Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
05-11-2020
05-11-2020
17-05-2011
APROVADO EM
05-11-2020
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o doente
Sildenafil Odipe 100 mg comprimidos revestidos por película
Sildenafil
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
Este
medicamento
receitado
apenas
para
Não
deve
dá-lo
outros.
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Ver secção
O que contém este folheto:
1. O que é Sildenafil Odipe e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Sildenafil Odipe
3. Como tomar Sildenafil Odipe
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Sildenafil Odipe
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Sildenafil Odipe e para que é utilizado
Sildenafil Odipe contém a substância ativa sildenafil, que pertence a um grupo de
medicamentos
designado
inibidores
fosfodiesterase
tipo
(PDE5).
Este
medicamento atua por relaxamento dos vasos sanguíneos do pénis, permitindo o afluxo
de sangue para o pénis, quando sexualmente estimulado. Sildenafil Odipe só o ajudará a
obter uma ereção se for sexualmente estimulado.
Sildenafil Odipe é um tratamento para os homens adultos com disfunção erétil, mais
vulgarmente conhecida por impotência. Isto é, quando um homem não consegue obter,
ou manter, uma rigidez do pénis em ereção, adequada à atividade sexual.
2. O que precisa de saber antes de tomar Sildenafil Odipe
Não tome Sildenafil Odipe
- Se tem alergia ao sildenafil ou a qualquer outro componente deste medicamento
(indicados na secção 6).
- Se está a tomar medicamentos designados por nitratos, pois a combinação poderá
causar uma queda perigosa na sua tensão arterial. Informe o seu médico se está a tomar
algum destes medicamentos, que são normalmente utilizados para o alívio da angina de
peito (ou "dor no peito"). Se tem dúvidas, informe-se junto do seu médico ou
farmacêutico.
- Se está a utilizar algum dos medicamentos conhecidos como dadores de óxido nítrico,
tal como o nitrito de amilo ("poppers"), pois a combinação poderá levar a uma queda
perigosa na sua tensão arterial.
- Se estiver a tomar riociguat. Este fármaco é utilizado para tratar a hipertensão arterial
pulmonar (ou seja, pressão sanguínea elevada nos pulmões) e a hipertensão pulmonar
tromboembólica crónica (ou seja, pressão sanguínea elevada nos pulmões devido à
presença
coágulos).
inibidores
PDE5,
como
sildenafil,
demonstraram
aumentar os efeitos hipotensores deste medicamento. Se estiver a tomar riociguat ou se
tiver dúvidas, fale com o seu médico.
- Se tem problemas cardíacos ou hepáticos graves.
- Se teve um acidente vascular cerebral ou um enfarte do miocárdio recentemente, ou se
tem pressão arterial baixa.
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determinadas
doenças
oculares
hereditárias
raras
(tal
como,
retinite
pigmentosa).
- Se alguma vez teve perda de visão devido a neuropatia ótica isquémica anterior não
artrítica (NAION).
Advertências e precauções
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de tomar Sildenafil Odipe:
- Se tem anemia falciforme (uma anomalia nos glóbulos vermelhos), leucemia (cancro
das células do sangue) ou mieloma múltiplo (cancro da medula óssea).
- Se tem deformação do pénis ou doença de Peyronie.
- Se tem problemas cardíacos. O seu médico deve avaliar cuidadosamente se o seu
coração suporta o esforço adicional associado a uma relação sexual.
- Se tem atualmente uma úlcera do estômago ou um problema hemorrágico (tal como a
hemofilia).
Se teve diminuição ou perda súbita da visão, pare de tomar Sildenafil Odipe e contacte
imediatamente o seu médico.
Não deve utilizar Sildenafil Odipe em simultâneo com quaisquer outros tratamentos orais
ou locais para a disfunção erétil.
Não deve utilizar Sildenafil Odipe em simultâneo com terapêuticas para a hipertensão
arterial pulmonar (HAP) contendo sildenafil ou quaisquer outros inibidores da PDE5.
Não deve tomar Sildenafil Odipe se não tiver disfunção erétil.
Não deve tomar Sildenafil Odipe se for mulher.
Cuidados especiais a ter em doentes com problemas renais ou hepáticos
Deve informar o seu médico se tem problemas renais ou hepáticos. O seu médico pode
prescrever-lhe uma dose mais baixa.
Crianças e adolescentes
Sildenafil Odipe não deve ser administrado a indivíduos com idade inferior a 18 anos.
Outros medicamentos e Sildenafil Odipe
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente,
ou se vier a tomar outros medicamentos.
Sildenafil Odipe pode interferir com alguns medicamentos, em especial com os utilizados
para tratamento da "dor no peito". Em caso de urgência médica, deve informar o seu
médico, farmacêutico ou enfermeiro que está a tomar Sildenafil Odipe e quando o fez.
Não tome Sildenafil Odipe com outros medicamentos exceto se o seu médico lhe disser
que o pode fazer.
Não deve tomar Sildenafil Odipe caso esteja a tomar medicamentos designados de
nitratos, pois a combinação destes medicamentos pode causar uma queda perigosa na
sua tensão arterial. Informe sempre o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro se estiver
a tomar algum destes medicamentos, que são normalmente utilizados para o alívio da
angina de peito (ou "dor no peito").
Não deve tomar Sildenafil Odipe se está a utilizar algum dos medicamentos conhecidos
como
dadores
óxido nítrico,
como o
nitrito
amilo ("poppers"),
pois
combinação poderá também levar a uma queda perigosa na sua tensão arterial.
Se já estiver a tomar riociguat, informe o seu médico ou farmacêutico.
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Se está a tomar medicamentos conhecidos como inibidores das proteases, tais como
para o tratamento do VIH, o seu médico poderá iniciar o tratamento com a dose mais
baixa de Sildenafil Odipe (25 mg).
Alguns doentes que estejam a tomar bloqueadores alfa para o tratamento da pressão
arterial elevada ou para o aumento do tamanho da próstata, poderão sentir tonturas ou
terem sensação de desmaio, que poderão ser causados pela pressão arterial baixa
quando o indivíduo se senta ou se levanta rapidamente. Alguns doentes tiveram estes
sintomas quando tomaram Sildenafil Odipe com bloqueadores alfa. É mais provável que
estas situações ocorram dentro de um período de 4 horas após tomar Sildenafil Odipe.
Para reduzir a probabilidade de ocorrência destes sintomas, deverá estar a tomar uma
dose diária regular do seu bloqueador alfa antes de iniciar o tratamento com Sildenafil
Odipe. No início do tratamento, o seu médico poderá prescrever-lhe a dose mais baixa de
Sildenafil Odipe (25 mg).
Ao tomar Sildenafil Odipe com alimentos, bebidas e álcool
Sildenafil Odipe pode ser tomado com ou sem alimentos. No entanto, pode achar que
Sildenafil Odipe pode demorar mais tempo a atuar se o tomar com uma refeição mais
pesada.
A ingestão de bebidas alcoólicas pode impedir temporariamente a capacidade de obter
uma ereção. Para obter o máximo benefício do medicamento, é aconselhado a não
ingerir grandes quantidades bebidas alcoólicas antes de tomar Sildenafil Odipe.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Sildenafil Odipe não é indicado para utilização por mulheres.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Sildenafil Odipe pode provocar tonturas e afetar a visão. Deve estar consciente de como
reage ao Sildenafil Odipe antes de conduzir ou utilizar máquinas.
Sildenafil Odipe contém lactose e sódio
Se lhe foi transmitido pelo seu médico que tem intolerância a algum açúcar, tal como a
lactose, deverá contactá-lo antes de tomar Sildenafil Odipe.
Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por comprimido ou
seja, é praticamente “isento de sódio”.
3. Como tomar Sildenafil Odipe
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose inicial recomendada é de 50 mg.
Não deve utilizar Sildenafil Odipe mais do que uma vez ao dia.
Deve tomar Sildenafil Odipe cerca de uma hora antes da hora planeada para a atividade
sexual. Tome o comprimido inteiro, com um copo de água.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se sentir que o efeito de Sildenafil Odipe é
demasiado forte ou demasiado fraco.
Sildenafil Odipe apenas o ajudará a obter uma ereção se for sexualmente estimulado. O
período de tempo que o Sildenafil Odipe demora a atuar varia de pessoa para pessoa,
mas, normalmente, esse período varia entre meia hora e uma hora. Poderá verificar que
o Sildenafil Odipe demora mais tempo a atuar se for tomado com uma refeição mais
pesada.
Se o Sildenafil Odipe não o ajudar a ter ereção ou se a ereção não durar o suficiente para
completar a relação sexual, deverá informar o seu médico.
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Se tomar mais Sildenafil Odipe do que deveria
Poderá experimentar um aumento dos efeitos secundários e da sua gravidade. Doses
superiores a 100 mg não aumentam a eficácia.
Não deve tomar mais comprimidos do que aqueles que o seu médico lhe indicou.
Se tomar mais comprimidos do que deveria, contacte o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico,
farmacêutico ou enfermeiro.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, no
entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Estes efeitos secundários
comunicados associados com o uso de Sildenafil Odipe são habitualmente ligeiros a
moderados e de curta duração.
Se tiver algum dos efeitos secundários graves abaixo indicados, pare de tomar Sildenafil
Odipe e procure ajuda médica imediatamente:
- Reação alérgica - ocorre pouco frequentemente (pode afetar até 1 em 100 pessoas)
Os sintomas incluem pieira súbita, dificuldade em respirar ou tonturas, inchaço das
pálpebras, rosto, lábios ou garganta.
- Dores no peito - ocorre pouco frequentemente
Se ocorrer durante ou após o ato sexual:
. Coloque-se numa posição semissentada e tente relaxar.
. Não utilize nitratos para tratar a sua dor no peito.
- Ereções prolongadas e, por vezes, dolorosas - ocorre raramente (pode afetar até 1 em
1000 pessoas)
Se tiver uma ereção que dure continuamente mais de 4 horas, deve contactar um
médico imediatamente.
- Diminuição ou perda súbita de visão - ocorre raramente.
- Reações na pele graves - ocorre raramente
Os sintomas podem incluir descamação e inchaço cutâneo grave, bolhas na boca, órgãos
genitais e em torno dos olhos, febre.
- Convulsões ou ataques - ocorre raramente.
Outros efeitos secundários:
Muito frequente (que pode afetar mais de 1 pessoa em cada 10): dor de cabeça.
Frequentes (que podem afetar até 1 pessoa em cada 10): náuseas, vermelhidão facial,
afrontamento (os sintomas incluem uma súbita sensação de calor na parte superior do
corpo), indigestão, visão com traços coloridos, visão turva, perturbação visual, nariz
entupido e tonturas.
Pouco frequentes (que podem afetar até 1 pessoa em cada 100): vómitos, erupção
cutânea, irritação ocular, olhos vermelhos, dor ocular, cintilações visuais, nitidez visual,
sensibilidade à luz, olhos lacrimejantes, palpitações, batimentos cardíacos rápidos,
tensão arterial alta, tensão arterial baixa, dor muscular, sonolência, sensação de tato
diminuída,
vertigem,
zumbidos
ouvidos,
boca
seca,
seios
nasais
entupidos,
inflamação do revestimento do nariz (os sintomas incluem nariz com corrimento, espirros
e nariz entupido), dor abdominal alta, doença de refluxo gastroesofágico (os sintomas
incluem azia), presença de sangue na urina, dor nos braços ou pernas, hemorragia nasal,
sensação de calor e sensação de cansaço.
Raros (que podem afetar até 1 pessoa em cada 1.000): desmaios, acidente vascular
cerebral, ataque cardíaco, batimento cardíaco irregular, diminuição temporária do afluxo
de sangue a certas regiões do cérebro, sensação de aperto na garganta, boca dormente,
hemorragia retiniana, visão dupla, acuidade visual reduzida, sensação anormal no olho,
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inchaço do olho ou pálpebra, pequenas partículas ou manchas na visão, visão de halos à
volta das luzes, dilatação da pupila do olho, alteração na cor da esclerótica, hemorragia
do pénis, presença de sangue no sémen, nariz seco, tumefação do interior do nariz,
irritabilidade e diminuição ou perda súbita da audição.
Na experiência pós-comercialização, foram notificados casos raros de angina instável
(problema cardíaco) e morte súbita. De notar que a maioria dos homens, mas não todos,
que tiveram estes efeitos secundários já sofriam de problemas cardíacos antes de
tomarem este medicamento. Não é possível determinar se estes acontecimentos tiveram
uma relação direta com a administração de sildenafil.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Também
poderá comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos
contactos abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais
informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Portugal
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800 222 444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Sildenafil Odipe
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior.
O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao
seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas
ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Sildenafil Odipe
- A substância ativa é o sildenafil. Cada comprimido contém 100 mg de sildenafil (sob a
forma de sal de citrato).
- Os outros componentes são:
Núcleo
comprimido:
celulose
microcristalina,
hidrogenofosfato
cálcio
anidro,
croscarmelose de sódio, estearato de magnésio.
Revestimento por
película: hipromelose,
dióxido
titânio
(E171), lactose
mono-
hidratada, triacetina.
Qual o aspeto de Sildenafil Odipe e conteúdo da embalagem
comprimidos revestidos por película de Sildenafil Odipe são brancos, ovais
biconvexos. São planos numa das faces e encontram-se gravados com "436" na outra
face. Os comprimidos são fornecidos em embalagens "blister" contendo 2, 4, 8 ou 12
comprimidos. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
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Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Pharmakern Portugal - Produtos Farmacêuticos, Sociedade Unipessoal, Lda.
Av. do Forte, n.º 3, Edif. Suécia I, Piso 0, salas 1.04 e 1.29
2794-038 Carnaxide
Portugal
Fabricante
PSI supply nv.
Axxes Business Park – Guldensporenpark 22 – Block C
9820 Merelbeke
Bélgica
PharmaS d.o.o.
Industrijska cesta 5, Potok
44317 Popovaca
Croácia
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sildenafil Odipe 25 mg comprimidos revestidos por película
Sildenafil Odipe 50 mg comprimidos revestidos por película
Sildenafil Odipe 100 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém citrato de sildenafil equivalente a 25, 50 ou 100 mg de
sildenafil.
Excipiente com efeito conhecido:
Sildenafil Odipe 25 mg comprimidos revestidos por película
Cada comprimido contém 1,8 mg de lactose (sob a forma mono-hidratada) e no
máximo 0,648 mg de sódio (sob a forma de croscarmelose sódica).
Sildenafil Odipe 50 mg comprimidos revestidos por película
Cada comprimido contém 3,6 mg de lactose (sob a forma mono-hidratada) e no
máximo 1,296 mg de sódio (sob a forma de croscarmelose sódica).
Sildenafil Odipe 100 mg comprimidos revestidos por película
Cada comprimido contém 7,2 mg de lactose (sob a forma mono-hidratada) e no
máximo 2,592 mg de sódio (sob a forma de croscarmelose sódica).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Sildenafil Odipe 25 mg comprimidos revestidos por película
Comprimidos brancos, ovais e biconvexos, planos numa das faces e marcados com
“B9” na outra.
Sildenafil Odipe 50 mg comprimidos revestidos por película
Comprimidos brancos, ovais e biconvexos, planos numa das faces e marcados com
“C1” na outra.
Sildenafil Odipe 100 mg comprimidos revestidos por película
Comprimidos brancos, ovais e biconvexos, planos numa das faces e marcados com
“436” na outra.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Sildenafil Odipe está indicado no tratamento de adultos do sexo masculino com
disfunção erétil, definida como a incapacidade para obter ou manter uma ereção do
pénis suficiente para um desempenho sexual satisfatório.
Para que Sildenafil Odipe seja eficaz é necessário que haja estimulação sexual.
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4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Utilização em adultos
A dose recomendada é de 50 mg administrada aproximadamente uma hora antes da
atividade sexual. Com base na eficácia e tolerabilidade, a dose pode ser aumentada
para 100 mg ou diminuída para 25 mg. A dose máxima recomendada é de 100 mg.
A frequência máxima de administração é de uma vez ao dia. No caso Sildenafil Odipe
ser administrado com alimentos, o início da atividade pode ser atrasado em
comparação com o estado de jejum (ver secção 5.2).
Populações especiais
Idosos
Não é necessário ajuste de dose em doentes idosos (≥ 65 anos de idade).
Insuficiência renal
As doses recomendadas em "utilização em adultos" são adequadas para doentes com
insuficiência renal ligeira a moderada (depuração da creatinina = 30-80 ml/min).
Dado que a depuração do sildenafil está reduzida em doentes com insuficiência renal
grave (depuração da creatinina <30 ml/min) deve ser tida em consideração uma
dose de 25 mg. Com base na eficácia e tolerabilidade, a dose pode ser aumentada
progressivamente para 50 mg e até 100 mg, conforme necessário.
Insuficiência hepática
Dado que a depuração do sildenafil está reduzida em doentes com insuficiência
hepática (por exemplo, cirrose) deve ser tida em consideração uma dose de 25 mg.
Com base na eficácia e tolerabilidade, a dose pode ser aumentada progressivamente
para 50 mg e até 100 mg, conforme necessário.
População pediátrica
Sildenafil Odipe não está indicado para utilização em indivíduos com idade inferior a
18 anos.
Utilização em doentes a tomar outros medicamentos
Com exceção do ritonavir, para o qual não é aconselhada a coadministração com
sildenafil (ver secção 4.4), uma dose inicial de 25 mg deve ser considerada em
doentes medicados concomitantemente com inibidores do CYP3A4 (ver secção 4.5).
Com o objetivo de diminuir o potencial de desenvolvimento de hipotensão postural,
em doentes sob terapêutica com bloqueadores alfa, esta deverá ser estabilizada
antes do início do tratamento com sildenafil. Adicionalmente, deverá considerar-se a
utilização de uma dose de 25 mg de sildenafil no início do tratamento (ver secções
4.4 e 4.5).
Modo de administração
Via oral.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados
na secção 6.1.
Em conformidade com os efeitos conhecidos sobre a via do óxido nítrico/monofosfato
de guanosina cíclico (GMPc) (ver secção 5.1), foi demonstrado que o sildenafil
potencia o efeito hipotensor dos nitratos, estando, por conseguinte, contraindicada a
sua coadministração com dadores de óxido nítrico (tal como o nitrito de amilo) ou
quaisquer formas de nitratos.
A administração concomitante de inibidores da PDE5, incluindo sildenafil, com
estimuladores
guanilato
ciclase
como,
exemplo,
riociguat,
está
contraindicada, devido à possibilidade de originar hipotensão sintomática (ver secção
4.5).
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Os agentes para o tratamento da disfunção erétil, incluindo o sildenafil, não devem
ser utilizados em homens para os quais a atividade sexual esteja desaconselhada
(por exemplo, indivíduos com doenças cardiovasculares graves tais como angina
instável ou insuficiência cardíaca grave).
Sildenafil Odipe está contraindicado em doentes que tenham perda de visão num dos
olhos
devido
neuropatia
ótica
isquémica
anterior
não
artrítica
(NAION),
independentemente
este
acontecimento
esteve
não
relacionado
exposição prévia ao inibidor de PDE5 (ver secção 4.4).
A segurança do sildenafil não foi estudada nos subgrupos de doentes descritos de
seguida, pelo que está contraindicada a sua utilização: insuficiência hepática grave,
hipotensão (pressão arterial < 90/50 mmHg), história recente de acidente vascular
cerebral ou enfarte do miocárdio e perturbações hereditárias degenerativas da retina
tais
como
retinite
pigmentosa
(uma
minoria
destes
doentes
apresentam
perturbações genéticas das fosfodiesterases da retina).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Antes de se considerar o tratamento farmacológico como apropriado, deverão ser
elaborados uma história clínica e um exame físico para diagnóstico da disfunção
erétil e determinação das potenciais causas subjacentes.
Fatores de risco cardiovascular
Antes de iniciar qualquer tratamento para
a disfunção erétil, o médico deve
considerar a situação cardiovascular dos seus doentes, na medida em que existe um
risco cardíaco associado à atividade sexual. O sildenafil apresenta propriedades
vasodilatadoras, de que resultaram reduções ligeiras e transitórias na pressão
arterial
(ver
secção
5.1).
Antes
prescrever
sildenafil,
médicos
devem
considerar cuidadosamente
se estes
efeitos vasodilatadores, especialmente
associação com atividade sexual, poderão afetar adversamente os seus doentes com
certas condições subjacentes. Os doentes com sensibilidade aumentada para os
vasodilatadores incluem aqueles com obstrução ao fluxo ventricular esquerdo (por
exemplo, estenose aórtica, cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica), ou aqueles com o
raro síndrome de atrofia sistémica múltipla que se caracteriza por alterações graves
do controlo autónomo da pressão arterial.
Sildenafil Odipe potencia o efeito hipotensivo dos nitratos (ver secção 4.3).
No período de pós-comercialização, e em relação temporal com a administração de
sildenafil, foram descritos acontecimentos cardiovasculares graves, incluindo enfarte
miocárdio,
angina
instável,
morte
súbita
cardíaca,
arritmia
ventricular,
hemorragia
cerebrovascular,
acidente
isquémico
transitório,
hipertensão
hipotensão. A maioria destes doentes, mas não todos, apresentavam fatores de risco
cardiovasculares préexistentes. Muitos dos acontecimentos foram descritos como
tendo ocorrido durante, ou pouco após, a relação sexual, tendo alguns ocorrido
pouco tempo após a utilização de sildenafil sem atividade sexual. Não é possível
determinar se estes acontecimentos se relacionam diretamente com estes, ou outros
fatores.
Priapismo
Os agentes para tratamento da disfunção erétil, incluindo o sildenafil, deverão ser
usados com precaução em doentes com deformações anatómicas do pénis (tais
como, angulação, fibrose cavernosa ou doença de Peyronie), ou em doentes com
situações que possam predispor para o priapismo (tais como anemia falciforme,
mieloma múltiplo ou leucemia).
Foram notificados casos de ereções prolongadas e priapismo com sildenafil no
período de póscomercialização. No caso de uma ereção que persista por mais de 4
horas, o doente deve procurar assistência médica de imediato. Se o priapismo não
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for tratado imediatamente, pode resultar em lesões dos tecidos penianos e perda
permanente de potência.
Uso concomitante com outros inibidores da PDE5 ou outras terapêuticas para a
disfunção erétil
A segurança e a eficácia das associações de sildenafil com outros inibidores da PDE5
outras
terapêuticas
para
hipertensão
arterial
pulmonar
(HAP)
contendo
sildenafil (REVATIO), ou outros tratamentos para a disfunção erétil não têm sido
estudadas. Assim, não é recomendada a utilização destas associações.
Efeitos na visão
Foram notificados espontaneamente casos de defeitos visuais relacionados com a
toma de sildenafil e de outros inibidores da PDE5 (ver secção 4.8). Foram notificados
espontaneamente e num estudo observacional casos de neuropatia ótica isquémica
anterior não artrítica, uma doença rara, relacionados com a toma de sildenafil e de
outros inibidores da PDE5 (ver secção 4.8). Os doentes devem ser avisados que,
caso
surja
qualquer
defeito
visual
súbito,
devem
parar
tomar
Sildenafil
Pharmnakern e consultar imediatamente um médico (ver secção 4.3).
Uso concomitante com ritonavir
Não é aconselhada a coadministração de sildenafil e ritonavir (ver secção 4.5).
Uso concomitante com bloqueadores alfa
Aconselha-se precaução na associação de sildenafil a doentes sob terapêutica com
bloqueadores alfa, uma vez que a coadministração destes dois fármacos poderá
causar hipotensão sintomática em alguns indivíduos que sejam suscetíveis (ver
secção 4.5). Esta situação tem uma maior probabilidade de ocorrer dentro de um
período de 4 horas após a administração de sildenafil. Para diminuir o potencial
desenvolvimento
hipotensão
postural,
doentes
deverão
estar
hemodinamicamente estáveis no seu tratamento com o bloqueador alfa antes de
iniciarem o tratamento com sildenafil. Deverá considerar-se a utilização da dose de
25 mg de sildenafil no início do tratamento (ver secção 4.2). Adicionalmente, o
doente deverá ser informado sobre como proceder em caso de evidenciar sintomas
de hipotensão postural.
Efeito na hemorragia
Estudos
plaquetas
humanas
indicam
sildenafil
potencia
efeito
antiagregante do nitroprussiato de sódio in vitro. Não existe informação relativa à
segurança da administração do sildenafil a doentes com distúrbios hemorrágicos ou
úlcera péptica ativa. Por este motivo, sildenafil só deve ser administrado a estes
doentes após cuidadosa avaliação do risco-benefício.
Os comprimidos são revestidos por uma película que contém lactose. Sildenafil Odipe
não
deve
administrado
homens
problemas
hereditários
raros
intolerância à galactose, deficiência em lactase de Lapp ou malabsorção de glucose-
galactose.
Excipientes
Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por comprimido,
ou seja, é praticamente “isento de sódio”.
Mulheres
Sildenafil Odipe não está indicado para utilização em mulheres.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Efeitos de outros medicamentos sobre o sildenafil
Estudos in vitro:
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O metabolismo do sildenafil é principalmente mediado pelas formas isomórficas do
citocromo P450 (CYP), 3A4 (via principal) e 2C9 (via menor). Assim, os inibidores
destas isoenzimas poderão reduzir a depuração do sildenafil os indutores dessas
mesmas isoenzimas podem aumentar a depuração do sildenafil.
Estudos in vivo:
A análise farmacocinética populacional dos ensaios clínicos mostrou uma redução da
depuração do sildenafil quando coadministrado com inibidores da CYP3A4 (tais como
o cetoconazol, eritromicina, cimetidina). Apesar de não ter sido observado qualquer
aumento na incidência dos efeitos adversos nestes doentes, quando o sildenafil é
administrado concomitantemente com inibidores da CYP3A4, deve considerar-se a
utilização de uma dose inicial de 25 mg.
A coadministração de ritonavir, inibidor das proteases do VIH e inibidor muito
potente do P450, no estado estacionário (500 mg duas vezes ao dia), com sildenafil
(100 mg em dose única), resultou num aumento de 300% (4 vezes mais) da Cmax e
de 1000% (11 vezes mais) da AUC plasmática do sildenafil. Os níveis plasmáticos do
sildenafil
após
horas
eram
ainda
aproximadamente
ng/ml,
comparação com aproximadamente 5 ng/ml, quando o sildenafil foi administrado
isoladamente.
Tais
resultados
são consistentes
efeitos
acentuados
ritonavir sobre uma ampla gama de substratos do P450. O sildenafil não exerceu
qualquer efeito sobre a farmacocinética do ritonavir. Com base nestes resultados de
farmacocinética, a coadministração de sildenafil com ritonavir não é aconselhada
(ver secção 4.4) e em nenhuma circunstância a dose máxima de sildenafil deverá
exceder 25 mg num período de 48 horas.
A coadministração de saquinavir, inibidor das proteases do VIH e inibidor da CYP3A4,
no estado estacionário (1200 mg três vezes ao dia), com sildenafil (100 mg em dose
única), resultou num aumento de 140% na Cmax e de 210% na AUC do sildenafil. O
sildenafil não exerceu qualquer efeito sobre a farmacocinética do saquinavir (ver
secção 4.2). É de esperar que inibidores mais fortes da CYP3A4, tais como o
cetoconazol e o itraconazol, exerçam efeitos superiores.
Aquando da administração de uma dose única de 100 mg de sildenafil com
eritromicina, um inibidor moderado da CYP3A4, no estado estacionário (500 mg duas
vezes ao dia durante 5 dias), houve um aumento de 182% na exposição sistémica ao
sildenafil (AUC). Em voluntários saudáveis do sexo masculino não se evidenciou
qualquer efeito da azitromicina (500 mg diariamente durante três dias) na AUC,
Cmax, tmax, na constante da taxa de eliminação, ou na semivida subsequente do
sildenafil ou do seu principal metabolito circulante. A cimetidina (800 mg), um
inibidor do citocromo P450 e um inibidor não-específico da CYP3A4, causou um
aumento de 56% nas concentrações plasmáticas de sildenafil quando coadministrada
com sildenafil (50 mg) em voluntários saudáveis.
O sumo de toranja é um inibidor fraco do metabolismo intestinal da CYP3A4 e poderá
originar ligeiros aumentos nos níveis plasmáticos de sildenafil.
Doses únicas de antiácidos (hidróxido de magnésio/hidróxido de alumínio) não
afetaram a biodisponibilidade do sildenafil.
Apesar de não se terem realizado estudos específicos de interação para todos os
medicamentos, a análise farmacocinética populacional não evidenciou qualquer efeito
sobre a farmacocinética do sildenafil em resultado da medicação concomitante com
inibidores da CYP2C9 (tais como tolbutamida, varfarina, fenitoína), inibidores da
CYP2D6
(tais
como
inibidores
seletivos
recaptação
serotonina,
antidepressivos tricíclicos), tiazidas e diuréticos relacionados, diuréticos da ansa e
poupadores
potássio, inibidores
enzima
conversão
angiotensina,
bloqueadores dos canais de cálcio, antagonistas β-adrenérgicos ou indutores do
metabolismo associado à CYP450 (tais como rifampicina, barbitúricos). Num estudo
realizado em voluntários saudáveis do sexo masculino, a administração concomitante
do antagonista da endotelina, bosentano (um indutor [moderado] do CYP3A4,
CYP2C9 e possivelmente do CYP2C19) no estado estacionário (125mg duas vezes ao
dia),com sildenafil no estado estacionário (80 mg três vezes ao dia), resultou numa
redução de 62,6% e 7 55,4% na AUC e na Cmax do sildenafil, respetivamente.
Assim, a administração concomitante de indutores potentes do CYP3A4, tais como a
APROVADO EM
05-11-2020
INFARMED
rifampicina,
deverá
causar
diminuições
mais
acentuadas
concentrações
plasmática de sildenafil.
O nicorandil é um composto híbrido que atua como ativador dos canais de potássio e
como um nitrato. Devido ao seu componente nitrato, este fármaco tem o potencial
de provocar uma interação grave com o sildenafil.
Efeitos do sildenafil sobre outros medicamentos
Estudos in vitro:
O sildenafil é um fraco inibidor das formas isomórficas do citocromo P450, 1A2, 2C9,
2C19, 2D6, 2E1 e 3A4 (CI50 >150 (µM). Dadas as concentrações plasmáticas
máximas do sildenafil de aproximadamente 1 µM após as doses recomendadas, não
é provável que Sildenafil Odipe altere a depuração dos substratos destas isoenzimas.
Não existem dados relativos à interação do sildenafil e os inibidores não específicos
das fosfodiesterases, tais como, teofilina ou o dipiridamol.
Estudos in vivo:
Em conformidade com os seus efeitos conhecidos sobre as vias do óxido nítrico e do
GMPc (ver secção 5.1), o sildenafil demonstrou potenciar os efeitos hipotensores dos
nitratos. Por conseguinte, a coadministração de sildenafil com dadores de óxido
nítrico ou quaisquer formas de nitratos está contraindicada (ver secção 4.3).
Riociguat: Estudos pré-clínicos mostraram um efeito hipotensor sistémico aditivo
com a administração concomitante de inibidores da PDE5 e riociguat. Em estudos
clínicos, riociguat demonstrou aumentar os efeitos hipotensores dos inibidores da
PDE5. Não houve evidência de um efeito clínico favorável com a administração
concomitante na população estudada. A administração concomitante de riociguat e
inibidores da PDE5, incluindo sildenafil, está contraindicada (ver secção 4.3).
A administração concomitante de sildenafil a doentes sob terapêutica com um
bloqueador
alfa
pode
causar
situações
hipotensão
sintomática
alguns
indivíduos que sejam suscetíveis. Esta situação tem uma maior probabilidade de
ocorrer dentro de um período de 4 horas após a administração de sildenafil (ver
secções 4.2 e 4.4). Em três estudos de interação entre fármacos específicos, o
bloqueador alfa, doxazosina (4 mg e 8 mg), e o sildenafil (25 mg, 50 mg ou 100 mg)
foram
administrados
simultaneamente
doentes
hiperplasia
benigna
próstata (HBP) estável, sob terapêutica com doxazosina. Nestas populações em
estudo, observaram-se reduções adicionais médias da pressão arterial em supino de
7/7 mmHg, 9/5 mmHg e 8/4 mmHg, e reduções adicionais médias de pressão
arterial
posição
ortostática
mmHg,
11/4
mmHg
mmHg,
respetivamente.
Quando
sildenafil
doxazosina
foram
administrados
simultâneo a doentes em situação estável sob terapêutica com doxazosina, os
relatos de hipotensão postural sintomática foram pouco frequentes. Estes relatos
incluíram tonturas e sensação de atordoamento, mas não incluíram síncope.
Não foram evidenciadas interações significativas quando o sildenafil (50 mg) foi
coadministrado
tolbutamida
(250
varfarina
mg),
ambas
metabolizadas pela CYP2C9.
O sildenafil (50 mg) não potenciou o aumento no tempo de hemorragia provocado
pelo ácido acetilsalicílico (150 mg).
O sildenafil (50 mg) não potenciou o efeito hipotensor do álcool em voluntários
saudáveis com uma média de alcoolémia máxima de 80 mg/dl.
análise
dados
seguintes
terapêuticas
anti-hipertensivas:
diuréticos,
bloqueadores beta, IECA, antagonistas da angiotensina II, medicamentos anti-
hipertensores
(vasodilatadores
ação
central),
bloqueadores
neuronais
adrenérgicos, bloqueadores dos canais de cálcio e bloqueadores dos recetores alfa-
adrenérgicos, demonstrou não haver diferenças no perfil de efeitos secundários em
doentes
medicados
sildenafil
quando
comparado
tratamento
placebo. Num estudo de interação específica, em que o sildenafil (100 mg) foi
coadministrado com amlodipina em doentes hipertensos, verificou-se uma redução
adicional sobre a pressão arterial sistólica em supino de 8 mmHg. A redução
APROVADO EM
05-11-2020
INFARMED
adicional correspondente da pressão arterial diastólica em supino foi de 7 mmHg.
Estas reduções adicionais da pressão arterial foram de uma magnitude semelhante à
verificada quando o sildenafil foi administrado isoladamente a voluntários saudáveis
(ver secção 5.1).
O sildenafil (100 mg) não influenciou a farmacocinética no estado estacionário do
saquinavir e ritonavir, inibidores das proteases do VIH, os quais são
ambos
substratos da CYP3A4.
Em voluntários saudáveis do sexo masculino, o sildenafil no estado estacionário (80
mg três vezes ao dia), resultou num aumento de 49,8% na AUC e 42% na Cmax do
bosentano (125 mg duas vezes ao dia).
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Sildenafil Odipe não está indicado para utilização pela mulher.
Não estão disponíveis estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas
ou a amamentar.
Não foram observados efeitos adversos relevantes nos estudos de reprodução
realizados em ratos e coelhos após a administração oral de sildenafil.
Não foram observados efeitos na motilidade ou morfologia do esperma após a
administração de doses únicas de 100 mg de sildenafil por via oral em voluntários
saudáveis (ver secção 5.1).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Atendendo a que foram descritas tonturas e perturbações da visão em ensaios
clínicos efetuados com o sildenafil, os doentes devem ter conhecimento de como
reagem ao Sildenafil Odipe antes de conduzirem ou utilizarem máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
O perfil de segurança de Sildenafil Odipe é baseado nos 9570 doentes em 74 estudos
clínicos em dupla ocultação controlados com placebo. As reações adversas mais
frequentemente notificadas nos estudos clínicos, entre os doentes tratados com
sildenafil foram cefaleias, rubor, dispepsia, congestão nasal, tonturas, náuseas,
afrontamentos, perturbação visual, cianopsia e visão turva.
Foram recolhidas reações adversas da vigilância pós-comercialização abrangendo um
período estimado superior a 10 anos. Pelo facto de não serem notificadas todas as
reações adversas ao Titular de Autorização de Introdução no Mercado e não serem
incluídas na base de dados de segurança, as frequências destas reações não podem
ser determinadas com segurança.
Lista tabelar das reações adversas
Na tabela abaixo mencionada estão listadas todas as reações adversas clinicamente
relevantes, que ocorreram em ensaios clínicos com uma incidência superior ao
placebo, pelo sistema de classe de órgãos e frequência (muito frequentes ≥1/10),
frequentes
≥1/100
<1/10),
pouco
frequentes
≥1/1.000
<1/100),
raros
≥1/10.000 e <1/1.000).Dentro de cada grupo de frequências, os efeitos secundários
são apresentados por ordem decrescente de gravidade.
APROVADO EM
05-11-2020
INFARMED
Tabela 1: Reações adversas clinicamente relevantes notificadas com uma incidência
superior ao placebo em estudos clínicos controlados e reações adversas clinicamente
relevantes notificadas através da vigilância pós-comercialização
Classe de sistema
de órgãos
Muito
frequentes
(≥1/10)
Frequentes
(≥1/100
<1/10)
Pouco frequentes
(≥1/1.000
<1/100)
Raros
(≥1/10.000
<1/1.000)
Infeções
infestações
Rinite
Doenças
sistema imunitário
Hipersensibilidade
Doenças
sistema nervoso
Cefaleia
Tonturas
Sonolência,
hipoestesia
Acidente
cerebrovascular
acidente
isquémico
transitório,
convulsão*,
recorrência
convulsões*,
síncope
Afeções oculares
Alteração
visual
cor**
perturbação
visual, visão
turva,
Alterações
lacrimais***,
ocular, fotofobia,
fotopsia,
hiperemia ocular,
nitidez
visual,
conjuntivite,
Neuropatia
ótica isquémica
anterior
não
artrítica
(NAION)*,
oclusão
vascular
retina*,
hemorragia
retiniana,
retinopatia
arteriosclerótica
anomalia
retina,
glaucoma,
defeito
campo
visual,
diplopia,
acuidade
visual
diminuída,
miopia,
astenopia,
moscas
volantes,
alteração
íris,
midríase,
visão em halo,
edema do olho,
tumefação
ocular,
alteração
visão,
hiperemia
conjuntival,
irritação ocular,
sensação
anormal
olho,
edema
APROVADO EM
05-11-2020
INFARMED
palpebral,
alteração da cor
da esclerótica,
Afeções do ouvido
e do labirinto
Vertigens,
acufenos
Surdez
Cardiopatias
Taquicardia,
Palpitações,
Morte
súbita*,
enfarte
miocárdio,
arritmia
ventricular*,
fibrilhação
auricular,
angina instável
Vasculopatias
Rubor,
afrontamento
Hipertensão,
hipotensão
Doenças
respiratórias,
torácicas
mediastino
Congestão
nasal
Epistaxe,
congestão sinusal
Aperto
garganta,
edema
nasal,
secura nasal
Doenças
gastrointestinais
Náuseas,
dispepsia
Doença de refluxo
gastroesofágico,
vómito, dor
abdominal alta,
xerostomia
Hipoestesia oral
Afeções
tecidos cutâneos e
subcutâneos
Erupção cutânea
Síndrome
Stevens-
Johnson (SJS)*,
necrólise
epidérmica
tóxica (TEN)*
Afeções
musculosquelética
tecidos
conjuntivos
Mialgia, dores nas
extremidades
Doenças renais e
urinárias
Hematúria
Doenças
órgãos genitais e
da mama
Priapismo*,
ereção
aumentada,
hematospermia,
hemorragia
pénis
Perturbações
gerais
alterações no local
de administração
torácica,
fadiga,
sensação
de calor
Irritabilidade
Exames
complementares
de diagnóstico
Frequência
cardíaca
aumentada
* Notificado apenas durante a vigilância pós-comercialização.
**Alterações visuais da cor: cloropsia, cromatopsia, cianopsia, eritropsia e xantopsia
*** Alterações lacrimais: olho seco, alteração lacrimal, hipersecreção lacrimal
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
APROVADO EM
05-11-2020
INFARMED
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800 222 444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Em estudos realizados em voluntários, utilizando doses únicas até 800 mg, as
reações adversas foram semelhantes às verificadas com doses inferiores, no entanto,
as taxas de incidência e gravidade foram superiores. A administração de doses de
200 mg não resultou num aumento de eficácia, mas verificou-se um aumento na
incidência das reações adversas (cefaleias, rubores, tonturas, dispepsia, congestão
nasal, perturbações da visão).
Em casos de sobredosagem deverão ser adotadas as necessárias medidas de suporte
padronizadas. Não é provável que a diálise renal acelere a depuração dado que o
sildenafil se liga fortemente às proteínas plasmáticas e não é eliminado pela urina.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
Aparelho
geniturinário.
Medicamentos
usados
disfunção erétil. Código ATC: G04B E03
Mecanismo de ação
O sildenafil é uma terapêutica oral para a disfunção erétil. Em circunstâncias
normais, isto é, com estimulação sexual, restabelece a função erétil através do
aumento do fluxo sanguíneo no pénis.
O mecanismo fisiológico responsável pela ereção do pénis envolve a libertação de
óxido nítrico (NO) nos corpos cavernosos durante a estimulação sexual. O óxido
nítrico ativa a enzima guanilato ciclase, a qual induz um aumento dos níveis de
monofosfato
guanosina
cíclico
(GMPc),
provocando
relaxamento
musculatura lisa dos corpos cavernosos, que permite o afluxo de sangue.
O sildenafil é um inibidor potente e seletivo da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5)
específica do GMPc nos corpos cavernosos, onde a PDE5 é responsável pela
degradação do GMPc. O sildenafil possui um mecanismo de ação periférico na
ereção. O sildenafil não exerce efeito relaxante direto sobre os corpos cavernosos
isolados, mas aumenta acentuadamente o efeito relaxante do NO sobre estes
tecidos. Quando é ativada a via NO/GMPc, o que ocorre com a estimulação sexual, a
inibição da PDE5 pelo sildenafil resulta num aumento dos níveis de GMPc nos corpos
cavernosos. Consequentemente, é necessária a estimulação sexual para que o
sildenafil produza os seus efeitos farmacológicos benéficos esperados.
Efeitos farmacodinâmicos
Estudos in vitro demonstraram que o sildenafil é seletivo para a PDE5, que está
envolvida no processo de ereção. O seu efeito é mais potente sobre a PDE5 do que
sobre outras fosfodiesterases conhecidas. Existe uma seletividade 10 vezes superior
à observada para a PDE6, a qual está envolvida na via de fototransdução na retina.
Administrado nas doses máximas recomendadas, existe uma seletividade 80 vezes
superior, para a PDE5, comparativamente com a observada para a PDE1, e acima de
APROVADO EM
17-05-2011
INFARMED
M-AIM-037/001
Relatório Público de Avaliação
Discussão Científica
Sildenafil Artramir
Sildenafil
10/H/0258/001-003
APROVADO EM
17-05-2011
INFARMED
M-AIM-037/001
INTRODUÇÃO
A Helm Portugal, Lda. submeteu um pedido de Autorização de Introdução no Mercado
para o medicamento Sildenafil Artramir, nas dosagens de 25 mg, 50 mg e 100 mg,
comprimidos revestidos por película,
contendo sildenafil, estando indicado no tratamento
de homens
com disfunção eréctil, definida como a incapacidade para obter ou manter uma erecção
do pénis suficiente para um desempenho sexual satisfatório.
Para que Sildenafil Artramir seja eficaz é necessário que haja estimulação sexual.
Este pedido de Autorização de Introdução no Mercado refere-se a um medicamento que
reclama ser essencialmente similar ao medicamento de referência Viagra, nas dosagens
de 25 mg, 50 mg e 100 mg, comprimidos revestidos por película, comercializado por
Pfizer, Lda. que está autorizado em Portugal via procedimento centralizado desde 14-09-
1998.
A Autorização de Introdução no Mercado foi concedida xx-xx-xxxx com base no artigo
19º do Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto.
Este tipo de pedido de Autorização de Introdução no Mercado refere-se a informação que
se encontra nas partes farmacológica, toxicológica e clínica do dossier de pedido de
Autorização de Introdução no Mercado do medicamento de referência. Um medicamento
de referência é um medicamento autorizado e comercializado com base num dossier
completo, isto é, num dossier que incluí informação química, biológica, farmacêutica,
farmacológica, toxicológica e clínica completas. Esta informação não
está na
totalidade
disponível
para
domínio
público.
Sendo
assim,
autorização
medicamentos genéricos só é possível quando finda o período de protecção de dados do
medicamento de referência. Para este tipo de pedido, tem que ser demonstrado que o
perfil
farmacocinético
medicamento
similar
perfil
farmacocinético
medicamento de referência. Este medicamento genérico pode ser usado em alternativa
ao seu medicamento de referência.
O Folheto Informativo foi avaliado através
de um teste para
a comprovação da
legibilidade
conformidade
requisitos
artigo
107ºdo
Decreto-lei
176/2006 de
Agosto.
resultados
do teste
demonstram
que o
Folheto
Informativo preenche os requisitos da legibilidade tal com o estabelecido na legislação e
Guidelines aplicáveis.
Aspectos de qualidade
Introdução
Sildenafil Artramir, nas dosagens de 25 mg, 50 mg e 100 mg, comprimidos revestidos
por película
contêm como substância activa 35,121 mg, 70,241 mg, 140,482 mg de citrato de sildenafil
correspondendo a 25 mg, 50 mg e 100 mg de sildenafil, respectivamente.
Sildenafil Artramir, na dosagem de 25 mg,
apresenta-se na forma de
comprimidos brancos,
ovais e biconvexos, planos numa das faces e marcados com “B9” na outra.
Sildenafil Artramir, na dosagem de 50 mg, apresenta-se na forma de comprimidos
brancos, ovais e biconvexos, planos numa das faces e marcados com “C1” na outra.
Sildenafil Artramir, na dosagem de 100 mg, apresenta-se na forma de Comprimidos
brancos, ovais e biconvexos, planos numa das faces e marcados com “436” na outra..
APROVADO EM
17-05-2011
INFARMED
M-AIM-037/001
O medicamento, cuja forma farmacêutica é comprimido revestido por película é acondicionado em
blisters de
PVC/Alumínio
Os excipientes são:
Núcleo do comprimido: celulose microcristalina 102, hidrogenofosfato de cálcio anidro, croscarmelose sódica e
estearato de magnésio.
Revestimento por película:
hipromelose 2910 (15 cps), dióxido de titânio (E171), lactose
mono-hidratada e triacetina
Substância Activa
A substância activa sildenafil, encontra-se em conformidade com os requisitos regulamentares europeus em
vigor.
A substância activa é um pó branco a quase branco, solúvel em dimetilformamida e muito pouco solúvel em
metanol.
As especificações estabelecidas para a substância activa são consideradas adequadas para controlar a qualidade e
cumprir os requisitos das especificações internas do fabricante. Foi fornecida documentação relativa à análise de
lotes que demonstra a conformidade com as especificações para 3 lotes de escala de produção.
Medicamento
O desenvolvimento do medicamento foi descrito, a escolha dos excipientes foi justificada e as suas funções
devidamente explicadas. Os excipientes usados são bem conhecidos e seguros nas concentrações propostas.
Todos os excipientes estão de acordo com os requerimentos presentes nas monografias da Ph.Eur. relevantes. Os
fornecedores de lactose e estearato de Magnésio apresentaram declarações relativas à minimização do risco de
transmissão de encefalopatias espongiformes (BSE/TSE) que foram consideradas aceitáveis
As especificações do medicamento apresentadas cobrem apropriadamente os parâmetros para a dosagem deste
medicamento. Foram apresentados os resultados de validação dos métodos analíticos. As análises de lote foram
realizadas
lotes.
resultados
análise
lotes
mostram
produto
acabado
cumpre
especificações propostas.
As condições utilizadas nos ensaios de estabilidade estão de acordo com a norma orientadora internacional (ICH)
relativa a estes estudos. Os testes de controlo e especificações para o medicamento estão adequadamente
preparados.
O prazo de validade de 2 anos (
o medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais
de conservação)
para o medicamento é considerado aceitável.
aspectos PRÉ-CLÍNICOS
Este medicamento é uma formulação genérica do Viagra que está disponível no mercado Europeu. Não foi
apresentada nova documentação pré-clínica pelo que não foi elaborada a respectiva avaliação. Tal é considerado
aceitável para este tipo de pedido.
APROVADO EM
17-05-2011
INFARMED
M-AIM-037/001
aspectos clinicos
O requerente preparou dados de farmacocinética em estudos de bioequivalência.
O estudo de bioequivalência n.º SILD/09/084 foi apresentado como suporte ao pedido de Autorização de
Introdução no Mercado.
Para o pedido de Autorização de Introdução no Mercado para o medicamento
Sildenafil Artramir, 100 mg,
comprimidos revestidos por película
, foi apresentado o seguinte estudo de bioequivalência:
Protocolo n.º SILD/09/084: “An open label, balanced, randomized, two-treatment, two-Sequence, two-period,
crossover, single-dose bioequivalence study comparing test product (Sildenafil citrate tablets 100 mg Mfd. By
Jubilant Organosys Limited, India) with reference product (Viagra tablet 100 mg of Pfizer Limited, UK) in
healthy adult male subjects under fasting condition ”
Os resultados do estudo de bioequivalência efectuados com a dosagem de 100 mg são extrapoláveis para as
dosagens de 25 mg e 50 mg por se verificarem todas as condições necessárias referidas pela norma europeia em
vigor para a bioequivalência.
Plano de Farmacovigilância
O INFARMED, IP considera que o sistema de farmacovigilância conforme descrito no
pedido de Autorização de Introdução no Mercado, está de acordo com os requisitos legais
proporciona
evidência
apropriada
requerente
dispõe
pessoa
qualificada como responsável pela farmacovigilância e que detêm os meios apropriados
para a identificação de quaisquer reacções adversas que possam ocorrer na Comunidade
Europeia ou noutro país.
Conclusões, Avaliação da relação benefício/risco e recomendações
O processo avaliado apresenta dados de qualidade, segurança e eficácia adequados.
Assim, foi possível concluir que a relação benefício/risco para este medicamento é
comparável à relação benefício/risco atribuída ao medicamento de referência.