Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
08-06-2018
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08-06-2018
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Sildenafil Labesfal 25 mg comprimidos revestidos por película
Sildenafil (sob a forma de citrato)
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento,
pois contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Sildenafil Labesfal e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Sildenafil Labesfal
3. Como tomar Sildenafil Labesfal
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Sildenafil Labesfal
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é SILDENAFIL LABESFAL e para que é utilizado
Sildenafil Labesfal contém a substância ativa sildenafil, que pertence a um grupo de
medicamentos designado por inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5). Este
medicamento atua por relaxamento dos vasos sanguíneos do pénis, permitindo o
afluxo de sangue para o pénis, quando sexualmente estimulado. Sildenafil Labesfal
só o ajudará a obter uma ereção se for sexualmente estimulado.
Sildenafil Labesfal é um tratamento para os homens adultos com disfunção erétil,
mais vulgarmente conhecida por impotência. Isto é, quando um homem não
consegue obter, ou manter, uma rigidez do pénis em ereção, adequada à atividade
sexual.
2. O que precisa de saber antes de tomar SILDENAFIL LABESFAL
Não tome Sildenafil Labesfal
− Se tem alergia (hipersensibilidade) ao sildenafil ou a qualquer outro componente
deste medicamento (indicados na secção 6).
− Se está a tomar medicamentos designados por nitratos, pois a combinação poderá
causar uma queda perigosa na sua tensão arterial. Informe o seu médico se está a
tomar algum destes medicamentos, que são normalmente utilizados para o alívio da
angina de peito (ou “dor no peito”). Se tem dúvidas, informe-se junto do seu médico
ou farmacêutico.
− Se está a utilizar algum dos medicamentos conhecidos como dadores de óxido
nítrico, tal como o nitrito de amilo (“poppers“), pois a combinação poderá levar a
uma queda perigosa na sua tensão arterial.
- Se estiver a tomar riociguat. Este fármaco é utilizado para tratar a hipertensão
arterial pulmonar (ou seja, pressão sanguínea elevada nos pulmões) e a hipertensão
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pulmonar tromboembólica crónica (ou seja, pressão sanguínea elevada nos pulmões
devido à presença de coágulos). Os inibidores da PDE5, como Sildenafil Labesfal,
demonstraram aumentar os efeitos hipotensores deste medicamento. Se estiver a
tomar riociguat ou se tiver dúvidas, fale com o seu médico.
− Se tem problemas cardíacos ou hepáticos graves.
− Se teve um acidente vascular cerebral ou um enfarte do miocárdio recentemente,
ou se tem pressão arterial baixa.
− Se tem determinadas doenças oculares hereditárias raras (tal como, retinite
pigmentosa).
− Se alguma vez teve perda de visão devido a neuropatia ótica isquémica anterior
não artrítica (NAION).
Advertência e precauções
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de tomar Sildenafil
Labesfal:
− se tem anemia falciforme (uma anomalia nos glóbulos vermelhos), leucemia
(cancro das células do sangue), mieloma múltiplo (cancro da medula óssea).
− se tem deformação do pénis ou doença de Peyronie.
− se tem problemas cardíacos. O seu médico deve avaliar cuidadosamente se o seu
coração suporta o esforço adicional associado a uma relação sexual.
− se tem atualmente uma úlcera do estômago ou um problema hemorrágico (tal
como a hemofilia).
− se teve diminuição ou perda da visão súbita, pare de tomar Sildenafil Labesfal e
contacte imediatamente o seu médico.
Não
deve
utilizar
Sildenafil
Labesfal
simultâneo
quaisquer
outros
tratamentos orais ou locais para a disfunção erétil.
Não
deve
utilizar
Sildenafil
Labesfal
simultâneo
terapêuticas
para
hipertensão
arterial
pulmonar
(HAP)
contendo
sildenafil
quaisquer
outros
inibidores da PDE5.
Não deve tomar Sildenafil Labesfal se não tiver disfunção erétil.
Não deve tomar Sildenafil Labesfal se for mulher.
Cuidados especiais a ter em doentes com problemas renais ou hepáticos
Deve informar o seu médico se tem problemas renais ou hepáticos. O seu médico
pode prescrever-lhe uma dose mais baixa.
Crianças e adolescentes
Sildenafil Labesfal não deve ser administrado a indivíduos com idade inferior a 18
anos.
Outros medicamentos e Sildenafil Labesfal
Informe
médico
farmacêutico
estiver
tomar,
tiver
tomado
recentemente ou se vier a tomar outros medicamentos.
Sildenafil Labesfal comprimidos pode interferir com alguns medicamentos, em
especial com os utilizados para tratamento da “dor no peito”. Em caso de urgência
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médica, deve informar o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro que está a tomar
Sildenafil
Labesfal e
quando
fez.
Não tome
Sildenafil
Labesfal com
outros
medicamentos exceto se o seu médico lhe disser que o pode fazer.
Não deve tomar Sildenafil Labesfal caso esteja a tomar medicamentos designados de
nitratos, pois a combinação destes medicamentos pode causar uma queda perigosa
na sua tensão arterial. Informe sempre o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro se
estiver a tomar algum destes medicamentos, que são normalmente utilizados para o
alívio da angina de peito (ou “dor no peito”).
Não deve tomar Sildenafil Labesfal se está a utilizar algum dos medicamentos
conhecidos como dadores de óxido nítrico, tal como o nitrito de amilo (“poppers“),
pois a combinação poderá também levar a uma queda perigosa na sua tensão
arterial.
Se já estiver a tomar riociguat, informe o seu médico ou farmacêutico.
Se está a tomar medicamentos conhecidos como inibidores das proteases, tais como
para o tratamento do VIH, o seu médico poderá iniciar o tratamento com a dose
mais baixa de Sildenafil Labesfal (25 mg).
Alguns doentes que estejam a tomar bloqueadores alfa para o tratamento da pressão
arterial elevada ou para o aumento do tamanho da próstata, poderão sentir tonturas
ou terem sensação de desmaio, que poderão ser causados pela pressão arterial baixa
quando o indivíduo se senta ou se levanta rapidamente. Alguns doentes tiveram
estes sintomas quando tomaram Sildenafil Labesfal com bloqueadores alfa. É mais
provável que estas situações ocorram dentro de um período de 4 horas após tomar
Sildenafil Labesfal. Para reduzir a probabilidade de ocorrência destes sintomas,
deverá estar a tomar uma dose diária regular do seu bloqueador alfa antes de iniciar
o tratamento com Sildenafil Labesfal. No início do tratamento, o seu médico poderá
prescrever-lhe a dose mais baixa de Sildenafil Labesfal (25 mg).
Ao tomar Sildenafil Labesfal com alimentos, bebidas e álcool
Sildenafil Labesfal pode ser tomado com ou sem alimentos. No entanto, pode achar
que Sildenafil Labesfal pode demorar mais tempo a atuar se o tomar com uma
refeição mais pesada.
A ingestão de bebidas alcoólicas pode impedir temporariamente a capacidade de
obter uma ereção.
Para obter o máximo benefício do medicamento, é aconselhado a não ingerir grandes
quantidades de bebidas alcoólicas antes de tomar Sildenafil Labesfal.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Sildenafil Labesfal não é indicado para utilização por mulheres.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Sildenafil Labesfal pode provocar tonturas e afetar a visão. Deve estar consciente de
como reage ao Sildenafil Labesfal antes de conduzir ou utilizar máquinas.
Sildenafil Labesfal contém sódio.
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Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por comprimido
ou seja, é praticamente “isento de sódio”.
3. Como tomar SILDENAFIL LABESFAL
Tome
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. A dose inicial
recomendada é de 50 mg.
Não deve utilizar Sildenafil Labesfal mais do que uma vez ao dia.
Deve tomar Sildenafil Labesfal cerca de uma hora antes da hora planeada para a
atividade sexual. Tome o comprimido inteiro, com um copo de água.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se sentir que o efeito de Sildenafil Labesfal é
demasiado forte ou demasiado fraco.
Sildenafil Labesfal apenas o ajudará a obter uma ereção se for sexualmente
estimulado. O período de tempo que o Sildenafil Labesfal demora a atuar varia de
pessoa para pessoa, mas, normalmente, esse período varia entre meia hora e uma
hora. Poderá verificar que o Sildenafil Labesfal demora mais tempo a atuar se for
tomado com uma refeição mais pesada.
Se o Sildenafil Labesfal não o ajudar a ter ereção ou se a ereção não durar o
suficiente para completar a relação sexual, deverá informar o seu médico.
Se tomar mais Sildenafil Labesfal do que deveria
Poderá experimentar um aumento dos efeitos secundários e da sua gravidade. Doses
superiores a 100 mg não aumentam a eficácia.
Não deve tomar mais comprimidos do que aqueles que o seu médico lhe indicou.
Se tomar mais comprimidos do que deveria, contacte o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico, farmacêutico ou enfermeiro.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Estes efeitos secundários
comunicados associados ao uso de Sildenafil Labesfal são habitualmente ligeiros a
moderados e de curta duração.
Se tiver algum dos efeitos secundários graves abaixo indicados, pare de tomar
Sildenafil Labesfal e procure ajuda médica imediatamente:
- Reação alérgica - ocorre pouco frequentemente (pode afetar até 1 em 100
pessoas)
Os sintomas incluem pieira súbita, dificuldade em respirar ou tonturas, inchaço das
pálpebras, rosto, lábios ou garganta.
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- Dores no peito - ocorre pouco frequentemente
Se ocorrer durante ou após o ato sexual:
-> Coloque-se numa posição semissentada e tente relaxar.
-> Não utilize nitratos para tratar a sua dor no peito.
- Ereções prolongadas e, por vezes, dolorosas - ocorre raramente (pode afetar até 1
em 1000 pessoas)
Se tiver uma ereção que dure continuamente mais de 4 horas, deve contactar um
médico imediatamente.
- Diminuição ou perda súbita de visão - ocorre raramente
- Reações na pele graves - ocorre raramente
Os sintomas podem incluir descamação e inchaço cutâneo grave, bolhas na boca,
órgãos genitais e em torno dos olhos, febre.
- Convulsões ou ataques - ocorre raramente
Outros efeitos secundários:
Muito frequente (que pode afetar mais de 1 pessoa em cada 10): dor de cabeça.
Frequentes (que podem afetar até 1 pessoa em cada 100): náuseas, vermelhidão
facial, afrontamentos (os sintomas incluem uma súbita sensação de calor na parte
superior do corpo), indigestão, visão com traços coloridos, visão turva, perturbação
visual, nariz entupido e tonturas.
Pouco frequentes (que podem afetar até 1 pessoa em cada 100): vómitos, erupção
cutânea, irritação ocular, olhos vermelhos, dor ocular, cintilações visuais, nitidez
visual, sensibilidade à luz, olhos lacrimejantes, palpitações, batimentos cardíacos
rápidos
tensão arterial alta, tensão arterial baixa, dor muscular, sonolência, sensação de tato
diminuída, vertigem, zumbidos nos ouvidos, boca seca, seios nasais entupidos,
inflamação do revestimento do nariz (os sintomas incluem nariz com corrimento,
espirros e nariz entupido), dor abdominal alta, doença de refluxo gastroesofágico (os
sintomas incluem azia), presença de sangue na urina, dor nos braços ou pernas,
hemorragia nasal, sensação de calor e sensação de cansaço.
Raros (que podem afetar até 1 pessoa em cada 1000): desmaios, acidente vascular
cerebral, ataque cardíaco, batimento cardíaco irregular, diminuição temporária do
afluxo de sangue a certas regiões do cérebro, sensação de aperto na garganta, boca
dormente, hemorragia retiniana, visão dupla, acuidade
visual reduzida, sensação anormal no olho, inchaço do olho ou pálpebra, pequenas
partículas ou manchas na visão, visão de halos à volta das luzes, dilatação da pupila
do olho, alteração na cor da esclerótica, hemorragia do pénis, presença de sangue no
sémen, nariz seco, tumefação do interior do nariz, irritabilidade e diminuição ou
perda súbita da audição.
Na experiência pós-comercialização, foram notificados casos raros de angina instável
(problema cardíaco) e morte súbita. De notar que a maioria dos homens, mas não
todos, que tiveram estes efeitos secundários já sofriam de problemas cardíacos
antes
tomarem
este
medicamento.
Não
possível
determinar
estes
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acontecimentos tiveram uma relação direta com a administração de Sildenafil
Labesfal.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos
abaixo.
comunicar
efeitos
secundários,
estará
ajudar
fornecer
mais
informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio
internet:
http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail:
farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar SILDENAFIL LABESFAL
Manter fora da vista e do alcance das crianças.
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Não utilize Sildenafil Labesfal após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior e no blister após EXP. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não
necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Sildenafil Labesfal
A substância ativa é o sildenafil. Cada comprimido contém 25 mg de sildenafil (sob a
forma de citrato).
Os outros componentes são:
Núcleo
comprimido:
celulose
microcristalina,
croscarmelose
sódica,
hidrogenofosfato de cálcio anidro, hipromelose 3 cps, fumarato sódico de estearilo
- Revestimento por película: hipromelose 2910 (6 cps), dióxido de titânio (E 171),
triacetina, laca de alumínio de indigotina.
Qual o aspeto de Sildenafil Labesfal e conteúdo da embalagem
Os comprimidos revestidos por película de Sildenafil Labesfal são azuis, redondos e
biconvexos. Estes encontram-se gravados com “86” numa das faces.
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Os comprimidos são fornecidos em embalagens “blister” contendo 1, 2, 4, 8 ou 12
comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Generis Farmacêutica, S.A.
Rua João de Deus, 19
2700-487 Amadora
Portugal
Fabricante
Labesfal - Laboratórios Almiro, S.A. (Fab. Santiago de Besteiros)
Zona Industrial do Lagedo
3465-157 Santiago de Besteiros
Portugal
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sildenafil Labesfal 25 mg comprimido revestido por película
Sildenafil Labesfal 50 mg comprimido revestido por película
Sildenafil Labesfal 100 mg comprimido revestido por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém citrato de sildenafil equivalente a 25, 50 ou 100 mg de
sildenafil.
Excipientes com efeito conhecido
Sildenafil Labesfal 25 mg comprimido revestido por película
Sódio - 0,674 mg (sob forma de croscarmelose sódica e fumarato sódico de
estearilo).
Sildenafil Labesfal 50 mg comprimido revestido por película
Sódio - 1,348 mg (sob forma de croscarmelose sódica e fumarato sódico de
estearilo).
Sildenafil Labesfal 100 mg comprimido revestido por película
Sódio - 2,696 mg (sob forma de croscarmelose sódica e fumarato sódico de
estearilo).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Sildenafil Labesfal 25 mg comprimido revestido por película
Comprimidos azuis, redondos e biconvexos, marcados com “86” numa das faces.
Sildenafil Labesfal 50 mg comprimido revestido por película
Comprimidos azuis, redondos e biconvexos. Num dos lados apresentam uma ranhura
entre as marcações "8" e "7".
Sildenafil Labesfal 100 mg comprimido revestido por película
Comprimidos azuis, redondos e biconvexos. Num dos lados apresentam uma ranhura
entre as marcações "8" e "8".
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
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Sildenafil Labesfal está indicado no tratamento de adultos do sexo masculino com
disfunção erétil, definida como a incapacidade para obter ou manter uma ereção do
pénis suficiente para um desempenho sexual satisfatório.
Para que Sildenafil Labesfal seja eficaz é necessário que haja estimulação sexual.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Utilização em adultos
A dose recomendada é de 50 mg administrada aproximadamente uma hora antes da
atividade sexual.
Com base na eficácia e tolerabilidade, a dose pode ser aumentada para 100 mg ou
diminuída para 25 mg.
A dose máxima recomendada é de 100 mg. A frequência máxima de administração é
de uma vez ao dia. No caso de Sildenafil Labesfal ser administrado com alimentos, o
início da atividade pode ser atrasado em comparação com o estado de jejum (ver
secção 5.2).
Populações especiais
Idosos:
Não é necessário ajuste de dose em doentes idosos (ุ 65 anos de idade).
Insuficiência renal
As doses recomendadas em “utilização em adultos” são adequadas para doentes com
insuficiência renal ligeira a moderada (depuração da creatinina = 30-80 ml/min).
Dado que a depuração do sildenafil está reduzida em doentes com insuficiência renal
grave (depuração da creatinina <30 ml/min) deve ser tida em consideração uma
dose de 25 mg.
Com base na eficácia e tolerabilidade, a dose pode ser aumentada progressivamente
para 50 mg e até 100 mg, conforme necessário.
Insuficiência hepática
Dado que a depuração do sildenafil está reduzida em doentes com insuficiência
hepática (por exemplo, cirrose) deve ser tida em consideração uma dose de 25 mg.
Com base na eficácia e tolerabilidade, a dose pode ser aumentada progressivamente
para 50 mg e até 100 mg, conforme necessário.
População pediátrica
Sildenafil Labesfal não está indicado para utilização em indivíduos com idade inferior
a 18 anos.
Utilização em doentes a tomar outros medicamentos:
Com exceção do ritonavir, para o qual não é aconselhada a coadministração com
sildenafil (ver secção 4.4), uma dose inicial de 25 mg deve ser considerada em
doentes medicados concomitantemente com inibidores do CYP3A4 (ver secção 4.5).
Com o objetivo de diminuir o potencial desenvolvimento de hipotensão postural, em
doentes sob terapêutica com bloqueadores alfa, esta deverá ser estabilizada antes
de início do tratamento com sildenafil.
Adicionalmente, deverá considerar-se a utilização de uma dose de 25 mg de
sildenafil no início do tratamento (ver secções 4.4 e 4.5).
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Modo de administração
Via oral.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados
na secção 6.1.
Em conformidade com os efeitos conhecidos sobre a via do óxido nítrico/monofosfato
de guanosina cíclico (GMPc) (ver secção 5.1), foi demonstrado que o sildenafil
potencia o efeito hipotensor dos nitratos, estando, por conseguinte, contraindicada a
sua coadministração com dadores de óxido nítrico (tal como o nitrito de amilo) ou
quaisquer formas de nitratos.
A administração concomitante de inibidores da PDE5, incluindo sildenafil, com
estimuladores
guanilato
ciclase
como,
exemplo,
riociguat,
está
contraindicada, devido à possibilidade de originar hipotensão sintomática (ver secção
4.5).
Os agentes para o tratamento da disfunção erétil, incluindo o sildenafil, não devem
ser utilizados em homens para os quais a atividade sexual esteja desaconselhada
(por exemplo, indivíduos com doenças cardiovasculares graves tais como angina
instável ou insuficiência cardíaca grave).
Sildenafil Labesfal está contraindicado em doentes que tenham perda de visão num
dos olhos devido a neuropatia ótica isquémica anterior não artrítica (NAION),
independentemente
este
acontecimento
esteve
não
relacionado
exposição prévia ao inibidor de PDE5 (ver secção 4.4).
A segurança do sildenafil não foi estudada nos subgrupos de doentes descritos de
seguida, pelo que está contraindicada a sua utilização: insuficiência hepática grave,
hipotensão (pressão arterial <90/50 mmHg), história recente de acidente vascular
cerebral ou enfarte do miocárdio e perturbações hereditárias degenerativas da retina
tais
como
retinite
pigmentosa
(uma
minoria
destes
doentes
apresentam
perturbações genéticas das fosfodiesterases da retina).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Antes de se considerar o tratamento farmacológico como apropriado, deverão ser
elaborados uma história clínica e um exame físico para diagnóstico da disfunção
erétil e determinação das potenciais causas subjacentes.
Fatores de risco cardiovascular
Antes de iniciar qualquer tratamento para a disfunção erétil, o médico deve
considerar a situação cardiovascular dos seus doentes, na medida em que existe um
risco cardíaco associado à atividade sexual. O sildenafil apresenta propriedades
vasodilatadoras, de que resultaram reduções ligeiras e transitórias na pressão
arterial
(ver
secção
5.1).
Antes
prescrever
sildenafil,
médicos
devem
considerar cuidadosamente se estes efeitos vasodilatadores, especialmente em
associação com atividade sexual, poderão afetar adversamente os seus doentes com
certas condições subjacentes. Os doentes com sensibilidade aumentada para os
vasodilatadores incluem aqueles com obstrução ao fluxo ventricular esquerdo (por
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exemplo, estenose aórtica, cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica), ou aqueles com o
raro síndrome de atrofia sistémica múltipla que se caracteriza por alterações graves
do controlo autónomo da pressão arterial.
Sildenafil Labesfal potencia o efeito hipotensivo dos nitratos (ver secção 4.3).
No período de pós-comercialização, e em relação temporal com a administração de
Sildenafil
Labesfal,
foram
descritos
acontecimentos
cardiovasculares
graves,
incluindo enfarte do miocárdio, angina instável, morte súbita cardíaca, arritmia
ventricular, hemorragia cerebrovascular, acidente isquémico transitório, hipertensão
e hipotensão. A maioria destes doentes, mas não todos, apresentavam fatores de
risco cardiovasculares pré-existentes. Muitos dos acontecimentos foram descritos
como tendo ocorrido durante, ou pouco após, a relação sexual, tendo alguns ocorrido
pouco tempo após a utilização de Sildenafil Labesfal sem atividade sexual. Não é
possível determinar se estes acontecimentos se relacionam diretamente com estes,
ou outros fatores.
Priapismo
Os agentes para tratamento da disfunção erétil, incluindo o sildenafil, deverão ser
usados com precaução em doentes com deformações anatómicas do pénis (tais
como, angulação, fibrose cavernosa ou doença de Peyronie), ou em doentes com
situações que possam predispor para o priapismo (tais como anemia falciforme,
mieloma múltiplo ou leucemia).
Foram notificados casos de ereções prolongadas e priapismo com sildenafil no
período de pós-comercialização.
No caso de uma ereção que persista por mais de 4 horas, o doente deve procurar
assistência médica de imediato. Se o priapismo não for tratado imediatamente, pode
resultar em lesões dos tecidos penianos e perda permanente de potência.
Uso concomitante com outros inibidores da PDE5 ou outras terapêuticas para a
disfunção erétil
A segurança e a eficácia das associações de sildenafil com outros inibidores da PDE5
ou outras terapêuticas para hipertensão arterial pulmonar (HAP) contendo sildenafil
(REVATIO), ou outros tratamentos para a disfunção erétil não têm sido estudadas.
Assim, não é recomendada a utilização destas associações.
Efeitos na visão
Foram notificados espontaneamente casos de defeitos visuais relacionados com a
toma de sildenafil e de outros inibidores da PDE5 (ver secção 4.8). Foram notificados
espontaneamente e num estudo observacional casos de neuropatia ótica isquémica
anterior não artrítica, uma doença rara, relacionados com a toma de sildenafil e de
outros inibidores da PDE5 (ver secção 4.8). Os doentes devem ser avisados que,
caso surja qualquer defeito visual súbito, devem parar de tomar Sildenafil Labesfal e
consultar imediatamente um médico (ver secção 4.3).
Uso concomitante com ritonavir
Não é aconselhada a coadministração de sildenafil e ritonavir (ver secção 4.5).
Uso concomitante com bloqueadores alfa
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Aconselha-se precaução na associação de sildenafil a doentes sob terapêutica com
bloqueadores alfa, uma vez que a coadministração destes dois fármacos poderá
causar hipotensão sintomática em alguns indivíduos que sejam suscetíveis (ver
secção 4.5). Esta situação tem uma maior probabilidade de ocorrer dentro de um
período de 4 horas após a administração de sildenafil. Para diminuir o potencial
desenvolvimento
hipotensão
postural,
doentes
deverão
estar
hemodinamicamente estáveis no seu tratamento com o bloqueador alfa antes de
iniciarem o tratamento com sildenafil. Deverá considerar-se a utilização da dose de
25 mg de sildenafil no início do tratamento (ver secção 4.2). Adicionalmente, o
doente deverá ser informado sobre como proceder em caso de evidenciar sintomas
de hipotensão postural.
Efeito na hemorragia
Estudos
plaquetas
humanas
indicam
sildenafil
potencia
efeito
antiagregante do nitroprussiato de sódio in vitro. Não existe informação relativa à
segurança da administração do sildenafil a doentes com distúrbios hemorrágicos ou
úlcera péptica ativa. Por este motivo, sildenafil só deve ser administrado a estes
doentes após cuidadosa avaliação do risco-benefício.
Mulheres
Sildenafil Labesfal não está indicado para utilização em mulheres.
Excipientes
Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por comprimido
ou seja, é praticamente “isento de sódio”.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Efeitos de outros medicamentos sobre o sildenafil
Estudos in vitro:
O metabolismo do sildenafil é principalmente mediado pelas formas isomórficas do
citocromo P450 (CYP), 3A4 (via principal) e 2C9 (via menor). Assim, os inibidores
destas isoenzimas poderão reduzir a depuração do sildenafil.
Estudos in vivo:
A análise farmacocinética populacional dos ensaios clínicos mostrou uma redução da
depuração do sildenafil quando coadministrado com inibidores da CYP3A4 (tais como
o cetoconazol, eritromicina, cimetidina). Apesar de não ter sido observado qualquer
aumento na incidência dos efeitos adversos nestes doentes, quando o sildenafil é
administrado concomitantemente com inibidores da CYP3A4, deve considerar-se a
utilização de uma dose inicial de 25 mg.
A coadministração de ritonavir, inibidor das proteases do VIH e inibidor muito
potente do P450, no estado estacionário (500 mg duas vezes ao dia), com sildenafil
(100 mg em dose única), resultou num aumento de 300% (4 vezes mais) da Cmax e
de 1000% (11 vezes mais) da AUC plasmática do sildenafil. Os níveis plasmáticos do
sildenafil
após
horas
eram
ainda
aproximadamente
ng/ml,
comparação com aproximadamente 5 ng/ml, quando o sildenafil foi administrado
isoladamente. Tais
resultados
são consistentes
efeitos
acentuados
ritonavir sobre uma ampla gama de substratos do P450. O sildenafil não exerceu
qualquer efeito sobre a farmacocinética do ritonavir. Com base nestes resultados de
farmacocinética, a coadministração de sildenafil com ritonavir não é aconselhada
APROVADO EM
08-06-2018
INFARMED
(ver secção 4.4) e em nenhuma circunstância a dose máxima de sildenafil deverá
exceder 25 mg num período de 48 horas.
A coadministração de saquinavir, inibidor das proteases do VIH e inibidor da CYP3A4,
no estado estacionário (1200 mg três vezes ao dia), com sildenafil (100 mg em dose
única), resultou num aumento de 140% na Cmax e de 210% na AUC do sildenafil. O
sildenafil não exerceu qualquer efeito sobre a farmacocinética do saquinavir (ver
secção 4.2). É de esperar que inibidores mais fortes da CYP3A4, tais como o
cetoconazol e o itraconazol, exerçam efeitos superiores.
Aquando da administração de uma dose única de 100 mg de sildenafil com
eritromicina, um inibidor moderado da CYP3A4, no estado estacionário (500 mg duas
vezes ao dia durante 5 dias), houve um aumento de 182% na exposição sistémica ao
sildenafil (AUC). Em voluntários saudáveis do sexo masculino não se evidenciou
qualquer efeito da azitromicina (500 mg diariamente durante três dias) na AUC,
Cmax, tmax, na constante da taxa de eliminação, ou na semivida subsequente do
sildenafil ou do seu principal metabolito circulante. A cimetidina (800 mg), um
inibidor do citocromo P450 e um inibidor não específico da CYP3A4, causou um
aumento de 56% nas concentrações plasmáticas de sildenafil quando coadministrada
com sildenafil (50 mg) em voluntários saudáveis.
O sumo de toranja é um inibidor fraco do metabolismo intestinal da CYP3A4 e poderá
originar ligeiros aumentos nos níveis plasmáticos de sildenafil.
Doses únicas de antiácidos (hidróxido de magnésio/hidróxido de alumínio) não
afetaram a biodisponibilidade do sildenafil.
Apesar de não se terem realizado estudos específicos de interação para todos os
medicamentos, a análise farmacocinética populacional não evidenciou qualquer efeito
sobre a farmacocinética do sildenafil em resultado da terapêutica concomitante com
inibidores da CYP2C9 (tais como tolbutamida, varfarina, fenitoína), inibidores da
CYP2D6
(tais
como
inibidores
seletivos
recaptação
serotonina,
antidepressivos tricíclicos), tiazidas e diuréticos relacionados, diuréticos da ansa e
poupadores
potássio,
inibidores
enzima
conversão
angiotensina,
bloqueadores dos canais de cálcio, antagonistas β-adrenérgicos ou indutores do
metabolismo associado à CYP450 (tais como rifampicina, barbitúricos). Num estudo
realizado em voluntários saudáveis do sexo masculino, a administração concomitante
do antagonista da endotelina, bosentano (um indutor [moderado] do CYP3A4,
CYP2C9 e possivelmente do CYP2C19) no estado estacionário (125mg duas vezes ao
dia), com sildenafil no estado estacionário (80 mg três vezes ao dia), resultou numa
redução de 62,6% e 55,4% na AUC e na Cmax do sildenafil, respetivamente. Assim,
a administração concomitante de indutores potentes do CYP3A4, tais como a
rifampicina,
deverá
causar
diminuições
mais
acentuadas
concentrações
plasmática de sildenafil.
O nicorandil é um composto híbrido que atua comoativador dos canais de potássio e
um nitrato. Devido ao seu componente nitrato, este fármaco tem o potencial de
provocar uma interação grave com o sildenafil.
Efeitos do sildenafil sobre outros medicamentos
Estudos in vitro:
O sildenafil é um fraco inibidor das formas isomórficas do citocromo P450, 1A2, 2C9,
2C19, 2D6, 2E1 e 3A4 (CI50 >150 µM). Dadas as concentrações plasmáticas
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máximas do sildenafil de aproximadamente 1 µM após as doses recomendadas, não
provável
Sildenafil
Labesfal
altere
depuração
substratos
destas
isoenzimas.
Não existem dados relativos à interação do sildenafil e os inibidores não específicos
das fosfodiesterases, tais como, a teofilina ou o dipiridamol.
Estudos in vivo:
Em conformidade com os seus efeitos conhecidos sobre as vias do óxido nítrico e do
GMPc (ver secção 5.1), o sildenafil demonstrou potenciar os efeitos hipotensores dos
nitratos. Por conseguinte, a coadministração de sildenafil com dadores de óxido
nítrico ou quaisquer formas de nitratos está contraindicada (ver secção 4.3).
Riociguat: Estudos pré-clínicos mostraram um efeito hipotensor sistémico aditivo
com a administração concomitante de inibidores da PDE5 e riociguat. Em estudos
clínicos, riociguat demonstrou aumentar os efeitos hipotensores dos inibidores da
PDE5. Não houve evidência de um efeito clínico favorável com a administração
concomitante na população estudada. A administração concomitante de riociguat e
inibidores da PDE5, incluindo sildenafil, está contraindicada (ver secção 4.3).
A administração concomitante de sildenafil a doentes sob terapêutica com um
bloqueador
alfa
pode
causar
situações
hipotensão
sintomática
alguns
indivíduos que sejam suscetíveis. Esta situação tem uma maior probabilidade de
ocorrer dentro de um período de 4 horas após a administração de sildenafil (ver
secções 4.2 e 4.4). Em três estudos de interação entre fármacos específicos, o
bloqueador alfa, doxazosina (4 mg e 8 mg), e o sildenafil (25 mg, 50 mg ou 100 mg)
foram
administrados
simultaneamente
doentes
hiperplasia
benigna
próstata (HBP) estável, sob terapêutica com doxazosina. Nestas populações em
estudo, observaram-se reduções adicionais médias da pressão arterial em supino de
7/7 mmHg, 9/5 mmHg e 8/4 mmHg, e reduções adicionais médias de pressão
arterial
posição
ortostática
mmHg,
11/4
mmHg
mmHg,
respetivamente.
Quando
sildenafil
doxazosina
foram
administrados
simultâneo a doentes em situação estável sob terapêutica com doxazosina, os
relatos de hipotensão postural sintomática foram pouco frequentes. Estes relatos
incluíram tonturas e sensação de atordoamento, mas não incluíram síncope.
Não foram evidenciadas interações significativas quando o sildenafil (50 mg) foi
coadministrado
tolbutamida
(250
varfarina
mg),
ambas
metabolizadas pela CYP2C9.
O sildenafil (50 mg) não potenciou o aumento no tempo de hemorragia provocado
pelo ácido acetilsalicílico (150 mg).
O sildenafil (50 mg) não potenciou o efeito hipotensor do álcool em voluntários
saudáveis com uma média de alcoolémia máxima de 80 mg/dl.
análise
dados
seguintes
terapêuticas
anti-hipertensivas:
diuréticos,
bloqueadores beta, IECA, antagonistas da angiotensina II, medicamentos anti-
hipertensores
(vasodilatadores
ação
central),
bloqueadores
neuronais
adrenérgicos, bloqueadores dos canais de cálcio e bloqueadores dos recetores alfa-
adrenérgicos, demonstrou não haver diferenças no perfil de efeitos secundários em
doentes
medicados
sildenafil
quando
comparado
tratamento
APROVADO EM
08-06-2018
INFARMED
placebo. Num estudo de interação específica, em que o sildenafil (100 mg) foi
coadministrado com amlodipina em doentes hipertensos, verificou-se uma redução
adicional sobre a pressão arterial sistólica em supino de 8 mmHg. A redução
adicional correspondente da pressão arterial diastólica em supino foi de 7 mmHg.
Estas reduções adicionais da pressão arterial foram de uma magnitude semelhante à
verificada quando o sildenafil foi administrado isoladamente a voluntários saudáveis
(ver secção 5.1).
O sildenafil (100 mg) não influenciou a farmacocinética no estado estacionário do
saquinavir e ritonavir, inibidores das proteases do VIH, os quais são ambos
substratos da CYP3A4.
Em voluntários saudáveis do sexo masculino, o sildenafil no estado estacionário (80
mg três vezes ao dia), resultou num aumento de 49,8% na AUC e 42% na Cmax do
bosentano (125 mg duas vezes ao dia).
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Sildenafil Labesfal não está indicado para utilização pela mulher.
Não estão disponíveis estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas
ou a amamentar.
Não foram observados efeitos adversos relevantes nos estudos de reprodução
realizados em ratos e coelhos após a administração oral de sildenafil.
Não foram observados efeitos na motilidade ou morfologia do esperma após a
administração de doses únicas de 100 mg de sildenafil por via oral em voluntários
saudáveis (ver secção 5.1).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Atendendo a que foram descritas tonturas e perturbações da visão em ensaios
clínicos efetuados com o sildenafil, os doentes devem ter conhecimento de como
reagem ao Sildenafil Labesfal antes de conduzirem ou utilizarem máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
O perfil de segurança de Sildenafil Labesfal é baseado nos 9570 doentes em 74
estudos clínicos em dupla ocultação controlados com placebo. As reações adversas
mais frequentemente notificadas nos estudos clínicos, entre os doentes tratados com
sildenafil foram cefaleias, rubor, dispepsia, congestão nasal, tonturas, náuseas,
afrontamentos, perturbação visual, cianopsia e visão turva.
Foram recolhidas reações adversas da vigilância pós-comercialização abrangendo um
período estimado superior a 10 anos. Pelo facto de não serem notificadas todas as
reações adversas ao Titular de Autorização de Introdução no Mercado e não serem
incluídas na base de dados de segurança, as frequências destas reações não podem
ser determinadas com segurança.
APROVADO EM
08-06-2018
INFARMED
Lista tabelar das reações adversas
Na tabela abaixo mencionada estão listadas todas as reações adversas clinicamente
relevantes, que ocorreram em ensaios clínicos com uma incidência superior ao
placebo, pelo sistema de classe de órgãos e frequência (muito frequentes (≥1/10),
frequentes
(≥1/100
<1/10),
pouco
frequentes
(≥1/1000
<1/100),
raros
(≥1/10000 e <1/1000).
Dentro de cada grupo de frequências, os efeitos secundários são apresentados por
ordem decrescente de gravidade.
Tabela 1: Reações adversas clinicamente relevantes notificadas com uma incidência
superior ao placebo em estudos clínicos controlados e reações adversas clinicamente
relevantes notificadas através da vigilância pós-comercialização
Classe
sistema
de órgãos
Muito
frequentes
(1/10)
Frequentes
(1/100 e
<1/10)
Pouco frequentes
(1/1.000 e
<1/100)
Raros
(1/10.000
<1/1.000)
Infeções
infestações
Rinite
Doenças do sistema
imunitário
Hipersensibilidade
Doenças do sistema
nervoso
Cefaleia
Tonturas
Sonolência,
hipoestesia
Acidente
cerebrovascular,
acidente
isquémico
transitório,
convulsão*,
recorrência de
convulsões*, síncope
APROVADO EM
08-06-2018
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Afeções oculares
Alteração
visual
cor**
perturbação
visual,
visão
turva,
Alterações
lacrimais***,
ocular,
fotofobia,
fotopsia, hiperemia
ocular,
nitidez
visual,
conjuntivite,
Neuropatia
ótica
isquémica
anterior
não
artrítica
(NAION)*,
oclusão
vascular
retina*,
hemorragia retiniana,
retinopatia
arteriosclerótica,
anomalia
retina,
glaucoma, defeito do
campo
visual,
diplopia,
acuidade
visual
diminuída,
miopia,
astenopia,
moscas
volantes,
alteração
íris,
midríase,
visão
halo, edema do olho,
tumefação
ocular,
alteração da visão,
hiperemia
conjuntival,
irritação
ocular,
sensação
anormal
olho,
edema
palpebral, alteração
da cor da esclerótica,
Afeções do ouvido e
do labirinto
Vertigens, acufenos Surdez
Classe de sistema
Muito
Frequentes
Pouco frequentes
Raros (≥1/10.000 e
frequentes
(≥1/100 e
(≥1/1.000 e
de órgãos
(≥1/10)
<1/10)
<1/100)
<1/1.000)
Cardiopatias
Taquicardia,
Palpitações,
Morte
súbita*,
enfarte do miocárdio,
arritmia
ventricular*,
fibrilhação auricular,
angina instável
Vasculopatias
Rubor,
afrontamento
Hipertensão,
hipotensão
Doenças
respiratórias,
torácicas
mediastino
Congestão nasal Epistaxe, congestão
sinusal
Aperto da garganta,
edema nasal, secura
nasal
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INFARMED
Doenças
gastrointestinais
Náuseas,
dispepsia
Doença
refluxo
gastroesofágico,
vómito,
abdominal
alta,
xerostomia
Hipoestesia oral
Afeções dos tecidos
cutâneos
subcutâneos
Erupção cutânea
Síndrome
Stevens-Johnson
(SJS)*,
necrólise
epidérmica
tóxica
(TEN)*
Afeções
musculosqueléticas
tecidos
conjuntivos
Mialgia,
dores
extremidades
Doenças
renais
urinárias
Hematúria
Doenças dos órgãos
genitais e da mama
Priapismo*,
ereção
aumentada,
hematospermia,
hemorragia do pénis
Perturbações gerais
alterações
local
administração
torácica,
fadiga, sensação de
calor
Irritabilidade
Exames
complementares de
diagnóstico
Frequência cardíaca
aumentada
* Notificado apenas durante a vigilância pós-comercialização.
**Alterações visuais da cor: cloropsia, cromatopsia, cianopsia, eritropsia e xantopsia
*** Alterações lacrimais: olho seco, alteração lacrimal, hipersecreção lacrimal
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas através dos contactos abaixo.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
APROVADO EM
08-06-2018
INFARMED
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Em estudos realizados em voluntários, utilizando doses únicas até 800 mg, as
reações adversas foram semelhantes às verificadas com doses inferiores, no entanto,
as taxas de incidência e gravidade foram superiores. A administração de doses de
200 mg não resultou num aumento de eficácia, mas verificou-se um aumento na
incidência das reações adversas (cefaleias, rubores, tonturas, dispepsia, congestão
nasal, perturbações da visão).
Em casos de sobredosagem deverão ser adotadas as necessárias medidas de suporte
padronizadas.
Não é provável que a diálise renal acelere a depuração dado que o sildenafil se liga
fortemente às proteínas plasmáticas e não é eliminado pela urina.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
Aparelho
geniturinário.Medicamentos
usados
disfunção erétil. Código ATC: G04B E03
Mecanismo de ação
O sildenafil é uma terapêutica oral para a disfunção erétil. Em circunstâncias
normais, isto é, com estimulação sexual, restabelece a função erétil através do
aumento do fluxo sanguíneo no pénis.
O mecanismo fisiológico responsável pela ereção do pénis envolve a libertação de
óxido nítrico (NO) nos corpos cavernosos durante a estimulação sexual. O óxido
nítrico ativa a enzima guanilato ciclase, a qual induz um aumento dos níveis de
monofosfato
guanosina
cíclico
(GMPc),
provocando
relaxamento
musculatura lisa dos corpos cavernosos, que permite o afluxo de sangue.
O sildenafil é um inibidor potente e seletivo da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5)
específica do GMPc nos corpos cavernosos, onde a PDE5 é responsável pela
degradação do GMPc. O sildenafil possui um mecanismo de ação periférico na
ereção. O sildenafil não exerce efeito relaxante direto sobre os corpos cavernosos
isolados, mas aumenta acentuadamente o efeito relaxante do NO sobre estes
tecidos. Quando é ativada a via NO/GMPc, o que ocorre com a estimulação sexual, a
inibição da PDE5 pelo sildenafil resulta num aumento dos níveis de GMPc nos corpos
cavernosos.
Consequentemente, é necessária a estimulação sexual para que o sildenafil produza
os seus efeitos farmacológicos benéficos esperados.
Efeitos farmacodinâmicos
Estudos in vitro demonstraram que o sildenafil é seletivo para a PDE5, que está
envolvida no processo de ereção. O seu efeito é mais potente sobre a PDE5 do que
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sobre outras fosfodiesterases conhecidas. Existe uma seletividade 10 vezes superior
à observada para a PDE6, a qual está envolvida na via de fototransdução na retina.
Administrado nas doses máximas recomendadas, existe uma seletividade 80 vezes
superior, para a PDE5, comparativamente com a observada para a PDE1, e acima de
700 vezes comparativamente com a PDE2, 3, 4, 7, 8, 9, 10 e 11. Em particular, o
sildenafil, tem uma selectividade para a PDE5 superior em mais de 4000 vezes à
observada para a PDE3, a fosfodiesterase isomórfica específica do AMPc envolvida no
controlo da contractilidade cardíaca.
Eficácia e segurança clínicas
Dois ensaios clínicos foram especificamente concebidos para determinar o intervalo
de tempo durante o qual, após administração de sildenafil, pode ocorrer uma ereção
em resposta à estimulação sexual.
Num estudo de pletismografia do pénis (RigiScan) com doentes em jejum, o tempo
médio para início da ação naqueles que obtiveram ereções com 60% de rigidez
(suficiente para relações sexuais) com sildenafil, foi de 25 minutos (intervalo de 12-
37 minutos). Num estudo “RigiScan” separado, o sildenafil foi ainda capaz de
produzir
ereção
resposta
estimulação
sexual,
horas
após
administração da dose.
O sildenafil provoca diminuições ligeiras e transitórias da pressão arterial que, na
maioria dos casos, não se traduzem em efeitos clínicos. A média da descida máxima
da pressão arterial sistólica em supino, após a administração oral de uma dose de
100 mg de sildenafil, foi de 8,4 mmHg. A alteração correspondente na pressão
arterial diastólica em supino foi de 5,5 mmHg. Estas diminuições da pressão arterial
são consistentes com os efeitos vasodilatadores do sildenafil, provavelmente devido
aumento
níveis
GMPc
músculo
liso
vasos
sanguíneos.
administração de doses orais únicas de sildenafil até 100 mg a voluntários saudáveis
não produziu efeitos clinicamente significativos no ECG.
Num estudo sobre os efeitos hemodinâmicos de uma dose oral única de 100mg de
sildenafil em 14 doentes com doença coronária grave (CAD) (>70% de estenose de,
pelo menos, uma artéria coronária), as pressões sistólica e diastólica médias em
repouso tiveram um decréscimo de 7% e de 6% respetivamente, comparativamente
aos valores de referência. A pressão sistólica pulmonar média sofreu um decréscimo
de 9%. O sildenafil não teve efeitos sobre o débito cardíaco, e não diminuiu o fluxo
sanguíneo através das artérias coronárias estenosadas.
Um ensaio, me dupla ocultação, controlado por placebo, avaliou 144 doentes com
disfunção erétil e com angina crónica estável, que tomavam regularmente medicação
antianginosa (com exceção de nitratos) e que foram submetidos a exercício físico até
ao aparecimento de angina. Os resultados demonstraram a ausência de diferenças
clinicamente significativas entre o sildenafil e o placebo no tempo até ao início da
angina limitante.
Em alguns doentes, foram detetadas alterações ligeiras e transitórias na distinção
das cores (azul/verde), utilizando o teste de coloração de Farnsworth-Munsell 100,
uma hora após a administração de uma dose de 100 mg, sem efeitos evidentes 2
horas após a administração. O mecanismo aceite para esta alteração na distinção
das cores está relacionado com a inibição da PDE6, que está envolvida na cascata de
fototransdução da retina. O sildenafil não exerce efeitos sobre a acuidade visual ou
sensibilidade ao contraste. Num estudo de pequena dimensão, controlado com
APROVADO EM
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placebo, em doentes com degeneração macular relacionada com a idade comprovada
precocemente (n=9), o sildenafil (dose única, 100mg) demonstrou não causar
alterações significativas nos testes visuais conduzidos (acuidade visual, grelha de
Amsler, discriminação das cores numa simulação de luzes de trânsito, perímetro de
Humphrey e fotostresse).
Não
verificou
qualquer
efeito
sobre
mobilidade
morfologia
espermatozoides após a administração de doses únicas de 100 mg de sildenafil, por
via oral, a voluntários saudáveis.
Outras informações relativas aos ensaios clínicos
Em ensaios clínicos, o sildenafil foi administrado a mais de 8000 doentes com idades
compreendidas
entre
19-87
anos.
Encontravam-se
representados
seguintes
grupos:
idosos
(19,9%),
doentes
hipertensão
(30,9%),
diabetes
mellitus
(20,3%), doença cardíaca isquémica (5,8%), hiperlipidemia (19,8%), lesão da
espinal-medula
(0,6%),
depressão
(5,2%),
ressecção
transuretral
próstata
(3,7%), prostatectomia radical (3,3%). Não se encontravam bem representados ou
foram excluídos dos ensaios clínicos os seguintes grupos: doentes submetidos a
cirurgia
pélvica,
doentes
pós-radioterapia,
doentes
insuficiência
renal
hepática grave e doentes com determinadas condições cardiovasculares (ver Secção
4.3).
Em estudos de dose fixa, a proporção de doentes que referiram que o tratamento
melhorou a ereção foi de 62% (25 mg), 74% (50 mg) e 82% (100 mg) em
comparação com 25% para o placebo. Em ensaios clínicos controlados, a taxa de
descontinuação devida ao sildenafil foi baixa e semelhante ao placebo.
Ao longo de todos os ensaios, as percentagens de doentes que relataram melhorias
com o sildenafil foram as seguintes: disfunção erétil psicogénica (84%), disfunção
erétil mista (77%), disfunção erétil orgânica (68%), idosos (67%), diabetes mellitus
(59%),
doença
cardíaca
isquémica
(69%),
hipertensão
(68%),
TURP
(61%),
prostatectomia radical (43%), lesão da espinal-medula (83%), depressão (75%). A
segurança e eficácia do sildenafil foi mantida em estudos a longo termo.
População pediátrica
A Agência Europeia de Medicamentos dispensou a obrigação de apresentação dos
resultados dos estudos com Sildenafil Labesfal em todos os subgrupos da população
pediátrica, para o tratamento da disfunção erétil. Ver secção 4.2 para informação
sobre utilização pediátrica.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção:
Sildenafil
rapidamente
absorvido.
concentrações
plasmáticas
máximas
observadas são atingidas entre 30 a 120 minutos (mediana de 60 minutos) após
uma dose oral, quando em jejum. A biodisponibilidade oral média absoluta é de 41%
(entre
25-63%).
Após
administração
oral
sildenafil
Cmax
aumentaram
proporção
dose
administrada
intervalo
doses
recomendadas (25-100 mg).
Quando o sildenafil é administrado juntamente com alimentos, a taxa de absorção é
reduzida, verificando-se um atraso médio de 60 minutos no tmax e uma redução
média de 29% na Cmax.
APROVADO EM
08-06-2018
INFARMED
Distribuição:
O volume de distribuição médio no estado estacionário (Vss) para o sildenafil é de
105 l, demonstrando a sua distribuição nos tecidos. Após a administração de uma
dose oral única de 100 mg, a média da concentração plasmática total máxima do
sildenafil é de aproximadamente 440 ng/ml (CV 40%). Atendendo a que o sildenafil
(e o seu principal metabolito N-desmetil), apresenta uma ligação às proteínas
plasmáticas de 96%, a média da concentração plasmática máxima de fármaco na
forma livre é de 18 ng/ml (38 nM). A ligação às proteínas é independente das
concentrações totais do fármaco.
Em voluntários saudáveis medicados com sildenafil (100 mg em dose única) menos
de 0,0002% (média 188 ng) da dose administrada estava presente no esperma
recolhido 90 minutos após administração do fármaco.
BiotransformaçãoO
sildenafil
depurado
predominantemente
pelas
isoenzimas
microssomais hepáticas CYP3A4 (via principal) e CYP2C9 (via menor). O principal
metabolito em circulação resulta da N-desmetilação do sildenafil. Este metabolito
tem um perfil de seletividade para as fosfodiesterases semelhante ao sildenafil e
apresenta uma afinidade in vitro para a PDE5 de aproximadamente 50% da
verificada para o fármaco inalterado. As concentrações plasmáticas deste metabolito
são de aproximadamente 40% das verificadas para o sildenafil. O metabolito N-
desmetil
metabolizado
posteriormente,
tendo
semivida
terminal
aproximadamente 4 h.
Eliminação:
A depuração corporal total de sildenafil é de 41 l/h com uma semivida terminal de 3-
5 horas. Após administração por via oral ou via intravenosa, o sildenafil é excretado,
sob a forma de metabolitos, predominantemente nas fezes (aproximadamente 80%
da dose oral administrada) e em menor quantidade na urina (aproximadamente 13%
da dose oral administrada).
Farmacocinética em grupos especiais de doentes
Idosos:
Em voluntários idosos saudáveis (com idade igual ou superior a 65 anos) verificou-se
uma redução na depuração do sildenafil, que resultou em concentrações plasmáticas
superiores de sildenafil e do metabolito ativo N-desmetil, em aproximadamente 90%
às observadas nos voluntários saudáveis mais jovens (18-45 anos). Devido a
diferenças
ligação
proteínas
plasmáticas
relacionadas
idade,
correspondente aumento das concentrações plasmáticas de sildenafil na forma livre
foi de aproximadamente 40%.
Insuficiência renal:
voluntários
insuficiência
renal
ligeira
moderada
(depuração
creatinina=30-80 ml/min), a farmacocinética do sildenafil não foi alterada após a
administração de uma dose oral única de 50 mg.
A AUC média e a Cmax do metabolito N-desmetil aumentaram 126% e 73%,
respetivamente, em comparação com voluntários de idade semelhante mas sem
insuficiência renal. No entanto, devido à elevada variabilidade interindividual, estas
diferenças
não
foram
estatisticamente
significativas.
voluntários
insuficiência renal grave (depuração da creatinina <30 ml/min), a depuração do
sildenafil foi reduzida verificando-se um aumento da AUC e da Cmax de 100% e 88%
respetivamente, em comparação com voluntários de idade semelhante mas sem
APROVADO EM
08-06-2018
INFARMED
insuficiência renal. Além disso, os valores da AUC e Cmax do metabolito N-desmetil
aumentaram significativamente 79% e 200%, respetivamente.
Insuficiência hepática:
Em voluntários com cirrose hepática ligeira a moderada (A e B de Child-Pugh) a
depuração do sildenafil sofreu uma redução, resultando num aumento da AUC (84%)
e da Cmax (47%), em comparação com indivíduos da mesma idade mas sem
insuficiência hepática. A farmacocinética do sildenafil em doentes com insuficiência
hepática grave não foi estudada.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não-clínicos não revelaram riscos especiais para o ser humano tendo como
base
estudos
convencionais
farmacologia
segurança,
toxicidade
administrações repetidas, genotoxicidade, potencial carcinogénico e toxicidade para
a reprodução e desenvolvimento.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo do comprimido:
Celulose microcristalina
Croscarmelose sódica
Hidrogenofosfato de cálcio anidro
Hipromelose 3 cps
Fumarato sódico de estearilo
Revestimento por película:
Hipromelose 2910 (6 cps)
Dióxido de titânio (E171)
Triacetina
Laca de alumínio de indigotina
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
2 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de Alu-PVC/PVDC em embalagens de 1, 2, 4, 8 ou 12 comprimidos
revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
APROVADO EM
08-06-2018
INFARMED
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Generis Farmacêutica, S.A.
Rua João de Deus, 19
2700-487 Amadora
Portugal
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Sildenafil Labesfal 25 mg comprimido revestido por película
Nº de registo: 5384037 - 1 comprimido revestido por película, 25 mg, blister de Alu-
PVC/PVDC
Nº de registo: 5384029 - 2 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister de
Alu-PVC/PVDC
Nº de registo: 5384011 - 4 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister de
Alu-PVC/PVDC
Nº de registo: 5384003 - 8 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister de
Alu-PVC/PVDC
Nº de registo: 5383971 - 12 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister de
Alu-PVC/PVDC
Sildenafil Labesfal 50 mg comprimido revestido por película
Nº de registo: 5384102 - 1 comprimido revestido por película, 25 mg, blister de Alu-
PVC/PVDC
Nº de registo: 5384078 - 2 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister de
Alu-PVC/PVDC
Nº de registo: 5384060 - 4 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister de
Alu-PVC/PVDC
Nº de registo: 5384052 - 8 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister de
Alu-PVC/PVDC
Nº de registo: 5384045 - 12 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister de
Alu-PVC/PVDC
Sildenafil Labesfal 100 mg comprimido revestido por película
Nº de registo: 5384151 - 1 comprimido revestido por película, 25 mg, blister de Alu-
PVC/PVDC
Nº de registo: 5384144 - 2 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister de
Alu-PVC/PVDC
Nº de registo: 5384136 - 4 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister de
Alu-PVC/PVDC
Nº de registo: 5384128 - 8 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister de
Alu-PVC/PVDC
Nº de registo: 5384110 - 12 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister de
Alu-PVC/PVDC
APROVADO EM
08-06-2018
INFARMED
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO / RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 28 de abril de 2011
Data da última renovação: 31 de março de 2017
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO