Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
26-03-2017
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APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Sevikar HCT 20 mg+5 mg+12,5 mg, comprimidos revestidos por película
Sevikar HCT 40 mg+5 mg+12,5 mg, comprimidos revestidos por película
Sevikar HCT 40 mg+10 mg+12,5 mg, comprimidos revestidos por película
Sevikar HCT 40 mg+5 mg+25 mg, comprimidos revestidos por película
Sevikar HCT 40 mg+10 mg+25 mg, comprimidos revestidos por película
olmesartan medoxomilo+amlodipina+hidroclorotiazida
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1 - O que é Sevikar HCT e para que é utilizado
2 - O que precisa de saber antes de tomar Sevikar HCT
3 - Como tomar Sevikar HCT
4 - Efeitos secundários possíveis
5 - Como conservar Sevikar HCT
6 - Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Sevikar HCT e para que é utilizado
O Sevikar HCT contém três substâncias ativas denominadas olmesartan medoxomilo,
amlodipina (como besilato de amlodipina) e hidroclorotiazida. As três substâncias
ajudam a controlar a tensão arterial elevada.
- O olmesartan medoxomilo pertence a um grupo de medicamentos designados
“antagonistas dos recetores da angiotensina II”, que diminuem a tensão arterial por
relaxamento dos vasos sanguíneos.
- A amlodipina pertence a um grupo de substâncias designadas “bloqueadores dos
canais de cálcio”. A amlodipina também diminui a tensão arterial por relaxamento
dos vasos sanguíneos.
- A hidroclorotiazida pertence a um grupo de medicamentos designados diuréticos
tiazídicos. Diminui a tensão arterial ajudando o organismo a eliminar os fluidos em
excesso fazendo os rins produzir mais urina.
As ações destas substâncias contribuem para diminuir a tensão arterial.
O Sevikar HCT é utilizado para o tratamento da tensão arterial elevada:
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- em doentes adultos cuja tensão arterial não está adequadamente controlada com a
combinação de olmesartan medoxomilo e amlodipina, tomada sob a forma de
combinação de dose fixa, ou
- em doentes que já se encontram a tomar uma combinação de dose fixa de
olmesartan medoxomilo e hidroclorotiazida juntamente com a amlodipina sob a
forma de um comprimido individual, ou uma combinação de dose fixa de olmesartan
medoxomilo e amlodipina juntamente com a hidroclorotiazida sob a forma de um
comprimido individual.
2. O que precisa de saber antes de tomar Sevikar HCT
Não tome Sevikar HCT:
- se tem alergia ao olmesartan medoxomilo, à amlodipina ou a um grupo especial de
bloqueadores dos canais de cálcio (as dihidropiridinas), à hidroclorotiazida ou a
substâncias
similares
hidroclorotiazida
(sulfonamidas)
qualquer
outro
componente deste medicamento (indicados na secção 6).
Se pensa que pode ser alérgico fale com o seu médico antes de tomar Sevikar HCT.
- se tem problemas renais graves.
- se tem diabetes ou função renal diminuída e está a ser tratado com um
medicamento que contém aliscireno para diminuir a pressão arterial.
- se tem níveis sanguíneos baixos de potássio e sódio ou níveis sanguíneos elevados
de cálcio ou de ácido úrico (com sintomas de gota ou pedras nos rins) que não
melhoram quando tratados.
- se tiver mais do que três meses de gravidez. (Também é preferível não tomar
Sevikar HCT no início da gravidez – ver secção “Gravidez e amamentação”).
- se tem problemas hepáticos graves, se a secreção biliar está comprometida ou se a
drenagem da bílis da vesícula biliar está bloqueada (por exemplo, devido a cálculos
biliares), ou se apresenta icterícia (amarelecimento da pele e olhos).
- se tem um fraco fornecimento sanguíneo dos tecidos, com sintomas como tensão
arterial baixa, pulso fraco, batimentos cardíacos acelerados ou choque (incluindo
choque cardiogénico, o que significa choque devido a problemas cardíacos graves).
- se tem tensão arterial muito baixa.
- se o seu fluxo sanguíneo cardíaco está lento ou bloqueado. Tal facto pode
acontecer se um vaso sanguíneo ou válvula que transporte sangue para fora do
coração se tornar estreito (estenose aórtica).
- se sofre de baixo débito cardíaco após um ataque cardíaco (enfarte agudo do
miocárdio). Um baixo débito cardíaco pode fazê-lo sentir falta de ar ou ter edema
nos pés e tornozelos.
Não tome Sevikar HCT se algum dos aspetos mencionados em cima se aplica a si.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Sevikar HCT.
Informe o seu médico se está a tomar algum dos seguintes medicamentos para
tratar a pressão arterial elevada:
- um inibidor da ECA (por exemplo enalapril, lisinopril, ramipril), em particular se
tiver problemas nos rins relacionados com diabetes,
- aliscireno.
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O seu médico pode verificar a sua função renal, pressão arterial e a quantidade de
eletrólitos (por exemplo, o potássio) no seu sangue em intervalos regulares.
Ver também a informação sob o título "Não tome Sevikar HCT:".
Informe o seu médico se tiver algum dos seguintes problemas de saúde:
- Problemas renais ou transplante renal.
- Doenças hepáticas.
- Insuficiência cardíaca ou problemas com as válvulas cardíacas ou músculo cardíaco.
- Vómitos intensos, diarreia, tratamento com doses elevadas de diuréticos ou se está
a fazer uma dieta com baixo teor em sal.
- Níveis sanguíneos de potássio aumentados.
Problemas
glândulas
suprarrenais
(glândulas
produtoras
hormonas,
localizadas em cima dos rins).
- Diabetes.
- Lúpus eritematoso (uma doença autoimune).
- Alergias ou asma.
- Reações na pele tais como queimaduras solares ou erupção na pele após exposição
solar ou utilização de um solário.
Contacte o seu médico se tiver algum dos seguintes sintomas:
diarreia que seja grave, persistente e que cause perda de peso substancial. O seu
médico poderá avaliar os seus sintomas e decidir sobre como continuar a sua
medicação para a tensão arterial.
diminuição da visão ou dor ocular. Estes podem ser sintomas de um aumento da
pressão no seu olho e podem acontecer horas ou semanas após tomar Sevikar HCT.
Se não for tratada, tal poderá levar a deficiência visual permanente.
Como com qualquer medicamento que reduz a tensão arterial, uma diminuição
excessiva da tensão arterial em doentes com perturbações da circulação sanguínea a
nível do coração ou do cérebro pode causar um ataque cardíaco ou um acidente
vascular cerebral. O seu médico irá assim controlar cuidadosamente a sua tensão
arterial.
O Sevikar HCT pode induzir um aumento dos níveis sanguíneos de gordura e de
ácido úrico (causa de gota – inchaço doloroso das articulações). O seu médico
poderá necessitar de controlar estes níveis recorrendo a análises clínicas.
O Sevikar HCT pode afetar os níveis de algumas substâncias químicas no seu sangue
denominadas eletrólitos. O seu médico poderá necessitar de controlar estes níveis
recorrendo a análises clínicas. Os sinais de alterações eletrolíticas são: sede, secura
da boca, dores musculares ou cãibras, fadiga muscular, tensão arterial baixa
(hipotensão), fraqueza, apatia, cansaço, sonolência ou agitação, náuseas, vómitos,
fluxo urinário reduzido, frequência cardíaca aumentada. Informe o seu médico se
detetar estes sintomas.
Se vai fazer testes à função paratiroideia deve interromper a toma de Sevikar HCT
antes de os realizar.
Deve informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida. Sevikar
HCT não está recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o
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terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé
se utilizado a partir desta altura (ver secção “Gravidez e amamentação”).
Crianças e adolescentes (com idade inferior a 18 anos)
O Sevikar HCT não é recomendado em crianças e adolescentes com idade inferior a
18 anos.
Outros medicamentos e Sevikar HCT
Informe
médico
farmacêutico
estiver
tomar,
tiver
tomado
recentemente, ou se vier a tomar algum dos seguintes medicamentos:
- Outros medicamentos para reduzir a tensão arterial, pois o efeito de Sevikar HCT
pode ser aumentado.
O seu médico pode necessitar de alterar a sua dose e/ou tomar outras precauções:
Se está a tomar um inibidor da ECA ou aliscireno (ver também informações sob os
títulos "Não tome Sevikar HCT" e "Advertências e precauções").
Lítio
(medicamento
para
tratamento
alterações
humor
algumas
depressões), utilizado ao mesmo tempo que o Sevikar HCT pode aumentar a
toxicidade do lítio. Se tem que tomar lítio o seu médico irá monitorizar os seus níveis
sanguíneos de lítio.
- Diltiazem, verapamilo, usados para problemas do ritmo cardíaco e tensão arterial
elevada.
- Rifampicina, eritromicina, claritromicina, usados para a tuberculose e outras
infeções.
- Hipericão ou Erva de São João (Hypericum perforatum), um medicamento à base
de plantas para o tratamento da depressão.
- Cisaprida, utilizado para aumentar a progressão da comida no estômago e
intestino.
- Difemanil, utilizado para tratar um batimento cardíaco lento ou diminuir a sudação.
- Halofantrina, utilizado para a malária.
- Vincamina IV, utilizado para melhorar a circulação no sistema nervoso.
- Amantadina, utilizado para a doença de Parkinson.
- Suplementos de potássio, substitutos do sal contendo potássio, diuréticos, heparina
(para a fluidificação do sangue e para prevenir o aparecimento de coágulos
sanguíneos), inibidores da ECA (para diminuição da tensão arterial), laxantes,
esteroides,
hormona
adrenocorticotrófica
(ACTH),
carbenoxolona
(medicamento
utilizado para tratar as úlceras da boca e do estômago), penicilina G sódica (também
denominada benzilpenicilina sódica, um antibiótico), alguns analgésicos tais como o
ácido acetilsalicílico (“aspirina”) ou os salicilatos. Usar estes medicamentos ao
mesmo tempo que Sevikar HCT pode aumentar os níveis de potássio no sangue.
- Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs, medicamentos utilizados
para aliviar a dor, o inchaço e outros sintomas de inflamação, incluindo artrite),
utilizados
mesmo
tempo
Sevikar
HCT,
podem
aumentar
risco
insuficiência renal. O efeito do Sevikar HCT pode ser reduzido pelos AINEs. Em caso
de doses elevadas de salicilato o efeito tóxico no sistema nervoso central pode ser
aumentado.
- Comprimidos para dormir, sedativos e antidepressivos utilizados ao mesmo tempo
que Sevikar HCT podem causar uma redução súbita da tensão arterial em pé.
- Cloridrato de colessevelam, um medicamento que baixa o nível de colesterol no seu
sangue, pois o efeito de Sevikar HCT pode ser diminuído. O seu médico pode
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aconselhá-lo a tomar Sevikar HCT pelo menos 4 horas antes do cloridato de
colessevelam.
- Alguns antiácidos (medicamentos para a indigestão ou azia) dado que a ação de
Sevikar HCT pode ser ligeiramente diminuída.
Alguns
medicamentos
relaxantes
musculares
tais
como
baclofeno
tubocurarina.
- Medicamentos anticolinérgicos tais como a atropina e o biperideno.
- Suplementos de cálcio.
- Dantroleno (perfusão para anomalias graves da temperatura corporal).
- Sinvastatina, usada para reduzir os níveis de colesterol e gorduras (triglicéridos) no
sangue.
- Medicamentos utilizados para controlar a resposta imunitária do seu organismo
(tais como tacrolímus, ciclosporina), permitindo-lhe aceitar o órgão transplantado.
Informe também o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar algum dos seguintes medicamentos para:
Tratar
algumas
perturbações
saúde
mental
tais
como
tioridazina,
cloropromazina,
levomepromazina,
trifluoperazina,
ciamemazina,
sulpirida,
amissulprida, pimozida, sultoprida, tiaprida, droperidol ou haloperidol.
- Tratar os níveis baixos de açúcar no sangue (por exemplo, diazóxido) ou a tensão
arterial elevada (por exemplo, bloqueadores beta, metildopa) uma vez que o Sevikar
HCT pode afetar a ação destes medicamentos.
Tratar
problemas
ritmo
cardíaco
tais
como
mizolastina,
pentamidina,
terfenadina, dofetilida, ibutilida ou injeções de eritromicina.
- Tratar o VIH/SIDA (por exemplo, ritonavir, indinavir, nelfinavir).
- Tratar infeções fúngicas (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, anfotericina).
- Tratar problemas cardíacos tais como quinidina, hidroquinidina, disopiramida,
amiodarona, sotalol, bepridilo ou digitálicos.
- Tratar o cancro tais como amifostina, ciclofosfamida ou metotrexato.
- Aumentar a tensão arterial e diminuir o ritmo cardíaco tais como a noradrenalina.
Tratar
infeções
tais
como
antibióticos
denominados
tetraciclinas
esparfloxacina.
- Tratar a gota tais como probenecida, sulfimpirazona e alopurinol.
- Diminuir os níveis de gordura no sangue tais como colestiramina e colestipol.
- Diminuir o açúcar no sangue, tais como metformina ou insulina.
Informe
médico
farmacêutico
estiver
tomar,
tiver
tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Sevikar HCT com alimentos e bebidas
O Sevikar HCT pode ser tomado com ou sem alimentos.
Pessoas que estejam a tomar Sevikar HCT não devem consumir sumo de toranja e
toranja. A toranja e o sumo de toranja podem provocar um aumento dos níveis da
substância ativa amlodipina no sangue, o que pode causar um aumento imprevisível
no efeito de diminuição da tensão arterial de Sevikar HCT.
Deve tomar cuidado quando beber álcool enquanto está a tomar Sevikar HCT, pois
algumas pessoas sentem sensação de desmaio ou tonturas. Se tal acontecer, não
ingira qualquer tipo de álcool.
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Idosos
Se tem mais de 65 anos o seu médico irá monitorizar regularmente a sua tensão
arterial em cada aumento de dose, para assegurar que a sua tensão arterial não
diminui demasiado.
Gravidez e amamentação
Gravidez
Deve informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida. O seu
médico normalmente aconselhá-la-á a interromper Sevikar HCT antes de engravidar
ou assim que estiver grávida e a tomar outro medicamento em vez de Sevikar HCT.
Sevikar HCT não está recomendado durante a gravidez e não deve ser tomado após
o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o
bebé se utilizado a partir desta altura.
Se engravidar durante o tratamento com Sevikar HCT informe e consulte o seu
médico imediatamente.
Amamentação
Deverá informar o seu médico de que se encontra a amamentar ou que está prestes
a iniciar o aleitamento. Sevikar HCT não está recomendado em mães a amamentar e
o seu médico poderá indicar outro tratamento para si se desejar amamentar.
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Durante o tratamento datensão arterial alta pode ocorrer sonolência, enjoo, tonturas
ou dores de cabeça. Neste caso, não conduza nem utilize máquinas até que os
sintomas desapareçam. Aconselhe-se com o seu médico.
3. Como tomar Sevikar HCT
Tome
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
- A dose recomendada de Sevikar HCT é de 1 comprimido por dia.
- Os comprimidos podem ser tomados com ou sem alimentos. O comprimido deve
ser engolido com algum líquido (por exemplo, um copo de água). O comprimido não
deve ser mastigado. Não tome o comprimido com sumo de toranja.
- Sempre que possível, deve tomar-se a dose diária à mesma hora, por exemplo, ao
pequeno-almoço.
Se tomar mais Sevikar HCT do que deveria
Se tomar mais comprimidos do que deveria pode ocorrer tensão arterial baixa com
sintomas tais como tonturas, batimento cardíaco rápido ou lento.
Se tomar mais comprimidos do que deveria ou em caso de ingestão acidental por
crianças, deve contactar imediatamente o médico ou o serviço de urgência mais
próximo e levar a embalagem do medicamento ou este folheto informativo consigo.
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Caso se tenha esquecido de tomar Sevikar HCT
No caso de se ter esquecido de tomar uma dose, tome a dose normal no dia seguinte
como habitualmente. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se
esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Sevikar HCT
É importante continuar a tomar Sevikar HCT até que o seu médico lhe dê outras
instruções.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas. Se se manifestarem, são
normalmente ligeiros e não requerem a suspensão do tratamento.
Apesar de não se manifestarem em muitas pessoas, os dois efeitos secundários
seguintes podem ser graves:
Durante o tratamento com Sevikar HCT podem ocorrer reações alérgicas com edema
(inchaço) facial, da boca e/ou laringe juntamente com prurido (comichão) e erupção
pele.
Neste caso,
pare
de tomar
Sevikar
contacte
seu médico
imediatamente.
Sevikar HCT pode provocar uma diminuição muito acentuada da tensão arterial em
indivíduos suscetíveis, o que pode causar tonturas graves ou desmaio. Neste caso,
pare de tomar Sevikar HCT, contacte o seu médico imediatamente e deite-se.
O Sevikar HCT é uma combinação de três substâncias ativas. A informação que se
segue, em primeiro lugar, refere-se aos efeitos secundários comunicados até agora
com a associação Sevikar HCT (para além dos já mencionados em cima) e em
segundo lugar aos que são conhecidos para cada uma das substâncias ativas em
separado ou quando duas delas são administradas em conjunto.
Para ter uma noção de quantos doentes poderão apresentar efeitos secundários,
estes foram listados como frequentes, pouco frequentes, raros e muito raros.
Estes são os outros efeitos secundários conhecidos, até agora, com Sevikar HCT:
Se estes efeitos secundários ocorrerem, eles são frequentemente ligeiros e não
necessita de interromper o seu tratamento.
Frequentes
(podem afetar menos de 1 em 10 pessoas)
Infeção das vias respiratórias superiores; dor de garganta e nariz; infeção do trato
urinário; tonturas; dores de cabeça; consciência do batimento cardíaco; tensão
arterial baixa; enjoo; diarreia; prisão de ventre; cãibras; inchaço das articulações;
micção
mais
frequente;
fraqueza;
inchaço
tornozelos;
cansaço;
valores
laboratoriais anormais.
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Pouco frequentes
(podem afetar menos de 1 em 100 pessoas)
Tonturas ao levantar-se; vertigens; batimento cardíaco acelerado; sensação de
desmaio; vermelhidão e sensação de calor na face; tosse; boca seca; fraqueza
muscular; incapacidade de atingir ou manter uma ereção.
Estes são os efeitos secundários conhecidos para cada uma das substâncias ativas
em separado ou quando duas delas são administradas em conjunto:
Estes podem ser efeitos secundários de Sevikar HCT, mesmo que, até ao momento,
não tenham ainda sido observados com Sevikar HCT.
Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em 10 pessoas)
Edema (retenção de líquidos).
Frequentes
(podem afetar menos de 1 em 10 pessoas)
Bronquite; infeção do estômago e intestino; vómitos; açúcar no sangue aumentado;
açúcar na urina; confusão; sensação de sonolência; perturbações visuais (incluindo
visão dupla e visão turva); corrimento ou obstrução nasal; dor de garganta;
dificuldade em respirar; tosse; dor abdominal; azia; desconforto no estômago;
flatulência; dor nas articulações ou ossos; dor de costas; dor esquelética; sangue na
urina; sintomas do tipo gripal; dor no peito; dor.
Pouco frequentes
(podem afetar menos de 1 em 100 pessoas)
Redução do número de um tipo de células do sangue, conhecidas como plaquetas, o
que pode dar origem a facilidade em formar equimoses ou tempo de hemorragia
prolongado;
reações
anafiláticas;
apetite
anormalmente
reduzido
(anorexia);
problemas em dormir; irritabilidade; alterações de humor, incluindo sensação de
ansiedade; sentir-se “em baixo” ou deprimido; tremores; perturbações do sono;
sensação distorcida do paladar; perda de consciência; redução da sensação do
toque; formigueiro; agravamento da miopia; zumbidos nos ouvidos; angina (dor ou
sensação desconfortável no peito, conhecida como angina de peito); batimento
cardíaco irregular; erupção cutânea; perda de cabelo; inflamação alérgica da pele;
vermelhidão da pele; manchas purpúreas ou manchas na pele devido a pequenas
hemorragias
(púrpura);
descoloração
pele;
urticária;
sudação
aumentada;
comichão; erupção na pele; reações na pele à luz tais como queimadura solar ou
erupção na pele; dor muscular; problemas para urinar; vontade de urinar à noite;
aumento da mama nos homens; diminuição do apetite sexual; edema da face;
sensação de mal-estar; aumento ou diminuição de peso; exaustão.
Raros
(podem afetar menos de 1 em 1.000 pessoas)
Inchaço e dor nas glândulas salivares; redução do número de células brancas no
sangue, o que pode aumentar o risco de infeções; contagem de glóbulos vermelhos
baixa (anemia); lesão da medula óssea; agitação; sentir-se desinteressado (apatia);
convulsões; visão dos objetos em amarelo; olhos secos; coágulos sanguíneos
(trombose, embolismo); acumulação de líquido nos pulmões; pneumonia; inflamação
vasos
sanguíneos
pequenos
vasos
sanguíneos
pele;
inflamação
pâncreas; amarelecimento da pele e olhos; inflamação aguda da vesícula biliar;
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sintomas de lúpus eritematoso, tais como erupção na pele, dores articulares e mãos
e dedos frios; reações graves na pele incluindo erupção intensa na pele, urticária,
vermelhidão da pele no corpo inteiro, comichão intensa, bolhas, descamação e
inchaço da pele, inflamação das membranas mucosas, por vezes com risco de vida;
dificuldade no movimento; insuficiência renal aguda; inflamação não infeciosa do
rim; função renal diminuída; febre.
Muito raros
(podem afetar menos de 1 em 10.000 pessoas)
Tensão muscular elevada; dormência das mãos ou pés; ataque cardíaco; inflamação
do estômago; aumento das gengivas; bloqueio dos intestinos; inflamação do fígado.
Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis):
Diminuição da visão ou dor ocular (possíveis sinais de glaucoma agudo de ângulo
fechado).
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos
abaixo.
comunicar
efeitos
secundários,
estará
ajudar
fornecer
mais
informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Sevikar HCT
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior, frasco e blister após VAL.. O prazo de validade corresponde ao último dia do
mês indicado.
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
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Qual a composição de Sevikar HCT
- As substâncias ativas são olmesartan medoxomilo, amlodipina (como besilato de
amlodipina) e hidroclorotiazida.
Sevikar HCT 20 mg+5 mg+12,5 mg: cada comprimido revestido por película contém
olmesartan
medoxomilo,
amlodipina
(como
besilato
amlodipina) e 12,5 mg de hidroclorotiazida.
Sevikar HCT 40 mg+5 mg+12,5 mg: cada comprimido revestido por película contém
olmesartan
medoxomilo,
amlodipina
(como
besilato
amlodipina) e 12,5 mg de hidroclorotiazida.
Sevikar HCT 40 mg+10 mg+12,5 mg: cada comprimido revestido por película
contém 40 mg de olmesartan medoxomilo, 10 mg de amlodipina (como besilato de
amlodipina) e 12,5 mg de hidroclorotiazida.
Sevikar HCT 40 mg+5 mg+25 mg: cada comprimido revestido por película contém
olmesartan
medoxomilo,
amlodipina
(como
besilato
amlodipina) e 25 mg de hidroclorotiazida.
Sevikar HCT 40 mg+10 mg+25 mg: cada comprimido revestido por película contém
40 mg
olmesartan
medoxomilo,
amlodipina
(como
besilato
amlodipina) e 25 mg de hidroclorotiazida.
- Os outros componentes são:
Núcleo
comprimido:
amido
milho
pré-gelificado,
celulose
microcristalina
siliciada (celulose microcristalina e sílica coloidal anidra), croscarmelose sódica,
estearato de magnésio.
Revestimento do comprimido: álcool polivinílico, macrogol 3350, talco, dióxido de
titânio (E 171), óxido de ferro (III) amarelo (E 172), óxido de ferro (III) vermelho (E
172) (apenas comprimidos revestidos por película 20 mg+5 mg+12,5 mg; 40mg+10
mg+12,5 mg; 40 mg+10 mg+25 mg), óxido de ferro (II, III) preto (E 172) (apenas
comprimidos revestidos por película 20 mg+5 mg+12,5).
Qual o aspeto de Sevikar HCT e conteúdo da embalagem
Sevikar HCT 20 mg+5 mg+12,5 mg comprimidos revestidos por película de 8 mm
são de cor laranja clara, redondos, com “C51” gravado num dos lados.
Sevikar HCT 40 mg+5 mg+12,5 mg comprimidos revestidos por película de 9,5 mm
são de cor amarela clara, redondos, com “C53” gravado num dos lados.
Sevikar HCT 40 mg+10 mg+12,5 mg comprimidos revestidos por película de 9,5 mm
são de cor vermelha acinzentada, redondos, com “C55” gravado num dos lados.
Sevikar HCT 40 mg+5 mg+25 mg comprimidos revestidos por película de 15 x 7 mm
são de cor amarela clara, ovais, com “C54” gravado num dos lados.
Sevikar HCT 40 mg+10 mg+25 mg comprimidos revestidos por película de 15 x 7
mm são de cor vermelha acinzentada, ovais, com “C57” gravado num dos lados.
Sevikar HCT comprimidos revestidos por película estão disponíveis:
- em embalagens com blisters de 14, 28, 30, 56, 84, 90, 98 e 10 x 28, 10 x 30
comprimidos revestidos por película
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- em embalagens com blisters destacáveis para dose unitária de 10, 50 e 500
comprimidos revestidos por película
- Sevikar HCT em frascos de HDPE, em embalagens de 7, 30 e 90 comprimidos
revestidos por película
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Daiichi Sankyo Portugal, Unip. LDA
Lagoas Park - Rua das Lagoas Pequenas, Edifício 5
2740-245 Porto Salvo
Portugal
Fabricante:
Daiichi Sankyo Europe GmbH
Luitpoldstrasse 1
85276 Pfaffenhofen
Alemanha
Berlin-Chemie AG
Glienicker Weg 125, 12489 Berlin
Alemanha
Menarini – Von Heyden GmbH
Leipziger Strasse 7-13, 01097 Dresden
Alemanha
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Áustria, Alemanha, Grécia, Países Baixos, Roménia, Espanha, Reino Unido:
SEVIKAR HCT 20 mg/5 mg/12,5 mg
SEVIKAR HCT 40 mg/5 mg/12,5 mg
SEVIKAR HCT 40 mg/10 mg/12,5 mg
SEVIKAR HCT 40 mg/5 mg/25 mg
SEVIKAR HCT 40 mg/10 mg/25 mg
Portugal:
SEVIKAR HCT 20 mg+5 mg+12,5 mg
SEVIKAR HCT 40 mg+5 mg+12,5 mg
SEVIKAR HCT 40 mg+10 mg+12,5 mg
SEVIKAR HCT 40 mg+5 mg+25 mg
SEVIKAR HCT 40 mg+10 mg+25 mg
Bélgica e Luxemburgo:
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
SEVIKAR/HCT 20 mg/5 mg/12,5 mg
SEVIKAR/HCT 40 mg/5 mg/12,5 mg
SEVIKAR/HCT 40 mg/10 mg/12,5 mg
SEVIKAR/HCT 40 mg/5 mg/25 mg
SEVIKAR/HCT 40 mg/10 mg/25 mg
Dinamarca, Islândia:
Sevikar Comp 20 mg/5 mg/12,5 mg
Sevikar Comp 40 mg/5 mg/12,5 mg
Sevikar Comp 40 mg/10 mg/12,5 mg
Sevikar Comp 40 mg/5 mg/25 mg
Sevikar Comp 40 mg/10 mg/25 mg
Irlanda:
Sevikar Plus 20 mg/5 mg/12,5 mg
Sevikar Plus 40 mg/5 mg/12,5 mg
Sevikar Plus 40 mg/10 mg/12,5 mg
Sevikar Plus 40 mg/5 mg/25 mg
Sevikar Plus 40 mg/10 mg/25 mg
Itália:
Sevitrex 20 mg/5 mg/12,5 mg
Sevitrex 40 mg/5 mg/12,5 mg
Sevitrex 40 mg/10 mg/12,5 mg
Sevitrex 40 mg/5 mg/25 mg
Sevitrex 40 mg/10 mg/25 mg
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interior da cartonagem:>
Outras fontes de informação
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leitura com um smartphone de um código QR incluído no interior da cartonagem. A
mesma
informação
está
também
disponível
seguinte
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www.olmesartanpatient.eu.
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sevikar HCT 20 mg+5 mg+12,5 mg, comprimidos revestidos por película
Sevikar HCT 40 mg+5 mg+12,5 mg, comprimidos revestidos por película
Sevikar HCT 40 mg+10 mg+12,5 mg, comprimidos revestidos por película
Sevikar HCT 40 mg+5 mg+25 mg, comprimidos revestidos por película
Sevikar HCT 40 mg+10 mg+25 mg, comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Sevikar HCT 20 mg+5 mg+12,5 mg, comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido revestido por película contém 20 mg de olmesartan medoxomilo, 5 mg
de amlodipina (como besilato de amlodipina) e 12,5 mg de hidroclorotiazida.
Sevikar HCT 40 mg+5 mg+12,5 mg, comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido revestido por película contém 40 mg de olmesartan medoxomilo, 5 mg
de amlodipina (como besilato de amlodipina) e 12,5 mg de hidroclorotiazida.
Sevikar HCT 40 mg+10 mg+12,5 mg, comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido revestido por película contém 40 mg de olmesartan medoxomilo, 10
mg de amlodipina (como besilato de amlodipina) e 12,5 mg de hidroclorotiazida.
Sevikar HCT 40 mg+5 mg+25 mg, comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido revestido por película contém 40 mg de olmesartan medoxomilo, 5 mg
de amlodipina (como besilato de amlodipina) e 25 mg de hidroclorotiazida.
Sevikar HCT 40 mg+10 mg+25 mg, comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido revestido por película contém 40 mg de olmesartan medoxomilo, 10
mg de amlodipina (como besilato de amlodipina) e 25 mg de hidroclorotiazida.
Excipientes com efeito conhecido
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Sevikar HCT 20 mg+5 mg+12,5 mg, comprimidos revestidos por película:
Cor laranja clara, forma redonda, comprimido revestido por película de 8 mm e com C51
gravado num dos lados.
Sevikar HCT 40 mg+5 mg+12,5 mg, comprimidos revestidos por película:
Cor amarela clara, forma redonda, comprimido revestido por película de 9,5 mm e com
C53 gravado num dos lados.
Sevikar HCT 40 mg+10 mg+12,5 mg, comprimidos revestidos por película:
Cor vermelha acinzentada, forma redonda, comprimido revestido por película de 9,5 mm
e com C55 gravado num dos lados.
Sevikar HCT 40 mg+5 mg+25 mg, comprimidos revestidos por película:
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Cor amarela clara, forma oval, comprimido revestido por película de 15 x 7 mm e com
C54 gravado num dos lados.
Sevikar HCT 40 mg+10 mg+25 mg, comprimidos revestidos por película:
Cor vermelha acinzentada, forma oval, comprimido revestido por película de 15 x 7 mm e
com C57 gravado num dos lados.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento da hipertensão essencial.
Terapêutica adjuvante
Sevikar
está
indicado
doentes
adultos
cuja
tensão
arterial
não
está
adequadamente controlada com a combinação de olmesartan medoxomilo e amlodipina
tomados através de uma formulação de dois componentes.
Terapêutica de substituição
Sevikar HCT está indicado como terapêutica de substituição em doentes adultos cuja
tensão arterial está
adequadamente controlada com
combinação de olmesartan
medoxomilo, amlodipina e hidroclorotiazida, tomados através de uma formulação com
dois componentes (olmesartan medoxomilo e amlodipina ou olmesartan medoxomilo e
hidroclorotiazida)
formulação
componente
(hidroclorotiazida
amlodipina).
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Adultos
A dose recomendada de Sevikar HCT é de um comprimido por dia.
Terapêutica adjuvante
Sevikar HCT 20 mg+5 mg+12,5 mg pode ser administrado em doentes cuja tensão
arterial não está adequadamente controlada com olmesartan medoxomilo 20 mg e
amlodipina 5 mg tomados através de uma formulação de dois componentes.
Sevikar HCT 40 mg+5 mg+12,5 mg pode ser administrado em doentes cuja tensão
arterial não está adequadamente controlada com olmesartan medoxomilo 40 mg e
amlodipina 5 mg tomados através de uma formulação de dois componentes ou em
doentes cuja tensão arterial não está adequadamente controlada com Sevikar HCT 20
mg+5 mg+12,5 mg.
Sevikar HCT 40 mg+5 mg+25 mg pode ser administrado em doentes cuja tensão arterial
não está adequadamente controlada com Sevikar HCT 40 mg+5 mg+12,5 mg.
Sevikar HCT 40 mg+10 mg+12,5 mg pode ser administrado em doentes cuja tensão
arterial não está adequadamente controlada com olmesartan medoxomilo 40 mg e
amlodipina 10 mg tomados através de uma formulação de dois componentes ou com
Sevikar HCT 40 mg+5 mg+12,5 mg.
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Sevikar HCT 40 mg+10 mg+25 mg pode ser administrado em doentes cuja tensão
arterial não está adequadamente controlada com Sevikar HCT 40 mg+10 mg+12,5 mg
ou com Sevikar HCT 40 mg+5 mg+25 mg.
Recomenda-se a titulação gradual da dose dos componentes individuais antes da
mudança
para
combinação
tripla.
Quando
clinicamente
apropriado
pode
considerada uma mudança direta da formulação de dois componentes para a combinação
tripla.
Terapêutica de substituição
Os doentes controlados com doses estáveis de olmesartan medoxomilo, amlodipina e
hidroclorotiazida tomados ao mesmo tempo, através de uma formulação com dois
componentes
(olmesartan
medoxomilo
amlodipina
ou olmesartan medoxomilo
hidroclorotiazida) e uma formulação de um componente (hidroclorotiazida ou amlodipina)
podem mudar para Sevikar HCT contendo os componentes nas mesmas doses.
A dose máxima recomendada de Sevikar HCT é de 40 mg+10 mg+ 25 mg por dia.
Idosos (idade igual ou superior a 65 anos)
doentes
idosos
recomendada
precaução,
incluindo
monitorização mais
frequente da tensão arterial, particularmente com a dose máxima de Sevikar HCT de 40
mg+10 mg+25 mg por dia.
Um aumento de dosagem em doentes idosos deve ser efetuado com precaução (ver
secções 4.4 e 5.2).
Estão disponíveis dados muito limitados sobre o uso de Sevikar HCT em doentes com
idade igual ou superior a 75 anos. Recomenda-se extrema precaução, incluindo uma
monitorização mais frequente da tensão arterial.
Compromisso renal
A dose máxima em doentes com compromisso renal ligeiro a moderado (depuração da
creatinina de 30-60 ml/min) é Sevikar HCT 20 mg+5 mg+12,5 mg, devido à experiência
limitada com a dose de 40 mg de olmesartan medoxomilo neste grupo de doentes.
É aconselhável a monitorização das concentrações séricas de potássio e de creatinina em
doentes com compromisso renal moderado.
A utilização de Sevikar HCT em doentes com compromisso renal grave (depuração da
creatinina < 30 ml/min) está contraindicada (ver secções 4.3, 4.4 e 5.2).
Compromisso hepático
Sevikar HCT deve ser usado com precaução em doentes com compromisso hepático
ligeiro (ver secções 4.4 e 5.2).
Em doentes com compromisso hepático moderado, a dose máxima não deve exceder
Sevikar HCT 20 mg+5 mg+12,5 mg uma vez por dia. É aconselhável uma monitorização
cuidadosa da tensão arterial e da função renal em doentes com compromisso hepático.
Como acontece com todos os antagonistas dos canais de cálcio, a semivida da amlodipina
é prolongada em doentes com compromisso hepático, não tendo sido estabelecidas
recomendações posológicas. Consequentemente, Sevikar HCT deve ser administrado com
precaução
nestes
doentes.
farmacocinética
amlodipina
não
estudada
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
compromisso hepático grave. Em doentes com compromisso hepático, a amlodipina deve
ser iniciada na dose mais baixa e titulada lentamente.
A utilização de Sevikar HCT está contraindicada em doentes com compromisso hepático
grave (ver secções 4.3 e 5.2), colestase ou obstrução biliar (ver secção 4.3).
População pediátrica
Sevikar HCT não é recomendado em doentes com idade inferior a 18 anos devido à
ausência de dados de segurança e eficácia.
Modo de administração:
O comprimido deve ser engolido com uma quantidade suficiente de líquido (por exemplo,
um copo de água). O comprimido não deve ser mastigado e deve ser tomado à mesma
hora todos os dias.
Sevikar HCT pode ser tomado com ou sem alimentos.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade
substâncias
ativas,
derivados
dihidropiridina
substâncias derivadas da sulfonamida (dado que a hidroclorotiazida é um fármaco
derivado da sulfonamida), ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1.
Compromisso renal grave (ver secções 4.4 e 5.2).
Hipocaliemia refratária, hipercalcemia, hiponatremia e hiperuricemia sintomática.
Insuficiência hepática grave, colestase e afeções biliares obstrutivas (ver secção 5.2).
Segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver secções 4.4 e 4.6).
concomitante
Sevikar
medicamentos
contendo
aliscireno
contraindicado em doentes com diabetes mellitus ou compromisso renal (TFG < 60
ml/min/1,73 m^2) (ver secções 4.5 e 5.1).
Devido ao componente amlodipina, Sevikar HCT está contraindicado em doentes com:
- Choque (incluindo choque cardiogénico).
- Hipotensão grave.
- Obstrução do trato de saída do ventrículo esquerdo (por exemplo, estenose aórtica de
grau elevado).
Insuficiência
cardíaca
hemodinamicamente
instável
após
enfarte
agudo
miocárdio.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Doentes com hipovolémia ou depleção de sódio:
Pode ocorrer hipotensão sintomática, especialmente após a primeira toma, em doentes
com depleção de volume e/ou de sódio como resultado da terapêutica diurética intensiva,
restrição de sal na dieta, diarreia ou vómitos. Recomenda-se a correção desta situação
antes da administração de Sevikar HCT ou supervisão médica cuidadosa no início do
tratamento.
Outras afeções que estimulam o sistema renina-angiotensina-aldosterona:
Em doentes cujo tónus vascular e função renal dependem predominantemente da
atividade
sistema
renina-angiotensina-aldosterona
(por
exemplo,
doentes
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
insuficiência cardíaca congestiva grave ou com doença renal subjacente, incluindo
estenose da artéria renal), o tratamento com medicamentos que afetam este sistema foi
associado a hipotensão aguda, azotemia, oligúria ou, raramente, a insuficiência renal
aguda.
Hipertensão renovascular:
Existe um risco acrescido de hipotensão grave e de insuficiência renal quando doentes
com estenose bilateral das artérias renais ou estenose da artéria que irriga um rim único
funcionante são tratados com medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensina-
aldosterona.
Compromisso renal e transplante renal:
Recomenda-se
monitorização periódica das
concentrações
séricas de potássio e
creatinina quando Sevikar HCT é utilizado em doentes com compromisso renal.
Não é recomendada a utilização de Sevikar HCT em doentes com compromisso renal
grave (depuração da creatinina < 30 ml/min) (ver secções 4.2, 4.3 e 5.2).
Em doentes com compromisso renal pode ocorrer azotemia associada aos diuréticos
tiazídicos.
Se se verificar que o grau de compromisso renal aumenta, é necessária a reavaliação
cuidadosa do tratamento, podendo considerar-se
a possibilidade de
suspensão da
terapêutica diurética.
Não existe experiência com a administração de Sevikar HCT em doentes submetidos a
transplante renal recente ou em doentes com uma disfunção renal terminal (isto é,
depuração da creatinina < 12 ml/min).
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA):
Existe evidência de que o uso concomitante de inibidores da ECA, antagonistas dos
recetores da angiotensina II ou aliscireno aumenta o risco de hipotensão, hipercaliemia e
função renal diminuída (incluindo insuficiência renal aguda). O duplo bloqueio do SRAA
através
combinado
inibidores
ECA,
antagonistas
recetores
angiotensina II ou aliscireno, é portanto, não recomendado (ver secções 4.5 e 5.1).
Se a terapêutica de duplo bloqueio for considerada absolutamente necessária, esta só
deverá ser utilizada sob a supervisão de um especialista e sujeita a uma monitorização
frequente e apertada da função renal, eletrólitos e pressão arterial.
Os inibidores da ECA e os antagonistas dos recetores da angiotensina II não devem ser
utilizados concomitantemente em doentes com nefropatia diabética.
Compromisso hepático:
A exposição à amlodipina e ao olmesartan medoxomilo é maior em doentes com
compromisso hepático (ver secção 5.2).
Além disso, pequenas alterações no equilíbrio hidroeletrolítico durante a terapêutica
tiazídica podem precipitar coma hepático em doentes com compromisso hepático ou
doença hepática progressiva.
Deve ter-se precaução ao administrar Sevikar HCT a doentes com compromisso hepático
ligeiro a moderado.
Em doentes com compromisso hepático moderado, a dose de olmesartan medoxomilo
não deve exceder 20 mg (ver secção 4.2).
Em doentes com compromisso hepático, a amlodipina deve ser iniciada na dose mais
baixa do intervalo de dosagens e deve ser tomada precaução no início do tratamento e
quando se aumenta a dose.
A utilização de Sevikar HCT está contraindicada em doentes com compromisso hepático
grave, colestase ou obstrução biliar (ver secção 4.3).
Estenose da válvula aórtica ou mitral, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva:
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Devido
componente
amlodipina
Sevikar
HCT,
como
acontece
outros
vasodilatadores, recomenda-se precaução especial em doentes com estenose aórtica ou
mitral ou cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva.
Aldosteronismo primário:
Geralmente, os doentes com aldosteronismo primário não respondem aos fármacos anti-
hipertensores
atuam
através da
inibição
sistema
renina-angiotensina.
conseguinte, não se recomenda a utilização de Sevikar HCT nestes doentes.
Efeitos metabólicos e endócrinos:
A terapêutica com tiazidas pode diminuir a tolerância à glucose. Em doentes diabéticos
poderá ser necessário ajuste posológico de insulina ou de agentes hipoglicemiantes orais
(ver secção 4.5). Durante a terapêutica tiazídica a diabetes mellitus latente pode
manifestar-se.
Níveis de colesterol e triglicéridos aumentados são efeitos indesejáveis conhecidos
associados à terapêutica diurética tiazídica.
alguns
doentes
terapêutica
tiazidas
pode
ocorrer
hiperuricemia
desencadear-se uma crise de gota.
Desequilíbrio eletrolítico:
Tal como em qualquer doente sob terapêutica diurética, deverá ser feita a determinação
periódica dos eletrólitos séricos em intervalos adequados.
As tiazidas, incluindo a hidroclorotiazida, podem causar desequilíbrio hidroeletrolítico
(incluindo hipocaliemia, hiponatremia e alcalose hipoclorémica). Os sinais de alerta de
desequilíbrio hidroeletrolítico são secura da boca, sede, fraqueza, letargia, sonolência,
agitação, dores musculares ou cãibras, fadiga muscular, hipotensão, oligúria, taquicardia
e distúrbios gastrointestinais tais como náuseas e vómitos (ver secção 4.8).
O risco de hipocaliemia é maior em doentes com cirrose hepática, em doentes com
estimulação da diurese, em doentes que recebem uma quantidade inadequada de
eletrólitos por via oral e em doentes sob terapêutica concomitante com corticosteroides
ou ACTH (ver secção 4.5).
Por outro lado, devido ao antagonismo dos recetores de angiotensina II (AT1) pelo
componente
olmesartan
medoxomilo
Sevikar
HCT,
pode
ocorrer
hipercaliemia,
especialmente em presença de compromisso renal e/ou de insuficiência cardíaca e de
diabetes mellitus. Recomenda-se uma monitorização cuidadosa do potássio sérico em
doentes de risco. Os diuréticos poupadores de potássio, os suplementos de potássio ou
os substitutos do sal contendo potássio e outros medicamentos que possam elevar os
níveis
séricos
potássio
(por
exemplo,
heparina)
devem
administrados
concomitantemente
precaução
Sevikar
(ver
secção
4.5)
monitorização frequente dos níveis de potássio.
Não existe evidência de que o olmesartan medoxomilo possa reduzir ou prevenir a
hiponatremia
induzida
diuréticos.
défice
cloreto
geralmente
ligeiro
habitualmente não requer tratamento.
As tiazidas podem diminuir a excreção urinária do cálcio e causar um aumento ligeiro e
intermitente do cálcio sérico na ausência de perturbações conhecidas do metabolismo do
cálcio. A hipercalcemia pode evidenciar um hiperparatiroidismo não diagnosticado. As
tiazidas deverão ser suspensas antes de se efetuarem testes da função paratiroideia.
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Demonstrou-se que as tiazidas aumentam a excreção urinária de magnésio, o que pode
resultar em hipomagnesemia.
Com temperaturas elevadas pode ocorrer hiponatremia de diluição em doentes com
edemas.
Lítio:
Como com outros antagonistas dos recetores da angiotensina II, não é recomendada a
administração concomitante de Sevikar HCT e lítio (ver secção 4.5).
Insuficiência cardíaca:
Em consequência da inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona, podem ser
esperadas alterações na função renal em indivíduos suscetíveis.
Em doentes com insuficiência cardíaca grave, cuja função renal possa depender da
atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona, o tratamento com inibidores da
enzima
conversão
angiotensina
(ECA)
antagonistas
recetores
angiotensina tem sido associado a oligúria e/ou azotemia progressiva e (raramente) a
insuficiência renal aguda e/ou morte.
Os doentes com insuficiência cardíaca devem ser tratados com precaução. Num estudo
de longa duração com amlodipina, controlado com placebo, em doentes com insuficiência
cardíaca grave (classes III e IV da NYHA), a incidência descrita de edema pulmonar foi
maior no grupo tratado com amlodipina do que no grupo com placebo (ver secção 5.1).
Os bloqueadores dos canais de cálcio, incluindo a amlodipina, devem ser utilizados com
precaução em doentes com insuficiência cardíaca congestiva, pois podem aumentar o
risco de eventos cardiovasculares futuros e mortalidade.
Enteropatia semelhante a esprue:
Em casos muito raros foi notificada diarreia crónica grave com perda de peso substancial
em doentes a tomar olmesartan, alguns meses a anos após o início do medicamento,
possivelmente causada por uma reação de hipersensibilidade retardada localizada. As
biópsias intestinais dos doentes demonstraram muitas vezes atrofia das vilosidades. Se
um doente desenvolver estes sintomas durante o tratamento com olmesartan, e na
ausência
outras
etiologias
aparentes,
tratamento
olmesartan
deve
imediatamente descontinuado e não deve ser reiniciado. Se a diarreia não melhorar
durante a semana após a descontinuação da terapêutica, deve ser considerada a opinião
de um especialista (por exemplo um gastroenterologista).
Miopia Aguda e Glaucoma Agudo de Ângulo Fechado Secundário:
A hidroclorotiazida, uma sulfonamida, pode causar uma reação idiossincrática, resultando
em miopia aguda transitória e glaucoma agudo de ângulo fechado. Os sintomas incluem
início agudo da diminuição da acuidade visual ou dor ocular que geralmente ocorrem
dentro de horas a semanas, após o início do medicamento. O glaucoma agudo de ângulo
fechado, não tratado, pode levar à perda permanente da visão. O tratamento primário
consiste em interromper a hidroclorotiazida, tão rapidamente quanto possível. Podem ter
que ser considerados tratamentos médicos ou cirúrgicos imediatos, caso a pressão intra-
ocular permaneça não controlada. Os fatores de risco para o desenvolvimento de
glaucoma agudo de ângulo fechado pode incluir história de alergia à sulfonamida ou
penicilina (Ver secção 4.8).
Gravidez:
Os antagonistas da angiotensina II (ARA) não devem ser iniciados durante a gravidez. A
não ser em situações em que a manutenção da terapêutica com ARA seja considerada
essencial, nas doentes que planeiem engravidar o tratamento deve ser alterado para
anti-hipertensores cujo perfil de segurança durante a gravidez esteja estabelecido.
Quando é diagnosticada a gravidez, o tratamento com ARA deve ser interrompido
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
imediatamente e, se apropriado, deverá ser iniciada uma terapêutica alternativa (ver
secções 4.3 e 4.6).
População pediátrica:
Sevikar HCT não está indicado em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos.
Doentes idosos
Nos idosos, o aumento da dosagem deve efetuado com precaução (ver secção 5.2).
Fotossensibilidade:
Foram relatados casos de reações de fotossensibilidade com diuréticos tiazídicos (ver
secção 4.8). Se a reação de fotossensibilidade ocorrer durante o tratamento com Sevikar
HCT, recomenda-se a interrupção do tratamento. Se for considerado necessário retomar
a administração do diurético, recomenda-se a proteção das áreas expostas ao sol ou à
radiação UVA artificial.
Outras:
Como acontece com outros agentes anti-hipertensores, a diminuição excessiva da tensão
arterial em doentes com doença cardíaca isquémica ou com doença vascular cerebral
isquémica pode resultar em enfarte do miocárdio ou em acidente vascular cerebral.
Podem ocorrer reações de hipersensibilidade à hidroclorotiazida em doentes com ou sem
antecedentes de alergia ou asma brônquica, embora sejam mais prováveis em doentes
com estes antecedentes.
Foi referida a exacerbação ou ativação de lúpus eritematoso sistémico com a utilização
de diuréticos tiazídicos.
Como com todos os outros antagonistas dos recetores da angiotensina II, o efeito de
diminuição da tensão arterial do olmesartan é ligeiramente menor em doentes de raça
negra do que em doentes de outras raças. No entanto, este efeito não foi observado em
um dos três ensaios clínicos com Sevikar HCT que incluiu doentes de raça negra (30%),
ver também a secção 5.1.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Interações potenciais relacionadas com a combinação Sevikar HCT:
Uso concomitante não recomendado
Lítio:
Foram notificados aumentos reversíveis das concentrações séricas e da toxicidade do lítio
durante a administração concomitante de lítio com inibidores da enzima de conversão da
angiotensina e, raramente, com antagonistas dos recetores da angiotensina II. Além
disso, a depuração renal do lítio é reduzida pelas tiazidas e consequentemente pode
aumentar o risco de toxicidade por lítio. Por conseguinte, não é recomendada a utilização
concomitante de Sevikar HCT e lítio (ver secção 4.4). Se a utilização concomitante for
necessária recomenda-se uma monitorização cuidadosa dos níveis séricos de lítio.
Uso concomitante que requer precaução
Baclofeno:
Pode ocorrer uma potenciação do efeito anti-hipertensor.
Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides:
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
AINEs (i.e. ácido acetilsalicílico (>3 g/dia), inibidores da COX-2 e AINEs não seletivos)
podem reduzir o efeito anti-hipertensor dos diuréticos tiazídicos e dos antagonistas dos
recetores da angiotensina II.
alguns
doentes
função
renal
comprometida
(por
exemplo,
doentes
desidratados ou doentes idosos com função renal comprometida), a administração
concomitante de antagonistas dos recetores da angiotensina II e de agentes inibidores da
cicloxigenase pode resultar numa deterioração adicional da função renal, incluindo
possível insuficiência renal aguda, geralmente reversível. Por conseguinte, a combinação
deve ser administrada com precaução, especialmente nos idosos. Os doentes devem ser
adequadamente hidratados e deve ser dada particular atenção à monitorização da função
renal no início da terapêutica concomitante e regularmente ao longo do tratamento.
Uso concomitante a ter em consideração
Amifostina:
Pode ocorrer uma potenciação do efeito anti-hipertensor.
Outros agentes anti-hipertensores:
O efeito de redução da tensão arterial do Sevikar HCT pode ser potenciado pela utilização
concomitante de outros fármacos anti-hipertensores.
Álcool, barbitúricos, narcóticos ou antidepressivos:
Pode ocorrer uma potenciação da hipotensão ortostática.
Interações potenciais relacionadas com olmesartan medoxomilo:
Uso concomitante não recomendado
Inibidores da ECA, antagonistas dos recetores da angiotensina II ou aliscireno:
Os dados de ensaios clínicos têm demonstrado que o duplo bloqueio do sistema renina-
angiotensina-aldosterona (SRAA) através do uso combinado de inibidores da ECA,
antagonistas dos recetores da angiotensina II ou aliscireno está associado a uma maior
frequência de acontecimentos adversos, tais como hipotensão, hipercaliemia e função
renal diminuída (incluindo insuficiência renal aguda) em comparação com o uso de um
único fármaco com ação no SRAA (ver secções 4.3, 4.4 e 5.1).
Medicamentos que alteram os níveis de potássio:
A utilização concomitante de diuréticos poupadores de potássio, de suplementos de
potássio, de substitutos do sal que contenham potássio ou de outros medicamentos que
possam aumentar os níveis séricos de potássio (por exemplo, heparina, inibidores da
ECA) pode causar aumento do potássio sérico (ver secção 4.4). Se forem prescritos
concomitantemente com Sevikar HCT medicamentos que afetam o potássio, recomenda-
se uma monitorização do potássio sérico.
Informação adicional
Agente sequestrador de ácidos biliares, colessevelam:
A administração concomitante do agente sequestrador de ácidos biliares, cloridrato de
colessevelam, reduz a exposição sistémica e o pico de concentração plasmática do
olmesartan e reduz o t1/2. A administração de olmesartan medoxomilo pelo menos 4
horas antes da administração de cloridrato de colessevelam diminuiu o efeito de
interação dos fármacos. Deve considerar-se administrar o olmesartam medoxomilo pelo
menos 4 horas antes da administração de cloridrato de colessevelam (ver secção 5.2).
Após tratamento com antiácidos (hidróxido de alumínio e magnésio) registou-se uma
ligeira redução na biodisponibilidade do olmesartan.
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
olmesartan
medoxomilo não teve
efeito significativo
farmacocinética
farmacodinâmica da varfarina nem na farmacocinética da digoxina.
A administração concomitante de olmesartan medoxomilo com pravastatina não teve
efeitos clinicamente relevantes na farmacocinética de cada componente em indivíduos
saudáveis.
O olmesartan não teve efeitos inibidores clinicamente relevantes nas enzimas 1A1/2,
2A6, 2C8/9, 2C19, 2D6, 2E1 e 3A4 do citocromo P450 humano in vitro, e não teve
efeitos ou teve efeitos indutores mínimos nas atividades do citocromo P450 do rato. Não
são esperadas interações clinicamente relevantes entre o olmesartan e medicamentos
metabolizados pelas enzimas do citocromo P450 acima mencionadas.
Interações potenciais relacionadas com amlodipina
Uso concomitante que requer precaução
Efeitos de outros medicamentos na amlodipina
Inibidores do CYP3A4:
A utilização concomitante da amlodipina com inibidores fortes ou moderados do CYP3A4
(inibidores das proteases, antifúngicos azóis, macrólidos como a eritromicina ou a
claritromicina, verapamilo ou diltiazem) pode conduzir a um aumento significativo da
exposição à amlodipina. A tradução clínica destas variações farmacocinéticas pode ser
mais pronunciada nos idosos. Poderão assim ser necessários monitorização clínica e
ajuste de dose.
Indutores do CYP3A4:
Não existem dados disponíveis sobre o efeito dos indutores do CYP3A4 na amlodipina. A
utilização concomitante de indutores do CYP3A4 (por exemplo, rifampicina, Hypericum
perforatum [hipericão]) pode originar uma concentração plasmática mais baixa de
amlodipina. A amlodipina deve ser utilizada com precaução juntamente com indutores do
CYP3A4.
Não é recomendada a administração de amlodipina com toranja ou sumo de toranja, pois
em alguns doentes a biodisponibilidade pode aumentar resultando num aumento do
efeito de diminuição da tensão arterial.
Dantroleno (perfusão): Em animais, foram observadas fibrilhação ventricular letal e
colapso
cardiovascular
associação
hipercaliemia,
após
administração
verapamilo e dantroleno intravenoso. Devido ao risco de hipercaliemia, recomenda-se
administração
concomitante de bloqueadores de
canais de
cálcio, como
amlodipina, seja evitada em doentes suscetíveis a hipertermia maligna e no controlo da
hipertermia maligna.
Efeitos da amlodipina noutros medicamentos
O efeito de diminuição da tensão arterial da amlodipina adiciona-se aos efeitos de
diminuição da tensão arterial de outros agentes anti-hipertensores.
estudos
clínicos
de interação,
a amlodipina
não
afetou
farmacocinética
atorvastatina, digoxina ou varfarina.
Sinvastatina: A administração concomitante de doses múltiplas de 10 mg de amlodipina
com 80 mg de sinvastatina resultou num aumento de 77% na exposição à sinvastatina
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
comparativamente com a sinvastatina isolada. Nos doentes a tomar amlodipina deve
limitar-se a dose de sinvastatina a 20 mg por dia.
Tacrolímus: Quando administrado concomitantemente com amlodipina, existe um risco
aumento
níveis
sanguíneos
tacrolímus,
entanto,
mecanismo
farmacocinético desta interação não é completamente conhecido. De forma a evitar a
toxicidade do tacrolimus, a administração de amlodipina em doentes tratados com
tacrolímus necessita de uma monitorização dos níveis sanguíneos de tacrolímus e um
ajuste na dose de tacrolímus, sempre que necessário.
Ciclosporina: Num estudo prospetivo em doentes
submetidos a transplante renal,
observou-se um aumento médio de 40% nos níveis mínimos de ciclosporina quando
usado concomitantemente com a amlodipina. A administração concomitante de Sevikar
HCT com ciclosporina pode aumentar a exposição à ciclosporina. Deve ser considerada a
monitorização dos níveis mínimos de ciclosporina durante a utilização concomitante e a
redução das doses de ciclosporina, conforme necessário.
Interações potenciais relacionadas com hidroclorotiazida:
Uso concomitante não recomendado
Medicamentos que alteram os níveis de potássio:
O efeito depletor de potássio da hidroclorotiazida (ver secção 4.4) pode ser potenciado
pela administração concomitante de outros fármacos associados à diminuição de potássio
e hipocaliemia (por exemplo, outros diuréticos caliuréticos, laxantes, corticosteroides,
ACTH, anfotericina, carbenoxolona, penicilina G sódica ou derivados de ácido salicílico).
Não se recomenda, portanto, o uso concomitante destes fármacos.
Uso concomitante que requer precaução
Sais de cálcio:
Os diuréticos tiazídicos podem aumentar o cálcio sérico devido à diminuição da sua
excreção. Se a prescrição de suplementos de cálcio for necessária, o cálcio sérico deve
ser monitorizado e a dosagem do cálcio deve ser ajustada em conformidade.
Colestiramina e resinas de colestipol:
A absorção da hidroclorotiazida é prejudicada em presença de resinas de troca aniónica.
Glicosidos digitálicos:
A hipocaliemia ou a hipomagnesemia induzida por diuréticos tiazídicos podem favorecer o
início de arritmias cardíacas induzidas por digitálicos.
Medicamentos afetados pelos desequilíbrios do potássio sérico:
É recomendada uma monitorização periódica do potássio sérico e a realização de ECG
quando o Sevikar HCT é administrado com medicamentos afetados pelos desequilíbrios
do potássio sérico (por exemplo, glicosidos digitálicos e antiarrítmicos) e com os
seguintes medicamentos indutores de “torsades de pointes” (taquicardia ventricular)
(incluindo alguns antiarrítmicos), sendo a hipocaliemia um fator de predisposição para
“torsades de pointes” (taquicardia ventricular):
- Antiarrítmicos Classe Ia (por exemplo, quinidina, hidroquinidina, disopiramida).
- Antiarrítmicos Classe III (por exemplo, amiodarona, sotalol, dofetilida, ibutilida).
- Alguns antipsicóticos (por exemplo, tioridazina, cloropromazina, levomepromazina,
trifluoperazina,
ciamemazina,
sulpirida,
sultoprida,
amissulprida,
tiaprida,
pimozida,
haloperidol, droperidol).
- Outros (por exemplo, bepridilo, cisaprida, difemanil, eritromicina I.V., halofantrina,
mizolastina, pentamidina, esparfloxacina, terfenadina, vincamina I.V.).
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Relaxantes não despolarizantes do músculo esquelético (por exemplo, tubocurarina):
O efeito dos relaxantes não despolarizantes do músculo esquelético pode ser potenciado
pela hidroclorotiazida.
Agentes anticolinérgicos (por exemplo, atropina, biperideno):
Aumento da biodisponibilidade dos diuréticos tiazídicos pela diminuição da motilidade
gastrointestinal e do ritmo de esvaziamento do estômago.
Medicamentos antidiabéticos (agentes orais e insulina):
O tratamento com tiazida pode influenciar a tolerância à glucose. Pode ser necessário
ajustar a dosagem do medicamento antidiabético (ver secção 4.4).
Metformina:
A metformina deve ser utilizada com precaução devido ao risco de acidose láctica
induzida
possível
insuficiência
renal
funcional
relacionada
hidroclorotiazida.
Bloqueadores beta e diazóxido:
O efeito hiperglicémico dos bloqueadores beta e do diazóxido pode ser potenciado pelas
tiazidas.
Aminas vasopressoras (por exemplo, noradrenalina):
O efeito das aminas vasopressoras pode ser diminuído.
Medicamentos
utilizados
tratamento
gota
(por
exemplo,
probenecida,
sulfimpirazona e alopurinol):
Poderá ser necessário proceder a um ajuste de dose dos fármacos uricosúricos uma vez
que a hidroclorotiazida pode aumentar os níveis séricos de ácido úrico. Poderá ser
necessário aumentar a dosagem de probenecida ou sulfimpirazona. A administração
concomitante de tiazídicos pode aumentar a incidência de reações de hipersensibilidade
ao alopurinol.
Amantadina:
As tiazidas podem aumentar o risco de efeitos adversos causados pela amantadina.
Agentes citotóxicos (por exemplo, ciclofosfamida, metotrexato):
As tiazidas podem diminuir a excreção renal de medicamentos citotóxicos e potenciar os
seus efeitos mielossupressores.
Salicilatos:
No caso de dosagens elevadas de salicilatos, a hidroclorotiazida pode aumentar o efeito
tóxico dos salicilatos no sistema nervoso central.
Metildopa:
Existem
notificações
isoladas
anemia
hemolítica
concomitante
hidroclorotiazida e metildopa.
Ciclosporina:
A terapêutica concomitante com ciclosporina pode aumentar o risco de hiperuricemia e
complicações do tipo gota.
Tetraciclinas:
A administração concomitante de tetraciclinas e tiazidas aumenta o risco de uricemia
induzida por tetraciclina. Provavelmente, no caso da doxiciclina esta interação não é
aplicável.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Gravidez
A administração de Sevikar HCT está contraindicada durante o segundo e terceiro
trimestres de gravidez (ver secções 4.3 e 4.4). Devido aos efeitos sobre a gravidez de
cada uma das substâncias ativas deste medicamento, a utilização de Sevikar HCT não é
recomendada durante o primeiro trimestre de gravidez (ver secção 4.4).
Olmesartan medoxomilo
A administração de ARA não é recomendada durante o primeiro trimestre de gravidez
(ver secção 4.4). A administração de ARA está contraindicada durante o segundo e
terceiro trimestres de gravidez (ver secções 4.3 e 4.4).
A evidência epidemiológica relativa ao risco de teratogenicidade após a exposição aos
IECA durante o 1º trimestre de gravidez não é conclusiva; contudo, não é possível excluir
um ligeiro aumento do risco. Enquanto não existem dados de estudos epidemiológicos
controlados relativos ao risco associado aos antagonistas dos recetores da angiotensina
(ARA), os riscos para esta classe de fármacos poderão ser semelhantes. A não ser que a
manutenção do tratamento com ARA seja considerada essencial, nas doentes que
planeiem
engravidar
medicação
deve
substituída
terapêuticas
anti-
hipertensoras
alternativas
cujo
perfil
segurança
durante
gravidez
esteja
estabelecido. Quando é diagnosticada a gravidez, o tratamento com ARA deve ser
interrompido imediatamente e, se apropriado, deverá ser iniciada terapêutica alternativa.
exposição
durante
segundo
terceiro
trimestres
gravidez
está
reconhecidamente associada à indução de toxicidade fetal em humanos (diminuição da
função renal, oligohidrâmnio, atraso na ossificação do crânio) e toxicidade neonatal
(insuficiência renal, hipotensão, hipercaliemia) (ver secção 5.3).
No caso de a exposição a ARA ter ocorrido a partir do segundo trimestre de gravidez,
recomenda-se a monitorização ultrassonográfica da função renal e dos ossos do crânio.
Recém-nascidos cujas mães estiveram expostas a ARA devem ser cuidadosamente
observados no sentido de diagnosticar hipotensão (ver secções 4.3 e 4.4).
Hidroclorotiazida
A experiência decorrente da administração da hidroclorotiazida durante a gravidez,
particularmente durante o primeiro trimestre, é limitada. Os estudos em animais são
insuficientes.
A hidroclorotiazida atravessa a barreira placentária. Com base no mecanismo de ação
farmacológico da hidroclorotiazida, a sua administração durante o segundo e o terceiro
trimestres pode comprometer a perfusão fetoplacentária e pode causar efeitos fetais e
neonatais tais como icterícia, distúrbios no equilíbrio eletrolítico e trombocitopenia.
hidroclorotiazida
não
deve
administrada
edema gestacional, hipertensão
gestacional ou pré-eclâmpsia devido ao risco de diminuição do volume plasmático e
hipoperfusão placentária, sem efeitos benéficos relativamente ao curso da doença.
A hidroclorotiazida não deve ser administrada na hipertensão essencial em mulheres
grávidas, exceto nas raras situações em que não pode ser utilizada outra alternativa
terapêutica.
Amlodipina
Os dados relativos a um número limitado de gravidezes expostas não indicam que a
amlodipina ou outro antagonista dos recetores de cálcio tenham um efeito nefasto na
saúde do feto. Contudo, pode haver um risco de parto prolongado.
Amamentação
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Uma vez que não se encontra disponível informação sobre a utilização de Sevikar HCT
durante a amamentação, a terapêutica com Sevikar HCT não está recomendada e são
preferíveis terapêuticas alternativas cujo perfil de segurança durante a amamentação
esteja estabelecida, particularmente em recém-nascidos e pré-termo.
O olmesartan é excretado no leite de ratos lactantes. No entanto, desconhece-se se é
excretado no leite humano. Desconhece-se se a amlodipina é excretada no leite materno.
Semelhantes bloqueadores dos canais de cálcio do tipo dihidropiridina são excretados no
leite materno.
A hidroclorotiazida é excretada no leite humano em pequenas quantidades. As tiazidas
em doses elevadas causando uma intensa diurese podem inibir a produção de leite. A
utilização de Sevikar HCT durante a amamentação não é recomendada. Se Sevikar HCT
for utilizado durante o aleitamento, as doses devem ser mantidas o mais baixas possível.
Fertilidade
Foram
notificados
casos
alterações
bioquímicas
reversíveis
cabeça
espermatozoides em alguns doentes tratados com bloqueadores dos canais de cálcio.
Os dados clínicos sobre o potencial efeito da amlodipina na fertilidade são insuficientes.
Num estudo efetuado em ratos, foram detetados efeitos adversos na fertilidade de ratos
machos (ver secção 5.3).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. No
entanto, deve ter-se em consideração que podem ocorrer ocasionalmente tonturas,
cefaleias, náuseas ou fadiga em doentes submetidos a terapêutica anti-hipertensora e
que estes sintomas podem diminuir a capacidade de reação. Recomenda-se precaução
especialmente no início do tratamento.
4.8 Efeitos indesejáveis
A segurança de Sevikar HCT foi estudada em ensaios clínicos em 7826 doentes a receber
olmesartan medoxomilo em combinação com amlodipina e hidroclorotiazida.
As reações adversas provenientes de ensaios clínicos, estudos de segurança pós-
autorização e notificação espontânea estão resumidas na tabela 1 para Sevikar HCT, bem
como
para
componentes
individuais
olmesartan
medoxomilo,
amlodipina
hidroclorotiazida com base no perfil de segurança conhecido de cada componente
individual.
As reações adversas notificadas mais frequentemente durante o tratamento com Sevikar
HCT são edema periférico, cefaleias e tonturas.
Foi utilizada a seguinte terminologia para classificar a ocorrência de efeitos indesejáveis:
Muito frequentes (≥1/10)
Frequentes (≥1/100, <1/10)
Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100)
Raros (≥1/10.000, <1/1.000)
Muito raros (<1/10.000)
Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis)
Tabela 1: Síntese das reações adversas com Sevikar HCT e com os componentes
individuais
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Frequência
Classe
sistemas
órgãos MedDRA
Reações
adversas
Sevikar
Olmesart
Amlodipina
HCTZ
Infeção das vias
respiratórias
superiores
Frequen
Nasofaringite
Frequen
Infeção do trato
urinário
Frequen
Frequente
Infeções
infestações
Sialadenite
Rara
Leucopenia
Muito rara
Rara
Trombocitopenia
Pouco
frequente
Muito rara
Rara
Depressão
medula óssea
Rara
Neutropenia/
Agranulocitose
Rara
Anemia
hemolítica
Rara
Doenças
sangue
sistema linfático
Anemia aplástica
Rara
Reação
anafilática
Pouco
frequente
Doenças
sistema
imunitário
Hipersensibilidad
medicamentosa
Muito rara
Hipercaliemia
Pouco
frequent
Rara
Hipocaliemia
Pouco
frequent
Frequente
Anorexia
Pouco
frequente
Glicosúria
Frequente
Hipercalcemia
Frequente
Hiperglicemia
Muito rara
Frequente
Hipomagnesemia
Frequente
Hiponatremia
Frequente
Hipocloremia
Frequente
Hipertrigliceride
Frequente
Muito
frequente
Hipercolesterole
Muito
frequente
Hiperuricemia
Frequente
Muito
frequente
Alcalose
hipoclorémica
Muito rara
Doenças
metabolismo
da nutrição
Hiperamilasemia
Frequente
Estado confuso
Rara
Frequente
Depressão
Pouco
frequente
Rara
Apatia
Rara
Perturbações do
foro psiquiátrico
Irritabilidade
Pouco
frequente
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Agitação
Rara
Alterações
humor (incluindo
ansiedade)
Pouco
frequente
Perturbações
sono
(incluindo
insónia)
Pouco
frequente
Rara
Tonturas
Frequen
Frequente
Frequente
Frequente
Cefaleias
Frequen
Frequente
Frequente
Rara
Tonturas
posturais
Pouco
frequent
Pré-síncope
Pouco
frequent
Disgeusia
Pouco
frequente
Hipertonia
Muito rara
Hipoestesia
Pouco
frequente
Parestesia
Pouco
frequente
Rara
Neuropatia
periférica
Muito rara
Sonolência
Frequente
Síncope
Pouco
frequente
Convulsões
Rara
Perda de apetite
Pouco
frequente
Doenças
sistema nervoso
Tremor
Pouco
frequente
Perturbações
visuais (incluindo
diplopia,
visão
turva)
Frequente
Rara
Diminuição
líquido lacrimal
Rara
Agravamento da
miopia
Pouco
frequente
Xantopsia
Rara
Afeções oculares
Miopia
aguda,
glaucoma
agudo
ângulo
fechado
(ver
secção 4.4)
Desconheci
Vertigens
Pouco
frequent
Pouco
frequente
Rara
Afeções
ouvido
labirinto
Acufenos
Pouco
frequente
Cardiopatias
Palpitações
Frequen
Frequente
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Taquicardia
Pouco
frequent
Enfarte
miocárdio
Muito rara
Arritmia
(incluindo
bradicardia,
taquicardia
ventricular
fibrilhação
auricular)
Pouco
frequente
Rara
Angina de peito
Pouco
frequente
Pouco
frequente
(incluindo
agravamento
da angina de
peito)
Hipotensão
Frequen
Rara
Pouco
frequente
Rubor
Pouco
frequent
Frequente
Hipotensão
ortostática
Pouco
frequente
Vasculite
(incluindo
angeíte
necrosante)
Muito rara
Rara
Trombose
Rara
Vasculopatias
Embolismo
Rara
Tosse
Pouco
frequent
Frequente
Pouco
frequente
Bronquite
Frequente
Dispneia
Frequente
Rara
Faringite
Frequente
Rinite
Frequente
Pouco
frequente
Pneumonia
intersticial aguda
Rara
Dificuldade
respiratória
Pouco
frequente
Doenças
respiratórias,
torácicas
mediastino
Edema pulmonar
Rara
Diarreia
Frequen
Frequente
Frequente
Náuseas
Frequen
Frequente
Frequente
Frequente
Obstipação
Frequen
Frequente
Secura da boca
Pouco
frequent
Pouco
frequente
Dor abdominal
Frequente
Frequente
Frequente
Doenças
gastrointestinais
Alteração
Frequente
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
hábitos
intestinais
(incluindo
diarreia
obstipação)
Meteorismo
Frequente
Dispepsia
Frequente
Frequente
Gastrite
Muito rara
Irritação gástrica
Frequente
Gastroenterite
Frequente
Hiperplasia
gengival
Muito rara
Íleo paralítico
Muito rara
Pancreatite
Muito rara
Rara
Vómitos
Pouco
frequente
Pouco
frequente
Frequente
Enteropatia
semelhante
esprue
(ver
secção 4.4)
Muito
rara
Hepatite
Muito rara
Icterícia (icterícia
intra-hepática
colestática)
Muito rara
Rara
Afeções
hepatobiliares
Colecistite aguda
Rara
Alopecia
Pouco
frequente
Angioedema
Rara
Muito rara
Dermatite
alérgica
Pouco
frequente
Eritema
multiforme
Muito rara
Eritema
Pouco
frequente
Reações do tipo
lúpus
eritematoso
cutâneo
Rara
Exantema
Pouco
frequente
Pouco
frequente
Dermatite
exfoliativa
Muito rara
Hiperidrose
Pouco
frequente
Reações
fotossensibilidad
Muito rara
Pouco
frequente
Prurido
Pouco
frequente
Pouco
frequente
Pouco
frequente
Púrpura
Pouco
frequente
Pouco
frequente
Edema
Quincke
Muito rara
Afeções
tecidos cutâneos
e subcutâneos
Erupção cutânea
Pouco
frequente
Pouco
frequente
Pouco
frequente
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Reativação
lúpus
eritematoso
cutâneo
Rara
Necrólise
epidérmica
tóxica
Rara
Descoloração
cutânea
Pouco
frequente
Síndrome
Stevens-Johnson
Muito rara
Urticária
Pouco
frequente
Pouco
frequente
Pouco
frequente
Espasmos
musculares
Frequen
Rara
Frequente
Edema
articulações
Frequen
Fraqueza
muscular
Pouco
frequent
Rara
Edema
tornozelos
Frequente
Artralgia
Pouco
frequente
Artrite
Frequente
Dorsalgia
Frequente
Pouco
frequente
Paresia
Rara
Mialgia
Pouco
frequente
Pouco
frequente
Afeções
musculosqueléti
tecidos
conjuntivos
Dor esquelética
Frequente
Polaquiúria
Frequen
Aumento
frequência
urinária
Pouco
frequente
Insuficiência
renal aguda
Rara
Hematúria
Frequente
Perturbações
micção
Pouco
frequente
Noctúria
Pouco
frequente
Nefrite
intersticial
Rara
Doenças
renais
e urinárias
Insuficiência
renal
Rara
Rara
Disfunção eréctil
Pouco
frequent
Pouco
frequente
Pouco
frequente
Doenças
órgãos
genitais
e da mama
Ginecomastia
Pouco
frequente
Astenia
Frequen
Pouco
frequente
Frequente
Perturbações
gerais
alterações
Edema periférico
Frequen
Frequente
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Fadiga
Frequen
Frequente
Frequente
Dor torácica
Frequente
Pouco
frequente
Febre
Rara
Sintomas do tipo
gripal
Frequente
Letargia
Rara
Mal-estar
Pouco
frequente
Pouco
frequente
Edema
Muito
frequente
Frequente
Pouco
frequente
local
administração
Edema facial
Pouco
frequente
Aumento
creatinina
sangue
Frequen
Rara
Frequente
Aumento
ureia no sangue
Frequen
Frequente
Frequente
Aumento
ácido
úrico
sangue
Frequen
Diminuição
potássio
sangue
Pouco
frequent
Aumento
gama
glutamil
transferase
Pouco
frequent
Aumento
alanina
aminotransferase
Pouco
frequent
Aumento
aspartato
aminotransferase
Pouco
frequent
Elevação
enzimas
hepáticas
Frequente
Muito
rara
(principalmen
consistente
quadro
colestase)
Aumento
creatina
fosfoquinase
sangue
Frequente
Diminuição
peso
Pouco
frequente
Exames
complementares
de diagnóstico
Aumento
peso
Pouco
frequente
Foram notificados casos isolados de rabdomiólise em associação temporal com a toma de
bloqueadores dos recetores da angiotensina II. Foram notificados casos isolados de
síndrome extrapiramidal em doentes tratados com amlodipina.
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Outras reações adversas notificadas em ensaios clínicos ou provenientes da experiência
pós-comercialização com uma combinação de dose fixa de olmesartan medoxomilo e
amlodipina, e ainda não notificadas para Sevikar HCT, olmesartan medoxomilo em
monoterapia ou amlodipina em monoterapia ou notificadas com uma frequência mais
elevada para a combinação dupla (Tabela 2):
Tabela 2: Combinação de olmesartan medoxomilo e amlodipina
Classes
sistemas de órgãos
Frequência
Reações adversas
Doenças
sistema imunitário
Rara
Hipersensibilidade medicamentosa
Doenças
gastrointestinais
Pouco frequente
Dor abdominal nos quadrantes superiores
Doenças
órgãos
genitais
da mama
Pouco frequente
Diminuição da líbido
Frequente
Edema “pitting”
Perturbações
gerais e alterações
local
administração
Pouco frequente
Letargia
Afeções
musculosqueléticas
tecidos
conjuntivos
Pouco frequente
Dor nas extremidades
Outras reações adversas notificadas em ensaios clínicos ou provenientes da experiência
pós-comercialização com uma combinação de dose fixa de olmesartan medoxomilo e
hidroclorotiazida, e ainda não notificadas para Sevikar HCT, olmesartan medoxomilo em
monoterapia ou hidroclorotiazida em monoterapia ou notificadas com uma frequência
mais elevada para a combinação dupla (Tabela 3):
Tabela 3: Combinação de olmesartan medoxomilo e hidroclorotiazida
Classes
sistemas
de órgãos
Frequência
Reações adversas
Doenças
sistema
nervoso
Rara
Perturbações
consciência
(tais
como perda de consciência)
Afeções
tecidos
cutâneos
subcutâneos
Pouco frequente
Eczema
Afeções
musculoesqueléticas e
tecidos
conjuntivos
Pouco frequente
Dor nas extremidades
Exames
complementares
diagnóstico
Rara
Diminuições
ligeiras
valores
médios
hemoglobina
hematócrito
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco
do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas
de reações adversas através de:
INFARMED, I.P.
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Sintomas:
A dose máxima de Sevikar HCT é 40 mg+10 mg+25 mg uma vez por dia. Não existe
informação disponível sobre a sobredosagem com Sevikar HCT em humanos. O efeito
mais provável de uma sobredosagem com Sevikar HCT é hipotensão.
As manifestações mais prováveis de uma sobredosagem com olmesartan medoxomilo
são hipotensão e taquicardia; podendo também verificar-se bradicardia se ocorrer
estimulação parassimpática (vagal).
A sobredosagem com amlodipina pode resultar em vasodilatação periférica excessiva
hipotensão
acentuada
possivelmente,
taquicardia
reflexa.
Foram
descritas
hipotensão sistémica acentuada e potencialmente prolongada até, e incluindo, choque
com desfecho fatal.
sobredosagem
hidroclorotiazida
está
associada
depleção
eletrolítica
(hipocaliemia, hipocloremia) e desidratação, decorrentes de uma diurese excessiva. Os
sinais e sintomas mais frequentes de sobredosagem consistem em náuseas e sonolência.
A hipocaliemia poderá induzir espasmos musculares e/ou agravamento de arritmias
cardíacas associadas à administração concomitante de glicosidos digitálicos ou de alguns
fármacos antiarrítmicos.
Tratamento:
Se ocorrer sobredosagem com Sevikar HCT o tratamento deve ser sintomático e de
suporte. A abordagem depende do período desde a ingestão e da gravidade dos
sintomas.
Se a ingestão é recente pode ser considerada uma lavagem gástrica. A administração de
carvão ativado a indivíduos saudáveis imediatamente ou até duas horas após a ingestão
de amlodipina demonstrou diminuir significativamente a sua absorção.
A hipotensão clinicamente significativa devido a sobredosagem de Sevikar HCT requer
suporte cardiovascular ativo, incluindo a monitorização cuidadosa das funções cardíaca e
respiratória, elevação das extremidades, vigilância da volémia e do débito urinário. Um
vasoconstritor pode auxiliar a restabelecer o tónus vascular e a tensão arterial, desde
que não haja qualquer contraindicação à sua utilização. O gluconato de cálcio intravenoso
pode ser benéfico na reversão dos efeitos do bloqueio dos canais de cálcio.
Os eletrólitos séricos e os níveis de creatinina deverão ser monitorizados com frequência.
Se ocorrer hipotensão, o doente deverá ser colocado em decúbito dorsal, procedendo-se
à administração rápida de suplementos de sal e volume.
Dada a elevada ligação da amlodipina às proteínas, não é provável que a diálise possa
ser útil. Não há informação relativamente à possibilidade de diálise do olmesartan e da
hidroclorotiazida.
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Não foi ainda estabelecido o grau de remoção de olmesartan e de hidroclorotiazida por
hemodiálise.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
3.4.2.2
Aparelho
cardiovascular.
Anti-hipertensores.
Modificadores do eixo renina angiotensina. Antagonistas dos recetores da angiotensina.
3.4.3 Aparelho cardiovascular. Anti-hipertensores. Bloqueadores da entrada do cálcio
3.4.1.1 Aparelho cardiovascular. Anti-hipertensores. Diuréticos.Tiazidas e análogos;
Código ATC: C09DX03.
O Sevikar HCT é uma associação de um antagonista dos recetores da angiotensina II, o
olmesartan medoxomilo, de um bloqueador dos canais de cálcio, o besilato de amlodipina
e de um diurético tiazídico, a hidroclorotiazida. A combinação destes componentes tem
um efeito anti-hipertensor aditivo, reduzindo a tensão arterial em maior grau do que
cada componente em separado.
O olmesartan medoxomilo é um antagonista seletivo dos recetores da angiotensina II
(tipo AT1), ativo por via oral. A angiotensina II é a principal hormona vasoativa do
sistema
renina-angiotensina-aldosterona
desempenha
papel
significativo
fisiopatologia da hipertensão. Os efeitos da angiotensina II incluem vasoconstrição,
estimulação da síntese e libertação de aldosterona, estimulação cardíaca e reabsorção
renal de sódio. O olmesartan inibe os efeitos vasoconstritor e secretor de aldosterona da
angiotensina II por bloqueio da sua ligação ao recetor AT1 em tecidos, incluindo o
músculo liso vascular e a glândula suprarrenal. A ação do olmesartan é independente da
origem ou via de síntese da angiotensina II. O antagonismo seletivo em relação aos
recetores da angiotensina II (tipo AT1) do olmesartan induz um aumento dos níveis
plasmáticos de renina e das concentrações da angiotensina I e angiotensina II e alguma
diminuição das concentrações plasmáticas da aldosterona.
Na hipertensão, o olmesartan medoxomilo induz uma diminuição da tensão arterial de
longa duração e dose-dependente. Não se registou qualquer ocorrência de hipotensão
após a primeira dose, de taquifilaxia durante o tratamento a longo prazo ou de
hipertensão reacional após suspensão abrupta do tratamento.
A administração uma vez por dia de olmesartan medoxomilo induz uma redução eficaz e
suave da tensão arterial durante um período de 24 horas. A administração uma vez por
dia induziu uma redução da tensão arterial semelhante à que se verificou com a
administração duas vezes por dia da mesma dose total diária.
Em tratamento continuado, as reduções máximas da tensão arterial são atingidas 8
semanas após o início da terapêutica, embora uma proporção substancial da redução da
tensão arterial seja observada logo após 2 semanas de tratamento.
O efeito do olmesartan medoxomilo na mortalidade e morbilidade não é ainda conhecido.
estudo
“Randomised
Olmesartan
Diabetes
Microalbuminuria
Prevention”
(ROADMAP), realizado em 4447 doentes com diabetes tipo 2, normoalbuminúria e pelo
menos um fator de risco cardiovascular adicional, investigou se o tratamento com
olmesartan podia adiar o início de microalbuminúria. Durante o período de seguimento
mediano, com duração de 3,2 anos, os doentes receberam ou olmesartan ou placebo em
adição a outros agentes anti-hipertensores, exceto IECAs ou ARAs.
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Para o endpoint primário, o estudo demonstrou uma redução significativa do risco no
tempo para início de microalbuminúria, a favor de olmesartan. Após ajuste para
diferenças de pressão arterial, esta redução do risco já não era estatisticamente
significativa. 8,2% (178 de 2160) dos doentes no grupo olmesartan e 9,8% (210 de
2139) dos doentes no grupo placebo desenvolveram microalbuminúria.
Em relação aos endpoints secundários, ocorreram acontecimentos cardiovasculares em
96 doentes (4,3%) com olmesartan e em 94 doentes (4,2%) com placebo. A incidência
de mortalidade cardiovascular foi mais elevada com olmesartan comparativamente com o
tratamento placebo (15 doentes (0,7%) vs. 3 doentes (0,1%)), apesar de as taxas para
acidente vascular cerebral não fatal (14 doentes (0,6%) vs. 8 doentes (0,4%)), enfarte
do miocárdio não fatal (17 doentes (0,8%) vs. 26 doentes (1,2%)) e mortalidade não
cardiovascular
doentes
(0,5%)
doentes
(0,5%))
serem
similares.
mortalidade global com olmesartan aumentou numericamente (26 doentes (1,2%) vs. 15
doentes (0,7%)), o que foi principalmente impulsionado por um número mais elevado de
acontecimentos cardiovasculares fatais.
O estudo “Olmesartan Reducing Incidence of End-stage Renal Disease in Diabetic
Nephropathy Trial” (ORIENT) investigou os efeitos do olmesartan nos resultados renais e
cardiovasculares em 577 doentes japoneses e chineses, aleatorizados, com diabetes tipo
2 e com nefropatia evidente. Durante um período de seguimento mediano de 3,1 anos,
os doentes receberam ou olmesartan ou placebo em adição a outros agentes anti-
hipertensores, incluindo IECAs.
O endpoint primário composto (tempo até ao primeiro acontecimento de duplicação da
creatinina sérica, doença renal terminal, morte por todas as causas) ocorreu em 116
doentes no grupo olmesartan (41,1%) e 129 doentes no grupo placebo (45,4%) (HR
0,97 (95% IC 0,75 a 1,24); p=0,791). O endpoint cardiovascular secundário composto
ocorreu em 40 doentes tratados com olmesartan (14,2%) e 53 doentes tratados com
placebo (18,7%). Este endpoint cardiovascular composto incluiu morte cardiovascular em
10 (3,5%) doentes a tomar olmesartan versus 3 (1,1%) doentes a tomar placebo,
mortalidade global 19 (6,7%) versus 20 (7,0%), acidente vascular cerebral não fatal 8
(2,8%) versus 11 (3,9%) e enfarte do miocárdio não fatal 3 (1,1%) versus 7 (2,5%),
respetivamente.
O componente amlodipina do Sevikar HCT é um bloqueador dos canais de cálcio que
inibe
entrada
transmembranária
iões
cálcio,
através
canais
tipo
dependentes da voltagem, no coração e no músculo liso. Dados experimentais sugerem
amlodipina
liga
ambos
locais
ligação,
dihidropiridina
não-
dihidropiridina. A amlodipina é relativamente vaso-seletiva, com um maior efeito nas
células do músculo liso vascular do que nas células do músculo cardíaco. O efeito
anti-hipertensor da amlodipina deve-se a um efeito relaxante direto no músculo liso
arterial, que provoca reduções na resistência periférica e na tensão arterial.
Em doentes hipertensos, a amlodipina induz uma diminuição da tensão arterial de longa
duração e dose-dependente. Não se registou qualquer ocorrência de hipotensão após a
primeira dose, de taquifilaxia durante o tratamento a longo prazo ou de hipertensão
reativa após suspensão abrupta do tratamento.
Após administração de doses terapêuticas a doentes hipertensos, a amlodipina produz
uma redução efetiva da tensão arterial nas posições supina, sentada e ortostática. O uso
crónico de amlodipina não está associado a alterações significativas da frequência
cardíaca ou dos níveis plasmáticos de catecolaminas. Em doentes hipertensos com
função renal normal, doses terapêuticas de amlodipina reduzem a resistência vascular
renal e aumentam a taxa de filtração glomerular e o fluxo plasmático renal efetivo, sem
alteração na fração de filtração ou na proteinúria.
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Estudos
hemodinâmicos
doentes
insuficiência cardíaca
estudos
clínicos
baseados em testes de exercício em doentes com insuficiência cardíaca de classe II-IV da
NYHA, mostraram que a amlodipina não provoca qualquer descompensação clínica,
avaliada pela tolerância ao exercício, fração de ejeção ventricular esquerda e sinais e
sintomas clínicos.
Um estudo controlado com placebo (PRAISE), desenhado para avaliar doentes com
insuficiência cardíaca de classe III-IV da NYHA a receber digitálicos, diuréticos e IECAs,
mostrou que a amlodipina não levou a um aumento no risco de mortalidade e de
morbilidade em doentes com insuficiência cardíaca.
Num estudo de seguimento de longa duração, controlado com placebo (PRAISE-2) com
amlodipina em doentes com insuficiência cardíaca de classe III e IV da NYHA, sem
sintomas clínicos ou dados objetivos sugestivos de doença isquémica subjacente, com
doses estáveis de IECAs, digitálicos e diuréticos, a amlodipina não demonstrou ter efeito
na mortalidade total ou cardiovascular. Nesta mesma população, a amlodipina foi
associada a um número crescente de notificações de edema pulmonar apesar de não ter
sido verificada uma diferença significativa na incidência de agravamento da insuficiência
cardíaca quando comparada com o placebo.
Foi realizado um estudo de morbilidade e mortalidade, aleatorizado, em dupla ocultação,
denominado "The Antihypertensive and Lipid-Lowering Treatment to Prevent Heart Attack
Trial (ALLHAT)", com o objetivo de comparar terapêuticas mais recentes: amlodipina 2,5-
10 mg/dia (bloqueador dos canais de cálcio) ou lisinopril 10-40 mg/dia (inibidor da ECA)
como tratamentos de primeira linha, relativamente a uma terapêutica com um diurético
tiazídico, a clorotalidona 12,5-25 mg/dia, na hipertensão ligeira a moderada.
Foram aleatorizados um total de 33.357 doentes hipertensos com 55 anos ou mais que
foram seguidos durante uma média de 4,9 anos. Os doentes tinham pelo menos um fator
de risco adicional para a doença coronária, incluindo: enfarte do miocárdio ou acidente
vascular
cerebral
prévios
(>6
meses
antes
recrutamento)
outra
doença
cardiovascular aterosclerótica documentada (no total 51,5 %), diabetes tipo 2 (36,1%),
colesterol HDL<35 mg/dl (11,6%), hipertrofia ventricular esquerda diagnosticada por
eletrocardiograma ou ecocardiografia (20,9%), hábitos tabágicos atuais (21,9%).
O parâmetro de avaliação primário era composto por doença coronária fatal ou enfarte
do miocárdio não fatal. Não houve diferença significativa no parâmetro de avaliação
primário entre a terapêutica com amlodipina e a terapêutica com clorotalidona: RR 0,98,
IC 95% (0,90-1,07) p=0,65. Entre os parâmetros de avaliação secundários, a incidência
de insuficiência cardíaca (componente de um parâmetro de avaliação cardiovascular
combinado composto) foi significativamente superior no grupo da amlodipina quando
comparado com o grupo da clorotalidona (10,2% vs. 7,7%, RR 1,38, IC 95% [1,25-1,52]
p<0,001). No entanto, não houve diferença significativa na mortalidade por todas as
causas entre a terapêutica com amlodipina e a terapêutica com clorotalidona (RR 0,96,
IC 95% [0,89-1,02] p=0,20).
A hidroclorotiazida é um diurético tiazídico. O mecanismo do efeito anti-hipertensor dos
diuréticos tiazídicos não é totalmente conhecido. As tiazidas interferem com o mecanismo
tubular renal de reabsorção dos eletrólitos, aumentando diretamente a excreção de sódio
e de cloreto em quantidades aproximadamente equivalentes. A ação diurética da
hidroclorotiazida reduz o volume plasmático, aumenta a atividade plasmática da renina e
aumenta a secreção de aldosterona, com aumento consequente de potássio urinário e
perda de bicarbonato e diminuição de potássio sérico. A relação renina-aldosterona é
mediada pela angiotensina II e consequentemente a administração concomitante de um
antagonista dos recetores da angiotensina II tende a reverter a perda de potássio
associada aos diuréticos tiazídicos. Com a hidroclorotiazida, o início da diurese ocorre
cerca de 2 horas após a administração e o efeito máximo ocorre cerca de 4 horas após a
administração, enquanto que a ação persiste durante cerca de 6 a 12 horas.
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Estudos
epidemiológicos
demonstraram
tratamento
longo
prazo
hidroclorotiazida
monoterapia
reduz
risco
mortalidade
morbilidade
cardiovascular.
Resultados de Estudos Clínicos
Num estudo em 2492 doentes (67% Caucasianos), com a duração de 12 semanas, com
grupos paralelos, aleatorizado e sob dupla ocultação, o tratamento com Sevikar HCT 40
mg+10 mg+ 25 mg resultou em significativamente maiores reduções da tensão arterial
diastólica e sistólica do que o tratamento com cada uma das combinações duplas
correspondentes, olmesartan medoxomilo 40 mg mais amlodipina 10 mg, olmesartan
medoxomilo
mais
hidroclorotiazida
amlodipina
mais
hidroclorotiazida 25 mg, respetivamente.
O efeito adicional de redução da tensão arterial de Sevikar HCT 40 mg+10 mg+25 mg
quando comparado com as combinações duplas análogas foi de entre -3,8 e -6,7 mmHg
para a tensão arterial diastólica em posição sentada e de entre -7,1 e -9,6 mmHg para a
tensão arterial sistólica em posição sentada, tendo este efeito ocorrido nas duas
primeiras semanas de tratamento.
As proporções de doentes que alcançaram a tensão arterial alvo (<140/90 mmHg para
doentes não diabéticos e <130/80 mmHg para doentes diabéticos) às 12 semanas
variaram
34,9%
46,6%
para
grupos
submetidos
tratamento
combinação dupla, comparativamente com 64,3% para Sevikar HCT 40 mg+10 mg+25
Num segundo estudo em 2690 doentes (99,9% caucasianos) com grupos paralelos,
aleatorizado e sob dupla ocultação, o tratamento com Sevikar HCT (20 mg + 5 mg +
12,5, 40 mg + 5 mg + 12,5 mg,
40 mg + 5 mg + 25 mg, 40 mg + 10 mg + 12,5 mg, 40 mg + 10 mg + 25 mg) resultou
em significativamente maiores reduções da tensão arterial diastólica e sistólica, quando
comparado com as combinações duplas correspondentes, olmesartan medoxomilo 20 mg
mais amlodipina 5 mg, olmesartan medoxomilo 40 mg mais amlodipina 5 mg e
olmesartan
medoxomilo
mais
amlodipina10
respetivamente,
após
semanas de tratamento.
O efeito adicional de redução da tensão arterial de Sevikar HCT quando comparado com
as combinações duplas correspondentes foi de entre -1,3 e -1,9 mmHg para a tensão
arterial diastólica em posição sentada e de entre - 2,7 e - 4,9 mmHg para a tensão
arterial sistólica em posição sentada.
As proporções de doentes que alcançaram a tensão arterial alvo (<140/90 mmHg para
doentes não diabéticos e <130/80 mmHg para doentes diabéticos) às 10 semanas
variaram
42,7%
49,6%
para
grupos
submetidos
tratamento
combinação dupla, comparativamente com 52,4% a 58,8% para Sevikar HCT.
estudo
add-on
aleatorizado,
dupla
ocultação
doentes
(99,9%
caucasianos) não adequadamente controlados após 8 semanas de terapêutica com
olmesartan medoxomilo 40 mg mais amlodipina 10 mg em combinação dupla, o
tratamento com Sevikar HCT resultou numa redução numericamente adicional da tensão
arterial em posição sentada de -1,8 / -1,0 mmHg quando tratados com Sevikar HCT 40
mg + 10 mg + 12,5 mg e numa redução adicional estatisticamente significativa da
tensão arterial em posição sentada de -3,6 / -2,8 mmHg quando tratados com Sevikar
HCT 40 mg + 10 mg + 25 mg, comparativamente com olmesartan medoxomilo 40 mg
mais amlodipina 10 mg em combinação dupla.
O tratamento com a combinação tripla Sevikar HCT 40 mg + 10 mg + 25 mg resultou
numa percentagem superior estatisticamente significativa de indivíduos que atingem o
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
seu objetivo de tensão arterial comparativamente com olmesartam medoxomilo 40 mg
mais amlodipina 10 mg em combinação dupla (41,3% vs. 24,2%); enquanto que o
tratamento com a combinação tripla Sevikar HCT 40 mg + 10 mg + 12,5 mg resultou
numa percentagem numericamente superior de indivíduos que atingem o seu objetivo de
tensão arterial comparativamente com olmesartam medoxomilo 40 mg mais amlodipina
10 mg em combinação dupla (29,5% vs. 24,2%) em indivíduos não adequadamente
controlados com a terapêutica com a combinação dupla.
O efeito anti-hipertensor de Sevikar HCT foi similar independentemente da idade e
género e foi similar em doentes com ou sem diabetes.
Outra informação:
Dois grandes estudos aleatorizados e controlados (ONTARGET (“ONgoing Telmisartan
Alone and in combination with Ramipril Global Endpoint Trial”) e VA NEPHRON-D (“The
Veterans Affairs Nephropathy in Diabetes”)) têm examinado o uso da associação de um
inibidor da ECA com um antagonista dos recetores da angiotensina II.
O estudo ONTARGET foi realizado em doentes com história de doença cardiovascular ou
cerebrovascular, ou diabetes mellitus tipo 2 acompanhada de evidência de lesão de
órgão-alvo. O estudo VA NEPHRON-D foi conduzido em doentes com diabetes mellitus
tipo 2 e nefropatia diabética.
Estes estudos não mostraram nenhum efeito benéfico significativo nos resultados renais
e/ou cardiovasculares e mortalidade, enquanto foi observado um risco aumentado de
hipercaliemia,
insuficiência
renal
aguda
e/ou
hipotensão,
comparação
monoterapia.
Dadas
suas
propriedades
farmacodinâmicas
semelhantes,
estes
resultados são também relevantes para outros inibidores da ECA e antagonistas dos
recetores da angiotensina II.
Os inibidores da ECA e os antagonistas dos recetores da angiotensina II não devem
assim, ser utilizados concomitantemente em doentes com nefropatia diabética.
O estudo ALTITUDE (“Aliskiren Trial in Type 2 Diabetes Using Cardiovascular and Renal
Disease Endpoints”) foi concebido para testar o benefício da adição de aliscireno a uma
terapêutica padrão com um inibidor da ECA ou um antagonista dos recetores da
angiotensina II em doentes com diabetes mellitus tipo 2 e doença renal crónica, doença
cardiovascular ou ambas. O estudo terminou precocemente devido a um risco aumentado
de resultados adversos. A morte cardiovascular e o acidente vascular cerebral foram
ambos numericamente mais frequentes no grupo tratado com aliscireno, do que no
grupo tratado com placebo e os acontecimentos adversos e acontecimentos adversos
graves
interesse
(hipercaliemia,
hipotensão
disfunção
renal)
foram
mais
frequentemente notificados no grupo tratado com aliscireno que no grupo tratado com
placebo.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A administração concomitante de olmesartan medoxomilo, amlodipina e hidroclorotiazida
não teve efeitos clinicamente relevantes na farmacocinética de cada componente em
indivíduos saudáveis.
Após a administração oral de Sevikar HCT em adultos saudáveis normais, o pico da
concentração plasmática de olmesartan, amlodipina e hidroclorotiazida é alcançado em
cerca de 1,5 a 3 h, 6 a 8 h e 1,5 a 2 horas, respetivamente. A taxa e a extensão da
absorção de olmesartan medoxomilo, amlodipina e hidroclorotiazida do Sevikar HCT são
iguais às obtidas aquando da administração sob a forma de uma combinação dupla fixa
de olmesartan medoxomilo e amlodipina juntamente com um comprimido com o
componente hidroclorotiazida, ou aquando da administração sob a forma de uma
combinação dupla fixa de olmesartan medoxomilo e hidroclorotiazida juntamente com
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
um comprimido com o componente amlodipina nas mesmas dosagens. Os alimentos não
afetam a biodisponibilidade do Sevikar HCT.
Olmesartan medoxomilo:
Absorção e distribuição:
O olmesartan medoxomilo é um pró-fármaco. É rapidamente convertido no metabolito
farmacologicamente ativo, olmesartan, por esterases na mucosa intestinal e no sangue
portal, durante a absorção pelo trato gastrointestinal. O olmesartan medoxomilo ou a
fração molecular medoxomilo da cadeia lateral não foram detetados intactos no plasma
ou excreções. A biodisponibilidade absoluta média do olmesartan na formulação de
comprimidos foi de 25,6%.
O pico médio de concentração plasmática (Cmax) de olmesartan é atingido cerca de 2
horas
após
administração
oral
olmesartan
medoxomilo
concentrações
plasmáticas de olmesartan aumentam de forma quase linear com doses orais únicas
crescentes até cerca de 80 mg.
Os alimentos tiveram um efeito mínimo na biodisponibilidade do olmesartan, pelo que o
olmesartan medoxomilo pode ser administrado com ou sem alimentos.
Não
foram
observadas
diferenças
clinicamente
relevantes
farmacocinética
olmesartan relacionadas com o sexo.
O olmesartan apresenta uma forte ligação às proteínas plasmáticas (99,7%), no entanto,
o potencial para originar interações de deslocação clinicamente significativas entre o
olmesartan e outros fármacos administrados concomitante com uma forte ligação às
proteínas
plasmáticas
baixo
comprova
pela
ausência
interações
clinicamente significativas entre o olmesartan medoxomilo e a varfarina). A ligação do
olmesartan às células sanguíneas é insignificante. O volume médio de distribuição após a
administração intravenosa é baixo (16 – 29 l).
Biotransformação e eliminação:
A depuração plasmática total foi de 1,3 l/h (coeficiente de variação, 19%) e foi
relativamente lenta quando comparada com o fluxo sanguíneo hepático (cerca de 90 l/h).
Após uma dose oral única de olmesartan medoxomilo marcado com 14C, 10 a 16% da
radioatividade administrada foi excretada na urina (a grande maioria nas 24 horas após a
administração da dose) e a restante radioatividade recuperada foi excretada nas fezes.
Considerando a disponibilidade sistémica de 25,6%, pode calcular-se que o olmesartan
absorvido é eliminado por excreção renal (cerca de 40%) e hepatobiliar (cerca de 60%).
radioatividade
recuperada
totalmente
identificada
como
olmesartan.
Não
detetado qualquer outro metabolito significativo. A recirculação entero-hepática do
olmesartan é mínima. Uma vez que uma grande proporção de olmesartan é excretada
por via biliar, a utilização em doentes com obstrução biliar é contraindicada (ver secção
4.3).
A semivida de eliminação terminal do olmesartan variou entre 10 e 15 horas após
administração de doses orais múltiplas. O estado estacionário foi atingido após 2-5 dias
de administração e não se observou acumulação adicional 14 dias após a administração
repetida. A depuração renal foi aproximadamente de 0,5 a 0,7 l/h e foi independente da
dose.
Interações medicamentosas
Agente sequestrador de ácidos biliares, colessevelam:
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
A administração concomitante de 40 mg de olmesartan medoxomilo e de 3750 mg de
cloridrato de colessevelam em indivíduos saudáveis, resultou numa redução de 28% na
Cmax e numa redução de 39% na AUC de olmesartan. Foram observados efeitos
menores, reduções de 4% e de 15% na Cmax e AUC, respetivamente, quando o
olmesartan medoxomilo foi administrado 4 horas antes do cloridrato de colessevelam. A
semivida de eliminação de olmesartan foi reduzida em 50 - 52% independentemente de
sido
administrado
concomitantemente,
horas
antes
cloridrato
colessevelam (ver secção 4.5).
Amlodipina:
Absorção e distribuição:
Após administração oral de doses terapêuticas, a amlodipina é bem absorvida com picos
séricos entre 6 a 12 horas após a dose. Estima-se que a biodisponibilidade absoluta seja
entre 64 e 80%. O volume de distribuição é de aproximadamente 21 l/kg. Estudos in
vitro mostraram que aproximadamente 97,5% da amlodipina em circulação está ligada a
proteínas plasmáticas.
A absorção da amlodipina não é afetada pela ingestão concomitante de alimentos.
Biotransformação e eliminação:
A semivida de eliminação plasmática terminal é de 35 a 50 horas e é consistente com
uma única toma diária.
A amlodipina é extensivamente metabolizada pelo fígado em metabolitos inativos sendo
de 10% a eliminação urinária da amlodipina e de 60% a eliminação urinária dos
metabolitos.
Hidroclorotiazida:
Absorção e distribuição:
Após a administração oral de olmesartan medoxomilo e hidroclorotiazida em combinação,
o tempo médio para atingir o pico das concentrações de hidroclorotiazida foi de 1,5 a 2
horas
após
administração.
hidroclorotiazida
ligação
proteínas
plasmáticas de 68% e o seu volume de distribuição aparente é de 0,83 – 1,14 l/kg.
Biotransformação e eliminação:
A hidroclorotiazida não é metabolizada no homem e é excretada quase completamente
como fármaco inalterado na urina. Cerca de 60% da dose oral é eliminada como fármaco
inalterado em 48 horas. A depuração renal é cerca de 250 – 300 ml/min. A semivida de
eliminação terminal da hidroclorotiazida é de 10 a 15 horas.
Farmacocinética em populações especiais
População pediátrica:
A Agência Europeia do Medicamento dispensou a obrigação de submissão de resultados
de estudos com Sevikar HCT para o tratamento da hipertensão essencial em todos os
subgrupos de população pediátrica.
Idosos (idade igual ou superior a 65 anos):
Em doentes hipertensos, a AUC do olmesartan no estado estacionário aumentou em
cerca de 35% em doentes idosos (65 – 75 anos) e em cerca de 44% em muito idosos (≥
75 anos) em comparação com o grupo etário mais jovem (ver secção 4.2).
Isto pode estar, pelo menos em parte, relacionado com uma redução média da função
renal neste grupo de doentes. O regime posológico recomendado para idosos é, porém, o
mesmo, embora se deva ter precaução quando se aumenta a dose.
O tempo para atingir o pico de concentrações plasmáticas de amlodipina é idêntico em
indivíduos idosos e jovens. Em doentes idosos, a depuração da amlodipina tende a
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
diminuir, resultando em aumentos da AUC e da semivida de eliminação. Os aumentos da
AUC e da semivida de eliminação em doentes com insuficiência cardíaca congestiva
foram os esperados para o grupo etário dos doentes neste estudo (ver secção 4.4).
Dados ainda limitados sugerem que a depuração sistémica da hidroclorotiazida é inferior
em doentes idosos, quer saudáveis quer hipertensos, em comparação com voluntários
jovens e saudáveis.
Compromisso renal:
Em doentes com compromisso renal, a AUC de olmesartan no estado estacionário
aumentou 62%, 82% e 179% em doentes com compromisso renal ligeiro, moderado e
grave respetivamente, em comparação com os controlos saudáveis (ver secções 4.2 e
4.4).
farmacocinética
olmesartan
medoxomilo
doentes
submetidos
hemodiálise não foi estudada.
amlodipina
extensivamente
metabolizada
metabolitos
inativos.
substância é excretada inalterada na urina. As alterações nas concentrações plasmáticas
da amlodipina não estão correlacionadas com o grau de compromisso renal. Nestes
doentes, a amlodipina pode ser administrada em doses normais. A amlodipina não é
dialisável.
A semivida da hidroclorotiazida é prolongada em doentes com compromisso renal.
Compromisso hepático:
Após administração oral única, os valores da AUC de olmesartan foram 6% e 65% mais
elevados em doentes com compromisso hepático ligeiro e moderado, respetivamente, do
que nos correspondentes controlos saudáveis. A fração livre de olmesartan 2 horas após
a administração a indivíduos saudáveis, doentes com compromisso hepático ligeiro e
doentes com compromisso hepático moderado foi, respetivamente, 0,26%, 0,34% e
0,41%.
Após doses repetidas em doentes com disfunção hepática moderada, os valores médios
da AUC de olmesartan foram, novamente, cerca de 65% mais elevados do que nos seus
correspondentes controlos saudáveis. Os valores médios da Cmax de olmesartan foram
similares nos doentes com compromisso hepático e nos indivíduos saudáveis.
O olmesartan medoxomilo não foi avaliado em doentes com compromisso hepático grave
(ver secções 4.2 e 4.4).
A informação clínica disponível sobre a administração da amlodipina em doentes com
compromisso hepático é muito limitada. Os doentes com disfunção hepática apresentam
uma reduzida depuração da amlodipina e um prolongamento da semivida, resultando
num aumento da AUC em cerca de 40%-60% (ver secções 4.2 e 4.4).
compromisso
hepático
não
influencia
significativamente
farmacocinética
hidroclorotiazida.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Associação Olmesartan medoxomilo+ Amlodipina+ Hidroclorotiazida
estudo
toxicidade
dose
repetida,
ratos,
demonstrado
administração em associação de olmesartan medoxomilo, amlodipina e hidroclorotiazida
não aumentou nenhuma das toxicidades previamente existentes e reportadas dos
agentes
individuais,
induziu
nenhuma
nova
toxicidade.
Também
não
foram
observados efeitos toxicológicos sinérgicos.
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Não
foram
realizados
estudos
adicionais
mutagenicidade,
carcinogenicidade
toxicidade
reprodutiva
para
Sevikar
devido
perfil
segurança
estabelecido das substâncias ativas individuais.
Olmesartan medoxomilo
Em estudos de toxicidade crónica em ratos e cães, o olmesartan medoxomilo evidenciou
efeitos semelhantes aos dos outros antagonistas dos recetores AT1 e inibidores da ECA:
ureia sanguínea (BUN) e creatinina elevadas, diminuição do peso cardíaco, diminuição
parâmetros
eritrocitários
(eritrócitos,
hemoglobina,
hematócrito),
indicações
histológicas de lesão renal (lesões regenerativas do epitélio renal, espessamento da
membrana basal, dilatação dos túbulos). Estes efeitos adversos causados pela ação
farmacológica do olmesartan medoxomilo também ocorreram em ensaios pré-clínicos
com outros antagonistas dos recetores AT1 e com outros inibidores da ECA e podem ser
diminuídos pela administração oral simultânea de cloreto de sódio.
Tal como outros antagonistas dos recetores AT1, o olmesartan medoxomilo aumentou a
incidência de ruturas cromossómicas em culturas celulares in vitro, mas não in vivo. Os
dados globais de uma série extensiva de testes de genotoxicidade sugerem que é muito
improvável que o olmesartan exerça efeitos genotóxicos nas condições de uso clínico.
O olmesartan medoxomilo não se revelou carcinogénico em ratos ou ratinhos usando
modelos transgénicos.
Em estudos de reprodução em ratos, o olmesartan medoxomilo não afetou a fertilidade e
não
houve
qualquer
evidência
efeito
teratogénico.
comum
outros
antagonistas da angiotensina II, a sobrevida da descendência diminuiu e observou-se
dilatação pélvica renal após exposição das progenitoras na fase tardia da gestação e
lactação. Em coelhos não houve qualquer indicação de efeito fetotóxico.
Amlodipina
Toxicologia reprodutiva
Estudos de reprodução em ratos e ratinhos mostraram um atraso na data de parto,
duração prolongada do trabalho de parto e diminuição da sobrevivência das crias, em
doses
aproximadamente
vezes
superiores
dose
máxima
recomendada
para
humanos, com base em mg/kg.
Compromisso da fertilidade
Não houve efeito na fertilidade de ratos tratados com amlodipina (machos durante 64
dias e fêmeas 14 dias antes do acasalamento) em doses até 10 mg/kg/dia (8 vezes* a
dose máxima recomendada de 10 mg para o humano com base em mg/m2). Noutro
estudo com ratos, no qual os ratos machos foram tratados com besilato de amlodipina
durante 30 dias com uma dose comparável à dose humana com base em mg/kg, foi
observada uma diminuição plasmática da hormona folículo-estimulante e da testosterona
assim como uma diminuição da densidade do esperma e do número de espermatídeos
maduros e células de Sertoli.
Carcinogénese, mutagénese
Ratos e ratinhos tratados com amlodipina na dieta, durante dois anos, em concentrações
calculadas para proporcionarem níveis de dose diária de 0,5, 1,25 e 2,5 mg/kg/dia não
mostraram
evidência
carcinogenicidade.
dose
mais
elevada
(para
ratinhos,
semelhante à dose máxima recomendada de 10 mg com base em mg/m2 e para ratos o
dobro dessa dose*) foi próxima da dose máxima tolerada para os ratinhos mas não para
os ratos.
Estudos de mutagénese não demonstraram efeitos relacionados com o medicamento
tanto a nível dos genes como dos cromossomas.
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
* baseado num peso de doente de 50 kg.
Hidroclorotiazida
Estudos com hidroclorotiazida demonstraram evidência equívoca de um efeito genotóxico
e carcinogénico em alguns modelos experimentais. No entanto, a extensa experiência
com hidroclorotiazida em humanos não conseguiu evidenciar uma associação entre o seu
uso e um aumento de neoplasmas.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo do comprimido
- Amido de milho pré-gelificado
- Celulose microcristalina siliciada (celulose microcristalina e sílica coloidal anidra)
- Croscarmelose sódica
- Estearato de magnésio
Revestimento do comprimido
- Álcool polivinílico
- Macrogol 3350
- Talco
- Dióxido de titânio (E 171)
- Óxido de ferro (III) amarelo (E 172)
- Óxido de ferro (III) vermelho (E 172) (apenas os comprimidos revestidos por película
20+5+12,5; 40+10+12,5; 40+10+25)
- Óxido de ferro (II, III) preto (E 172) (apenas os comprimidos revestidos por película
20+5+12,5)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blister laminado de poliamida/alumínio/cloreto de polivinilo/alumínio.
Embalagens de 14, 28, 30, 56, 84, 90, 98, 10 x 28 e 10 x 30 comprimidos revestidos por
película.
Embalagens de blisters destacáveis para dose unitária de 10, 50 e 500 comprimidos
revestidos por película.
Frascos de HDPE de 30 ml com fecho de polipropileno resistente à abertura por crianças,
revestido com selo interior e com sílica gel exsicante.
Embalagens de 7 e 30 comprimidos revestidos por película.
APROVADO EM
26-03-2017
INFARMED
Frascos de HDPE de 60 ml com fecho de polipropileno resistente à abertura por crianças,
revestido com selo interior e com sílica gel exsicante.
Embalagens de 90 comprimidos revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Daiichi Sankyo Portugal, Unip. LDA
Lagoas Park - Rua das Lagoas Pequenas, Edifício 5
2740-245 Porto Salvo
Portugal
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º de registo: 5369178 - 14 comprimidos, 20 mg+5 mg+12,5 mg, blister
N.º de registo: 5369202 - 56 comprimidos, 20 mg+5 mg+12,5 mg, blister
N.º de registo: 5369210 - 14 comprimidos, 40 mg+5 mg+12,5 mg, blister
N.º de registo: 5369228 - 56 comprimidos, 40 mg+5 mg+12,5 mg, blister
N.º de registo: 5369236 - 14 comprimidos, 40 mg+10 mg+12,5 mg, blister
N.º de registo: 5369244 - 56 comprimidos, 40 mg+10 mg+12,5 mg, blister
N.º de registo: 5369251 - 14 comprimidos, 40 mg+5 mg+25 mg, blister
N.º de registo: 5369269 - 56 comprimidos, 40 mg+5 mg+25 mg, blister
N.º de registo: 5369277 - 14 comprimidos, 40 mg+10 mg+25 mg, blister
N.º de registo: 5369301- 56 comprimidos, 40 mg+10 mg+25 mg, blister
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO
NO MERCADO
Data da primeira autorização: 10 de março de 2011.
Data da última renovação: 15 de novembro de 2016.
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO