Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
11-07-2008
11-07-2008
APROVADO EM
11-07-2008
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Sibutramina Solufarma 10 mg Cápsulas
Sibutramina Solufarma 15 mg Cápsulas
Sibutramina
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este
medicamento
receitado
para
Não
deve
dá-lo
outros;
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos
sintomas.
- Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários
não
mencionados
neste
folheto,
informe
médico
farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Sibutramina Solufarma e para que é utilizado
2. Antes de tomar Sibutramina Solufarma
3. Como tomar Sibutramina Solufarma
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Sibutramina Solufarma
6. Outras informações
1. O QUE É Sibutramina Solufarma E PARA QUE É UTILIZADO
Sibutramina Solufarma promove uma sensação de saciedade numa fase mais
precoce da refeição e aumenta o consumo energético. Sibutramina Solufarma
medicamento
utilizado
associação
regime
diurético
hipocalórico, na redução do peso e manutenção da perda de peso obtido.
Sibutramina Solufarma está indicado como terapêutica adjuvante de um
programa de controlo de peso em:
- Doentes obesos com um índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a
30 kg/m
- Doentes com excesso de peso com um IMC igual ou superior a 27 kg/m
factores de risco relacionadas com a obesidade, tais como diabetes tipo II ou
dislipidemia.
IMC = Peso corporal em kg
Altura em m
2. ANTES DE TOMAR Sibutramina Solufarma
Sibutramina
Solufarma
pode
utilizado
doentes
não
responderam, ou que não responderam de forma adequada, a um regime de
redução de peso devidamente concebido, ou seja, cuja perda de peso foi
inferior a 5 % em três meses.
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O tratamento com Sibutramina Solufarma só deve ser administrado como parte
integrante de uma abordagem terapêutica de redução de peso a longo prazo,
sob vigilância de um médico. Uma abordagem terapêutica adequada deve
incluir dieta, modificação do comportamento e um aumento da actividade física.
Nesta abordagem integrada é essencial a modificação persistente dos hábitos
e padrões alimentares e de exercício físico, fundamentais para a manutenção a
longo prazo da redução do peso atingida após a suspensão do tratamento. O
não cumprimento destas recomendações poderá levar à recuperação de peso.
Deve ser mantida vigilância médica mesmo após a suspensão do tratamento
com Sibutramina Solufarma.
Não tome Sibutramina Solufarma
alergia
(hipersensibilidade)
Sibutramina
qualquer
outro
componente de Sibutramina Solufarma.
- se tem obesidade causada por doença orgânica;
- se tem antecedentes ou presença de perturbações major do comportamento
alimentar;
- se tem doença psiquiátrica e Síndrome de Gilles de la Tourette (um tipo
particular de perturbação associada a tiques);
- se tiver tomado em simultâneo ou se tiver tomado durante as últimas 2
semanas inibidores da monoaminoxidase (inibidores MAO), de antidepressivos
ou de outros medicamentos que actuam no sistema nervoso central usados no
tratamento
perturbações
mentais
(tais
como
antidepressivos
antipsicóticos), nas perturbações do sono (triplofano) ou na redução do peso;
- se tem antecedentes de doença coronária, insuficiência cardíaca congestiva,
taquicárdia
(aumento
frequência
cardíaca),
doença
arterial
oclusiva
periférica (um tipo específico de perturbação grave da circulação do sangue),
alterações do ritmo cardíaco ou doença cerebrovascular (com diminuição do
fluxo sanguíneo cerebral), tal como no acidente vascular cerebral (AVC) ou AIT
(acidente isquémico transitório - diminuição recorrente do fluxo de sangue ao
cérebro);
- se tem hipertensão inadequadamente controlada (superior a 145/90 mmHg);
- se tem hipertiroidismo (produção excessiva de hormonas pela glândula
tiróide);
- se tem insuficiência hepática e renal graves;
- se tem hiperplasia benigna da próstata (aumento do volume da próstata) com
retenção urinária;
- se tem feocromocitonia (tumor do córtex supra—renal produtor de hormonas);
- se tem glaucoma de ângulo fechado;
- se tem antecedentes ou uso de drogas ilícitas, medicamentos ou álcool;
- na gravidez ou no aleitamento;
idade
inferior
anos
ou superior
anos
(devido
dados
insuficientes).
Tome especial cuidado com Sibutramina Solufarma
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Deve-se proceder a um controlo rigoroso da pressão arterial e da frequência
cardíaca
todos
doentes
durante
tratamento
Sibutramina
Solufarma.
primeiros
meses
tratamento,
controlo
deve
efectuado, pelo menos em intervalos de 2 semanas, entre o 4 e o 6 mês em
intervalos de 1 mês e posteriormente em intervalos regulares até um máximo
de 3 meses. O tratamento deve ser suspenso nos doentes para os quais, em
duas
consultas
consecutivas,
seja
detectado
aumento
frequência
cardíaca em repouso = 10 bpm ou um aumento da pressão arterial sistólica ou
diastólica = 10 mmHg. O tratamento deve também ser suspenso em doentes
hipertensos, anteriormente bem controlados, se a pressão arterial for superior a
145/90 mm/Hg em duas medições consecutivas. Em doentes com síndroma de
apneia do sono devem ser tomados cuidados especiais na monitorização da
pressão arterial. Sibutramina Solufarma deve ser utilizada com precaução em
doentes que tomem concomitantemente simpaticomiméticos.
Embora a sibutramina não tenha sido associada à hipertensão pulmonar
primária (pressão arterial elevada nas artérias pulmonares), a experiência geral
existente com outros medicamentos utilizados na redução peso sugere que é
importante proceder a uma vigilância adequada para detectar o aparecimento
de sintomas, tais como dispneia progressiva (agravamento de crises de “falta
de ar’), dor no peito e edema maleolar (inchaço dos tornozelos). Se observar
alguns destes sintomas, consulte imediatamente o seu médico.
Sibutramina Solufarma deve ser utilizado com precaução em doentes com
tendência a crises de epilepsia; com insuficiência renal e hepática ligeira a
moderada; com antecedentes familiares de tiques motores ou verbais (esgares,
movimentos involuntários dos músculos e tiques vocais).
As mulheres em idade fértil devem usar medidas contraceptivas adequadas
durante o tratamento com Sibutramina Solufarma.
Existe a possibilidade de consumo abusivo de fármacos com acção ao nível do
SNC. No entanto, os dados clínicos disponíveis não revelam quaisquer sinais
de consumo abusivo com a sibutramina.
Outros fármacos anti-obesidade estão associados a um aumento do risco de
valvulopatias
cardíacas.
entanto,
dados clínicos
sibutramina
não
revelaram quaisquer sinais de um aumento desta incidência.
Doentes
antecedentes
perturbações
major
comportamento
alimentar,
tais
como
anorexia
nervosa
bulimia
nervosa
estão
contra-
indicados. Não existem dados disponíveis de sibutramina no tratamento de
doentes com perturbações alimentares compulsivas.
Sibutramina deve ser administrada com precaução em doentes com glaucoma
de ângulo aberto com história familiar de risco de pressão intra-ocular elevada.
Tal como com outros agentes que inibem a recaptação da serotonina, há um
potencial aumento de risco de hemorragia em doentes sob tratamento com
sibutramina. Assim, a sibutramina deve ser administrada com precaução em
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doentes com predisposição para hemorragias e que tomem concomitantemente
outros medicamentos que afectem a hemostase ou a função plaquetária.
Tomar Sibutramina Solufarma com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado
recentemente
outros
medicamentos,
incluindo
medicamentos
obtidos
receita médica.
Sibutramina Solufarma deve ser utilizado com precaução em associação com
alguns
medicamentos
também
metabolizados pelo
fígado, pelo
deve
informar o seu médico quando já está ou vai iniciar este tipo de medicação.
O metabolismo da sibutramina pode ser inibido pelo cetoconazol e itraconazol
(medicamentos utilizados no tratamento de infecções fúngicas), eritromicina,
claritromocina, troleandomicina (medicamentos utilizados no tratamento de
infecções) e ciclosporina (medicamento utilizado para suprimir as reacções
imunitárias, por exemplo, em receptores de transplantes de órgãos).
Poderá verificar se uma aceleração do metabolismo da sibutramina quando
esta for utilizada em associação com a rifampicina, antibióticos macrólidos
(medicamentos
utilizados
tratamento
infecções),
fenitoína,
carbamazepina,
fenobarbital
(medicamentos
utilizados
tratamento
epilepsia) e dexametasona (um glucocorticóide para o tratamento de reacções
inflamatórias).
O uso simultâneo de medicamentos que aumentem os níveis séricos de
serotonina
pode
também
originar
interacções
graves.
Este
fenómeno
designado por “síndrome de serotonina” e pode ocorrer, em casos raros
associados
simultâneo
tipo
específico
antidepressivos
(inibidores selectivos da recaptação da serotonina, ISRS), com determinados
medicamentos para o tratamento da enxaqueca (tal como o sumatriptano,
dihidroergotamina) ou analgésicos opiáceos (tal como pentazocina, petidina,
fentanil, dextrometorfano) ou em caso de utilização simultânea de dois ISRS.
Uma vez que a sibutramina inibe a recaptação da serotonina (entre outros
efeitos), não deve ser utilizado por doentes que estão a ser simultaneamente
tratados
outros
medicamentos
aumentem
também
níveis da
serotonina.
administração
simultânea
Sibutramina
Solufarma
outros
medicamentos que afectam a pressão arterial ou a frequência cardíaca requer
alguma precaução (para o tratamento da tosse, gripe e alergia (Ex. efedrina,
pseudoefedrina) e certos descongestionantes (xilometazolina).
Sibutramina Solufarma não altera a eficácia dos contraceptivos orais (pílula).
Não existem dados disponíveis sobre o uso concomitante de Sibutramina com
orlistat.
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Devem
decorrer
duas
semanas
entre
suspensão
tratamento
sibutramina e o início do tratamento com inibidores da monoaminoxidase.
Tomar Sibutramina Solufarma com alimentos e bebidas
Álcool
Estudos realizados demonstraram que Sibutramina Solufarma em dose única,
não
afectou
adicionalmente
a capacidade
de reacção
indivíduos que
ingeriram álcool. Independentemente deste facto, o consumo de álcool não á
compatível com as medidas dietéticas recomendadas durante o tratamento.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Gravidez
Uma vez que não foram realizados estudos controlados com Sibutramina
Solufarma em mulheres grávidas, não deve utilizar-se Sibutramina Solufarma
durante a gravidez. Considera-se geralmente inadequado o uso de fármacos
anti-obesidade durante a gravidez pelo que as mulheres em idade fértil devem
utilizar
medidas
contraceptivas
apropriadas
durante
tratamento
sibutramina e informar o seu médico assistente se ficarem grávidas.
Aleitamento
Desconhece-se se a sibutramina é excretada no leite materno, pelo que a
administração
Sibutramina
Solufarma
está
contra-indicada
durante
aleitamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Embora
sibutramina
não
tenha
afectado
rendimento
psicomotor
cognitivo em voluntários saudáveis, qualquer fármaco que actue a nível do
SNC poderá provocar alterações da consciência e das capacidades cognitivas
motoras.
Assim,
durante
tratamento
Sibutramina
Solufarma
capacidade de conduzir um veículo e utilizar máquinas poderá ser afectada.
Informações importantes sobre alguns componentes de Sibutramina Solufarma
Sibutramina Solufarma contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que
intolerância
alguns
açúcares,
contacte-o
antes
tomar
este
medicamento.
Sibutramina Solufarma 10 mg contém o corante amarelo sunset, o qual pode
causar reacções alérgicas.
3. COMO TOMAR Sibutramina Solufarma
Tomar Sibutramina Solufarma sempre de acordo com as indicações do
médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose inicial é de uma cápsula de Sibutramina Solufarma 10 mg, uma vez por
dia, administrada de manhã, inteira, sem mastigar, com uma quantidade de
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líquido suficiente (por exemplo, com um copo de água). A cápsula pode ser
tomada com ou sem alimentos.
Nos doentes em que a resposta a Sibutramina Solufarma é insuficiente (i.e.
não
perdem
pelo
menos
peso
após
quatro
semanas
tratamento), a dose pode ser aumentada para uma cápsula de Sibutramina
Solufarma 15 mg uma vez por dia, desde que Sibutramina Solufarma 10 mg
tenha sido bem tolerado. O tratamento deve ser suspenso nos doentes que não
respondem de forma satisfatória à Sibutramina Solufarma 15 mg (i.e. que
perderam menos de 2 kg de peso em quatro semanas de tratamento).
O tratamento deve ser suspenso nos doentes que não respondem de forma
satisfatória, ou seja, que não perdem pelo menos 5% (do seu peso inicial no
período de três meses após o início do tratamento ou cuja redução ponderal
estabilizou em menos de 5% do seu peso inicial. O tratamento deve ser
suspenso nos doentes que subsequentemente aumentem 3 ou mais quilos
após terem perdido peso na fase inicial.
Nos doentes com patologias concomitantes, o tratamento com Sibutramina
Solufarma só deverá prosseguir se for demonstrado que a perda de peso
induzida está associada a outros benefícios clínicos, nomeadamente, melhoria
do perfil lípidico em doentes com dislipidemia ou controlo glicémico na diabetes
tipo 2. Presentemente, Sibutramina Solufarma só deverá ser administrado,
durante períodos máximos de um ano.
Se tomar mais Sibutramina Solufarma do que deveria
Embora se desconheçam os sinais específicos de sobredosagem, é provável
que esta se caracterize por uma maior ocorrência de efeitos secundários.
Em caso de suspeita de dose excessiva, contactar o seu médico, e em caso de
sobredosagem, devem ser tomadas medidas de carácter geral, tais como
manter
permeabilidade
aérea,
monitorização
função
cardiovascular, medidas sintomáticas e de suporte geral. A administração
precoce
carvão
activado
pode
atrasar
absorção
sibutramina.
lavagem
gástrica
pode
também
benéfica.
Poderá
estar
indicada
administração cuidadosa de bloqueadores-beta em doentes com hipertensão
taquicardia.
Não
conhece
qualquer
antídoto
específico
para
Sibutramina.
Caso se tenha esquecido de tomar Sibutramina Solufarma
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de
tomar.
Limite-se
continuar
tomar
Sibutramina
Solufarma
acordo
prescrição médica.
Se parar de tomar Sibutramina Solufarma
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o
seu médico ou farmacêutico.
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4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Como todos os medicamentos, Sibutramina Solufarma pode causar efeitos
secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Foram reportados casos muito raros de depressão, tendência para suicídio e
suicídios em doentes sob tratamento com sibutramina. Recomenda-se pois
especial
atenção
doentes
história
depressão.
caso
ocorrerem
durante
tratamento
sibutramina,
sinais
ou sintomas
depressão, deve-se considerar a suspensão de sibutramina e iniciar tratamento
apropriado.
Nos ensaios clínicos realizados, a maioria dos efeitos adversos manifestaram-
se na fase inicial do tratamento (nas primeiras 4 semanas). A intensidade e
frequência diminuíram no decurso do tratamento, não foram geralmente graves
não justificaram a suspensão do tratamento e desapareceram ao longo do
mesmo.
Muito frequentes (
1/10 ): Obstipação, boca seca e insónias.
Frequentes (
1/10 e <1/100): Taquicárdia (aumento da frequência cardíaca),
palpitações, hipertensão, vasodilatação (hot flush), náuseas, agravamento de
hemorróidas, tonturas, parestesias, dores de cabeça, ansiedade, sudação,
alterações do paladar.
Cardiopatias:
Foram observados aumentos médios da pressão arterial em repouso de 2 a 3
mm Hg e aumentos médios da frequência cardíaca de 3 a 7 batimentos por
minuto.
Não se poderá excluir a ocorrência, em casos isolados, de um aumento mais
elevado da pressão arterial e da frequência cardíaca.
Qualquer aumento clinicamente significativo da pressão arterial e da frequência
cardíaca tende a registar-se na fase inicial do tratamento (durante as primeiras
semanas).
Nestes
casos
terapêutica
deve
interrompida.
Relativamente à utilização de Sibutramina Solufarma 10 mg em doentes com
pressão arterial elevada.
Efeitos secundários clinicamente significativos ocorridos após comercialização:
Trombocitopenia (redução do número de plaquetas); púrpura de Schönlein-
Henoch (hemorragias punctiformes cutâneas); fibrilhação auricular, taquicardia
paroxistica supraventricular, hipersensibilidade alérgica que vão desde ligeiras
erupções
cutâneas
urticária
até
angioedema
anafilaxia;
agitação,
depressão em doentes com e sem antecedentes de história de depressão;
convulsões, síndrome de serotonina em combinação com outros agentes que
afectem a libertação de serotonina; perturbação transitória da memória de curta
duração;
visão
turva;
diarreias,
vómitos;
alopécia,
rash,
urticária;
nefrite
intersticial
aguda,
glomerulonefrite
mesangio-capilar,
retenção
urinária;
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alteração
ejaculação/orgasmo,
impotência,
irregularidades
ciclo
menstrual, metrorragia; aumentos reversíveis das enzimas hepáticas.
Foram observados casos raros de sintomas de abstinência, nomeadamente,
cefaleias
aumento
apetite.
Caso
detecte
efeitos
secundários
não
mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários
não
mencionados
neste
folheto,
informe
médico
farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR Sibutramina Solufarma
Conservar na embalagem de origem.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Sibutramina Solufarma após o prazo de validade impresso na
embalagem exterior.O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
Não utilize Sibutramina Solufarma se verificar sinais visíveis de deterioração.
medicamentos
não
devem
eliminados
na canalização
lixo
doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de
que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Sibutramina Solufarma
- A substância activa(s) é a Sibutramina
- Os outros componentes são:
Excipientes:
lactose
mono-hidratada,
celulose
microcristalina,
sílica
anidra
coloidal, estearato de magnésio.
Cabeça da cápsula: azorrubina (E122), azul patenteado V (E131), dióxido de
titânio (E171), água purificada, laurilsulfato de sódio, gelatina.
Corpo da cápsula: 10 mg: amarelo de quinoleína (E104), amarelo sunset
(E110),
dióxido
titânio
(E171),
água
purificada,
laurilsulfato
sódio,
gelatina.
Corpo
cápsula:
dióxido
titânio
(E171),
água
purificada,
laurilsulfato de sódio, gelatina.
Tinta
impressão
(TekPrint
SW-9008
Tinta
preta):
Shellac,
álcool
hidratado, álcool isopropílico, álcool butílico, propilenoglicol, concentrado de
solução de amónia, óxido de ferro preto, hidróxido de potássio, água purificada.
Qual o aspecto de Sibutramina Solufarma e conteúdo da embalagem
Blister PVC/PVDC/Alu.
Embalagens de 14, 28 e 56 cápsulas.
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Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Solufarma – Produtos Farmacêuticos, Lda
Rua do Tejo nº 56 9ºA Esq
2775-325 Parede
Portugal
Tel.:21 464 32 20
Fax: 21 464 32 29
Fabricante
Ranbaxy Ireland Limited
Spafiel, Cork Road, Cashel, Co-Tipperary
República da Irlanda
Este folheto foi aprovado pela última vez em {MM/AAAA}
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sibutramina Solufarma 10 mg Cápsulas
Sibutramina Solufarma 15 mg Cápsulas
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada cápsula de Sibutramina Solufarma contém 10 mg de cloridrato mono-hidratado
de sibutramina.
Sibutramina Solufarma contém 232 mg de lactose mono-hidratada e 0,0015 mg do
corante amarelo sunset e 0,0184 mg de azorrubina
Cada cápsula de Sibutramina Solufarma contém 15 mg de cloridrato mono-hidratado
de sibutramina.
Sibutramina Solufarma contém 227 mg de lactose mono-hidratada e 0,0184 mg de
azorrubina
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsula.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Sibutramina Solufarma está indicado como terapêutica adjuvante de um programa
de controlo do peso corporal em:
- Doentes obesos com um índice de massa corporal IMC igual ou superior a 30
kg/m
- Doentes com excesso de peso com um IMC igual ou superior a 27 kg/m
apresentam outros factores de risco relacionados com a obesidade tais como
diabetes tipo 2 ou dislipidémia.
Nota:
Sibutramina Solufarma 10 mg só deve ser prescrito a doentes que não responderam
adequadamente a um regime de emagrecimento devidamente concebido, i.e. a
doentes que tiveram dificuldades em atingir ou manter uma perda de peso > 5%
num período de 3 meses.
O tratamento com Sibutramina Solufarma só deve ser administrado como parte
integrante de uma abordagem terapêutica de redução de peso a longo prazo, sob a
vigilância
médico
experiência
tratamento
obesidade.
abordagem adequada do tratamento da obesidade deverá incluir modificações
dietéticas e comportamentais para além de um aumento da actividade física. Esta
abordagem
integrada
essencial
alteração
persistente
hábitos
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comportamentos alimentares, fundamental para manter a longo prazo o nível de
redução de peso atingido, após a suspensão do tratamento com Sibutramina
Solufarma. Os doentes devem alterar o seu estilo de vida no decurso do tratamento
com Sibutramina Solufarma de modo a manterem o seu peso após a suspensão do
tratamento com o fármaco. Os doentes deverão ser informados de que poderão
recuperar o peso se não cumprirem estas recomendações. Recomenda-se que o
doente seja mantido sob vigilância médica mesmo após a suspensão do tratamento
com Sibutramina Solufarma.
4.2 Posologia e modo de administração
Adultos: A dose inicial é de uma (1) cápsula de Sibutramina Solufarma administrada
por via oral, sem mastigar, uma vez por dia, de manhã, com líquido (por ex. um copo
de água). A cápsula pode ser tomada com ou sem alimentos.
Nos doentes em que a resposta a Sibutramina Solufarma 10 mg é insuficiente
(definida por uma perda ponderal inferior a 2 kg após quatro (4) semanas de
tratamento), a dose pode ser aumentada para uma (1) cápsula de Sibutramina
Solufarma 15 mg uma vez por dia, desde que Sibutramina Solufarma 10 mg seja
bem tolerado.
O tratamento deve ser suspenso nos doentes que responderam inadequadamente a
Sibutramina Solufarma 15 mg (definido por uma redução ponderal inferior a 2 kg
após quatro (4) semanas de tratamento). Os doentes que não responderam à
terapêutica têm um risco superior de efeitos indesejáveis (ver secção 4.8 “Efeitos
indesejáveis”).
Duração do tratamento:
tratamento
deve
suspenso
doentes
não
responderam
adequadamente, i.e. cuja redução ponderal tenha estabilizado em menos de 5% do
seu peso inicial, ou cuja perda ponderal no período de três (3) meses após o início
da terapêutica tenha sido inferior a 5 % do seu peso inicial. O tratamento não deve
ser mantido em doentes que tenham readquirido 3 kg ou mais após terem registado
uma redução ponderal prévia.
doentes
patologias
concomitantes,
tratamento
Sibutramina
Solufarma 10 mg e 15 mg só deverá prosseguir se for demonstrado que a perda de
peso induzida está associada a outros benefícios clínicos, nomeadamente, melhoria
do perfil lipídico em doentes com dislipidémia ou controlo glicémico na diabetes tipo
Sibutramina Solufarma só deverá ser administrado até um período máximo de um
ano. Os dados disponíveis relativamente ao uso por um período superior a um ano
são limitados.
4.3 Contra-indicações
-Hipersensibilidade ao cloridrato mono-hidratado de sibutramina ou a qualquer dos
excipientes de Sibutramina Solufarma
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- Obesidade de causas orgânicas.
- Antecedentes de perturbações major do comportamento alimentar.
- Doença psiquiátrica. Sibutramina demonstrou potencial actividade antidepressiva
em estudos de experimentação animal, pelo que não se poderá excluir a hipótese do
fármaco induzir um episódio de mania em doentes com patologia bipolar.
- Síndrome de Gilles de la Tourette
- Uso concomitante, ou uso durante as últimas duas semanas, de inibidores da
monoaminoxidase ou de outros fármacos com acção sobre o sistema nervoso
central,
utilizados
tratamento
doenças
foro
psiquiátrico
(tais
como
antidepressivos, antipsicóticos) ou na redução ponderal, ou de triptofano para o
tratamento de perturbações do sono.
- Antecedentes de doença coronária, insuficiência cardíaca congestiva, taquicardia,
doença arterial oclusiva periférica, arritmias ou doença cerebrovascular (acidente
vascular cerebral ou AIT).
Hipertensão
inadequadamente
controlada
(>145/90
mmHg;
secção
“Advertências e precauções especiais de utilização”).
- Hipertiroidismo.
- Insuficiência hepática grave.
- Insuficiência renal grave.
- Hiperplasia benigna da próstata com retenção urinária.
- Feocromocitoma.
- Glaucoma de ângulo fechado.
- Antecedentes de uso de drogas ilícitas, consumo abusivo de medicamentos ou de
álcool.
- Gravidez e aleitamento (ver secção 4.6 “Gravidez e aleitamento”).
- Crianças e adolescentes até aos 18 anos de idade, devido a dados insuficientes.
- Doentes com idade superior a 65 anos, devido a dados insuficientes.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Advertências:
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Deve proceder-se à monitorização da pressão arterial e da frequência cardíaca em
todos os doentes submetidos a um tratamento com Sibutramina Solufarma, visto que
a sibutramina tem provocado aumentos clinicamente relevantes da pressão arterial
em alguns doentes. Nos primeiros três meses de tratamento, estes parâmetros
devem ser verificados em intervalos de 2 semanas; entre o 4 e o 6 mês estes
parâmetros devem ser verificados uma vez por mês e posteriormente em intervalos
regulares, até um máximo de três meses. O tratamento deve ser suspenso nos
doentes para os quais, em duas consultas consecutivas, seja detectado um aumento
frequência
cardíaca
repouso
pressão
arterial
sistólica/diastólica
10 mmHg. O tratamento deve ser também suspenso em
doentes hipertensos, anteriormente
bem controlados, se a pressão arterial for
superior a 145/90 mm/Hg em duas medições consecutivas (ver secção 4.8 “Efeitos
indesejáveis, alterações cardiovasculares”). Em doentes com síndroma de apneia do
sono devem ser tomados cuidados especiais na monitorização da pressão arterial.
No uso concomitante de sibutramina com simpaticomiméticos, ver secção 4.5.
-1 Embora a sibutramina não tenha sido associada à ocorrência de hipertensão
pulmonar primária, é importante vigiar, devido às preocupações gerais com os
fármacos anti-obesidade, no decurso de check-ups de rotina, o aparecimento de
sintomas tais como dispneia progressiva, dor torácica e edema maleolar. O doente
deve ser aconselhado a consultar imediatamente um médico caso se manifestem
estes sintomas.
-2 Sibutramina Solufarma deve ser administrado com precaução a doentes com
epilepsia.
-3 Têm sido observados aumentos dos níveis plasmáticos de sibutramina em
doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada. Embora não tenham sido
referidos efeitos adversos, Sibutramina Solufarma deve ser usado com precaução
nestes doentes.
-4 Embora só os metabolitos inactivos sejam excretados por via renal, Sibutramina
Solufarma deve ser utilizado com precaução em doentes com insuficiência renal
ligeira a moderada.
Sibutramina
Solufarma
administrado
como
precaução
doentes
antecedentes familiares de alterações motoras ou verbais.
-6 As mulheres em idade fértil devem utilizar medidas contraceptivas adequadas
durante o tratamento com Sibutramina Solufarma.
-7 Existe a possibilidade de consumo abusivo de fármacos com acção ao nível do
SNC. No entanto, os dados clínicos disponíveis não revelam quaisquer sinais de
consumo abusivo com sibutramina.
APROVADO EM
11-07-2008
INFARMED
-8 Determinados fármacos anti-obesidade estão associados a um aumento do risco
de valvulopatias cardíacas. No entanto, dados clínicos com sibutramina não revelam
quaisquer sinais de um aumento desta incidência.
-9 Doentes com antecedentes de perturbações major do comportamento alimentar,
tais como anorexia nervosa ou bulimia nervosa estão contra-indicados. Não existem
dados disponíveis de sibutramina no tratamento de doentes com perturbações
alimentares compulsivas.
-10 Sibutramina deve ser administrada com precaução em doentes com glaucoma
de ângulo aberto com história familiar de risco de pressão intra-ocular elevada.
-11 Tal como com outros agentes que inibem a recaptação da serotonina, há um
potencial
aumento
risco
hemorragia
doentes
tratamento
sibutramina. Assim, a sibutramina deverá ser administrada com precaução em
doentes com predisposição para hemorragias e que tomem concomitantemente
outros medicamentos que afectem a hemostase ou a função plaquetária.
-12 Foram reportados casos muito raros de depressão, tendência para suicídio e
suicídios em doentes sob tratamento com sibutramina. Recomenda-se pois especial
atenção em doentes com história de depressão. Em caso de ocorrerem durante o
tratamento com sibutramina, sinais ou sintomas de depressão, deve-se considerar a
suspensão de sibutramina e iniciar tratamento apropriado.
Sibutramina Solufarma contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros
de intolerância à galactose, deficiência de lactase ou malabsorção de glucose-
galactose não devem tomar este medicamento.
Sibutramina Solufarma contém azorrubina (E122) e corante amarelo sunset (110).
Pode causar reacções alérgicas.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
A sibutramina e os seus metabolitos activos são eliminados por metabolismo
hepático; a principal enzima envolvida é a CYP3A4 e poderão igualmente contribuir
a CYP2C9 e a CYP 1 A2. Deve ter-se especial cuidado durante a administração
concomitante de Sibutramina 10 mg com fármacos que afectam a actividade da
enzima
CYP3A4
(ver
secção
‘Propriedades
farrmacocinéticas”).
Entre
inibidores
CYP3A4
incluem-se
cetoconazol,
itraconazol,
eritromicina,
claritromicina,
troleandomicina
ciclosporina.
estudo
sobre
interacção
medicamentosa
revelou
administração
concomitante
cetoconazol
eritromicina com sibutramina induziu um aumento das concentrações plasmáticas
(AUC) dos metabolitos activos da sibutramina (23% ou 10% respectivamente).
Verificaram-se aumentos médios da frequência cardíaca até 2,5 batimentos por
minuto em relação à administração isolada de sibutramina.
APROVADO EM
11-07-2008
INFARMED
rifampicina,
fenitoína,
carbamazepina,
fenobarbital
dexametasona
são
indutores da enzima CYP3A4 e podem acelerar o metabolismo da sibutramina,
embora este facto não tenha sido objecto de estudos experimentais.
A utilização simultânea de vários fármacos, que aumentam os níveis de serotonina
no cérebro, pode originar interacções graves. Este fenómeno é designado por
síndrome da serotonina e poderá ocorrer, em caso raros, em associação com o uso
simultâneo de um inibidor selectivo da recaptação da serotonina [ISRS] com certos
fármacos
utilizados
tratamento
enxaqueca
(como
sumatriptano
dihidroergotamina), ou conjuntamente com certos opiáceos (como a pentazocina,
petidina, fentanil, dextrometorfano), ou em caso de utilização simultânea de dois
ISRS.
Dado que a sibutramina inibe a recaptação de serotonina (entre outros efeitos),
Sibutramina
Solufarma
não
deve
utilizado
concomitantemente
outros
fármacos que também elevem os níveis cerebrais de serotonina.
Não foi avaliado sistematicamente o uso concomitante de Sibutramina Solufarma
com outros fármacos que sejam susceptíveis de aumentar a pressão arterial ou a
frequência cardíaca (por ex. simpaticomiméticos). Entre os fármacos deste tipo
incluem-se determinados medicamentos para o tratamento da tosse, constipação e
alergias (por ex., efedrina, pseudoefedrina) e certos descongestionantes (por ex.
xilometazolina). Recomenda-se precaução ao prescrever Sibutramina Solufarma a
doentes que estejam a utilizar estes medicamentos.
Sibutramina Solufarma não afecta a eficácia de contraceptivos orais.
Em doses únicas, a sibutramina não afectou adicionalmente o rendimento cognitivo
ou psicomotor quando administrada concomitantemente com álcool. Contudo, regra
geral,
consumo
álcool
não
compatível
medidas
dietéticas
recomendadas.
Não existem dados disponíveis sobre o uso concomitante de Sibutramina Solufarma
com orlistat.
Devem decorrer duas semanas entre a suspensão do tratamento com sibutramina e
o início do tratamento com inibidores da monoaminoxidase.
4.6 Gravidez e aleitamento
Utilização na gravidez: Sibutramina não deverá ser utilizada durante a gravidez.
Considera-se geralmente inadequado o uso de fármacos anti-obesidade durante a
gravidez pelo que as mulheres em idade fértil devem utilizar métodos contraceptivos
apropriados
durante
tratamento
sibutramina
informar
médico
assistente se ficarem grávidas ou pretenderem engravidar durante a terapêutica.
Não foram realizados estudos controlados com Sibutramina em mulheres grávidas.
estudos
efectuados
coelhas
grávidas
demonstraram
efeitos
sobre
reprodução para níveis de doses tóxicas maternas (ver secção 5.3 “Dados de
APROVADO EM
11-07-2008
INFARMED
segurança pré-clínica”). Desconhece-se a relevância destes resultados para o ser
humano.
Utilização no aleitamento: Desconhece-se se a sibutramina é excretada no leite
humano pelo que a administração de Sibutramina Solufarma está contra-indicada
durante o aleitamento.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Embora a sibutramina não tenha afectado o rendimento psicomotor ou cognitivo em
voluntários saudáveis, qualquer fármaco que actue a nível do SNC poderá provocar
alterações da consciência e das capacidades cognitivas ou motoras. Assim, os
doentes devem ser advertidos de que a sua capacidade de conduzir um veículo,
utilizar máquinas ou trabalhar num ambiente perigoso poderá ser afectada durante o
tratamento com Sibutramina Solufarma.
4.8 Efeitos indesejáveis
A maioria dos efeitos adversos notificados com sibutramina ocorreu na fase inicial do
tratamento (durante as primeiras 4 semanas). A sua intensidade e frequência
diminuíram no decurso do tempo.
Regra geral, estes efeitos não foram graves, não justificaram a interrupção do
tratamento e foram reversíveis.
Os efeitos adversos observados nas fases II/III dos ensaios clínicos encontram-se
especificados no quadro que se segue por sistema orgânico (Muito frequentes
(>1/10), Frequentes (> 1/100, <1/10):
Sistema orgânico
Incidência
Efeitos adversos
Cardiopatias
Frequente
Taquicardia
Palpitações
Aumento da pressão
arterial/hipertensão
Vasodilatação
(hot
flush)
Muito frequente
Obstipação
Doenças gastrointestinais
Frequente
Náuseas
Agravamento
hemorróidas
Disgeusia
Muito frequente
Xerostomia
Insónias
Doenças do sistema nervoso
Frequente
Tonturas
Parestesias
Cefaleias
Ansiedade
APROVADO EM
11-07-2008
INFARMED
Afecções
tecidos
cutâneos
subcutâneas
Frequente
Sudorese
Cardiopatias
Foram observados aumentos médios da pressão arterial sistólica e diastólica em
repouso 2 – 3 mmHg e aumentos médios da frequência cardíaca de 3 – 7
batimentos por minuto.
Não poderá excluir-se a hipótese de se registarem, em casos isolados, aumentos
mais acentuados da pressão arterial e da frequência cardíaca.
Qualquer aumento clinicamente significativo da pressão arterial e da frequência
cardíaca tende a ocorrer na fase inicial do tratamento (primeiras 4 - 12 semanas).
Nestes casos, a terapêutica deve ser interrompida, ver secção 4.4 “Advertências e
precauções especiais de utilização”.
Relativamente ao uso de Sibutramina em doentes hipertensos, ver secção 4.3
“Contra-indicações” e 4.4 “Advertências e precauções especiais utilização”.
Efeitos adversos clinicamente significativos observados em estudos clínicos e após
comercialização descritos por sistema orgânico:
Doenças do sangue e do sistema linfático
Trombocitopenia, Púrpura de Schönlein-Henoch
Vasculopatias
Fibrilhação auricular, taquicardia paroxistica supraventricular
Doenças do sistema imunitário
Foram notificados casos de reacções de hipersensibilidade alérgica que vão desde
ligeiras erupções cutâneas e urticária até angioedema e anafilaxia.
Perturbações do foro psiquiátrico
Agitação
Depressão em doentes com e sem antecedentes de história de depressão (ver
secção 4.4).
Doença do sistema nervoso
Convulsões
Síndrome
serotonina
combinação
outros
agentes
afectem
libertação de serotonina
(ver secção 4.5).
Perturbação transitória da memória de curta duração
Afecções oculares
Visão turva
Doenças gastrointestinais
Diarreias, vómitos
APROVADO EM
11-07-2008
INFARMED
Perturbações da pele e tecido subcutâneo
Alopecia, rash, urticária
Doenças renais e urinárias
Nefrite intersticial aguda, glomerulonefrite mesangio-capilar, retenção urinária
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Alteração da ejaculação/orgasmo, impotência, irregularidades no ciclo menstrual,
metrorragia
Exames complementares de diagnóstico
Aumentos reversíveis das enzimas hepáticas
Outros
Foram
observados
casos
raros
sintomas
abstinência,
nomeadamente
cefaleias e aumento do apetite.
4.9 Sobredosagem
experiência
relativa
sobredosagem
sibutramina
limitada.
Não
recomenda a adopção de medidas terapêuticas específicas e não existe qualquer
antídoto específico. O tratamento deve consistir em medidas gerais utilizadas no
tratamento de casos de sobredosagem, tais como manutenção da permeabilidade
das vias aéreas, monitorização das funções cardiovasculares e medidas gerais
sintomáticas e de suporte. A administração precoce de carvão activado pode atrasar
a absorção de sibutramina. A lavagem gástrica pode também ser benéfica. Poderá
estar indicada a administração cuidadosa de bloqueadores-beta em doentes com
hipertensão ou taquicardia.
Existem alguns casos de sobredosagem no homem (incluindo um caso de ingestão
acidental por uma criança que tinha apenas 18 meses de idade) em que foram
ingeridas doses até 500 mg de cloridrato
mono-hidratado de sibutramina. Foi
observada uma frequência cardíaca de 160 batimentos por minuto num doente após
a administração de 500 mg de cloridrato mono-hidratado de sibutramina. Não se
registaram
complicações
qualquer
casos
doentes
recuperaram
completamente excepto num caso de intoxicação com múltiplos fármacos e álcool
(em que o doente morreu possivelmente por aspiração do vómito).
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 2.8 Sistema nervoso central. Estimulantes inespecíficos
do Sistema Nervoso Central
Código ATC: A08AA10
A sibutramina exerce os seus efeitos terapêuticos predominantemente através dos
seus metabolitos activos amina secundários e primários (metabolito 1 e metabolito 2)
APROVADO EM
11-07-2008
INFARMED
quais
são
inibidores
recaptação
noradrenalina,
serotonina
hidroxitriptamina: 5 HT) e dopamina. No tecido cerebral humano, o metabolito 1 e o
metabolito 2 são
3 vezes mais potentes como inibidores in vitro da recaptação da
noradrenalina e da serotonina do que da recaptação da dopamina. As amostras de
plasma colhidas em voluntários tratados com sibutramina induziram uma inibição
significativa tanto da recaptação da noradrenalina (73%) como da recaptação da
serotonina (54%) sem inibir significativamente a recaptação da dopamina (16%). A
sibutramina e os seus metabolitos não são agentes libertadores das monoaminas
nem inibidores da monoaminoxidase. Não possuem afinidade para um grande
número
receptores
neurotransrnissores,
incluindo
receptores
serotoninérgicos (5-HT
, 5-HT
, 5-HT
, 5-HT
, 5-HC
, adrenérgicos (
dopaminérgicos
-like.
-like),
muscarínicos,
histaminérgicos
benzodiazepínicos e NMDA.
Em modelos animais em que foram utilizados ratos magros em fase de crescimento
e obesos, foi comprovado que a sibutramina provoca uma redução do ganho
ponderal. Pensa-se que esta redução resulta do seu impacto sobre a ingestão de
alimentos, i.e. de um aumento da saciedade, embora a potenciação da termogénese
contribua igualmente para a perda de peso. Foi demonstrado que estes efeitos são
mediados pela inibição da recaptação da serotonina e noradrenalina.
Em ensaios clínicos realizados no homem, Sibutramina demonstrou induzir perda
ponderal por aumento da saciedade. Dispõe-se igualmente de dados comprovativos
do efeito termogénico de Sibutramina na atenuação do declínio adaptativo da taxa
metabólica em repouso no decurso da perda de peso. A redução ponderal induzida
por Sibutramina é acompanhada de alterações benéficas dos níveis lipídicos e
controlo
glicémia
doentes
dislipidémia
diabetes
tipo
respectivamente.
Em doentes obesos com diabetes mellitus tipo 2 a perda de peso foi associada a
uma redução de 0,6% de HbA1c. Da mesma forma, em doentes obesos com
dislipidérnia, a perda de peso foi associada a um aumento de 12-22% de HDL-
colestrol e a uma redução média de 9-21% de triglicéridos.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A sibutramina
é bem absorvida e sofre um extenso
metabolismo de primeira
passagem. Os níveis plasmáticos máximos (C
) foram atingidos 1,2 horas após
uma dose oral única de 20 mg de cloridrato mono-hidratado de sibutramina. A semi-
vida do composto original é de 1,1 horas. Os metabolitos 1 e 2 farmacologicamente
activos atingem a C
, em três horas, registando-se semi-vidas de eliminação de 14
e 16 horas, respectivamente. Foi demonstrada uma cinética linear nos intervalos de
dosagens de 10 a 30 mg, não se observando alterações relacionadas com a dose
termos
semi-vidas
eliminação,
registando-se
aumentos
concentrações
plasmáticas
proporcionais
doses
administradas.
Após
administração de doses repetidas, são atingidas concentrações em estado de
equilíbrio
metabolitos
decorridos
dias,
acumulação
aproximadamente dupla. A farmacocinética de sibutramina e dos seus metabolitos
em indivíduos obesos é semelhante à dos indivíduos com peso corporal normal. Os
APROVADO EM
11-07-2008
INFARMED
dados
relativamente
limitados
disponíveis
até
data
não
revelam
sinais
diferenças clinicamente relevantes na farmacocinética de ambos os sexos. O perfil
farmacocinético observado em indivíduos idosos saudáveis (média etária 70 anos)
foi semelhante ao registado em indivíduos jovens saudáveis. Em indivíduos com
insuficiência hepática moderada, a biodisponibilidade dos metabolitos activos foi
superior
após
dose
única
sibutramina.
ligação
proteínas
plasmáticas da sibutramina e dos seus metabolitos 1 e 2 corresponde a cerca de
97%, 94% e 94%, respectivamente. O metabolismo hepático constitui a principal via
de eliminação da sibutramina e dos seus metabolitos activos 1 e 2. Os restantes
metabolitos (inactivos) são excretados principalmente na urina, com uma relação
urina: fezes de 10: 1.
Os estudos in vitro realizados em microssomas hepáticos indicaram que a CYP3A4
principal
isoenzima
citocromo
P450
responsável
pelo
metabolismo
sibutramina. Os dados in vitro não revelam a existência de uma afinidade para a
CYP2D6,
enzima
capacidade
reduzida
envolvida
interacções
farmacocinéticas com vários fármacos. Estudos adicionais in vitro têm demonstrado
sibutramina
não
exerce
efeito
significativo
sobre
actividade
principais isoenzimas P450. incluindo a CYP3A4. Foi comprovado que as CYP450s
envolvidas no metabolismo subsequente do metabolito 2 (in vitro) são a CYP3A4 e a
CYP2C9. Embora não existam presentemente dados comprovativos, é provável que
a CYP3A4 esteja igualmente envolvida no metabolismo subsequente do metabolito
5.3 Dados de segurança pré-clínica
A toxicidade da sibutramina após a administração de doses únicas em animais de
experimentação resultou geralmente de efeitos farmacodinâmicos exagerados. O
tratamento durante um prazo mais longo esteve associado a alterações patológicas
de natureza apenas ligeira e a resultados secundários ou relacionados com as
espécies. Conclui-se, portanto, ser improvável que estas suscitem preocupações se
a sibutramina for utilizada de acordo com as recomendações clínicas. Realizaram-se
estudos de reprodução no rato e no coelho. Um estudo efectuado no coelho revelou
uma incidência ligeiramente superior de malformações cardiovasculares fetais nos
grupos de tratamento do que no grupo de controlo, enquanto noutro estudo foi
demonstrada uma incidência inferior à dos controlos. Além disso, neste último
estudo, mas não
no primeiro, o grupo de tratamento apresentou um número
ligeiramente superior de fetos com duas malformações minor (uma pequena ligação
ossificada em forma de rosca entre os ossos da maxila e os malares, e diferenças
muito ligeiras no espaçamento das raízes de algumas pequenas artérias do arco
aórtico). Desconhece-se qual a relevância destes resultados para o homem. Não foi
investigado o uso de sibutramina na gravidez humana. Os ensaios de toxicidade
genética de grande extensão não revelaram quaisquer sinais de mutagenicidade
induzida
pela
sibutramina.
estudos
roedores
demonstraram
sibutramina não possui potencial carcinogénico relevante para o homem.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
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6.1. Lista dos excipientes
Excipientes: lactose mono-hidratada, celulose microcristalina, sílica anidra coloidal,
estearato de magnésio.
Cabeça da cápsula: azorrubina (E122), azul patenteado V (E131), dióxido de titânio
(E171), água purificada, laurilsulfato de sódio, gelatina.
Corpo da cápsula: 10 mg: amarelo de quinoleína (E104), amarelo sunset (E110),
dióxido de titânio (E171), água purificada, laurilsulfato de sódio, gelatina.
Corpo da cápsula: 15 mg: dióxido de titânio (E171), água purificada, laurilsulfato de
sódio, gelatina.
Tinta de impressão (TekPrint SW-9008 Tinta preta): Shellac, álcool di-hidratado,
álcool
isopropílico,
álcool
butílico,
propilenoglicol,
concentrado
solução
amónia, óxido de ferro preto, hidróxido de potássio, água purificada.
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
2 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar na embalagem de origem.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blister de PVC/PVDC/Alu.
Embalagens de 14, 28 e 56 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Solufarma – Produtos Farmacêuticos, Lda
Rua do Tejo, nº 56 9º A
2775-325 Parede
Portugal
Tel.: 21 464 32 20
Fax: 21 464 32 29
APROVADO EM
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8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Sibutramina Solufarma 10 mg Cápsulas
Nº de registo: xxxxxxx - 14 cápsulas, 10 mg, blister PVC/PVDC/Alu.
Nº de registo: xxxxxxx - 28 cápsulas, 10 mg, blister PVC/PVDC/Alu.
Nº de registo: xxxxxxx - 56 cápsulas, 10 mg, blister PVC/PVDC/Alu.
Sibutramina Solufarma 15 mg Cápsulas
Nº de registo: xxxxxxx - 14 cápsulas, 15 mg, blister PVC/PVDC/Alu.
Nº de registo: xxxxxxx - 28 cápsulas, 15 mg, blister PVC/PVDC/Alu.
Nº de registo: xxxxxxx - 56 cápsulas, 15 mg, blister PVC/PVDC/Alu.
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
<{DD/MM/AAAA}> <{DD mês AAAA}>
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
{MM/AAAA}