Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
17-01-2012
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APROVADO EM
17-01-2012
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Sildenafil Adair 25 mg Comprimidos revestidos por película
Sildenafil Adair 50 mg Comprimidos revestidos por película
Sildenafil Adair 100 mg Comprimidos revestidos por película
(Sildenafil)
Leia atentamente este folheto antes de começar a tomar este medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto
1. O que é Sildenafil Adair e para que é utilizado
2. Antes de tomar Sildenafil Adair
3. Como tomar Sildenafil Adair
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Sildenafil Adair
6. Outras informações
1.O QUE É SILDENAFIL ADAIR E PARA QUE É UTILIZADO
Sildenafil Adair pertence a um grupo de medicamentos designado por inibidores da
fosfodiesterase tipo 5 (PDE5). Este medicamento actua por relaxamento dos vasos
sanguíneos do pénis, permitindo o afluxo de sangue para o pénis, quando sexualmente
estimulado. Sildenafil Adair só o ajudará a obter uma erecção se for sexualmente
estimulado. Não deve tomar Sildenafil Adair se não tiver disfunção eréctil. Não deve
tomar Sildenafil Adair se for mulher.
Sildenafil
Adair
tratamento
para
homens
disfunção
eréctil,
mais
vulgarmente conhecida por impotência. Isto é, quando um homem não consegue obter, ou
manter, uma rigidez do pénis em erecção, adequada à actividade sexual.
2.ANTES DE TOMAR SILDENAFIL ADAIR
Não tome Sildenafil Adair
Se está a tomar medicamentos designados por nitratos, pois a combinação poderá causar
uma diminuição potencialmente perigosa da sua pressão arterial. Informe o seu médico se
está a tomar algum destes medicamentos, que são normalmente utilizados para o alívio da
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angina de peito (ou “dor no peito”). Se tem dúvidas, informe-se junto do seu médico ou
farmacêutico.
Se está a utilizar algum dos medicamentos conhecidos como dadores de óxido nítrico, tal
como o nitrito de amilo (“poppers“), pois a combinação poderá levar a uma diminuição
potencialmente perigosa na sua pressão arterial
Se tem alergia (hipersensibilidade) ao sildenafil ou a qualquer outro componente de
Sildenafil Adair
Se tem problemas cardíacos ou hepáticos graves.
Se teve um acidente vascular cerebral ou um enfarte do miocárdio recentemente, ou se
tem pressão arterial baixa.
Se tem determinadas doenças oculares hereditárias (tal como, retinite pigmentosa).
Se alguma vez teve perda de visão devido a neuropatia óptica isquémica anterior não
arterítica (NAION).
Tome especial cuidado com Sildenafil Adair
Informe o seu médico
se tem anemia falciforme (uma anomalia nos glóbulos vermelhos), leucemia (cancro das
células do sangue), mieloma múltiplo (cancro da medula óssea)
Se tem deformação do pénis ou doença de Peyronie’s.
Se tem problemas cardíacos. Neste caso, o seu médico deve avaliar cuidadosamente se o
seu coração suporta o esforço adicional associado a uma relação sexual.
se tem actualmente uma úlcera do estômago ou um problema hemorrágico (tal como a
hemofilia).
se teve diminuição ou perda da visão súbita, pare de tomar Sildenafil Adair e contacte
imediatamente o seu médico.
Não deve utilizar Sildenafil Adair em simultâneo com quaisquer outros tratamentos orais
ou locais para a disfunção eréctil.
Cuidados especiais a ter em crianças e adolescentes
Sildenafil Adair não deve ser administrado a indivíduos com idade inferior a 18 anos.
Cuidados especiais a ter em doentes com problemas renais ou hepáticos
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Deve informar o seu médico se tem problemas renais ou hepáticos. O seu médico pode
prescrever-lhe uma dose mais baixa.
Ao tomar Sildenafil Adair com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente
outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Sildenafil Adair pode interferir com alguns medicamentos, em especial com os utilizados
para tratamento da “dor no peito”. Em caso de urgência médica, deve informar qualquer
profissional de saúde que o esteja a tratar, que está a tomar Sildenafil Adair e quando o
fez. Não tome Sildenafil Adair com outros medicamentos excepto se o seu médico lhe
disser que o pode fazer.
Não deve tomar Sildenafil Adair caso esteja a tomar medicamentos designados de
nitratos,
pois
combinação
destes
medicamentos
pode
causar
diminuição
potencialmente perigosa
sua pressão arterial. Informe
sempre o seu
médico ou
famacêutico
estiver
tomar
algum
destes
medicamentos,
são
normalmente
utilizados para o alívio da angina de peito (ou “dor no peito”).
Não deve tomar Sildenafil Adair se está a utilizar algum dos medicamentos conhecidos
como dadores de
óxido nítrico, tal como o nitrito de amilo (“poppers“), pois a combinação poderá também
levar a uma
diminuição potencialmente perigosa na sua pressão arterial.
Se está a tomar medicamentos conhecidos como inibidores das proteases, tais como para
o tratamento do VIH, o seu médico poderá pretender que inicie o tratamento com a dose
mais baixa de Sildenafil Adair (25 mg).
Alguns doentes que estejam a tomar bloqueadores alfa para o tratamento da pressão
arterial elevada ou para o aumento do tamanho da próstata, poderão sentir tonturas ou
terem sensação de desmaio, que poderão ser causados pela .pressão arterial baixa quando
o indivíduo se senta ou se levanta rapidamente. Alguns doentes tiveram estes sintomas
quando tomaram sildenafil com bloqueadores alfa. É mais provável que estas situações
ocorram dentro de um período de 4 horas após tomar Sildenafil Adair. Para reduzir a
possível ocorrência destes sintomas, deverá estar a tomar uma dose diária regular do seu
bloqueador alfa antes de iniciar o tratamento com VIAGRA. No início do tratamento, o
seu médico poderá prescrever-lhe a dose mais baixa de Sildenafil Adair (25 mg).
Ao tomar Sildenafil Adair com alimentos e bebidas
Sildenafil Adair pode ser tomado com ou sem alimentos. No entanto, pode achar que este
medicamento pode
demorar mais tempo a actuar se o tomar com uma refeição mais pesada.
A ingestão de bebidas alcoólicas pode impedir temporariamente a capacidade de obter
uma erecção. Para obter o máximo benefício do medicamento, é aconselhado a não
ingerir grandes quantidades bebidas álcoólicas antes de tomar Sildenafil Adair.
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Gravidez e aleitamento
Sildenafil Adair não é indicado para utilização por mulheres.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Sildenafil Adair pode provocar tonturas e afectar a visão. Deve estar consciente de como
reage ao Sildenafil Adairantes de conduzir ou utilizar máquinas.
Informações importantes sobre alguns componentes de Sildenafil Adair
Pode causar reacções alérgicas, uma vez que contém tartrazina (E-102).
3.COMO TOMAR SILDENAFIL ADAIR
Tome Sildenafil Adair sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. A dose inicial habitual é de 50 mg.
Não deve utilizar Sildenafil Adair mais do que uma vez ao dia.
Deve tomar Sildenafil Adair cerca de uma hora antes da hora planeada para a actividade
sexual. Engula o comprimido inteiro, com um copo de água.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver a impressão de que Sildenafil Adair é
demasiado forte ou demasiado fraco.
Sildenafil Adair apenas o ajudará a obter uma erecção se for sexualmente estimulado. O
período de tempo que o medicamento demora a actuar varia de pessoa para pessoa, mas,
normalmente, esse período varia entre meia hora e uma hora. Poderá verificar que o
Sildenafil
Adair
demora
mais
tempo
actuar
tomado
refeição
substancial.
Se o Sildenafil Adair não o ajudar a ter erecção ou se a erecção não durar o suficiente
para completar a relação sexual, deverá informar o seu médico.
Se tomar mais Sildenafil Adair do que deveria:
Poderá experimentar um aumento dos efeitos secundários e da sua gravidade. Doses
superiores a 100 mg não aumentam a eficácia.
Não deve tomar mais comprimidos do que aqueles que o seu médico lhe indicou.
Se tomar mais comprimidos do que deveria, contacte o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
4.EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
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Como todos os medicamentos, Sildenafil Adair pode causar efeitos secundários; no
entanto
estes
não
manifestam
todas
pessoas.
efeitos
secundários
comunicados associados com o uso de sildenafil são habitualmente ligeiros a moderados
e de curta duração.
Se tiver dores no peito durante ou após o acto sexual:
Coloque-se numa posição semi-sentada e tente relaxar.
Não utilize nitratos para tratar a sua dor no peito.
Fale com o seu médico imediatamente.
Todos os medicamentos, incluindo o Sildenafil Adair, poderão causar reacções alérgicas.
Deve informar o seu médico imediatamente se estiver a sentir algum dos seguintes
sintomas após tomar Sildenafil Adair: pieira súbita, dificuldade em respirar ou tonturas,
inchaço das pálpebra, face, lábios ou garganta.
Foram comunicadas erecções prolongadas e, por vezes, dolorosas, após a utilização de
sildenafil. Se tiver uma erecção que dure continuamente mais de 4 horas, deve contactar
um médico imediatamente.
Se sentir uma diminuição ou perda súbita de visão, pare de tomar Sildenafil Adair e
contacte o seu médico imediatamente.
Um efeito secundário muito frequente (que pode afectar mais de 1 pessoa em cada 10) é
dor de cabeça.
Efeitos secundários frequentes (que podem afectar 1 a 10 pessoas em cada 100) incluem:
vermelhidão
facial,
indigestão,
efeitos
sobre
visão
(incluindo
visão
traços
coloridos, sensibilidade à luz, visão turva e acuidade visual reduzida), nariz entupido e
tonturas.
Efeitos secundários pouco frequentes (que podem afectar 1 a 10 pessoas em cada 1000)
incluem:
vómitos,
erupção
cutânea,
hemorragia
retiniana,
irritação
ocular,
olhos
vermelhos, dor ocular, visão dupla, sensação de corpo estranho no olho, batimentos
cardíacos rápidos e irregulares, dor muscular, sonolência, sensação de tacto diminuída,
vertigem, zumbidos nos ouvidos, náuseas, boca seca, dor no peito e sensação de cansaço.
Efeitos secundários raros (que podem afectar 1 a 10 pessoas em cada 10000) incluem:
pressão arterial elevada, pressão arterial baixa, desmaios, acidente vascular cerebral,
hemorragia nasal e diminuição ou perda súbita da audição.
Foram comunicados efeitos secundários adicionais da experiência pós-comercialização
que incluem: forte batimento cardíaco, dor no peito, morte súbita, ataque cardíaco ou
diminuição temporária do afluxo de sangue a certas regiões do cérebro. A maioria destes
homens, mas não todos, já sofriam de problemas cardíacos antes de tomarem este
medicamento. Não é possível determinar se estes acontecimentos tiveram uma relação
directa com a administração de Sildenafil Adair. Foram também comunicados casos de
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ataques ou convulsões e reacções da pele graves caracterizadas por erupção cutânea,
bolhas, descamação da pele e dor que requerem atenção médica imediata.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5.COMO CONSERVAR SILDENAFIL ADAIR
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Este medicamento não necessita de quaisquer condições especiais de conservação.
Não utilize Sildenafil Adair após o prazo de validade impresso na embalagem exterior e
no blister. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6.OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Sildenafil Adair
A substância activa é o sildenafil. Cada comprimido contém 25 mg, 50 mg ou 100 mg de
sildenafil (sob a forma de sal de citrato).
Os outros componentes são:
Núcleo do comprimido: celulose em pó, sílica coloidal anidra, hidrogenofosfato de cálcio
anidro, croscarmelose sódica, estearato de magnésio.
Revestimento por película: hipromelose (E464), dióxido de titânio (E171), triacetina
(E1518), indigotina (E132), azul brilhante FCF (E133), tartrazina (E102).
Qual o aspecto de Sildenafil Adair e conteúdo da embalagem
Os comprimidos revestidos por película de Sildenafil Adair são azuis, circulares e
biconvexos. Os comprimidos são disponibilizados em blisters contendo 2 (apenas para 50
mg), 4, 8 ou 12 comprimidos. É possível que não sejam comercializadas todas as
apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Galenicum Health, S.L.
Avda Diagonal, 123, 11ª planta
08006 Barcelona
Espanha
Fabricante
Lacer S.A.
C/ Boters 5
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08290 Cerdanyola del Vallès, Barcelona
Espanha
Este folheto foi aprovado pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1.NOME DO MEDICAMENTO
Sildenafil Adair 25 mg Comprimidos revestidos por película
Sildenafil Adair 50 mg Comprimidos revestidos por película
Sildenafil Adair 100 mg Comprimidos revestidos por película
2.COMPOSIÇÃO QUALITATIVA AND QUANTITATIVA
Sildenafil Adair 25 mg Comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido contém citrato de sildenafil equivalente a 25 mg de sildenafil.
Excipiente: Tartrazina (E102) ……… 5 microgramas por comprimido.
Sildenafil Adair 50 mg Comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido contém citrato de sildenafil equivalente a 50 mg de sildenafil.
Excipiente: Tartrazina (E102)……… 9 microgramas por comprimido.
Sildenafil Adair 100 mg Comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido contém citrato de sildenafil equivalente a 100 mg de sildenafil.
Excipiente: Tartrazina (E102)… … … 18 microgramas por comprimido.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Os comprimidos de 25 mg são revestidos por uma película azul, de forma biconvexa e
circular, com 7 mm de diâmetro.
Os comprimidos de 50 mg são revestidos por uma película azul, de forma biconvexa e
circular, com 9 mm de diâmetro.
Os comprimidos de 100 mg são revestidos por uma película azul, de forma biconvexa e
circular, com 11 mm de diâmetro.
4.INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1Indicações terapêuticas
Tratamento de homens com disfunção eréctil, definida como a incapacidade para obter ou
manter uma erecção do pénis suficiente para um desempenho sexual satisfatório.
Para que o Sildenafil Adair seja eficaz é necessário que haja estimulação sexual.
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4.2Posologia e modo de administração
Via oral.
Utilização em adultos:
A dose recomendada é de 50 mg administrada aproximadamente uma hora antes da
actividade sexual. Com base na eficácia e tolerância, a dose pode ser aumentada para 100
mg ou diminuída para 25 mg. A dose máxima recomendada é de 100 mg. A frequência
máxima de administração é de uma vez ao dia. Nos casos em que este medicamento é
administrado com alimentos, o início da actividade pode ser atrasado em comparação
com o estado de jejum (ver secção 5.2).
Utilização em idosos:
Não é necessário ajuste de dose em doentes idosos.
Utilização em doentes com insuficiência renal:
As doses recomendadas em “utilização em adultos” são adequadas para doentes com
insuficiência renal ligeira a moderada (depuração da creatinina = 30 - 80 ml/min).
Dado que a depuração do sildenafil está reduzida em doentes com insuficiência renal
grave (depuração da creatinina <30 ml/min) deve ser tida em consideração uma dose de
25 mg. Com base na eficácia e tolerância, a dose pode ser aumentada para 50 mg e 100
Utilização em doentes com insuficiência hepática:
Dado que a depuração do sildenafil está reduzida em doentes com insuficiência hepática
(e.g. cirrose) deve ser tida em consideração uma dose de 25 mg. Com base na eficácia e
tolerância, a dose pode ser aumentada para 50 mg e 100 mg.
Utilização em crianças e adolescentes:
Sildanafil Adair não está indicado para utilização em indivíduos com idade inferior a 18
anos.
Utilização em doentes a usar outros medicamentos:
Com excepção do ritonavir, para o qual não é aconselhada a co-administração com
sildenafil (ver secção 4.4), uma dose inicial de 25 mg deve ser considerada em doentes
medicados concomitantemente com inibidores do CYP3A4 (ver secção 4.5).
Com o objectivo de diminuir o potencial desenvolvimento de hipotensão postural, os
doentes deverão estar sob terapêutica estável com bloqueadores alfa antes de iniciarem o
tratamento com sildenafil. Adicionalmente, deverá considerar-se a utilização de uma dose
de 25 mg de sildenafil no início do tratamento (ver secções 4.4 e 4.5).
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4.3Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Em conformidade com os efeitos conhecidos sobre a via do óxido nítrico/monofosfato de
guanosina cíclico (GMPc) (ver secção 5.1), foi demonstrado que o sildenafil potencia o
efeito
hipotensor
nitratos,
estando,
conseguinte,
contra-indicada
administração com dadores de óxido nítrico (tal como o nitrito de amilo) ou quaisquer
formas de nitratos.
Os agentes para o tratamento da disfunção eréctil, incluindo o sildenafil, não devem ser
utilizados em homens para os quais a actividade sexual esteja desaconselhada (e.g.
indivíduos
doenças
cardiovasculares
graves
tais
como
angina
instável
insuficiência cardíaca grave).
Sildenafil Adair está contra-indicado em doentes que tenham perda de visão num dos
olhos
devido
neuropatia
óptica
isquémica
anterior
não
arterítica
(NAION),
independentemente se este acontecimento esteve ou não relacionado com a exposição
prévia ao inibidor de PDE5 (ver secção 4.4).
A segurança do sildenafil não foi estudada nos sub-grupos de doentes descritos de
seguida, pelo que está contra-indicada a sua utilização: insuficiência hepática grave,
hipotensão (pressão arterial <90/50 mmHg), história recente de acidente vascular cerebral
ou enfarte do miocárdio e perturbações hereditárias degenerativas da retina tais como
retinite pigmentosa (uma minoria destes doentes apresentam perturbações genéticas das
fosfodiesterases da retina).
4.4Advertências e precauções especiais de utilização
Antes
considerar
tratamento
farmacológico
como
apropriado,
deverão
elaborados uma história clínica e um exame físico para diagnóstico da disfunção eréctil e
determinação das potenciais causas subjacentes.
Antes de iniciar qualquer tratamento para a disfunção eréctil, o médico deve considerar a
situação cardiovascular dos seus doentes, na medida em que existe um risco cardíaco
associado à actividade sexual. O sildenafil apresenta propriedades vasodilatadoras, de que
resultaram reduções ligeiras e transitórias na pressão arterial (ver secção 5.1). Antes de
prescrever sildenafil, os médicos devem considerar cuidadosamente se estes efeitos
vasodilatadores, especialmente em associação com actividade sexual, poderão afectar
adversamente
seus
doentes
certas
condições
subjacentes.
doentes
sensibilidade aumentada para os vasodilatadores incluem aqueles com obstrução ao fluxo
ventricular esquerdo (e.g., estenose aórtica, cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica), ou
aqueles
raro
síndrome
atrofia
sistémica
múltipla
caracteriza
alterações graves do controlo autónomo da pressão arterial.
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O sildenafil potencia o efeito hipotensor dos nitratos (ver secção 4.3).
No período de pós-comercialização, e em relação temporal com a administração de
sildenafil, foram descritos acontecimentos cardiovasculares graves, incluindo enfarte do
miocárdio,
angina
instável,
morte
súbita
cardíaca,
arritmia
ventricular,
hemorragia
cerebrovascular, acidente isquémico transitório, hipertensão e hipotensão.
A maioria destes doentes, mas não todos, apresentavam factores de risco cardiovasculares
pré-existentes. Muitos dos acontecimentos foram descritos como tendo ocorrido durante,
ou pouco após, a relação sexual, tendo alguns ocorrido pouco tempo após a utilização de
sildenafil sem actividade sexual. Não é possível determinar se estes acontecimentos se
relacionam directamente com estes, ou outros factores.
Os agentes para tratamento da disfunção eréctil, incluindo o sildenafil, deverão ser usados
com precaução em doentes com deformações anatómicas do pénis (tais como, angulação,
fibrose cavernosa ou doença de Peyronie), ou em doentes com situações que possam
predispor
para
priapismo
(tais
como
anemia
falciforme,
mieloma
múltiplo
leucemia).
A segurança e a eficácia das associações de sildenafil com outros tratamentos para a
disfunção eréctil não têm sido estudadas. Assim, não é recomendada a utilização destas
associações.
Têm sido notificados defeitos visuais e casos de neuropatia óptica isquémica anterior não
arterítica relacionados com a toma de sildenafil e de outros inibidores da PDE5. O doente
deve ser avisado que, em caso de defeito visual súbito, deve parar de tomar Sildenafil
Adair e consultar imediatamente um médico (ver secção 4.3).
Não é aconselhada a co-administração de sildenafil e ritonavir (ver secção 4.5).
Aconselha-se precaução
na associação de sildenafil a doentes sob terapêutica com
bloqueadores alfa, uma vez que a co-administração destes dois fármacos poderá causar
hipotensão sintomática em alguns indivíduos que sejam susceptíveis (ver secção 4.5).
Esta situação tem uma maior probabilidade de ocorrer dentro de um período de 4 horas
após
administração
sildenafil.
Para
diminuir
potencial
desenvolvimento
hipotensão
postural,
doentes
deverão
estar
hemodinamicamente
estáveis
tratamento com o bloqueador alfa antes de iniciarem o tratamento com sildenafil. Deverá
considerar-se a utilização da dose de 25 mg de sildenafil no início do tratamento (ver
secção 4.2). Adicionalmente, o doente deverá ser informado sobre como proceder em
caso de evidenciar sintomas de hipotensão postural.
Estudos com plaquetas humanas indicam que o sildenafil potencia o efeito anti-agregante
do nitroprussiato de sódio in vitro. Não existe informação relativa à segurança da
administração do sildenafil a doentes com distúrbios hemorrágicos ou úlcera péptica
activa.
este
motivo,
sildenafil
deve
administrado
estes
doentes
após
cuidadosa avaliação do risco-benefício.
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O revestimento por película dos comprimidos de Sildenafil Adair contém tartrazina, que
pode causar reacções alérgicas.
Sildenafil Adair não está indicado para utilização em mulheres.
Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
4.5Efeitos de outros medicamentos sobre o sildenafil
Estudos in vitro:
O metabolismo do sildenafil é principalmente mediado pelas formas isomórficas do
citocromo P450 (CYP), 3A4 (via principal) e 2C9 (via menor). Assim, os inibidores
destas isoenzimas poderão reduzir a depuração do sildenafil.
Estudos in vivo:
A análise farmacocinética populacional dos ensaios clínicos mostrou uma redução da
depuração do sildenafil quando co-administrado com inibidores da CYP3A4 (tais como o
cetoconazol,
eritromicina,
cimetidina).
Apesar
não
sido
observado
qualquer
aumento
incidência
efeitos
adversos
nestes
doentes,
quando
sildenafil
administrado
concomitantemente
inibidores
CYP3A4,
deve
considerar-se
utilização de uma dose inicial de 25 mg.
A co-administração de ritonavir, inibidor das proteases do VIH e inibidor muito potente
do P450, no estado estacionário (500 mg duas vezes ao dia), com sildenafil (100 mg em
dose única), resultou num aumento de 300% (4 vezes mais) da Cmax e de 1000% (11
vezes mais) da AUC plasmática do sildenafil. Os níveis plasmáticos do sildenafil após 24
horas eram ainda de aproximadamente 200 ng/ml, em comparação com aproximadamente
ng/ml,
quando
sildenafil
administrado
isoladamente.
Tais
resultados
são
consistentes com os efeitos acentuados do ritonavir sobre uma ampla gama de substratos
do P450. O sildenafil não exerceu qualquer efeito sobre a farmacocinética do ritonavir.
Com base nestes resultados de farmacocinética, a co-administração de sildenafil com
ritonavir não é aconselhada (ver secção 4.4) e em nenhuma circunstância a dose máxima
de sildenafil deverá exceder 25 mg num período de 48 horas.
A co-administração de saquinavir, inibidor das proteases do VIH e inibidor da CYP3A4,
no estado estacionário (1200 mg três vezes ao dia), com sildenafil (100 mg em dose
única), resultou num aumento de 140% na Cmax e de 210% na AUC do sildenafil. O
sildenafil não exerceu qualquer efeito sobre a farmacocinética do saquinavir (ver secção
4.2). É de esperar que inibidores mais fortes da CYP3A4, tais como o cetoconazol e o
itraconazol, exerçam efeitos superiores.
Aquando da administração de uma dose única de 100 mg de sildenafil com eritromicina,
um inibidor específico da CYP3A4, no estado estacionário (500 mg duas vezes ao dia
durante 5 dias), houve um aumento de 182% na exposição sistémica ao sildenafil (AUC).
Em voluntários saudáveis do sexo masculino não se evidenciou qualquer efeito da
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azitromicina (500 mg diariamente durante três dias) na AUC, Cmax, tmax, na constante
da taxa de eliminação, ou na semi-vida subsequente do sildenafil ou do seu principal
metabolito circulante. A cimetidina (800 mg), um inibidor do citocromo P450 e um
inibidor não-específico da CYP3A4, causou um aumento de 56% nas concentrações
plasmáticas de sildenafil quando co-administrada com sildenafil (50 mg) em voluntários
saudáveis.
O sumo de toranja é um inibidor fraco do metabolismo intestinal da CYP3A4 e poderá
originar ligeiros aumentos nos níveis plasmáticos de sildenafil.
Doses únicas de antiácidos (hidróxido de magnésio/hidróxido de alumínio) não afectaram
a biodisponibilidade do sildenafil.
Apesar de
não se terem realizado estudos específicos de
interacção para todos os
medicamentos, a análise farmacocinética populacional não evidenciou qualquer efeito
sobre a farmacocinética do sildenafil em resultado da medicação concomitante com
inibidores
CYP2C9
(tais
como
tolbutamida,
varfarina,
fenitoína),
inibidores
CYP2D6 (tais como os inibidores selectivos da recaptação da serotonina, antidepressivos
tricíclicos),
tiazidas
diuréticos
relacionados,
diuréticos
ansa
poupadores
potássio, inibidores da enzima de conversão da angiotensina, bloqueadores dos canais de
cálcio, antagonistas beta-adrenérgicos ou indutores do metabolismo associado à CYP450
(tais como rifampicina, barbitúricos).
O nicorandil é um composto híbrido actuando como um activador dos canais de cálcio e
um nitrato. Devido ao seu componente nitrato, este fármaco tem o potencial de gerar
interacções graves com o sildenafil.
Efeitos do sildenafil sobre outros medicamentos
Estudos in vitro:
O sildenafil é um fraco inibidor das formas isomórficas do citocromo P450, 1A2, 2C9,
2C19, 2D6, 2E1 e 3A4 (CI50 >150
M). Dadas as concentrações plasmáticas máximas
do sildenafil de aproximadamente 1
M após as doses recomendadas, não é provável que
o Sildenafil Adair altere a depuração dos substractos destas isoenzimas.
Não existem dados relativos à interacção do sildenafil e os inibidores não-específicos das
fosfodiesterases, tais como, a teofilina ou o dipiridamol.
Estudos in vivo:
Em conformidade com os seus efeitos conhecidos sobre as vias do óxido nítrico e do
GMPc (ver secção 5.1), o sildenafil demonstrou potenciar os efeitos hipotensores dos
nitratos. Por conseguinte, a co-administração de sildenafil com dadores de óxido nítrico
ou quaisquer formas de nitratos está contra-indicada (ver secção 4.3).
APROVADO EM
17-01-2012
INFARMED
A administração concomitante de sildenafil a doentes sob terapêutica com um bloqueador
alfa pode causar situações de hipotensão sintomática em alguns indivíduos que sejam
susceptíveis (ver secções 4.2 e 4.4). Esta situação tem uma maior probabilidade de
ocorrer dentro de um período de 4 horas após a administração de sildenafil (ver secções
4.2 e 4.4). Em três estudos de interacção entre fármacos específicos, o bloqueador alfa,
doxazosina (4 mg e 8 mg), e o sildenafil (25 mg, 50 mg ou 100 mg) foram administrados
simultaneamente a doentes com hiperplasia benigna da próstata (HBP) estável, sob
terapêutica com doxazosina.
Nestas populações em estudo, observaram-se reduções adicionais médias da pressão
arterial em supino de 7/7 mmHg, 9/5 mmHg e 8/4 mmHg, e reduções adicionais médias
de pressão arterial na posição ortostática de 6/6 mmHg, 11/4 mmHg e 4/5 mmHg,
respectivamente. Quando o sildenafil e a doxazosina foram administrados em simultâneo
a doentes em situação estável sob terapêutica com doxazosina, os relatos de hipotensão
postural sintomática foram pouco frequentes. Estes relatos incluiram tonturas e sensação
de atordoamento, mas não incluíram síncope.
Não foram evidenciadas interacções significativas quando o sildenafil (50 mg) foi co-
administrado com a tolbutamida (250 mg) ou varfarina (40 mg), ambas metabolizadas
pela CYP2C9.
O sildenafil (50 mg) não potenciou o aumento no tempo de hemorragia provocado pelo
ácido acetilsalicílico (150 mg).
sildenafil
não
potenciou
efeito
hipotensor
álcool
voluntários
saudáveis com uma média de alcoolémia máxima de 80 mg/dl.
análise
dados
seguintes
terapêuticas
anti-hipertensivas:
diuréticos,
bloqueadores
beta,
IECA,
antagonistas
angiotensina
medicamentos
anti-
hipertensores (vasodilatadores de acção central), bloqueadores neuronais adrenérgicos,
bloqueadores dos canais de cálcio e
bloqueadores dos receptores alfa-adrenérgicos,
demonstrou não haver diferenças no perfil de efeitos secundários em doentes medicados
com sildenafil quando comparado com o tratamento com placebo. Num estudo de
interacção específica, em que o sildenafil (100 mg) foi co-administrado com amlodipina
em doentes hipertensos, verificou-se uma redução adicional sobre a pressão arterial
sistólica em supino de 8 mmHg. A redução adicional correspondente da pressão arterial
diastólica em supino foi de 7 mmHg. Estas reduções adicionais da pressão arterial foram
magnitude
semelhante
verificada
quando
sildenafil
administrado
isoladamente a voluntários saudáveis (ver secção 5.1).
O sildenafil (100 mg) não influenciou a farmacocinética no estado estacionário do
saquinavir e ritonavir, inibidores das proteases do VIH, os quais são ambos substratos da
CYP3A4.
4.6Fertilidade, gravidez e aleitamento
APROVADO EM
17-01-2012
INFARMED
Sildenafil Adair não está indicado para utilização pela mulher.
Não foram observados efeitos adversos relevantes nos estudos de reprodução realizados
em ratos e coelhos após a administração oral de sildenafil.
4.7Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Atendendo a que foram descritas tonturas e perturbações da visão em ensaios clínicos
efectuados com o sildenafil, os doentes devem ter conhecimento de como reagem ao
Sildenafil Adair antes de conduzirem ou utilizarem máquinas.
4.8Efeitos indesejáveis
O perfil de segurança do sildenafil é baseado nos 8691 doentes que receberam os regimes
terapêuticos recomendados em 67 estudos clínicos controlados com placebo. As reacções
adversas mais frequentemente notificadas nos estudos clínicos, entre os doentes tratados
com sildenafil foram cefaleias, rubor, dispepsia, distúrbios visuais, congestão nasal,
tonturas e alteração visual da cor.
Foram recolhidas reacções adversas da vigilância pós-comercialização abrangendo um
período estimado superior a 9 anos. Pelo facto de não serem notificadas todas as reacções
adversas ao Titular de Autorização de Introdução no Mercado e não serem incluídas na
base de dados de segurança, as frequências destas reacções não podem ser determinadas
com segurança.
Na tabela abaixo mencionada estão listadas todas as reacções adversas clinicamente
relevantes, que ocorreram em ensaios clínicos com uma incidência superior ao placebo,
pelo sistema de classe de órgãos e frequência (muito frequentes (
1/10), frequentes
1/100 e <1/10), pouco frequentes (
1/1000 e <1/100), raras (
1/10000 e <1/1000).
Adicionalmente, a frequência das reacções adversas clinicamente relevantes, notificadas
na experiência de pós-comercialização é incluída como desconhecida.
Dentro de cada grupo de frequências, os efeitos secundários são apresentados por ordem
decrescente de gravidade.
Tabela 1: Reacções adversas clinicamente relevantes notificadas com uma incidência
superior ao placebo em estudos clínicos controlados e reacções adversas clinicamente
relevantes notificadas através da vigilância pós-comercialização
Classes
sistemas
órgãos MedDRA
Reacções Adversas
Doenças do sistema imunitário
APROVADO EM
17-01-2012
INFARMED
Raras
Reacções de hipersensibilidade
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes
Cefaleias
Frequentes
Tonturas
Pouco frequentes
Sonolência, hipoestesia
Raras
Acidente vascular cerebral, síncope
Desconhecidas
Acidente isquémico transitório, convulsões e recorrência
de convulsões
Afecções oculares
Frequentes
Visão alterada, alteração visual da cor
Pouco frequentes
Afecção
conjuntiva,
afecção
ocular,
afecção
lacrimação, outras afecções oculares
Desconhecidas
Neuropatia
óptica
isquémica
anterior
não
arterítica
(NAION), oclusão vascular da retina, defeitos do campo
visual.
Afecções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes
Vertigens, acufenos
Raras
Surdez*
Vasculopatias
Frequentes
Rubor
Raras
Hipertensão, hipotensão
Cardiopatias
Pouco frequentes
Palpitações, taquicardia
Raras
Enfarte do miocárdio, fibrilhação auricular
Desconhecidas
Arritmia
ventricular,
angina
instável,
morte
súbita
cardíaca
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Frequentes
Congestão nasal
Raras
Epistaxe
Doenças gastrointestinais
Frequentes
Dispepsia
Pouco frequentes
Vómitos, náuseas, boca seca
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Pouco frequentes
Erupção cutânea
Desconhecidas
Síndrome de Steven Johnson (SSJ), necrólise epidérmica
tóxica (NET)
Afecções musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Pouco frequentes
Mialgia
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Desconhecidas
Priapismo, erecção prolongada
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Pouco frequentes
Dor no peito, fadiga
Exames complementares de diagnóstico
Pouco frequentes
Aumento da frequência cardíaca
APROVADO EM
17-01-2012
INFARMED
* Afecções do ouvido: Surdez súbita. Foram notificados um número reduzido de casos,
pós-comercialização e de ensaios clínicos, de diminuição ou perda súbita da audição
associada à utilização de inibidores da PDE5, incluindo o sildenafil.
4.9Sobredosagem
Em estudos realizados em voluntários, utilizando doses únicas até 800 mg, as reacções
adversas foram semelhantes às verificadas com doses inferiores, no entanto, as taxas de
incidência e gravidade foram superiores. A administração de doses de 200 mg não
resultou num aumento de eficácia, mas verificou-se um aumento na incidência das
reacções adversas (cefaleias, rubores, tonturas, dispepsia, congestão nasal, perturbações
da visão).
Em casos de sobredosagem deverão ser adoptadas as necessárias medidas de suporte
padronizadas. Não é provável que a diálise renal acelere a depuração dado que o
sildenafil se liga fortemente às proteínas plasmáticas e não é eliminado pela urina.
5.PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 7.4.3. Aparelho genito-urinário; Outros medicamentos usados
em disfunções geniturinárias; Medicamentos usados na disfunção eréctil.
Código ATC: G04B E03
O sildenafil é uma terapêutica oral para a disfunção eréctil. Em circunstâncias normais,
i.e. com estimulação sexual, restabelece a função eréctil através do aumento do fluxo
sanguíneo no pénis.
O mecanismo fisiológico responsável pela erecção do pénis envolve a libertação de óxido
nítrico (NO) nos corpos cavernosos durante a estimulação sexual. O óxido nítrico activa a
enzima guanilato ciclase, a qual induz um aumento dos níveis de monofosfato de
guanosina cíclico (GMPc), provocando um relaxamento da musculatura lisa dos corpos
cavernosos, que permite o afluxo de sangue.
O sildenafil é um inibidor potente e selectivo da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5) específica
do GMPc nos corpos cavernosos, onde a PDE5 é responsável pela degradação do GMPc.
O sildenafil possui um mecanismo de acção periférico na erecção. O sildenafil não exerce
efeito
relaxante
directo
sobre
corpos
cavernosos
isolados,
aumenta
acentuadamente o efeito relaxante do NO sobre estes tecidos. Quando é activada a via
NO/GMPc, o que ocorre com a estimulação sexual, a inibição da PDE5 pelo sildenafil
resulta num aumento dos níveis de GMPc nos corpos cavernosos. Consequentemente, é
necessária
estimulação
sexual
para
sildenafil
produza
seus
efeitos
farmacológicos benéficos esperados.
APROVADO EM
17-01-2012
INFARMED
Estudos in vitro demonstraram que o sildenafil é selectivo para a PDE5, que está
envolvida no processo de erecção. O seu efeito é mais potente sobre a PDE5 do que sobre
outras
fosfodiesterases
conhecidas.
Existe
selectividade
vezes
superior
observada para a PDE6, a qual está envolvida na via de fototransdução na retina.
Administrado nas doses máximas recomendadas, existe uma selectividade 80 vezes
superior, para a PDE5, comparativamente com a observada para a PDE1, e acima de 700
vezes comparativamente com a PDE2, 3, 4, 7, 8, 9, 10 e 11. Em particular, o sildenafil,
tem uma selectividade para a PDE5 superior em mais de 4000 vezes à observada para a
PDE3,
fosfodiesterase
isomórfica
específica
AMPc
envolvida
controlo
contractilidade cardíaca.
Dois ensaios clínicos foram especificamente concebidos para determinar o intervalo de
tempo durante o qual, após administração de sildenafil, pode ocorrer uma erecção em
resposta à estimulação sexual. Num estudo de pletismografia do pénis (RigiScan) com
doentes em jejum, o tempo médio para início da acção naqueles que obtiveram erecções
com 60% de rigidez (suficiente para relações sexuais) com sildenafil, foi de 25 minutos
(intervalo de 12-37 minutos). Num estudo “RigiScan” separado, o sildenafil foi ainda
capaz de produzir uma erecção em resposta a estimulação sexual, 4-5 horas após
administração da dose.
O sildenafil provoca diminuições ligeiras e transitórias da pressão arterial que, na maioria
dos casos, não se traduzem em efeitos clínicos. A média da descida máxima da pressão
arterial sistólica em supino, após a administração oral de uma dose de 100 mg de
sildenafil, foi de 8,4 mmHg. A alteração correspondente na pressão arterial diastólica em
supino foi de 5,5 mmHg. Estas diminuições da pressão arterial são consistentes com os
efeitos vasodilatadores do sildenafil, provavelmente devido ao aumento dos níveis de
GMPc no músculo liso dos vasos sanguíneos. A administração de doses orais únicas de
sildenafil
até
voluntários
saudáveis
não
produziu
efeitos
clinicamente
significativos no ECG.
Num estudo sobre os efeitos hemodinâmicos de uma dose oral única de 100 mg de
sildenafil em 14 doentes com doença coronária grave (CAD) (>70% de estenose de, pelo
menos, uma artéria coronária), as pressões sistólica e diastólica médias em repouso
tiveram um decréscimo de 7% e de 6% respectivamente, comparativamente aos valores
de referência. A pressão sistólica pulmonar média sofreu um decréscimo de 9%. O
sildenafil não teve efeitos sobre o débito cardíaco, e não diminuiu o fluxo sanguíneo
através das artérias coronárias estenosadas.
Num ensaio, de dupla ocultação, controlado por placebo, em que participaram 144
doentes com disfunção eréctil e com angina crónica estável, que tomavam regularmente a
sua medicação antianginosa (exceptuando nitratos) e que foram submetidos a exercício
físico até ao aparecimento de angina, não foram observadas diferenças clinicamente
relevantes no tempo até ao início da angina limitante, comparativamente ao placebo.
APROVADO EM
17-01-2012
INFARMED
Em alguns doentes, foram detectadas alterações ligeiras e transitórias na distinção das
cores (azul/verde), utilizando o teste de coloração de Farnsworth-Munsell 100, uma hora
após a administração de uma dose de 100 mg, sem efeitos evidentes 2 horas após a
administração. O mecanismo aceite para esta alteração na distinção das cores está
relacionado com a inibição da PDE6, que está envolvida na cascata de fototransdução da
retina. O sildenafil não exerce efeitos sobre a acuidade visual ou sensibilidade ao
contraste. Num estudo de pequena dimensão, controlado com placebo, em doentes com
degeneração
macular
relacionada
idade
comprovada
precocemente
(n=9),
sildenafil (dose única, 100 mg) demonstrou não causar alterações significativas nos testes
visuais conduzidos (acuidade visual, grelha de Amsler, discriminação das cores numa
simulação de luzes de trânsito, perímetro de Humphrey e fotostress).
Não se verificou qualquer efeito sobre a mobilidade ou morfologia dos espermatozóides
após a administração de doses únicas de 100 mg de sildenafil, por via oral, a voluntários
saudáveis.
Outras informações relativas aos ensaios clínicos
Em ensaios clínicos, o sildenafil foi administrado a mais de 8000 doentes com idades
compreendidas entre 19-87 anos. Encontravam-se representados os seguintes grupos:
idosos (19,9%), doentes com hipertensão (30,9%), diabetes mellitus (20,3%), doença
cardíaca isquémica (5,8%), hiperlipidémia (19,8%), lesão da espinal-medula (0,6%),
depressão
(5,2%),
ressecção
transuretral
próstata
(3,7%),
prostatectomia
radical
(3,3%). Não se encontravam bem representados ou foram excluídos dos ensaios clínicos
os seguintes grupos: doentes submetidos a cirurgia pélvica, doentes pós-radioterapia,
doentes com insuficiência renal ou hepática grave e doentes com determinadas condições
cardiovasculares (ver Secção 4.3).
Em estudos de dose fixa, a proporção de doentes que referiram que o tratamento
melhorou a erecção foi de 62% (25 mg), 74% (50 mg) e 82% (100 mg) em comparação
com 25% para o placebo. Em ensaios clínicos controlados, a taxa de descontinuação
devida ao sildenafil foi baixa e semelhante ao placebo. Ao longo de todos os ensaios, as
percentagens de doentes que relataram melhorias com o sildenafil foram as seguintes:
disfunção eréctil psicogénica (84%), disfunção eréctil mista (77%), disfunção eréctil
orgânica (68%), idosos (67%), diabetes
mellitus (59%), doença cardíaca
isquémica
(69%), hipertensão (68%), TURP (61%), prostatectomia radical (43%), lesão da espinal-
medula (83%), depressão (75%). A segurança e eficácia do sildenafil foi mantida em
estudos a longo termo.
5.2Propriedades farmacocinéticas
Absorção:
O sildenafil é rapidamente absorvido. As concentrações plasmáticas máximas observadas
são atingidas entre 30 a 120 minutos (mediana de 60 minutos) após uma dose oral,
APROVADO EM
17-01-2012
INFARMED
quando em jejum. A biodisponibilidade oral média absoluta é de 41% (entre 25-63%).
Após a administração oral de sildenafil a AUC e a Cmax aumentaram em proporção com
a dose administrada no intervalo de doses recomendadas (25-100 mg).
Quando o sildenafil é administrado juntamente com alimentos, a taxa de absorção é
reduzida, verificando-se um atraso médio de 60 minutos no tmax e uma redução média de
29% na Cmax.
Distribuição:
O volume de distribuição médio no estado estacionário (Vss) para o sildenafil é de 105 l,
demonstrando a sua distribuição nos tecidos. Após a administração de uma dose oral
única de 100 mg, a média da concentração plasmática total máxima do sildenafil é de
aproximadamente 440 ng/ml (CV 40%). Atendendo a que o sildenafil (e o seu principal
metabolito N-desmetil), apresenta uma ligação às proteínas plasmáticas de 96%, a média
da concentração plasmática máxima de fármaco na forma livre é de 18 ng/ml (38 nM). A
ligação às proteínas é independente das concentrações totais do fármaco.
Em voluntários saudáveis medicados com sildenafil (100 mg em dose única) menos de
0,0002% (média 188 ng) da dose administrada estava presente no esperma recolhido 90
minutos após administração do fármaco.
Metabolismo:
O sildenafil é depurado predominantemente pelas isoenzimas microssomais hepáticas
CYP3A4 (via principal) e CYP2C9 (via menor). O principal metabolito em circulação
resulta da N-desmetilação do sildenafil. Este metabolito tem um perfil de selectividade
para as fosfodiesterases semelhante ao sildenafil e apresenta uma afinidade in vitro para a
PDE5
aproximadamente
verificada
para
fármaco
inalterado.
concentrações plasmáticas deste metabolito são de aproximadamente 40% das verificadas
para o sildenafil. O metabolito N-desmetil é metabolizado posteriormente, tendo uma
semi-vida terminal de aproximadamente 4 h.
Eliminação:
A depuração corporal total de sildenafil é de 41 l/h com uma semi-vida terminal de 3-5
horas. Após administração por via oral ou via intravenosa, o sildenafil é excretado, sob a
forma de metabolitos, predominantemente nas fezes (aproximadamente 80% da dose oral
administrada) e em menor quantidade na urina (aproximadamente 13% da dose oral
administrada).
Farmacocinética em grupos especiais de doentes
Idosos:
Em voluntários idosos saudáveis (com idade igual ou superior a 65 anos) verificou-se
uma redução na depuração do sildenafil, que resultou em concentrações plasmáticas
superiores de sildenafil e do metabolito activo N-desmetil, em aproximadamente 90% às
observadas nos voluntários saudáveis mais jovens (18-45 anos). Devido a diferenças na
ligação às proteínas plasmáticas relacionadas com a idade, o correspondente aumento das
concentrações plasmáticas de sildenafil na forma livre foi de aproximadamente 40%.
APROVADO EM
17-01-2012
INFARMED
Insuficiência renal:
Em voluntários com insuficiência renal ligeira a moderada (depuração da creatinina=30-
80 ml/min), a farmacocinética do sildenafil não foi alterada após a administração de uma
dose oral única de 50 mg. A AUC média e a Cmax do metabolito N-desmetil aumentaram
126% e 73%, respectivamente, em comparação com voluntários de idade semelhante mas
sem insuficiência renal. No entanto, devido à elevada variabilidade inter-individual, estas
diferenças não foram estatisticamente significativas. Em voluntários com insuficiência
renal grave (depuração da creatinina <30 ml/min), a depuração do sildenafil foi reduzida
verificando-se um aumento da AUC e da Cmax de 100% e 88% respectivamente, em
comparação com voluntários de idade semelhante mas sem insuficiência renal. Além
disso,
valores
Cmax
metabolito
N-desmetil
aumentaram
significativamente 79% e 200%, respectivamente.
Insuficiência hepática:
Em voluntários com cirrose hepática ligeira a moderada (A e B de Child-Pugh) a
depuração do sildenafil sofreu uma redução, resultando num aumento da AUC (84%) e
da Cmax (47%), em comparação com indivíduos da mesma idade mas sem insuficiência
hepática. A farmacocinética do sildenafil em doentes com insuficiência hepática grave
não foi estudada.
5.3Dados de segurança pré-clínica
Os dados não-clínicos não revelaram riscos especiais para o ser humano tendo como base
estudos convencionais da farmacologia de segurança, toxicidade por administrações
repetidas, genotoxicidade, potencial carcinogénico e toxicidade para a reprodução.
6.INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1Lista dos excipientes
Núcleo do comprimido:
Celulose em pó
Sílica coloidal anidra
Hidrogenofosfato de cálcio anidro
Croscarmelose sódica
Estearato de magnésio
Revestimento:
Hipromelose (E464) com viscosidade 3-15 cps
Dióxido de titânio (E171)
Triacetina (E1518)
Indigotina (E132)
Azul brilhante FCF (E133)
APROVADO EM
17-01-2012
INFARMED
Tartrazina (E102)
6.2Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3Prazo de validade
3 anos.
6.4Precauções especiais de conservação
Este medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de PVC/PE/PVDC/Aluminium em embalagens de 2 (apenas para 50 mg), 4, 8 ou
12 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
7.TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Galenicum Health, S.L.
Av da Diagonal, 123, 11ª planta
08006 Barcelona
Espanha
8.NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
9.DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO / RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10.DATA DA REVISÃO DO TEXTO
APROVADO EM
17-01-2012
INFARMED