Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
19-08-2020
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APROVADO EM
19-08-2020
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o doente
Sinvastatina Vitória 10 mg Comprimidos revestidos
Sinvastatina Vitória 20 mg Comprimidos revestidos
Sinvastatina Vitória 40 mg Comprimidos revestidos
sinvastatina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois contém
informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Sinvastatina Vitória e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Sinvastatina Vitória
3. Como tomar Sinvastatina Vitória
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Sinvastatina Vitória
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Sinvastatina Vitória e para que é utilizado
Sinvastatina Vitória contém a substância ativa sinvastatina. Sinvastatina Vitória é um
medicamento utilizado para baixar os valores de colesterol total, colesterol “mau” (colesterol
das LDL), e substâncias gordas chamadas triglicéridos no sangue. Adicionalmente, o
Sinvastatina Vitória aumenta os valores de colesterol “bom” (colesterol das HDL).
Sinvastatina Vitória é um membro de uma classe de medicamentos denominada estatinas.
O colesterol é uma das várias substâncias gordas encontradas na corrente sanguínea. O seu
colesterol total é constituído principalmente pelo colesterol das LDL e HDL.
O colesterol das LDL é frequentemente chamado de colesterol “mau” porque se pode
acumular nas paredes das suas artérias formando placas. Eventualmente esta formação de
placas pode levar a um estreitamento das artérias. Este estreitamento pode diminuir ou
bloquear o fluxo de sangue para órgãos vitais tais como o coração e o cérebro. Este bloqueio
de fluxo de sangue pode resultar num ataque cardíaco ou num acidente vascular cerebral
(AVC).
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O colesterol das HDL é frequentemente chamado de colesterol “bom” porque ajuda a que o
colesterol “mau” não se acumule nas artérias e protege contra doenças cardíacas.
Os triglicéridos são outra forma de gordura no seu sangue que pode aumentar o risco de
doença cardíaca.
Enquanto estiver a tomar este medicamento, deve manter uma dieta recomendada para
redução de colesterol.
Sinvastatina Vitória é indicado, adicionalmente à dieta para redução de colesterol, se tiver:
um valor aumentado de colesterol no sangue (hipercolesterolemia primária) ou valores
elevados de gordura no sangue (hiperlipidemia mista)
uma doença hereditária (hipercolesterolemia familiar homozigótica) responsável pelo aumento
do valor do colesterol no sangue. Pode também receber outros tratamentos.
doença cardíaca coronária ou em risco de a desenvolver (caso tenha diabetes, historial de
acidente vascular cerebral, ou outra doença dos vasos sanguíneos). Sinvastatina Vitória pode
prolongar a sua vida através da redução do risco de problemas cardíacos, independentemente
do nível de colesterol no seu sangue.
A maioria das pessoas não tem sintomas imediatos de colesterol elevado. O seu médico poderá
determinar o seu nível de colesterol através de uma simples análise ao sangue. Mantenha as
consultas regulares com o seu médico, para que ele possa indicar-lhe a melhor maneira de
controlar o seu colesterol.
2. O que precisa de saber antes de tomar Sinvastatina Vitória
Não tome Sinvastatina Vitória:
se tem alergia (hipersensibilidade) à sinvastatina ou a qualquer outro componente deste
medicamento (indicados na secção 6: Conteúdo da embalagem e outras informações)
se lhe foi diagnosticada uma doença de fígado
se está grávida ou a amamentar
se está a tomar medicamentos com uma ou mais das seguintes substâncias ativas:
- itraconazol, cetoconazol, posaconazol ou voriconazol (utilizados para tratar infeções
fúngicas)
- eritromicina, claritromicina ou telitromicina (utilizados para tratar infeções)
- inibidores da protease do VIH, tais como indinavir, nelfinavir, ritonavir e saquinavir (
inibidores da protease do VIH utilizados para tratar as infeções por VIH)
- boceprevir ou telaprevir (utilizados para tratar infeções pelo vírus da hepatite C)
- nefazodona (utilizado para tratar a depressão)
- cobicistato
- gemfibrozil (utilizado para baixar o colesterol)
- ciclosporina (utilizado em doentes submetidos a transplante de órgãos)
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- danazol (uma hormona sintética usada para tratar a endometriose, uma situação na qual o
revestimento do útero cresce fora do útero).
se está a tomar ou, nos últimos 7 dias tiver tomado ou lhe tenha sido dado um medicamento
chamado ácido fusídico (usado para tratar uma infeção bacteriana) por via oral ou por injeção.
A associação de ácido fusídico e Sinvastatina Vitória pode levar a problemas musculares
graves (rabdomiólise).
Não tome mais de 40 mg de Sinvastatina Vitória se estiver a tomar lomitapida (utilizado para
tratar uma doença genética grave e rara relacionada com o colesterol).
Pergunte ao seu médico se não tem a certeza se o seu medicamento está referido na lista
anterior.
Advertências e precauções
Informe o seu médico:
sobre todos os seus problemas de saúde, incluindo alergias.
se bebe grandes quantidades de bebidas alcoólicas.
se já teve alguma doença de fígado. Sinvastatina Vitória pode não ser indicado para si.
se for fazer uma operação cirúrgica. Pode necessitar de parar de tomar os comprimidos de
Sinvastatina Vitória por um curto período de tempo.
se for de origem asiática, uma vez que se pode aplicar a si uma posologia diferente.
Antes de iniciar o tratamento com Sinvastatina Vitória, e se tiver quaisquer sintomas de
problemas de fígado enquanto estiver a tomar Sinvastatina Vitória, o seu médico deve fazer
análises ao seu sangue para verificar se o seu fígado está a funcionar adequadamente.
O seu médico pode também requisitar análises ao sangue para verificar como está a funcionar
o seu fígado após ter iniciado o tratamento com Sinvastatina Vitória.
Enquanto estiver a tomar este medicamento o seu médico irá acompanhá-lo de perto se tem
diabetes ou está em risco de vir a ter diabetes. Estará em risco de vir a ter diabetes se tem
níveis elevados de açúcar e gorduras no sangue, excesso de peso ou pressão arterial elevada.
Informe o seu médico se tiver uma doença pulmonar grave.
Consulte o seu médico imediatamente se sentir dor, sensibilidade ou fraqueza musculares.
Isto deve-se ao facto de em raras situações, os problemas musculares poderem ser graves,
incluindo destruição muscular (rabdomiólise) que resulta em lesões nos rins; e em muito raras
situações ocorreram mortes.
Há maior risco de destruição muscular com as doses mais elevadas de Sinvastatina Vitória,
particularmente com a dose de 80 mg. O risco de destruição muscular também é maior em
certos doentes. Informe o seu médico se alguma das seguintes situações se aplicar a si:
consome grandes quantidades de álcool
tem problemas nos rins
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tem problemas na tiroide
tem 65 anos de idade ou mais
é do sexo feminino
alguma vez teve problemas musculares durante o tratamento com medicamentos para baixar o
colesterol chamados “estatinas” ou fibratos
tem, ou algum familiar próximo tem, um distúrbio muscular hereditário.
Informe igualmente o seu médico ou farmacêutico se sentir uma fraqueza muscular constante.
Podem ser necessários testes ou medicamentos adicionais para diagnosticar e tratar este
problema.
Crianças e adolescentes
A segurança e eficácia de Sinvastatina Vitória foram estudadas em rapazes com idade entre os
10 e 17 anos e em raparigas que iniciaram o seu período menstrual (menstruação) pelo menos
um ano antes (ver secção 3: Como tomar Sinvastatina Vitória). <Nome do medicamento> não
foi estudado em crianças com idade inferior a 10 anos. Para mais informações, fale com o seu
médico.
Outros medicamentos e Sinvastatina Vitória
Informe o seu médico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente ou se vier a tomar outros
medicamentos com algumas das seguintes substâncias ativas. Tomar Sinvastatina Vitória com
qualquer um dos seguintes medicamentos poderá aumentar o risco de problemas musculares
(alguns destes foram já referidos na secção anterior “Não tome Sinvastatina Vitória”):
se necessitar de tomar ácido fusídico por via oral para tratar uma infeção bacteriana, terá de
interromper temporariamente a utilização deste medicamento. O seu médico informá-lo-á
quando é seguro reiniciar a toma de Sinvastatina Vitória. Tomar Sinvastatina Vitória com
ácido fusídico pode levar raramente a fraqueza muscular, sensibilidade ou dor (rabdomiólise).
Consultar informação adicional sobre rabdomiólise na secção 4.
ciclosporina (frequentemente utilizado em doentes com transplante de órgãos)
danazol (uma hormona sintética usada para tratar a endometriose, uma situação na qual o
revestimento do útero cresce fora do útero)
medicamentos com uma substância ativa como o itraconazol, o cetoconazol, o fluconazol, o
posaconazol ou o voriconazol (utilizados para tratar infeções fúngicas)
fibratos com uma substância ativa como o gemfibrozil e bezafibrato (utilizados para baixar o
colesterol)
eritromicina, claritromicina, telitromicina ou ácido fusídico (utilizados para tratar infeções
bacterianas). Não tome ácido fusídico enquanto estiver a tomar este medicamento. Ver
também a secção 4 deste folheto.
inibidores da protease do VIH como o indinavir, nelfinavir, ritonavir e saquinavir (utilizados
para tratar a SIDA)
boceprevir ou telaprevir (utilizados para tratar infeções pelo vírus da hepatite C)
nefazodona (utilizado para tratar a depressão)
medicamentos com a substância ativa cobicistato
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amiodarona (utilizada para tratar o batimento irregular do coração)
verapamilo, diltiazem ou amlodipina (utilizados para tratar a pressão arterial elevada, a angina
de peito ou outras doenças do coração)
lomitapida (utilizado para tratar uma condição genética grave e rara relacionada com o
colesterol)
colquicina (utilizada para tratar a gota).
Para além dos medicamentos acima indicados, informe o seu médico ou farmacêutico se
estiver a tomar ou tiver tomado recentemente quaisquer outros medicamentos, incluindo
medicamentos obtidos sem receita médica. Em particular, informe o seu médico se estiver a
tomar medicamentos com alguma das seguintes substâncias ativas:
medicamentos com uma substância ativa que previna os coágulos no sangue, como por
exemplo a varfarina, fenprocumona ou acenocumarol (anticoagulantes)
fenofibrato (também utilizado para baixar o colesterol)
niacina (também utilizado para baixar o colesterol)
rifampicina (utilizado para tratar a tuberculose).
Também deverá informar o médico que lhe prescreva um novo medicamento que está a tomar
Sinvastatina Vitória.
Sinvastatina Vitória com alimentos e bebidas
O sumo de toranja contém um ou mais componentes que alteram o modo como o organismo
utiliza certos medicamentos, incluindo Sinvastatina Vitória. O consumo de sumo de toranja
deverá ser evitado.
Gravidez e amamentação
Não tome Sinvastatina Vitória se está grávida, planeia engravidar ou suspeita que está grávida.
Se engravidar durante o tratamento com Sinvastatina Vitória, pare imediatamente o tratamento
e fale com o seu médico. Não tome Sinvastatina Vitória se está a amamentar, uma vez que se
desconhece se o medicamento passa para o leite materno.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não se prevê que Sinvastatina Vitória interfira com a sua capacidade de conduzir ou utilizar
máquinas.
No entanto, deve ser tomado em consideração que algumas pessoas sentem tonturas após
tomarem Sinvastatina Vitória.
Sinvastatina Vitória contém lactose.
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Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de
tomar este medicamento.
3. Como tomar Sinvastatina Vitória
O seu médico decidirá qual a dose apropriada para si, de acordo com a sua situação, o seu
tratamento atual e o seu risco individual.
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu médico
ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Enquanto estiver a tomar Sinvastatina Vitória, deverá fazer uma dieta para reduzir o
colesterol.
Posologia:
A dose recomendada é Sinvastatina Vitória 20 mg ou 40 mg, tomado por via oral, uma vez por
dia.
Adultos:
A dose inicial habitual é de 10, 20 ou, em alguns casos, 40 mg por dia. O seu médico poderá
ajustar a sua dose após, no mínimo, 4 semanas, até um máximo de 80 mg por dia. Não tome
mais de 80 mg por dia.
O seu médico poderá prescrever-lhe doses mais baixas, em particular se estiver a tomar alguns
dos medicamentos acima mencionados ou se tiver determinados problemas nos rins.
A dose de 80 mg é apenas recomendada em doentes adultos com níveis de colesterol muito
elevados e com elevado risco de complicações cardíacas, os quais não atingiram o objetivo de
colesterol com doses mais baixas.
Utilização em crianças e adolescentes:
Para crianças (10-17 anos de idade), a dose inicial recomendada é de 10 mg por dia à noite. A
dose máxima recomendada é de 40 mg por dia.
Modo de administração:
Tome Sinvastatina Vitória à noite. Poderá tomá-lo com ou sem alimentos. Tome Sinvastatina
Vitória até o seu médico mandar parar.
Se o seu médico lhe receitou Sinvastatina Vitória juntamente com outro medicamento para
baixar o colesterol, o qual contenha um sequestrante dos ácidos biliares, deve tomar
Sinvastatina Vitória pelo menos 2 horas antes, ou 4 horas depois de tomar o sequestrante dos
ácidos biliares.
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Se tomar mais Sinvastatina Vitória do que deveria
Por favor contacte o seu médico ou farmacêutico.
Caso se tenha esquecido de tomar Sinvastatina Vitória
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Volte a
tomar os comprimidos de Sinvastatina Vitória dentro do horário previsto no dia seguinte.
Se parar de tomar Sinvastatina Vitória
Fale com o seu médico ou farmacêutico porque o seu colesterol pode aumentar de novo.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou
farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, Sinvastatina Vitória pode causar efeitos secundários, embora
estes não se manifestem em todas as pessoas.
É utilizada a seguinte terminologia para descrever a frequência com que os efeitos secundários
têm sido comunicados:
Raros (podem afetar até 1 em cada 1000 pessoas)
Muito raros (podem afetar até 1 em cada 10.000 pessoas)
Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
Foram comunicados os seguintes efeitos secundários raros.
Se ocorrer algum destes efeitos secundários graves, pare de tomar o medicamento, consulte
imediatamente o seu médico ou dirija-se ao serviço de urgências do hospital mais próximo.
dor, sensibilidade ou fraqueza musculares ou cãibras. Em raras situações, estes problemas
musculares podem ser graves, incluindo destruição muscular (rabdomiólise) que resulta em
lesões nos rins; e em muito raras situações ocorreram mortes.
reações de hipersensibilidade (alérgicas) incluindo:
inchaço da face, língua e garganta, que podem causar dificuldade em respirar (angiedema)
dor muscular grave, habitualmente nos ombros e anca
erupção da pele com fraqueza muscular dos membros e do pescoço
dor ou inflamação das articulações (polimialgia reumática)
inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite)
nódoas negras pouco habituais, erupções e inchaço na pele (dermatomiosite), erupção na pele
com comichão, sensibilidade da pele ao sol, febre, afrontamento
dificuldade em respirar (dispneia) e mal-estar geral
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quadro de doença tipo lúpus (incluindo erupção da pele, distúrbios nas articulações e efeitos
nas células do sangue)
inflamação do fígado com os seguintes sintomas: amarelecimento da pele e dos olhos,
comichão, urina escura ou fezes descoradas, sensação de cansaço ou fraqueza, perda de
apetite; insuficiência hepática (muito rara)
inflamação do pâncreas, frequentemente com dor abdominal grave.
Foram também raramente comunicados os seguintes efeitos secundários:
número baixo de glóbulos vermelhos (anemia)
dormência ou fraqueza nos braços e pernas
dor de cabeça, sensação de formigueiro, tonturas
perturbações digestivas (dor abdominal, prisão de ventre, gases intestinais, indigestão,
diarreia, náuseas, vómitos)
erupção da pele, comichão, perda de cabelo
fraqueza
perturbação do sono (muito raro)
memória fraca (muito raro), perda de memória, confusão
Foi notificado o seguinte efeito secundário grave muito raro:
Uma reacção alérgica grave que pode causar dificuldade em respirar ou tonturas (anafilaxia)
Os seguintes efeitos secundários foram também comunicados mas a frequência não pode ser
calculada a partir da informação disponível (frequência desconhecida):
disfunção eréctil
depressão
inflamação dos pulmões originando problemas respiratórios incluindo tosse persistente e/ou
falta de ar ou febre
problemas nos tendões, por vezes complicados por rutura do tendão.
Possíveis efeitos secundários adicionais comunicados com algumas estatinas:
distúrbios do sono, incluindo pesadelos
disfunção sexual
diabetes. É mais provável ter diabetes se tiver níveis elevados de açúcar e gorduras no sangue,
excesso de peso e pressão arterial elevada. O seu médico irá avaliar se tem diabetes enquanto
estiver a tomar este medicamento.
dor, sensibilidade ou fraqueza muscular constante e que podem não desaparecer após parar de
tomar Sinvastatina Vitória (frequência desconhecida).
Valores Laboratoriais
Nas análises ao sangue foram observados aumentos de alguns valores da função hepática e de
uma enzima muscular (creatinaquinase).
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Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale como o seu médico ou farmacêutico. Também poderá comunicar efeitos
secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos abaixo. Ao comunicar
efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste
medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel.: +351 21 798 71 403 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Sinvastatina Vitória
10 mg:
Não conservar acima de 30ºC.
Conservar na embalagem de origem.
20 mg e 40 mg:
Não guardar acima de 25ºC.
Conservar na embalagem de origem.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem, após VAL. O
prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu
farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a
proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Sinvastatina Vitória
A substância ativa é a sinvastatina (10 mg, 20 mg ou 40 mg)
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Os outros componentes são:
10 mg
Núcleo:
Lactose mono-hidratada;
Celulose microcristalina;
Amido pré-gelatinizado;
Butil-hidroxianisol (E320);
Ácido ascórbico;
Ácido cítrico mono-hidratado;
Estearato de magnésio;
Sílica coloidal anidra;
Talco.
Revestimento:
Hidroxipropilmetilcelulose;
Óxido de ferro amarelo (E172);
Óxido de ferro vermelho (E172);
Dióxido de titânio (E171);
Talco;
Citrato de trietilo;
Povidona K-30.
20 mg e 40 mg
Núcleo:
Lactose mono-hidratada;
Amido pré-gelatinizado;
Celulose microcristalina;
Butil-hidroxianisol (E320);
Ácido ascórbico;
Ácido cítrico mono-hidratado;
Estearato de magnésio.
Revestimento:
20 mg:
Opadry Y-1-7000 Branco (hidroxipropilmetilcelulose 5cP; Dióxido de titânio
(E171);Polietilenoglicol 400).
Opadry OY-22920 Amarelo (hidroxipropilmetilcelulose 5cP; Dióxido de titânio (E171);
Polietilenoglicol 400; Óxido de ferro amarelo (E172)).
40 mg:
Opadry OY-34997 Rosa (hidroxipropilmetilcelulose 6cP; Dióxido de titânio (E171);
Polietilenoglicol 400; Laca Ponceau 4R (E124); Laca índigo carmim (E132); Laca amarelo
pôr do sol (E110)).
Opadry OY-22920 Amarelo (hidroxipropilmetilcelulose 5cP; Dióxido de titânio
(E171);Polietilenoglicol 400; Óxido de ferro amarelo (E172)).
Qual o aspeto de Sinvastatina Vitória e conteúdo da embalagem
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sinvastatina Vitória 10 mg comprimidos revestidos
Sinvastatina Vitória 20 mg comprimidos revestidos
Sinvastatina Vitória 40 mg comprimidos revestidos
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém 10 mg de sinvastatina.
Cada comprimido contém 20 mg de sinvastatina.
Cada comprimido contém 40 mg de sinvastatina.
Excipientes com efeito conhecido:
10 mg: 65,73 mg de lactose mono-hidratada.
20 mg: 60,46 mg de lactose mono-hidratada.
40 mg: 32,92 mg de lactose mono-hidratada.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido.
10 mg: comprimidos revestidos, biconvexos, ovais de cor pêssego.
20 mg: comprimidos revestidos, oblongos, ranhurados nos dois lados e de cor amarelo
40 mg: comprimidos revestidos, oblongos, ranhurados nos dois lados e de cor salmão
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Hipercolesterolemia
Tratamento da hipercolesterolemia primária ou da dislipidemia mista, como adjuvante da
dieta, sempre que a resposta à dieta e a outros tratamentos não farmacológicos (p. ex.
exercício físico, perda de peso) seja inadequada.
Tratamento da hipercolesterolemia familiar homozigótica (HFHo) como adjuvante da dieta
e outros tratamentos hipolipemiantes (p. ex. LDL-aferese) ou se tais tratamentos não forem
apropriados.
Prevenção cardiovascular
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Redução da mortalidade e morbilidade cardiovasculares em doentes com doença
cardiovascular aterosclerótica evidente ou com diabetes mellitus, quer tenham níveis de
colesterol normais ou aumentados, como adjuvante da correção de outros fatores de risco e
de outras terapêuticas cardioprotetoras (ver secção 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
O intervalo posológico é de 5-80 mg/dia administrados por via oral numa dose única à
noite. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser feitos em intervalos não inferiores
a 4 semanas, até um máximo de 80 mg/dia administrados em dose única à noite. A dose de
80 mg é apenas recomendada em doentes com hipercolesterolemia grave e em risco
elevado de complicações cardiovasculares que não atingiram os seus objetivos de
tratamento com doses mais baixas e quando é esperado que os benefícios ultrapassem os
potenciais riscos (ver secções 4.4 e 5.1).
Hipercolesterolemia
O doente deve estar a fazer uma dieta padronizada para a redução do colesterol, e deverá
continuar com esta dieta durante o tratamento com Sinvastatina Vitória. A dose inicial
habitual é de 10-20 mg/dia administrados em dose única à noite. Os doentes que
necessitem de uma grande redução de C-LDL (mais de 45 %) podem iniciar a terapêutica
com 20-40 mg/dia em dose única administrada à noite. Os ajustes posológicos, se
necessários, devem ser efetuados da forma anteriormente especificada.
Hipercolesterolemia familiar homozigótica
Com base nos resultados de um estudo clínico controlado, a posologia inicial recomendada
é de 40 mg/dia de Sinvastatina Vitória tomado à noite. Sinvastatina Vitória deve ser usado
como adjuvante de outros tratamentos hipolipemiantes (p. ex., LDL-aferese) neste grupo
de doentes, ou só por si, quando não estiverem disponíveis tais terapêuticas.
Em doentes a tomar lomitapida concomitantemente com Sinvastatina Vitória, a dose de
Sinvastatina Vitória não pode exceder 40 mg/dia (ver secções 4.3, 4.4 e 4.5).
Prevenção cardiovascular
A dose habitual de Sinvastatina Vitória é de 20 a 40 mg/dia, em toma única à noite, nos
doentes em elevado risco de doença cardíaca coronária (doença cardíaca coronária com ou
sem hiperlipidemia). A terapêutica farmacológica poderá ser iniciada em simultâneo com a
dieta e o exercício físico. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser efetuados da
forma anteriormente especificada.
Terapêutica concomitante
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Sinvastatina Vitória é eficaz isoladamente ou em associação com sequestrantes dos ácidos
biliares. A administração deve ocorrer 2 horas antes ou 4 horas após a administração de um
sequestrante dos ácidos biliares.
Nos doentes a tomar Sinvastatina Vitória concomitantemente com fibratos, exceto o
gemfibrozil (ver secção 4.3) ou o fenofibrato, a dose de Sinvastatina Vitória não deve
exceder 10 mg/dia. Em doentes a tomar amiodarona, amlodipina, verapamilo ou diltiazem
concomitantemente com Sinvastatina Vitória, a dose de Sinvastatina Vitória não deverá
exceder 20 mg/dia. (Ver secções 4.4 e 4.5).
Doentes com compromisso renal
Não deverá ser necessária uma modificação da posologia em doentes com compromisso
renal moderado. Nos doentes com compromisso renal grave (depuração da creatinina
< 30 ml/min), as posologias acima de 10 mg/dia deverão ser cuidadosamente consideradas
e, se necessário, instituídas com precaução.
Idosos
Não é necessário qualquer ajuste posológico.
População pediátrica
Para crianças e adolescentes (rapazes em estadio Tanner II ou superior e raparigas com
pelo menos um ano pós-menarca, 10-17 anos de idade) com hipercolesterolemia familiar
heterozigótica, a dose inicial habitualmente recomendada é de 10 mg, uma vez por dia, à
noite. Antes do início do tratamento com a sinvastatina as crianças e adolescentes deverão
iniciar uma dieta padronizada para a redução do colesterol; esta dieta deverá ser mantida
durante o tratamento com a sinvastatina.
O intervalo posológico recomendado é de 10-40 mg/dia; a dose máxima recomendada é 40
mg/dia. As doses devem ser individualizadas de acordo com o objetivo terapêutico
recomendado de acordo com as recomendações para o tratamento pediátrico (ver secções
4.4 e 5.1). Os ajustes deverão ser feitos em intervalos de pelo menos 4 semanas.
A experiência de Sinvastatina Vitória em crianças na pré-puberdade é limitada.
Modo de administração
Sinvastatina Vitória destina-se a administração oral. Sinvastatina Vitória pode ser
administrado como uma dose única à noite.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na
secção 6.1.
Doença hepática ativa ou elevações persistentes e sem explicação das transaminases
séricas
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Gravidez e aleitamento (ver secção 4.6)
Administração concomitante de inibidores potentes do CYP3A4 (fármacos que aumentam
a AUC em aproximadamente 5 vezes ou mais) (p. ex. itraconazol, cetoconazol,
posaconazol, voriconazol, inibidores da protease do VIH (p. ex: nelfinavir), boceprevir,
telaprevir, eritromicina, claritromicina, telitromicina, nefazodona e medicamentos
contendo cobicistato) (ver secções 4.4 e 4.5)
Administração concomitante de gemfibrozil, ciclosporina ou danazol (ver secções 4.4 e
4.5).
Administração concomitante de lomitapida com doses > 40 mg de Sinvastatina Vitória, em
doentes com HFHo (ver secções 4.2, 4.4 e 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Miopatia/Rabdomiólise
A sinvastatina, tal como outros inibidores da redutase da HMG-CoA, provoca,
ocasionalmente, miopatia que se manifesta como dor, sensibilidade ou fraqueza musculares
com elevações de creatinaquinase (CK) acima de dez vezes o limite superior da
normalidade (LSN). Por vezes a miopatia toma a forma de rabdomiólise, com ou sem
insuficiência renal aguda secundária a mioglobinúria, tendo ocorrido muito raramente
casos de morte. O risco de miopatia é aumentado pelos elevados níveis de atividade
inibidora da redutase da HMG-CoA plasmática.
Tal como com os outros inibidores da redutase da HMG-CoA, o risco de
miopatia/rabdomiólise depende da dose. Numa base de dados de ensaios clínicos, com
41.413 doentes tratados com sinvastatina dos quais 24.747 (aproximadamente 60 %) foram
tratados pelo menos durante 4 anos, a incidência de miopatia foi, aproximadamente, de
0,03 %, 0,08 % e 0,61 % com 20, 40 e 80 mg/dia, respetivamente. Nestes ensaios, os
doentes foram cuidadosamente monitorizados, tendo sido excluídos alguns medicamentos
com interação.
Num ensaio clínico em que doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio foram
tratados com 80 mg/dia de sinvastatina (tempo médio de acompanhamento 6,7 anos), a
incidência de miopatia foi aproximadamente 1,0 % em comparação com 0,02 % de doentes
a tomar 20 mg/dia. Aproximadamente metade desses casos de miopatia ocorreram durante
o primeiro ano de tratamento. A incidência de miopatia durante cada ano subsequente de
tratamento foi aproximadamente 0,1 %. (Ver secções 4.8 e 5.1.)
O risco de miopatia é maior em doentes a tomar sinvastatina 80 mg, em comparação com
outras terapêuticas com base em estatinas com eficácia semelhante na redução do C-LDL.
Como tal, a dose de 80 mg de sinvastatina só deve ser utilizada em doentes com
hipercolesterolemia grave e em risco elevado de complicações cardiovasculares que não
tenham atingido os seus objetivos terapêuticos com doses inferiores e quando é esperado
que os benefícios superem os potenciais riscos. Em doentes a tomar sinvastatina 80 mg que
necessitem ser tratados com um medicamento que tenha interação medicamentosa, deve
ser utilizada uma dose mais baixa de sinvastatina ou um regime alternativo com base em
estatinas que tenha um menor potencial de interações medicamentosas (ver abaixo
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Medidas para reduzir o risco de miopatia causado pelas interações medicamentosas e
secções 4.2, 4.3 e 4.5).
Num ensaio clínico em que doentes com risco elevado de doença cardiovascular foram
tratados com sinvastatina 40 mg/dia (período de acompanhamento mediano de 3,9 anos), a
incidência de miopatia foi de aproximadamente 0,05% em doentes de etnia não-chinesa
(n= 7367) em comparação com 0,24% em doentes de etnia chinesa (n= 5468). Apesar de a
única população asiática avaliada neste ensaio clínico ter sido de etnia chinesa, deve ter-se
precaução quando se prescreve sinvastatina a doentes de origem asiática e deve ser
empregue a menor dose necessária.
Função reduzida de proteínas transportadoras
A função reduzida das proteínas transportadoras hepáticas OATP pode aumentar a
exposição sistémica à forma ácida da sinvastatina e o risco de miopatia e rabdomiólise. A
função reduzida pode ocorrer como resultado da inibição pela interação de medicamentos
(p.ex., ciclosporina) ou em doentes que são portadores do genótipo c.521T>C do
SLCO1B1.
Os doentes portadores do alelo genético do SLCO1B1 (c.521T> C), que codifica a proteína
OATP1B1 menos ativa, têm uma maior exposição sistémica à forma ácida da sinvastatina
e um aumento do risco de miopatia.
O risco de uma miopatia relacionada com a dose elevada (80 mg) de sinvastatina é, em
geral, de cerca de 1% sem avaliação genética. Com base nos resultados do estudo
SEARCH, os portadores homozigóticos do alelo C (também chamados de CC) tratados
com 80 mg de sinvastatina têm um risco de miopatia de 15% dentro de um ano, enquanto
que o risco nos portadores heterozigóticos do alelo C (TC) é de 1,5%. O risco
correspondente é de 0,3% nos doentes com o genótipo mais comum (TT) (ver secção 5.2).
Quando disponível, a genotipagem para a presença do alelo C deve ser considerada como
parte da avaliação de risco-benefício antes de prescrever 80 mg de sinvastatina, e doses
elevadas devem ser evitadas nos doentes portadores do genótipo CC. No entanto, a
ausência deste gene na genotipagem não exclui que não possa ainda ocorrer miopatia.
Medição da creatinaquinase
A creatinaquinase (CK) não deverá ser medida após exercício físico vigoroso ou na
presença de qualquer outra causa passível de aumentar os níveis de CK, uma vez que isto
torna difícil a interpretação daqueles valores. Se os níveis basais de CK estiverem
significativamente elevados (> 5 x LSN), deverão ser reavaliados após 5 a 7 dias para
confirmar os resultados.
Antes do tratamento
Todos os doentes a iniciar terapêutica com sinvastatina, ou cuja dose de sinvastatina esteja
a ser aumentada, devem ser alertados sobre o risco de miopatia e aconselhados a relatar de
imediato qualquer dor, sensibilidade ou fraqueza musculares que ocorram sem explicação.
A prescrição de sinvastatina deve ser feita com precaução em doentes com fatores
predisponentes para rabdomiólise. Os níveis de CK devem ser avaliados antes do início do
tratamento, para estabelecer um valor de referência inicial, nas seguintes situações:
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Idosos (idade
65 anos)
Sexo feminino
Compromisso renal
Hipotiroidismo não controlado
Antecedente pessoal ou familiar de afeções musculares hereditárias
Antecedentes prévios de toxicidade muscular devida a estatinas ou fibratos
Abuso de álcool.
Nestas situações, dever-se-á ter em consideração o risco do tratamento em relação ao
possível benefício e recomenda-se a monitorização clínica. Se um doente já tiver tido
anteriormente uma perturbação muscular com um fibrato ou com uma estatina, o
tratamento com um fármaco diferente dessa classe deverá ser iniciado com precaução.
Se os níveis basais de CK estiverem significativamente elevados (> 5 x LSN), o tratamento
não deverá ser iniciado.
Durante o tratamento
Se ocorrer dor, fraqueza ou cãibras musculares durante o tratamento coma estatina, os
níveis de CK devem ser medidos. Se estes níveis estiverem significativamente elevados (>
5 x LSN), na ausência de exercício físico vigoroso, o tratamento deverá ser interrompido.
Se os sintomas musculares forem graves e causarem desconforto diário, ainda que os níveis
de CK sejam < 5 x LSN, deverá ser considerada a interrupção do tratamento. Se houver
suspeita de miopatia por qualquer outra razão, o tratamento deve ser interrompido.
Foram notificados casos muito raros de miopatia necrosante imunomediada (IMNM –
immune-mediated necrotizing myopathy) durante ou após o tratamento com algumas
estatinas. A IMNM é caracterizada clinicamente por fraqueza muscular proximal e
elevação da creatinaquinase sérica, que persistem apesar da interrupção do tratamento com
estatinas (ver secção 4.8).
Se os sintomas desaparecerem e os níveis de CK normalizarem, poderá ser considerada a
reintrodução da estatina ou a introdução de uma estatina alternativa, na dosagem mais
baixa e com uma monitorização cuidadosa.
Uma maior taxa de miopatia foi observada em doentes titulados para a dose de 80 mg (ver
secção 5.1). São recomendadas medições periódicas da CK pois poderão ser úteis para
identificar casos subclínicos de miopatia. Contudo, não existe garantia de que tal
monitorização previna a miopatia.
A terapêutica com sinvastatina deve ser temporariamente interrompida durante alguns dias
antes de uma grande cirurgia eletiva e quando surjam estados médicos ou cirúrgicos
graves.
Medidas para reduzir o risco de miopatia causado pelas interações medicamentosas (ver
também secção 4.5)
O risco de miopatia e rabdomiólise está significativamente aumentado pela utilização
concomitante de sinvastatina com inibidores potentes do CYP3A4 (tais como o
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itraconazol, cetoconazol, posaconazol, voriconazol, eritromicina, claritromicina,
telitromicina, inibidores da protease do VIH (p. ex: nelfinavir), boceprevir, telaprevir,
nefazodona, medicamentos contendo cobicistato), assim como com gemfibrozil,
ciclosporina e danazol. A toma destes medicamentos é contraindicada (ver secção 4.3).
O risco de miopatia e rabdomiólise está também aumentado pelo uso concomitante de
amiodarona, amlodipina, verapamilo ou diltiazem com certas doses de sinvastatina (ver
secções 4.2 e 4.5). O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, pode ser aumentado pela
administração concomitante de ácido fusídico com estatinas (ver secção 4.5). Para doentes
com HFHo, este risco pode estar aumentado pela utilização concomitante de lomitapida
com sinvastatina.
Consequentemente, no que diz respeito aos inibidores do CYP3A4, a utilização
concomitante de sinvastatina com itraconazol, cetoconazol, posaconazol, voriconazol,
inibidores da protease do VIH (p. ex: nelfinavir), boceprevir, telaprevir, eritromicina,
claritromicina, telitromicina, nefazodona e medicamentos contendo cobicistato está
contraindicada (ver secções 4.3 e 4.5). Se o tratamento com inibidores potentes do
CYP3A4 (fármacos que aumentam a AUC em aproximadamente 5 vezes ou mais) for
inevitável, a terapêutica com sinvastatina tem que ser interrompida (e considerada a
utilização de uma estatina alternativa) durante o tratamento. Além disso, deve existir
precaução quando se associa a sinvastatina com alguns inibidores menos potentes do
CYP3A4: fluconazol, verapamilo, diltiazem (ver secções 4.2 e 4.5). Deve ser evitada a
ingestão concomitante de sumo de toranja e de sinvastatina.
A toma de sinvastatina com gemfibrozil é contraindicada (ver secção 4.3). Devido ao risco
aumentado de miopatia e rabdomiólise, a dose de sinvastatina não deve exceder 10 mg por
dia em doentes a tomar sinvastatina com outros fibratos, exceto fenofibrato. (Ver secções
4.2 e 4.5). É recomendada precaução ao prescrever fenofibrato com sinvastatina, uma vez
que cada um destes fármacos pode causar miopatia quando administrado isoladamente.
A sinvastatina não deve ser administrada concomitantemente com formulações sistémicas
de ácido fusídico ou até 7 dias após terminar o tratamento com ácido fusídico. Foram
notificados casos de rabdomiólise (incluindo alguns casos fatais) em doentes a fazer esta
associação (ver secção 4.5). Nos doentes em que a utilização de ácido fusídico sistémico é
considerada essencial, o tratamento com estatinas deverá ser suspenso durante o período de
duração do tratamento com ácido fusídico. O doente deve ser aconselhado a procurar
aconselhamento médico imediatamente se apresentar quaisquer sintomas de fraqueza dor
ou sensibilidade muscular.
A terapêutica com estatina pode ser reintroduzida sete dias após a última dose de ácido
fusídico. Em circunstâncias excecionais, quando é necessário um tratamento prolongado de
ácido fusídico sistémico, p. ex. para o tratamento de infeções graves, a necessidade de
administração concomitante de sinvastatina e ácido fusídico só deve ser considerada numa
base caso a caso e sob supervisão médica rigorosa.
Deve ser evitada a utilização combinada de sinvastatina em doses superiores a 20 mg por
dia com amiodarona, amlodipina, verapamilo ou diltiazem. Em doentes com HFHo, o uso
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combinado de sinvastatina em doses superiores a 40 mg por dia com lomitapida tem de ser
evitado. (Ver secções 4.2, 4.3 e 4.5).
Os doentes que tomam outros medicamentos com efeito inibitório moderado no CYP3A4
concomitantemente com sinvastatina, particularmente com doses altas de sinvastatina,
podem ter um risco aumentado de miopatia. Quando a sinvastatina é administrada
concomitantemente com um inibidor moderado do CYP3A4 (fármacos que aumentam a
AUC em aproximadamente 2-5 vezes), poderá ser necessário um ajuste posológico. Para
alguns inibidores moderados do CYP3A4, p. ex. diltiazem, recomenda-se uma dose
máxima de sinvastatina de 20 mg (ver secção 4.2).
A sinvastatina é um substrato do transportador de efluxo da Proteína Resistente ao Cancro
da Mama (BCRP). A administração concomitante de medicamentos inibidores da BCRP
(ex.: elbasvir e grazoprevir) pode levar ao aumento das concentrações plasmáticas de
sinvastatina e a risco aumentado de miopatia, por isso, dependendo da dose prescrita, deve
ser considerado um ajuste de dose de sinvastatina. A administração concomitante de
elbasvir e grazoprevir com sinvastatina não foi estudada, no entanto, a dose de sinvastatina
não deve exceder os 20 mg por dia em doentes a fazer tratamento concomitante com
medicamentos que contêm elbasvir ou grazoprevir (ver secção 4.5).
Foram associados casos raros de miopatia/rabdomiólise com a administração concomitante
de inibidores da redutase da HMG-CoA e doses modificadoras de lípidos (
1g/dia) de
niacina (ácido nicotínico). Qualquer um destes medicamentos pode causar miopatia
quando administrado isoladamente.
Num ensaio clínico (período de acompanhamento mediano de 3,9 anos) envolvendo
doentes com risco elevado de doença cardiovascular e com níveis de C-LDL bem
controlado com sinvastatina 40 mg/dia com ou sem ezetimiba 10 mg, não houve um
benefício incremental nos resultados cardiovasculares com a adição de doses
modificadoras de lípidos (
1 g/dia) de niacina (ácido nicotínico). Como tal, os médicos
que considerem a utilização da associação terapêutica de sinvastatina com doses
modificadoras de lípidos (
1g/dia) de niacina (ácido nicotínico), ou medicamentos
contendo niacina, devem ponderar cuidadosamente os potenciais benefícios e riscos e
proceder a uma cuidadosa monitorização dos doentes para despiste de quaisquer sinais e
sintomas de dor, sensibilidade ou fraqueza musculares, em particular durante os primeiros
meses após início da terapêutica e ao aumentar a dose de cada um dos medicamentos.
Adicionalmente, neste ensaio, a incidência de miopatia foi de aproximadamente 0,24%
para doentes de etnia chinesa a tomar sinvastatina 40 mg ou ezetimiba/sinvastatina
10/40 mg em comparação com 1,24% para doentes de etnia chinesa a tomar sinvastatina
40 mg ou ezetimiba/sinvastatina 10/40 mg administrada concomitantemente com ácido
nicotínico /laropiprant 2000 mg/40 mg de libertação modificada . Embora a única
população asiática avaliada neste ensaio clínico tenha sido de etnia chinesa, uma vez que a
incidência de miopatia é superior em doentes de etnia chinesa do que em não-chinesa, a
administração concomitante de sinvastatina com doses modificadoras de lípidos (
1 g/dia)
de niacina (ácido nicotínico) não é recomendada em doentes de origem asiática.
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O acipimox é estruturalmente relacionado com a niacina. Apesar de o acipimox não ter
sido estudado, o risco de efeitos tóxicos musculares poderá ser semelhante ao da niacina.
Efeitos hepáticos
Nos estudos clínicos, ocorreram, num número reduzido de doentes adultos tratados com
sinvastatina, aumentos persistentes (para > 3 x LSN) das transaminases séricas. Quando a
administração de sinvastatina foi interrompida ou suspensa nestes doentes, os níveis de
transaminases baixaram lentamente, de um modo geral, para os níveis anteriores ao
tratamento.
Recomenda-se que sejam realizados testes de função hepática antes do início da
terapêutica, e posteriormente quando indicado clinicamente. Doentes tratados com uma
dose de 80 mg devem fazer um teste adicional antes do início da titulação, 3 meses após a
titulação para a dose de 80 mg e periodicamente (p. ex. semestralmente) no primeiro ano
de tratamento. Deverá ser dada atenção especial aos doentes que registem aumentos dos
níveis das transaminases séricas, e, nestes doentes, os doseamentos deverão ser repetidos
de imediato, e depois realizados mais frequentemente. Se os níveis das transaminases
séricas mostrarem aumentos progressivos, especialmente se aumentarem para mais de 3 x
LSN e forem persistentes, a sinvastatina deverá ser suspensa. Note-se que a ALT pode ter
origem muscular. Portanto, uma elevação da ALT e da CK pode indicar miopatia (ver
acima Miopatia/Rabdomiólise).
Foram notificados, em pós-comercialização, casos raros de insuficiência hepática fatal e
não fatal em doentes a tomar estatinas, incluindo a sinvastatina. Se durante o tratamento
com sinvastatina ocorrerem lesões graves no fígado com sintomas clínicos e/ou
hiperbilirrubinemia ou icterícia, interrompa imediatamente a terapêutica. Se não for
identificada uma etiologia alternativa, não reinicie o Sinvastatina Vitória.
O medicamento deve ser usado com precaução em doentes que consumam quantidades
substanciais de álcool.
Tal como acontece com outros fármacos hipolipemiantes, têm sido referidas elevações
moderadas das transaminases séricas (< 3 x LSN) na sequência do tratamento com
sinvastatina. Estas alterações surgiram pouco tempo após o início do tratamento com
sinvastatina, foram geralmente transitórias, não foram acompanhadas de quaisquer
sintomas e não foi necessária a interrupção do tratamento.
Diabetes mellitus
Diabetes mellitus
Algumas evidências sugerem que as estatinas como classe farmacológica podem elevar a
glicemia e em alguns doentes, com elevado risco de ocorrência futura de diabetes, podem
induzir um nível de hiperglicemia em que o tratamento formal de diabetes é adequado.
Este risco é, no entanto, suplantado pela redução do risco vascular com estatinas e,
portanto, não deve ser uma condição para interromper a terapêutica com estatinas. Os
doentes em risco (glicemia em jejum entre 5,6 a 6,9 mmol/l, IMC>30 kg/m2, triglicéridos
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aumentados, hipertensão) devem ser monitorizados tanto clínica como bioquimicamente,
de acordo com as orientações nacionais.
Doença pulmonar intersticial
Foram notificados casos de doença pulmonar intersticial com algumas estatinas, incluindo
sinvastatina, especialmente com tratamentos de longa duração (ver secção 4.8). Os
sintomas observados incluem dispneia, tosse não produtiva e deterioração do estado de
saúde em geral (fadiga, perda de peso e febre). Se houver suspeita de desenvolvimento de
doença pulmonar intersticial, a terapêutica com estatina deve ser interrompida.
População pediátrica
Foi avaliada a segurança e eficácia da sinvastatina, num ensaio clínico controlado, em
doentes entre 10-17 anos de idade com hipercolesterolemia familiar heterozigótica, rapazes
adolescentes no estadio Tanner II e superior, assim como em raparigas pelo menos com um
ano pós-menarca. O perfil de acontecimentos adversos foi, em geral, semelhante entre
doentes tratados com sinvastatina e doentes que receberam placebo. Não foram estudadas
doses superiores a 40 mg nesta população. Neste estudo controlado, limitado, não foi
detetado qualquer efeito no crescimento ou maturação sexual dos rapazes ou raparigas
adolescentes, nem qualquer efeito na duração do ciclo menstrual das raparigas. (Ver
secções 4.2, 4.8 e 5.1). As adolescentes do sexo feminino devem ser aconselhadas sobre os
métodos contracetivos apropriados durante a terapêutica com sinvastatina (ver secções 4.3
e 4.6). Em doentes com idade <18 anos, a eficácia e segurança não foi estudada para
períodos de tratamento > 48 semanas de duração e os efeitos a longo prazo na maturação
física, intelectual e sexual são desconhecidos. A sinvastatina não foi estudada em doentes
menores de 10 anos de idade nem em crianças pré-puberdade e raparigas pré-menarca.
Excipientes
Este medicamento contem lactose.
Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de
lactase ou malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Os estudos de interação só foram realizados em adultos.
Interações farmacodinâmicas
Interações com fármacos hipolipemiantes que podem causar miopatia quando
administrados isoladamente
O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, está aumentado durante a administração
concomitante com fibratos. Além disso, existe uma interação farmacocinética com
gemfibrozil que resulta num aumento dos níveis plasmáticos de sinvastatina (ver a seguir
Interações farmacocinéticas e secções 4.3 e 4.4). Quando sinvastatina e fenofibrato são
administrados concomitantemente, não há evidência de que o risco de miopatia exceda a
soma dos riscos individuais de cada medicamento. Não estão disponíveis dados adequados
de farmacovigilância e farmacocinética para outros fibratos. Foram associados casos raros