Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
07-03-2008
07-03-2008
APROVADO EM
07-03-2008
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
SIBUTRAMINA TEVA 10mg CÁPSULAS
SIBUTRAMINA TEVA 15mg CÁPSULAS
Sibutramina, cloridrato monohidratado
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
-Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
-Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
-Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
-Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
NESTE FOLHETO:
1.O que é Sibutramina Teva e para que é utilizado
2.Antes de tomar Sibutramina Teva
3.Como tomar Sibutramina Teva
4.Efeitos secundários possíveis
5.Como conservar Sibutramina Teva
6.Outras informações
1.O QUE É SIBUTRAMINA TEVA E PARA QUE É UTILIZADO
A Sibutramina Teva 10mg e 15mg Cápsulas são medicamentos anti-obesidade. Ajudam-
no a perder peso. A sua função é deixá-lo satisfeito com uma menor quantidade de
alimentos. Ajudam-no a controlar a quantidade de alimentos que ingere. Comendo menos
deve ser mais fácil perder peso mesmo que não o tenha conseguido anteriormente. Perder
peso significa alterar os seus hábitos alimentares e alterá-los definitivamente. O seu
médico e a sua equipa estão presentes para o ajudar e far-lhe-ão check-ups regulares.
2.ANTES DE TOMAR SIBUTRAMINA TEVA
Não tome Sibutramina Teva:
Se é alérgico (hipersensível) ao cloridrato monohidratado de sibutramina ou a qualquer
outro componente deste medicamento
Se tem uma doença que está a provocar o seu problema de peso
Se alguma vez sofreu de perturbações major do comportamento alimentar
Se tem uma doença psiquiátrica, ou tiver tomado outros medicamentos para tratar a
depressão ou a doença psiquiátrica nas últimas 2 semanas
Se sofre de síndrome de Tourette, o qual provoca movimentos e sons descontrolados
Se tomou triptofano devido a um sono perturbado, ou fentermina ou dietilpropiona
(anfepramona) para a redução do peso nas últimas duas semanas
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Se tem a pressão arterial alta (mais do que 145/90), ou história de problemas de coração,
endurecimento das artérias ou de acidente vascular cerebral
Se tem problemas graves de fígado ou rins
Se tem problemas da próstata ou da tiróide,
ou um tumor da
medula
supra-renal
(feocromocitoma)
Se tem a doença do olho, ‘glaucoma de ângulo estreito’ (aumento da pressão no olho).
Fale com o seu médico ou oftalmologista se pensa que tem glaucoma, mas não tem a
certeza de que tipo (ver também “Tome especial cuidado”)
Se tem antecedentes de uso de drogas ilícitas, consumo abusivo de medicamentos ou de
álcool
Se está grávida, se puder engravidar ou se estiver a amamentar
Se tem menos de 18 anos ou mais de 65 anos
Tome especial cuidado com Sibutramina Teva
Fale com o seu médico antes de tomar este medicamento se:
epilepsia.
sibutramina
pode
piorar
situação
não
deve
tomada
combinação com alguns medicamentos para a epilepsia. Ver ’Tomar Sibutramina Teva
com outros medicamentos’
tem pressão arterial elevada
sofre de uma doença chamada apneia do sono, na qual a respiração é interrompida
durante o sono
tem uma história familiar de tiques-movimentos ou discurso que não consegue controlar
tem a doença do olho ‘glaucoma de ângulo aberto’ (aumento da pressão no olho) ou se
está em risco de ter esta doença (p.e. se outros membros da sua família tiveram esta
doença). Fale com o seu médico ou oftalmologista se pensa que tem glaucoma, mas não
tem a certeza de que tipo (ver também “Não tome Sibutramina Teva”)
tem uma doença que lhe confere predisposição para sangrar
é uma mulher que pode engravidar, devendo assegurar-se de que toma precauções
contraceptivas, não deve tomar sibutramina se está grávida ou a amamentar
foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, por exemplo
lactose, contacte-o antes de tomar este medicamento.
apresenta sintomas de depressão
tem algum problema de fígado ou rins
Tomar Sibutramina Teva com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente
outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Alguns antibióticos, tais como a rifampicina, a eritromicina, a troleandomicina e a
claritromicina
Determinados
medicamentos
para
tratamento
tosse,
constipação,
alergias
descongestionantes:
alguns
quais
contêm
componentes
podem
aumentar
pressão arterial – tais como a efedrina, a pseudoefedrina ou a xilometazolina.
Medicamentos para a epilepsia: carbamazepina, fenobarbital (fenobarbitona), fenitoína
A sibutramina não afecta a eficácia dos contraceptivos orais
Os medicamentos antifúngicos: cetoconazol ou itraconazol
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Medicamentos para prevenir a coagulação sanguínea tais como a varfarina, a aspirina ou
o clopidogrel
Certos medicamentos para o tratamento da enxaqueca: tais como o sumatriptano, a
dihidroergotamina.
Certos opiáceos para o alívio da dor: como o fentanil, a pentazocina, a petidina, o
dextrometorfano.
Alguns medicamentos esteróides e medicamentos que afectem o sistema imunitário:
ciclosporina, dexametasona.
Se estiver a tomar antidepressivos, ou os tomou nas últimas duas semanas, fale com um
médico ou farmacêutico antes de tomar sibutramina. Em particular, informe o seu médico
ou farmacêutico se estiver a tomar os medicamentos seguintes:
Inibidores da Monoaminoxidase ou IMAOs: estes incluem a isocarboxazida, a fenelzina e
a tranilcipromina
Inibidores Selectivos de Recaptação da Serotonina ou ISRSs: estes incluem a fluoxetina e
a paroxetina
Antidepressivos tricíclicos: estes incluem a amitriptilina, a dotiepina e a lofepramina
Tomar Sibutramina Teva com alimentos e bebidas
É melhor não beber álcool durante o seu programa de perda de peso. As bebidas
alcoólicas (como cerveja, cidra, vinho ou bebidas espirituosas) são uma razão muito
frequente para o aumento de peso. Por isso se beber torna-se mais difícil atingir o seu
objectivo.
A sibutramina pode ser tomada com ou sem alimentos.
Gravidez e aleitamento
Não tome sibutramina se está grávida, puder estar grávida ou se estiver a amamentar.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
A sibutramina pode afectar a sua consciência e as suas capacidades de julgamento e
motoras. Se for afectado, não conduza nem utilize quaisquer ferramentas ou máquinas.
Controlo da sua pressão arterial
Estará em contacto directo com a equipa do seu médico enquanto estiver em tratamento
com sibutramina. Eles quererão avaliar o seu progresso regularmente, pesando-o e
medindo a pressão arterial e a frequência cardíaca. Poucas pessoas (menos de 1 em cada
10) sofrem de um aumento da pressão arterial quando tomam sibutramina. Se a sua
pressão
arterial
aumentar
muito,
médico
suspenderá
administração
medicamento.
Informações importantes sobre alguns componentes de Sibutramina Teva
Os doentes que sejam intolerantes à lactose devem ter em atenção que sibutramina
contém uma pequena quantidade de lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem
intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
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3.COMO TOMAR SIBUTRAMINA TEVA
Tome a sibutramina sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. A dose habitual é:
Adultos com idade compreendida entre os 18 e os 65 anos
A dose inicial é de uma cápsula de 10 mg todas as manhãs. Se esta não o ajudar a perder
peso, a dose deve ser aumentada para uma cápsula de 15 mg diariamente durante 4
semanas depois do seu médico confirmar que as cápsulas de 10 mg foram bem toleradas.
Engula a cápsula inteira com um copo de água. Mantenha a dose, a não ser que o seu
médico a altere. A sibutramina pode ser tomada com ou sem alimentos.
Este medicamento não deve ser utilizado por doentes com idade superior a 65 anos.
Não dê Sibutramina Teva a crianças
Durante quanto tempo deve tomar os seus medicamentos
Só deve tomar sibutramina na sequência do seu programa de perda de peso. A equipa do
seu médico observá-lo-á regularmente para ver como se encontra. Se não perder peso nos
primeiros três meses, ou se ganhar peso, o seu médico pode parar de lhe receitar
sibutramina. Em qualquer caso, a sibutramina não deve ser prescrita habitualmente
durante mais de um ano.
Se tomar mais cápsulas do que deveria: É importante que não tome demasiadas cápsulas.
Se engoliu (ou qualquer outra pessoa) várias cápsulas ao mesmo tempo ou se pensa que
uma criança engoliu qualquer cápsula, contacte imediatamente o serviço de urgência do
hospital mais próximo ou o seu médico.
Uma sobredosagem é provável que provoque um aumento do batimento cardíaco, pressão
arterial elevada, dores de cabeça e tonturas.
Por favor leve consigo este folheto, quaisquer cápsulas restantes e a embalagem exterior
para o hospital ou para o médico, para que saibam quais os comprimidos que foram
ingeridos.
Caso se tenha esquecido de tomar Sibutramina Teva: Não tome uma dose a dobrar para
compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Continue com a dose seguinte como
habitualmente.
Quando
parar
tomar
Sibutramina
Teva:
Não
habitual
surgirem
sintomas
abstinência. Em raras ocasiões, algumas pessoas podem ter dores de cabeça ou um
aumento do apetite assim que param de tomar as cápsulas.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
4.EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
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Como todos os medicamentos, a sibutramina pode causar efeitos secundários, no entanto
estes não se manifestam em todas as pessoas. A maioria das pessoas que sentem efeitos
secundários, sentem-nos no início (nas primeiras quatro semanas) e apercebem-se que
vão diminuindo ao longo do tempo. Geralmente os efeitos secundários são de tal forma
ligeiros que as pessoas decidem continuar a tomar o seu medicamento.
Os efeitos secundários mais frequentes
Estes podem afectar 10 em cada 100 pessoas ou mais
Aparelho digestivo Obstipação
Outros: problemas de sono, boca seca
Se estes efeitos o incomodarem, fale com um médico ou farmacêutico.
Outros efeitos secundários frequentes
Estes podem afectar entre 1 e 10 em cada 100 pessoas
Coração
circulação
Batimentos
cardíacos
acelerados;
palpitações;
ritmo
cardíaco
irregular; pressão arterial elevada; vermelhidão.
Aparelho digestivo Mal-estar; agravamento das hemorróidas.
Pele Transpiração.
Sentidos Paladar estranho.
Outros Tonturas; sensação de formigueiro; dores de cabeça; ansiedade.
Se a sua frequência cardíaca aumentar o suficiente para o fazer sentir-se desconfortável,
ou se qualquer um dos outros efeitos o preocupa, fale com um médico ou farmacêutico
assim que possível.
Os efeitos secundários seguintes podem ocorrer
Fígado e rins Problemas de rins; níveis aumentados das enzimas hepáticas nos testes
laboratoriais.
Pele Exantema púrpura nas pernas; nódoas negras.
Aparelho digestivo Diarreia, vómitos, hemorragia no aparelho digestivo
Outros Convulsões; visão turva, depressão, pensamentos suicidas, impaciência, queda de
cabelo e perda de memória de curta duração.
Alterações da função sexual Impotência e perturbações menstruais.
Se sentir algum destes efeitos pouco frequentes, pare de tomar a sibutramina e fale com
um médico assim que possível
Outros sinais para ter em atenção
Se sentir dificuldades respiratórias, dores no peito ou os tornozelos inchados enquanto
estiver
tomar
cápsulas,
pare
tomar
sibutramina
fale
médico
imediatamente.
Foram relatadas reacções alérgicas, incluindo exantemas. Em casos muito raros podem
ocorrer dificuldades respiratórias, desmaios e inchaço da cara e da garganta, que poderão
necessitar de tratamento de emergência. Estes sintomas podem ser acompanhados por
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náuseas, dor de cabeça e febre. Se sentir algum destes sintomas, pare de tomar a
sibutramina e fale imediatamente com o seu médico.
Em caso de depressão e pensamentos suicidas pare de tomar a sibutramina e informe
imediatamente o seu médico.
Síndrome de Serotonina: Podem ser sentidos uma série de sintomas que podem incluir
sensação de confusão, transpiração, agitação, náuseas, alucinações, contracção muscular
repentina
batimento
cardíaco
acelerado,
quando
administrado
outros
medicamentos
afectam
libertação
serotonina
como
sumatriptano,
pentazocina, a petidina, o fentanil, o dextrometorfano e antidepressivos.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5.COMO CONSERVAR SIBUTRAMINA TEVA
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize a sibutramina após o prazo de validade impresso na embalagem exterior e na
embalagem blister. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não conservar acima de 25°C. Manter o blister dentro da embalagem exterior para
proteger da humidade.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6.OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Sibutramina Teva:
A substância activa é o cloridrato monohidratado de sibutramina .
Cada
cápsula
10mg
contém
Sibutramina
(equivalente
10mg
cloridrato
monohidratado de sibutramina)
Cada
cápsula
15mg
contém
Sibutramina
(equivalente
15mg
cloridrato
monohidratado de sibutramina)
Os outros componentes são:
Conteúdo
cápsula:
Celulose
Microcristalina,
Sílica
Coloidal
Anidra,
Lactose
monohidratada e Estearato de magnésio.
Revestimento da cápsula: Gelatina e Dióxido de Titânio
O revestimento da cápsula de 10mg também contém Carmim Índigo E132 & Óxido de
Ferro Vermelho E172 e o revestimento da cápsula de 15mg contém Óxido de Ferro
Amarelo E172.
Tintas de impressão:
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Opacode Preto (S-1-17822)
Esmalte Shellac 45%
(20% esterificado) em etanol
Óxido de Ferro Preto (E172)
Opacode Preto (S-1-17823)
Esmalte Shellac 45%
(20% esterificado) em etanol
Óxido de Ferro Preto (E172)
Qual o aspecto de Sibutramina Teva e conteúdo da embalagem:
Sibutramina Teva 10mg Cápsulas são cápsulas duras de gelatina com a cabeça azul
impressa com um “S” e o corpo de cor branca impressa com “10”.
Sibutramina Teva 15mg Cápsulas são cápsulas duras de gelatina com a cabeça amarela
impressa com um “N” e o corpo de cor branca impressa com “15”.
Sibutramina Teva 10mg e 15mg Cápsulas estão disponíveis em embalagens de 7, 28, 30,
56, 60, 98, 100 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Teva Pharma - Produtos Farmacêuticos, Lda.
Lagoas Park, Edifício 1, Piso 3
2740-264 Porto Salvo
Fabricante
Teva UK Limited, Brampton Road, Hampden Park, Eastbourne, East Sussex, BN22 9AG
Pharmachemie, B.V., Swensweg 5, 2031 GA Haarlem, Holanda
Teva Pharmaceuticals Works Private Limited Company, 4042 Debrecen, Pallagiut 13,
Hungria
Teva Pharmaceuticals Works Private Limited Company, H-2100H Godollo Tancsics
Milaly ut 82, Hungria
Teva Sante, Rue Bellocier, 89107 Sens, França
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sibutramina Teva 10 mg Cápsulas
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Uma cápsula de Sibutramina Teva contém 10
mg de cloridrato monohidratado de
sibutramina (equivalente a 8,37 mg de sibutramina)
Excipientes: Lactose monohidratada a 112,26 mg/comprimido
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsula.
Sibutramina Teva 10 mg Cápsulas são cápsulas duras de gelatina com a cabeça azul com
um “S” impresso e com o corpo de cor branca com a impressão “10”.
As cápsulas contêm um pó granulado de cor branca ou quase branca.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
A sibutramina está indicada como terapêutica adjuvante de um programa de controlo do
peso corporal em:
Doentes obesos com um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30 kg/m
Doentes com excesso de peso com um IMC igual ou superior a 27 kg/m
que apresentam
outros factores de risco relacionados com a obesidade, tais como diabetes tipo 2 ou
dislipidémia.
Nota:
A sibutramina só deve ser prescrita a doentes que não responderam adequadamente a um
regime de emagrecimento devidamente concebido, i.e. a doentes que tiveram dificuldades
em atingir ou manter uma perda de peso >5% num período de 3 meses.
O tratamento com sibutramina só deve ser administrado como parte integrante de uma
abordagem terapêutica de redução de peso a longo prazo, sob a vigilância de um médico
com experiência no tratamento da obesidade. Uma abordagem adequada do tratamento da
obesidade deverá incluir modificações dietéticas e comportamentais para além de um
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aumento da actividade física. Esta abordagem integrada é essencial a uma alteração
persistente dos hábitos e comportamentos alimentares, fundamental para manter a longo
prazo o
nível
redução
peso
atingido,
após
suspensão
do tratamento
sibutramina. Os doentes devem alterar o seu estilo de vida no decurso do tratamento com
sibutramina, de modo a manterem o seu peso após a suspensão do tratamento com o
fármaco. Os doentes deverão ser informados de que poderão recuperar o peso se não
cumprirem estas recomendações. Recomenda-se que o doente seja mantido sob vigilância
médica mesmo após a suspensão do tratamento com Sibutramina.
4.2Posologia e modo de administração
Adultos: A dose inicial é de uma cápsula de 10 mg engolida inteira, uma vez por dia, de
manhã, com líquido (por ex. um copo de água). A cápsula pode ser tomada com ou sem
alimentos.
Nos doentes em que a resposta a sibutramina 10 mg é insuficiente (definida por uma
perda de peso inferior a 2 kg após quatro (4) semanas de tratamento), a dose pode ser
aumentada para uma cápsula de 15 mg uma vez por dia, desde que sibutramina 10 mg
seja bem tolerada.
tratamento
deve
suspenso
doentes
responderam
inadequadamente
sibutramina 15 mg (definido por uma redução ponderal inferior a 2 kg após quatro (4)
semanas de tratamento). Os doentes que não responderam à terapêutica têm um risco
superior de efeitos indesejáveis (ver secção 4.8).
Duração do tratamento: O tratamento deve ser suspenso em doentes que não responderam
adequadamente, i.e. cuja redução ponderal tenha estabilizado em menos de 5% do seu
peso inicial ou cuja perda ponderal no período de três (3) meses após o início da
terapêutica tenha sido inferior a 5% do seu peso inicial. O tratamento não deve ser
mantido em doentes que tenham readquirido 3 kg ou mais após terem registado uma
redução ponderal prévia.
Nos doentes com patologias concomitantes, o tratamento com Sibutramina só deverá
prosseguir se for demonstrado que a perda de peso induzida está associada a outros
benefícios
clínicos,
nomeadamente
melhoria
perfil
lipídico
doentes
dislipidémia ou o controlo glicémico na diabetes tipo 2.
Sibutramina só deverá ser administrada até um período máximo de um ano. Os dados
disponíveis relativamente à utilização por um período superior a um ano são limitados.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade conhecida ao cloridrato de sibutramina monohidratado ou a qualquer
um dos excipientes
Obesidade de causas orgânicas
Antecedentes de perturbações major do comportamento alimentar
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Doença psiquiátrica. A sibutramina demonstrou potencial actividade antidepressiva em
estudos
experimentação
animal,
pelo
não
poderá
excluir
hipótese
sibutramina induzir um episódio de mania em doentes com patologia bipolar
Síndrome de Gilles de la Tourette
Utilização concomitante, ou utilização durante as últimas duas semanas, de inibidores da
monoaminoxidase ou de outros fármacos com acção sobre o sistema nervoso central,
utilizados no tratamento de doenças do foro psiquiátrico (tais como antidepressivos,
antipsicóticos)
redução
ponderal,
triptofano
para
tratamento
perturbações do sono
Antecedentes de doença coronária, insuficiência cardíaca congestiva, taquicardia, doença
arterial
oclusiva
periférica,
arritmias
doença
cerebrovascular
(acidente
vascular
cerebral ou AIT)
Hipertensão inadequadamente controlada >145/90 mmHg; ver secção 4.4
Hipertiroidismo
Insuficiência hepática grave
Insuficiência renal grave e em doentes em diálise com doença renal em fase terminal
Hiperplasia benigna da próstata com retenção urinária
Feocromocitoma
Glaucoma de ângulo fechado
Antecedentes de uso de drogas ilícitas, consumo abusivo de medicamentos ou de álcool
Gravidez e aleitamento (ver secção 4.6)
Crianças e adolescentes até aos 18 anos de idade, devido a dados insuficientes
Doentes com idade superior a 65 anos, devido a dados insuficientes
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Deve proceder-se à monitorização da pressão arterial e da frequência cardíaca em todos
os doentes submetidos a um tratamento com Sibutramina, visto que a sibutramina tem
provocado aumentos clinicamente relevantes da pressão arterial em alguns doentes. Nos
primeiros três meses de tratamento estes parâmetros devem ser verificados em intervalos
de 2 semanas; entre o 4º e o 6º mês estes parâmetros devem ser verificados uma vez por
mês
posteriormente
intervalos
regulares,
até
máximo
três
meses.
tratamento deve ser suspenso nos doentes para os quais, em duas consultas consecutivas,
seja detectado um aumento da frequência cardíaca em repouso
10 bpm ou da pressão
arterial sistólica/diastólica
10 mmHg. O tratamento também deve ser suspenso em
doentes hipertensos, anteriormente bem controlados, se a pressão arterial for superior a
145/90
mmHg
em duas
medições consecutivas (ver
secção 4.8). Em doentes com
síndrome de apneia do sono devem ser tomados cuidados especiais na monitorização da
pressão arterial.
Na utilização concomitante da sibutramina com simpaticomiméticos, consulte a secção
4.5.
Embora a sibutramina não tenha sido associada à ocorrência de hipertensão pulmonar
primária, é importante vigiar, devido às preocupações gerais com os fármacos anti-
obesidade, no decurso de check-ups de rotina, o aparecimento de sintomas tais como
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dispneia progressiva, dor torácica e edema no tornozelo. O doente deve ser aconselhado a
consultar imediatamente um médico caso se manifestem estes sintomas.
A sibutramina deve ser administrada com precaução em doentes com epilepsia.
Têm sido observados aumentos dos níveis plasmáticos de sibutramina em doentes com
insuficiência hepática ligeira a moderada. Embora não tenham sido referidos efeitos
adversos, a sibutramina deve ser usada com precaução nestes doentes.
Apesar de apenas os metabolitos inactivos serem excretados por via renal, a sibutramina
deve ser utilizada com precaução em doentes com insuficiência renal ligeira a moderada.
sibutramina
deve
administrada
precaução
doentes
antecedentes
familiares de alterações motoras ou verbais.
As mulheres em idade fértil devem utilizar medidas contraceptivas adequadas durante o
tratamento com a sibutramina.
Existe a possibilidade de consumo abusivo de fármacos com acção ao nível do SNC. No
entanto, os
dados
clínicos
disponíveis
não
revelaram
quaisquer
sinais
consumo
abusivo com a sibutramina.
Existem
preocupações
gerais
determinados
fármacos
anti-obesidade
estão
associados a um aumento do risco de valvulopatias cardíacas. No entanto, os dados
clínicos com a sibutramina não revelam quaisquer sinais de um aumento desta incidência.
Doentes com antecedentes de perturbações major do comportamento alimentar, tais como
anorexia
nervosa
bulimia
nervosa,
estão
contra-indicados.
Não
existem
dados
disponíveis sobre a sibutramina no tratamento de doentes com perturbação alimentar
compulsiva.
A sibutramina deve ser administrada com precaução em doentes com glaucoma de ângulo
aberto com história familiar de risco de pressão intra-ocular elevada.
Tal como com outros agentes que inibem a recaptação da serotonina, há um potencial
aumento do risco de hemorragia (incluindo hemorragia ginecológica, gastrointestinal e
outras hemorragias cutâneas ou mucosas) em doentes sob tratamento com sibutramina.
Assim,
sibutramina
deverá
administrada
precaução
doentes
predisposição para hemorragias e que tomem concomitantemente outros medicamentos
que afectem a hemostase ou a função plaquetária.
Foram reportados casos raros de depressão, ideação suicida e suicídio em doentes sob
tratamento com sibutramina. Recomenda-se pois, especial atenção em doentes com
história de depressão. No caso de ocorrerem durante o tratamento com sibutramina sinais
ou sintomas de depressão, deverá considerar-se a suspensão da sibutramina e iniciar
tratamento apropriado.
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Sibutramina contém lactose e portanto não deve ser utilizada em doentes com problemas
hereditários
raros
intolerância
galactose,
deficiência
lactase
Lapp
malabsorção de glucose-galactose.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
A sibutramina e os seus metabolitos activos são eliminados por metabolismo hepático; a
principal enzima envolvida é a CYP3A4 e poderão igualmente contribuir a CYP2C9 e a
CYP1A2.
Deve
ter-se
especial
cuidado
durante
administração
concomitante
Sibutramina com fármacos que afectam a actividade da enzima CYP3A4 (ver secção
5.2). Entre os inibidores da CYP3A4 incluem-se o cetoconazol, itraconazol, eritromicina,
claritromicina,
troleandomicina
ciclosporina.
estudo
sobre
interacção
medicamentosa revelou que a administração concomitante de cetoconazol ou eritromicina
sibutramina
induziu
aumento
concentrações
plasmáticas
(AUC)
metabolitos
activos
sibutramina
(23%
respectivamente).
Verificaram-se
aumentos médios da frequência cardíaca até 2,5 batimentos por minuto em relação à
administração isolada de sibutramina.
A rifampicina, fenitoína, carbamazepina, fenobarbital e a dexametasona são indutores da
enzima CYP3A4 e podem acelerar o metabolismo da sibutramina, embora este facto não
tenha sido objecto de estudos experimentais.
A utilização simultânea de vários fármacos, que aumentam os níveis de serotonina no
cérebro, pode originar interacções graves. Este fenómeno é designado por síndrome da
serotonina e poderá ocorrer, em casos raros, em associação com o uso simultâneo de um
inibidor selectivo de recaptação da serotonina [ISRS] com certos fármacos utilizados no
tratamento da enxaqueca (como o sumatriptano e a dihidroergotamina), ou conjuntamente
com certos opiáceos (como a pentazocina, petidina, fentanil, dextrometorfano), ou no
caso de utilização simultânea de dois ISRS.
Dado
sibutramina
inibe
recaptação
serotonina
(entre
outros
efeitos),
sibutramina não deve ser utilizada concomitantemente com outros fármacos que também
elevem os níveis cerebrais de serotonina.
Não
avaliado
sistematicamente
concomitante
sibutramina
outros
fármacos que sejam susceptíveis de aumentarem a pressão arterial ou a frequência
cardíaca
(por
simpaticomiméticos).
Entre
fármacos
deste
tipo
incluem-se
determinados medicamentos para o tratamento da tosse, constipação e alergias (por ex.
efedrina, pseudoefedrina) e certos descongestionantes (por ex. xilometazolina).
Recomenda-se precaução ao prescrever sibutramina a doentes que estejam a utilizar estes
medicamentos.
A sibutramina não afecta a eficácia dos contraceptivos orais.
APROVADO EM
07-03-2008
INFARMED
Em doses únicas, a sibutramina não afectou adicionalmente o rendimento cognitivo ou
psicomotor quando administrada concomitantemente com álcool. Contudo, regra geral, o
consumo de álcool não é compatível com as medidas dietéticas recomendadas.
Não existem dados disponíveis sobre a utilização concomitante de sibutramina com
orlistat.
Devem decorrer duas semanas entre a suspensão do tratamento com sibutramina e o
início do tratamento com inibidores da monoaminoxidase.
4.6 Gravidez e aleitamento
Utilização na gravidez: A sibutramina não deverá ser utilizada durante a gravidez.
Considera-se
geralmente
inadequado
fármacos
anti-obesidade
durante
gravidez, pelo que as mulheres em idade fértil devem utilizar um método contraceptivo
apropriado durante o tratamento com sibutramina e informar o seu médico se ficarem
grávidas ou pretenderem engravidar durante a terapêutica. Não foram realizados estudos
controlados com sibutramina em mulheres grávidas. Os estudos efectuados em coelhas
prenhas demonstraram efeitos sobre a reprodução para níveis de doses tóxicas maternas
(ver secção 5.3). Desconhece-se a relevância destes resultados para o ser humano.
Utilização no aleitamento: Desconhece-se se a sibutramina é excretada no leite humano
pelo que a administração da sibutramina está contra-indicada durante o aleitamento.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Embora a sibutramina não tenha afectado o rendimento psicomotor ou cognitivo em
voluntários saudáveis, qualquer fármaco que actue ao nível do SNC poderá provocar
alterações da consciência e das capacidades cognitivas ou motoras. Assim, os doentes
devem ser advertidos de que a sua capacidade de conduzir um veículo, utilizar máquinas
ou trabalhar num ambiente perigoso poderá ser afectada durante o tratamento com
sibutramina.
4.8 Efeitos indesejáveis
A maioria dos efeitos adversos notificados com sibutramina ocorreu na fase inicial do
tratamento (durante as primeiras 4 semanas). A sua intensidade e frequência diminuíram
no decurso do tempo. Regra geral, estes efeitos não foram graves, não justificaram a
interrupção do tratamento e foram reversíveis. Os efeitos adversos observados nos
ensaios clínicos de fase II/III encontram-se especificados na tabela seguinte, por sistema
orgânico (muito frequentes (
1/10), frequentes (
1/100 a <1/10)):
Sistema de órgãos
Frequência
Efeitos indesejáveis
APROVADO EM
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INFARMED
Sistema nervoso central
Muito frequentes
Boca seca
Insónias
Frequentes
Tonturas
Parestesia
Cefaleias
Ansiedade
Sistema
cardiovascular
(ver
informação
detalhada abaixo)
Frequentes
Taquicardia
Palpitações
Aumento
pressão
arterial/hipertensão
Vasodilatação (hot flush)
Sistema gastrointestinal
Muito frequentes
Obstipação
Frequentes
Náuseas
Agravamento de hemorróidas
Pele
Frequentes
Sudorese
Funções sensoriais
Frequentes
Disgeusia
Sistema cardiovascular
Foram observados aumentos médios da pressão arterial sistólica e diastólica em repouso
de 2-3 mmHg e aumentos médios da frequência cardíaca de 3-7 batimentos por minuto.
Não poderá excluir-se a hipótese de se registarem, em casos isolados, aumentos mais
acentuados da pressão arterial e da frequência cardíaca.
Qualquer aumento clinicamente significativo da pressão arterial e da frequência cardíaca
tende a ocorrer na fase inicial do tratamento (primeiras 4-12 semanas). Nestes casos, a
terapêutica deve ser interrompida (ver secção 4.4).
Relativamente à utilização de sibutramina em doentes hipertensos, ver secções 4.3 e 4.4.
Os efeitos adversos clinicamente significativos observados em estudos clínicos e após
comercialização são descritos de seguida, por sistema de órgãos:
Doenças do sangue e do sistema linfático:
Trombocitopenia, púrpura de Henoch-Schonlein
Doenças do sistema imunitário:
Foram notificados casos de reacções de hipersensibilidade alérgica que vão desde ligeiras
erupções cutâneas e urticária até angioedema e anafilaxia
APROVADO EM
07-03-2008
INFARMED
Perturbações do foro psiquiátrico:
Agitação
Depressão em doentes com e sem antecedentes de história de depressão (ver secção 4.4).
Doenças do sistema nervoso:
Convulsões, síndrome de serotonina em combinação com outros agentes que afectem a
libertação de serotonina (ver secção 4.5).
Perturbação transitória da memória de curta duração
Afecções oculares:
Visão turva
Cardiopatias e vasculopatias:
Fibrilhação auricular, taquicardia paroxística supraventricular
Doenças gastrointestinais:
Diarreia, vómitos, hemorragia gastrointestinal
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas:
Alopécia, rash, urticária, reacções cutâneas hemorrágicas (equimose, petéquia)
Doenças renais e urinárias:
Nefrite intersticial aguda, glomerulonefrite mesangio-capilar, retenção urinária
Doenças dos órgãos genitais e da mama:
Alteração
ejaculação/orgasmo,
impotência,
irregularidades
ciclo
menstrual,
metrorragia
Exames complementares de diagnóstico:
Aumentos reversíveis das enzimas hepáticas
Outros:
Foram observados casos raros de sintomas de abstinência, nomeadamente cefaleias e
aumento do apetite.
4.9 Sobredosagem
A experiência relativa à sobredosagem com sibutramina é limitada. Os efeitos adversos
associados à sobredosagem mais frequentemente observados são taquicardia, hipertensão,
cefaleias
tonturas.
tratamento
deve
consistir
medidas
gerais
utilizadas
tratamento de casos de sobredosagem, tais como manutenção da permeabilidade das vias
aéreas, monitorização das funções cardiovasculares e medidas gerais sintomáticas e de
suporte.
administração
precoce
carvão
activado
pode
atrasar
absorção
sibutramina. A lavagem gástrica pode também ser benéfica. Poderá estar indicada a
administração
cuidadosa
bloqueadores-beta
doentes
hipertensão
APROVADO EM
07-03-2008
INFARMED
taquicardia. Os resultados de um estudo em doentes com doença renal em fase terminal,
submetidos
diálise,
demonstraram
metabolitos
sibutramina
não
eram
eliminados de forma significativa com a hemodiálise.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Classificação farmacoterapêutica: 2.8 Estimulantes inespecíficos do Sistema Nervoso
Central
Grupo farmacoterapêutico: medicamento anti-obesidade, código ATC A08A A10.
A sibutramina exerce os seus efeitos terapêuticos predominantemente através dos seus
metabolitos activos amina secundários e primários (metabolito 1 e metabolito 2) os quais
são inibidores da recaptação da noradrenalina, serotonina (5-hidroxitriptamina; 5–HT) e
dopamina. No tecido cerebral humano, o metabolito 1 e o metabolito 2 são
3 vezes
mais potentes como inibidores in vitro da recaptação da noradrenalina e da serotonina do
que da recaptação da dopamina. As amostras de plasma colhidas de voluntários tratados
sibutramina
induziram
inibição
significativa
tanto
recaptação
noradrenalina
(73%)
como
recaptação
serotonina
(54%)
inibir
significativamente a recaptação da dopamina (16%). A sibutramina e os seus metabolitos
não são agentes libertadores das monoaminas nem inibidores da monoaminoxidase. Não
possuem
afinidade
para
grande
número
receptores
neurotransmissores,
incluindo
receptores
serotoninérgicos
(5-HT
5-HT
5-HT
5-HT
adrenérgicos
dopaminérgicos
-like,
-like),
muscarínicos,
histaminérgicos (H
), benzodiazepínicos e NMDA.
Em modelos animais em que foram utilizados ratos magros em fase de crescimento e
ratos obesos, foi comprovado que a sibutramina provoca uma redução do ganho ponderal.
Pensa-se que esta redução resulta do seu impacto sobre a ingestão de alimentos, i.e. de
um aumento da saciedade, embora a potenciação da termogénese contribua igualmente
para a perda de peso. Foi demonstrado que estes efeitos são mediados pela inibição da
recaptação da serotonina e noradrenalina.
Em ensaios clínicos realizados no ser humano, a sibutramina demonstrou induzir perda
ponderal pelo aumento da saciedade. Dispõe-se igualmente de dados comprovativos do
efeito
termogénico
sibutramina
atenuação
declínio
adaptativo
taxa
metabólica em repouso no decurso da perda de peso. A redução ponderal induzida pela
Sibutramina é acompanhada de alterações benéficas dos níveis lipídicos e controlo da
glicémia em doentes com dislipidémia e diabetes tipo 2, respectivamente.
Em doentes obesos com diabetes mellitus tipo 2, a perda de peso com sibutramina foi
associada a uma redução média de 0,6% (unidade) de HbA
. Da mesma forma, em
doentes obesos com dislipidemia, a perda de peso foi associada a um aumento de 12-22%
de colesterol HDL e a uma redução de 9-21% de triglicéridos.
APROVADO EM
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INFARMED
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A sibutramina é bem absorvida e sofre um extenso metabolismo de primeira passagem.
Os níveis plasmáticos máximos (C
) foram atingidos 1,2 horas após uma dose oral
única de 20 mg de cloridrato de sibutramina monohidratado. A semi-vida do composto
original é de 1,1 horas. Os metabolitos 1 e 2 farmacologicamente activos atingem a C
em três horas, registando-se semi-vidas de eliminação de 14 e 16 horas, respectivamente.
Foi demonstrada uma cinética linear nos intervalos de dosagens de 10 a 30 mg, não se
observando alterações relacionadas com a dose em termos das semi-vidas de eliminação,
registando-se
aumentos
concentrações
plasmáticas
proporcionais
doses
administradas. Após a administração de doses repetidas, são atingidas concentrações em
estado de equilíbrio dos metabolitos 1 e 2 decorridos 4 dias, com uma acumulação
aproximadamente dupla.
farmacocinética
sibutramina
seus
metabolitos
indivíduos
obesos
semelhante à dos indivíduos com peso corporal normal. Os dados relativamente limitados
disponíveis
até à data não revelam
sinais de diferenças clinicamente relevantes na
farmacocinética de ambos os sexos. O perfil farmacocinético observado em indivíduos
idosos saudáveis (média etária 70 anos) foi semelhante ao registado em indivíduos jovens
saudáveis.
Insuficiência renal
A disposição dos metabolitos 1, 2, 5 e 6 da sibutramina foi estudada em doentes com
vários graus de função renal. A sibutramina por si só não foi mensurável.
As AUCs dos metabolitos activos 1 e 2 não são geralmente afectadas pela insuficiência
renal, com excepção da AUC do metabolito 2 em doentes submetidos a diálise com
doença renal de fase terminal nos quais foi aproximadamente igual a metade do valor
medido em indivíduos normais (CL
80 mL/min). As AUCs dos metabolitos inactivos 5
e 6 aumentaram 2-3 vezes em doentes com insuficiência moderada (30 mL/min < CL
mL/min), 8-11 vezes em doentes com insuficiência grave (CL
30 mL/min) e 22-33
vezes em doentes submetidos a diálise com doença renal de fase terminal em comparação
com os
indivíduos normais.
Aproximadamente 1% da dose oral
foi recuperada
dialisado durante o processo de hemodiálise, como uma combinação dos metabolitos 5 e
6, enquanto os metabolitos 1 e 2 não se encontravam no dialisado em quantidades
mensuráveis.
A sibutramina não deve ser utilizada em doentes com insuficiência renal grave, incluindo
os doentes em diálise com doença renal em fase terminal.
Insuficiência hepática
indivíduos
insuficiência
hepática
moderada,
biodisponibilidade
metabolitos activos foi 24% superior após uma dose única de sibutramina. A ligação às
proteínas plasmáticas da sibutramina e dos seus metabolitos 1 e 2 corresponde a cerca de
97%, 94% e 94%, respectivamente. O metabolismo hepático constitui a principal via de
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eliminação da sibutramina e dos seus metabolitos activos 1 e 2. Os restantes metabolitos
(inactivos) são excretados principalmente na urina, com uma relação urina: fezes de 10:1.
Os estudos in vitro realizados em microssomas hepáticos indicaram que a CYP3A4 é a
principal isoenzima do citocromo P450 responsável pelo metabolismo da sibutramina. Os
dados in vitro não revelam a existência de uma afinidade para a CYP2D6, uma enzima de
capacidade reduzida envolvida nas interacções farmacocinéticas com vários fármacos.
Estudos adicionais in vitro têm demonstrado que a sibutramina não exerce um efeito
significativo sobre a actividade das principais isoenzimas P450, incluindo a CYP3A4. Foi
comprovado que as CYP450s envolvidas no metabolismo subsequente do metabolito 2
(in vitro) são a CYP3A4 e a CYP2C9. Embora não existam presentemente dados
comprovativos, é provável que a CYP3A4 esteja igualmente envolvida no metabolismo
subsequente do metabolito 1.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
A toxicidade da sibutramina após a administração de doses únicas em animais de
experimentação
resultou
geralmente
efeitos
farmacodinâmicos
exagerados.
tratamento durante um prazo mais longo esteve associado a alterações patológicas de
natureza apenas ligeira e a resultados secundários ou relacionados com as espécies.
Conclui-se, portanto, ser improvável que estas suscitem preocupações se a sibutramina
utilizada
acordo
recomendações
clínicas.
Realizaram-se
estudos
reprodução no rato e no coelho. Um estudo efectuado no coelho revelou uma incidência
ligeiramente superior de malformações cardiovasculares fetais nos grupos de tratamento
do que no grupo de controlo, enquanto noutro estudo foi demonstrada uma incidência
inferior à dos controlos. Além disso, neste último estudo mas não no primeiro, o grupo de
tratamento apresentou um número ligeiramente superior de fetos com duas malformações
minor (uma pequena ligação ossificada em forma de rosca entre os ossos da maxila e os
malares, e diferenças muito ligeiras no espaçamento das raízes de algumas pequenas
artérias do arco aórtico). Desconhece-se qual a relevância destes resultados para o ser
humano. Não foi investigado o uso de sibutramina na gravidez humana. Os ensaios de
toxicidade
genética
grande
extensão
não
revelaram
quaisquer
sinais
mutagenicidade induzida pela sibutramina. Os estudos em roedores demonstraram que a
sibutramina não possui potencial carcinogénico relevante para o ser humano.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1Lista dos excipientes
Conteúdo da cápsula
Celulose microcristalina
Sílica coloidal anidra
Lactose monohidratada
Estearato de magnésio.
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Revestimento da cápsula
Gelatina
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro vermelho (E172)
Carmim índigo (E132)
Tintas de impressão (mistura de Opacode Preto (S-1-17822) & Opacode Preto (S-1-
17823)
Opacode Preto (S-1-17822):
Esmalte Shellac 45% (20% Esterificado) em Etanol
Óxido de Ferro Preto (E172)
Opacode Preto (S-1-17823):
Esmalte Shellac 45% (20% Esterificado) em Etanol
Óxido de Ferro Preto (E172)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável
6.3Prazo de validade
2 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25°C.
Manter o blister dentro da embalagem exterior para proteger da humidade.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Embalagens blister de PVC/PE/PVDC/Alumínio contendo 7, 28, 30, 56, 60, 98 ou 100
cápsulas. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações
6.6 Instruções de utilização, manipulação e eliminação
Não existem requisitos especiais
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Teva Pharma - Produtos Farmacêuticos, Lda.
Lagoas Park, Edifício 1, Piso 3
2740-264 Porto Salvo
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INFARMED
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO