Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
15-05-2018
15-05-2018
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o doente
Sinvastatina Aristo 10 mg Comprimidos revestidos por película
Sinvastatina Aristo 20 mg Comprimidos revestidos por película
Sinvastatina
Leia
atenção
todo
este
folheto
antes
começar
tomar
este
medicamento pois contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos
sinais de doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários
não indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver
secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Sinvastatina Aristo e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Sinvastatina Aristo
3. Como tomar Sinvastatina Aristo
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Sinvastatina Aristo
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Sinvastatina Aristo e para que é utilizado
Sinvastatina Aristo contém a substância ativa sinvastatina. Sinvastatina Aristo é
um medicamento utilizado para baixar os valores de colesterol total, colesterol
“mau” (colesterol das LDL), e substâncias gordas chamadas triglicéridos no
sangue. Adicionalmente, o Sinvastatina Aristo aumenta os valores de colesterol
“bom” (colesterol das HDL). Sinvastatina Aristo é um membro de uma classe de
medicamentos denominada estatinas.
O colesterol é uma das várias substâncias gordas encontradas na corrente
sanguínea. O seu colesterol total é constituído principalmente pelo colesterol
das LDL e HDL.
O colesterol das LDL é frequentemente chamado de colesterol “mau” porque se
pode acumular nas paredes das suas artérias formando placas. Eventualmente
esta formação de placas pode levar a um estreitamento das artérias. Este
estreitamento pode diminuir ou bloquear o fluxo de sangue para órgãos vitais
tais como o coração e o cérebro. Este bloqueio de fluxo de sangue pode
resultar num ataque cardíaco ou num acidente vascular cerebral (AVC).
O colesterol das HDL é frequentemente chamado de colesterol “bom” porque
ajuda a que o colesterol “mau” não se acumule nas artérias e protege contra
doenças cardíacas.
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Os triglicéridos são outra forma de gordura no seu sangue que pode aumentar
o risco de doença cardíaca.
Enquanto
estiver
tomar
este
medicamento,
deve
manter
dieta
recomendada para redução de colesterol.
Sinvastatina
Aristo
indicado,
adicionalmente
dieta
para
redução
colesterol, se tiver:
um valor aumentado de colesterol no sangue (hipercolesterolemia primária) ou
valores elevados de gordura no sangue (hiperlipidemia mista)
doença
hereditária
(hipercolesterolemia
familiar
homozigótica)
responsável pelo aumento do valor do colesterol no sangue. Pode também
receber outros tratamentos.
doença cardíaca coronária ou em risco de a desenvolver (caso tenha diabetes,
historial de acidente vascular cerebral, ou outra doença dos vasos sanguíneos).
Sinvastatina Aristo pode prolongar a sua vida através da redução do risco de
problemas
cardíacos,
independentemente
nível
colesterol
sangue.
A maioria das pessoas não tem sintomas imediatos de colesterol elevado. O
seu médico poderá determinar o seu nível de colesterol através de uma
simples análise ao sangue. Mantenha as consultas regulares com o seu
médico, para que ele possa indicar-lhe a melhor maneira de controlar o seu
colesterol.
2. O que precisa de saber antes de tomar Sinvastatina Aristo
Não tome Sinvastatina Aristo:
alergia
(hipersensibilidade)
sinvastatina
qualquer
outro
componente
deste
medicamento
(indicados
secção
Conteúdo
embalagem e outras informações)
se lhe foi diagnosticada uma doença de fígado
se está grávida ou a amamentar
se está a tomar medicamentos com uma ou mais das seguintes substâncias
ativas:
- itraconazol, cetoconazol, posaconazol ou voriconazol (utilizados para tratar
infeções fúngicas)
- eritromicina, claritromicina ou telitromicina (utilizados para tratar infeções)
- inibidores da protease do VIH, tais como indinavir, nelfinavir, ritonavir e
saquinavir (inibidores da protease do VIH utilizados para tratar as infeções por
VIH)
- boceprevir ou telaprevir (utilizados para tratar infeções pelo vírus da hepatite
- nefazodona (utilizado para tratar a depressão)
- cobicistato
- gemfibrozil (utilizado para baixar o colesterol)
- ciclosporina (utilizado em doentes submetidos a transplante de órgãos)
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- danazol (uma hormona sintética usada para tratar a endometriose, uma
situação na qual o revestimento do útero cresce fora do útero).
se está a tomar ou tiver tomado, nos últimos 7 dias, um medicamento chamado
ácido fusídico (medicamento para infeção bacteriana) por via oral ou por
injeção. A associação de ácido fusídico e Sinvastatina Aristo pode levar a
problemas musculares graves (rabdomiólise).
Não tome mais de 40 mg de Sinvastatina Aristo se estiver a tomar lomitapida
(utilizado para tratar uma doença genética grave e rara relacionada com o
colesterol).
Pergunte ao seu médico se não tem a certeza se o seu medicamento está
referido na lista anterior.
Advertências e precauções
Informe o seu médico:
sobre todos os seus problemas de saúde, incluindo alergias.
se bebe grandes quantidades de bebidas alcoólicas.
se já teve alguma doença de fígado. Sinvastatina Aristo pode não ser indicado
para si.
se for fazer uma operação cirúrgica. Pode necessitar de parar de tomar os
comprimidos de Sinvastatina Aristo por um curto período de tempo.
se for de origem asiática, uma vez que se pode aplicar a si uma posologia
diferente.
Antes de iniciar o tratamento com Sinvastatina Aristo, e se tiver quaisquer
sintomas de problemas de fígado enquanto estiver a tomar Sinvastatina Aristo,
o seu médico deve fazer análises ao seu sangue para verificar se o seu fígado
está a funcionar adequadamente.
O seu médico pode também requisitar análises ao sangue para verificar como
está a funcionar o seu fígado após ter iniciado o tratamento com Sinvastatina
Aristo.
Enquanto estiver a tomar este medicamento o seu médico irá acompanhá-lo de
perto se tem diabetes ou está em risco de vir a ter diabetes. Estará em risco de
vir a ter diabetes se tem níveis elevados de açúcar e gorduras no sangue,
excesso de peso ou pressão arterial elevada.
Informe o seu médico se tiver uma doença pulmonar grave.
Consulte o seu médico imediatamente se sentir dor, sensibilidade ou fraqueza
musculares.
Isto
deve-se
facto
raras
situações,
problemas
musculares
poderem ser graves,
incluindo destruição muscular (rabdomiólise) que resulta em lesões nos rins; e
em muito raras situações ocorreram mortes.
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maior risco de destruição muscular com as doses mais elevadas de
Sinvastatina
Aristo,
particularmente
dose
risco
destruição muscular também é maior em certos doentes. Informe o seu médico
se alguma das seguintes situações se aplicar a si:
consome grandes quantidades de álcool
tem problemas nos rins
tem problemas na tiroide
tem 65 anos de idade ou mais
é do sexo feminino
alguma
teve
problemas
musculares
durante
tratamento
medicamentos para baixar o colesterol chamados “estatinas” ou fibratos
tem, ou algum familiar próximo tem, um distúrbio muscular hereditário.
Informe igualmente o seu médico ou farmacêutico se sentir uma fraqueza
muscular
constante.
Podem
necessários
testes
medicamentos
adicionais para diagnosticar e tratar este problema.
Crianças e adolescentes
A segurança e eficácia de Sinvastatina Aristo foram estudadas em rapazes
com idade entre os 10 e 17 anos e em raparigas que iniciaram o seu período
menstrual (menstruação) pelo menos um ano antes (ver secção 3: Como tomar
Sinvastatina Aristo). Sinvastatina Aristo não foi estudado em crianças com
idade inferior a 10 anos. Para mais informações, fale com o seu médico.
Outros medicamentos e Sinvastatina Aristo
Informe o seu médico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente ou se vier
a tomar outros medicamentos com algumas das seguintes substâncias ativas.
Tomar Sinvastatina Aristo com qualquer um dos seguintes medicamentos
poderá aumentar o risco de problemas musculares (alguns destes foram já
referidos na secção anterior “Não tome Sinvastatina Aristo”):
se necessitar de tomar ácido fusídico por via oral para tratar uma infeção
bacteriana,
terá
interromper
temporariamente
utilização
deste
medicamento. O seu médico informá-lo-á quando é seguro reiniciar a toma de
Sinvastatina Aristo. Tomar Sinvastatina Aristo com ácido fusídico pode levar
raramente a fraqueza muscular, sensibilidade ou dor (rabdomiólise). Consultar
informação adicional sobre rabdomiólise na secção 4.
ciclosporina (frequentemente utilizado em doentes com transplante de órgãos)
danazol
(uma
hormona
sintética
usada
para
tratar
endometriose,
situação na qual o revestimento do útero cresce fora do útero)
medicamentos com uma substância ativa como o itraconazol, o cetoconazol, o
fluconazol, o posaconazol ou o voriconazol (utilizados para tratar infeções
fúngicas)
fibratos com uma substância ativa como o gemfibrozil e bezafibrato (utilizados
para baixar o colesterol)
eritromicina,
claritromicina
telitromicina
(utilizados
para
tratar
infeções
bacterianas) inibidores da protease do VIH como o indinavir, nelfinavir, ritonavir
e saquinavir (utilizados para tratar a SIDA)
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medicamentos antivirais para a hepatite C como boceprevir, telaprevir, elbasvir
ou grazoprevir (utilizados para tratar a infeção pelo vírus da hepatite C)
nefazodona (utilizado para tratar a depressão)
medicamentos com a substância ativa cobicistato
amiodarona (utilizada para tratar o batimento irregular do coração)
verapamilo, diltiazem ou amlodipina (utilizados para tratar a pressão arterial
elevada, a angina de peito ou outras doenças do coração)
lomitapida (utilizado para tratar uma condição genética grave e rara relacionada
com o colesterol)
colquicina (utilizada para tratar a gota).
Para além dos medicamentos acima indicados, informe o seu médico ou
farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente quaisquer outros
medicamentos,
incluindo
medicamentos
obtidos
receita
médica.
particular, informe o seu médico se estiver a tomar medicamentos com alguma
das seguintes substâncias ativas:
medicamentos com uma substância ativa que previna os coágulos no sangue,
como
exemplo
varfarina,
fenprocumona
acenocumarol
(anticoagulantes)
fenofibrato (também utilizado para baixar o colesterol)
niacina (também utilizado para baixar o colesterol)
rifampicina (utilizado para tratar a tuberculose).
Também deverá informar o médico que lhe prescreva um novo medicamento
que está a tomar Sinvastatina Aristo.
Sinvastatina Aristo com alimentos e bebidas
O sumo de toranja contém um ou mais componentes que alteram o modo como
o organismo utiliza certos medicamentos, incluindo Sinvastatina Aristo. O
consumo de sumo de toranja deverá ser evitado.
Gravidez e amamentação
Não tome Sinvastatina Aristo se está grávida, planeia engravidar ou suspeita
que está grávida. Se engravidar durante o tratamento com Sinvastatina Aristo,
pare
imediatamente
tratamento
fale
médico.
Não
tome
Sinvastatina Aristo se está a amamentar, uma vez que se desconhece se o
medicamento passa para o leite materno.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não se prevê que Sinvastatina Aristo interfira com a sua capacidade de
conduzir ou utilizar máquinas.
No entanto, deve ser tomado em consideração que algumas pessoas sentem
tonturas após tomarem Sinvastatina Aristo.
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Sinvastatina Aristo contém lactose mono-hidratada
Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares,
contacte-o antes de tomar este medicamento.
3. Como tomar Sinvastatina Aristo
O seu médico decidirá qual a dose apropriada para si, de acordo com a sua
situação, o seu tratamento atual e o seu risco individual.
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale
com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Enquanto estiver a tomar Sinvastatina Aristo, deverá fazer uma dieta para
reduzir o colesterol.
Posologia:
A dose recomendada é Sinvastatina Aristo 20 mg ou 40 mg, tomado por via
oral, uma vez por dia.
Adultos:
A dose inicial habitual é de 10, 20 ou, em alguns casos, 40 mg por dia. O seu
médico poderá ajustar a sua dose após, no mínimo, 4 semanas, até um
máximo de 80 mg por dia. Não tome mais de 80 mg por dia.
O seu médico poderá prescrever-lhe doses mais baixas, em particular se
estiver a tomar alguns dos medicamentos acima mencionados ou se tiver
determinados problemas nos rins.
A dose de 80 mg é apenas recomendada em doentes adultos com níveis de
colesterol muito elevados e com elevado risco de complicações cardíacas, os
quais não atingiram o objetivo de colesterol com doses mais baixas.
Utilização em crianças e adolescentes:
Para crianças (10-17 anos de idade), a dose inicial recomendada é de 10 mg
por dia à noite. A dose máxima recomendada é de 40 mg por dia.
Modo de administração:
Tome Sinvastatina Aristo à noite. Poderá tomá-lo com ou sem alimentos. Tome
Sinvastatina Aristo até o seu médico mandar parar.
médico
receitou
Sinvastatina
Aristo
juntamente
outro
medicamento para baixar o colesterol, o qual contenha um sequestrante dos
ácidos biliares, deve tomar Sinvastatina Aristo pelo menos 2 horas antes, ou 4
horas depois de tomar o sequestrante dos ácidos biliares.
Se tomar mais Sinvastatina Aristo do que deveria
Por favor, contacte o seu médico ou farmacêutico.
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Caso se tenha esquecido de tomar Sinvastatina Aristo
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de
tomar. Volte a tomar os comprimidos de Sinvastatina Aristo dentro do horário
previsto no dia seguinte.
Se parar de tomar Sinvastatina Aristo
Fale com o seu médico ou farmacêutico porque o seu colesterol pode aumentar
de novo.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o
seu médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como
todos
medicamentos,
Sinvastatina
Aristo
pode
causar
efeitos
secundários, embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
É utilizada a seguinte terminologia para descrever a frequência com que os
efeitos secundários têm sido comunicados:
Raros (podem afetar até 1 em cada 1000 pessoas)
Muito raros (podem afetar até 1 em cada 10.000 pessoas)
Desconhecido
frequência
não
pode
calculada
partir
dados
disponíveis)
Foram comunicados os seguintes efeitos secundários raros.
ocorrer
algum
destes
efeitos
secundários
graves,
pare
tomar
medicamento, consulte imediatamente o seu médico ou dirija-se ao serviço de
urgências do hospital mais próximo.
dor, sensibilidade ou fraqueza musculares ou cãibras. Em raras situações,
estes problemas musculares podem ser graves, incluindo destruição muscular
(rabdomiólise) que resulta em lesões nos rins; e em muito raras situações
ocorreram mortes.
reações de hipersensibilidade (alérgicas) incluindo:
inchaço da face, língua e garganta, que podem causar dificuldade em respirar
(angiedema)
dor muscular grave, habitualmente nos ombros e anca
erupção da pele com fraqueza muscular dos membros e do pescoço
dor ou inflamação das articulações (polimialgia reumática)
inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite)
nódoas negras pouco habituais, erupções e inchaço na pele (dermatomiosite),
erupção
pele
comichão,
sensibilidade
pele
sol,
febre,
afrontamento
dificuldade em respirar (dispneia) e mal-estar geral
quadro
doença
tipo
lúpus
(incluindo
erupção
pele,
distúrbios
articulações e efeitos nas células do sangue)
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inflamação do fígado com os seguintes sintomas: amarelecimento da pele e
dos olhos, comichão, urina escura ou fezes descoradas, sensação de cansaço
ou fraqueza, perda de apetite; insuficiência hepática (muito rara)
inflamação do pâncreas, frequentemente com dor abdominal grave.
Foi notificado o seguinte efeito secundário grave muito raro:
- uma reação alérgica grave que pode causar dificuldade em respirar ou
tonturas (anafilaxia)
Foram também raramente comunicados os seguintes efeitos secundários:
número baixo de glóbulos vermelhos (anemia)
dormência ou fraqueza nos braços e pernas
dor de cabeça, sensação de formigueiro, tonturas
perturbações digestivas (dor abdominal, prisão de ventre, gases intestinais,
indigestão, diarreia, náuseas, vómitos)
erupção da pele, comichão, perda de cabelo
fraqueza
perturbação do sono (muito raro)
memória fraca (muito raro), perda de memória, confusão
seguintes
efeitos
secundários
foram
também
comunicados
frequência não pode ser calculada a partir da informação disponível (frequência
desconhecida):
disfunção eréctil
depressão
inflamação dos pulmões originando problemas respiratórios incluindo tosse
persistente e/ou falta de ar ou febre
problemas nos tendões, por vezes complicados por rutura do tendão.
Possíveis efeitos secundários adicionais comunicados com algumas estatinas:
distúrbios do sono, incluindo pesadelos
disfunção sexual
diabetes. É mais provável ter diabetes se tiver níveis elevados de açúcar e
gorduras no sangue, excesso de peso e pressão arterial elevada. O seu
médico irá avaliar se tem diabetes enquanto estiver a tomar este medicamento.
dor,
sensibilidade
fraqueza
muscular
constante
podem
não
desaparecer
após
parar
tomar
Sinvastatina
Aristo
(frequência
desconhecida).
Valores Laboratoriais
Nas análises ao sangue foram observados aumentos de alguns valores da
função hepática e de uma enzima muscular (creatinaquinase).
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários
não indicados neste folheto, fale como o seu médico ou farmacêutico. Também
poderá comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através
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dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a
fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel.: +351 21 798 71 403 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Sinvastatina Aristo
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não
utilize
este
medicamento
após
prazo
validade
impresso
embalagem, após EXP. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não
utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Sinvastatina Aristo
A substância ativa é a sinvastatina (20 mg ou 40 mg)
Os outros componentes são:
Núcleo: lactose mono-hidratada, celulose microcristalina 101, amido de milho
pré-gelatinizado 1500, butil-hidroxianisol (E320), ácido ascórbico, ácido cítrico
anidro, sílica anidra coloidal, talco e estearato de magnésio.
Revestimento: hipromelose 6cP, hipromelose 15cP, óxido de ferro vermelho
(E172), óxido de ferro amarelo (E172), citrato de trietilo, dióxido de titânio
(E171), talco e povidona K-30.
Qual o aspeto de Sinvastatina Aristo e conteúdo da embalagem
Sinvastatina Aristo 10 mg: comprimido revestido por película, cor de pêssego,
oval, biconvexo, com ranhura numa das faces.
Sinvastatina Aristo 20 mg: comprimido revestido por película, de cor castanho
claro, oval, biconvexo, com ranhura numa das faces.
Blisters de PVC/PVDC-Alu.
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Embalagens 20 e 60 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular de Autorização de Introdução no Mercado
Aristo Pharma Iberia, SL
Calle Solana, 26 - Torrejon de Ardoz
28850 Madrid
Espanha
Fabricantes
Atlantic Pharma S.A.
Rua da Tapada Grande No.2
2710-089 Sintra
Portugal
Farmaprojects S.A.
Santa Eulalia, 240-242; 08902 L’Hospitalet de Llobregat, Barcelona
Espanha
Laboratorios Medicamentos Internacionales (Medinsa), SA (Fab. Torrejon de
Ardoz)
C/ Solana, 26 Torrejón de Ardoz
28850 Madrid
Espanha
Este folheto foi revisto pela última vez em.
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sinvastatina Aristo 10 mg comprimidos revestidos por película.
Sinvastatina Aristo 20 mg comprimidos revestidos por película.
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Sinvastatina Aristo 10 mg:
Cada comprimido contém 10 mg de sinvastatina.
Sinvastatina Aristo 20 mg:
Cada comprimido contém 20 mg de sinvastatina.
Excipientes com efeito conhecido:
65,73 mg de lactose mono-hidratada por comprimido de 10 mg.
131,46 mg de lactose mono-hidratada por comprimido de 20 mg.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
10 mg: comprimido revestido por película, cor de pêssego, oval, biconvexo,
com ranhura numa das faces.
comprimido
revestido
película,
castanho
claro,
oval,
biconvexo, com ranhura numa das faces.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Hipercolesterolemia
Tratamento da hipercolesterolemia primária ou da dislipidemia mista, como
adjuvante da dieta, sempre que a resposta à dieta e a outros tratamentos não
farmacológicos (p. ex. exercício físico, perda de peso) seja inadequada.
Tratamento
hipercolesterolemia
familiar
homozigótica
(HFHo)
como
adjuvante da dieta e outros tratamentos hipolipemiantes (p. ex. LDL-aferese) ou
se tais tratamentos não forem apropriados.
Prevenção cardiovascular
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INFARMED
Redução da mortalidade e morbilidade cardiovasculares em doentes com
doença cardiovascular aterosclerótica evidente ou com diabetes mellitus, quer
tenham níveis
de colesterol normais ou aumentados, como adjuvante da
correção de outros fatores de risco e de outras terapêuticas cardioprotetoras
(ver secção 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
O intervalo posológico é de 5-80 mg/dia administrados por via oral numa dose
única à noite. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser feitos em
intervalos
não
inferiores
semanas,
até
máximo
mg/dia
administrados em dose única à noite. A dose de 80 mg é apenas recomendada
doentes
hipercolesterolemia
grave
risco
elevado
complicações
cardiovasculares
não
atingiram
seus
objetivos
tratamento com doses mais baixas e quando é esperado que os benefícios
ultrapassem os potenciais riscos (ver secções 4.4 e 5.1).
Hipercolesterolemia
O doente deve estar a fazer uma dieta padronizada para a redução do
colesterol,
deverá continuar
esta dieta
durante
tratamento com
Sinvastatina Aristo. A dose inicial habitual é de 10-20 mg/dia administrados em
dose única à noite. Os doentes que necessitem de uma grande redução de C-
LDL (mais de 45 %) podem iniciar a terapêutica com 20-40 mg/dia em dose
única administrada à noite. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser
efetuados da forma anteriormente especificada.
Hipercolesterolemia familiar homozigótica
Com base nos resultados de um estudo clínico controlado, a posologia inicial
recomendada
mg/dia
Sinvastatina
Aristo
tomado
noite.
Sinvastatina Aristo deve ser usado como adjuvante de outros tratamentos
hipolipemiantes (p. ex., LDL-aferese) neste grupo de doentes, ou só por si,
quando não estiverem disponíveis tais terapêuticas.
Em doentes a tomar lomitapida concomitantemente com Sinvastatina Aristo, a
dose de Sinvastatina Aristo não pode exceder 40 mg/dia (ver secções 4.3, 4.4
e 4.5).
Prevenção cardiovascular
A dose habitual de Sinvastatina Aristo é de 20 a 40 mg/dia, em toma única à
noite, nos doentes em elevado risco de doença cardíaca coronária (doença
cardíaca coronária com ou sem hiperlipidemia). A terapêutica farmacológica
poderá ser iniciada em simultâneo com a dieta e o exercício físico. Os ajustes
posológicos, se necessários, devem ser efetuados da forma anteriormente
especificada.
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Terapêutica concomitante
Sinvastatina Aristoé eficaz isoladamente ou em associação com sequestrantes
dos ácidos biliares. A administração deve ocorrer 2 horas antes ou 4 horas
após a administração de um sequestrante dos ácidos biliares.
Nos doentes a tomar Sinvastatina Aristo concomitantemente com fibratos,
exceto o gemfibrozil (ver secção 4.3) ou o fenofibrato, a dose de Sinvastatina
Aristo
não
deve
exceder
10 mg/dia.
doentes
tomar
amiodarona,
amlodipina, verapamilo, diltiazem ou medicamentos que contenham elbasvir ou
grazoprevir concomitantemente com Sinvastatina Aristo, a dose de Sinvastatina
Aristo não deverá exceder 20 mg/dia. (Ver secções 4.4 e 4.5).
Doentes com compromisso renal
Não deverá ser necessária uma modificação da posologia em doentes com
compromisso renal moderado. Nos doentes com compromisso renal grave
(depuração da creatinina < 30 ml/min), as posologias acima de 10 mg/dia
deverão ser cuidadosamente consideradas e, se necessário, instituídas com
precaução.
Idosos
Não é necessário qualquer ajuste posológico.
População pediátrica
Para crianças e adolescentes (rapazes em estadio Tanner II ou superior e
raparigas com pelo menos um ano pós-menarca, 10-17 anos de idade) com
hipercolesterolemia
familiar
heterozigótica,
dose
inicial
habitualmente
recomendada é de 10 mg, uma vez por dia, à noite. Antes do início do
tratamento com a sinvastatina as crianças e adolescentes deverão iniciar uma
dieta padronizada para a redução do colesterol; esta dieta deverá ser mantida
durante o tratamento com a sinvastatina.
O intervalo posológico recomendado é de 10-40 mg/dia; a dose máxima
recomendada é 40 mg/dia. As doses devem ser individualizadas de acordo
com o objetivo terapêutico recomendado de acordo com as recomendações
para o tratamento pediátrico (ver secções 4.4 e 5.1). Os ajustes deverão ser
feitos em intervalos de pelo menos 4 semanas.
A experiência de Sinvastatina Aristo em crianças na pré-puberdade é limitada.
Modo de administração
Sinvastatina Aristo destina-se a administração oral. Sinvastatina Aristo pode
ser administrado como uma dose única à noite.
4.3 Contraindicações
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Hipersensibilidade
substância
ativa
qualquer
excipientes
mencionados na secção 6.1.
Doença
hepática
ativa
elevações
persistentes
explicação
transaminases séricas
Gravidez e aleitamento (ver secção 4.6)
Administração concomitante de inibidores potentes do CYP3A4 (fármacos que
aumentam a AUC em aproximadamente 5 vezes ou mais) (p. ex. itraconazol,
cetoconazol, posaconazol, voriconazol, inibidores da protease do VIH (p. ex:
nelfinavir),
boceprevir,
telaprevir,
eritromicina,
claritromicina,
telitromicina,
nefazodona e medicamentos contendo cobicistato) (ver secções 4.4 e 4.5)
Administração
concomitante
gemfibrozil,
ciclosporina
danazol
(ver
secções 4.4 e 4.5)
Administração concomitante de lomitapida com doses > 40 mg de Sinvastatina
Aristo, em doentes com HFHo (ver secções 4.2, 4.4 e 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Miopatia/Rabdomiólise
A sinvastatina, tal como outros inibidores da redutase da HMG-CoA, provoca,
ocasionalmente,
miopatia
manifesta
como
dor,
sensibilidade
fraqueza musculares com elevações de creatinaquinase (CK) acima de dez
vezes o limite superior da normalidade (LSN). Por vezes a miopatia toma a
forma de rabdomiólise, com ou sem insuficiência renal aguda secundária a
mioglobinúria, tendo ocorrido muito raramente casos de morte. O risco de
miopatia é aumentado pelos elevados níveis de atividade inibidora da redutase
da HMG-CoA plasmática.
Tal como com os outros inibidores da redutase da HMG-CoA, o risco de
miopatia/rabdomiólise depende da dose. Numa base de dados de ensaios
clínicos, com 41.413 doentes tratados com sinvastatina, dos quais 24.747
(aproximadamente
foram
tratados
pelo
menos
durante
anos,
incidência de miopatia foi, aproximadamente, de 0,03 %, 0,08 % e 0,61 % com
mg/dia,
respetivamente.
Nestes
ensaios,
doentes
foram
cuidadosamente monitorizados, tendo sido excluídos alguns medicamentos
com interação.
Num ensaio clínico em que doentes com antecedentes de enfarte do miocárdio
foram
tratados
80 mg/dia
sinvastatina
(tempo
médio
acompanhamento 6,7 anos), a incidência de miopatia foi aproximadamente 1,0
comparação
0,02
doentes
tomar
mg/dia.
Aproximadamente metade desses casos de miopatia ocorreram durante o
primeiro
tratamento.
incidência
miopatia
durante
cada
subsequente de tratamento foi aproximadamente 0,1 %. (Ver secções 4.8 e
5.1.)
O risco de miopatia é maior em doentes a tomar sinvastatina 80 mg, em
comparação com outras terapêuticas com base em estatinas com eficácia
semelhante na redução do C-LDL. Como tal, a dose de 80 mg de sinvastatina
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
só deve ser utilizada em doentes com hipercolesterolemia grave e em risco
elevado de complicações cardiovasculares que não tenham atingido os seus
objetivos terapêuticos com doses inferiores e quando é esperado que os
benefícios superem os potenciais riscos. Em doentes a tomar sinvastatina 80
mg que necessitem ser tratados com um medicamento que tenha interação
medicamentosa, deve ser utilizada uma dose mais baixa de sinvastatina ou um
regime alternativo com base em estatinas que tenha um menor potencial de
interações
medicamentosas
(ver
abaixo
Medidas
para reduzir
risco
miopatia causado pelas interações medicamentosas e secções 4.2, 4.3 e 4.5).
ensaio
clínico
doentes
risco
elevado
doença
cardiovascular
foram
tratados
sinvastatina
40 mg/dia
(período
acompanhamento
mediano
3,9 anos),
incidência
miopatia
aproximadamente
0,05%
doentes
de etnia
não-chinesa
(n= 7367)
comparação com 0,24% em doentes de etnia chinesa (n= 5468). Apesar de a
única população asiática avaliada neste ensaio clínico ter sido de etnia chinesa,
deve ter-se precaução quando se prescreve sinvastatina a doentes de origem
asiática e deve ser empregue a menor dose necessária.
Função reduzida de proteínas transportadoras
função
reduzida
proteínas
transportadoras
hepáticas
OATP
pode
aumentar a exposição sistémica à forma ácida da sinvastatina e o risco de
miopatia e rabdomiólise. A função reduzida pode ocorrer como resultado da
inibição pela interação de medicamentos (p.ex., ciclosporina) ou em doentes
que são portadores do genótipo c.521T>C do SLCO1B1.
Os doentes portadores do alelo genético do SLCO1B1 (c.521T> C), que
codifica a proteína OATP1B1 menos ativa, têm uma maior exposição sistémica
à forma ácida da sinvastatina e um aumento do risco de miopatia.
risco
miopatia
relacionada
dose
elevada
sinvastatina é, em geral, de cerca de 1% sem avaliação genética. Com base
nos resultados do estudo SEARCH, os portadores homozigóticos do alelo C
(também chamados de CC) tratados com 80 mg de sinvastatina têm um risco
de miopatia de 15% dentro de um ano, enquanto que o risco nos portadores
heterozigóticos do alelo C (TC) é de 1,5%. O risco correspondente é de 0,3%
nos doentes com o genótipo mais comum (TT) (ver secção 5.2). Quando
disponível, a genotipagem para a presença do alelo C deve ser considerada
como parte da avaliação de risco-benefício antes de prescrever 80 mg de
sinvastatina, e doses elevadas devem ser evitadas nos doentes portadores do
genótipo CC. No entanto, a ausência deste gene na genotipagem não exclui
que não possa ainda ocorrer miopatia.
Medição da creatinaquinase
A creatinaquinase (CK) não deverá ser medida após exercício físico vigoroso
ou na presença de qualquer outra causa passível de aumentar os níveis de CK,
uma vez que isto torna difícil a interpretação daqueles valores. Se os níveis
basais de CK estiverem significativamente elevados (> 5 x LSN), deverão ser
reavaliados após 5 a 7 dias para confirmar os resultados.
APROVADO EM
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INFARMED
Antes do tratamento
Todos os doentes a iniciar terapêutica com sinvastatina, ou cuja dose de
sinvastatina esteja a ser aumentada, devem ser alertados sobre o risco de
miopatia e aconselhados a relatar de imediato qualquer dor, sensibilidade ou
fraqueza musculares que ocorram sem explicação.
A prescrição de sinvastatina deve ser feita com precaução em doentes com
fatores
predisponentes
para
rabdomiólise.
níveis
devem
avaliados
antes
início
tratamento,
para
estabelecer
valor
referência inicial, nas seguintes situações:
Idosos (idade
65 anos)
Sexo feminino
Compromisso renal
Hipotiroidismo não controlado
Antecedente pessoal ou familiar de afeções musculares hereditárias
Antecedentes prévios de toxicidade muscular devida a estatinas ou fibratos
Abuso de álcool.
Nestas situações, dever-se-á ter em consideração o risco do tratamento em
relação ao possível benefício e recomenda-se a monitorização clínica. Se um
doente já tiver tido anteriormente uma perturbação muscular com um fibrato ou
com uma estatina, o tratamento com um fármaco diferente dessa classe deverá
ser iniciado com precaução.
Se os níveis basais de CK estiverem significativamente elevados (> 5 x LSN), o
tratamento não deverá ser iniciado.
Durante o tratamento
Se ocorrer dor, fraqueza ou cãibras musculares durante o tratamento coma
estatina, os níveis de CK devem ser medidos. Se estes níveis estiverem
significativamente elevados
(> 5 x LSN), na ausência de exercício físico
vigoroso, o tratamento deverá ser interrompido. Se os sintomas musculares
forem graves e causarem desconforto diário, ainda que os níveis de CK sejam
< 5 x LSN, deverá ser considerada a interrupção do tratamento. Se houver
suspeita
miopatia
qualquer
outra
razão,
tratamento
deve
interrompido.
Foram notificados casos muito raros de miopatia necrosante imunomediada
(IMNM
immune-mediated
necrotizing
myopathy)
durante
após
tratamento com algumas estatinas. A IMNM é caracterizada clinicamente por
fraqueza
muscular
proximal
elevação
creatinaquinase
sérica,
persistem apesar da interrupção do tratamento com estatinas (ver secção 4.8).
Se os sintomas desaparecerem e os níveis de CK normalizarem, poderá ser
considerada a reintrodução da
estatina ou a introdução de uma
estatina
alternativa, na dosagem mais baixa e com uma monitorização cuidadosa.
Uma maior taxa de miopatia foi observada em doentes titulados para a dose de
80 mg (ver secção 5.1). São recomendadas medições periódicas da CK pois
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INFARMED
poderão ser úteis para identificar casos subclínicos de miopatia. Contudo, não
existe garantia de que tal monitorização previna a miopatia.
A terapêutica com sinvastatina deve ser temporariamente interrompida durante
alguns dias antes de uma grande cirurgia eletiva e quando surjam estados
médicos ou cirúrgicos graves.
Medidas
para
reduzir
risco
miopatia
causado
pelas
interações
medicamentosas (ver também secção 4.5)
O risco de miopatia e rabdomiólise está significativamente aumentado pela
utilização concomitante de sinvastatina com inibidores potentes do CYP3A4
(tais como o itraconazol, cetoconazol, posaconazol, voriconazol, eritromicina,
claritromicina, telitromicina, inibidores da protease do VIH (p. ex: nelfinavir),
boceprevir, telaprevir, nefazodona, medicamentos contendo cobicistato), assim
como com gemfibrozil, ciclosporina e danazol. A toma destes medicamentos é
contraindicada (ver secção 4.3).
risco
miopatia
rabdomiólise
está
também
aumentado
pelo
concomitante de amiodarona, amlodipina, verapamilo ou diltiazem com certas
doses de sinvastatina (ver secções 4.2 e 4.5). O risco de miopatia, incluindo
rabdomiólise, pode ser aumentado pela administração concomitante de ácido
fusídico com estatinas (ver secção 4.5). Para doentes com HFHo, este risco
pode
estar
aumentado
pela
utilização
concomitante
lomitapida
sinvastatina.
Consequentemente, no que diz respeito aos inibidores do CYP3A4, a utilização
concomitante
sinvastatina
itraconazol,
cetoconazol,
posaconazol,
voriconazol,
inibidores
protease
nelfinavir),
boceprevir,
telaprevir,
eritromicina,
claritromicina,
telitromicina,
nefazodona
medicamentos contendo cobicistato está contraindicada (ver secções 4.3 e
4.5). Se o tratamento com inibidores potentes do CYP3A4 (fármacos que
aumentam a AUC em aproximadamente 5 vezes ou mais) for inevitável, a
terapêutica
sinvastatina
interrompida
considerada
utilização de uma estatina alternativa) durante o tratamento. Além disso, deve
existir precaução quando se associa a sinvastatina com alguns inibidores
menos potentes do CYP3A4: fluconazol, verapamilo, diltiazem (ver secções 4.2
e 4.5). Deve ser evitada a ingestão concomitante de sumo de toranja e de
sinvastatina.
A toma de sinvastatina com gemfibrozil é contraindicada (ver secção 4.3).
Devido ao risco aumentado de miopatia e rabdomiólise, a dose de sinvastatina
não deve exceder 10 mg por dia em doentes a tomar sinvastatina com outros
fibratos, exceto fenofibrato. (Ver secções 4.2 e 4.5). É recomendada precaução
ao prescrever fenofibrato com sinvastatina, uma vez que cada um destes
fármacos pode causar miopatia quando administrado isoladamente.
A sinvastatina não deve ser administrada concomitantemente com formulações
sistémicas de ácido fusídico ou até 7 dias após terminar o tratamento com
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
ácido fusídico. Em doentes nos quais o uso sistémico de ácido fusídico seja
considerado essencial, o tratamento com
estatinas deve ser interrompido
durante
período de
duração
tratamento com
ácido
fusídico.
Foram
notificados casos de rabdomiólise (incluindo alguns casos fatais) em doentes a
fazer a associação de ácido fusídico e estatinas (ver secção 4.5). O doente
deve ser aconselhado a procurar aconselhamento médico imediatamente se
apresentar quaisquer sintomas de fraqueza dor ou sensibilidade muscular. A
terapêutica com estatina pode ser reintroduzida sete dias após a última dose
de ácido fusídico. Em circunstâncias excecionais, quando é necessário um
tratamento prolongado de ácido fusídico sistémico, p. ex. para o tratamento de
infeções graves, a necessidade de administração concomitante de sinvastatina
e ácido fusídico só deve ser considerada numa base caso a caso e sob
supervisão médica rigorosa.
Deve ser evitada a utilização combinada de sinvastatina em doses superiores a
20 mg por dia com amiodarona, amlodipina, verapamilo ou diltiazem. Em
doentes com HFHo, o uso combinado de sinvastatina em doses superiores a
40 mg por dia com lomitapida tem de ser evitado. (Ver secções 4.2, 4.3 e 4.5).
Os doentes que tomam outros medicamentos com efeito inibitório moderado no
CYP3A4
concomitantemente
sinvastatina,
particularmente
doses
altas de sinvastatina, podem ter um risco aumentado de miopatia. Quando a
sinvastatina é administrada concomitantemente com um inibidor moderado do
CYP3A4 (fármacos que aumentam a AUC em aproximadamente 2-5 vezes),
poderá ser necessário um ajuste posológico. Para alguns inibidores moderados
do CYP3A4, p. ex. diltiazem, recomenda-se uma dose máxima de sinvastatina
de 20 mg (ver secção 4.2).
sinvastatina
substrato
transportador
efluxo
Proteína
Resistente ao Cancro da Mama (BCRP). A administração concomitante de
medicamentos inibidores da BCRP (ex.: elbasvir e grazoprevir) pode levar ao
aumento das concentrações plasmáticas de sinvastatina e a risco aumentado
de miopatia, por isso, dependendo da dose prescrita, deve ser considerado um
ajuste de dose de sinvastatina. A administração concomitante de elbasvir e
grazoprevir
sinvastatina
não
estudada,
entanto,
dose
sinvastatina não deve exceder os 20 mg por dia em doentes a fazer tratamento
concomitante com medicamentos que contêm elbasvir ou grazoprevir (ver
secção 4.5).
Foram associados casos raros de miopatia/rabdomiólise com a administração
concomitante de inibidores da redutase da HMG-CoA e doses modificadoras de
lípidos
1g/dia)
niacina
(ácido
nicotínico).
Qualquer
destes
medicamentos pode causar miopatia quando administrado isoladamente.
ensaio
clínico
(período
acompanhamento
mediano
3,9 anos)
envolvendo doentes com risco elevado de doença cardiovascular e com níveis
de C-LDL bem controlado com sinvastatina 40 mg/dia com ou sem ezetimiba
10 mg, não houve um benefício incremental nos resultados cardiovasculares
com a adição de doses modificadoras de lípidos (
1 g/dia) de niacina (ácido
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
nicotínico). Como tal, os médicos que considerem a utilização da associação
terapêutica de sinvastatina com doses modificadoras de lípidos (
1g/dia) de
niacina (ácido nicotínico), ou medicamentos contendo niacina, devem ponderar
cuidadosamente os potenciais benefícios e riscos e proceder a uma cuidadosa
monitorização dos doentes para despiste de quaisquer sinais e sintomas de
dor, sensibilidade ou fraqueza musculares, em particular durante os primeiros
meses após início da terapêutica e ao aumentar a dose de cada um dos
medicamentos.
Adicionalmente, neste ensaio, a incidência de miopatia foi de aproximadamente
0,24%
para
doentes
etnia
chinesa
tomar
sinvastatina
40 mg
ezetimiba/sinvastatina 10/40 mg em comparação com 1,24% para doentes de
etnia chinesa a tomar sinvastatina 40 mg ou ezetimiba/sinvastatina 10/40 mg
administrada
concomitantemente
ácido
nicotínico
/laropiprant
2000 mg/40 mg de libertação modificada. Embora a única população asiática
avaliada neste ensaio clínico tenha sido de etnia chinesa, uma vez que a
incidência de miopatia é superior em doentes de etnia chinesa do que em não-
chinesa,
administração
concomitante
sinvastatina
doses
modificadoras
lípidos
1 g/dia)
niacina
(ácido
nicotínico)
não
recomendada em doentes de origem asiática.
O acipimox é estruturalmente relacionado com a niacina. Apesar de o acipimox
não ter sido estudado, o risco de efeitos tóxicos musculares poderá ser
semelhante ao da niacina.
Efeitos hepáticos
Nos estudos clínicos, ocorreram, num número reduzido de doentes adultos
tratados
sinvastatina,
aumentos
persistentes
(para
>
LSN)
transaminases
séricas.
Quando
administração
sinvastatina
interrompida
suspensa
nestes
doentes,
níveis
transaminases
baixaram
lentamente,
modo
geral,
para
níveis
anteriores
tratamento.
Recomenda-se que sejam realizados testes de função hepática antes do início
terapêutica,
posteriormente
quando
indicado
clinicamente.
Doentes
tratados com uma dose de 80 mg devem fazer um teste adicional antes do
início
da titulação,
meses após a
titulação
para
dose
de 80
periodicamente (p. ex. semestralmente) no primeiro ano de tratamento. Deverá
ser dada atenção especial aos doentes que registem aumentos dos níveis das
transaminases
séricas,
nestes
doentes,
doseamentos
deverão
repetidos de imediato, e depois realizados mais frequentemente. Se os níveis
das transaminases séricas mostrarem aumentos progressivos, especialmente
se aumentarem para mais de 3 x LSN e forem persistentes, a sinvastatina
deverá ser suspensa. Note-se que a ALT pode ter origem muscular. Portanto,
elevação
pode
indicar
miopatia
(ver
acima
Miopatia/Rabdomiólise).
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
Foram
notificados,
pós-comercialização,
casos
raros
insuficiência
hepática
fatal
não
fatal
doentes
tomar
estatinas,
incluindo
sinvastatina. Se durante o tratamento com o sinvastatina ocorrerem lesões
graves no fígado com sintomas clínicos e/ou hiperbilirrubinemia ou icterícia,
interrompa imediatamente a terapêutica. Se não for identificada uma etiologia
alternativa, não reinicie o Sinvastatina Aristo.
O medicamento deve ser usado com precaução em doentes que consumam
quantidades substanciais de álcool.
Tal como acontece com outros fármacos hipolipemiantes, têm sido referidas
elevações moderadas das transaminases séricas (< 3 x LSN) na sequência do
tratamento com sinvastatina. Estas alterações surgiram pouco tempo após o
início do tratamento com sinvastatina, foram geralmente transitórias, não foram
acompanhadas de quaisquer sintomas e não foi necessária a interrupção do
tratamento.
Diabetes mellitus
Algumas evidências sugerem que as estatinas como classe farmacológica
podem elevar a glicemia e em alguns doentes, com elevado risco de ocorrência
futura
diabetes,
podem
induzir
nível
hiperglicemia
tratamento formal de diabetes é adequado. Este risco é, no entanto, suplantado
pela redução do risco vascular com estatinas e, portanto, não deve ser uma
condição para interromper a terapêutica com estatinas. Os doentes em risco
(glicemia
jejum
entre
mmol/l,
IMC>30
kg/m2,
triglicéridos
aumentados,
hipertensão)
devem
monitorizados
tanto
clínica
como
bioquimicamente, de acordo com as orientações nacionais.
Doença pulmonar intersticial
Foram
notificados
casos
doença
pulmonar
intersticial
algumas
estatinas, incluindo sinvastatina, especialmente com tratamentos
de longa
duração (ver secção 4.8). Os sintomas observados incluem dispneia, tosse não
produtiva e deterioração do estado de saúde em geral (fadiga, perda de peso e
febre). Se houver suspeita de desenvolvimento de doença pulmonar intersticial,
a terapêutica com estatina deve ser interrompida.
População pediátrica
avaliada
segurança
eficácia
sinvastatina,
ensaio
clínico
controlado, em doentes entre 10-17 anos de idade com hipercolesterolemia
familiar heterozigótica, rapazes adolescentes no estadio Tanner II e superior,
assim como em raparigas pelo menos com um ano pós-menarca. O perfil de
acontecimentos adversos foi, em geral, semelhante entre doentes tratados com
sinvastatina e doentes que receberam placebo. Não foram estudadas doses
superiores a 40 mg nesta população. Neste estudo controlado, limitado, não foi
detetado qualquer efeito no crescimento ou maturação sexual dos rapazes ou
raparigas adolescentes, nem qualquer efeito na duração do ciclo menstrual das
raparigas. (Ver secções 4.2, 4.8 e 5.1). As adolescentes do sexo feminino
devem ser aconselhadas sobre os métodos contracetivos apropriados durante
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
a terapêutica com sinvastatina (ver secções 4.3 e 4.6). Em doentes com idade
<18 anos, a eficácia e segurança não foi estudada para períodos de tratamento
> 48 semanas de duração e os efeitos a longo prazo na maturação física,
intelectual e sexual são desconhecidos. A sinvastatina não foi estudada em
doentes menores de 10 anos de idade nem em crianças pré-puberdade e
raparigas pré-menarca.
Excipientes
Este medicamento contém lactose. Os doentes com problemas hereditários
raros
intolerância
galactose,
deficiência
lactase
malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.
Excipientes
Este medicamento contém lactose.
Os doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, com
deficiência na lactase ou com malabsorção de glucose-galactose não devem
tomar este medicamento.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Os estudos de interação só foram realizados em adultos.
Interações farmacodinâmicas
Interações com fármacos hipolipemiantes que podem causar miopatia quando
administrados isoladamente
risco
miopatia,
incluindo
rabdomiólise,
está
aumentado
durante
administração concomitante com fibratos. Além disso, existe uma interação
farmacocinética
gemfibrozil
resulta
aumento
níveis
plasmáticos
sinvastatina
(ver
seguir
Interações
farmacocinéticas
secções
4.4).
Quando sinvastatina e
fenofibrato são
administrados
concomitantemente, não há evidência de que o risco de miopatia exceda a
soma dos riscos individuais de cada medicamento. Não estão disponíveis
dados adequados de farmacovigilância e farmacocinética para outros fibratos.
Foram associados casos raros de miopatia/rabdomiólise com a administração
concomitante de sinvastatina e doses modificadoras de lípidos (
1g/dia) de
niacina (ver secção 4.4).
Interações farmacocinéticas
As recomendações relativas a prescrição para os medicamentos com interação
são resumidas no quadro seguinte (o texto fornece informações adicionais; ver
também as secções 4.2, 4.3 e 4.4).
Interações
Medicamentosas
Associadas
Risco
Aumentado
Miopatia/Rabdomiólise
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
Medicamentos com interação
Recomendações de prescrição
Inibidores potentes do CYP3A4,
p. ex.:
Itraconazol
Cetoconazol
Posaconazol
Voriconazol
Eritromicina
Claritromicina
Telitromicina
Inibidores da protease do VIH
(p. ex. nelfinavir)
Boceprevir
Telaprevir
Nefazodona
Cobicistato
Ciclosporina
Danazol
Gemfibrozil
Contraindicados com sinvastatina
Outros
fibratos
(exceto
fenofibrato)
Não exceder 10 mg de sinvastatina
por dia
Ácido fusídico
Não
recomendado
sinvastatina
Niacina (ácido nicotínico)
1 g/dia)
Não
recomendado
sinvastatina, em doentes de origem
asiática
Amiodarona
Amlodipina
Verapamilo
Diltiazem
Elbasvir
Grazoprevir
Não exceder 20 mg de sinvastatina
por dia
Lomitapida
Não exceder 40 mg de sinvastatina
por dia em doentes com HFHo
Sumo de toranja
Evitar o sumo de toranja enquanto
sinvastatina estiver a ser tomada
Efeitos de outros medicamentos na sinvastatina
Interações que envolvem inibidores do CYP3A4
A sinvastatina é um substrato do citocromo P450 3A4. Os inibidores potentes
do citocromo P450 3A4 aumentam o risco de miopatia e de rabdomiólise
através do aumento da concentração de atividade plasmática inibitória da
redutase da HMG-CoA durante a terapêutica com sinvastatina. Estes inibidores
incluem
itraconazol,
cetoconazol,
posaconazol,
voriconazol,
eritromicina,
claritromicina, telitromicina, inibidores da protease do VIH (p. ex. nelfinavir),
boceprevir, telaprevir, nefazodona e medicamentos contendo cobicistato. A
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
administração concomitante de itraconazol resultou num aumento de mais de
10 vezes na exposição à forma ácida da sinvastatina (o metabolito beta-
hidroxiácido
ativo).
telitromicina
causou
aumento
vezes
exposição à forma ácida de sinvastatina.
Está contraindicada a utilização concomitante de sinvastatina com itraconazol,
cetoconazol, posaconazol, voriconazol, inibidores da protease do VIH (p. ex.
nelfinavir),
boceprevir,
telaprevir,
eritromicina,
claritromicina,
telitromicina,
nefazodona
medicamentos
contendo
cobicistato,
assim
como
gemfibrozil, ciclosporina e danazol (ver secção 4.3). Se o tratamento com
inibidores
potentes
CYP3A4
(fármacos
aumentam
aproximadamente
vezes
mais)
inevitável,
terapêutica
sinvastatina
deverá
interrompida
considerada
utilização
estatina alternativa) durante o tratamento. Deve usar-se de precaução quando
se associa a sinvastatina com alguns inibidores menos potentes do CYP3A4:
fluconazol, verapamilo ou diltiazem (ver secções 4.2 e 4.4).
Fluconazol
Foram notificados casos raros de rabdomiólise associado à administração
concomitante de sinvastatina e fluconazol (ver secção 4.4).
Ciclosporina
risco
miopatia/rabdomiólise
está
aumentado
pela
administração
concomitante
ciclosporina
sinvastatina;
consequentemente,
contraindicada a toma com ciclosporina (ver secções 4.3 e 4.4). Apesar de o
mecanismo
não
totalmente
compreendido,
ciclosporina
demonstrou
aumentar a AUC dos inibidores da redutase da HMG-CoA. O aumento na AUC
da forma ácida de sinvastatina deve-se possivelmente, em parte, à inibição do
CYP3A4 e/ou OATP1B1.
Danazol
O risco de miopatia e de rabdomiólise está aumentado pela administração
concomitante
danazol
sinvastatina;
consequentemente,
contraindicada a toma com danazol (ver secções 4.3 e 4.4).
Gemfibrozil
O gemfibrozil aumenta a AUC da forma ácida da sinvastatina em 1,9 vezes,
possivelmente devido à inibição da via metabólica de glucuronidação e/ou
OATP1B1
(ver
secções
4.4).
contraindicada
administração
concomitante com gemfibrozil.
Ácido fusídico
risco
miopatia,
incluindo
rabdomiólise,
pode
aumentado
pela
administração concomitante de ácido fusídico sistémico com estatinas. O
mecanismo desta interação (seja farmacodinâmico, farmacocinético ou ambos)
é ainda desconhecido. Foram notificados casos de rabdomiólise (incluindo
alguns
casos
fatais)
doentes
medicados
esta
associação.
administração concomitante desta associação pode originar o aumento das
concentrações
plasmáticas
ambos
fármacos.
necessário
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
tratamento com
ácido fusídico, o tratamento com sinvastatina deverá ser
suspenso durante o período de duração do tratamento com ácido fusídico. Ver
também a secção 4.4.
Amiodarona
risco
miopatia
rabdomiólise
está
aumentado
pela
administração
concomitante de amiodarona com sinvastatina (ver secção 4.4). Num ensaio
clínico, foi notificada miopatia em 6 % dos doentes a tomar sinvastatina 80 mg
e amiodarona. Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder
20 mg por dia em doentes a tomar concomitantemente amiodarona.
Bloqueadores dos canais de cálcio
Verapamilo
risco
miopatia
rabdomiólise
está
aumentado
pela
administração
concomitante
verapamilo
sinvastatina
(ver
secção 4.4). Num estudo farmacocinético, a administração concomitante de
sinvastatina com verapamilo resultou num aumento de 2,3 vezes da exposição
à forma ácida da sinvastatina, possivelmente devido, em parte, à inibição do
CYP3A4. Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder 20 mg
por dia em doentes a tomar concomitantemente verapamilo.
Diltiazem
risco
miopatia
rabdomiólise
está
aumentado
pela
administração
concomitante de diltiazem com 80 mg de sinvastatina (ver secção 4.4). Num
estudo
farmacocinético,
administração
concomitante
diltiazem
sinvastatina causou um aumento de 2,7 vezes na exposição à forma ácida de
sinvastatina, possivelmente devido à inibição do CYP3A4. Consequentemente,
a dose de sinvastatina não deve exceder 20 mg por dia em doentes a tomar
concomitantemente diltiazem.
Amlodipina
Os doentes tratados com amlodipina concomitantemente com sinvastatina têm
um risco aumentado de miopatia. Num estudo farmacocinético, a administração
concomitante de amlodipina com sinvastatina causou um aumento de 1,6
vezes na exposição à forma ácida de sinvastatina. Consequentemente, a dose
sinvastatina
não
deve
exceder
20 mg
doentes
tomar
concomitantemente amlodipina.
Lomitapida
O risco de miopatia e rabdomiólise pode ser aumentado pela administração
concomitante de lomitapida com sinvastatina (ver secções 4.3 e 4.4). Assim,
em doentes com HFHo, a dose de sinvastatina não pode exceder 40 mg por
dia em doentes a receber terapêutica concomitante com lomitapida.
Inibidores moderados do CYP3A4
Os doentes que tomam outros medicamentos com efeito inibitório moderado no
CYP3A4
concomitantemente
sinvastatina,
particularmente
altas
doses de sinvastatina, podem ter um risco aumentado de miopatia (ver secção
4.4).
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
Inibidores da proteína transportadora OATP1B1
A sinvastatina na sua forma ácida é um substrato da proteína transportadora
OATP1B1. A administração concomitante de medicamentos que são inibidores
da proteína transportadora OATP1B1 pode levar a concentrações plasmáticas
aumentadas da forma ácida da sinvastatina e a um risco aumentado de
miopatia (ver secções 4.3 e 4.4).
Inibidores da Proteína Resistente ao Cancro da Mama (BCRP)
A administração concomitante de medicamentos inibidores da BCRP, incluindo
medicamentos que contenham elbasvir ou grazoprevir, pode levar ao aumento
concentrações
plasmáticas
sinvastatina
risco
aumentado
miopatia (ver secções 4.2 e 4.4).
Niacina (ácido nicotínico)
Casos raros de miopatia/rabdomiólise têm sido associados à administração
concomitante de sinvastatina com doses modificadoras de lípidos (
1g/dia) de
niacina
(ácido
nicotínico).
estudo
farmacocinético,
administração
concomitante de uma dose única de 2 g de ácido nicotínico de libertação
prolongada com 20 mg de sinvastatina resultou num aumento moderado da
sinvastatina
forma
ácida
assim
como
Cmax
concentrações plasmáticas da forma ácida de sinvastatina.
Sumo de toranja
O sumo de toranja inibe o citocromo P450 3A4. A ingestão concomitante de
grandes quantidades (mais de 1 litro por dia) de sumo de toranja e sinvastatina
resultou num aumento de 7 vezes na exposição à forma ácida da sinvastatina.
A ingestão de 240 ml de sumo de toranja de manhã e de sinvastatina à noite,
resultou também num aumento de 1,9 vezes. Logo, deve ser evitada a ingestão
de sumo de toranja durante o tratamento com sinvastatina.
Colquicina
Existem
notificações
miopatia
rabdomiólise
administração
concomitante de colquicina e sinvastatina, em doentes com compromisso renal.
É recomendada a monitorização clínica diligente dos doentes que tomem esta
associação.
Rifampicina
Sendo a rifampicina um potente indutor do CYP3A4, os doentes a fazer
terapêutica prolongada com rifampicina (p. ex: tratamento da tuberculose)
podem
apresentar
perda
eficácia
sinvastatina.
estudo
farmacocinético em voluntários saudáveis, a área sob a curva da concentração
plasmática (AUC) para a forma ácida de sinvastatina diminuiu em cerca de
93% com a administração concomitante de rifampicina.
Efeitos da sinvastatina na farmacocinética de outros medicamentos
A sinvastatina não tem um efeito inibidor no citocromo P450 3A4. Logo, não se
espera
a sinvastatina
afete as concentrações plasmáticas
outras
substâncias metabolizadas pelo citocromo P450 3A4.
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
Anticoagulantes orais
Em dois estudos clínicos, um realizado em voluntários saudáveis e o outro em
doentes
hipercolesterolémicos,
20-40
mg/dia
sinvastatina,
potenciaram
ligeiramente o efeito dos anticoagulantes cumarínicos: o tempo de protrombina
registado como Quociente Normalizado Internacional (INR) aumentou de um
valor inicial de 1,7 para 1,8 no estudo efetuado em voluntários e de 2,6 para 3,4
no estudo efetuado nos doentes. Foram notificados casos muito raros de
aumento do INR. Nos doentes a tomar anticoagulantes cumarínicos, o tempo
de protrombina deverá ser determinado antes de iniciar a sinvastatina, e com a
frequência necessária durante a fase inicial do tratamento, para assegurar que
não ocorrerá alteração significativa no tempo de protrombina. Assim que se
registar um tempo de protrombina estável, este poderá ser monitorizado a
intervalos geralmente recomendados para doentes que tomam anticoagulantes
cumarínicos. Caso se altere a dose ou se interrompa o tratamento com
sinvastatina, dever-se-á repetir o mesmo procedimento. A terapêutica com
sinvastatina não foi associada a hemorragias ou a alterações do tempo de
protrombina em doentes que não tomam anticoagulantes.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Sinvastatina Aristo está contraindicado durante a gravidez (ver secção 4.3).
Não foi estabelecida a segurança em mulheres grávidas. Não foram efetuados
ensaios clínicos controlados com sinvastatina em mulheres grávidas. Foram
recebidas
notificações
raras
anomalias
congénitas
após
exposição
intrauterina a inibidores da redutase da HMG-CoA. Contudo, numa análise de
aproximadamente 200 gestações, seguidas prospetivamente, expostas durante
primeiro
trimestre
sinvastatina
outro
fármaco
estreitamente
relacionado
inibidor
redutase
HMG-CoA,
incidência
anomalias congénitas foi comparável à observada na população em geral. Este
número de gestações foi estatisticamente suficiente para excluir um aumento
igual ou superior a 2,5 vezes de anomalias congénitas em relação à incidência
de base.
Apesar de não haver evidência de que a incidência de anomalias congénitas
recém-nascidos
doentes
tomar
sinvastatina
outro
fármaco
estreitamente relacionado com um inibidor da redutase da HMG-CoA difira da
observada na população em geral, o tratamento materno com sinvastatina
pode reduzir os níveis fetais de mevalonato, que é um precursor da biossíntese
do colesterol.
aterosclerose
processo crónico
suspensão
episódica dos fármacos hipolipemiantes durante a gravidez deverá ter muito
pouco impacto no risco a longo prazo associado a hipercolesterolemia primária.
Por estas razões, o Sinvastatina Aristo não deve ser usado em mulheres
grávidas,
tentar
engravidar
suspeita
estarem
grávidas.
tratamento com sinvastatina deve ser suspenso durante o período da gravidez
ou até que se determine que a mulher não está grávida. (Ver secções 4.3 e
5.3).
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
Amamentação
Não se sabe se a sinvastatina, ou algum dos seus metabolitos, são excretados
no leite humano. Uma vez que muitos medicamentos são excretados no leite
humano, e devido ao potencial de reações adversas graves, as mulheres que
tomam Sinvastatina Aristo não deverão amamentar os seus filhos (ver secção
4.3).
Fertilidade
Não há dados de ensaios clínicos disponíveis sobre os efeitos de sinvastatina
na fertilidade humana. Sinvastatina não teve efeitos sobre a fertilidade de ratos
fêmea e macho (ver secção 5.3).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de Sinvastatina Aristo sobre a capacidade de conduzir e utilizar
máquinas são nulos ou desprezáveis. No entanto, durante a condução e
utilização de máquinas, deve ser tomado em consideração que foram relatadas
raramente tonturas na experiência pós-comercialização.
4.8 Efeitos indesejáveis
As frequências das seguintes reações adversas, que foram notificadas durante
os estudos clínicos e/ou em fase pós-comercialização, são classificados com
base numa avaliação das suas taxas de incidência em ensaios clínicos de
grande dimensão, a longo prazo, controlados com placebo, que incluem os
estudos HPS e 4S, respetivamente com 20.536 e 4.444 doentes (ver secção
5.1). Para o HPS, apenas foram registados eventos adversos graves assim
como mialgia, aumentos das transaminases séricas e da CK. Para o 4S, foram
registados todos os eventos adversos abaixo mencionados. Se as taxas de
incidência sobre a sinvastatina foram menores ou semelhantes às do placebo
nestes ensaios, e se houve eventos semelhantes com razoável nexo de
causalidade
notificados
espontaneamente,
estes
eventos
adversos
são
classificados como “raros”.
No estudo HPS (ver secção 5.1), que envolveu 20.536 tratados com 40 mg/dia
de sinvastatina (n = 10.269) ou com placebo (n = 10.267), os perfis de
segurança
foram
comparáveis
entre
doentes
tratados
sinvastatina e doentes tratados com placebo durante os 5 anos de duração
média
estudo.
percentagens
interrupção
devidas
efeitos
indesejáveis foram comparáveis (4,8 % nos doentes tratados com 40 mg de
sinvastatina, em comparação com 5,1 % nos doentes que receberam placebo).
A incidência de miopatia foi < 0,1 % em doentes tratados com 40 mg de
sinvastatina.
aumento
transaminases
(>
3 x LSN, confirmada
repetição do teste) ocorreu em 0,21 % (n = 21) dos doentes tratados com 40
mg de sinvastatina, em comparação com 0,09 % (n = 9) dos doentes que
receberam placebo.
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
As frequências das reações adversas são classificadas do seguinte modo:
Muito frequentes (> 1/10), Frequentes (
1/100, < 1/10), Pouco frequentes (
1/1.000, < 1/100), Raros (
1/10.000, < 1/1.000), Muito raros (< 1/10.000),
desconhecido (não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis).
Doenças do sangue e do sistema linfático:
Raros: anemia
Doenças do sistema imunitário:
Muito raros: anafilaxia
Doenças do foro psiquiátrico:
Muito raros: insónia
Desconhecido: depressão
Doenças do sistema nervoso:
Raros: cefaleias, parestesias, tonturas, neuropatia periférica
Muito raros: defeito de memória
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino:
Desconhecido: doença pulmonar intersticial (ver secção 4.4)
Doenças gastrointestinais:
Raros: obstipação, dor abdominal, flatulência, dispepsia, diarreia, náuseas,
vómitos, pancreatite
Afeções hepatobiliares:
Raros: hepatite/icterícia
Muito raros: insuficiência hepática fatal e não fatal
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Raros: erupção cutânea, prurido, alopecia
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos:
Raros: miopatia* (incluindo miosite), rabdomiólise com ou sem insuficiência
renal aguda (ver secção 4.4), mialgia, cãibras musculares
*Num ensaio clínico, a miopatia ocorreu frequentemente em doentes tratados
com sinvastatina 80 mg/dia quando comparado com doentes tratados com 20
mg/dia (1,0% vs. 0,02%, respetivamente) (ver secções 4.4 e 4.5).
Desconhecido:
tendinopatia,
vezes
complicada
rutura;
miopatia
necrosante imunomediada (IMNM)**
Foram
notificados
casos
muito
raros
miopatia
necrosante
imunomediada (IMNM - imune-mediated necrotizing myopathy), uma miopatia
autoimune, durante ou após o tratamento com algumas estatinas. A IMNM
caracteriza-se por: fraqueza muscular proximal e elevação da creatinaquinase
sérica, que persistem apesar da interrupção do tratamento com estatinas;
biópsia
muscular
demonstrativa
miopatia
necrosante
inflamação
significativa; melhoria com fármacos imunossupressores (ver secção 4.4).
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
Doenças dos órgãos genitais e da mama:
Desconhecido: disfunção eréctil
Perturbações gerais e alterações no local de administração:
Raros: astenia
Registou-se, raramente, uma aparente síndrome de hipersensibilidade que
incluiu algumas das seguintes manifestações: angiedema, síndrome do tipo
lúpus,
polimialgia
reumática,
dermatomiosite,
vasculite,
trombocitopenia,
eosinofilia, velocidade de sedimentação aumentada, artrite e artralgia, urticária,
fotossensibilidade, febre, afrontamento, dispneia e mal-estar geral.
Exames complementares de diagnóstico:
Raros:
aumentos
transaminases
séricas
(ALT,
AST,
-glutamil
transpeptidase)
(ver
secção
Efeitos
hepáticos), aumento
fosfatase
alcalina; aumento dos níveis séricos de CK (ver secção 4.4).
Foram notificados aumentos nos valores de HbA1c e na glicemia em jejum com
estatinas, incluindo a sinvastatina.
Foram
notificados,
pós-comercialização,
casos
raros
insuficiência
cognitiva
ex.,
perda
memória,
esquecimento,
amnésia,
defeito
memória,
confusão)
associados
utilização
estatinas.
Estes
efeitos
cognitivos foram notificados em todas as estatinas, incluindo a sinvastatina. As
notificações são geralmente não graves e reversíveis após a interrupção da
estatina, com tempos variáveis de aparecimento de sintomas (de 1 dia a anos)
e resolução dos sintomas (média de 3 semanas).
Adicionalmente, foram notificados os seguintes efeitos adversos com algumas
estatinas:
Distúrbios do sono, incluindo pesadelos
Disfunção sexual
Diabetes mellitus: a frequência irá depender da presença ou ausência de
fatores de risco (glicemia em jejum
5,6 mmol/l [100,8 mg/dl], IMC > 30 kg/m2,
triglicéridos aumentados, antecedentes de hipertensão).
População pediátrica
Num estudo de 48 semanas envolvendo crianças e adolescentes entre os 10-
17 anos de idade (rapazes no estadio Tanner II ou superior e raparigas pelo
menos
pós-menarca)
hipercolesterolemia
familiar
heterozigótica (n = 175), o perfil de segurança e tolerabilidade do grupo tratado
com sinvastatina foi em geral semelhante ao do grupo que recebeu placebo.
efeitos
longo
prazo
maturação
física,
intelectual
sexual
são
desconhecidos. Não existem dados disponíveis suficientes após um ano de
tratamento. (Ver secções 4.2, 4.4 e 5.1).
Notificação de suspeitas de reações adversas
notificação
suspeitas
reações
adversas
após
autorização
medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua
da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas diretamente ao
INFARMED I.P.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Até à data, foram notificados alguns casos de sobredosagem; a dose máxima
tomada foi de 3,6 g. Todos os doentes recuperaram sem sequelas. Não existe
tratamento específico em caso de sobredosagem. Neste caso, dever-se-ão
adotar medidas genéricas sintomáticas e de suporte.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 3.7- Aparelho Cardiovascular. Antidislipidémicos.
Inibidor da redutase da HMG-CoA
Código ATC: C10A A01
Mecanismo de ação
Após a administração oral, a sinvastatina, uma lactona inativa, é hidrolisada no
fígado na forma do beta-hidroxiácido ativo correspondente, que tem uma
atividade significativa na inibição da redutase da HMG-CoA (redutase da 3-
hidroxi 3-metilglutaril-CoA). Esta enzima catalisa a conversão de HMG-CoA em
mevalonato, um passo inicial e limitante da velocidade de biossíntese do
colesterol.
A sinvastatina demonstrou reduzir as concentrações normais ou elevadas de
C-LDL. As LDL são formadas por proteínas de muito baixa densidade (VLDL) e
são catabolizadas predominantemente pelo recetor de elevada afinidade das
LDL. O mecanismo de redução das LDL pela sinvastatina pode envolver a
diminuição da concentração do colesterol das VLDL (VLDL-C) e a indução do
recetor das LDL, conduzindo a uma diminuição da produção e ao aumento do
catabolismo do C-LDL. A apolipoproteína B também diminui substancialmente
durante o tratamento com sinvastatina. Além disso, a sinvastatina aumenta
moderadamente o C-LDL e reduz os TG plasmáticos. Como resultado destas
alterações, os rácios de C- total/C-HDL e de C-LDL/C-HDL estão reduzidos.
Eficácia e segurança clínicas
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
Risco Elevado de Doença Cardíaca Coronária (DCC) ou Doença Cardíaca
Coronária existente
estudo
(Heart
Protection
Study),
efeitos
terapêutica com
sinvastatina foram avaliados em 20.536 doentes (entre 40 e 80 anos de idade),
com ou sem hiperlipidemia e com doença cardíaca coronária, outra doença
arterial oclusiva ou diabetes mellitus. Neste estudo, 10.269 doentes foram
tratados com 40 mg/dia de sinvastatina e 10.267 doentes receberam placebo
durante um período médio de 5 anos. No início do estudo, 6.793 doentes (33
%) apresentavam níveis de C-LDL inferiores a 116 mg/dl; 5.063 doentes (25 %)
apresentavam valores entre 116 mg/dl e 135 mg/dl; e 8.680 doentes (42 %)
apresentavam valores superiores a 135 mg/dl.
O tratamento com 40 mg/dia de sinvastatina, em comparação com o placebo,
reduziu significativamente o risco de mortalidade por todas as causas (1328
[12,9 %] para os doentes tratados com sinvastatina versus 1507 [14,7 %] para
os doentes que receberam placebo; p = 0,0003) devido a uma diminuição de
18 % da taxa de morte por doença cardíaca coronária (587 [5,7 %] versus 707
[6,9 %]; p = 0,0005; redução do risco absoluto de 1,2 %). A redução das mortes
por causas não-vasculares não foi estatisticamente significativa. A sinvastatina
reduziu também em cerca de 27 % (p < 0,0001) o risco de acontecimentos
coronários major (engloba o parâmetro de avaliação final composto por enfarte
do miocárdio não fatal ou morte por doença cardíaca coronária). A sinvastatina
reduziu em cerca de 30 % (p < 0,0001) a necessidade de procedimentos de
revascularização
coronária
(incluindo
bypass
artérias
coronárias
angioplastia coronária transluminosa percutânea) e em 16 % (p = 0,006) os
procedimentos de revascularização periféricos e outros não coronários. A
sinvastatina reduziu em cerca de 25 % (p < 0,0001) o risco de AVC, atribuível a
uma redução de 30 % do AVC isquémico (p < 0,0001). Além disso, no
subgrupo de doentes com diabetes, sinvastatina reduziu em cerca de 21 % (p =
0,0293)
risco
desenvolvimento
complicações
macrovasculares,
incluindo
procedimentos
revascularização
periférica
(cirurgia
angioplastia), amputações dos membros inferiores, ou úlceras da perna. A
redução proporcional da taxa de acontecimentos foi semelhante em cada
subgrupo de doentes estudados, incluindo os que não tinham doença coronária
mas que tinham doença vascular cerebral ou arterial periférica, em homens e
mulheres com menos ou mais de 70 anos à data de entrada no estudo, com
presença ou ausência de hipertensão, e de salientar, nos que tinham níveis
iniciais de colesterol das LDL inferiores a 3,0 mmol/l.
No estudo 4S (Scandinavian Simvastatin Survival Study) avaliou-se o efeito, na
mortalidade total, da terapêutica com sinvastatina em 4.444 doentes com
doença cardíaca coronária e com um colesterol total basal de 212-309 mg/dl
(5,5-8 mmol/l). Neste estudo multicêntrico, de distribuição aleatória, em dupla
ocultação e controlado por placebo, os doentes com angina ou enfarte do
miocárdio (EM) prévio foram tratados com dieta, com o tratamento habitual e
com 20-40 mg/dia de sinvastatina (n = 2.221) ou com placebo (n = 2.223)
durante um tempo médio de 5,4 anos reduziu o risco de morte em 30 %
(redução do risco absoluto de 3,3 %). O risco de morte por doença cardíaca
coronária foi reduzido em 42 % (redução do risco absoluto de 3,5 %). A
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
sinvastatina reduziu também em 34 % o risco de ocorrência de acontecimentos
coronários major (morte por doença coronária com EM silencioso e não fatal
confirmado em hospital). Além disso, a sinvastatina reduziu significativamente o
risco
acontecimentos
cerebrovasculares
fatais
não
fatais
(acidente
vascular cerebral e acidente isquémico transitório) em 28 %. Em relação à
mortalidade
não
cardiovascular,
não
houve
diferença
estatisticamente
significativa entre os grupos.
O Study of the Effectiveness of Additional Reductions in Cholesterol and
Homocysteine (SEARCH) avaliou o efeito do tratamento com sinvastatina 80
mg versus 20 mg (acompanhamento mediano de 6,7 anos) relativamente aos
Eventos Vasculares Major (EVM; definidos como Doença Cardíaca Coronária
fatal,
Enfarte
Miocárdio
não-fatal,
procedimento
revascularização
coronário, acidente vascular cerebral fatal ou não-fatal ou procedimento de
revascularização periférico) em 12.064 doentes com antecedentes de enfarte
de miocárdio. Não houve diferença significativa na incidência de eventos
vasculares major entre os dois grupos; sinvastatina 20 mg (n=1553; 25,7%) vs.
sinvastatina 80 mg (n=1477; 24,5%); RR 0,94; IC 95%: 0,88 a 1,01. A diferença
absoluta no C-LDL entre os dois grupos durante o decurso do estudo foi de
0,35 ±0,01 mmol/l. Os perfis de segurança foram idênticos entre os dois grupos
de tratamento exceto a incidência de miopatia que foi de cerca de 1,0% para os
doentes a tomar sinvastatina 80 mg em comparação com 0,02% nos doentes a
tomar sinvastatina 20 mg. Aproximadamente metade destes casos de miopatia
ocorreu durante o primeiro ano do tratamento. A incidência da miopatia durante
cada ano de tratamento subsequente foi de aproximadamente 0,1%.
Hipercolesterolemia Primária e Hiperlipidemia Mista
Em estudos que compararam a eficácia e a segurança de 10, 20, 40 e 80 mg
sinvastatina diários em doentes com hipercolesterolemia, as reduções médias
do C-LDC foram, respetivamente, de 30, 38, 41 e 47 %. Nos estudos realizados
em doentes com hiperlipidemia mista a tomar 40 mg e 80 mg de sinvastatina,
as reduções médias nos triglicéridos foram, respetivamente, de 28 e 33 %
(placebo: 2 %) e os aumentos médios do C-HDL foram, respetivamente, de 13
e 16 % (placebo: 3 %).
População pediátrica
Num estudo controlado com placebo, em dupla ocultação, 175 doentes (99
rapazes em estadio Tanner II e superior e 76 raparigas com pelo menos um
ano pós-menarca), dos 10 aos 17 anos de idade (idade média 14,1 anos) com
hipercolesterolemia
familiar
heterozigótica
(HFHe),
foram
distribuídos
aleatoriamente para braços de tratamento com sinvastatina ou placebo durante
24 semanas (estudo basal). A inclusão no estudo teve como critérios um valor
inicial de C-LDL entre 160 e 400 mg/dl e pelo menos um familiar com o nível de
C-LDL > 189 mg/dl. A posologia de sinvastatina (uma vez por dia à noite) foi de
10 mg durante as primeiras 8 semanas, 20 mg nas 8 semanas seguintes e 40
mg a partir daí. Numa extensão do estudo de 24 semanas, 144 doentes foram
selecionados a continuar a terapêutica e receberem sinvastatina 40 mg ou
placebo.
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
A sinvastatina reduziu significativamente os níveis plasmáticos de C-LDL, TG e
Apo B. Os resultados obtidos na extensão às 48 semanas foram comparáveis
aos observados no estudo basal. Após 24 semanas de tratamento, o valor
médio atingido de C-LDL foi de 124,9 mg/dl (intervalo: 64,0-289,0 mg/dl) no
grupo de sinvastatina > 40 mg comparado com 207,8 mg/dl (intervalo: 128,0-
334,0 mg/dl) no grupo placebo.
Após 24 semanas de tratamento com sinvastatina (com doses crescentes
desde 10, 20 até 40 mg diários em intervalos de 8 semanas), a sinvastatina
diminuiu a média de C-LDL em 36,8% (placebo: 1,1 % de aumento sobre o
valor inicial), Apo B em 32,4 % (placebo: 0,5 %) e os níveis médios de TG em
7,9 % (placebo: 3,2 %) e aumentou os níveis médios de C-HDL em 8,3 %
(placebo:
Não
são
conhecidos
benefícios
longo
prazo
sinvastatina em eventos cardiovasculares em crianças com HFHe.
A segurança e eficácia de doses superiores a 40 mg por dia não foram
estudadas
crianças
hipercolesterolemia
familiar
heterozigótica.
eficácia a longo prazo da terapêutica com sinvastatina desde a infância para a
redução da morbilidade e mortalidade na idade adulta não foi estabelecida.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A sinvastatina é uma lactona inativa que é rapidamente hidrolisada in vivo no
correspondente beta-hidroxiácido, que é um potente inibidor da redutase da
HMG-CoA. A hidrólise ocorre principalmente no fígado; a hidrólise no plasma
humano é muito baixa.
As propriedades farmacocinéticas foram avaliadas em adultos. Não estão
disponíveis dados farmacocinéticos em crianças e adolescentes.
Absorção
No ser humano, a sinvastatina é bem absorvida e sofre uma considerável
extração de primeira passagem hepática. A extração no fígado depende do
fluxo sanguíneo hepático. O fígado é o principal local de ação da forma ativa. A
disponibilização
beta-hidroxiácido
para
circulação
sistémica
após
administração de uma dose oral de sinvastatina foi inferior a 5 % da dose. A
concentração
plasmática
máxima
inibidores
ativos
atingida
aproximadamente 1-2 horas após a administração da sinvastatina. A ingestão
concomitante de alimentos não afeta a absorção.
A farmacocinética das doses únicas e múltiplas de sinvastatina revelou que não
ocorreu acumulação do medicamento após a administração de doses múltiplas.
Distribuição
A ligação da sinvastatina e do seu metabolito ativo às proteínas é > 95 %.
Eliminação
A sinvastatina é um substrato do CYP3A4 (ver secções 4.3 e 4.5). Os principais
metabolitos
sinvastatina
presentes
plasma
humano
são
beta-
hidroxiácido e quatro metabolitos ativos adicionais. Após a administração oral
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de uma dose de sinvastatina radioativa ao ser humano, 13 % da radioatividade
foi excretada na urina e 60 % nas fezes, no período de 96 horas. A quantidade
recuperada nas fezes representa os equivalentes de medicamento absorvido e
excretado na bílis, assim como medicamento não absorvido. Após uma injeção
intravenosa do metabolito beta-hidroxiácido, a sua semivida média foi de 1,9
horas. Na urina, foi excretada uma média de apenas 0,3 % da dose IV, como
inibidores.
A sinvastatina na sua forma ácida é absorvida ativamente para os hepatócitos
pelo transportador OATP1B1.
A sinvastatina é um substrato do transportador de efluxo da BCRP.
Populações Especiais
Polimorfismo SLCO1B1
Portadores do alelo c.521T > C do gene SLCO1B1 têm menor atividade da
proteína OATP1B1. A exposição média (AUC) do principal metabolito ativo,
sinvastatina na sua forma ácida, é de 120% em portadores heterozigóticos (CT)
alelo
221%
portadores
homozigóticos
(CC)
alelo
comparação com os doentes com o genótipo mais comum (TT). O alelo C tem
frequência
população
europeia.
doentes
polimorfismo SLCO1B1 existe o risco de uma exposição aumentada à forma
ácida da sinvastatina, o que pode levar a um aumento do risco de rabdomiólise
(ver secção 4.4).
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Segundo
estudos
convencionais
realizados
animais
relativamente
farmacodinamia,
toxicidade
dose
repetida,
genotoxicidade
carcinogenicidade,
não
existem
outros
riscos
para
doente
para
além
daqueles esperados tendo em consideração o mecanismo farmacológico. Nas
doses máximas toleradas no rato e no coelho, a sinvastatina não produziu
malformações fetais e não teve efeitos na fertilidade, na função reprodutora ou
no desenvolvimento neonatal.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo:
Lactose mono-hidratada
Celulose microcristalina 101
Amido de milho pré-gelatinizado 1500
Butil-hidroxianisol (E320)
Ácido ascórbico
Ácido cítrico anidro
Sílica coloidal anidra
Talco
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INFARMED
Estearato de magnésio
Revestimento:
Hipromelose 6cP
Hipromelose 15cP
Óxido de ferro vermelho (E172)
Óxido de ferro amarelo (E172)
Citrato de trietilo
Dióxido de titânio (E171)
Talco
Povidona K-30
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 30 ºC.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de PVC/PVDC-Alu em embalagens de 20 e 60 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais para a eliminação.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de
acordo com as exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Aristo Pharma Iberia, SL
Calle Solana, 26 - Torrejon de Ardoz
28850 Madrid
Espanha
8. NÚMERO (S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nº de registo: 5439559- 20 comprimidos revestidos por película 10 mg
Nº de registo: 5439567 - 60 comprimidos revestidos por película 10 mg
APROVADO EM
15-05-2018
INFARMED
Nº de registo: 5439575- 20 comprimidos revestidos por película 20 mg
Nº de registo: 5439609- 60 comprimidos revestidos por película 20 mg
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO
DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data primeira autorização: 31 de janeiro de 2012
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO