Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
05-12-2013
05-12-2013
APROVADO EM
05-12-2013
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Sildenafil Baldacci 50 mg comprimidos para mastigar
Sildenafil
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento,
pois contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
O que contém este folheto:
1. O que é Sildenafil Baldacci e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Sildenafil Baldacci
3. Como tomar Sildenafil Baldacci
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Sildenafil Baldacci
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Sildenafil Baldacci e para que é utilizado
Sildenafil Baldacci pertence a um grupo de medicamentos designado por inibidores
da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5). Este medicamento atua por relaxamento dos vasos
sanguíneos
pénis,
permitindo
afluxo
sangue
para
pénis,
quando
sexualmente estimulado. Sildenafil Baldacci só o ajudará a obter uma ereção se for
sexualmente estimulado. Não deve tomar Sildenafil Baldacci se não tiver disfunção
eréctil. Não deve tomar Sildenafil Baldacci se for mulher.
Sildenafil Baldacci é um tratamento para os homens com disfunção eréctil, mais
vulgarmente conhecida por impotência. Isto é, quando um homem não consegue
obter, ou manter, uma rigidez do pénis em ereção, adequada à atividade sexual.
2. O que precisa de saber antes de tomar Sildenafil Baldacci
Não tome Sildenafil Baldacci:
- Se está a tomar medicamentos designados por nitratos, pois a combinação poderá
causar uma diminuição potencialmente perigosa da sua pressão arterial. Informe o
seu médico se está a tomar algum destes medicamentos, que são normalmente
utilizados para o alívio da angina de peito (ou "dor no peito"). Se tem dúvidas,
informe-se junto do seu médico ou farmacêutico.
- Se está a utilizar algum dos medicamentos conhecidos como dadores de óxido
nítrico, tal como o nitrito de amilo ("poppers"), pois a combinação poderá levar a
uma diminuição potencialmente perigosa na sua pressão arterial.
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- Se tem alergia ao sildenafil ou a qualquer outro componente deste medicamento
(indicados na secção 6).
- Se tem problemas cardíacos ou hepáticos graves.
- Se teve um acidente vascular cerebral ou um enfarte do miocárdio recentemente,
pressão arterial baixa.
determinadas
doenças
oculares
hereditárias
(tal
como,
retinite
pigmentosa).
- Se alguma vez teve perda de visão devido a neuropatia ótica isquémica anterior
não arterítica
(NAION).
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Sildenafil Baldacci:
Se tem anemia falciforme (uma anomalia nos glóbulos vermelhos), leucemia (cancro
das células do sangue), mieloma múltiplo (cancro da medula óssea).
Se tem deformação do pénis ou doença de Peyronie's.
problemas
cardíacos.
Neste
caso,
médico
deve
avaliar
cuidadosamente se o seu coração suporta o esforço adicional associado a uma
relação sexual.
- Se tem atualmente uma úlcera do estômago ou um problema hemorrágico (tal
como
hemofilia).
- Se teve diminuição ou perda da visão súbita, pare de tomar Sildenafil Baldacci e
contacte imediatamente o seu médico.
Não
deve
utilizar
Sildenafil
Baldacci
simultâneo
quaisquer
outros
tratamentos orais ou locais para a disfunção eréctil.
Crianças e adolescentes
Sildenafil Baldacci não deve ser administrado a indivíduos com idade inferior a 18
anos.
Cuidados especiais a ter em doentes com problemas renais ou hepáticos
Deve informar o seu médico se tem problemas renais ou hepáticos. O seu médico
pode prescrever-lhe uma dose mais baixa.
Outros medicamentos e Sildenafil Baldacci
Informe
médico
farmacêutico
estiver
tomar,
tiver
tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Sildenafil Baldacci pode interferir com alguns medicamentos, em especial com os
utilizados para tratamento da "dor no peito". Em caso de urgência médica, deve
informar qualquer profissional de saúde que o esteja a tratar, que está a tomar
Sildenafil
Baldacci
quando
fez.
Não
tome
Sildenafil
Baldacci
outros
medicamentos exceto se o seu médico lhe disser que o pode fazer.
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Não deve tomar Sildenafil Baldacci caso esteja a tomar medicamentos designados de
nitratos, pois a combinação destes medicamentos pode causar uma diminuição
potencialmente perigosa na sua pressão arterial. Informe sempre o seu médico ou
farmacêutico se estiver a tomar algum destes medicamentos, que são normalmente
utilizados para o alívio da angina de peito (ou "dor no peito").
Não deve tomar Sildenafil Baldacci se está a utilizar algum dos medicamentos
conhecidos como dadores de óxido nítrico, tal como o nitrito de amilo ("poppers"),
pois a combinação poderá também levar a uma diminuição potencialmente perigosa
na sua pressão arterial.
Se está a tomar medicamentos conhecidos como inibidores das proteases, tais como
para o tratamento do VIH, o seu médico poderá pretender que inicie o tratamento
com a dose mais baixa de Sildenafil Baldacci comprimido para mastigar (25 mg).
Alguns doentes que estejam a tomar bloqueadores alfa para o tratamento da pressão
arterial elevada ou para o aumento do tamanho da próstata, poderão sentir tonturas
ou terem sensação de desmaio, que poderão ser causados pela pressão arterial baixa
quando o indivíduo se senta ou se levanta rapidamente. Alguns doentes tiveram
estes sintomas quando tomaram Sildenafil Baldacci com bloqueadores alfa. É mais
provável que estas situações ocorram dentro de um período de 4 horas após tomar
Sildenafil Baldacci. Para reduzir a possível ocorrência destes sintomas, deverá estar a
tomar uma dose diária regular do seu bloqueador alfa antes de iniciar o tratamento
com Sildenafil Baldacci. No início do tratamento, o seu médico poderá prescrever-lhe
a dose mais baixa de Sildenafil Baldacci comprimido para mastigar (25 mg).
Sildenafil Baldacci com alimentos, bebidas e álcool
Sildenafil Baldacci pode ser tomado com ou sem alimentos. No entanto, pode achar
que Sildenafil Baldacci pode demorar mais tempo a atuar se o tomar com uma
refeição mais pesada.
A ingestão de bebidas alcoólicas pode impedir temporariamente a capacidade de
obter uma ereção. Para obter o máximo benefício do medicamento, é aconselhado a
não
ingerir
grandes
quantidades
bebidas
alcoólicas
antes
tomar
Sildenafil
Baldacci.
Gravidez e amamentação
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Sildenafil Baldacci não é indicado para utilização por mulheres.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Sildenafil Baldacci pode provocar tonturas e afetar a visão. Deve estar consciente de
como reage ao Sildenafil Baldacci antes de conduzir ou utilizar máquinas.
Sildenafil Baldacci contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem
intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
Sildenafil Baldacci contém aspartamo (E951). Sildenafil Baldacci contém uma fonte
de fenilalanina. Pode ser prejudicial em indivíduos com fenilcetonúria.
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3. Como tomar Sildenafil Baldacci
Tome
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Não deve utilizar Sildenafil Baldacci mais do que uma vez ao dia.
Deve tomar Sildenafil Baldacci cerca de uma hora antes da hora planeada para a
atividade sexual. O comprimido deverá ser mastigado e depois engolido.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver a impressão de que Sildenafil
Baldacci é demasiado forte ou demasiado fraco.
Sildenafil Baldacci apenas o ajudará a obter uma ereção se for sexualmente
estimulado. O período de tempo que o Sildenafil Baldacci demora a atuar varia de
pessoa para pessoa, mas, normalmente, esse período varia entre meia hora e uma
hora. Poderá verificar que o Sildenafil Baldacci demora mais tempo a atuar se for
tomado com uma refeição substancial.
Se o Sildenafil Baldacci não o ajudar a ter ereção ou se a ereção não durar o
suficiente para completar a relação sexual, deverá informar o seu médico.
Utilização em crianças e adolescentes
Sildenafil Baldacci não deve ser administrado a indivíduos com idade inferior a 18
anos.
Se tomar mais Sildenafil Baldacci do que deveria
Poderá experimentar um aumento dos efeitos secundários e da sua gravidade. Doses
superiores a 100 mg não aumentam a eficácia.
Não deve tomar mais comprimidos do que aqueles que o seu médico lhe indicou.
Se tomar mais comprimidos do que deveria, contacte o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestam em todas as pessoas. Estes efeitos secundários
comunicados associados com o uso de Sildenafil Baldacci são habitualmente ligeiros
a moderados e de curta duração.
Se tiver dores no peito durante ou após o ato sexual:
Coloque-se numa posição semissentada e tente relaxar.
Não utilize nitratos para tratar a sua dor no peito.
Fale com o seu médico imediatamente.
Todos
medicamentos
incluindo
Sildenafil
Baldacci
poderão
causar
reações
alérgicas. Deve informar o seu médico imediatamente se estiver a sentir algum dos
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seguintes sintomas após tomar Sildenafil Baldacci: pieira súbita, dificuldade em
respirar ou tonturas, inchaço das pálpebras, face, lábios ou garganta.
Foram comunicadas ereções prolongadas e, por vezes, dolorosas, após a utilização
de Sildenafil Baldacci. Se tiver uma ereção que dure continuamente mais de 4 horas,
deve contactar um médico imediatamente.
Se sentir uma diminuição ou perda súbita de visão, pare de tomar Sildenafil Baldacci
e contacte o seu médico imediatamente.
Um efeito secundário muito frequente (que podem afetar mais de 1 pessoa em cada
10) é dor de cabeça.
Efeitos secundários frequentes (que podem afetar 1 a 10 pessoas em cada 100)
incluem: vermelhidão facial, indigestão, efeitos sobre a visão (incluindo visão com
traços coloridos, sensibilidade à luz, visão turva e acuidade visual reduzida), nariz
entupido e tonturas.
Efeitos secundários pouco frequentes (que podem afetar 1 a 10 pessoas em cada
1000) incluem: vómitos, erupção cutânea, hemorragia retiniana, irritação ocular,
olhos vermelhos, dor ocular, visão dupla, sensação de corpo estranho no olho,
batimentos cardíacos rápidos e irregulares, dor muscular, sonolência, sensação de
tato diminuída vertigem, zumbidos nos ouvidos, náuseas, boca seca, dor no peito e
sensação de cansaço.
Efeitos secundários raros (que podem afetar 1 a 10 pessoas em cada 10000)
incluem:
pressão
arterial
elevada,
pressão
arterial
baixa,
desmaios,
acidente
vascular cerebral, hemorragia nasal e diminuição ou perda súbita da audição.
Foram
comunicados
efeitos
secundários
adicionais
experiência
pós-
comercialização que incluem: forte batimento cardíaco, dor no peito, morte súbita,
ataque cardíaco ou diminuição temporária do afluxo de sangue a certas regiões do
cérebro. A maioria destes homens, mas não todos, já sofriam de problemas
cardíacos antes de tomarem este medicamento. Não é possível determinar se estes
acontecimentos tiveram uma relação direta com a administração de Sildenafil
Baldacci. Foram também comunicados casos de ataques ou convulsões e reações da
pele graves caracterizadas por erupção cutânea, bolhas, descamação da pele e dor
que requerem atenção médica imediata.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
5. Como conservar Sildenafil Baldacci
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
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Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Sildenafil Baldacci
- A substância ativa é o sildenafil. Cada comprimido para mastigar contém 50 mg de
sildenafil formado in situ a partir de 70,24 mg de citrato de sildenafil.
- Os outros componentes são: polacrilina potássica, estearato de magnésio, sílica
coloidal anidra, aspartamo, croscarmelose sódica, aroma de hortelã-pimenta, lactose
mono-hidratada e povidona K 30.
Qual o aspeto de Sildenafil Baldacci e conteúdo da embalagem
Os comprimidos revestidos por película de Sildenafil Baldacci 50 mg comprimido para
mastigar são comprimidos brancos, triangulares, biconvexos, com a gravação “50”
numa das faces.
Os comprimidos são fornecidos em embalagens "blister" de PVC/PCTFE-Alu contendo
1, 2, 4, 8 e 12 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Baldacci - Portugal, S.A.
Rua Cândido de Figueiredo, 84-B
1549-005 Lisboa
Portugal
Fabricante
Genepharm S.A.
18 km Marathon Avenue, 15351 Pallini Attikis
Grécia
Cemelog BRS Ltd
2040 Budaörs, Vasút u. 13
Hungria
Pharmadox Healthcare Ltd.
KW20A Kordin Industrial
Park, Paola, PLA 3000
Malta
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sildenafil Baldacci 50 mg comprimidos para mastigar
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido para mastigar de Sildenafil Baldacci 50 mg contém 50 mg de
sildenafil formado in situ a partir de 70,24 mg de citrato de sildenafil.
Excipiente(s) com efeito conhecido:
Cada comprimido contém 138,26 mg a 143,52 mg de lactose mono-hidratada.
Cada comprimido contém 4,3 mg de aspartamo.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido para mastigar.
Comprimidos brancos, triangulares, biconvexos, com a gravação “50” numa das
faces.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento de homens com disfunção eréctil, definida como a incapacidade para
obter ou manter uma ereção do pénis suficiente para um desempenho sexual
satisfatório.
Para que Sildenafil Baldacci seja eficaz é necessário que haja estimulação sexual.
Sildenafil Baldacci é indicado em adultos com idade superior a 18 anos.
4.2 Posologia e modo de administração
Via oral.
Posologia
Utilização em adultos
A dose recomendada é de 50 mg administrada aproximadamente uma hora antes da
atividade sexual. Com base na eficácia e tolerância, a dose pode ser aumentada para
100 mg ou diminuída para 25 mg. A dose máxima recomendada é de 100 mg. A
frequência máxima de administração é de uma vez ao dia. No caso de Sildenafil
Baldacci ser administrado com alimentos, o início da atividade pode ser atrasado em
comparação com o estado de jejum (ver secção 5.2).
Utilização em idosos
Não é necessário ajuste de dose em doentes idosos.
Utilização em doentes com insuficiência renal
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As doses recomendadas em "utilização em adultos" são adequadas para doentes com
insuficiência renal ligeira a moderada (depuração da creatinina = 30-80 ml/min).
Dado que a depuração do sildenafil está reduzida em doentes com insuficiência renal
grave (depuração da creatinina <30 ml/min) deve ser tida em consideração uma
dose de 25 mg. Com base na eficácia e tolerância, a dose pode ser aumentada para
50 mg e 100 mg.
Utilização em doentes com insuficiência hepática
Dado que a depuração do sildenafil está reduzida em doentes com insuficiência
hepática (e.g. cirrose) deve ser tida em consideração uma dose de 25 mg. Com base
na eficácia e tolerância, a dose pode ser aumentada para 50 mg e 100 mg.
População pediátrica
Sildenafil Baldacci é contraindicado em indivíduos com idade inferior a 18 anos.
Utilização em doentes a usar outros medicamentos
Com exceção do ritonavir, para o qual não é aconselhada a coadministração com
sildenafil (ver secção 4.4), uma dose inicial de 25 mg deve ser considerada em
doentes medicados concomitantemente com inibidores do CYP3A4 (ver secção 4.5).
Com o objetivo de diminuir o potencial desenvolvimento de hipotensão postural, os
doentes deverão estar sob terapêutica estável com bloqueadores alfa antes de
iniciarem
o tratamento com sildenafil. Adicionalmente,
deverá
considerar-se
utilização de uma dose de 25 mg de sildenafil no início do tratamento (ver secções
4.4 e 4.5).
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados
na secção 6.1.
Em conformidade com os efeitos conhecidos sobre a via do óxido nítrico/monofosfato
de guanosina cíclico (GMPc) (ver secção 5.1), foi demonstrado que o sildenafil
potencia o efeito hipotensor dos nitratos, estando, por conseguinte, contraindicada a
sua coadministração com dadores de óxido nítrico (tal como o nitrito de amilo) ou
quaisquer formas de nitratos.
Os agentes para o tratamento da disfunção eréctil, incluindo o sildenafil, não devem
ser utilizados em homens para os quais a atividade sexual esteja desaconselhada
(e.g. indivíduos com doenças cardiovasculares graves tais como angina instável ou
insuficiência cardíaca grave).
Sildenafil Baldacci está contraindicado em doentes que tenham perda de visão num
dos olhos devido a neuropatia ótica isquémica anterior não arterítica (NAION),
independentemente
este
acontecimento
esteve
não
relacionado
exposição prévia ao inibidor de PDE5 (ver secção 4.4).
A segurança do sildenafil não foi estudada nos subgrupos de doentes descritos de
seguida, pelo que está contraindicada a sua utilização: insuficiência hepática grave,
hipotensão (pressão arterial < 90/50 mmHg), história recente de acidente vascular
cerebral ou enfarte do miocárdio e perturbações hereditárias degenerativas da retina
tais
como
retinite
pigmentosa
(uma
minoria
destes
doentes
apresentam
perturbações genéticas das fosfodiesterases da retina).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Antes de se considerar o tratamento farmacológico como apropriado, deverão ser
elaborados uma história clínica e um exame físico para diagnóstico da disfunção
eréctil e determinação das potenciais causas subjacentes.
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Antes de iniciar qualquer tratamento para a disfunção eréctil, o médico deve
considerar a situação cardiovascular dos seus doentes, na medida em que existe um
risco cardíaco associado à atividade sexual. O sildenafil apresenta propriedades
vasodilatadoras, de que resultaram reduções ligeiras e transitórias na pressão
arterial
(ver
secção
5.1).
Antes
prescrever
sildenafil,
médicos
devem
considerar cuidadosamente se estes efeitos vasodilatadores, especialmente em
associação com atividade sexual, poderão afetar adversamente os seus doentes com
certas condições subjacentes. Os doentes com sensibilidade aumentada para os
vasodilatadores incluem aqueles com obstrução ao fluxo ventricular esquerdo (e.g.,
estenose aórtica, cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica), ou aqueles com o raro
síndrome de atrofia sistémica múltipla que se caracteriza por alterações graves do
controlo autónomo da pressão arterial.
Sildenafil Baldacci potencia o efeito hipotensor dos nitratos (ver secção 4.3).
No período de pós-comercialização, e em relação temporal com a administração do
sildenafil, foram descritos acontecimentos cardiovasculares graves, incluindo enfarte
miocárdio,
angina
instável,
morte
súbita
cardíaca,
arritmia
ventricular,
hemorragia
cerebrovascular,
acidente
isquémico
transitório,
hipertensão
hipotensão. A maioria destes doentes, mas não todos, apresentavam fatores de risco
cardiovasculares pré-existentes. Muitos dos acontecimentos foram descritos como
tendo ocorrido durante, ou pouco após, a relação sexual, tendo alguns ocorrido
pouco tempo após a utilização do sildenafil sem atividade sexual. Não é possível
determinar se estes acontecimentos se relacionam diretamente com estes, ou outros
fatores.
Os agentes para tratamento da disfunção eréctil, incluindo o sildenafil, deverão ser
usados com precaução em doentes com deformações anatómicas do pénis (tais
como, angulação, fibrose cavernosa ou doença de Peyronie), ou em doentes com
situações que possam predispor para o priapismo (tais como anemia falciforme,
mieloma múltiplo ou leucemia).
A segurança e a eficácia das associações de sildenafil com outros tratamentos para a
disfunção eréctil não têm sido estudadas. Assim, não é recomendada a utilização
destas associações.
Têm sido notificados defeitos visuais e casos de neuropatia ótica isquémica anterior
não arterítica relacionados com a toma de sildenafil e de outros inibidores da PDE5.
O doente deve ser avisado que, em caso de defeito visual súbito, deve parar de
tomar Sildenafil Baldacci e consultar imediatamente um médico (ver secção 4.3).
Não é aconselhada a coadministração de sildenafil e ritonavir (ver secção 4.5).
Aconselha-se precaução na associação de sildenafil a doentes sob terapêutica com
bloqueadores alfa, uma vez que a coadministração destes dois fármacos poderá
causar hipotensão sintomática em alguns indivíduos que sejam suscetíveis (ver
secção 4.5). Esta situação tem uma maior probabilidade de ocorrer dentro de um
período de 4 horas após a administração de sildenafil. Para diminuir o potencial
desenvolvimento
hipotensão
postural,
doentes
deverão
estar
hemodinamicamente estáveis no seu tratamento com o bloqueador alfa antes de
iniciarem o tratamento com sildenafil. Deverá considerar-se a utilização da dose de
25 mg de sildenafil no início do tratamento (ver secção 4.2). Adicionalmente, o
doente deverá ser informado sobre como proceder em caso de evidenciar sintomas
de hipotensão postural.
Estudos
plaquetas
humanas
indicam
sildenafil
potencia
efeito
antiagregante do nitroprussiato de sódio in vitro. Não existe informação relativa à
segurança da administração do sildenafil a doentes com distúrbios hemorrágicos ou
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úlcera péptica ativa. Por este motivo, sildenafil só deve ser administrado a estes
doentes após cuidadosa avaliação do risco-benefício.
Sildenafil Baldacci contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à galactose, deficiência de lactase ou malabsorção de glucose-galactose
não devem tomar este medicamento.
Sildenafil Baldacci contém aspartamo (E951). Sildenafil Baldacci contém uma fonte
de fenilalanina. Pode ser prejudicial em indivíduos com fenilcetonúria.
Sildenafil Baldacci 50 mg comprimido para mastigar não está indicado para utilização
em mulheres.
População pediátrica
Sildenafil Baldacci é contraindicado em indivíduos com idade inferior a 18 anos.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Efeitos de outros medicamentos sobre o sildenafil
Estudos in vitro
O metabolismo do sildenafil é principalmente mediado pelas formas isomórficas do
citocromo P450 (CYP), 3A4 (via principal) e 2C9 (via menor). Assim, os inibidores
destas isoenzimas poderão reduzir a depuração do sildenafil.
Estudos in vivo
A análise farmacocinética populacional dos ensaios clínicos mostrou uma redução da
depuração do sildenafil quando coadministrado com inibidores da CYP3A4 (tais como
o cetoconazol, eritromicina, cimetidina). Apesar de não ter sido observado qualquer
aumento na incidência dos efeitos adversos nestes doentes, quando o sildenafil é
administrado concomitantemente com inibidores da CYP3A4, deve considerar-se a
utilização de uma dose inicial de 25 mg.
A coadministração de ritonavir, inibidor das proteases do VIH e inibidor muito
potente do P450, no estado estacionário (500 mg duas vezes ao dia), com sildenafil
(100 mg em dose única), resultou num aumento de 300% (4 vezes mais) da Cmax e
de 1000% (11 vezes mais) da AUC plasmática do sildenafil. Os níveis plasmáticos do
sildenafil
após
horas
eram
ainda
aproximadamente
ng/ml,
comparação com aproximadamente 5 ng/ml, quando o sildenafil foi administrado
isoladamente. Tais
resultados
são consistentes
efeitos
acentuados
ritonavir sobre uma ampla gama de substratos do P450. O sildenafil não exerceu
qualquer efeito sobre a farmacocinética do ritonavir. Com base nestes resultados de
farmacocinética, a coadministração de sildenafil com ritonavir não é aconselhada
(ver secção 4.4) e em nenhuma circunstância a dose máxima de sildenafil deverá
exceder 25 mg num período de 48 horas.
A coadministração de saquinavir, inibidor das proteases do VIH e inibidor da CYP3A4,
no estado estacionário (1200 mg três vezes ao dia), com sildenafil (100 mg em dose
única), resultou num aumento de 140% na Cmax e de 210% na AUC do sildenafil. O
sildenafil não exerceu qualquer efeito sobre a farmacocinética do saquinavir (ver
secção 4.2). É de esperar que inibidores mais fortes da CYP3A4, tais como o
cetoconazol e o itraconazol, exerçam efeitos superiores.
Aquando da administração de uma dose única de 100 mg de sildenafil com
eritromicina, um inibidor específico da CYP3A4, no estado estacionário (500 mg duas
vezes ao dia durante 5 dias), houve um aumento de 182% na exposição sistémica ao
sildenafil (AUC). Em voluntários saudáveis do sexo masculino não se evidenciou
qualquer efeito da azitromicina (500 mg diariamente durante três dias) na AUC,
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Cmax, tmax, na constante da taxa de eliminação, ou na semivida subsequente do
sildenafil ou do seu principal metabolito circulante. A cimetidina (800 mg), um
inibidor do citocromo P450 e um inibidor não-específico da CYP3A4, causou um
aumento de 56% nas concentrações plasmáticas de sildenafil quando coadministrada
com sildenafil (50 mg) em voluntários saudáveis.
O sumo de toranja é um inibidor fraco do metabolismo intestinal da CYP3A4 e poderá
originar ligeiros aumentos nos níveis plasmáticos de sildenafil.
Doses únicas de antiácidos (hidróxido de magnésio/hidróxido de alumínio) não
afetaram a biodisponibilidade do sildenafil.
Apesar de não se terem realizado estudos específicos de interação para todos os
medicamentos, a análise farmacocinética populacional não evidenciou qualquer efeito
sobre a farmacocinética do sildenafil em resultado da medicação concomitante com
inibidores da CYP2C9 (tais como tolbutamida, varfarina, fenitoína), inibidores da
CYP2D6
(tais
como
inibidores
seletivos
recaptação
serotonina,
antidepressivos tricíclicos), tiazidas e diuréticos relacionados, diuréticos da ansa e
poupadores
potássio,
inibidores
enzima
conversão
angiotensina,
bloqueadores dos canais de cálcio, antagonistas p-adrenérgicos ou indutores do
metabolismo associado à CYP450 (tais como rifampicina, barbitúricos).
O nicorandil é um composto híbrido atuando como um ativador dos canais de cálcio e
um nitrato. Devido ao seu componente nitrato, este fármaco tem o potencial de
gerar interações graves com o sildenafil.
Efeitos do sildenafil sobre outros medicamentos
Estudos in vitro
O sildenafil é um fraco inibidor das formas isomórficas do citocromo P450, 1A2, 2C9,
2C19, 2D6, 2E1 e 3A4 (CI50 >150 (µM). Dadas as concentrações plasmáticas
máximas do sildenafil de aproximadamente 1 (µM após as doses recomendadas, não
provável
Sildenafil
Baldacci
altere
depuração
substratos
destas
isoenzimas.
Não existem dados relativos à interação do sildenafil e os inibidores não-específicos
das fosfodiesterases, tais como, ateofilina ou o dipiridamol.
Estudos in vivo
Em conformidade com os seus efeitos conhecidos sobre as vias do óxido nítrico e do
GMPc (ver secção 5.1), o sildenafil demonstrou potenciar os efeitos hipotensores dos
nitratos. Por conseguinte, a coadministração de sildenafil com dadores de óxido
nítrico ou quaisquer formas de nitratos está contraindicada (ver secção 4.3).
A administração concomitante de sildenafil a doentes sob terapêutica com um
bloqueador
alfa
pode
causar
situações
hipotensão
sintomática
alguns
indivíduos que sejam suscetíveis (ver secções 4.2 e 4.4). Esta situação tem uma
maior
probabilidade
ocorrer
dentro
período
horas
após
administração de sildenafil (ver secções 4.2 e 4.4).
três
estudos
interação
entre
fármacos
específicos,
bloqueador
alfa,
doxazosina (4 mg e 8 mg), e o sildenafil (25 mg, 50 mg ou 100 mg) foram
administrados simultaneamente a doentes com hiperplasia benigna da próstata
(HBP) estável, sob terapêutica com doxazosina. Nestas populações em estudo,
observaram-se reduções adicionais médias da pressão arterial em supino de 7/7
mmHg, 9/5 mmHg e 8/4 mmHg, e reduções adicionais médias de pressão arterial na
posição ortostática de 6/6 mmHg, 11/4 mmHg e 4/5 mmHg, respetivamente.
Quando o sildenafil e a doxazosina foram administrados em simultâneo a doentes em
situação estável sob terapêutica com doxazosina, os relatos de hipotensão postural
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sintomática foram pouco frequentes. Estes relatos incluíram tonturas e sensação de
atordoamento, mas não incluíram síncope.
Não foram evidenciadas interações significativas quando o sildenafil (50 mg) foi
coadministrado
tolbutamida
(250
varfarina
mg),
ambas
metabolizadas pela CYP2C9.
O sildenafil (50 mg) não potenciou o aumento no tempo de hemorragia provocado
pelo ácido acetilsalicílico (150 mg).
O sildenafil (50 mg) não potenciou o efeito hipotensor do álcool em voluntários
saudáveis com uma média de alcoolémia máxima de 80 mg/dl.
análise
dados
seguintes
terapêuticas
anti-hipertensivas:
diuréticos,
bloqueadores beta, IECA, antagonistas da angiotensina II, medicamentos anti-
hipertensores
(vasodilatadores
ação
central),
bloqueadores
neuronais
adrenérgicos, bloqueadores dos canais de cálcio e bloqueadores dos recetores alfa-
adrenérgicos, demonstrou não haver diferenças no perfil de efeitos secundários em
doentes
medicados
sildenafil
quando
comparado
tratamento
placebo. Num estudo de interação específica, em que o sildenafil (100 mg) foi
coadministrado com amlodipina em doentes hipertensos, verificou-se uma redução
adicional sobre a pressão arterial sistólica em supino de 8 mmHg. A redução
adicional correspondente da pressão arterial diastólica em supino foi de 7 mmHg.
Estas reduções adicionais da pressão arterial foram de uma magnitude semelhante à
verificada quando o sildenafil foi administrado isoladamente a voluntários saudáveis
(ver secção 5.1).
O sildenafil (100 mg) não influenciou a farmacocinética no estado estacionário do
saquinavir e ritonavir, inibidores das proteases do VIH, os quais são ambos
substratos da CYP3A4.
População pediátrica
Os estudos de interação só foram realizados em adultos.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Sildenafil Baldacci não está indicado para utilização pela mulher.
Não foram observados efeitos adversos relevantes nos estudos de reprodução
realizados em ratos e coelhos após a administração oral de sildenafil.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Atendendo a que foram descritas tonturas e perturbações da visão em ensaios
clínicos efetuados com o sildenafil, os doentes devem ter conhecimento de como
reagem ao Sildenafil Baldacci antes de conduzirem ou utilizarem máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
O perfil de segurança do sildenafil é baseado nos 8691 doentes que receberam os
regimes terapêuticos recomendados em 67 estudos clínicos controlados com placebo.
As reações adversas mais frequentemente notificadas nos estudos clínicos, entre os
doentes tratados com sildenafil foram cefaleias, rubor, dispepsia, distúrbios visuais,
congestão nasal, tonturas e alteração visual da cor.
Foram recolhidas reações adversas da vigilância pós-comercialização abrangendo um
período estimado superior a 9 anos. Pelo facto de não serem notificadas todas as
reações adversas ao Titular de Autorização de Introdução no Mercado e não serem
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INFARMED
incluídas na base de dados de segurança, as frequências destas reações não podem
ser determinadas com segurança.
Na tabela abaixo mencionada estão listadas todas as reações adversas clinicamente
relevantes, que ocorreram em ensaios clínicos com uma incidência superior ao
placebo, pelo sistema de classe de órgãos e frequência (muito frequentes ≥1/10),
frequentes ≥1/100 e <1/10), pouco frequentes ≥1/1000 e <1/100), raros ≥1/10000
e <1/1000).
Adicionalmente,
frequência
reações
adversas
clinicamente
relevantes,
notificadas na experiência de pós-comercialização é incluída como desconhecida.
Dentro de cada grupo de frequências, os efeitos secundários são apresentados por
ordem decrescente de gravidade.
Tabela 1: Reações adversas clinicamente relevantes notificadas com uma incidência
superior ao placebo em estudos clínicos controlados e reações adversas clinicamente
relevantes notificadas através da vigilância pós-comercialização
Classes de sistemas de
órgãos MedDRA
Reação adversa
Doenças do sistema
imunitário
Raras
Reações de hipersensibilidade
Doenças do sistema
nervoso
Muito frequentes
Cefaleias
Frequentes
Tonturas
Pouco frequentes
Sonolência, hipoestesia
Raras
Acidente vascular cerebral, síncope
Desconhecidas
Acidente
isquémico
transitório,
convulsões
recorrência
convulsões
Afeções oculares
Frequentes
Visão alterada, alteração visual da cor
Pouco frequentes
Afeção da conjuntiva, afeção ocular, afeção na lacrimação, outra
afeção ocular
Desconhecidas
Neuropatia
ótica
isquémica
anterior
não
arterítica
(NAION),
vascular da retina, defeitos do campo visual.
Afeções do ouvido e do
labirinto
Pouco frequentes
Raras
Vertigens, acufenos
Surdez*
Vasculopatias
Muito frequentes
Rubor
Raras
Hipertensão, hipotensão
Cardiopatias
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INFARMED
Pouco frequentes
Palpitações, taquicardia
Raras
Enfarte do miocárdio, fibrilhação auricular
Desconhecidas
Arritmia ventricular, angina instável, morte súbita cardíaca
Doenças respiratórias,
torácicas e do
mediastino
Frequentes
Congestão nasal
Raras
Epistaxe
Doenças
gastrointestinais
Frequentes
Dispepsia
Pouco frequentes
Vómitos, náuseas, boca seca
Afeções dos tecidos
cutâneos e subcutâneos
Pouco frequentes
Erupção cutânea
Desconhecidas
Síndrome de Steven Johnson (SSJ), necrólise epidérmica tóxica
(NET)
Afeções
musculoesqueléticas e
dos tecidos conjuntivos
Pouco frequentes
Mialgia
Doenças dos órgãos
genitais e da mama
Desconhecidas
Priapismo, ereção prolongada
Perturbações gerais e
alterações no local de
administração
Pouco frequentes
Dor no peito, fadiga
Exames
complementares de
diagnóstico
Pouco frequentes
Aumento da frequência cardíaca
* Afeções do ouvido: Surdez súbita. Foram notificados um número reduzido de
casos, pós-comercialização e de ensaios clínicos, de diminuição ou perda súbita da
audição associada à utilização de inibidores da PDE5, incluindo o sildenafil.
4.9 Sobredosagem
Em estudos realizados em voluntários, utilizando doses únicas até 800 mg, as
reações adversas foram semelhantes às verificadas com doses inferiores, no entanto,
as taxas de incidência e gravidade foram superiores. A administração de doses de
200 mg não resultou num aumento de eficácia, mas verificou-se um aumento na
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incidência das reações adversas (cefaleias, rubores, tonturas, dispepsia, congestão
nasal, perturbações da visão).
Em casos de sobredosagem deverão ser adotadas as necessárias medidas de suporte
padronizadas. Não é provável que a diálise renal acelere a depuração dado que o
sildenafil se liga fortemente às proteínas plasmáticas e não é eliminado pela urina.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
7.4.3
Aparelho
Geniturinário.
Outros
medicamentos
usados em disfunções geniturinárias. Medicamentos usados na disfunção eréctil.
Código ATC: G04B E03
O sildenafil é uma terapêutica oral para a disfunção eréctil. Em circunstâncias
normais, i.e. com estimulação sexual, restabelece a função eréctil através do
aumento do fluxo sanguíneo no pénis.
Mecanismo de ação
O mecanismo fisiológico responsável pela ereção do pénis envolve a libertação de
óxido nítrico (NO) nos corpos cavernosos durante a estimulação sexual. O óxido
nítrico ativa a enzima guanilato ciclase, a qual induz um aumento dos níveis de
monofosfato
guanosina
cíclico
(GMPc),
provocando
relaxamento
musculatura lisa dos corpos cavernosos, que permite o afluxo de sangue.
O sildenafil é um inibidor potente e seletivo da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5)
específica do GMPc nos corpos cavernosos, onde a PDE5 é responsável pela
degradação do GMPc. O sildenafil possui um mecanismo de ação periférico na
ereção. O sildenafil não exerce efeito relaxante direto sobre os corpos cavernosos
isolados, mas aumenta acentuadamente o efeito relaxante do NO sobre estes
tecidos. Quando é ativada a via NO/GMPc, o que ocorre com a estimulação sexual, a
inibição da PDE5 pelo sildenafil resulta num aumento dos níveis de GMPc nos corpos
cavernosos. Consequentemente, é necessária a estimulação sexual para que o
sildenafil produza os seus efeitos farmacológicos benéficos esperados.
Estudos in vitro demonstraram que o sildenafil é seletivo para a PDE5, que está
envolvida no processo de ereção. O seu efeito é mais potente sobre a PDE5 do que
sobre outras fosfodiesterases conhecidas. Existe uma seletividade 10 vezes superior
à observada para a PDE6, a qual está envolvida na via de fototransdução na retina.
Administrado nas doses máximas recomendadas, existe uma seletividade 80 vezes
superior, para a PDE5, comparativamente com a observada para a PDE1, e acima de
700 vezes comparativamente com a PDE2, 3, 4, 7, 8, 9, 10 e 11. Em particular, o
sildenafil, tem uma seletividade para a PDE5 superior em mais de 4000 vezes à
observada para a PDE3, a fosfodiesterase isomórfica específica do AMPc envolvida no
controlo da contractilidade cardíaca.
Dois ensaios clínicos foram especificamente concebidos para determinar o intervalo
de tempo durante o qual, após administração de sildenafil, pode ocorrer uma ereção
em resposta à estimulação sexual. Num estudo de pletismografia do pénis (RigiScan)
com doentes em jejum, o tempo médio para início da ação naqueles que obtiveram
ereções com 60% de rigidez (suficiente para relações sexuais) com sildenafil, foi de
25 minutos (intervalo de 12-37 minutos). Num estudo "RigiScan" separado, o
sildenafil foi ainda capaz de produzir uma ereção em resposta a estimulação sexual,
4-5 horas após administração da dose.
Efeitos farmacodinâmicos
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INFARMED
O sildenafil provoca diminuições ligeiras e transitórias da pressão arterial que, na
maioria dos casos, não se traduzem em efeitos clínicos. A média da descida máxima
da pressão arterial sistólica em supino, após a administração oral de uma dose de
100 mg de sildenafil, foi de 8,4 mmHg. A alteração correspondente na pressão
arterial diastólica em supino foi de 5,5 mmHg. Estas diminuições da pressão arterial
são consistentes com os efeitos vasodilatadores do sildenafil, provavelmente devido
aumento
níveis
GMPc
músculo
liso
vasos
sanguíneos.
administração de doses orais únicas de sildenafil até 100 mg a voluntários saudáveis
não produziu efeitos clinicamente significativos no ECG.
Num estudo sobre os efeitos hemodinâmicos de uma dose oral única de 100mg de
sildenafil em 14 doentes com doença coronária grave (CAD) (>70% de estenose de,
pelo menos, uma artéria coronária), as pressões sistólica e diastólica médias em
repouso tiveram um decréscimo de 7% e de 6% respetivamente, comparativamente
aos valores de referência. A pressão sistólica pulmonar média sofreu um decréscimo
de 9%. O sildenafil não teve efeitos sobre o débito cardíaco, e não diminuiu o fluxo
sanguíneo através das artérias coronárias estenosadas.
Num ensaio, de dupla ocultação, controlado por placebo, em que participaram 144
doentes
disfunção
eréctil
angina
crónica
estável,
tomavam
regularmente a sua medicação antianginosa (excetuando nitratos) e que foram
submetidos a exercício físico até ao aparecimento de angina, não foram observadas
diferenças clinicamente relevantes no tempo até ao início da angina limitante,
comparativamente ao placebo.
Em alguns doentes, foram detetadas alterações ligeiras e transitórias na distinção
das cores (azul/verde), utilizando o teste de coloração de Farnsworth-Munsell 100,
uma hora após a administração de uma dose de 100 mg, sem efeitos evidentes 2
horas após a administração. O mecanismo aceite para esta alteração na distinção
das cores está relacionado com a inibição da PDE6, que está envolvida na cascata de
fototransdução da retina. O sildenafil não exerce efeitos sobre a acuidade visual ou
sensibilidade ao contraste. Num estudo de pequena dimensão, controlado com
placebo, em doentes com degeneração macular relacionada com a idade comprovada
precocemente (n=9), o sildenafil (dose única, 100mg) demonstrou não causar
alterações significativas nos testes visuais conduzidos (acuidade visual, grelha de
Amsler, discriminação das cores numa simulação de luzes de trânsito, perímetro de
Humphrey e fotostress).
Não
verificou
qualquer
efeito
sobre
mobilidade
morfologia
espermatozoides após a administração de doses únicas de 100 mg de sildenafil, por
via oral, a voluntários saudáveis.
Outras informações relativas aos ensaios clínicos
Eficácia e segurança clínicas
Em ensaios clínicos, o sildenafil foi administrado a mais de 8000 doentes com idades
compreendidas
entre
19-87
anos.
Encontravam-se
representados
seguintes
grupos:
idosos
(19,9%),
doentes
hipertensão
(30,9%),
diabetes
mellitus
(20,3%), doença cardíaca isquémica (5,8%), hiperlipidémia (19,8%), lesão da
espinal-medula
(0,6%),
depressão
(5,2%),
ressecção
transuretral
próstata
(3,7%), prostatectomia radical (3,3%). Não se encontravam bem representados ou
foram excluídos dos ensaios clínicos os seguintes grupos: doentes submetidos a
cirurgia
pélvica,
doentes
pós-radioterapia,
doentes
insuficiência
renal
hepática grave e doentes com determinadas condições cardiovasculares (ver Secção
4.3).
Em estudos de dose fixa, a proporção de doentes que referiram que o tratamento
melhorou a ereção foi de 62% (25 mg), 74% (50 mg) e 82% (100 mg) em
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05-12-2013
INFARMED
comparação com 25% para o placebo. Em ensaios clínicos controlados, a taxa de
descontinuação devida ao sildenafil foi baixa e semelhante ao placebo.
Ao longo de todos os ensaios, as percentagens de doentes que relataram melhorias
com o sildenafil foram as seguintes: disfunção eréctil psicogénica (84%), disfunção
eréctil mista (77%), disfunção eréctil orgânica (68%), idosos (67%), diabetes
mellitus (59%), doença cardíaca isquémica (69%), hipertensão (68%), TURP (61%),
prostatectomia radical (43%), lesão da espinal-medula (83%), depressão (75%). A
segurança e eficácia do sildenafil foram mantidas em estudos a longo termo.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Sildenafil
rapidamente
absorvido.
concentrações
plasmáticas
máximas
observadas são atingidas entre 30 a 120 minutos (mediana de 60 minutos) após
uma dose oral, quando em jejum. A biodisponibilidade oral média absoluta é de 41%
(entre
25-63%).
Após
administração
oral
sildenafil
Cmax
aumentaram
proporção
dose
administrada
intervalo
doses
recomendadas (25-100 mg).
Quando o sildenafil é administrado juntamente com alimentos, a taxa de absorção é
reduzida, verificando-se um atraso médio de 60 minutos no tmax e uma redução
média de 29% na Cmax.
Distribuição
O volume de distribuição médio no estado estacionário (Vss) para o sildenafil é de
105 l, demonstrando a sua distribuição nos tecidos. Após a administração de uma
dose oral única de 100 mg, a média da concentração plasmática total máxima do
sildenafil é de aproximadamente 440 ng/ml (CV 40%). Atendendo a que o sildenafil
(e o seu principal metabolito N-desmetil), apresenta uma ligação às proteínas
plasmáticas de 96%, a média da concentração plasmática máxima de fármaco na
forma livre é de 18 ng/ml (38 nM). A ligação às proteínas é independente das
concentrações totais do fármaco.
Em voluntários saudáveis medicados com sildenafil (100 mg em dose única) menos
de 0,0002% (média 188 ng) da dose administrada estava presente no esperma
recolhido 90 minutos após administração do fármaco.
Biotransformação
sildenafil
depurado
predominantemente
pelas
isoenzimas
microssomais
hepáticas CYP3A4 (via principal) e CYP2C9 (via menor). O principal metabolito em
circulação resulta da N-desmetilação do sildenafil. Este metabolito tem um perfil de
seletividade para as fosfodiesterases semelhante ao sildenafil e apresenta uma
afinidade in vitro para a PDE5 de aproximadamente 50% da verificada para o
fármaco
inalterado.
concentrações
plasmáticas
deste
metabolito
são
aproximadamente 40% das verificadas para o sildenafil. O metabolito N-desmetil é
metabolizado posteriormente, tendo uma semivida terminal de aproximadamente 4
Eliminação
A depuração corporal total de sildenafil é de 41 l/h com uma semivida terminal de 3-
5 horas. Após administração por via oral ou via intravenosa, o sildenafil é excretado,
sob a forma de metabolitos, predominantemente nas fezes (aproximadamente 80%
da dose oral administrada) e em menor quantidade na urina (aproximadamente 13%
da dose oral administrada).
Farmacocinética em grupos especiais de doentes
APROVADO EM
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INFARMED
Idosos
Em voluntários idosos saudáveis (com idade igual ou superior a 65 anos) verificou-se
uma redução na depuração do sildenafil, que resultou em concentrações plasmáticas
superiores de sildenafil e do metabolito ativo N-desmetil, em aproximadamente 90%
às observadas nos voluntários saudáveis mais jovens (18-45 anos). Devido a
diferenças
ligação
proteínas
plasmáticas
relacionadas
idade,
correspondente aumento das concentrações plasmáticas de sildenafil na forma livre
foi de aproximadamente 40%.
Insuficiência renal
voluntários
insuficiência
renal
ligeira
moderada
(depuração
creatinina=30-80 ml/min), a farmacocinética do sildenafil não foi alterada após a
administração de uma dose oral única de 50 mg. A AUC média e a Cmax do
metabolito N-desmetil aumentaram 126% e 73%, respetivamente, em comparação
com voluntários de idade semelhante mas sem insuficiência renal. No entanto,
devido
elevada
variabilidade
interindividual,
estas
diferenças
não
foram
estatisticamente
significativas.
voluntários
insuficiência
renal
grave
(depuração da creatinina <30 ml/min), a depuração do sildenafil foi reduzida
verificando-se um aumento da AUC e da Cmax de 100% e 88% respetivamente, em
comparação com voluntários de idade semelhante mas sem insuficiência renal. Além
disso,
valores
Cmax
metabolito
N-desmetil
aumentaram
significativamente 79% e 200%, respetivamente.
Insuficiência hepática
Em voluntários com cirrose hepática ligeira a moderada (A e B de Child-Pugh) a
depuração do sildenafil sofreu uma redução, resultando num aumento da AUC (84%)
e da Cmax (47%), em comparação com indivíduos da mesma idade mas sem
insuficiência hepática. A farmacocinética do sildenafil em doentes com insuficiência
hepática grave não foi estudada.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não-clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano segundo
estudos convencionais da farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida,
genotoxicidade, potencial carcinogénico, toxicidade reprodutiva e desenvolvimento.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Polacrilina potássica
Estearato de magnésio
Sílica coloidal anidra
Aspartamo
Croscarmelose sódica
Aroma de hortelã-pimenta
Lactose mono-hidratada
Povidona K 30
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
APROVADO EM
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INFARMED
6.3 Prazo de validade
2 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de PVC/PCTFE-Alu em embalagens de 1, 2, 4, 8 e 12 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo
com as exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Baldacci - Portugal, S.A.
Rua Cândido de Figueiredo, 84-B
1549-005 Lisboa
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO
RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO