Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
29-05-2009
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APROVADO EM
29-05-2009
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
SILDENAFIL PINOPHARMA 25 mg comprimidos revestidos por película
Sildenafil (sob a forma de citrato)
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
- Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é SILDENAFIL PINOPHARMA e para que é utilizado
2. Antes de tomar SILDENAFIL PINOPHARMA
3. Como tomar SILDENAFIL PINOPHARMA
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar SILDENAFIL PINOPHARMA
6. Outras informações
1. O QUE É SILDENAFIL PINOPHARMA E PARA QUE É UTILIZADO
SILDENAFIL PINOPHARMA pertence a um grupo de medicamentos designado por
inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5). Este medicamento actua por relaxamento dos
vasos
sanguíneos
pénis,
permitindo
afluxo
sangue
para
pénis,
quando
sexualmente
estimulado.
SILDENAFIL
PINOPHARMA
ajudará
obter
erecção se for sexualmente estimulado. Não deve tomar SILDENAFIL PINOPHARMA
se não tiver disfunção eréctil. Não deve tomar SILDENAFIL PINOPHARMA se for
mulher.
SILDENAFIL PINOPHARMA é um tratamento para os homens com disfunção eréctil,
mais vulgarmente conhecida por impotência. Isto é, quando um homem não consegue
obter, ou manter, uma rigidez do pénis em erecção adequada à actividade sexual.
2. ANTES DE TOMAR SILDENAFIL PINOPHARMA
Não tome SILDENAFIL PINOPHARMA
− Se está a tomar medicamentos designados por nitratos, pois a combinação poderá
causar uma diminuição potencialmente perigosa da sua pressão arterial. Informe o seu
médico se está a tomar algum destes medicamentos, que são normalmente utilizados para
o alívio da angina de peito (ou “dor no peito”). Se tem dúvidas, informe-se junto do seu
médico ou farmacêutico.
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− Se está a utilizar algum dos medicamentos conhecidos como dadores de óxido nítrico,
como
nitrito
amilo
(“poppers“),
pois
combinação
poderá
levar
diminuição potencialmente perigosa na sua pressão arterial.
− Se tem alergia (hipersensibilidade) ao sildenafil ou a qualquer outro componente do
SILDENAFIL PINOPHARMA.
− Se tem problemas cardíacos ou hepáticos graves.
− Se teve um acidente vascular cerebral ou um enfarte do miocárdio recentemente, ou se
tem pressão arterial baixa.
− Se tem determinadas doenças oculares hereditárias (tal como, retinite pigmentosa).
− Se alguma vez teve perda de visão devido a neuropatia óptica isquémica anterior não
arterítica (NAION).
Tome especial cuidado com SILDENAFIL PINOPHARMA
Informe o seu médico
− se tem anemia falciforme (uma anomalia nos glóbulos vermelhos), leucemia (cancro
das células do sangue), mieloma múltiplo (cancro da medula óssea)
– se tem deformação do pénis ou doença de Peyronie’s.
− se tem problemas cardíacos. Neste caso, o seu médico deve avaliar cuidadosamente se
o seu coração suporta o esforço adicional associado a uma relação sexual.
− se tem actualmente uma úlcera do estômago ou um problema hemorrágico (tal como a
hemofilia).
teve
diminuição
perda
visão
súbita,
pare
tomar
SILDENAFIL
PINOPHARMA e contacte imediatamente o seu médico.
Não deve utilizar SILDENAFIL PINOPHARMA em simultâneo com quaisquer outros
tratamentos orais ou locais para a disfunção eréctil.
Cuidados especiais a ter em crianças e adolescentes
SILDENAFIL
PINOPHARMA
não
deve
administrado
indivíduos
idade
inferior a 18 anos.
Cuidados especiais a ter em doentes com problemas renais ou hepáticos
Deve informar o seu médico se tem problemas renais ou hepáticos. O seu médico pode
prescrever-lhe uma dose mais baixa.
Tomar SILDENAFIL PINOPHARMA com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente
outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
SILDENAFIL PINOPHARMA pode interferir com alguns medicamentos, em especial
com os utilizados para tratamento da “dor no peito”. Em caso de urgência médica, deve
informar
qualquer
profissional
saúde
esteja
tratar,
está
tomar
SILDENAFIL
PINOPHARMA
quando
fez.
Não
tome
SILDENAFIL
PINOPHARMA com outros medicamentos excepto se o seu médico lhe disser que o
pode fazer.
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Não deve tomar SILDENAFIL PINOPHARMA caso esteja a tomar
medicamentos
designados
nitratos,
pois
combinação
destes
medicamentos
pode
causar
diminuição potencialmente perigosa na sua pressão arterial. Informe sempre o seu médico
ou farmacêutico se estiver a tomar algum destes medicamentos, que são normalmente
utilizados para o alívio da angina de peito (ou “dor no peito”).
Não
deve
tomar
SILDENAFIL
PINOPHARMA
está
utilizar
algum
medicamentos conhecidos como dadores de óxido nítrico, tal como o nitrito de amilo
(“poppers”), pois a combinação poderá também levar a uma diminuição potencialmente
perigosa na sua pressão arterial.
Se está a tomar medicamentos conhecidos como inibidores das proteases, tais como para
o tratamento do VIH, o seu médico poderá pretender que inicie o tratamento com a dose
mais baixa de SILDENAFIL PINOPHARMA (25 mg).
Alguns doentes que estejam a tomar bloqueadores alfa para o tratamento da tensão
arterial elevada ou para o aumento do tamanho da próstata, poderão sentir tonturas ou ter
sensação de desmaio, que poderão ser causados pela pressão arterial baixa quando o
indivíduo se senta ou levanta rapidamente. Alguns doentes tiveram estes sintomas quando
tomaram SILDENAFIL PINOPHARMA com bloqueadores alfa. É mais provável que
estas situações ocorram dentro de um período de 4 horas após tomar SILDENAFIL
PINOPHARMA. Para reduzir a possível ocorrência destes sintomas, deverá estar a tomar
uma dose diária regular do seu bloqueador alfa antes de iniciar o tratamento com
SILDENAFIL
PINOPHARMA.
início
tratamento,
médico
poderá
prescrever-lhe a dose de 25 mg de SILDENAFIL PINOPHARMA.
Tomar SILDENAFIL PINOPHARMA com alimentos e bebidas
SILDENAFIL PINOPHARMA pode ser tomado com ou sem alimentos. No entanto pode
achar que SILDENAFIL PINOPHARMA pode demorar mais tempo a actuar se o tomar
com uma refeição mais pesada.
A ingestão de bebidas alcoólicas pode impedir temporariamente a capacidade de obter
uma erecção. Para obter o máximo benefício do medicamento, é aconselhado a não
ingerir
grandes
quantidades
bebidas
alcoólicas
antes
tomar
SILDENAFIL
PINOPHARMA.
Gravidez e aleitamento
SILDENAFIL PINOPHARMA não é indicado para utilização por mulheres.
Condução de veículos e utilização de máquinas
SILDENAFIL PINOPHARMA pode provocar tonturas e afectar a visão. Deve estar
consciente de como reage ao SILDENAFIL PINOPHARMA antes de conduzir ou utilizar
máquinas.
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3. COMO TOMAR SILDENAFIL PINOPHARMA
Tomar SILDENAFIL PINOPHARMA sempre de acordo com as indicações do médico.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. A dose habitual é de 50 mg.
Não deve utilizar SILDENAFIL PINOPHARMA mais do que uma vez ao dia.
Deve tomar SILDENAFIL PINOPHARMA cerca de uma hora antes da hora planeada
para a actividade sexual. Tome o comprimido inteiro, com um pouco de água.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver a impressão de que SILDENAFIL
PINOPHARMA é demasiado forte ou demasiado fraco.
SILDENAFIL PINOPHARMA apenas o ajudará a obter uma erecção se for sexualmente
estimulado. O período de tempo que o SILDENAFIL PINOPHARMA demora a actuar
varia de pessoa para pessoa mas, normalmente, esse período varia entre meia hora e uma
hora. Poderá verificar que o SILDENAFIL PINOPHARMA demora mais tempo a actuar
se for tomado com uma refeição substancial.
Se tomar mais SILDENAFIL PINOPHARMA do que deveria
Poderá experimentar um aumento dos efeitos secundários e da sua gravidade. Doses
superiores a 100 mg não aumentam a eficácia.
Não deve tomar mais comprimidos do que aqueles que o seu médico lhe indicou.
Se tomar mais comprimidos do que deveria, contacte o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como
todos
medicamentos,
SILDENAFIL
PINOPHARMA
pode
causar
efeitos
secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Estes efeitos
secundários
comunicados
SILDENAFIL
PINOPHARMA
são
habitualmente ligeiros a moderados e de curta duração.
Se tiver dores no peito durante ou após o acto sexual:
- Coloque-se numa posição semi-sentada e tente relaxar.
- Não utilize nitratos para tratar a sua dor no peito.
- Fale com o seu médico imediatamente.
Todos
medicamentos,
incluindo
SILDENAFIL
PINOPHARMA,
poderão
causar
reacções alérgicas. Deve informar o seu médico imediatamente se estiver a sentir algum
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seguintes
sintomas
após
tomar
SILDENAFIL
PINOPHARMA:
pieira
súbita,
dificuldade em respirar ou tonturas, inchaço das pálpebras, face, lábios ou garganta.
Foram comunicadas erecções prolongadas e, por vezes, dolorosas, após a utilização de
SILDENAFIL PINOPHARMA. Se tiver uma erecção que dure continuamente mais de 4
horas, deve contactar um médico imediatamente.
sentir
diminuição
perda
súbita
visão,
pare
de tomar
SILDENAFIL
PINOPHARMA e contacte o seu médico imediatamente.
Um efeito secundário muito frequente (que pode afectar mais de 1 pessoa em cada 10) é
dor de cabeça.
Efeitos secundários
frequentes (que podem afectar 1 a 10 pessoas em cada 1000)
incluem:
vómitos,
erupção
cutânea,
hemorragia
retiniana,
irritação
ocular,
olhos
vermelhos, dor ocular, visão dupla, sensação de corpo estranho no olho, batimentos
cardíacos rápidos e irregulares, dor muscular, sonolência, sensação de tacto diminuída,
vertigem, zumbidos nos ouvidos, náuseas, boca seca, dor no peito e sensação de cansaço.
Efeitos secundários raros (que podem afectar 1 a 10 pessoas em cada 10 000) incluem:
pressão arterial elevada, pressão arterial baixa, desmaios, acidente vascular cerebral,
hemorragia nasal e diminuição ou perda súbita da audição.
Foram comunicados efeitos secundários adicionais da experiência pós-comercialização
que incluem: forte batimento cardíaco, dor no peito, morte súbita, ataque cardíaco ou
diminuição temporária do afluxo de sangue a certas regiões do cérebro. A maioria destes
homens, mas não todos, já sofriam de problemas cardíacos antes de tomarem este
medicamento. Não é possível determinar se estes acontecimentos tiveram uma relação
directa
administração
SILDENAFIL
PINOPHARMA.
Foram
também
comunicados casos de ataques e convulsões.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR SILDENAFIL PINOPHARMA
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Guardar na embalagem de origem.
Não
utilize
SILDENAFIL
PINOPHARMA
após
prazo
validade
impresso
embalagem exterior, após “VAL”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
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Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de SILDENAFIL PINOPHARMA
A substância activa é o sildenafil.
Cada comprimido contém 25 mg de sildenafil (sob a forma de citrato).
Os outros componentes são:
Núcleo
comprimido:
Celulose
microcristalina,
hidrogenofosfato
cálcio,
croscarmelose sódica e estearato de magnésio.
- Revestimento por película: álcool polivinílico, macrogol 3350, dióxido de titânio
(E171), talco e laca de alumínio de indigotina.
Qual o aspecto de SILDENAFIL PINOPHARMA e conteúdo da embalagem
Os comprimidos revestidos por película de SILDENAFIL PINOPHARMA são azuis e
têm forma elíptica.
Os comprimidos são fornecidos em embalagens “blister” contendo 1, 2, 4, 8 ou 12
comprimidos.
Algumas embalagens poderão não ser comercializadas.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
West Pharma – Produções de Especialidades Farmacêuticas, S.A.
Rua da Tapada Grande, n.º 2
Abrunheira
2710-089 Sintra
Fabricante
West Pharma – Produções de Especialidades Farmacêuticas, S.A.
Rua João de Deus, n.º 11, Venda Nova, 2700-486 Amadora
Atlantic Pharma – Produções Farmacêuticas, S.A.
Rua da Tapada Grande, n.º 2, Abrunheira, 2710-089 Sintra
Para
quaisquer
informações
sobre
este
medicamento,
queira
contactar o Titular
Autorização de Introdução no Mercado.
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Medicamento sujeito a receita médica.
Este folheto foi aprovado pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
SILDENAFIL PINOPHARMA 25 mg comprimidos revestidos por película.
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém 25 mg de sildenafil, sob a forma de citrato.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimidos revestidos por película.
Os comprimidos de 25 mg são azuis e têm forma elíptica.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento de homens com disfunção eréctil, definida como a incapacidade para obter ou
manter uma erecção do pénis suficiente para um desempenho sexual satisfatório.
Para que SILDENAFIL PINOPHARMA seja eficaz é necessário que haja estimulação
sexual.
4.2 Posologia e modo de administração
Via oral.
Utilização em adultos:
A dose recomendada é de 50 mg administrada aproximadamente uma hora antes da
actividade sexual. Com base na eficácia e tolerância, a dose pode ser aumentada para 100
mg ou diminuída para 25 mg. A dose máxima recomendada é de 100 mg. A frequência
máxima
administração
dia.
caso
SILDENAFIL
PINOPHARMA ser administrado com alimentos, o início da actividade pode ser atrasado
em comparação com o estado de jejum (ver secção 5.2).
Utilização em idosos:
Não é necessário ajuste de dose em doentes idosos.
Utilização em doentes com insuficiência renal:
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As doses recomendadas em “utilização em adultos” são adequadas para doentes com
insuficiência renal ligeira a moderada (depuração da creatinina = 30-80 ml/min). Dado
que a depuração do sildenafil está reduzida em doentes com insuficiência renal grave
(depuração da creatinina <30 ml/min) deve ser tida em consideração uma dose de 25 mg.
Com base na eficácia e tolerância, a dose pode ser aumentada para 50 mg e 100 mg.
Utilização em doentes com insuficiência hepática:
Dado que a depuração do sildenafil está reduzida em doentes com insuficiência hepática
(e.g. cirrose) deve ser tida em consideração uma dose de 25 mg. Com base na eficácia e
tolerância, a dose pode ser aumentada para 50 mg e 100 mg.
Utilização em crianças e adolescentes:
SILDENAFIL PINOPHARMA não está indicado para utilização em indivíduos com
idade inferior a 18 anos.
Utilização em doentes a usar outros medicamentos:
Com excepção do ritonavir, para o qual não é aconselhada a co-administração com
sildenafil (ver secção 4.4), uma dose inicial de 25 mg deve ser considerada em doentes
medicados concomitantemente com inibidores do CYP3A4 (ver secção 4.5).
Com o objectivo de diminuir o potencial desenvolvimento de hipotensão postural, os
doentes deverão estar sob terapêutica estável com bloqueadores alfa antes de iniciarem o
tratamento com sildenafil. Adicionalmente, deverá considerar-se a utilização de uma dose
de 25 mg de sildenafil no início do tratamento (ver secções 4.4 e 4.5).
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes.
Em conformidade com os efeitos conhecidos sobre a via do óxido nítrico/monofosfato de
guanosina cíclico (GMPc) (ver secção 5.1), foi demonstrado que o sildenafil potencia o
efeito
hipotensor
nitratos,
estando,
conseguinte,
contra-indicada
administração com dadores de óxido nítrico (tal como o nitrito de amilo) ou quaisquer
formas de nitratos.
Os agentes para o tratamento da disfunção eréctil, incluindo o sildenafil, não devem ser
utilizados em homens para os quais a actividade sexual esteja desaconselhada (e.g.
indivíduos
doenças
cardiovasculares
graves
tais
como
angina
instável
insuficiência cardíaca grave).
SILDENAFIL PINOPHARMA está contra-indicado em doentes que tenham perda de
visão
olhos
devido
neuropatia
óptica
isquémica
anterior
não
arterítica
(NAION), independentemente se este acontecimento esteve ou não relacionado com a
exposição prévia ao inibidor de PDE5 (ver secção 4.4).
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A segurança do sildenafil não foi estudada nos sub-grupos de doentes descritos de
seguida,
pelo
contra-indicada
utilização:
insuficiência
hepática
grave,
hipotensão (pressão arterial <90/50 mmHg), história recente de acidente vascular cerebral
ou enfarte do miocárdio e perturbações hereditárias degenerativas da retina tais como
retinite pigmentosa (uma minoria destes doentes apresentam perturbações genéticas das
fosfodiesterases da retina).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Antes
considerar
tratamento
farmacológico
como
apropriado,
deverão
elaborados uma história clínica e um exame físico para diagnóstico da disfunção eréctil e
determinação das potenciais causas subjacentes.
Antes de iniciar qualquer tratamento para a disfunção eréctil, o médico deve considerar a
situação cardiovascular dos seus doentes, na medida em que existe um risco cardíaco
associado à actividade sexual. O sildenafil apresenta propriedades vasodilatadoras, de que
resultaram reduções ligeiras e transitórias na pressão arterial (ver secção 5.1). Antes de
prescrever sildenafil, os médicos devem considerar cuidadosamente se estes efeitos
vasodilatadores, especialmente em associação com actividade sexual, poderão afectar
adversamente
seus
doentes
certas
condições
subjacentes.
doentes
sensibilidade aumentada para os vasodilatadores incluem aqueles com obstrução ao fluxo
ventricular esquerdo (e.g., estenose aórtica, cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica), ou
aqueles
raro
síndrome
atrofia
sistémica
múltipla
caracteriza
alterações graves do controlo autónomo da pressão arterial.
SILDENAFIL PINOPHARMA potencia o efeito hipotensor dos nitratos (ver secção 4.3).
No período de pós-comercialização, e em relação temporal com a administração de
Sildenafil, foram descritos acontecimentos cardiovasculares graves, incluindo enfarte do
miocárdio,
angina
instável,
morte
súbita
cardíaca,
arritmia
ventricular,
hemorragia
cerebrovascular, acidente isquémico transitório, hipertensão e hipotensão. A maioria
destes doentes, mas não todos, apresentavam factores de risco cardiovasculares pré-
existentes. Muitos dos acontecimentos foram descritos como tendo ocorrido durante, ou
pouco após, a relação sexual, tendo alguns ocorrido pouco tempo após a utilização de
SILDENAFIL PINOPHARMA sem actividade sexual. Não é possível determinar se estes
acontecimentos se relacionam directamente com estes, ou outros factores.
Os agentes para tratamento da disfunção eréctil, incluindo o sildenafil, deverão ser usados
com precaução em doentes com deformações anatómicas do pénis (tais como, angulação,
fibrose cavernosa ou doença de Peyronie), ou em doentes com situações que possam
predispor
para
priapismo
(tais
como
anemia
falciforme,
mieloma
múltiplo
leucemia).
A segurança e a eficácia das associações de sildenafil com outros tratamentos para a
disfunção eréctil não têm sido estudadas. Assim, não é recomendada a utilização destas
associações.
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Têm sido notificados defeitos visuais e casos de neuropatia óptica isquémica anterior não
arterítica relacionados com a toma de sildenafil e de outros inibidores da PDE5. O doente
deve
avisado
que,
caso
defeito
visual
súbito,
deve
parar
tomar
SILDENAFIL PINOPHARMA e consultar imediatamente um médico (ver secção 4.3).
Não é aconselhada a co-administração de sildenafil e ritonavir (ver secção 4.5).
Aconselha-se precaução
na associação de sildenafil a doentes sob terapêutica com
bloqueadores alfa, uma vez que a administração concomitante destes dois fármacos
poderá causar hipotensão sintomática em alguns indivíduos que sejam susceptíveis (ver
secção 4.5). Esta situação tem uma maior probabilidade de ocorrer dentro de um período
de 4 horas após a administração de sildenafil. Para diminuir o potencial desenvolvimento
de hipotensão postural, os doentes deverão estar hemodinamicamente estáveis no seu
tratamento com o bloqueador alfa antes de iniciarem o tratamento com sildenafil. Deverá
considerar-se a utilização da dose de 25 mg de sildenafil no início do tratamento (ver
secção 4.2). Adicionalmente, o doente deverá ser informado sobre como proceder em
caso de evidenciar sintomas de hipotensão postural.
Estudos com plaquetas humanas indicam que o sildenafil potencia o efeito anti-agregante
do nitroprussiato de sódio in vitro. Não existe informação relativa à segurança da
administração do sildenafil a doentes com distúrbios hemorrágicos ou úlcera péptica
activa.
este
motivo,
sildenafil
deve
administrado
estes
doentes
após
cuidadosa avaliação do risco-benefício.
SILDENAFIL PINOPHARMA não deve ser administrado a homens com problemas
hereditários
raros
intolerância
galactose,
deficiência
lactase
Lapp
malabsorção de glucose-galactose.
SILDENAFIL PINOPHARMA não está indicado para utilização em mulheres.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Efeitos de outros medicamentos sobre o sildenafil
Estudos in vitro:
O metabolismo do sildenafil é principalmente mediado pelas formas isomórficas do
citocromo P450 (CYP), 3A4 (via principal) e 2C9 (via menor). Assim, os inibidores
destas isoenzimas poderão reduzir a depuração do sildenafil.
Estudos in vivo:
A análise farmacocinética da população dos ensaios clínicos mostrou uma redução da
depuração do sildenafil quando co-administrado com inibidores da CYP3A4 (tais como
o cetoconazol, eritromicina, cimetidina). Apesar de não ter sido observado qualquer
aumento
incidência
efeitos
adversos
nestes
doentes,
quando
sildenafil
administrado
concomitantemente
inibidores
CYP3A4,
deve
considerar-se
utilização de uma dose inicial de 25 mg.
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A co-administração de ritonavir, inibidor das proteases do VIH e inibidor muito potente
do P450, no estado estacionário (500 mg duas vezes ao dia), com sildenafil (100 mg em
dose única), resultou num aumento de 300% (4 vezes mais) da C
e de 1000% (11
vezes mais) da AUC plasmática do sildenafil. Os níveis plasmáticos do sildenafil após 24
horas eram ainda de aproximadamente 200 ng/ml, em comparação com aproximadamente
ng/ml,
quando
sildenafil
administrado
isoladamente.
Tais
resultados
são
consistentes com os efeitos acentuados do ritonavir sobre uma ampla gama de substratos
do P450. O sildenafil não exerceu qualquer efeito sobre a farmacocinética do ritonavir.
Com base nestes resultados de farmacocinética, a co-administração de sildenafil com
ritonavir não é aconselhada (ver secção 4.4) e em nenhuma circunstância a dose máxima
de sildenafil deverá exceder 25 mg num período de 48 horas.
A co-administração de saquinavir, inibidor das proteases do VIH e inibidor da CYP3A4,
no estado estacionário (1200 mg três vezes ao dia), com sildenafil (100 mg em dose
única), resultou num aumento de 140% na C
e de 210% na AUC do sildenafil. O
sildenafil não exerceu qualquer efeito sobre a farmacocinética do saquinavir (ver secção
4.2). É de esperar que inibidores mais fortes da CYP3A4, tais como o cetoconazol e o
itraconazol, exerçam efeitos superiores.
Aquando da administração de uma dose única de 100 mg de sildenafil com eritromicina,
um inibidor específico da CYP3A4, no estado estacionário (500 mg duas vezes ao dia
durante 5 dias), houve um aumento de 182% na exposição sistémica ao sildenafil (AUC).
Em voluntários saudáveis do sexo masculino não se evidenciou qualquer efeito da
azitromicina (500 mg diariamente durante três dias) na AUC, C
, na constante da
taxa de eliminação, ou na semi-vida subsequente do sildenafil ou do seu principal
metabolito circulante. A cimetidina (800 mg), um inibidor do citocromo P450 e um
inibidor não-específico da CYP3A4, causou um aumento de 56% nas concentrações
plasmáticas de sildenafil quando co-administrada com sildenafil (50 mg) em voluntários
saudáveis.
O sumo de toranja é um inibidor fraco do metabolismo intestinal da CYP3A4 e poderá
originar ligeiros aumentos nos níveis plasmáticos de sildenafil.
Doses únicas de antiácidos (hidróxido de magnésio/hidróxido de alumínio) não afectaram
a biodisponibilidade do sildenafil.
Apesar de
não se terem realizado estudos específicos de
interacção para todos os
medicamentos, a análise farmacocinética populacional não evidenciou qualquer efeito
sobre a farmacocinética do sildenafil em resultado da medicação concomitante com
inibidores
CYP2C9
(tais
como
tolbutamida,
varfarina,
fenitoína),
inibidores
CYP2D6 (tais como os inibidores selectivos da recaptação da serotonina, antidepressivos
tricíclicos),
tiazidas
diuréticos
relacionados,
diuréticos
ansa
poupadores
potássio, inibidores da enzima de conversão da angiotensina, bloqueadores dos canais de
cálcio, antagonistas
-adrenérgicos ou indutores do metabolismo associado à CYP450
(tais como rifampicina, barbitúricos).
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O nicorandil é um composto híbrido actuando como um activador dos canais de cálcio e
um nitrato. Devido ao seu componente nitrato, este fármaco tem o potencial de gerar
interacções graves com o sildenafil.
Efeitos do sildenafil sobre outros medicamentos
Estudos in vitro:
O sildenafil é um fraco inibidor das formas isomórficas do citocromo P450, 1A2, 2C9,
2C19, 2D6, 2E1 e 3A4 (CI
>150
M). Dadas as concentrações plasmáticas máximas do
sildenafil de aproximadamente 1
M após as doses recomendadas, não é provável que
SILDENAFIL PINOPHARMA altere a depuração dos substractos destas isoenzimas.
Não existem dados relativos à interacção do sildenafil e os inibidores não-específicos das
fosfodiesterases, tais como, a teofilina ou o dipiridamol.
Estudos in vivo:
Em conformidade com os seus efeitos conhecidos sobre as vias do óxido nítrico e do
GMPc (ver secção 5.1), o sildenafil demonstrou potenciar os efeitos hipotensores dos
nitratos. Por conseguinte, a co-administração concomitante de sildenafil com dadores de
óxido nítrico ou quaisquer formas de nitratos está contra-indicada (ver secção 4.3).
A administração concomitante de sildenafil a doentes sob terapêutica com um bloqueador
alfa pode causar situações de hipotensão sintomática em alguns indivíduos que sejam
susceptíveis (ver secções 4.2 e 4.4). Esta situação tem uma maior probabilidade de
ocorrer dentro de um período de 4 horas após a administração de sildenafil (ver secções
4.2 e 4.4).
Em três estudos de interacção entre fármacos específicos, o bloqueador alfa, doxazosina
mg),
sildenafil
foram
administrados
simultaneamente a doentes com hiperplasia benigna da próstata (HBP) estável, sob
terapêutica
com doxazosina. Nestas populações em
estudo, observaram-se reduções
adicionais médias da pressão arterial em supino de 7/7 mmHg, 9/5 mmHg e 8/4 mmHg, e
reduções adicionais médias de pressão arterial na posição ortostática de 6/6 mmHg, 11/4
mmHg
mmHg,
respectivamente.
Quando
sildenafil
doxazosina
foram
administrados
simultâneo
doentes
situação
estável
terapêutica
doxazosina, os relatos de hipotensão postural sintomática foram pouco frequentes. Estes
relatos incluíram tonturas e sensação de atordoamento, mas não incluíram síncope.
Não foram evidenciadas interacções significativas quando o sildenafil (50 mg) foi co-
administrado com a tolbutamida (250 mg) ou varfarina (40 mg), ambas metabolizadas
pela CYP2C9.
O sildenafil (50 mg) não potenciou o aumento no tempo de hemorragia provocado pelo
ácido acetilsalicílico (150 mg).
APROVADO EM
29-05-2009
INFARMED
sildenafil
não
potenciou
efeito
hipotensor
álcool
voluntários
saudáveis com uma média de alcoolémia máxima de 80 mg/dl.
análise
dados
seguintes
terapêuticas
anti-hipertensivas:
diuréticos,
bloqueadores
beta,
IECA,
antagonistas
angiotensina
medicamentos
anti-
hipertensores (vasodilatadores de acção central), bloqueadores neuronais adrenérgicos,
bloqueadores dos canais de cálcio e
bloqueadores dos receptores alfa-adrenérgicos,
demonstrou não haver diferenças no perfil de efeitos secundários em doentes medicados
com sildenafil quando comparado com o tratamento com placebo. Num estudo de
interacção específica, em que o sildenafil (100 mg) foi co-administrado com amlodipina
em doentes hipertensos, verificou-se uma redução adicional sobre a pressão arterial
sistólica em supino de 8 mmHg. A redução adicional correspondente da pressão arterial
diastólica em supino foi de 7 mmHg. Estas reduções adicionais da pressão arterial foram
magnitude
semelhante
verificada
quando
sildenafil
administrado
isoladamente a voluntários saudáveis (ver secção 5.1).
O sildenafil (100 mg) não influenciou a farmacocinética no estado estacionário do
saquinavir e ritonavir, inibidores das proteases do VIH, os quais são ambos substratos da
CYP3A4.
4.6 Gravidez e aleitamento
SILDENAFIL PINOPHARMA não está indicado para utilização pela mulher.
Não foram observados efeitos adversos relevantes nos estudos de reprodução realizados
em ratos e coelhos após a administração oral de sildenafil.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Atendendo a que foram descritas tonturas e perturbações da visão em ensaios clínicos
efectuados com o sildenafil, os doentes devem ter conhecimento de como reagem ao
SILDENAFIL PINOPHARMA antes de conduzirem ou utilizarem máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
O perfil de segurança de SILDENAFIL PINOPHARMA é baseado nos 8691 doentes que
receberam os regimes terapêuticos recomendados em 67 estudos clínicos controlados
com placebo. As reacções adversas mais frequentemente notificadas nos estudos clínicos,
entre os doentes tratados com sildenafil forma cefaleias, rubor, dispepsia, distúrbios
visuais, congestão nasal, tonturas e alteração visual da cor.
Foram recolhidas reacções adversas da vigilância pós-comercialização abrangendo um
período estimado superior a 9 anos. Pelo facto de não serem notificadas todas as reacções
adversas ao Titular de Autorização de Introdução no Mercado e não serem incluídas na
APROVADO EM
29-05-2009
INFARMED
base de dados de segurança, as frequências destas reacções não podem ser determinadas
com segurança.
Na tabela abaixo mencionada estão listadas todas as reacções adversas clinicamente
relevantes, que ocorreram em ensaios clínicos com uma incidência superior ao placebo,
pelo sistema de classe de órgãos e frequência [muito frequentes (
1/10), frequentes
1/100 e <1/10), pouco frequentes (
1/1000 e <1/100), raros (
1/10000 e <1/1000).
Adicionalmente, a frequência das reacções adversas clinicamente relevantes, notificadas
na experiência de pós-comercialização é incluída como desconhecida.
Dentro de cada grupo de frequências, os efeitos secundários são apresentados por ordem
decrescente de gravidade.
Tabela 1: Reacções adversas clinicamente relevantes com uma incidência superior ao
placebo em estudos clínicos controlados e reacções adversas clinicamente relevantes
notificadas através da vigilância pós-comercialização
Classes de sistemas de órgãos MedDRA
Reacção adversa
Doenças do sangue e do sistema imunitário
Raras
Reacções de hipersensibilidade
Doenças do nervoso
Muito frequentes
Cefaleias
Frequentes
Tonturas
Pouco frequentes
Sonolência, hipoestesia
Raras
Acidente vascular cerebral, síncope
Desconhecidas
Acidente isquémico transitório, convulsões
e recorrência de convulsões
Afecções oculares
Frequentes
Visão alterada, alteração visual da cor
Pouco frequentes
Afecção
conjuntiva,
afecção
ocular,
afecção
lacrimação,
outras
afecções
oculares
Desconhecidas
Neuropatia óptica isquémica anterior não
arterítica
(NAION),
oclusão
vascular
retina, defeitos do campo visual
Vasculopatias
Muito frequentes
Rubor
Raras
Hipertensão, hipotensão
Cardiopatias
Pouco frequentes
Palpitações, taquicardia
Raras
Enfarte do miocárdio, fibrilhação auricular
Desconhecidas
Arritmia ventricular, angina instável, morte
súbita cardíaca
Doenças
respiratórias,
torácicas
mediastino
APROVADO EM
29-05-2009
INFARMED
Frequentes
Congestão nasal
Raras
Epistaxe
Doenças gastrointestinais
Frequentes
Dispepsia
Pouco frequentes
Vómitos, náuseas, boca seca
Afecções
tecidos
cutâneos
subcutâneas
Pouco frequentes
Erupção cutânea
Doenças musculoesqueléticas e dos tecidos
conjuntivos
Pouco frequentes
Mialgia
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Desconhecidas
Priapismo, erecção prolongada
Perturbações gerais e alterações no local de
administração
Pouco frequentes
Dor no peito, fadiga
Exames complementares de diagnóstico
Pouco frequentes
Aumento da frequência cardíaca
* afecções do ouvido: surdez súbita. Foram notificados um número reduzido de casos,
pós-comercialização e de ensaios clínicos, de diminuição ou perda súbita da audição
associada à utilização de inibidores da PDE5, incluindo o sildenafil.
4.9 Sobredosagem
Em estudos realizados em voluntários, utilizando doses únicas até 800 mg, as reacções
adversas foram semelhantes às verificadas com doses inferiores, no entanto, as taxas de
incidência e gravidade foram superiores. A administração de doses de 200 mg não
resultou num aumento de eficácia, mas verificou-se um aumento na incidência das
reacções adversas (cefaleias, rubores, tonturas, dispepsia, congestão nasal, perturbações
da visão).
Em casos de sobredosagem deverão ser adoptadas as necessárias medidas de suporte
padronizadas. Não é provável que a diálise renal acelere a depuração dado que o
sildenafil se liga fortemente às proteínas plasmáticas e não é eliminado pela urina.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Fármacos utilizados na disfunção eréctil. Código ATC: G04B
E03.
O sildenafil é uma terapêutica oral para a disfunção eréctil. Em circunstâncias normais,
i.e. com estimulação sexual, restabelece a função eréctil através do aumento do fluxo
sanguíneo no pénis.
APROVADO EM
29-05-2009
INFARMED
O mecanismo fisiológico responsável pela erecção do pénis envolve a libertação de óxido
nítrico (NO) nos corpos cavernosos durante a estimulação sexual. O óxido nítrico activa a
enzima guanilato ciclase, a qual induz um aumento dos níveis de monofosfato de
guanosina cíclico (GMPc), provocando um relaxamento da musculatura lisa dos corpos
cavernosos, que permite o afluxo de sangue.
O sildenafil é um inibidor potente e selectivo da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5) específica
do GMPc nos corpos cavernosos, onde a PDE5 é responsável pela degradação do GMPc.
O sildenafil possui um mecanismo de acção periférico na erecção. O sildenafil não exerce
efeito
relaxante
directo
sobre
corpos
cavernosos
isolados,
aumenta
acentuadamente o efeito relaxante do NO sobre estes tecidos. Quando é activada a via
NO/GMPc, o que ocorre com a estimulação sexual, a inibição da PDE5 pelo sildenafil
resulta num aumento dos níveis de GMPc nos corpos cavernosos. Consequentemente, é
necessária
estimulação
sexual
para
sildenafil
produza
seus
efeitos
farmacológicos benéficos esperados.
Estudos in vitro demonstraram que o sildenafil é selectivo para a PDE5, que está
envolvida no processo de erecção. O seu efeito é mais potente sobre a PDE5 do que sobre
outras
fosfodiesterases
conhecidas.
Existe
selectividade
vezes
superior
observada para a PDE6, a qual está envolvida na via de fototransdução na retina.
Administrado nas doses máximas recomendadas, existe uma selectividade 80 vezes
superior, para a PDE5, comparativamente com a observada para a PDE1, e acima de 700
vezes comparativamente com a PDE2, 3, 4, 7, 8, 9, 10 e 11. Em particular, o sildenafil,
tem uma selectividade para a PDE5 superior em mais de 4000 vezes à observada para a
PDE3,
fosfodiesterase
isomórfica
específica
AMPc
envolvida
controlo
contractilidade cardíaca.
Dois ensaios clínicos foram especificamente concebidos para determinar o intervalo de
tempo durante o qual, após administração de sildenafil, pode ocorrer uma erecção em
resposta à estimulação sexual.
Num estudo de pletismografia do pénis (RigiScan) com doentes em jejum, o tempo
médio para início da acção naqueles que obtiveram erecções com 60% de rigidez
(suficiente para relações sexuais) com sildenafil, foi de 25 minutos (intervalo de 12-37
minutos). Num estudo “RigiScan” separado, o sildenafil foi ainda capaz de produzir uma
erecção em resposta a estimulação sexual, 4-5 horas após administração da dose.
O sildenafil provoca diminuições ligeiras e transitórias da pressão arterial que, na maioria
dos casos, não se traduzem em efeitos clínicos. A média da descida máxima da pressão
arterial sistólica em supino, após a administração oral de uma dose de 100 mg de
sildenafil, foi de 8,4 mmHg. A alteração correspondente na pressão arterial diastólica em
supino foi de 5,5 mmHg. Estas diminuições da pressão arterial são consistentes com os
efeitos vasodilatadores do sildenafil, provavelmente devido ao aumento dos níveis de
GMPc no músculo liso dos vasos sanguíneos. A administração de doses orais únicas de
APROVADO EM
29-05-2009
INFARMED
sildenafil
até
voluntários
saudáveis
não
produziu
efeitos
clinicamente
significativos no ECG.
Num estudo sobre os efeitos hemodinâmicos de uma dose oral única de 100 mg de
sildenafil em 14 doentes com doença coronária grave (CAD) (>70% de estenose de, pelo
menos, uma artéria coronária), as pressões sistólica e diastólica médias em repouso
tiveram um decréscimo de 7% e de 6% respectivamente, comparativamente aos valores
de referência. A pressão sistólica pulmonar média sofreu um decréscimo de 9%. O
sildenafil não teve efeitos sobre o débito cardíaco, e não diminuiu o fluxo sanguíneo
através das artérias coronárias estenosadas.
Num ensaio, de dupla ocultação, controlado por placebo, em que participaram 144
doentes com disfunção eréctil e com angina crónica estável, que tomavam regularmente a
sua medicação antianginosa (exceptuando nitratos) e que foram submetidos a exercício
físico até ao aparecimento de angina, não foram observadas diferenças clinicamente
relevantes no tempo até ao início da angina limitante, comparativamente ao placebo.
Em alguns doentes, foram detectadas alterações ligeiras e transitórias na distinção das
cores (azul/verde), utilizando o teste de coloração de Farnsworth-Munsell 100, uma hora
após a administração de uma dose de 100 mg, sem efeitos evidentes 2 horas após a
administração. O mecanismo aceite para esta alteração na distinção das cores está
relacionado com a inibição da PDE6, que está envolvida na cascata de fototransdução da
retina. O sildenafil não exerce efeitos sobre a acuidade visual ou sensibilidade ao
contraste. Num estudo de pequena dimensão, controlado com placebo, em doentes com
degeneração
macular
relacionada
idade
comprovada
precocemente
(n=9),
sildenafil (dose única, 100 mg) demonstrou não causar alterações significativas nos testes
visuais conduzidos (acuidade visual, grelha de Amsler, discriminação das cores numa
simulação de luzes de trânsito, perímetro de Humphrey e fotostress).
Não se verificou qualquer efeito sobre a mobilidade ou morfologia dos espermatozóides
após a administração de doses únicas de 100 mg de sildenafil, por via oral, a voluntários
saudáveis.
Outras informações relativas aos estudos clínicos
Em ensaios clínicos, o sildenafil foi administrado a mais de 8000 doentes com idades
compreendidas entre 19-87 anos. Encontravam-se representados os seguintes grupos:
idosos (19,9 %), doentes com hipertensão (30,9 %), diabetes mellitus (20,3 %), doença
cardíaca isquémica (5,8 %) , hiperlipidémia (19,8 %), lesão da espinal-medula (0,6 %),
depressão (5,2 %), ressecção transuretral da próstata (3,7 %), prostatectomia radical (3,3
%). Não se encontravam bem representados ou foram excluídos dos ensaios clínicos os
seguintes
grupos:
doentes
submetidos
cirurgia
pélvica,
doentes
pós-radioterapia,
doentes com insuficiência renal ou hepática grave e doentes com determinadas condições
cardiovasculares (ver Secção 4.3).
Em estudos de dose fixa, a proporção de doentes que referiram que o tratamento
melhorou a erecção foi de 62% (25 mg), 74% (50 mg) e 82% (100 mg) em comparação
APROVADO EM
29-05-2009
INFARMED
com 25% para o placebo. Em ensaios clínicos controlados, a taxa de descontinuação
devida ao sildenafil foi baixa e semelhante ao placebo.
Ao longo de todos os ensaios, as percentagens de doentes que relataram melhorias com o
sildenafil foram as seguintes: disfunção eréctil psicogénica (84%), disfunção eréctil mista
(77%), disfunção eréctil orgânica (68%), idosos (67%), diabetes mellitus (59%), doença
cardíaca
isquémica
(69%),
hipertensão
(68%), TURP
(61%),
prostatectomia
radical
(43%), lesão da espinal-medula (83%), depressão (75%). A segurança e eficácia do
sildenafil foi mantida em estudos a longo termo.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção:
Sildenafil é rapidamente absorvido. As concentrações plasmáticas máximas observadas
são atingidas entre 30 a 120 minutos (mediana 60 minutos) após uma dose oral, quando
em jejum. A biodisponibilidade oral média absoluta é de 41% (entre 25-63%). Após a
administração oral de sildenafil a AUC e a C
aumentaram em proporção com a dose
administrada no intervalo de doses recomendadas (25-100 mg).
Quando o sildenafil é administrado juntamente com alimentos, a taxa de absorção é
reduzida, verificando-se um atraso médio de 60 minutos no t
e uma redução média de
29% na C
Distribuição:
O volume de distribuição médio no estado estacionário (Vss) para o sildenafil é de 105 l,
demonstrando a sua distribuição nos tecidos. Após a administração de uma dose oral
única de 100 mg, a média da concentração plasmática total máxima do sildenafil é de
aproximadamente 440 ng/ml (CV 40%). Atendendo a que o sildenafil (e o seu principal
metabolito N-desmetil), apresenta uma ligação às proteínas plasmáticas de 96 %, a média
da concentração plasmática máxima de fármaco na forma livre é de 18 ng/ml (38 nM). A
ligação às proteínas é independente das concentrações totais do fármaco.
Em voluntários saudáveis medicados com sildenafil (100 mg em dose única) menos de
0,0002 % (média 188 ng) da dose administrada estava presente no esperma recolhido 90
minutos após administração do fármaco.
Metabolismo:
O sildenafil é depurado predominantemente pelas isoenzimas microssomais hepáticas
CYP3A4 (via principal) e CYP2C9 (via menor). O principal metabolito em circulação
resulta da N-desmetilação do sildenafil. Este metabolito tem um perfil de selectividade
para as fosfodiesterases semelhante ao sildenafil e apresenta uma afinidade in vitro para a
PDE5
aproximadamente
verificada
para
fármaco
inalterado.
concentrações plasmáticas deste metabolito são de aproximadamente 40% das verificadas
para o sildenafil. O metabolito N-desmetil é metabolizado posteriormente, tendo uma
semi-vida terminal de aproximadamente 4 h.
Eliminação:
APROVADO EM
29-05-2009
INFARMED
A depuração corporal total de sildenafil é de 41 l/h com uma semi-vida terminal de 3-5
horas. Após administração por via oral ou via intravenosa, o sildenafil é excretado, sob a
forma de metabolitos, predominantemente nas fezes (aproximadamente 80% da dose oral
administrada) e em menor quantidade na urina (aproximadamente 13% da dose oral
administrada).
Farmacocinética em grupos especiais de doentes
Idosos:
Em voluntários idosos saudáveis (com idade igual ou superior a 65 anos) verificou-se
uma redução na depuração do sildenafil, que resultou em concentrações plasmáticas
superiores de sildenafil e do metabolito activo N-desmetil, em aproximadamente 90% às
observadas nos voluntários saudáveis mais jovens (18-45 anos). Devido a diferenças na
ligação às proteínas plasmáticas relacionadas com a idade, o correspondente aumento das
concentrações plasmáticas de sildenafil na forma livre foi de aproximadamente 40%.
Insuficiência renal:
Em voluntários com insuficiência renal ligeira a moderada (depuração da creatinina=30-
80 ml/min), a farmacocinética do sildenafil não foi alterada após a administração de uma
dose oral única de 50 mg.
média
metabolito
N-desmetil
aumentaram
126%
73%,
respectivamente,
comparação
voluntários
idade
semelhante
insuficiência renal. No entanto, devido à elevada variabilidade inter-individual, estas
diferenças não foram estatisticamente significativas. Em voluntários com insuficiência
renal grave (depuração da creatinina <30 ml/min), a depuração do sildenafil foi reduzida
verificando-se um aumento da AUC e da C
de 100 % e 88 % respectivamente, em
comparação com voluntários de idade semelhante mas sem insuficiência renal. Além
disso,
valores
metabolito
N-desmetil
aumentaram
significativamente 79 % e 200 %, respectivamente.
Insuficiência hepática:
Em voluntários com cirrose hepática ligeira a moderada (A e B de Child-Pugh) a
depuração do sildenafil sofreu uma redução, resultando num aumento da AUC (84 %) e
da C
(47 %), em comparação com indivíduos da mesma idade mas sem insuficiência
hepática. A farmacocinética do sildenafil em doentes com insuficiência hepática grave
não foi estudada.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não-clínicos não revelaram riscos especiais para o ser humano tendo como base
estudos convencionais da farmacologia de segurança, toxicidade por administrações
repetidas, genotoxicidade, potencial carcinogénico e toxicidade para a reprodução.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
APROVADO EM
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INFARMED
Núcleo do comprimido:
Celulose microcristalina 102
Hidrogenofosfato de cálcioCroscarmelose sódica
Estearato de magnésio
Revestimento por película (Opadry II 85F20464 azul):
Álcool polivinílico
Macrogol 3350
Dióxido de titânio (E171)
Talco
Laca de alumínio de indigotina
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não necessita de condições especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de Alumínio+PVdC com álveolos transparentes de PVC + PVdC em embalagens
de 1, 2, 4, 8 ou 12 comprimidos.
Nem todas as embalagens poderão ser comercializadas.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
West Pharma – Produções de Especialidades Farmacêuticas, S.A.
Rua da Tapada Grande, n.º 2
Abrunheira
2710-089 Sintra
8. NÚMERO (S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
APROVADO EM
29-05-2009
INFARMED
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO / RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO