.2
e 4.4). Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder 10 mg/dia em
doentes a tomar concomitante ciclosporina. Apesar do mecanismo não ser totalmente
compreendido, a ciclosporina demonstrou aumentar a AUC dos inibidores da redutase
da HMG-CoA. O aumento na AUC do ácido da sinvastatina, possivelmente devido, em
parte, à inibição do CYP3A4.
Danazol
O risco de miopatia e de rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante
de danazol com doses mais elevadas de sinvastatina (ver secções 4.2 e 4.4).
Gemfibrozil
O gemfibrozil aumenta a AUC do ácido da sinvastatina em 1,9 vezes, possivelmente
devido à inibição da via metabólica de glucoronidação (ver secções 4.2 e 4.4).
Amiodarona e verapamilo
O risco de miopatia e rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de
amiodarona ou verapamilo com doses superiores de sinvastatina (ver secção 4.4). Num
ensaio clínico em curso, foi relatada miopatia em 6% dos doentes a tomar 80 mg de
sinvastatina e amiodarona.
Uma análise dos ensaios clínicos disponíveis mostrou uma incidência de miopatia de
aproximadamente 1% em doentes a tomar 40 mg ou 80 mg de sinvastatina e
verapamilo. Num estudo de farmacocinética, a administração concomitante com
verapamilo resultou num aumento de 2,3 vezes da exposição ao ácido da sinvastatina,
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possivelmente devido, em parte, à inibição do CYP3A4. Consequentemente, a dose de
sinvastatina não deve exceder 20 mg por dia em doentes a tomar concomitantemente
amiodarona ou verapamilo, exceto se for provável que o benefício clínico ultrapasse o
risco aumentado de miopatia e rabdomiólise.
Diltiazem
Uma análise dos ensaios clínicos disponíveis mostrou uma incidência de miopatia de
1% em doentes a tomar 80 mg de sinvastatina e diltiazem. O risco de miopatia em
doentes a tomar 40 mg de sinvastatina não foi aumentado pelo uso concomitante de
diltiazem (ver secção 4.4). Num estudo de farmacocinética, a administração
concomitante de diltiazem causou um aumento de 2,7 vezes na exposição ao ácido da
sinvastatina possivelmente devido à inibição do CYP3A4. Consequentemente, a dose de
sinvastatina não deve exceder 40 mg por dia em doentes a tomar concomitantemente
diltiazem, exceto se for provável que o benefício clínico ultrapasse o risco aumentado
de miopatia e rabdomiólise.
Ácido fusídico
O risco de miopatia pode ser aumentado pela administração concomitante de ácido
fusídico com estatinas, incluindo a sinvastatina. Foram notificados casos isolados de
rabdomiólise com sinvastatina. Pode ser considerada a suspensão temporária do
tratamento com sinvastatina. Se se revelar necessário, os doentes tratados com ácido
fusídico e sinvastatina devem ser cuidadosamente monitorizados (ver secção 4.4).
Sumo de toranja
O sumo de toranja inibe o citocromo P450 3A4. A ingestão concomitante de grandes
quantidades (mais de 1 litro por dia) de sumo de toranja e sinvastatina resultou num
aumento de 7 vezes na exposição ao ácido da sinvastatina. A ingestão de 240 ml de
sumo de toranja de manhã e de sinvastatina à noite, resultou também num aumento de
1,9 vezes. Logo, deve ser evitada a ingestão de sumo de toranja durante o tratamento
com sinvastatina.
Anticoagulantes orais
Em dois estudos clínicos, um realizado em voluntários saudáveis e o outro em doentes
hipercolesterolémicos, 20-40 mg/dia de sinvastatina potenciou modestamente o efeito
dos anticoagulantes cumarínicos; o tempo de protrombina registado como Razão
Normalizada Internacional (INR) aumentou de um valor inicial de 1,7 para 1,8 no
estudo efetuado em voluntários e de 2,6 para 3,4 no estudo efetuado nos doentes. Foram
relatados casos muito raros de aumento de INR. Nos doentes a tomar anticoagulantes
cumarínicos, o tempo de protrombina deverá ser determinado antes de iniciar a
sinvastatina, e com a frequência necessária durante a fase inicial do tratamento, para
assegurar que não ocorrerá alteração significativa no tempo de protrombina. Assim que
se registar um tempo de protrombina estável, este poderá ser monitorizado a intervalos
geralmente recomendados para doentes que tomam anticoagulantes cumarínicos. Caso
se altere a dose ou se interrompa o tratamento com sinvastatina, dever-se-á repetir o
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mesmo procedimento. A terapêutica com sinvastatina não foi associada a hemorragias
ou a alterações do tempo de protrombina em doentes que não tomam anticoagulantes.
Efeitos da sinvastatina na farmacocinética de outros medicamentos
A sinvastatina não tem efeito inibidor no citocromo P450 3A4. Logo, não se espera que
a sinvastatina afete as concentrações plasmáticas de outras substâncias metabolizadas
pelo citocromo P450 3A4.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Sinvastatina Farmoz está contraindicado na gravidez (ver secção 4.3).
Não foi estabelecida a segurança em mulheres grávidas. Não foram efetuados ensaios
clínicos controlados com sinvastatina em mulheres grávidas. Foram recebidos relatos
raros de anomalias congénitas após exposição intrauterina a inibidores da redutase da
HMG-CoA. Contudo, numa análise de aproximadamente 200 gestações, seguidas
prospetivamente, expostas durante o primeiro trimestre a sinvastatina ou a outro
fármaco estreitamente relacionado com um inibidor da redutase da HMG-CoA, a
incidência de anomalias congénitas foi comparável à observada na população em geral.
Este número de gestações foi estatisticamente suficiente para excluir um aumento igual
ou superior a 2,5 vezes de anomalias congénitas em relação incidência de base.
Apesar de não haver evidência de que a incidência de anomalias congénitas nos recém-
nascidos de doentes a tomar sinvastatina ou outro fármaco estreitamente relacionado
com um inibidor da redutase da HMG-CoA difira da observada na população em geral,
o tratamento materno com Sinvastatina Farmoz pode reduzir os níveis fetais de
mevalonato, que é um precursor da biossíntese do colesterol. A aterosclerose é um
processo crónico e uma suspensão episódica dos fármacos hipolipemiantes durante a
gravidez deverá ter muito pouco impacto no risco a longo prazo associado a
hipercolesterolemia primária. Por estas razões, Sinvastatina Farmoz não deve ser usado
em mulheres grávidas, a tentar engravidar ou com suspeita de estarem grávidas. O
tratamento com Sinvastatina Farmoz deve ser suspenso durante o período da gravidez
ou até que se determine que a mulher não está grávida (ver secção 4.3).
Amamentação
Não se sabe se a sinvastatina, ou algum dos seus metabolitos, é excretada no leite
humano. Uma vez que muitos medicamentos são excretados no leite humano, e devido
ao potencial de reações adversas graves, as mulheres que tomam Sinvastatina Farmoz
não deverão amamentar os seus filhos (ver secção 4.3).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de Sinvastatina Farmoz sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
são nulos ou desprezáveis. No entanto, durante a condução e utilização de máquinas,
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deve ser tomado em consideração que foram relatadas raramente tonturas na
experiência pós-comercialização.
4.8 Efeitos indesejáveis
As frequências dos seguintes efeitos adversos, que foram relatados durante os estudos
clínicos e/ou na pós-comercialização, são classificadas com base numa avaliação das
suas taxas de incidência em ensaios clínicos de grande dimensão, a longo prazo,
controlados com placebo, que incluem os estudos HPS e 4S, respetivamente com
20.536 e 4.444 doentes (ver secção 5.1). Para o HPS, os únicos acontecimentos
adversos graves registados foram mialgia, aumentos das transaminases séricas e da CK.
Para o 4S, foram registados todos os acontecimentos adversos abaixo mencionados. Se
as taxas de incidência sobre a sinvastatina foram menores ou semelhantes às do placebo
nestes ensaios, e se houve acontecimentos semelhantes com razoável nexo de
causalidade relatados espontaneamente, estes acontecimentos adversos são classificados
como “raros”.
No estudo HPS (ver secção 5.1) que envolveu 20.536 tratados com 40 mg/dia de
sinvastatina (n=10.269) ou com placebo (n=10.267) os perfis de segurança foram
comparáveis entre doentes tratados com 40 mg de sinvastatina e doentes tratados com
placebo durante os 5 anos de duração média do estudo. As percentagens de interrupção
devidas a efeitos colaterais foram comparáveis (4,8% nos doentes tratados com 40 mg
de sinvastatina, em comparação com 5,1% nos doentes que receberam placebo). A
incidência de miopatia foi < 0,1% em doentes tratados com 40 mg de sinvastatina. O
aumento de transaminases (>3xLSN, confirmada por repetição do teste) ocorreu em
0,21% (n=21) dos doentes tratados com 40 mg de sinvastatina, em comparação com
0,09% (n=9) dos doentes que receberam placebo.
As frequências de acontecimentos adversos são classificadas do seguinte modo: Muito
frequentes (
1/10), Frequentes (
1/100, <1/10), Pouco frequentes (
1/1000, <1/100),
Raros (
1/10.000, <1/1000), Muito raros (<1/10.000) e desconhecido (não pode ser
calculado a partir dos dados disponíveis).
Doenças do sangue e do sistema linfático:
Raros: anemia.
Doenças do sistema nervoso:
Raros: cefaleias, parestesia, tonturas, neuropatia periférica.
Doenças gastrointestinais:
Raros: obstipação, dor abdominal, flatulência, dispepsia, diarreia, náuseas, vómitos,
pancreatite.
Afeções hepatobiliares:
Raros: hepatite / icterícia.
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Muito raros: insuficiência hepática.
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Raros: erupção cutânea, prurido, alopecia.
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos:
Raros: miopatia, rabdomiólise (ver secção 4.4), mialgia, cãibras musculares.
Frequência desconhecida: miopatia necrosante imunomediada (ver secção 4.4).
Perturbações gerais e alterações no local de administração:
Raros: astenia.
Registou-se, raramente, uma aparente síndrome de hipersensibilidade que incluiu
algumas das seguintes manifestações: angioedema, síndroma do tipo lúpus, polimialgia
reumática, dermatomiosite, vasculite, trombocitopenia, eosinofilia, velocidade de
sedimentação aumentada, artrite e artralgia, urticária, fotossensibilidade, febre, rubor,
dispneia e mal-estar.
Exames complementares de diagnóstico:
Raros: aumentos das transaminases séricas (ALT, AST, gama-glutamil transpeptidase)
(ver secção 4.4), aumento da fosfatase alcalina; aumento dos níveis séricos de CK (ver
secção 4.4).
Efeitos de classe:
Distúrbios do sono, incluindo insónias e pesadelos
Perda de memória
Disfunção sexual
Depressão
Casos excecionais de doença pulmonar intersticial, especialmente com terapêutica de
longa duração (ver secção 4.4)
Diabetes mellitus: a frequência dependerá da presença ou ausência de fatores de risco
(glicemia em jejum
5,6 mmol/L, IMC>30Kg/m2, triglicéridos aumentados, história de
hipertensão).
4.9 Sobredosagem
Até à data, foram notificados alguns casos de sobredosagem; a dose máxima tomada foi
de 3,6 g. Todos os doentes recuperaram sem sequelas. Não existe tratamento específico
em caso de sobredosagem. Neste caso, dever-se-ão adotar medidas genéricas
sintomáticas e de suporte.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
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Grupo farmacoterapêutico: 3.7 Aparelho cardiovascular. Antidislipidémicos, código
ATC: C10A A01
Após a administração oral, a sinvastatina, uma lactona inativa, é hidrolisada no fígado
na forma do beta-hidroxiácido ativo correspondente, que tem uma atividade
significativa na inibição da redutase da HMG-CoA (redutase da 3-hidroxi-3-
metilglutaril-CoA). Esta enzima catalisa a conversão de HMG-CoA em mevalonato, um
passo inicial e limitante da velocidade de biossíntese do colesterol.
A sinvastatina demonstrou reduzir as concentrações normais ou elevadas de C-LDL. As
LDL são formadas por proteínas de muito baixa densidade (VLDL) e são catabolisadas
predominantemente pelo recetor de elevada afinidade das LDL. O mecanismo de
redução das LDL pela sinvastatina pode envolver a diminuição da concentração do
colesterol das VLDL (VLDL-C) e a indução do recetor das LDL, conduzindo a uma
diminuição da produção e ao aumento do catabolismo do C-LDL. A apolipoproteína B
também diminui substancialmente durante o tratamento com sinvastatina. Além disso, a
sinvastatina aumenta moderadamente o C-LDL e reduz os TG plasmáticos. Como
resultado destas alterações, os rácios de C-total/C-HDL e de C-LDL/C-HDL estão
reduzidos.
Risco Elevado de Doença Coronária (DC) ou Doença Coronária
No estudo HPS (Heart Protection Study), avaliaram-se os efeitos da terapêutica com
sinvastatina em 20.536 doentes (entre 40 e 80 anos de idade), com ou sem
hiperlipidemia e com doença coronária, outra doença arterial oclusiva ou diabetes
mellitus. Neste estudo, 10.269 doentes foram tratados com 40 mg/dia de sinvastatina e
10.267 doentes receberam placebo durante um período médio de 5 anos. No início do
estudo, 6.793 doentes (33 %) apresentavam níveis de C-LDL inferiores a 116 mg/dl;
5.063 doentes (25 %) apresentavam valores entre 116 mg/dl e 135 mg/dl; e 8.680
doentes (42 %) apresentavam valores superiores a 135 mg/dl.
O tratamento com 40 mg/dia de sinvastatina, em comparação com o placebo, reduziu
significativamente o risco de mortalidade por todas as causas (1328 [12,9 %] para os
doentes tratados com sinvastatina versus 1507 [14,7 %] para os doentes que receberam
placebo; p = 0,0003) devido a uma diminuição de 18 % das mortes por doença
coronária (587 [5,7 %] versus 707 [6,9 %]; p = 0,0005; redução do risco absoluto de 1,2
%). A redução das mortes por causas não-vasculares não foi estatisticamente
significativa. A sinvastatina reduziu também em cerca de 27 % (p < 0,0001) o risco de
acontecimentos coronários major (engloba o parâmetro de avaliação final composto por
enfarte do miocárdio não fatal ou morte por doença coronária). A sinvastatina reduziu
em cerca de 30 % (p < 0,0001) a necessidade de procedimentos de revascularização
coronária (incluindo bypass das artérias coronárias e angioplastia coronária
transluminosa percutânea) e em 16 % (p = 0,006) os procedimentos de revascularização
periféricos e outros não coronários. A sinvastatina reduziu em cerca de 25 % (p <
0,0001), o risco de AVC, atribuível a uma redução de 30 % do AVC isquémico (p <
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0,0001). Além disso, no subgrupo de doentes com diabetes, a sinvastatina reduziu em
cerca de 21 % (p = 0,0293) o risco de desenvolvimento de complicações
macrovasculares, incluindo procedimentos de revascularização periférica (cirurgia ou
angioplastia), amputações dos membros inferiores, ou úlceras da perna. A redução
proporcional da taxa de acontecimentos, foi semelhante em cada subgrupo de doentes
estudados, incluindo os que não tinham doença coronária mas que tinham doença
vascular cerebral ou arterial periférica, em homens e mulheres com menos ou mais de
70 anos à data de entrada no estudo, com presença ou ausência de hipertensão, e de
salientar, nos que tinham níveis iniciais de colesterol das LDL inferiores a 3,0 mmol/l.
No estudo 4S (Scandinavian Simvastatin Survival Study) avaliou-se o efeito, na
mortalidade total, da terapêutica com sinvastatina em 4.444 doentes com doença
coronária e com um colesterol total basal de 212-309 mg/dl (5,5-8 mmol/l). Neste
estudo multicêntrico, de distribuição aleatória, em dupla ocultação e controlado por
placebo, os doentes com angina ou enfarte do miocárdio (EM) prévio foram tratados
com dieta, com o tratamento habitual e com 20-40 mg/dia de sinvastatina (n = 2.221) ou
com placebo (n = 2.223) durante um tempo médio de 5,4 anos. Reduziu o risco de
morte em 30 % (redução do risco absoluto de 3,3 %). O risco de morte por doença
coronária foi reduzido em 42 % (redução do risco absoluto de 3,5 %). A sinvastatina
reduziu também em 34 % o risco de ocorrência de acontecimentos coronários major
(morte por doença coronária com EM silencioso e não fatal confirmado em hospital).
Além disso, a sinvastatina reduziu significativamente o risco de acontecimentos
cerebrovasculares fatais e não fatais (acidente vascular cerebral e acidente isquémico
transitório) em 28 %. Em relação à mortalidade não cardiovascular, não houve
diferença estatisticamente significativa entre os grupos.
Hipercolesterolemia Primária e Hiperlipidemia Mista
Em estudos que compararam a eficácia e a segurança de 10, 20, 40 e 80 mg sinvastatina
diários em doentes com hipercolesterolemia, as reduções médias do C-LDC foram,
respetivamente, de 30, 38, 41 e 47 %. Nos estudos realizados em doentes com
hiperlipidemia mista a tomar 40 mg e 80 mg de sinvastatina, as reduções médias nos
triglicéridos foram, respetivamente, de 28 e 33 % (placebo: 2 %) e os aumentos médios
do C-HDL foram, respetivamente, de 13 e 16 % (placebo: 3 %).
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A sinvastatina é uma lactona inativa que é rapidamente hidrolisada in vivo no
correspondente beta-hidroxiácido, que é um potente inibidor da redutase da HMG-CoA.
A hidrólise ocorre principalmente no fígado; a hidrólise no plasma humano é muito
baixa.
Absorção
No Homem, a sinvastatina é bem absorvida e sofre uma considerável extração de
primeira passagem hepática. A extração no fígado depende do fluxo sanguíneo
hepático. O fígado é o principal local de ação da forma ativa. A disponibilização do
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beta-hidroxiácido para a circulação sistémica após a administração de uma dose oral de
sinvastatina foi inferior a 5 % da dose. A concentração plasmática máxima dos
inibidores ativos é atingida aproximadamente 1-2 horas após a administração da
sinvastatina. A ingestão concomitante de alimentos não afeta a absorção.
A farmacocinética das doses únicas e múltiplas de sinvastatina revelou que não ocorreu
acumulação do medicamento após a administração de doses múltiplas.
Distribuição
A ligação da sinvastatina e do seu metabolito ativo às proteínas é > 95 %.
Eliminação
A sinvastatina é um substrato do CYP3A4 (ver secções 4.3 e 4.5). Os principais
metabolitos da sinvastatina presentes no plasma humano são o beta-hidroxiácido e
quatro metabolitos ativos adicionais. Após a administração oral de uma dose de
sinvastatina radioativa ao Homem, 13 % da radioatividade foi excretada na urina e 60
% nas fezes, no período de 96 horas. A quantidade recuperada nas fezes representa os
equivalentes de medicamento absorvido e excretado na bílis, assim como medicamento
não absorvido. Após uma injeção intravenosa do metabolito beta-hidroxiácido, a sua
semivida média foi de 1,9 horas. Na urina, foi excretada uma média de apenas 0,3 % da
dose IV, como inibidores.
A sinvastatina é captada ativamente para os hepatócitos pelo transportador OATP1B1.
Populações especiais
Portadores do alelo c.521T > C do gene SLCO1B1 têm menor atividade da proteína
OATP1B1. A exposição média (AUC) do principal metabolito ativo, sinvastatina ácida,
é de 120% em portadores heterozigóticos (CT) do alelo C e 221% em portadores
homozigóticos (CC) do alelo C em comparação com os doentes com o genótipo mais
comum (TT). O alelo C tem uma frequência de 18% na população europeia. Em
doentes com o polimorfismo SLCO1B1 existe o risco de uma exposição aumentada à
sinvastatina, o que pode levar a um aumento do risco de rabdomiólise (ver secção 4.4).
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Segundo estudos convencionais realizados em animais relativamente a farmacodinamia,
toxicidade de dose repetida, genotoxicidade e carcinogenicidade, não existem outros
riscos para o doente para além daqueles esperados tendo em consideração o mecanismo
farmacológico. Nas doses máximas toleradas no rato e no coelho, a sinvastatina não
produziu malformações fetais e não teve efeitos na fertilidade, na função reprodutora ou
no desenvolvimento neonatal.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
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6.1 Lista dos excipientes
Núcleo:
Ácido ascórbico
Ácido cítrico mono-hidratado
Amido pré-gelificado
Butil-hidroxianisol (E320)
Celulose microcristalina
Estearato de magnésio
Lactose mono-hidratada
Sílica coloidal anidra
Talco.
Revestimento:
Citrato de trietilo
Dióxido de titânio (E171)
Hipromelose
Óxido de ferro amarelo (E172)
Óxido de ferro vermelho (E172)
Povidona K 30
Talco.
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30ºC. Conservar na embalagem de origem.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Os comprimidos são acondicionados em blister de PVC/PVDC/Alumínio. Cada
embalagem contém 20, 30 ou 60 unidades.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
APROVADO EM
24-04-2015
INFARMED
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com
as exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
FARMOZ - Sociedade Técnico Medicinal, S.A.
Rua da Tapada Grande, n.º 2
Abrunheira
2710-089 Sintra
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Sinvastatina Farmoz 10 mg comprimidos revestidos por película
Nº de registo: 4934782 - 20 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blister
PVC/PVDC/Alumínio.
Nº de registo: 4934881 - 30 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blister
PVC/PVDC/Alumínio
Nº de registo: 5472287 - 60 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blister
PVC/PVDC/Alumínio
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 29 de janeiro de 2004
Data da última renovação: 22 de dezembro de 2010
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO