Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
18-02-2011
18-02-2011
APROVADO EM
18-02-2011
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO
Sildenafil Wynn 25 mg, 50 mg e 100 mg Comprimidos revestidos por película
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
- Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é o Sildenafil Wynn e para que é utilizado
2. Antes de tomar Sildenafil Wynn
3. Como tomar Sildenafil Wynn
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Sildenafil Wynn
6. Outras Informações
1. O QUE É SILDENAFIL WYNN E PARA QUE É UTILIZADO
Sildenafil Wynn pertence a um grupo de medicamentos designado por inibidores da
fosfodiesterase tipo 5 (PDE5). Este medicamento actua por relaxamento dos vasos
sanguíneos
pénis,
permitindo
afluxo
sangue
para
pénis,
quando
sexualmente estimulado. Sildenafil Wynn só o ajudará a obter uma erecção se for
sexualmente estimulado.
Não deve tomar Sildenafil Wynn se não tiver disfunção eréctil. Não deve tomar
Sildenafil Wynn se for mulher.
Sildenafil Wynn é um tratamento para os homens com disfunção eréctil, mais
vulgarmente conhecida por impotência. Isto é, quando um homem não consegue
obter, ou manter, uma rigidez do pénis em erecção, adequada à actividade sexual.
2. ANTES DE TOMAR SILDENAFIL WYNN
Não tome Sildenafil Wynn
- se está a tomar medicamentos designados por nitratos ou dadores de óxido nítrico,
tal como o nitrito de amilo (“poppers“). Estes medicamentos são normalmente
utilizados para o alívio da angina de peito (ou “dor no peito”). Sildenafil Wynn pode
causar um aumento grave dos efeitos destes medicamentos. Informe o seu médico
se está a tomar algum destes medicamentos. Se tiver dúvidas, informe-se junto do
seu médico ou farmacêutico
- se tem alergia (hipersensibilidade) ao sildenafil ou a qualquer outro componente do
Sildenafil Wynn
- se tem problemas cardíacos graves
- se tem problemas hepáticos graves
- se teve um acidente vascular cerebral ou um enfarte do miocárdio recentemente
- se tem pressão arterial baixa
- se tem determinadas doenças oculares hereditárias (tal como, retinite pigmentosa)
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- se alguma vez teve perda de visão devido a neuropatia óptica isquémica anterior
não arterítica (NAION).
Sildenafil Wynn não deve ser administrado a indivíduos com idade inferior a 18 anos.
Tome especial cuidado com Sildenafil Wynn
Informe o seu médico:
- se tem anemia falciforme (uma anomalia nos glóbulos vermelhos)
- se tem leucemia (cancro das células do sangue)
- se tem mieloma múltiplo (cancro da medula óssea)
- se tem deformação do pénis ou doença de Peyronie’s
problemas
cardíacos.
Neste
caso,
médico
deve
avaliar
cuidadosamente se o seu coração suporta o esforço adicional associado a uma
relação sexual
- se tem actualmente uma úlcera do estômago ou um problema hemorrágico (tal
como a hemofilia
- se teve diminuição ou perda da visão súbita, pare de tomar Sildenafil Wynn e
contacte imediatamente o seu médico
- Se tem problemas renais ou hepáticos. O seu médico pode prescrever-lhe uma
dose mais baixa.
Não deve utilizar Sildenafil Wynn em simultâneo com quaisquer outros tratamentos
orais ou locais para a disfunção eréctil.
Ao tomar Sildenafil Wynn com outros medicamentos
Informe
seu médico
farmacêutico se
estiver
tomar
ou tiver tomado
recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita
médica.
Sildenafil Wynn pode interferir com alguns medicamentos, em especial com os
utilizados para tratamento da “dor no peito”. Em caso de urgência médica, deve
informar qualquer profissional de saúde que o esteja a tratar, que está a tomar
Sildenafil Wynn e quando o fez. Não tome Sildenafil Wynn com outros medicamentos
excepto se o seu médico lhe disser que o pode fazer.
Não deve tomar Sildenafil Wynn caso esteja a tomar medicamentos designados de
nitratos, pois a combinação destes medicamentos pode causar uma diminuição
potencialmente perigosa na sua pressão arterial. Informe sempre o seu médico ou
famacêutico se estiver a tomar algum destes medicamentos, que são normalmente
utilizados para o alívio da angina de peito (ou “dor no peito”).
Não deve tomar Sildenafil Wynn se está a utilizar algum dos medicamentos
conhecidos como dadores de óxido nítrico, tal como o nitrito de amilo (“poppers“),
pois a combinação poderá também levar a uma diminuição potencialmente perigosa
na sua pressão arterial.
Se está a tomar medicamentos conhecidos como inibidores das proteases, tais como
para o tratamento do VIH, o seu médico poderá pretender que inicie o tratamento
com a dose mais baixa de Sildenafil Wynn (25 mg).
Alguns doentes que estejam a tomar bloqueadores alfa para o tratamento da pressão
arterial elevada ou para o aumento do tamanho da próstata, poderão sentir tonturas
ou terem sensação de desmaio, que poderão ser causados pela pressão arterial baixa
quando o indivíduo se senta ou se levanta rapidamente. Alguns doentes tiveram
estes sintomas quando tomaram Sildenafil Wynn com bloqueadores alfa. É mais
provável que estas situações ocorram dentro de um período de 4 horas após tomar
Sildenafil Wynn. Para reduzir a possível ocorrência destes sintomas, deverá estar a
tomar uma dose diária regular do seu bloqueador alfa antes de iniciar o tratamento
com Sildenafil Wynn. No início do tratamento, o seu médico poderá prescrever-lhe a
dose mais baixa de Sildenafil Wynn (25 mg).
Ao tomar Sildenafil Wynn com alimentos e bebidas
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Sildenafil Wynn pode ser tomado com ou sem alimentos. No entanto, pode achar que
Sildenafil Wynn pode demorar mais tempo a actuar se o tomar com uma refeição
mais pesada.
A ingestão de bebidas alcoólicas pode impedir temporariamente a capacidade de
obter uma erecção. Para obter o máximo benefício do medicamento, é aconselhado a
não ingerir grandes quantidades bebidas álcoólicas antes de tomar Sildenafil Wynn.
Gravidez e aleitamento
Sildenafil Wynn não é indicado para utilização por mulheres.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Sildenafil Wynn pode provocar tonturas e afectar a visão. Deve estar consciente de
como reage ao Sildenafil Wynn antes de conduzir ou utilizar máquinas.
Informações importantes sobre alguns componentes de Sildenafil Wynn
Este medicamento contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem
intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
3. COMO TOMAR SILDENAFIL WYNN
Tomar Sildenafil Wynn sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o
seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. A dose inicial habitual é de 50 mg.
Não deve utilizar Sildenafil Wynn mais do que uma vez ao dia.
Deve tomar Sildenafil Wynn cerca de uma hora antes da hora planeada para a
actividade sexual. Tome o comprimido inteiro, com um copo de água.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver a impressão de que o Sildenafil
Wynn é demasiado forte ou demasiado fraco.
Sildenafil
Wynn
apenas
ajudará
obter
erecção
sexualmente
estimulado. O período de tempo que o Sildenafil Wynn demora a actuar varia de
pessoa para pessoa, mas, normalmente, esse período varia entre meia hora e uma
hora. Poderá verificar que o Sildenafil Wynn demora mais tempo a actuar se for
tomado com uma refeição substancial.
Se o Sildenafil Wynn não o ajudar a ter erecção ou se a erecção não durar o
suficiente para completar a relação sexual, deverá informar o seu médico.
Se tomar mais Sildenafil Wynn do que deveria
Doses superiores a 100 mg não aumentam o efeito. No entanto, poderá provocar um
aumento dos efeitos secundários e da sua gravidade.
Não deve tomar mais comprimidos do que aqueles que o seu médico lhe indicou.
Se tomar mais comprimidos do que deveria, contacte o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Sildenafil Wynn pode causar efeitos secundários, no
entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Estes efeitos secundários são
habitualmente ligeiros a moderados.
Os efeitos secundários mais frequentes são:
- dor de cabeça
- vermelhidão facial.
Efeitos secundários menos frequentes são
- indigestão
- tonturas
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- nariz entupido
- forte batimento cardíaco
- efeitos sobre a visão (incluindo visão com traços coloridos, sensibilidade à luz,
visão turva e acuidade visual reduzida).
Os seguintes efeitos secundários foram reportados em homens a tomar sildenafil,
desde a sua introdução no mercado:
- vómitos
- reacções alérgicas
- erupção cutânea
- olhos vermelhos
- dor ocular
- batimentos cardíacos rápidos
- hemorragia nasal
- diminuição ou perda parcial, súbita, temporária ou permanente da visão num ou
nos dois olhos
- erecções prolongadas e por vezes dolorosas
- pressão arterial elevada
- pressão arterial baixa
- desmaios
- acidente vascular cerebral
- batimentos cardíacos irregulares
- dor no peito
- morte súbita
- ataque cardíaco
- diminuição temporária do afluxo de sangue a certas regiões do cérebro.
Se tiver uma erecção que dure continuamente mais de 4 horas, deve contactar um
médico imediatamente.
A maioria destes homens, mas não todos, já sofriam de problemas cardíacos antes
de tomarem este medicamento. Não é possível determinar se estes acontecimentos
tiveram uma relação directa com a administração de Sildenafil Wynn.
Se tiver dores no peito durante ou após o acto sexual não utilize nitratos para tratar
a sua dor no peito e fale com o seu médico imediatamente.
Pode-se sentir dores musculares se o Sildenafil Wynn for tomado mais do que uma
vez por dia.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR SILDENAFIL WYNN
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Sildenafil Wynn após expirar o prazo de validade indicado na embalagem
exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não
necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Sildenafil Wynn
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A substância activa é o sildenafil. Cada comprimido contém 25 mg; 50 mg ou 100
mg de sildenafil, sob a forma de citrato de sildenafil.
Os outros componentes são:
Núcleo
comprimido:
celulose
microcristalina,
hidrogenofosfato
cálcio,
croscarmelose sódica, hipromelose e estearato de magnésio.
Revestimento: hipromelose, lactose monohidratada, dióxido de titânio (E 171) e
triacetina.
Qual o aspecto de Sildenafil Wynn e conteúdo da embalagem
Sildenafil Wynn apresenta-se na forma de comprimido revestido por película,
estando disponível em embalagens de 1, 2, 4, 8 ou 12 unidades.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Wynn Industrial Pharma, S.A.
Office Park da Beloura, Edifício 4, 2º Piso – Esc. 12
2710 – 444 Sintra
Fabricante
Wynnova Pharma Solutions S.A.
C/ Fundidores, 91, Pol. Ind. Los Angeles
28906 Getafe - Madrid
Este folheto foi aprovado pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sildenafil Wynn 25 mg Comprimidos revestidos por película
Sildenafil Wynn 50 mg Comprimidos revestidos por película
Sildenafil Wynn 100 mg Comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém 25 mg, 50 mg ou 100 mg de sildenafil, sob a forma de
citrato de sildenafil.
Contém lactose: 2 mg, 4 mg e 8 mg, respectivamente.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento de homens com disfunção eréctil, definida como a incapacidade para
obter ou manter uma erecção do pénis suficiente para um desempenho sexual
satisfatório.
Para que o sildenafil seja eficaz é necessário que haja estimulação sexual.
4.2 Posologia e modo de administração
Via oral.
Utilização em adultos
A dose recomendada é de 50 mg administrada aproximadamente uma hora antes da
actividade sexual.
Com base na eficácia e tolerância, a dose pode ser aumentada para 100 mg ou
diminuída para 25 mg. A dose máxima recomendada é de 100 mg. A frequência
máxima
administração
dia.
caso
sildenafil
administrado
alimentos,
início
actividade
pode
atrasado
comparação com o estado de jejum (ver secção 5.2).
Utilização em idosos
Não é necessário ajuste de dose em doentes idosos.
Utilização em doentes com insuficiência renal
As doses recomendadas em “utilização em adultos” são adequadas para doentes com
insuficiência renal ligeira a moderada (depuração da creatinina = 30-80 ml/min).
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Dado que a depuração do sildenafil está reduzida em doentes com insuficiência renal
grave (depuração da creatinina <30 ml/min) deve ser tida em consideração uma
dose de 25 mg.
Com base na eficácia e tolerância, a dose pode ser aumentada para 50 mg e 100
Utilização em doentes com insuficiência hepática
Dado que a depuração do sildenafil está reduzida em doentes com insuficiência
hepática (e.g. cirrose) deve ser tida em consideração uma dose de 25 mg. Com base
na eficácia e tolerância, a dose pode ser aumentada para 50 mg e 100 mg.
Utilização em crianças e adolescentes
O sildenafil não está indicado para utilização em indivíduos com idade inferior a 18
anos.
Utilização em doentes a usar outros medicamentos
Com excepção do ritonavir, para o qual não é aconselhada a co-administração com
sildenafil (ver secção 4.4), uma dose inicial de 25 mg deve ser considerada em
doentes medicados concomitantemente com inibidores do CYP3A4 (ver secção 4.5).
Com o objectivo de diminuir o potencial desenvolvimento de hipotensão postural, os
doentes deverão estar sob terapêutica estável com bloqueadores alfa antes de
iniciarem
o tratamento com sildenafil. Adicionalmente,
deverá
considerar-se
utilização de uma dose de 25 mg de sildenafil no início do tratamento (ver secções
4.4 e 4.5).
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Em conformidade com os efeitos conhecidos sobre a via do óxido nítrico/monofosfato
de guanosina cíclico (GMPc) (ver secção 5.1), foi demonstrado que o sildenafil
potencia o efeito hipotensor dos nitratos, estando, por conseguinte, contra-indicada
a sua co-administração com dadores de óxido nítrico (tal como o nitrito de amilo) ou
quaisquer formas de nitratos.
Os agentes para o tratamento da disfunção eréctil, incluindo o sildenafil, não devem
ser utilizados em homens para os quais a actividade sexual esteja desaconselhada
(e.g. indivíduos com doenças cardiovasculares graves tais como angina instável ou
insuficiência cardíaca grave).
O sildenafil está contra-indicado em doentes que tenham perda de visão num dos
olhos
devido
neuropatia
óptica
isquémica
anterior
não
arterítica
(NAION),
independentemente
este
acontecimento
esteve
não
relacionado
exposição prévia ao inibidor de PDE5 (ver secção 4.4).
A segurança do sildenafil não foi estudada nos sub-grupos de doentes descritos de
seguida, pelo que está contra-indicada a sua utilização: insuficiência hepática grave,
hipotensão (pressão arterial <90/50 mmHg), história recente de acidente vascular
cerebral ou enfarte do miocárdio e perturbações hereditárias degenerativas da retina
tais
como
retinite
pigmentosa
(uma
minoria
destes
doentes
apresentam
perturbações genéticas das fosfodiesterases da retina).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
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Antes de se considerar o tratamento farmacológico como apropriado, deverão ser
elaborados uma história clínica e um exame físico para diagnóstico da disfunção
eréctil e determinação das potenciais causas subjacentes.
Antes de iniciar qualquer tratamento para a disfunção eréctil, o médico deve
considerar a situação cardiovascular dos seus doentes, na medida em que existe um
risco cardíaco associado à actividade sexual. O sildenafil apresenta propriedades
vasodilatadoras, de que resultaram reduções ligeiras e transitórias na pressão
arterial
(ver
secção
5.1).
Antes
prescrever
sildenafil,
médicos
devem
considerar cuidadosamente se estes efeitos vasodilatadores, especialmente em
associação com actividade sexual, poderão afectar adversamente os seus doentes
com certas condições subjacentes. Os doentes com sensibilidade aumentada para os
vasodilatadores incluem aqueles com obstrução ao fluxo ventricular esquerdo (e.g.,
estenose aórtica, cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica), ou aqueles com o raro
síndrome de atrofia sistémica múltipla que se caracteriza por alterações graves do
controlo autónomo da pressão arterial.
O sildenafil potencia o efeito hipotensor dos nitratos (ver secção 4.3).
No período de pós-comercialização, e em relação temporal com a administração de
sildenafil, foram descritos acontecimentos cardiovasculares graves, incluindo enfarte
miocárdio,
angina
instável,
morte
súbita
cardíaca,
arritmia
ventricular,
hemorragia
cerebrovascular,
acidente
isquémico
transitório,
hipertensão
hipotensão. A maioria destes doentes, mas não todos, apresentavam factores de
risco cardiovasculares pré-existentes. Muitos dos acontecimentos foram descritos
como tendo ocorrido durante, ou pouco após, a relação sexual, tendo alguns ocorrido
pouco tempo após a utilização de sildenafil sem actividade sexual. Não é possível
determinar se estes acontecimentos se relacionam directamente com estes, ou
outros factores.
Os agentes para tratamento da disfunção eréctil, incluindo o sildenafil, deverão ser
usados com precaução em doentes com deformações anatómicas do pénis (tais
como, angulação, fibrose cavernosa ou doença de Peyronie), ou em doentes com
situações que possam predispor para o priapismo (tais como anemia falciforme,
mieloma múltiplo ou leucemia).
A segurança e a eficácia das associações de sildenafil com outros tratamentos para a
disfunção eréctil não têm sido estudadas. Assim, não é recomendada a utilização
destas associações.
Têm sido notificados defeitos visuais e casos de neuropatia óptica isquémica anterior
não arterítica relacionados com a toma de sildenafil e de outros inibidores da PDE5.
O doente deve ser avisado que, em caso de defeito visual súbito, deve parar de
tomar VIAGRA e consultar imediatamente um médico (ver secção 4.3).
Não é aconselhada a co-administração de sildenafil e ritonavir (ver secção 4.5).
Aconselha-se precaução na associação de sildenafil a doentes sob terapêutica com
bloqueadores alfa, uma vez que a co-administração destes dois fármacos poderá
causar hipotensão sintomática em alguns indivíduos que sejam susceptíveis (ver
secção 4.5). Esta situação tem uma maior probabilidade de ocorrer dentro de um
período de 4 horas após a administração de sildenafil. Para diminuir o potencial
desenvolvimento
hipotensão
postural,
doentes
deverão
estar
hemodinamicamente estáveis no seu tratamento com o bloqueador alfa antes de
iniciarem o tratamento com sildenafil. Deverá considerar-se a utilização da dose de
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25 mg de sildenafil no início do tratamento (ver secção 4.2). Adicionalmente, o
doente deverá ser informado sobre como proceder em caso de evidenciar sintomas
de hipotensão postural.
Estudos com plaquetas humanas indicam que o sildenafil potencia o efeito anti-
agregante do nitroprussiato de sódio in vitro. Não existe informação relativa à
segurança da administração do sildenafil a doentes com distúrbios hemorrágicos ou
úlcera péptica activa. Por este motivo, sildenafil só deve ser administrado a estes
doentes após cuidadosa avaliação do risco-benefício.
Este medicamento contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à galactose, deficiência de lactase ou malabsorção de glucose-galactose
não devem tomar este medicamento.
O sildenafil não está indicado para utilização em mulheres.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Efeitos de outros medicamentos sobre o sildenafil
Estudos in vitro
O metabolismo do sildenafil é principalmente mediado pelas formas isomórficas do
citocromo P450 (CYP), 3A4 (via principal) e 2C9 (via menor). Assim, os inibidores
destas isoenzimas poderão reduzir a depuração do sildenafil.
Estudos in vivo
A análise farmacocinética populacional dos ensaios clínicos mostrou uma redução da
depuração do sildenafil quando co-administrado com inibidores da CYP3A4 (tais
como o cetoconazol, eritromicina, cimetidina). Apesar de não ter sido observado
qualquer aumento na incidência dos efeitos adversos nestes doentes, quando o
sildenafil
administrado
concomitantemente
inibidores
CYP3A4,deve
considerar-se a utilização de uma dose inicial de 25 mg.
A co-administração de ritonavir, inibidor das proteases do VIH e inibidor muito
potente do P450, no estado estacionário (500 mg duas vezes ao dia), com sildenafil
(100 mg em dose única), resultou num aumento de 300% (4 vezes mais) da Cmax e
de 1000% (11 vezes mais) da AUC plasmática do sildenafil. Os níveis plasmáticos do
sildenafil
após
horas
eram
ainda
aproximadamente
ng/ml,
comparação com aproximadamente 5 ng/ml, quando o sildenafil foi administrado
isoladamente. Tais
resultados
são consistentes
efeitos
acentuados
ritonavir sobre uma ampla gama de substratos do P450. O sildenafil não exerceu
qualquer efeito sobre a farmacocinética do ritonavir. Com base nestes resultados de
farmacocinética, a co-administração de sildenafil com ritonavir não é aconselhada
(ver secção 4.4) e em nenhuma circunstância a dose máxima de sildenafil deverá
exceder 25 mg num período de 48 horas.
A co-administração de saquinavir, inibidor das proteases do VIH e inibidor da
CYP3A4, no estado estacionário (1200 mg três vezes ao dia), com sildenafil (100 mg
em dose única), resultou num aumento de 140% na Cmax e de 210% na AUC do
sildenafil. O sildenafil não exerceu qualquer efeito sobre a farmacocinética do
saquinavir (ver secção 4.2). É de esperar que inibidores mais fortes da CYP3A4, tais
como o cetoconazol e o itraconazol, exerçam efeitos superiores.
Aquando da administração de uma dose única de 100 mg de sildenafil com
eritromicina, um inibidor específico da CYP3A4, no estado estacionário (500 mg duas
vezes ao dia durante 5 dias), houve um aumento de 182% na exposição sistémica ao
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sildenafil (AUC). Em voluntários saudáveis do sexo masculino não se evidenciou
qualquer efeito da azitromicina (500 mg diariamente durante três dias) na AUC,
Cmax, tmax, na constante da taxa de eliminação, ou na semi-vida subsequente do
sildenafil ou do seu principal metabolito circulante. A cimetidina (800 mg), um
inibidor do citocromo P450 e um inibidor não-específico da CYP3A4, causou um
aumento
concentrações
plasmáticas
sildenafil
quando
administrada com sildenafil (50 mg) em voluntários saudáveis.
O sumo de toranja é um inibidor fraco do metabolismo intestinal da CYP3A4 e poderá
originar ligeiros aumentos nos níveis plasmáticos de sildenafil.
Doses únicas de antiácidos (hidróxido de magnésio/hidróxido de alumínio) não
afectaram a biodisponibilidade do sildenafil.
Apesar de não se terem realizado estudos específicos de interacção para todos os
medicamentos, a análise farmacocinética populacional não evidenciou qualquer efeito
sobre a farmacocinética do sildenafil em resultado da medicação concomitante com
inibidores da CYP2C9 (tais como tolbutamida, varfarina, fenitoína), inibidores da
CYP2D6
(tais
como
inibidores
selectivos
recaptação
serotonina,
antidepressivos tricíclicos), tiazidas e diuréticos relacionados, diuréticos da ansa e
poupadores
potássio,
inibidores
enzima
conversão
angiotensina,
bloqueadores dos canais de cálcio, antagonistas β-adrenérgicos ou indutores do
metabolismo associado à CYP450 (tais como rifampicina, barbitúricos).
O nicorandil é um composto híbrido actuando como um activador dos canais de
cálcio e um nitrato. Devido ao seu componente nitrato, este fármaco tem o potencial
de gerar interacções graves com o sildenafil.
Efeitos do sildenafil sobre outros medicamentos
Estudos in vitro
O sildenafil é um fraco inibidor das formas isomórficas do citocromo P450, 1A2, 2C9,
2C19, 2D6, 2E1 e 3A4 (CI50 >150 µM). Dadas as concentrações plasmáticas
máximas do sildenafil de aproximadamente 1 µM após as doses recomendadas, não
é provável que o sildenafil altere a depuração dos substractos destas isoenzimas.
Não existem dados relativos à interacção do sildenafil e os inibidores não-específicos
das fosfodiesterases, tais como, a teofilina ou o dipiridamol.
Estudos in vivo
Em conformidade com os seus efeitos conhecidos sobre as vias do óxido nítrico e do
GMPc (ver secção 5.1), o sildenafil demonstrou potenciar os efeitos hipotensores dos
nitratos. Por conseguinte, a co-administração de sildenafil com dadores de óxido
nítrico ou quaisquer formas de nitratos está contra-indicada (ver secção 4.3).
A administração concomitante de sildenafil a doentes sob terapêutica com um
bloqueador
alfa
pode
causar
situações
hipotensão
sintomática
alguns
indivíduos que sejam susceptíveis (ver secções 4.2 e 4.4). Esta situação tem uma
maior
probabilidade
ocorrer
dentro
período
horas
após
administração de sildenafil (ver secções 4.2 e 4.4).
Em três estudos de interacção entre fármacos específicos, o bloqueador alfa,
doxazosina (4 mg e 8 mg), e o sildenafil (25 mg, 50 mg ou 100 mg) foram
administrados simultaneamente a doentes com hiperplasia benigna da próstata
(HBP) estável, sob terapêutica com doxazosina. Nestas populações em estudo,
observaram-se reduções adicionais médias da pressão arterial em supino de 7/7
mmHg, 9/5 mmHg e 8/4 mmHg, e reduções adicionais médias de pressão arterial na
posição ortostática de 6/6 mmHg, 11/4 mmHg e 4/5 mmHg, respectivamente.
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Quando o sildenafil e a doxazosina foram administrados em simultâneo a doentes em
situação estável sob terapêutica com doxazosina, os relatos de hipotensão postural
sintomática foram pouco frequentes. Estes relatos incluiram tonturas e sensação de
atordoamento, mas não incluíram síncope.
Não foram evidenciadas interacções significativas quando o sildenafil (50 mg) foi co-
administrado
tolbutamida
(250
varfarina
mg),
ambas
metabolizadas pela CYP2C9.
O sildenafil (50 mg) não potenciou o aumento no tempo de hemorragia provocado
pelo ácido acetilsalicílico (150 mg).
O sildenafil (50 mg) não potenciou o efeito hipotensor do álcool em voluntários
saudáveis com uma média de alcoolémia máxima de 80 mg/dl.
análise
dados
seguintes
terapêuticas
anti-hipertensivas:
diuréticos,
bloqueadores beta, IECA, antagonistas da angiotensina II, medicamentos anti-
hipertensores
(vasodilatadores
acção
central),
bloqueadores
neuronais
adrenérgicos, bloqueadores dos canais de cálcio e bloqueadores dos receptores alfa-
adrenérgicos, demonstrou não haver diferenças no perfil de efeitos secundários em
doentes
medicados
sildenafil
quando
comparado
tratamento
placebo. Num estudo de interacção específica, em que o sildenafil (100 mg) foi co-
administrado com amlodipina em doentes hipertensos, verificou-se uma redução
adicional sobre a pressão arterial sistólica em supino de 8 mmHg. A redução
adicional correspondente da pressão arterial diastólica em supino foi de 7 mmHg.
Estas reduções adicionais da pressão arterial foram de uma magnitude semelhante à
verificada quando o sildenafil foi administrado isoladamente a voluntários saudáveis
(ver secção 5.1).
O sildenafil (100 mg) não influenciou a farmacocinética no estado estacionário do
saquinavir e ritonavir, inibidores das proteases do VIH, os quais são ambos
substratos da CYP3A4.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
O sildenafil não está indicado para utilização pela mulher.
Não foram observados efeitos adversos relevantes nos estudos de reprodução
realizados em ratos e coelhos após a administração oral de sildenafil.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Atendendo a que foram descritas tonturas e perturbações da visão em ensaios
clínicos efectuados com o sildenafil, os doentes devem ter conhecimento de como
reagem ao sildenafil antes de conduzirem ou utilizarem máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
O perfil de segurança do sildenafil é baseado nos 8691 doentes que receberam os
regimes terapêuticos recomendados em 67 estudos clínicos controlados com placebo.
As reacções adversas mais frequentemente notificadas nos estudos clínicos, entre os
doentes tratados com sildenafil foram cefaleias, rubor, dispepsia, distúrbios visuais,
congestão nasal, tonturas e alteração visual da cor.
APROVADO EM
18-02-2011
INFARMED
Foram recolhidas reacções adversas da vigilância pós-comercialização abrangendo
um período estimado superior a 9 anos. Pelo facto de não serem notificadas todas as
reacções adversas ao Titular de Autorização de Introdução no Mercado e não serem
incluídas na base de dados de segurança, as frequências destas reacções não podem
ser determinadas com segurança.
Na tabela abaixo mencionada estão listadas todas as reacções adversas clinicamente
relevantes, que ocorreram em ensaios clínicos com uma incidência superior ao
placebo, pelo sistema de classe de órgãos e frequência (muito frequentes (≥1/10),
frequentes
(≥1/100
<1/10),
pouco
frequentes
(≥1/1000
<1/100),
raros
(≥1/10000 e <1/1000).
Adicionalmente,
frequência
reacções
adversas
clinicamente
relevantes,
notificadas na experiência de pós-comercialização é incluída como desconhecida.
Dentro de cada grupo de frequências, os efeitos secundários são apresentados por
ordem decrescente de gravidade.
Tabela 1: Reacções adversas clinicamente relevantes notificadas com uma incidência
superior
placebo
estudos
clínicos
controlados
reacções
adversas
clinicamente relevantes notificadas através da vigilância pós-comercialização
Classes
sistemas
órgãos MedDRA
Reacção adversa
Doenças
Sistema
Imunitário
Raras
Reacções de hipersensibilidade
Doenças
sistema
nervoso
Muito frequentes
Cefaleias
Frequentes
Tonturas
Pouco frequentes
Sonolência, hipoestesia
Raras
Acidente vascular cerebral, síncope
Desconhecidas
Acidente isquémico transitório, convulsões e recorrência de
convulsões
Afecções oculares
Frequentes
Visão alterada, alteração visual da cor
Pouco frequentes
Afecção
conjuntiva,
afecção
ocular,
afecção
lacrimação, outras afecções oculares
Desconhecidas
Neuropatia
óptica
isquémica
anterior
não
arterítica
(NAION), oclusão vascular da retina, defeitos do campo
visual
APROVADO EM
18-02-2011
INFARMED
Afecções do ouvido e do
labirinto
Pouco frequente
Vertigens, acufenos
Raras
Surdez*
Vasculopatias
Muito frequentes
Rubor
Raras
Hipertensão, hipotensão
Cardiopatias
Pouco frequentes
Palpitações, taquicardia
Raras
Enfarte do miocárdio, fibrilhação auricular
Desconhecidas
Arritmia ventricular, angina instável, morte súbita cardíaca
Doenças
respiratórias,
torácicas e do mediastino
Frequentes
Congestão nasal
Raras
Epistaxe
Doenças gastrointestinais
Frequentes
Dispepsia
Pouco frequentes
Vómitos, náuseas, boca seca
Afecções
tecidos
cutâneos e subcutâneos
Pouco frequentes
Erupção cutânea
Afecções
musculoesqueléticas
dos tecidos conjuntivos
Pouco frequentes
Mialgia
Doenças
órgãos
genitais e da mama
Desconhecidas
Priapismo, erecção prolongada
Perturbações
gerais
alterações
local
administração
Pouco frequentes
Dor no peito, fadiga
APROVADO EM
18-02-2011
INFARMED
Exames complementares
de diagnóstico
Pouco frequentes
Aumento da frequência cardíaca
* Afecções do ouvido: Surdez súbita. Foram notificados um número reduzido de
casos, pós-comercialização e de ensaios clínicos, de diminuição ou perda súbita da
audição associada à utilização de inibidores da PDE5, incluindo o sildenafil.
4.9 Sobredosagem
Em estudos realizados em voluntários, utilizando doses únicas até 800 mg, as
reacções adversas foram semelhantes às verificadas com doses inferiores, no
entanto, as taxas de incidência e gravidade foram superiores. A administração de
doses de 200 mg não resultou num aumento de eficácia, mas verificou-se um
aumento
incidência
reacções
adversas
(cefaleias,
rubores,
tonturas,
dispepsia, congestão nasal, perturbações da visão).
Em casos de sobredosagem deverão ser adoptadas as necessárias medidas de
suporte padronizadas. Não é provável que a diálise renal acelere a depuração dado
que o sildenafil se liga fortemente às proteínas plasmáticas e não é eliminado pela
urina.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Classificação farmacoterapêutica:
7.4.3
Aparelho
Geniturinário.
Outros
medicamentos
usados
disfunções
geniturinárias. Medicamentos usados na disfunção eréctil
Código ATC: G04BE03
O sildenafil é uma terapêutica oral para a disfunção eréctil. Em circunstâncias
normais, i.e. com estimulação sexual, restabelece a função eréctil através do
aumento do fluxo sanguíneo no pénis.
O mecanismo fisiológico responsável pela erecção do pénis envolve a libertação de
óxido nítrico (NO) nos corpos cavernosos durante a estimulação sexual. O óxido
nítrico activa a enzima guanilato ciclase, a qual induz um aumento dos níveis de
monofosfato
guanosina
cíclico
(GMPc),
provocando
relaxamento
musculatura lisa dos corpos cavernosos, que permite o afluxo de sangue.
O sildenafil é um inibidor potente e selectivo da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5)
específica do GMPc nos corpos cavernosos, onde a PDE5 é responsável pela
degradação do GMPc. O sildenafil possui um mecanismo de acção periférico na
erecção. O sildenafil não exerce efeito relaxante directo sobre os corpos cavernosos
isolados, mas aumenta acentuadamente o efeito relaxante do NO sobre estes
tecidos. Quando é activada a via NO/GMPc, o que ocorre com a estimulação sexual, a
inibição da PDE5 pelo sildenafil resulta num aumento dos níveis de GMPc nos corpos
cavernosos. Consequentemente, é necessária a estimulação sexual para que o
sildenafil produza os seus efeitos farmacológicos benéficos esperados.
APROVADO EM
18-02-2011
INFARMED
Estudos in vitro demonstraram que o sildenafil é selectivo para a PDE5, que está
envolvida no processo de erecção. O seu efeito é mais potente sobre a PDE5 do que
sobre outras fosfodiesterases conhecidas. Existe uma selectividade 10 vezes superior
à observada para a PDE6, a qual está envolvida na via de fototransdução na retina.
Administrado nas doses máximas recomendadas, existe uma selectividade 80 vezes
superior, para a PDE5, comparativamente com a observada para a PDE1, e acima de
700 vezes comparativamente com a PDE2, 3, 4, 7, 8, 9, 10 e 11. Em particular, o
sildenafil, tem uma selectividade para a PDE5 superior em mais de 4000 vezes à
observada para a PDE3, a fosfodiesterase isomórfica específica do AMPc envolvida no
controlo da contractilidade cardíaca.
Dois ensaios clínicos foram especificamente concebidos para determinar o intervalo
de tempo durante o qual, após administração de sildenafil, pode ocorrer uma erecção
em resposta à estimulação sexual. Num estudo de pletismografia do pénis (RigiScan)
com doentes em jejum, o tempo médio para início da acção naqueles que obtiveram
erecções com 60% de rigidez (suficiente para relações sexuais) com sildenafil, foi de
25 minutos (intervalo de 12-37 minutos). Num estudo “RigiScan” separado, o
sildenafil foi ainda capaz de produzir uma erecção em resposta a estimulação sexual,
4-5 horas após administração da dose.
O sildenafil provoca diminuições ligeiras e transitórias da pressão arterial que, na
maioria dos casos, não se traduzem em efeitos clínicos. A média da descida máxima
da pressão arterial sistólica em correspondente na pressão arterial diastólica em
supino foi de 5,5 mmHg. Estas diminuições da pressão arterial são consistentes com
os efeitos vasodilatadores do sildenafil, provavelmente devido ao aumento dos níveis
de GMPc no músculo liso dos vasos sanguíneos. A administração de doses orais
únicas de sildenafil até 100 mg a voluntários saudáveis não produziu efeitos
clinicamente significativos no ECG.
Num estudo sobre os efeitos hemodinâmicos de uma dose oral única de 100mg de
sildenafil em 14 doentes com doença coronária grave (CAD) (>70% de estenose de,
pelo menos, uma artéria coronária), as pressões sistólica e diastólica médias em
repouso
tiveram
decréscimo
respectivamente,
comparativamente aos valores de referência. A pressão sistólica pulmonar média
sofreu um decréscimo de 9%. O sildenafil não teve efeitos sobre o débito cardíaco, e
não diminuiu o fluxo sanguíneo através das artérias coronárias estenosadas.
Num ensaio, de dupla ocultação, controlado por placebo, em que participaram 144
doentes
disfunção
eréctil
angina
crónica
estável,
tomavam
regularmente a sua medicação antianginosa (exceptuando nitratos) e que foram
submetidos a exercício físico até ao aparecimento de angina, não foram observadas
diferenças clinicamente relevantes no tempo até ao início da angina limitante,
comparativamente ao placebo.
Em alguns doentes, foram detectadas alterações ligeiras e transitórias na distinção
das cores (azul/verde), utilizando o teste de coloração de Farnsworth-Munsell 100,
uma hora após a administração de uma dose de 100 mg, sem efeitos evidentes 2
horas após a administração. O mecanismo aceite para esta alteração na distinção
das cores está relacionado com a inibição da PDE6, que está envolvida na cascata de
fototransdução da retina. O sildenafil não exerce efeitos sobre a acuidade visual ou
sensibilidade ao contraste. Num estudo de pequena dimensão, controlado com
placebo, em doentes com degeneração macular relacionada com a idade comprovada
precocemente (n=9), o sildenafil (dose única, 100mg) demonstrou não causar
APROVADO EM
18-02-2011
INFARMED
alterações significativas nos testes visuais conduzidos (acuidade visual, grelha de
Amsler, discriminação das cores numa simulação de luzes de trânsito, perímetro de
Humphrey e fotostress).
Não
verificou
qualquer
efeito
sobre
mobilidade
morfologia
espermatozóides após a administração de doses únicas de 100 mg de sildenafil, por
via oral, a voluntários saudáveis.
Outras informações relativas aos ensaios clínicos
Em ensaios clínicos, o sildenafil foi administrado a mais de 8000 doentes com idades
compreendidas
entre
19-87
anos.
Encontravam-se
representados
seguintes
grupos:
idosos
(19,9%),
doentes
hipertensão
(30,9%),
diabetes
mellitus
(20,3%), doença cardíaca isquémica (5,8%), hiperlipidémia (19,8%), lesão da
espinal-medula
(0,6%),
depressão
(5,2%),
ressecção
transuretral
próstata
(3,7%), prostatectomia radical (3,3%). Não se encontravam bem representados ou
foram excluídos dos ensaios clínicos os seguintes grupos: doentes submetidos a
cirurgia
pélvica,
doentes
pós-radioterapia,
doentes
insuficiência
renal
hepática grave e doentes com determinadas condições cardiovasculares (ver Secção
4.3).
Em estudos de dose fixa, a proporção de doentes que referiram que o tratamento
melhorou a erecção foi de 62% (25 mg), 74% (50 mg) e 82% (100 mg) em
comparação com 25% para o placebo. Em ensaios clínicos controlados, a taxa de
descontinuação devida ao sildenafil foi baixa e semelhante ao placebo.
Ao longo de todos os ensaios, as percentagens de doentes que relataram melhorias
com o sildenafil foram as seguintes: disfunção eréctil psicogénica (84%), disfunção
eréctil mista (77%), disfunção eréctil orgânica (68%), idosos (67%), diabetes
mellitus (59%), doença cardíaca isquémica (69%), hipertensão (68%), TURP (61%),
prostatectomia radical (43%), lesão da espinal-medula (83%), depressão (75%). A
segurança e eficácia do sildenafil foi mantida em estudos a longo termo.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
sildenafil
rapidamente
absorvido.
concentrações
plasmáticas
máximas
observadas são atingidas entre 30 a 120 minutos (mediana de 60 minutos) após
uma dose oral, quando em jejum. A biodisponibilidade oral média absoluta é de 41%
(entre
25-63%).
Após
administração
oral
sildenafil
Cmax
aumentaram
proporção
dose
administrada
intervalo
doses
recomendadas (25-100 mg).
Quando o sildenafil é administrado juntamente com alimentos, a taxa de absorção é
reduzida, verificando-se um atraso médio de 60 minutos no tmax e uma redução
média de 29% na Cmax.
Distribuição
O volume de distribuição médio no estado estacionário (Vss) para o sildenafil é de
105 l, demonstrando a sua distribuição nos tecidos. Após a administração de uma
dose oral única de 100 mg, a média da concentração plasmática total máxima do
sildenafil é de aproximadamente 440 ng/ml (CV 40%). Atendendo a que o sildenafil
(e o seu principal metabolito N-desmetil), apresenta uma ligação às proteínas
plasmáticas de 96%, a média da concentração plasmática máxima de fármaco na
APROVADO EM
18-02-2011
INFARMED
forma livre é de 18 ng/ml (38 nM). A ligação às proteínas é independente das
concentrações totais do fármaco.
Em voluntários saudáveis medicados com sildenafil (100 mg em dose única) menos
de 0,0002 % (média 188 ng) da dose administrada estava presente no esperma
recolhido 90 minutos após administração do fármaco.
Metabolismo
sildenafil
depurado
predominantemente
pelas
isoenzimas
microssomais
hepáticas CYP3A4 (via principal) e CYP2C9 (via menor). O principal metabolito em
circulação resulta da N-desmetilação do sildenafil. Este metabolito tem um perfil de
selectividade para as fosfodiesterases semelhante ao sildenafil e apresenta uma
afinidade in vitro para a PDE5 de aproximadamente 50% da verificada para o
fármaco
inalterado.
concentrações
plasmáticas
deste
metabolito
são
aproximadamente 40% das verificadas para o sildenafil. O metabolito N-desmetil é
metabolizado posteriormente, tendo uma semi-vida terminal de aproximadamente 4
Eliminação
A depuração corporal total de sildenafil é de 41 l/h com uma semi-vida terminal de
3-5 horas. Após administração por via oral ou via intravenosa, o sildenafil é
excretado,
forma
metabolitos,
predominantemente
fezes
(aproximadamente 80% da dose oral administrada) e em menor quantidade na urina
(aproximadamente 13% da dose oral administrada).
Farmacocinética em grupos especiais de doentes
Idosos
Em voluntários idosos saudáveis (com idade igual ou superior a 65 anos) verificou-se
uma redução na depuração do sildenafil, que resultou em concentrações plasmáticas
superiores de sildenafil e do metabolito activo N-desmetil, em aproximadamente
90% às observadas nos voluntários saudáveis mais jovens (18-45 anos). Devido a
diferenças
ligação
proteínas
plasmáticas
relacionadas
idade,
correspondente aumento das concentrações plasmáticas de sildenafil na forma livre
foi de aproximadamente 40%.
Insuficiência renal
Em voluntários com insuficiência renal ligeira a moderada (depuração da creatinina =
30-80 ml/min), a farmacocinética do sildenafil não foi alterada após a administração
de uma dose oral única de 50 mg.
A AUC média e a Cmax do metabolito N-desmetil aumentaram 126% e 73%,
respectivamente, em comparação com voluntários de idade semelhante mas sem
insuficiência renal. No entanto, devido à elevada variabilidade inter-individual, estas
diferenças
não
foram
estatisticamente
significativas.
voluntários
insuficiência renal grave (depuração da creatinina <30 ml/min), a depuração do
sildenafil foi reduzida verificando-se um aumento da AUC e da Cmax de 100% e 88%
respectivamente, em comparação com voluntários de idade semelhante mas sem
insuficiência renal. Além disso, os valores da AUC e Cmax do metabolito N-desmetil
aumentaram significativamente 79% e 200%, respectivamente.
Insuficiência hepática
Em voluntários com cirrose hepática ligeira a moderada (A e B de Child-Pugh) a
depuração do sildenafil sofreu uma redução, resultando num aumento da AUC (84%)
e da Cmax (47%), em comparação com indivíduos da mesma idade mas sem
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18-02-2011
INFARMED
insuficiência hepática. A farmacocinética do sildenafil em doentes com insuficiência
hepática grave não foi estudada.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não-clínicos não revelaram riscos especiais para o ser humano tendo como
base
estudos
convencionais
farmacologia
segurança,
toxicidade
administrações repetidas, genotoxicidade, potencial carcinogénico e toxicidade para
a reprodução.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo:
Celulose
microcristalina,
hidrogenofosfato
cálcio,
croscarmelose
sódica,
hipromelose e estearato de magnésio.
Revestimento:
Hipromelose, lactose mono-hidratada, dióxido de titânio (E171) e triacetina.
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
2 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blister de PVC-Alu. Embalagens de 1, 2, 4, 8 ou 12 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Wynn Industrial Pharma, S.A.
Office Park da Beloura, Edifício 4, 2º Piso – Esc. 12
2710 – 444 Sintra
APROVADO EM
18-02-2011
INFARMED
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Sildenafil Wynn 25 mg Comprimidos revestidos por película
Nº de registo: 5210802 – 1 comprimido revestido por película, 25 mg, blisters PVC-
Alu.
Nº de registo: 5210810 – 2 comprimidos revestidos por película, 25 mg,blisters PVC-
Alu.
Nº de registo: 5210828 – 4 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blisters
PVC-Alu.
Nº de registo: 5210836 – 8 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blisters
PVC-Alu.
Nº de registo: 5210844 – 12 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blisters
PVC-Alu.
Sildenafil Wynn 50 mg Comprimidos revestidos por película
Nº de registo: 5210851 – 1 comprimido revestido por película, 50 mg, blisters PVC-
Nº de registo: 5210869 – 2 comprimidos revestido por película, 50 mg, blisters
PVC-Alu
Nº de registo: 5210877 – 4 comprimidos revestido por película, 50 mg, blisters PVC-
Nº de registo: 5210901– 8 comprimidos revestido por película, 50 mg, blisters PVC-
Nº de registo: 5210919 – 12 comprimidos revestido por película, 50 mg, blisters
PVC-Alu
Sildenafil Wynn 100 mg Comprimidos revestidos por película
Nº de registo: 5210927 – 1 comprimido revestido por película, 100 mg, blisters PVC-
Nº de registo: 5210935 – 2 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blisters
PVC-Alu
Nº de registo: 5210943 – 4 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blisters
PVC-Alu
Nº de registo: 5210950 – 8 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blisters
PVC-Alu
Nº de registo: 5210968 – 12 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blisters
PVC-Alu
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 26 Junho 2009
APROVADO EM
18-02-2011
INFARMED
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO