Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
06-10-2005
06-10-2005
APROVADO EM
06-10-2005
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO
Sertralina Ranbaxy 50 / 100 mg Comprimidos
Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-
lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Neste folheto:
1. O que é Sertralina Ranbaxy e para que é utilizado
2. Antes de tomar Sertralina Ranbaxy
3. Como tomar Sertralina Ranbaxy
4. Efeitos secundários possíveis
5. Conservação de Sertralina Ranbaxy
A substância activa da Sertralina Ranbaxy 50 mg e 100 mg Comprimidos, é a sertralina.
Os comprimidos revestidos por película contêm 50 mg ou 100 mg de sertralina sob a forma
de cloridrato de sertralina.
Os outros ingredientes são a celulose microcristalina, hidrogenofosfato de cálcio dihidratado,
amido glicolato de sódio, hidroxipropilcelulose, estearato de magnésio, hipromelose, dióxido
de titânio (E 171), macrogol, talco.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Ranbaxy Portugal
Comércio e Desenvolvimento de Produtos Farmacêuticos, Unipessoal Lda.
Rua do Campo Alegre, 1306, 3º Andar, Sala 301/302
4150-174 Porto
1. O que é Sertralina Ranbaxy e para que é utilizado
As embalagens de comprimidos de Sertralina Ranbaxy contêm 20, 28, 30, 50, 60, 98 ou 100
comprimidos revestidos por película.
embalagem
hospitalar
constituída
embalagens
contendo
comprimidos
revestidos por película.
Podem não ser comercializadas todas as apresentações.
Sertralina Ranbaxy está indicado para o tratamento de episódios depressivos major.
Sabe-se que as perturbações depressivas estão associadas a um distúrbio do metabolismo
da serotonina no cérebro e a sertralina é um inibidor potente e selectivo da recaptação
neuronal da serotonina.
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2. Antes de tomar Sertralina Ranbaxy
Não tome Sertralina Ranbaxy se tem hipersensibilidade (alergia) à sertralina ou a qualquer
outro ingrediente de Sertralina Ranbaxy.
Informe o seu médico se:
- tiver epilepsia instável ou epilepsia estável controlada;
- tiver uma insuficiência hepática.
Tomar Sertralina Ranbaxy com alimentos e bebidas
Os comprimidos podem ser tomados durante ou fora das refeições.
Evite tomar álcool durante o tratamento com sertralina.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
A sertralina só deve ser utilizada durante a gravidez e aleitamento se o médico o indicar.
segurança
eficácia
sertralina
crianças
não
foram
ainda
totalmente
estabelecidas.
Condução de veículos e utilização de máquinas
A Sertralina Ranbaxy pode alterar as reacções de tal forma que pode diminuir a capacidade
de conduzir e utilizar máquinas, ou de trabalhar em situações potencialmente perigosas.
Tomar Sertralina Ranbaxy com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente
outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica.
Informe o seu médico se estiver a tomar:
fármacos
psicotrópicos,
tais
como
inibidores
MAO,
incluindo
selegilina
moclobemida
- substâncias serotoninérgicas, tais como o triptofano, a fenfluramina e os agonistas da
serotonina
- diazepam
- tolbutamida
- varfarina
- cimetidina
- desipramina
- lítio ou outras substâncias com modo de acção serotoninérgico
- fenitoína
- sumatriptano
- fluoxetina
- antipirina
- pimozida
Deve haver um período de pelo menos 14 dias entre a utilização de Sertralina Ranbaxy e os
inibidores da MAO.
Utilização em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos
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Sertralina Ranbaxy não deve normalmente ser utilizado em crianças e adolescentes com
idade inferior a 18 anos. Importa igualmente assinalar que os doentes com idade inferior a
18 anos correm maior risco de sofrerem efeitos secundários tais como, tentativas de
suicídio, ideação suicida e hostilidade (predominantemente agressividade, comportamento
de oposição e cólera) quando tomam medicamentos desta classe. Apesar disso, o médico
poderá prescrever Sertralina Ranbaxy para doentes com idade inferior a 18 anos quando
decida que tal é necessário. Se o seu médico prescreveu Sertralina Ranbaxy para um
doente com idade inferior a 18 anos e gostaria de discutir esta questão, queira voltar a
contactá-lo. Deverá informar o seu médico se algum dos sintomas acima mencionados se
desenvolver ou piorar quando doentes com menos de 18 anos estejam a tomar Sertralina
Ranbaxy.
Assinala-se
igualmente
não
foram
ainda
demonstrados
efeitos
segurança a longo prazo no que respeita ao crescimento, maturação e ao desenvolvimento
cognitivo e comportamental de Sertralina Rabaxy neste grupo etário.
3. Como tomar Sertralina Ranbaxy
Tomar Sertralina Ranbaxy sempre de acordo com as instruções do médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose diária habitual é de 50 mg de sertralina.
Os comprimidos devem ser tomados uma vez ao dia, de manhã ou à noite, com líquido
suficiente e podem ser tomados durante ou fora das refeições.
Estas recomendações posológicas são aplicáveis tanto a doentes jovens como a idosos.
Se necessário o seu médico poderá ajustar-lhe a dose diária de Sertralina Ranbaxy.
A dose diária máxima é de 200 mg de sertralina.
Durante a interrupção da terapêutica a dose deve ser reduzida gradualmente para se
evitarem os sintomas de abstinência.
Se tiver insuficiência hepática o seu médico poderá diminui a dose ou aumentar o intervalo
entre as doses de Sertralina Ranbaxy.
O início dos efeitos antidepressivos pode ocorrer ao fim de 7 dias. No entanto, o efeito
máximo é normalmente atingido após 2 a 4 semanas de tratamento.
A duração do tratamento depende da natureza e da gravidade da perturbação.
Se tomar mais Sertralina Ranbaxy do que deveria
Por favor contacte o seu médico.
Efeitos da interrupção do tratamento com Sertralina Ranbaxy
Após descontinuação do tratamento com sertralina, foram reportados casos isolados de
sintomas de abstinência sob a forma de agitação, ansiedade, tonturas, dores de cabeça,
náuseas e parestesias.
4. Efeitos secundários possíveis
Como os demais medicamentos, a Sertralina Ranbaxy pode ter efeitos secundários.
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Efeitos
secundários
frequentes:
náuseas,
diarreia/
fezes
moles,
boca
seca,
tremores,
tonturas, insónia, sonolência, anorexia, perturbações sexuais (principalmente ejaculação
retardada nos homens), vermelhidão cutânea, dor no peito, palpitações, obstipação, dor
abdominal, vómitos, tinitus, dores de cabeça, perturbações motoras (incluindo sintomas
extrapiramidais, tais como hipercinésia, aumento do tónus muscular, ranger dos dentes e
marcha dificultada), parestesias, hipestesia, bocejos, agitação, ansiedade, irregularidades
menstruais, visão diminuída.
Efeitos
secundários
pouco
frequentes
dispepsia,
hipersudorese,
astenia,
cansaço,
afrontamentos, prurido, alopécia, eritema multiforme, distúrbios hepáticos graves (incluindo
hepatite, icterícia e insuficiência hepática), aumento assintomático das transminases séricas
(SGOT e SGPT), edema periférico, hipertensão, edema periorbital, síncope, taquicardia,
alteração dos valores laboratoriais, aumento de apetite, pancreatite, midríase, enxaquecas,
euforia,
sintomas
depressivos,
alucinações,
mania,
hipomania,
artralgia,
incontinência
urinária.
Efeitos secundários raros: indisposição, aumento de peso corporal, perda de peso corporal,
febre, púrpura, alteração da função plaquetária, alteração da diatese hemorrágica (como por
ex. epistaxe, hemorragia gastrointestinal ou hematúria), ginecomastia, hiperprolactinémia,
galactorreia, hipotiroidismo, síndrome de secreção inapropriada de ADH, fotossensibilidade
da pele, urticária, edema de Quincke, exfoliação dérmica grave (ex. síndrome Stevens-
Johnson e necrose epidérmica), priapismo, contracções musculares involuntárias, coma,
convulsões, sinais e sintomas associados ao síndroma serotoninérgico: confusão, diaforese,
rigidez, perda da líbido (em mulheres e homens), pesadelos, reacções agressivas, psicose,
broncospasmos, hiponatrémia (recorreu após descontinuação do tratamento), níveis séricos
elevados de colesterol, edema facial, retenção urinária.
Efeitos
secundários
muito
raros
reacção
anafilactóide,
reacções
alérgicas,
alergias,
leucopénia, trombocitopenia.
Os tipos e a frequência de efeitos indesejáveis nos idosos foram idênticos aos dos doentes
mais jovens.
Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou
farmacêutico.
5. Conservação de Sertralina Ranbaxy
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não guardar acima de 25º C. Conservar na embalagem original.
Não utilizar após expirar o prazo de validade indicado na embalagem.
Este folheto foi revisto em Outubro de 2005
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
Sertralina Ranbaxy 100 mg comprimidos
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Um comprimido revestido por película de Sertralina Ranbaxy 100 mg contém 100 mg
de sertralina sob a forma de cloridrato de sertralina.
Excipientes, ver 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Comprimido revestido por película branco gravado num lado com “100” e ranhurado
no outro lado.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Episódios depressivos major.
4.2 Posologia e modo de administração
Adultos:
A dose diária habitual é de 50 mg de sertralina (equivalente a ½ comprimido
revestido por película de Sertralina Ranbaxy 100 mg).
necessário,
dose
pode ser
aumentada
até
sertralina/dia
comprimido revestido por película de Sertralina Ranbaxy 100 mg).
A dose diária máxima é de 200 mg de sertralina.
Se forem necessários aumentos de dose, estes devem ser de 50 mg em intervalos
mínimos de 1 semana. Não devem ser efectuadas alterações da dose mais do que
uma vez por semana devido à semi-vida de eliminação da sertralina ser superior a
24 horas.
Durante o tratamento prolongado, o objectivo é administrar a dose mais baixa
possível que obtenha uma eficácia terapêutica adequada.
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Crianças e Adolescentes:
Não
recomendada
utilização
sertralina
tratamento
episódios
depressivos major em crianças e adolescentes com menos de 18 anos, devido à
segurança e eficácia não estar estabelecida nesta população.
Idosos:
Uma vez que a semi-vida de eliminação pode estar prolongada nestes doentes,
aconselha-se que a dose deve ser o mais baixa possível nos idosos.
Doentes com insuficiência hepática:
Em doentes com insuficiência hepática, a Sertralina Ranbaxy 100 mg comprimidos
deve ser utilizada com precaução. Apesar de não ser claro, se forem necessários
ajustes na dose no caso de insuficiência hepática, recomenda-se diminuir a dose ou
aumentar o intervalo entre as doses. A sertralina não deve ser utilizada em casos de
insuficiência hepática grave, uma vez que não existem dados clínicos disponíveis.
Doentes com insuficiência renal:
A insuficiência renal não necessita de ajuste de dose (ver também 4.4 “Advertências
e precauções especiais de utilização”).
Modo e duração da administração:
Sertralina Ranbaxy 100 mg comprimidos deve ser tomada uma vez ao dia, de
manhã ou à noite, com líquido suficiente. Os comprimidos podem ser tomados
durante as refeições ou fora destas.
O início dos efeitos antidepressivos pode ocorrer ao fim de 7 dias; no entanto, o
efeito
máximo
normalmente
atingido
após
semanas
tratamento;
aconselha-se a informar os doentes deste facto.
A duração do tratamento depende da natureza e da gravidade da perturbação. Após
remissão
sintomas
depressão,
pode
necessário
tratamento
prolongado para o seu controlo (pelo menos 6 meses).
Durante a interrupção da terapêutica a dose deve ser reduzida gradualmente para
evitar os sintomas de abstinência (ver 4.8 “ Efeitos indesejáveis”).
4.3 Contra-indicações
Conhecida hipersensibilidade à sertralina ou a qualquer dos excipientes.
Sertralina Ranbaxy 100 mg comprimidos não deve ser utilizada concomitantemente
com inibidores da MAO, incluindo a selegilina e a moclobemida (ver 4.5 “Interacções
medicamentosas e outras formas de interacção”).
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Sertralina Ranbaxy 100 mg comprimidos não deve ser utilizada concomitantemente
pimozida
(ver
“Interacções
medicamentosas
outras
formas
interacção”).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Utilização em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos
Sertralina Ranbaxy não deve ser utilizado no tratamento de crianças e adolescentes
idade
inferior
anos.
Foram
observados
maior
frequência
comportamentos
relacionados
suicídio
(tentativa
suicídio
ideação
suicida) e hostilidade (predominantemente agressão, comportamento de oposição e
cólera) em ensaios clínicos com crianças e adolescentes que se encontravam a
tomar
antidepressivos
comparação
encontravam
tomar
placebo.
não
obstante,
base
necessidade
clínica,
decisão
tratamento for tomada, o doente deve ser rigorosamente monitorizado em relação ao
aparecimento de sintomas suicidas. Não estão disponíveis dados de segurança a
longo prazo em crianças e adolescentes no que se refere ao crescimento, à
maturação e ao desenvolvimento cognitivo e comportamental.
Síndrome serotoninérgico:
Foram relatados casos graves e, por vezes, fatais de síndrome serotoninérgico em doentes
tratados com sertralina em combinação com um inibidor da MAO. Assim, os comprimidos de
sertralina não devem ser utilizados concomitantemente com inibidores da MAO, incluindo o
inibidor selectivo da MAO selegilina e o inibidor reversível da MAO moclobemida, ou com
outras
substâncias
serotoninérgicas
tais
triptofano,
fenfluramina
agonistas
serotonina devido ao risco de reacção adversa grave (ver 4.3 “Contra-indicações” e 4.5
“Interacções medicamentosas e outras formas de interacção”).
mesmo
modo,
alteração
inibidores
selectivos
recaptação
serotonina ou outros antidepressores deve ser efectuada com precaução de modo a evitar
possíveis interacções farmacodinâmica (ver 4.5 “Interacções medicamentosas e outras
formas de interacção”). A vigilância clínica reveste-se de especial importância quando se
inicia o tratamento com sertralina após descontinuação de um antidepressivo com um tempo
semi-vida
longo,
como,
exemplo,
fluoxetina.
Não
existe
evidência
documentada da duração do intervalo de tempo sem tratamento necessário durante a
substituição de um antidepressor por outro.
Suicídio:
Dado o risco de suicídio ser inerente na depressão e poder persistir até haver
remissão significativa dos sintomas, os doentes devem ser cuidadosamente vigiados
no início do tratamento e até ao início do efeito antidepressivo.
Activação de mania/hipomania:
Em estudos clínicos foram relatados casos de hipomania e mania em cerca de 0,4%
dos doentes tratados com sertralina. Assim, a sertralina deve ser utilizada com
precaução em doentes com história de mania/hipomania. É necessária vigilância
médica apertada. A sertralina deve ser descontinuada se o doente entrar em fase
maníaca.
Perturbações convulsivas:
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Em estudos sobre a depressão, foram observadas convulsões epilépticas em cerca
de 0,08 % dos doentes tratados com sertralina.
Como a Sertralina Ranbaxy 100 mg comprimidos não foi estudada em doentes com
doença convulsiva, a utilização deste medicamento deve ser evitada em doentes
com epilepsia instável e deve ser administrada a doentes com epilepsia estável
controlada apenas sob cuidadosa vigilância. Caso ocorra uma convulsão epiléptica,
o tratamento com sertralina deve ser descontinuado.
Terapia electroconvulsiva (TEC):
Aconselha-se precaução na administração concomitante de sertralina e TEC, uma
vez que existe pouca experiência clínica.
Diabetes:
O tratamento com um ISRS pode alterar o controlo da glicémia em doentes com
diabetes. Os níveis de glucose sanguínea devem ser monitorizados regularmente.
Pode ser necessário reajustar a dose de insulina e/ou antidiabéticos orais.
Descontinuação de ISRSs:
Não
existe
evidência
ISRSs
causem
dependência.
Contudo,
descontinuação abrupta pode causar tonturas, parestesia, insónia, cefaleia, náusea,
ansiedade, sudação e stress, que são moderadas e passageiras. A descontinuação
deve ser gradual e sob vigilância médica apertada.
Hemoragias:
Existem relatos de hemorragia cutânea anormal, tais como equimoses e púrpura,
ISRSs.
Recomenda-se
precaução
doentes
tratados
ISRSs,
principalmente em uso concomitante com anticoagulantes, medicamentos que se
conhece
afectarem
função
plaquetária
(por
antipsicóticos
atípicos
fenotiazidas,
maioria
antidepressores
tricíclicos,
ácido
acetilsalicílico
medicamentos anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs)), bem como em doentes
com historial de perturbações hemorrágicas (ver 4.5 “Interacções medicamentosas e
outras formas de interacção”).
Doença cardíaca:
A segurança da sertralina não foi estabelecida em doentes que sofreram um ataque
cardíaco recente ou com doença cardíaca instável. Foram excluídos de estudos
clínicos os doentes a quem foi diagnosticado este tipo de distúrbio. Em estudos
clínicos
duplamente
cegos,
electrocardiogramas
doentes
quem
administrada
sertralina
indicam
sertralina
não
está
associada
alterações significativas do ECG.
Idosos:
O padrão e incidência de efeitos indesejáveis em idosos é comparável aos efeitos
em doentes mais jovens. Contudo, os idosos podem ser frequentemente mais
sensíveis aos efeitos indesejáveis dos antidepressivos.
Esquizofrenia:
Os sintomas psicóticos podem ser agravados em doentes com esquizofrenia.
Insuficiência hepática:
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A sertralina é extensamente metabolizada no fígado. Um estudo de farmacocinética
de doses repetidas em doentes com cirrose ligeira e estabilizada demonstrou um
prolongamento da semi-vida de eliminação e uma AUC e concentração plasmática
máxima (C
) cerca de três vezes maior em comparação com doentes com função
hepática
normal.
Não
observada uma
diferença significativa
ligação
proteínas plasmáticas entre os grupos. A sertralina não deve ser usada em doentes
com insuficiência hepática grave (sobre sertralina em doentes com insuficiência
hepática ver 4.2 “Posologia e modo de administração”).
Insuficiência renal:
Devido ao extenso metabolismo hepático, apenas uma parte negligenciável da
sertralina é eliminada sob a forma
inalterada por via renal. Em doentes com
insuficiência renal ligeira a moderada (depuração da creatinina de 30 a 60 ml/min)
ou moderada a grave (depuração da creatinina de 10 a 29 ml/min), os parâmetros
farmacocinéticos (AUC
0-24
e C
), após doses repetidas não diferiram de forma
significativa dos de doentes com função renal normal. As semi-vidas foram idênticas
e não houve diferenças na ligação às proteínas plasmáticas entre os
grupos
estudados. Este estudo demonstra que, como seria de esperar tendo em conta a
baixa taxa de eliminação renal, não é necessário ajustar a posologia de sertralina
em caso de insuficiência renal.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Contra-indicados:
Inibidores da MAO:
Sertralina Ranbaxy 100 mg comprimidos não deve ser utilizada concomitantemente
com IMAOs, incluindo o inibidor selectivo da MAO selegilina e o inibidor reversível da
MAO moclobemida. Foram reportados efeitos indesejáveis graves, em alguns casos
com desfecho fatal, em doentes que estavam a utilizar sertralina concomitantemente
com um IMAO. Em alguns casos, os sintomas foram idênticos aos verificados no
chamado síndroma serotoninérgico. Deve haver um intervalo de pelo menos 14 dias
entre o final do tratamento com IMAOs e o início do tratamento com Sertralina
Ranbaxy 100 mg comprimidos. A administração de um IMAO deve ser iniciada pelo
menos 14 dias após descontinuação da utilização de Sertralina Ranbaxy 100 mg
comprimidos (ver também 4.3 “Contra-indicações” e 4.4 “Advertências e precauções
especiais de utilização”).
Os sintomas característicos de interacção entre um inibidor selectivo da recaptação
da serotonina e um IMAO são: hipertermia, rigidez, mioclonia, distúrbios autónomos
que podem envolver alterações rápidas das funções vitais, alterações psicológicas
tais como confusão, irritabilidade e agitação extrema, com delírio e coma em casos
extremos.
Pimozida:
Num ensaio clínico verificou-se um aumento dos níveis plasmáticos de pimozida
após a administração concomitante de sertralina e uma
dose única baixa de
pimozida (2 mg). Estes níveis aumentados não foram associados a alterações no
ECG. Não se conhece o mecanismo desta interacção. A administração concomitante
de sertralina e pimozida está contra-indicada, porque da co-administração resulta
aumento
níveis
plasmáticos
pimozida
consequentemente,
pode
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aumentar o risco de arritmias e prolongamento do intervalo QT associado ao
tratamento com pimozida (ver também 4.3 Contra-indicações).
A administração concomitante de sertralina não é recomendada:
Substâncias serotoninérgicas:
Uma vez que não existem dados suficientes, as substâncias serotoninérgicas, tais
como o triptofano, a fenfluramina e os agonistas da serotonina, não devem ser
utilizados concomitantemente com Sertralina Ranbaxy 100 mg comprimidos (ver 4.4
“Advertências e precauções especiais de utilização”).
Hypericum perforatum:
Deve-se evitar a utilização concomitante de preparações à base de
extractos
vegetais Erva de São João (Hypericum perforatum) em doentes sob tratamento com
ISRS s, uma vez que existe possibilidade de potenciação serotoninérgica.
Precauções:
Outros medicamentos:
Medicamentos que se ligam às proteínas plasmáticas:
Devido a elevada ligação da sertralina às proteínas plasmáticas, são possíveis
interacções com outras substâncias altamente ligadas às proteínas plasmáticas. No
entanto, em três estudos de interacção, a sertralina não exerceu efeitos significativos
sobre a ligação às proteínas plasmáticas do diazepam, tolbutamida e varfarina.
Outras interacções observadas em estudos:
Administração concomitante
sertralina e
diazepam
tolbutamida,
originou
alterações
ligeiras,
estatisticamente
significativas,
vários
parâmetros
farmacocinéticos. A cimetidina diminuiu a velocidade de eliminação da sertralina
administrada concomitantemente. A relevância clínica destes efeitos não é clara.
A sertralina não influenciou a eficácia do atenolol; não houve interacções com a
glibenclamida nem com a digoxina. Os efeitos da carbamazepina, haloperidol,
fenitoína e álcool não foram potenciados após administração concomitante de
sertralina: no entanto, não se recomenda o consumo de álcool durante o tratamento
com sertralina.
Substâncias hipoglicémicas:
Ver 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”.
Anticoagulantes orais, derivados do ácido salicílico e AINEs:
Com a administração concomitante de sertralina e varfarina houve um aumento
ligeiro, mas estatisticamente significativo, do tempo de protrombina; recomenda-se
monitorização
cuidadosa
tempo
protrombina
quando
inicia
interrompe o tratamento com Sertralina Ranbaxy 100
comprimidos (ver
“Medicamentos que se ligam às proteínas plasmáticas
” e “Interacções citocromo
P450/2C9”).
Pode existir um risco aumentado de hemorragia quando ISRSs são combinados com
outros
anticoagulantes
orais
derivados
ácido
salicílico
AINEs
(ver
“Advertências e precauções especiais de utilização”).
Medicamentos metabolizados pelas enzimas do citocromo P450:
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- CYP 2D6: Em estudos de interacção, houve apenas um aumento mínimo das
concentrações
plasmáticas
desipramina
equilíbrio
(23–37%
média)
durante a utilização prolongada de sertralina em doses de 50 mg/dia. A desipramina
é um marcador da actividade da isoenzima citocromo P450 (CYP) 2D6.
- CYP 3A3/4: Estudos de interacção invivo demonstraram que a administração
crónica de uma dose diária de 200 mg de sertralina não inibe a 6-
-hidroxilação do
cortisol endógeno mediada pelo CYP 3A3/4, nem o metabolismo da carbamazepina
ou da terfenadina. Não houve inibição do metabolismo do alprazolam mediado pelo
CYP 3A3/4 durante a utilização prolongada de 50 mg/dia de sertralina. Os resultados
destes estudos indicam que não existe uma inibição clinicamente relevante da
actividade do CYP 3A3/4 pela sertralina.
-
CYP
2C9:
ausência
quaisquer
efeitos
clinicamente
significativos
administração
crónica
sertralina/dia
sobre
concentrações
plasmáticas de tolbutamida, fenitoína e varfarina mostra que a sertralina não inibe o
CYP 2C9 de forma clinicamente relevante.
-
CYP
2C19:
ausência
quaisquer
efeitos
clinicamente
significativos
administração
crónica
sertralina/dia
sobre
concentrações
plasmáticas de diazepam permite concluir que a sertralina não inibe a CYP 2C19 de
forma clinicamente relevante.
- CYP 1A2: Estudos in vitro demonstraram que a sertralina possui pouca ou
nenhuma capacidade para inibir o CYP 1A2.
Lítio:
Em estudos controlados com placebo em indivíduos saudáveis, a administração
concomitante de lítio e sertralina não alterou a farmacocinética do lítio, apesar de ter
havido um aumento da incidência de tremores em comparação com os doentes que
estavam
receber
placebo,
indica
pode
haver
influência
farmacodinâmica. Os doentes que estavam a receber lítio e sertralina ou outras
substâncias com modo de acção serotoninérgico devem ser vigiados de forma
adequada.
Diuréticos:
O risco de hiponatrémia está aumentado (principalmente em idosos) quando há
administração concomitante de diuréticos, tal como o risco de secreção inapropriada
de hormona diurética.
Fenitoína:
Apesar de num estudo controlado com placebo em indivíduos saudáveis não se ter
observado uma inibição clinicamente significativa do metabolismo da fenitoína, é
aconselhável monitorizar as concentrações plasmáticas de fenitoína no início do
tratamento com sertralina e ajustar a dose de fenitoína de forma apropriada. A
administração concomitante de fenitoína pode reduzir os níveis plasmáticos de
sertralina.
Sumatriptano:
Em casos raros, foi reportada fraqueza, hiperreflexia, descoordenação, confusão,
ansiedade e agitação relacionadas com a utilização concomitante de sertralina e
sumatriptano.
doentes
quais
seja
clinicamente
necessário
administrar
concomitantemente
sertralina
sumatriptano
devem
vigiados
forma
apropriada.
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Mudança
inibidor
selectivo
recaptação
serotonina
outro
antidepressivo:
Ver 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”.
Antipirina:
A semi-vida da antipirina diminui com a administração concomitante de sertralina, o
que indica que ocorre uma indução das enzimas hepáticas não significativa a nível
clínico.
4.6 Gravidez e aleitamento
Os dados de um número limitado (n=147) de mulheres grávidas expostas não indicaram
efeitos adversos da sertralina sobre a gravidez nem sobre a saúde dos fetos/recém-
nascidos. Estudos em animais não forneceram qualquer evidência de efeitos teratogénicos
da sertralina, no entanto, verificou-se embriotoxicidade (ver 5.3 “Dados de segurança pré-
clínica”). A sertralina só deve ser utilizada na gravidez se os benefícios potenciais do
tratamento para a mãe superarem os riscos possíveis para o feto em desenvolvimento.
Sabe-se que a sertralina é excretada no leite humano (razão leite/plasma aprox. 1.8). Foram
detectadas concentrações plasmáticas muito baixas ou não detectáveis de sertralina em
crianças lactantes. A sertralina só deve ser utilizada durante o aleitamento se os benefícios
esperados superarem os riscos potenciais para a criança.
Foram reportados sintomas de abstinência nos recém-nascidos após descontinuação da
terapêutica com sertralina se esta for administrada no fim da gravidez e/ou lactação
(excitação, agitação, insónia, debilidade na sucção).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Quando utilizada conforme recomendado, Sertralina Ranbaxy 100 mg comprimidos
pode, em casos isolados, alterar as reacções de tal forma que pode diminuir a
capacidade
conduzir
utilizar
máquinas,
trabalhar
situações
potencialmente perigosas.
Isto aplica-se principalmente ao início do tratamento, quando se altera a medicação
e quando se ingere concomitante álcool ou medicamentos que influenciam a função
do sistema nervoso central.
O doente deve ser advertido de que são conhecidos potenciais riscos de conduzir ou
utilizar máquinas até se conhecerem os efeitos individuais da sertralina.
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06-10-2005
INFARMED
4.8 Efeitos indesejáveis
Avaliação das frequências:
Muitos frequentes: > 1/10
Frequentes: > 1/100, < 1/10
Pouco frequentes: > 1/1,000, < 1/100
Raros: >1/10,000, < 1/1,000 incluindo casos individuais
Foram reportados os seguintes efeitos indesejáveis em ensaios clínicos nos quais se
administraram doses múltiplas:
Perturbações gastrointestinais:
Frequentes: náuseas, diarreia/fezes moles
Pouco frequentes: dispepsia
Perturbações do sistema nervoso vegetativo:
Frequentes: boca seca
Pouco frequentes: hipersudorese
Perturbações do sistema nervoso central:
Frequentes: tremores, tonturas
Perturbações do foro psiquiático:
Frequentes: insónia, sonolência, anorexia
Perturbações renais e urinárias:
Frequentes:
perturbações
sexuais
(principalmente
ejaculação
retardada
homens)
Foram recebidas notificações espontâneas com os seguintes efeitos indesejáveis
durante a fase de pós-comercialização:
Perturbações gerais:
Pouco frequentes: astenia, cansaço, afrontamentos
Raros: indisposição, aumento de peso corporal, perda de peso corporal, febre
Muito raros: reacção anafilactóide, reacções alérgicas, alergia
Perturbações do sistema sanguíneo e linfático:
Raros: púrpura, alteração da função plaquetária, alteração da diatese hemorrágica
(como por ex. epistaxe, hemorragia gastrointestinal ou hematúria)
Muito raros: leucopenia, trombocitopenia
Perturbações endócrinas:
Raros: ginecomastia, hiperprolactinémia, galactorreia, hipotiroidismo, síndrome de
secreção inapropriada de ADH.
Perturbações na pele e tecido subcutâneo:
Frequentes: exantema
Pouco frequentes: prurido, alopécia, eritema multiforme
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Raros: fotossensibilidade da pele, urticária, edema de Quincke, exfoliação dérmica
grave ex. síndrome Stevens-Johnson e necrose epidérmica.
Perturbações hepatobiliares:
Pouco
frequentes:
distúrbios
hepáticos
graves
(incluindo
hepatite,
icterícia
insuficiência hepática), aumento assintomático das transminases séricas (SGOT e
SGPT). As alterações dos níveis de transaminases ocorreram principalmente nas
primeiras
9 semanas
tratamento
desapareceram
rapidamente
após
descontinuação do tratamento.
Perturbações cardiovasculares:
Frequentes: dor no peito, palpitações
Pouco frequentes: edema periférico, hipertensão, edema periorbital, síncope, taquicardia
Investigação:
Pouco frequentes: alteração dos valores laboratoriais
Perturbações gastrointestinais:
Frequentes: obstipação, dor abdominal, vómitos
Pouco frequentes: aumento de apetite, pancreatite
Perturbações no ouvido e labirinto:
Frequentes: tinitus
Perturbações do sistema nervoso vegetativo:
Pouco frequentes: midríase
Raros: priapismo
Perturbações do sistema nervoso central:
Frequentes: cefaleias, perturbações motoras (incluindo sintomas extrapiramidais,
tais como hipercinésia, aumento do tónus muscular, ranger dos dentes e marcha
dificultada), parestesias, hipestesia
Pouco frequentes: enxaquecas
Raros: contracções musculares involuntárias, coma, convulsões, sinais e sintomas
associados ao síndroma serotoninérgico: agitação, confusão, diaforese, diarreia,
febre,
hipertensão,
rigidez
taquicardia.
alguns
casos,
estes
sintomas
ocorreram com a utilização concomitante de fármacos serotoninérgicos.
Perturbações do foro psiquiático:
Frequentes: bocejo, agitação, ansiedade
Pouco frequentes: euforia, sintomas depressivos, alucinações, mania, hipomania
Raros: perda da líbido (em mulheres e homens), pesadelos, reacções agressivas,
psicose
Perturbações respiratórias, toráxicas e mediastínicas:
Raros: broncospasmo
Distúrbios do metabolismo e nutricionais:
Raros: hiponatrémia: esta recorreu após descontinuação do tratamento. Casos
isolados podem ter sido devidos ao síndroma de secreção inapropriada de ADH.
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Estes
efeitos
indesejáveis
ocorreram
principalmente
doentes
idosos
doentes que estavam a utilizar diuréticos ou outros medicamentos. Níveis séricos
elevados de colesterol.
Perturbações musculares, do tecido conectivo e ósseas:
Pouco frequentes: artralgia
Distúrbios renais e urinários:
Frequentes: irregularidares menstruais
Pouco frequentes: incontinência urinária
Raros: edema facial, retenção urinária
Função visual:
Frequentes: visão diminuída
Após descontinuação do tratamento com sertralina, foram reportados casos isolados
de sintomas de abstinência sob a forma de agitação, ansiedade, tonturas, cefaleias,
náuseas e parestesias.
Mais de 700 doentes idosos (com idades >65 anos) participaram num ensaio clínico
para demonstrar a eficácia da sertralina nesta população de doentes. Os tipos e a
frequência de efeitos indesejáveis nos idosos foram idênticos aos dos doentes mais
jovens.
4.9 Sobredosagem
Os sintomas de uma sobredosagem com sertralina tomam a forma de efeitos
secundários
mediados
pela
serotonina
tais
como
embriaguez,
distúrbios
gastrointestinais (por ex. náuseas e vómitos), taquicardia, tremores, agitação e
tonturas. Foi reportado coma em casos raros.
Os dados disponíveis demonstram que a sertralina possui um largo índice de
segurança na sobredosagem. Existem
registos de ingestão de até 13,5 g de
sertralina
isolada.
mortes
após
intoxicação
sertralina
ocorreram
principalmente quando se ingeriram concomitantemente outros medicamentos e/ou
álcool. Assim, aconselha-se tratar a sobredosagem de forma agressiva.
Não existe um antídoto específico para a sertralina. Recomendam-se as seguintes
medidas: garantir que as vias respiratórias estão livres e que existe ventilação
adequada e terapia com O
. A administração de carvão activado em associação a
solução de sorbitol ou outro purgante, se necessário, é pelo menos tão eficaz quanto
a lavagem gástrica. A indução do vómito não é aconselhável. Aconselha-se a
monitorização geral da função cardiovascular e devem ser providenciadas medidas
de suporte geral.
É improvável que a diurese forçada, a diálise, a hemoperfusão e a transfusão de
substituição sejam eficazes, tendo em conta o grande volume de distribuição da
sertralina.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
APROVADO EM
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INFARMED
Grupo farmacoterapêutico: Inibidor selectivo da recaptação da serotonina
Código ATC: N06AB06
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Sabe-se que as perturbações depressivas estão associadas a um distúrbio do
metabolismo da 5-hidroxitriptamina (serotonina) no cérebro. Foi demonstrado in vitro
que a sertralina é um inibidor potente e selectivo da recaptação neuronal da
serotonina: isto origina uma potenciação dos efeitos fisiológicos da substância em
modelos animais. A sertralina possui apenas efeitos muito fracos sobre a captação
neuronal da norepinefrina e da dopamina. Em doses clínicas, a sertralina inibe a
captação da serotonina pelas plaquetas humanas.
Em estudos com animais, a sertralina demonstrou não possuir efeitos estimulantes,
sedativos ou anticolinérgicos/cardiotóxicos. Em estudos realizados em indivíduos
saudáveis,
sertralina
não
apresentou
potencial
sedativo
não
afectou
desempenho psicomotor.
Devido à inibição selectiva da recaptação da serotonina, a sertralina não influencia a
actividade catecolaminérgica. Além disso, a sertralina não possui afinidade para os
receptores
muscarínicos,
serotoninérgicos,
dopaminérgicos,
histaminérgicos,
benzodiazepínicos, GABAérgicos ou adrenérgicos. Tal como no caso de outros
antidepressivos
clinicamente
eficazes,
houve
hiporegulação
resposta
receptores cerebrais da norepinefrina com a utilização crónica de sertralina.
Em estudos realizados em seres humanos e em animais, não foi reportado potencial
de má-utilização ou de abuso da sertralina.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção:
O perfil farmacocinético da sertralina é proporcional à dose no intervalo de 50–200
Após administração oral única diária de 50–200 mg de sertralina durante 14 dias, as
concentrações plasmáticas máximas foram atingidas após 4,5–8,4 horas.
Tendo como base as taxas de recuperação na urina e nas fezes, pode-se estimar
que a absorção após administração oral é de pelo menos 70%. A biodisponibilidade
diminuiu pelo efeito de primeira passagem.
O consumo
concomitante de
alimentos não influencia de forma
significativa a
biodisponibilidade dos comprimidos de sertralina.
Distribuição:
A ligação às proteínas plasmáticas da sertralina é de cerca de 98%. Os dados de
estudos em animais indicam que a sertralina tem um grande volume de distribuição.
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06-10-2005
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administração
diária,
concentrações
equilíbrio
são
atingidas
aproximadamente após 1 semana e as concentrações são duplamente comparáveis
aos níveis plasmáticos após a dose inicial.
Metabolismo:
A sertralina e o seu metabolito principal, N-desmetilsertralina são sujeitos a um
extenso
metabolismo
hepático.
In
vitro,
N-desmetilsertralina,
apresenta
actividade consideravelmente mais baixa (cerca de 20 vezes) do que a substância
original. O metabolito não exerceu efeitos em modelos de depressão in vivo.
estudos
in
vitro,
demonstrou-se
metabolismo
sertralina
principalmente
mediado pela enzima CYP 3A4, apenas com um envolvimento
limitado do CYP 2D6. Com a dose habitual de 50 mg, a sertralina possui apenas
efeitos limitados sobre o metabolismo de outras substâncias mediado pelo CYP 2D6
e pelo CYP 3A4.
Excreção:
A semi-vida de eliminação média da sertralina é de cerca de 26 horas. A semi-vida
eliminação
N-desmetilsertralina
62–104
horas,
pelo
concentrações plasmáticas do metabolito atingem o mesmo nível que a substância
original.
Os metabolitos da sertralina e N-desmetilsertralina são eliminados em partes iguais
nas fezes e na urina. Apenas uma pequena percentagem (inferior a 0,2%) de
sertralina inalterada é recuperada na urina.
Idosos:
O perfil farmacocinético da sertralina em doentes idosos é idêntico ao do de doentes
mais jovens.
Insuficiência hepática:
Sobre
farmacocinética da sertralina
doentes com
cirrose
hepática ver 4.2
“Posologia e modo de administração” e 4.4 “Advertências e precauções especiais de
utilização”.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Estudos convencionais com a sertralina não demonstraram mutagenicidade nem
carcinogenicidade.
Não
observaram
efeitos
teratogénicos
estudos
toxicidade reprodutiva em ratos e coelhos. No entanto, ocorreu atraso na ossificação
em fetos de ratos e coelhos
com doses excedendo 2,5 a
10 vezes
a dose
terapêutica máxima para humanos. Em ratos, a administração de doses de sertralina
excedendo em 5 vezes a dose terapêutica máxima em humanos, durante o último
trimestre de gestação e até ao final da lactação, originou um número aumentado de
natimortos, assim como uma redução da taxa de sobrevivência e redução do peso
corporal das crias. Pode ser demonstrado que a baixa taxa de sobrevivência dos
descendentes está relacionada com a exposição intra-uterina.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
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6.1 Lista de excipientes
Núcleo do comprimido:
celulose microcristalina,
hidrogenofosfato de cálcio dihidratado,
amido glicolato de sódio (tipo A),
hidroxipropilcelulose,
estearato de magnésio.
Revestimento do comprimido:
hipromelose,
dióxido de titânio (E 171),
macrogol,
talco.
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
2 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Não guardar acima de 25°C.
Conservar na embalagem original.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Os comprimidos são acondicionados em blisters constituídos por uma película de
PVC branca opaca revestida, na superfície interna, com PVdC, com um fundo de
folha de alumínio revestido com laca termo-selada.
Embalagem contendo 20, 28, 30, 50, 60, 98 ou 100 comprimidos revestidos por
película.
Embalagem hospitalar: 10 embalagens contendo 30 comprimidos revestidos por
película.
Podem não ser comercializadas todas as apresentações.
6.6 Instruções de utilização e manipulação
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
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Ranbaxy Portugal
Comércio e Desenvolvimento de Produtos Farmacêuticos, Unipessoal Lda.
Rua do Campo Alegre, 1306, 3º Andar, Sala 301/302
4150-174 Porto
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Blister de 20 unidades – 5407283
Blister de 28 unidades – 5279682
Blister de 30 unidades – 5407184
Blister de 60 unidades – 5425087
Blister de 30, 50, 98, 100 unidades.
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO / RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO
Dezembro de 2004.
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Outubro de 2005