Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
11-01-2011
11-01-2011
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Sertralina Mer 50 mg comprimidos revestidos por película
Sertralina Mer 100 mg comprimidos revestidos por película
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Sertralina Mer e para que é utilizada
2. Antes de tomar Sertralina Mer
3. Como tomar Sertralina Mer
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Sertralina Mer
6. Outras informações.
1. O QUE É SERTRALINA MER E PARA QUE É UTILIZADA
Sertralina Mer contém a substância activa sertralina. A sertralina pertence a um grupo
de medicamentos denominados Inibidores Selectivos da Recaptação da Serotonina
(ISRSs); estes medicamentos são utilizados para tratar a depressão e ou perturbações de
ansiedade.
Sertralina Mer pode ser utilizada para tratar:
Depressão e prevenção da recorrência da depressão (em adultos).
Perturbação de ansiedade social (em adultos).
Perturbação de stress pós-traumático (PTSD) (em adultos).
Perturbação de pânico (em adultos).
Perturbação obsessiva-compulsiva (POC) (em adultos e crianças e adolescentes com 6-
17 anos de idade).
A depressão é uma condição clínica com sintomas como sentimento de tristeza,
incapacidade de dormir correctamente ou de apreciar a vida como costumava.
A POC e a perturbação de pânico são doenças associadas a ansiedade com sintomas
como sentimento de constante incómodo por ideias persistentes (obsessões) que o
levam a desempenhar rituais repetitivos (compulsões).
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
A PTSD é uma condição que pode ocorrer após uma experiência emocional muito
traumática e apresenta alguns sintomas que são similares a depressão e ansiedade. A
perturbação de ansiedade social (fobia social) é uma doença associada à ansiedade. É
caracterizada por sensações de ansiedade intensa ou nervosismo em situações sociais
(por exemplo: falar com estranhos, falar à frente de grupos de pessoas, comer ou beber
à frente de outros ou receio de poder comportar-se de maneira embaraçosa).
O seu médico decidiu que este medicamento é indicado para tratar a sua doença.
Deve consultar o seu médico caso tenha dúvidas quanto ao motivo da prescrição de
Sertralina Mer.
2. ANTES DE TOMAR SERTRALINA MER
Não tome Sertralina Mer se tem alergia (hipersensibilidade) à sertralina ou a qualquer
outro componente de Sertralina Mer se está a tomar, ou tomou, medicamentos
denominados inibidores da monoamino-oxidase (IMAOs como selegilina,
moclobemida) ou fármacos semelhantes aos IMAOs (como linezolida). Se parar o
tratamento com sertralina, deve esperar, pelo menos, uma semana antes de iniciar o
tratamento com um IMAO. Após parar o tratamento com um IMAO, deve esperar, pelo
menos, 2 semanas antes de iniciar o tratamento com sertralina.
se está a tomar outro medicamento denominado pimozida (um medicamento
antipsicótico)
Tome especial cuidado com Sertralina Mer
Os medicamentos nem sempre são adequados para todas as pessoas. Informe o seu
médico antes de tomar Sertralina Mer caso sofra, ou tenha sofrido no passado, de
qualquer uma das seguintes condições:síndrome serotoninérgica. Em casos raros, esta
síndrome pode ocorrer quando toma certos medicamentos ao mesmo tempo que a
sertralina. (Para sintomas, ver secção 4. Efeitos secundários possíveis). O seu médico
deve tê-lo informado se sofreu desta condição no passado.
Se tem baixo nível de sódio no sangue, uma vez que pode ser resultado do tratamento
com Sertralina Mer. Também deverá informar o seu médico caso esteja a tomar certos
medicamentos para a hipertensão, uma vez que estes medicamentos também podem
alterar os níveis de sódio no sangue.
Tenha especial precaução caso seja idoso uma vez que pode ter um risco aumentado de
ter um baixo nível de sódio no sangue (ver acima) doença hepática; o seu médico
poderá decidir que deve tomar uma dose mais baixa de Sertralina Mer.
Diabetes; os seus níveis de glicose podem ser alterados devido a Sertralina Mer e os
seus medicamentos para a diabetes podem necessitar de ajuste posológico.
Epilepsia ou antecedentes de crises epilépticas. Caso tenha uma crise epiléptica,
contacte o seu médico imediatamente se sofreu de doença maníaca depressiva (doença
bipolar) ou esquizofrenia. Caso tenha um episódio maníaco, contacte o seu médico
imediatamente.
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Se tem, ou teve anteriormente, pensamentos suicidas (ver abaixo pensamentos suicidas
e agravamento da depressão ou perturbação da ansiedade) se sofre de perturbações
hemorrágicas ou se está tomar medicamentos que aumentem a fluidez do sangue (ex:
ácido acetilsalicílico ou varfarina) ou que possam aumentar o risco de hemorragia se for
uma criança ou adolescente com idade inferior a 18 anos. Sertralina Mer deve apenas
ser utilizada para tratar crianças e adolescentes com idades entre os 6-17 anos, que
sofram de perturbação obsessiva compulsiva. Se estiver a ser tratado para esta
perturbação, o seu médico irá querer monitorizá-lo de perto (ver Utilização em crianças
e adolescentes abaixo).
Se estiver a fazer terapia electroconvulsiva (TEC).
Acatisia/inquietude:
A utilização de sertralina tem sido associada a acatisia (caracterizada por uma
instabilidade perturbadora e necessidade de agitar, muitas vezes acompanhada por uma
incapacidade de estar ou permanecer quieto). A probabilidade de ocorrência é maior nas
primeiras semanas de tratamento. O aumento da dose pode ser prejudicial nos doentes
que desenvolvem estes sintomas.
Reacções de privação:
As reacções de privação são comuns quando o tratamento é interrompido, sobretudo se
for interrompido abruptamente (ver secção 4. Efeitos secundários possíveis). O risco de
reacções de privação depende da duração do tratamento, da dose e da taxa de redução
da dose. Em regra tais sintomas são, geralmente, ligeiros a moderados, no entanto,
podem ser graves em alguns doentes. Ocorrem habitualmente nos primeiros dias após a
interrupção do tratamento. De um modo geral, tais sintomas desaparecem em 2
semanas. Em alguns doentes podem durar mais tempo (2-3 meses ou mais). Aquando
da interrupção do tratamento com sertralina, é recomendada a redução gradual da dose
durante um período de algumas semanas ou meses, dependendo das necessidades do
doente.
Pensamentos relacionados com o suicídio e agravamento da sua depressão ou
perturbação da ansiedade:
Se se encontra deprimido e/ou tem perturbações de ansiedade pode, por vezes, pensar
em auto-agredir-se ou suicidar-se. Estes pensamentos podem aumentar no início do
tratamento com antidepressivos, pois estes medicamentos demoram cerca de duas
semanas a fazerem-se sentir mas, por vezes, pode demorar mais tempo.
Poderá estar mais predisposto a ter este tipo de pensamentos nas seguintes situações:
se tem antecedentes de ter pensamentos sobre suicidar-se ou auto-agredir-se se é um
jovem adulto. A informação proveniente de ensaios clínicos revelou um maior risco de
comportamento suicida em indivíduos adultos com menos de 25 anos de idade com
problemas psiquiátricos tratados com antidepressivos.
Se em qualquer momento tiver pensamentos de auto-agressão ou suicídio deverá
contactar o seu médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital.
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Poderá ser útil para si contar a uma pessoa próxima de si, ou a um familiar, que se
encontra deprimido, ou que tem perturbações de ansiedade, e dar-lhes este folheto a ler.
Poderá também solicitar-lhes que o informem caso verifiquem um agravamento do seu
estado de depressão ou ansiedade, ou se ficarem preocupados com alterações no seu
comportamento.
Utilização em crianças e adolescentes:
A sertralina não deve, normalmente, ser utilizada em crianças e adolescentes com idade
inferior a 18 anos, excepto no caso de doentes com Perturbação Obsessiva-Compulsiva.
Doentes com idade inferior a 18 anos apresentam um risco acrescido de efeitos
indesejáveis tais como, tentativa de suicídio, ideação suicida e hostilidade
(predominantemente agressão, comportamento de oposição e cólera), quando tomam
medicamentos desta classe. Apesar disso, o médico poderá prescrever Sertralina Mer
para doentes com idade inferior a 18 anos quando decida que tal é necessário. Se o seu
médico prescreveu Sertralina Mer para um doente com menos de 18 anos e gostaria de
discutir esta questão, volte a contactá-lo. Deverá informar o seu médico se algum dos
sintomas acima mencionados se desenvolver ou piorar quando doentes com menos de
18 anos estejam a tomar Sertralina Mer. Não foram ainda demonstrados os efeitos de
segurança de Sertralina Mer a longo prazo, no que respeita ao crescimento, à maturação
e ao desenvolvimento cognitivo e comportamental neste grupo etário.
Ao tomar Sertralina Mer com outros medicamentos:
Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros
medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Alguns medicamentos podem afectar o modo como Sertralina Mer actua, ou Sertralina
Mer pode reduzir a efectividade de outros medicamentos tomados ao mesmo tempo.
Tomar Sertralina Mer com os medicamentos seguintes pode causar efeitos secundários
graves: medicamentos denominados inibidores da monoamino-oxidase (IMAOs) como
a moclobemida (para tratar a depressão), selegilina (para tratar a doença de Parkinson) e
o antibiótico linezolida. Não utilize Sertralina Mer com IMAOs.
Medicamentos para tratar perturbações mentais (pimozida). Não utilize Sertralina Mer
com pimozida.
Informe o seu médico se estiver a tomar algum dos medicamentos seguintes: produtos
medicinais que contenham hipericão (Hipericum perforatum). Os efeitos do hipericão
podem prolongar-se por 1-2 semanas. Fale com o seu médico.
Produtos que contenham o aminoácido triptofano medicamentos para tratar a dor de
forte intensidade (por exemplo tramadol) medicamentos para tratar enxaquecas (por
exemplo sumatriptano) medicamentos para diminuir a fluidez do sangue (varfarina)
Medicamentos para o tratamento da dor/artrite (anti-inflamatórios não esteróides
(AINEs) como o ibuprofeno, ácido acetilsalicílico) sedativos (diazepam) diuréticos
medicamentos para tratar a epilepsia (fenitoína) medicamentos para tratar a diabetes
(tolbutamida)
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
medicamentos para tratar o excesso de ácido no estômago e úlceras (cimetidina)
medicamentos para tratar a mania e depressão (lítio) outros medicamentos para tratar a
depressão (como amitriptilina, nortriptilina) medicamentos para tratar esquizofrenia e
outras perturbações mentais (como perfenazina, levomepromazina e olanzapina).
Ao tomar Sertralina Mer com alimentos e bebidas
Sertralina Mer comprimidos pode ser tomada com ou sem alimentos.
Deve ser evitado o álcool enquanto estiver a tomar Sertralina Mer.
Gravidez e aleitamento:
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Fale com o seu médico assim que possível se está grávida, pensa que está grávida ou
planeia engravidar.
A segurança da sertralina não foi estabelecida na mulher grávida. A sertralina apenas
deve ser utilizada por mulheres grávidas caso o médico considere que o benefício para a
mãe exceda quaisquer riscos possíveis para o feto. As mulheres em idade fértil deverão
utilizar um método contraceptivo adequado se forem medicadas com sertralina.
Certifique-se que o seu médico e/ou o pessoal de enfermagem sabem que está a tomar
sertralina. Quando tomados durante a gravidez, especialmente nos últimos 3 meses de
gravidez, fármacos como Sertralina Mer podem aumentar o risco de uma situação grave
nos bebés chamada hipertensão pulmonar persistente no recém-nascido (HPPN), que
faz com que o bebé respire mais rapidamente e que pareça azulado. Estes sintomas
começam habitualmente durante as primeiras 24 horas após o nascimento. Se isto
acontecer ao seu bebé deverá contactar o seu médico e/ou o pessoal de enfermagem
imediatamente.
Existe evidência de que a sertralina é excretada no leite materno. A sertralina apenas
deve ser utilizada por mulheres a amamentar caso o médico considere que o benefício
para a mãe exceda quaisquer riscos possíveis para o bebé.
Condução de veículos e utilização de máquinas:
Os fármacos psicotrópicos como a sertralina podem influenciar a sua capacidade para
conduzir veículos e utilizar máquinas. Portanto, não deve conduzir veículos ou utilizar
máquinas até que saiba como esta medicação afecta a sua capacidade para desempenhar
estas actividades.
Informações importantes sobre alguns componentes de Sertralina Mer:
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Sertralina Mer contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a
alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
3. COMO TOMAR SERTRALINA MER
Tomar sempre Sertralina Mer de acordo com as indicações do médico.
Sertralina Mer comprimidos pode ser tomada com ou sem alimentos.
Tome o seu medicamento uma vez ao dia, de manhã ou à noite.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Dose habitual
Adultos:
Depressão e perturbação obsessiva-compulsiva:
A dose de 50 mg/dia é normalmente efectiva na depressão e POC. A dose diária pode
ser aumentada em incrementos de 50 mg durante, no mínimo uma semana, a um
período de algumas semanas. A dose máxima recomendada é 200 mg/dia.
Perturbação de pânico, perturbação de ansiedade social e perturbação de stress pós-
traumático:
Na perturbação de pânico, perturbação de ansiedade social e perturbação de stress pós-
traumático, o tratamento deve ser iniciado com a dose de 25 mg/dia e, após uma
semana, aumentado para 50 mg/dia.
A dose diária pode ser aumentada em incrementos de 50 mg durante um período de
algumas semanas. A dose máxima recomendada é 200 mg/dia.
Crianças e adolescentes:
Sertralina Mer deve apenas ser utilizado para tratar crianças e adolescentes que sofram
de POC com idade compreendida entre 6-17 anos.
Perturbação obsessiva-compulsiva:
Crianças entre 6 e 12 anos de idade: a dose inicial recomendada é de 25 mg/dia.
Após uma semana, o seu médico pode aumentar a dose para 50 mg/dia. A dose máxima
é 200 mg/dia.
Adolescentes entre 13 e 17 anos de idade: a dose inicial recomendada é de 50 mg/dia. A
dose máxima é 200 mg/dia.
Caso tenha problemas de fígado ou rins, informe o seu médico e siga os seus conselhos.
O seu médico irá dizer-lhe durante quanto tempo deverá tomar esta medicação. Isto
dependerá da natureza da sua doença e do modo como responde ao tratamento. Poderão
decorrer várias semanas até que os seus sintomas comecem a melhorar.
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Se tomar mais Sertralina Mer do que deveria:
Se tomar demasiada Sertralina Mer acidentalmente, contacte o seu médico
imediatamente ou dirija-se à urgência hospitalar mais próxima. Leve a embalagem do
medicamento consigo, quer ainda tenha medicamento ou não.
Os sintomas de sobredosagem podem incluir sonolência, náuseas e vómitos, aceleração
dos batimentos cardíacos, tremores, agitação, tonturas e, em casos raros, inconsciência.
Caso se tenha esquecido de tomar Sertralina Mer:
Caso se tenha esquecido de tomar um comprido, não tome o comprimido esquecido.
Tome o próximo comprimido na hora habitual.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Sertralina Mer:
Não pare de tomar Sertralina Mer a menos que o seu médico o indique. O seu médico
irá querer reduzir a sua dose de Sertralina Mer durante várias semanas antes de
interromper a toma deste medicamento. Se interromper abruptamente a toma deste
medicamento pode sofrer efeitos indesejáveis como tonturas, dormência, perturbações
do sono, agitação ou ansiedade, dor de cabeça, enjoos, indisposição e tremores. Se
sentir algum destes efeitos secundários, ou quaisquer outros efeitos secundários
enquanto interrompe a toma de Sertralina Mer, fale com o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Como todos os medicamentos, Sertralina Mer pode causar efeitos secundários, no
entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
O efeito secundário mais frequente é náusea. Os efeitos secundários dependem da dose
e são normalmente transitórios com a continuação do tratamento.
Informe o seu médico imediatamente:
Se sentir algum dos sintomas seguintes após a toma deste medicamento, estes sintomas
podem ser graves.
Se desenvolver uma reacção cutânea grave que cause bolhas (eritema multiforme), (isto
pode afectar a boca e a língua). Estes podem ser sinais de uma situação conhecida como
síndrome de Stevens-Johnson, ou Necrólise Epidérmica Tóxica (NET). O seu médico
irá parar o seu tratamento nestes casos.
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Reacção alérgica ou alergia, que pode incluir sintomas como uma erupção cutânea com
comichão, dificuldade em respirar, pieira, inchaço das pálpebras, cara ou lábios se sentir
agitação, confusão, diarreia, temperatura e tensão altas, transpiração excessiva e
batimentos cardíacos acelerados. Estes são sintomas da Síndrome Serotoninérgica. Em
casos raros, esta síndrome pode ocorrer enquanto estiver a tomar certos medicamentos
ao mesmo tempo que a sertralina. O seu médico pode querer parar o seu tratamento.
Se desenvolver olhos e pele amarelos, o que pode significar danos no fígado se sentir
sintomas depressivos com ideias suicidas se começar a ter sentimentos de inquietação e
não se sentir capaz de sentar ou permanecer quieto após a toma de Sertralina Mer. Deve
informar o seu médico se começar a sentir-se inquieto.
Os efeitos secundários seguintes foram observados em ensaios clínicos realizados com
adultos.
Efeitos secundários muito frequentes (ocorrem em mais de 1 em cada 10 doentes)
Insónia, tonturas, sonolência, dor de cabeça, diarreia, enjoo, boca seca, falência
ejaculatória, fadiga.
Efeitos secundários frequentes (ocorrem entre 1 a 10 em cada 100 doentes):
Dor de garganta, anorexia, aumento do apetite, depressão, sensação estranha, pesadelos,
ansiedade, agitação, nervosismo, diminuição do interesse sexual, ranger os dentes,
dormência e formigueiro, tremor, tensão muscular, alteração do paladar, falta de
atenção, perturbações visuais, zumbido nos ouvidos, palpitações, afrontamentos,
bocejo, dores abdominais, vómitos, prisão de ventre, mal-estar do estômago, gases,
erupção cutânea, aumento da transpiração, dor muscular, disfunção sexual, disfunção
eréctil, dor no tórax.
Efeitos secundários pouco frequentes (ocorrem entre 1 a 10 em cada 1000 doentes)
Resfriado, corrimento nasal, alucinações, sentimento de felicidade, falta de cuidados,
pensamentos anómalos, convulsões, contracções musculares involuntárias, alteração da
coordenação, movimentos excessivos, amnésia, diminuição da sensação, desordem do
discurso, tonturas ao levantar, enxaqueca, dor no ouvido, batimentos cardíacos
acelerados, tensão alta, rubor, dificuldades respiratórias, possíveis sibilos, falta de ar,
sangramento do nariz, problemas no esófago, dificuldade em engolir, hemorróidas,
aumento da salivação, alterações na língua, arrotos, inchaço dos olhos, manchas roxas
na pele, perda de cabelo, suores frios, pele seca, urticária, osteoartrite, fraqueza
muscular, dor de costas, espasmos musculares, necessidade de urinar durante a noite,
incapacidade de urinar, aumento da micção, aumento da frequência de urinar,
problemas a urinar, hemorragia vaginal, disfunção sexual feminina, mal-estar, arrepios,
febre, fraqueza, sede, diminuição do peso, aumento do peso.
Efeitos secundários raros (ocorrem entre 1 a 10 em cada 10000 doentes)
Problemas intestinais, infecção no ouvido, cancro, glândulas inchadas, níveis elevados
de colesterol, baixo nível de açúcar no sangue, sintomas físicos devido a stress ou
emoções, dependência de substâncias, perturbação psicótica, agressividade, paranóia,
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
pensamentos suicidas, sonambulismo, ejaculação precoce, coma, movimentos alterados,
dificuldades na movimentação, aumento da sensibilidade, perturbações sensoriais,
glaucoma, problemas lacrimais, manchas nos campos visuais, visão dupla, dor nos
olhos provocada pela luz, sangue no olho, pupilas dilatadas, ataque cardíaco,
batimentos cardíacos lentos, problemas cardíacos, má circulação sanguínea nos braços e
pernas, aperto na garganta, respiração rápida, respiração lenta, dificuldade em falar,
soluços, sangue nas fezes, feridas na boca, ulceração da língua, afecções nos dentes,
afecções na língua, ulceração da boca, alterações da função hepática, problemas da pele
com bolhas, erupção folicular, alteração da textura do cabelo, alteração do odor da pele,
problemas ósseos, diminuição da micção, incontinência urinária, hesitação urinária,
sangramento vaginal excessivo, secura vaginal, inchaço e vermelhidão do pénis e do
prepúcio, corrimento genital, erecção prolongada, corrimento mamário, hérnia, cicatriz
no local de injecção, tolerância ao fármaco diminuída, dificuldades na marcha,
alterações dos testes laboratoriais, alteração do sémen, lesões, procedimento de
relaxamento dos vasos sanguíneos.
Após a comercialização da sertralina, foram comunicados os seguintes efeitos
secundários:
Diminuição dos glóbulos brancos, diminuição das plaquetas, níveis baixos de hormonas
da tiróide, problemas endócrinos, baixos níveis de sal no sangue, pesadelos,
comportamento suicida, problemas nos movimentos musculares (como excesso de
movimentos, músculos tensos e dificuldade em caminhar), desmaios, alteração da visão,
problemas hemorrágicos (como sangramento no nariz, hemorragia no estômago ou
sangue na urina), pancreatite, problemas graves na função hepática, icterícia, edema da
pele, reacção da pele ao sol, comichão, dor nas articulações, cãibras musculares,
aumento mamário, irregularidades menstruais, inchaço nas pernas, problemas de
coagulação e reacção alérgica grave.
Foi observado um risco aumentado de fracturas ósseas em doentes a tomar este tipo de
medicamentos.
Efeitos secundários em crianças e adolescentes
Em ensaios clínicos com crianças e adolescentes, os efeitos secundários foram
geralmente semelhantes aos adultos (ver acima). Os efeitos secundários mais comuns
em crianças e adolescentes foram dor de cabeça, insónia, diarreia e indisposição.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR SERTRALINA MER
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Não utilize Sertralina Mer após o prazo de validade impresso na embalagem exterior. O
prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Sertralina Mer
- A substância activa é a sertralina. Cada comprimido revestido por película contém
cloridrato de sertralina equivalente a 50 mg ou 100 mg de sertralina base.
- Os outros componentes são:
Núcleo - sílica coloidal anidra (Aerosil 200), celulose microcristalina (Vivapur 12),
croscarmelose sódica, copolividona (Plasdone S-630), lactose mono-hidratada (Fast Flo
316) e estearato de magnésio;
Revestimento - Opadry white Y-5-7068 (hipromelose 3cps, hidroxipropilcelulose,
dióxido de titânio (E171), Macrogol 400 e hipromelose 50 cps).
Qual o aspecto de Sertralina Mer e conteúdo da embalagem
Sertralina Mer 50 mg e Sertralina Mer 100 mg apresentam-se sob a forma de
comprimidos revestidos por película, brancos a esbranquiçados, de forma capsular, para
administração oral, acondicionados em blisters de PVC transparente/Alumínio.
Cada embalagem de Sertralina Mer 50 mg contém 14, 28 ou 56 comprimidos revestidos
por película.
Cada embalagem de Sertralina Mer 100 mg contém 14, 28 ou 56 comprimidos
revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
MER Medicamentos, Lda.
Office Park da Beloura, Edifício 4
2710-444 Sintra
Fabricantes
Generis Farmacêutica, S.A.
Rua João de Deus nº 19, Venda Nova
2700-487 Amadora
Portugal
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Teva Pharma, S.L.U.
Polígono Industrial Malpica, C/C nº 4
50016 Zaragoza
Espanha
Este folheto foi aprovado pela última vez em
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sertralina Mer 50 mg comprimidos revestidos por película
Sertralina Mer 100 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Sertralina Mer 50 mg e Sertralina Mer 100 mg apresentam-se sob a forma de
comprimidos revestidos por película, para administração oral, contendo cloridrato de
sertralina equivalente a 50 mg e 100 mg de sertralina base, respectivamente, como
substância activa.
Excipiente(s):
Lactose mono-hidratada - 19,8 mg e 39,6 mg, nas dosagens de 50 mg e 100 mg,
respectivamente.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película
Comprimidos brancos a esbranquiçados, de forma capsular.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Sertralina está indicada para o tratamento de:
Episódios depressivos major. Prevenção de recorrência de episódios depressivos major.
Perturbação de pânico, com ou sem agorafobia.
Perturbação Obsessiva-Compulsiva (POC) em adultos e doentes pediátricos com 6-17
anos de idade.
Perturbação de ansiedade social.
Perturbação de Stress Pós-Traumático (PTSD).
4.2 Posologia e modo de administração
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Sertralina deve ser administrada em toma única diária de manhã ou à noite.
Os comprimidos de sertralina podem ser administrados com ou sem alimentos.
Tratamento inicial
Depressão e POC
O tratamento com sertralina deve ser iniciado com uma dose de 50 mg/dia.
Perturbação de Pânico, PTSD e Perturbação de Ansiedade Social
O tratamento deve ser iniciado com uma dose de 25 mg/dia. Após uma semana, a dose
deverá ser aumentada para 50 mg, uma vez ao dia. Este regime posológico tem
demonstrado reduzir a frequência dos efeitos secundários precoces emergentes do
tratamento, característicos da perturbação de pânico.
Titulação
Depressão, POC, Perturbação de Pânico, Perturbação de Ansiedade Social e PTSD
Os doentes que não respondam a uma dose de 50 mg poderão beneficiar de aumentos
da dose. As alterações na dose devem ser efectuadas em incrementos de 50 mg com
intervalos de, pelo menos, uma semana, até à dose máxima de 200 mg/dia. Alterações
na dose não devem ser efectuadas mais que uma vez por semana, tendo em conta as 24
horas de semi-vida de eliminação da sertralina.
O início do efeito terapêutico pode ser observado dentro de sete dias. No entanto, são
habitualmente necessários períodos mais longos para que se demonstre resposta
terapêutica, especialmente na POC.
Manutenção
A dose durante a terapêutica prolongada deve manter-se no mais baixo nível eficaz,
com ajustes subsequentes consoante a resposta terapêutica.
Depressão
O tratamento prolongado pode também ser apropriado na prevenção da recorrência de
episódios depressivos major (EDM). Na maioria dos casos, a dose recomendada na
prevenção da recorrência de EDM é igual à utilizada durante o episódio corrente. Os
doentes com depressão devem ser tratados por um período de tempo suficiente, de pelo
menos 6 meses, para assegurar que estão livres de sintomas.
Perturbação de pânico e POC
Deve-se avaliar regularmente o tratamento continuado na perturbação de pânico e POC,
uma vez que não se demonstrou a prevenção de recaídas nestas perturbações.
Doentes pediátricos
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Crianças e adolescentes com perturbação obsessiva compulsiva
13-17 anos: inicialmente 50 mg, uma vez ao dia.
6-12 anos: inicialmente 25 mg, uma vez ao dia. A dose pode ser aumentada para 50 mg,
uma vez ao dia, após uma semana.
As doses subsequentes podem ser aumentadas, nos casos em que resposta é inferior ao
desejado, em incrementos de 50 mg durante algumas semanas, conforme necessário. A
dose máxima é de 200 mg por dia. No entanto, quando ocorrem aumentos em relação à
dose de 50 mg deve ter-se em consideração o peso corporal geralmente inferior nas
crianças em comparação com os adultos. As alterações da dose não devem ocorrer em
intervalos inferiores a uma semana.
Não foi demonstrada eficácia em doentes pediátricos com depressão major.
Não estão disponíveis dados relativos a crianças com idade inferior a 6 anos (ver secção
4.4).
Utilização no idoso
A dose deve ser ajustada com precaução em idosos, uma vez que o risco de
hiponatremia pode estar aumentado (ver secção 4.4).
Utilização na insuficiência hepática
A utilização da sertralina em doentes com doença hepática deve ser feita com
precaução. Em doentes com insuficiência hepática, deve ser considerada a utilização de
uma dose menor ou menos frequente (ver secção 4.4). A sertralina não deve ser
utilizada nos casos de insuficiência hepática grave, uma vez que não estão disponíveis
dados clínicos (ver secção 4.4).
Utilização na insuficiência renal
Não é necessário ajuste de dose em doentes com insuficiência renal (ser secção 4.4).
Sintomas de privação observados na descontinuação da sertralina
A descontinuação abrupta deve ser evitada. Quando se interrompe o tratamento com
sertralina, a dose deve ser gradualmente reduzida ao longo de um período de, pelo
menos, uma a duas semanas, a fim de reduzir o risco de reacções de privação (ver
secções 4.4 e 4.8). Caso ocorram sintomas intoleráveis após uma diminuição da dose ou
descontinuação do tratamento, poderá considerar-se retomar a dose prescrita
anteriormente. Subsequentemente, o médico pode continuar a diminuir a dose, mas a
um ritmo mais lento.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes.
A administração concomitante de inibidores da monoamino-oxidase (IMAOs) está
contra-indicada, devido ao risco de síndrome serotoninérgica que inclui sintomas como
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
agitação, tremor e hipertermia. O tratamento com sertralina não deve ser iniciado no
período de, pelo menos, 14 dias após descontinuação do tratamento com um IMAO
irreversível. A sertralina deve ser descontinuada, pelo menos, 7 dias antes do início do
tratamento com um IMAO irreversível (ver secção 4.5).
A administração concomitante da pimozida é contra-indicada (ver secção 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Mudança do tratamento iniciado com inibidores selectivos da recaptação da serotonina
(ISRS), antidepressivos ou fármacos para o tratamento da POC
A experiência referente a ensaios controlados é limitada no que se refere à ocasião
considerada óptima para mudar o tratamento com ISRSs, antidepressivos ou fármacos
para o tratamento da POC para a sertralina. Deverá efectuar-se uma avaliação médica
cuidada e prudente aquando desta mudança de tratamento, particularmente no caso de
fármacos de acção prolongada, como a fluoxetina.
Outros fármacos serotoninérgicos ex. triptofano, fenfluramina e agonistas 5-HT
A co-administração de sertralina e outros fármacos que aumentam os efeitos da
neurotransmissão serotoninérgica, tais como triptofano ou fenfluramina ou agonistas 5-
HT, ou produtos à base de hipericão (Hypericum perforatum), deve ser efectuada com
precaução e evitada sempre que possível, atendendo ao potencial desenvolvimento de
interacções farmacodinâmicas.
Activação de hipomania ou mania
Foram notificados sintomas maníacos/hipomaníacos emergentes numa pequena
proporção de doentes tratados com fármacos antidepressivos e para o tratamento da
POC, incluindo a sertralina. Assim, a sertralina deve ser utilizada com precaução em
doentes com história de mania/hipomania. É necessário o seguimento do doente pelo
médico. A sertralina deverá ser descontinuada nos doentes que entrem numa fase
maníaca.
Esquizofrenia
Os sintomas psicóticos podem ser agravados em doentes esquizofrénicos.
Crises epilépticas
Podem ocorrer crises epilépticas com o tratamento com sertralina: a sertralina deve ser
evitada em doentes com epilepsia instável e os doentes com epilepsia controlada devem
ser cuidadosamente monitorizados. A sertralina deverá ser descontinuada em qualquer
doente que desenvolva crises epilépticas.
Suicídio/ideação suicida/tentativa de suicídio ou agravamento da situação clínica
A depressão está associada a um aumento do risco de ideação suicida, auto-
agressividade e suicídio (pensamentos/comportamentos relacionados com suicídio). O
risco prevalece até que ocorra remissão significativa dos sintomas. Como durante as
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
primeiras semanas, ou mais, de tratamento pode não se verificar qualquer melhoria, os
doentes deverão ter uma vigilância mais rigorosa até que essa melhoria ocorra. De
acordo com a experiência clínica geral, o risco de suicídio pode estar aumentado nas
fases iniciais da recuperação.
Outros distúrbios psiquiátricos para os quais a sertralina é prescrita podem estar
associados ao aumento do risco de ideação/comportamentos relacionados com o
suicídio. Adicionalmente, estas condições podem ser co-mórbidas com os distúrbios
depressivos major. Consequentemente, deverão ser tomadas as mesmas precauções que
aquando do tratamento de doentes com distúrbios depressivos major e durante o
tratamento de doentes com outras doenças psiquiátricas.
Os doentes com história de pensamentos/comportamentos relacionados com suicídio,
que apresentem um grau significativo destes sintomas antes do início do tratamento,
apresentam também um maior risco de ideação suicida ou de tentativa de suicídio,
devendo, por este motivo, ser cuidadosamente monitorizados durante o tratamento.
Uma meta-análise de ensaios clínicos controlados com placebo em adultos com
distúrbios psiquiátricos demonstrou um aumento do risco de comportamentos
relacionados com o suicídio em doentes com menos de 25 anos a tomar antidepressivos,
comparativamente aos doentes a tomar placebo.
A terapêutica medicamentosa deverá ser acompanhada de uma monitorização rigorosa,
em particular nos doentes de maior risco, especialmente na fase inicial do tratamento ou
na sequência de alterações posológicas. Os doentes, e os prestadores de cuidados de
saúde, devem ser alertados para a necessidade de monitorização relativamente a
qualquer agravamento da sua situação clínica, pensamentos/comportamentos
relacionados com o suicídio e para procurar assistência médica imediatamente caso
estes ocorram.
Utilização em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos
A sertralina não deve ser utilizada no tratamento de crianças e adolescentes com idade
inferior a 18 anos, excepto nos casos de doentes com perturbação obsessiva-compulsiva
com 6-17 anos de idade. Foram observados com maior frequência comportamentos
relacionados com o suicídio (tentativa de suicídio e ideação suicida) e hostilidade
(predominantemente agressão, comportamento de oposição e cólera) em ensaios
clínicos com crianças e adolescentes tratados com antidepressivos, em comparação com
os que se encontravam a tomar placebo. Se, não obstante, com base na necessidade
clínica, a decisão de tratamento for tomada, o doente deve ser rigorosamente
monitorizado em relação ao aparecimento de sintomas suicidas. Não estão disponíveis
dados de segurança a longo prazo em crianças e adolescentes no que se refere ao
crescimento, à maturação e ao desenvolvimento cognitivo e comportamental. Os
médicos devem monitorizar os doentes pediátricos em tratamento prolongado para
alterações nestes sistemas corporais.
Alterações hemorrágicas/hemorragia
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Foram notificados casos de alterações hemorrágicas cutâneas, tais como equimoses e
púrpura e outros acontecimentos hemorrágicos como hemorragias gastrointestinais ou
ginecológicas associadas à utilização de ISRSs. Recomenda-se precaução aos doentes a
tomar ISRSs, em particular em uso concomitante com fármacos que tenham efeito na
função plaquetária (ex. anticoagulantes, antipsicóticos atípicos e fenotiazidas, a maioria
dos antidepressivos tricíclicos, ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios não esteróides
(AINEs)), assim como em doentes com história de alterações hemorrágicas (ver secção
4.5).
Hiponatremia
Pode ocorrer hiponatremia como resultado do tratamento com ISRSs ou ISRNs,
incluindo sertralina. Em muitos casos, a hiponatremia aparenta ser o resultado de uma
síndrome de secreção inadequada de hormona antidiurética (SIHAD). Foram
notificados casos de níveis séricos de sódio inferiores a 110 mmol/l. Os doentes idosos
podem apresentar um risco acrescido de desenvolvimento de hiponatremia com ISRSs e
ISRNs. Doentes em tratamento com diuréticos ou que estejam com depleção do volume
também podem apresentar risco acrescido (ver Utilização no idoso). Deve ser
considerada a descontinuação da sertralina e instituição da intervenção médica
adequada nos doentes com hiponatremia sintomática. Os sinais e sintomas de
hiponatremia incluem cefaleia, dificuldades de concentração, compromisso da
memória, confusão, fraqueza e instabilidade, o que pode levar a quedas. Os sinais e
sintomas associados a casos mais graves e/ou agudos incluíram alucinações, síncope,
convulsões, coma, paragem respiratória e morte.
Sintomas de privação observados na descontinuação do tratamento com sertralina
Os sintomas de privação são comuns quando o tratamento é interrompido, sobretudo se
for interrompido abruptamente (ver secção 4.8). Em ensaios clínicos, entre os doentes
tratados com sertralina, a incidência de reacções de privação notificadas foi de 23% nos
que interromperam o tratamento com sertralina comparado aos 12% nos que
continuaram a tomar sertralina.
O risco de sintomas de privação pode estar dependente de vários factores, incluindo a
duração e dose do tratamento e a taxa de redução da dose. As reacções notificadas com
maior frequência foram tonturas, distúrbios sensoriais (incluindo parestesia), distúrbios
do sono (incluindo insónia e sonhos intensos), agitação ou ansiedade, náuseas e/ou
vómitos, tremor e cefaleia. Estes sintomas são, geralmente, ligeiros a moderados;
contudo, em alguns doentes podem ser de intensidade grave. Ocorrem, normalmente,
nos primeiros dias após a descontinuação do tratamento, contudo houve notificações
muito raras destes sintomas em doentes que falharam uma dose inadvertidamente.
Estes sintomas são, geralmente, limitados e normalmente resolvem-se em 2 semanas,
podendo ser prolongados (2-3 meses ou mais) em alguns indivíduos. Portanto, aquando
da descontinuação do tratamento, é recomendada a diminuição gradual da sertralina por
um período de algumas semanas ou meses, conforme as necessidades do doente (ver
secção 4.2).
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Acatisia/instabilidade psicomotora
A utilização de sertralina tem sido associada a desenvolvimento de acatisia,
caracterizado por uma instabilidade desagradável subjectiva ou perturbadora e
necessidade de agitar, muitas vezes acompanhada por uma incapacidade de sentar ou
permanecer quieto. A probabilidade de ocorrência é maior nas primeiras semanas de
tratamento. O aumento da dose pode ser prejudicial nos doentes que desenvolvem estes
sintomas.
Disfunção hepática
A sertralina é extensivamente metabolizada pelo fígado. Um estudo farmacocinético de
doses múltiplas em doentes com cirrose hepática ligeira, estável, demonstrou um
prolongamento da semi-vida de eliminação e uma AUC e Cmax aproximadamente três
vezes superior em comparação com indivíduos saudáveis. Não foram observadas
diferenças significativas na ligação às proteínas plasmáticas entre os dois grupos. A
utilização da sertralina em doentes com doença hepática deve ser feita com precaução.
Em doentes com disfunção hepática, deve ser considerada a utilização de uma dose
menor ou menos frequente. A sertralina não deve ser utilizada em doentes com
disfunção hepática grave (ver secção 4.2).
Disfunção renal
A sertralina é extensivamente metabolizada, sendo a excreção do fármaco inalterado na
urina uma via menor de eliminação. Em estudos de doentes com disfunção renal ligeira
a moderada (depuração da creatinina 30-60 ml/min), ou moderada a grave (depuração
da creatinina 10-29 ml/min) os parâmetros farmacocinéticos de doses múltiplas (AUC0-
24 ou Cmax) não foram significativamente diferentes quando comparados com os
grupos de controlo. Não é necessário qualquer ajuste na dose de sertralina a administrar
em função do grau de disfunção renal.
Utilização no idoso
Mais de 700 doentes idosos (> 65 anos) participaram em ensaios clínicos O padrão e a
incidência de reacções adversas nos idosos foram semelhantes aos dos doentes mais
jovens.
Os ISRSs e os ISRNs, incluindo sertralina foram, contudo, associados a casos de
hiponatremia clinicamente significativa em doentes idosos, que poderão apresentar um
risco acrescido para este acontecimento adverso (ver Hiponatremia na secção 4.4).
Diabetes
Em doentes com diabetes, o tratamento com ISRSs pode alterar o controlo glicémico,
possivelmente devido à melhoria dos sintomas depressivos. O controlo glicémico deve
ser cuidadosamente monitorizado nos doentes em tratamento com sertralina e a dose de
insulina e/ou medicamentos hipoglicemiantes orais concomitantes poderão necessitar de
ajuste posológico.
Terapia electroconvulsiva (TEC)
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Não existem estudos clínicos que estabeleçam os riscos ou os benefícios da utilização
combinada de TEC e sertralina.
Medicamentos contendo lactose
O medicamento contém o excipiente lactose (ver secção 6.1). Doentes com problemas
hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase ou malabsorção de
glucose-galactose não devem tomar este medicamento.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Contra-indicados
Inibidores da Monoamino-oxidase
IMAO irreversíveis não selectivos (selegilina)
A sertralina não deve ser utilizada em tratamento concomitante com IMAOs
irreversíveis (não selectivos) como a selegilina. O tratamento com sertralina não deve
ser iniciado no período de, pelo menos, 14 dias após a descontinuação do tratamento
com um IMAO irreversível (não selectivo). A sertralina deve ser descontinuada, pelo
menos, 7 dias antes do início do tratamento com um IMAO irreversível (não selectivo)
(ver secção 4.3).
Inibidor selectivo da MAO-A (moclobemida)
Devido ao risco de síndrome serotoninérgica, a utilização concomitante de sertralina e
um IMAO selectivo, como a moclobemida, não é recomendada. Após o tratamento com
um IMAO reversível, pode ser feito um período de descontinuação inferior a 14 dias
antes do início do tratamento com sertralina. Recomenda-se a descontinuação da
sertralina, pelo menos, 7 dias antes do início do tratamento com um IMAO reversível
(ver secção 4.3).
IMAO reversível não selectivo (linezolida)
O antibiótico linezolida é um IMAO reversível e não selectivo fraco e não deve ser
administrado a doentes tratados com sertralina (ver secção 4.3).
Foram notificadas reacções adversas graves em doentes que tinham descontinuado um
IMAO recentemente e iniciado o tratamento com sertralina, ou em tratamento recente
com sertralina descontinuada antes do início do tratamento com IMAO. Estas reacções
incluíram tremor, mioclonia, diaforese, náusea, vómitos, rubor, tonturas e hipertermia
com características semelhantes às da síndrome maligna dos neurolépticos, ataques
epilépticos e morte.
Pimozida
Foi demonstrado aumento dos níveis de pimozida, de aproximadamente 35%, num
estudo de utilização deste fármaco em dose baixa única (2 mg). Este aumento não foi
associado a alterações no ECG. No entanto, dado o estreito índice terapêutico da
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
pimozida e uma vez que o mecanismo desta interacção é desconhecido, a administração
concomitante de sertralina e pimozida é contra-indicada (ver secção 4.3).
A co-administração com a sertralina não é recomendada
Depressores do SNC e álcool
Em indivíduos saudáveis, a co-administração de sertralina na dose diária de 200 mg não
potenciou os efeitos do álcool, carbamazepina, haloperidol ou fenitoína, sobre o
desempenho cognitivo e psicomotor; contudo, não é recomendada a administração
concomitante de sertralina e álcool.
Outros fármacos serotononinérgicos
Ver secção 4.4.
Precauções especiais
Lítio
Num ensaio clínico controlado com placebo, efectuado em voluntários saudáveis, a co-
administração de sertralina e lítio não alterou a farmacocinética do lítio, embora tenha
resultado num aumento do tremor relativamente ao placebo, indicando, assim, a
existência de uma possível interacção farmacodinâmica. Os doentes devem ser
adequadamente monitorizados aquando da co-administração de sertralina e lítio.
Fenitoína
Um ensaio clínico controlado com placebo, efectuado em voluntários saudáveis, sugeriu
que a administração crónica de 200 mg/dia de sertralina não causa inibição clinicamente
importante no metabolismo da fenitoína. No entanto, como algumas notificações
resultaram de elevada exposição à fenitoína em doentes a utilizar sertralina, recomenda-
se a monitorização das concentrações plasmáticas de fenitoína após o início da
terapêutica com sertralina, com ajustes adequados da dose de fenitoína. Além disso, a
administração concomitante de fenitoína pode provocar uma redução dos níveis
plasmáticos de sertralina.
Triptanos
Durante o período de pós-comercialização foram notificados casos raros de fraqueza,
hiperreflexia, descoordenação, confusão, ansiedade e agitação após a administração de
sertralina e sumatriptano. Os sintomas da síndrome serotoninérgica também podem
ocorrer com outros medicamentos da mesma classe (triptanos). Se a terapêutica
concomitante de sertralina e triptanos é clinicamente necessária, aconselha-se a
observação adequada do doente (ver secção 4.4).
Varfarina
A co-administração de sertralina, na dose diária de 200 mg, com varfarina, resultou
num pequeno, mas estatisticamente significativo, aumento no tempo de protrombina, o
que pode em alguns casos raros desequilibrar o valor de INR. Assim, o tempo de
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
protrombina deve ser cuidadosamente monitorizado quando se inicia ou interrompe a
terapêutica com a sertralina.
Outras interacções medicamentosas, digoxina, atenolol, cimetidina
A co-administração com cimetidina causou uma diminuição substancial na depuração
da sertralina. Desconhece-se o significado clínico destas alterações. A sertralina não
teve efeito na actividade bloqueadora beta-adrenérgica do atenolol. Não se observaram
interacções da sertralina, na dose diária de 200 mg, com a digoxina.
Fármacos que afectam a função plaquetária
O risco de hemorragia pode ser aumentado quando fármacos com efeito na função
plaquetária (ex: AINEs, ácido acetilsalicílico e ticlopidina), ou outros fármacos que
possam aumentar o risco de hemorragia, são administrados concomitantemente com
ISRSs, incluindo sertralina (ver secção 4.4).
Fármacos metabolizados pelo citocromo P450
A sertralina pode actuar como um inibidor ligeiro a moderado de CYP 2D6. A
administração crónica com 50 mg diários de sertralina mostrou um aumento moderado
(média 23%-37%) dos níveis plasmáticos de desipramina (um marcador da actividade
da isoenzima CYP 2D6) no estado estacionário. Podem ocorrer interacções
clinicamente significativas com outros substratos da CYP 2D6 que tenham um índice
terapêutico estreito, tal como anti-arrítmicos de classe 1C como a propafenona e a
flecainida, ATCs e antipsicóticos típicos, sobretudo com doses elevadas de sertralina.
A sertralina não actua como inibidor da CYP 3A4, CYP 2C9, CYP 2C19, e CYP 1A2
em grau clinicamente significativo. Tal foi confirmado por estudos de interacção in
vivo com substratos da CYP 3A4 (cortisol endógeno, carbamazepina, terfenadina,
alprazolam), substrato diazepam da CYP 2C19 e substratos da CYP 2C9, tolbutamida,
glibenclamida e fenitoína. Estudos in vitro indicam que a sertralina tem pouco, ou
nenhum, potencial para inibir a CYP 1A2.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Não existem estudos bem controlados na mulher grávida. Contudo, uma quantidade
substancial de dados não revelou evidência de indução de malformações congénitas
provocadas pela sertralina. Os estudos em animais revelaram evidência de efeitos na
reprodução, provavelmente devido a toxicidade materna causada pela acção
farmacodinâmica do composto e/ou acção farmacodinâmica directa do composto no
feto (ver secção 5.3).
Têm sido notificados sintomas compatíveis com as reacções de privação em alguns
recém-nascidos, cujas mães estiveram medicadas com sertralina durante a gravidez.
Este fenómeno foi igualmente observado com outros antidepressivos ISRSs. A
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
sertralina não é recomendada durante a gravidez, a menos que a condição clínica da
mulher pressuponha um benefício do tratamento superior ao risco potencial.
Os recém-nascidos devem ser observados caso a utilização de sertralina se mantenha
nas fases finais da gravidez, em particular no terceiro trimestre. Os seguintes sintomas
podem ocorrer nos recém-nascidos após utilização materna de sertralina nas fases finais
da gravidez: dificuldade respiratória, cianose, apneia, crises epilépticas, temperatura
instável, dificuldades de alimentação, vómito, hipoglicemia, hipertonia, hipotonia,
hiperreflexia, tremor, nervosismo, irritabilidade, letargia, choro constante, sonolência e
dificuldade em adormecer. Estes sintomas podem ser devidos a efeitos serotoninérgicos
ou sintomas de privação. Na maioria dos casos as complicações começaram
imediatamente ou pouco depois (< 24 horas) do parto.
Dados epidemiológicos sugerem que a utilização de antidepressivos ISRSs durante a
gravidez, em especial na parte final, pode aumentar o risco de hipertensão pulmonar
persistente no recém-nascido (HPPN). O risco observado foi de aproximadamente 5
casos por 1000 gravidezes. Na população em geral ocorrem um a dois casos de HPPN
por 1000 gravidezes.
Aleitamento
Os dados publicados relativamente aos níveis de sertralina no leite materno revelam a
excreção de pequenas quantidades de sertralina e do seu metabolito N-
desmetilsertralina no leite. De um modo geral, foram encontrados níveis séricos
negligenciáveis ou indetectáveis em bebés, com excepção de um bebé com níveis
séricos de cerca de 50% do nível materno (mas sem um efeito considerável na saúde
deste bebé). Até à data, não foram notificados efeitos adversos na saúde de bebés
amamentados por mulheres que utilizem sertralina, contudo o risco não pode ser
excluído. A utilização em mulheres a amamentar não é recomendada excepto se, de
acordo com a decisão do médico, o benefício for superior ao risco.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os estudos clínicos farmacológicos demonstraram que a sertralina não afecta o
desempenho psicomotor. Contudo, como os fármacos psicotrópicos podem afectar as
capacidades mentais e físicas necessárias para a realização de tarefas potencialmente
perigosas, como seja a condução ou o uso de máquinas, os doentes devem ser avisados
dessa possibilidade.
4.8 Efeitos indesejáveis
O efeito indesejável mais frequente é náusea. No tratamento da perturbação de
ansiedade social, ocorreu disfunção sexual (falência ejaculatória) em 14% dos homens a
tomar sertralina vs 0% com placebo. Estes efeitos indesejáveis são dependentes da dose
e são, frequentemente, de natureza transitória com a continuação do tratamento.
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
O perfil de efeitos secundários frequentemente observado em ensaios clínicos em dupla
ocultação, controlados com placebo, em doentes com POC, perturbação de pânico,
PTSD e perturbação de ansiedade social foi semelhante ao observado em ensaios
clínicos efectuados em doentes com depressão.
A Tabela 1 apresenta as reacções adversas observadas a partir da experiência pós-
comercialização (frequência desconhecida) e ensaios clínicos controlados com placebo
(compreendendo um total de 2542 doentes no grupo da sertralina e 2145 no grupo
placebo) na depressão, POC, perturbação de pânico, PTSD e perturbação de ansiedade
social.
Algumas das reacções adversas listadas na Tabela 1 podem diminuir em intensidade e
frequência com a continuação do tratamento e não levam, geralmente, à cessação do
tratamento.
Tabela 1: Reacções Adversas
Frequência de reacções adversas observadas em ensaios clínicos controlados com
placebo na depressão, POC, perturbação de pânico, PTSD e perturbação de ansiedade
social. Análise conjunta e experiência pós-comercialização (frequência desconhecida).
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000 a
< 1/100)
Raros
1/10000 a
< 1/1000)
Muito
raros
(< 1/1000
Frequência
desconhecida
Infecções e infestações
Faringite
Infecção no
aparelho
respiratório
superior,
rinite
Diverticulite,
gastrenterite,
otite média
Neoplasias benignas, malignas e não especificadas (incl.quistos e polipos)
Neoplasia†
Doenças do sangue e do sistema linfático
Linfoadenopat
Leucopenia,
trombocitopen
Doenças do sistema imunitário
Reacção
anafilactóide,
reacção
alérgica,
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000 a
< 1/100)
Raros
1/10000 a
< 1/1000)
Muito
raros
(< 1/1000
Frequência
desconhecida
alergia
Doenças endócrinas
Hiperprolactin
emia,
hipotiroidismo
e síndrome de
secreção
inadequada de
Doenças do metabolismo e da nutrição
Anorexia,
aumento do
apetite*
Hipercolestero
lemia,
hipoglicemia
Hiponatremia
Perturbações do foro psiquiátrico
Insónia
(19%)
Depressão*,
despersonal
ização,
pesadelos,
ansiedade*,
agitação*,
nervosismo,
diminuição
da libido*,
bruxismo
Alucinação*,
euforia*,
apatia,
pensamentos
anómalos
Perturbação de
conversão,
dependência
farmacológica,
perturbação
psicótica*,
agressão*,
paranóia,
ideação
suicida,
sonambulismo
, ejaculação
precoce
Paroniria,
comportament
o/ideação
suicida***
Doenças do sistema nervoso
Tonturas,
(11%),
Sonolência
(13%),
Cefaleia
(21%)*
Parestesia*,
tremor,
hipertonia,
disgeusia,
perturbação
da atenção
Convulsões*
, contracções
musculares
involuntárias
, alterações
coordenação,
hipercinesia,
Coma*,
coreoatetose,
discinesia,
hiperestesia,
perturbação
sensorial
Perturbações
do movimento
(incluindo
sintomas
extrapiramidai
s como
hipercinesia,
hipertonia,
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000 a
< 1/100)
Raros
1/10000 a
< 1/1000)
Muito
raros
(< 1/1000
Frequência
desconhecida
amnésia,
hipoestesia*,
perturbação
da fala,
tonturas
posturais,
enxaqueca*
bruxismo ou
alteração da
marcha),
síncope.
Foram
também
relatados
sinais e
sintomas
associados à
síndrome
serotoninérgic
a, em alguns
casos
associados à
utilização
concomitante
de fármacos
serotoninérgic
os, incluindo
agitação,
confusão,
diaforese,
diarreia, febre,
hipertensão,
rigidez e
taquicardia.
Acatísia e
instabilidade
psicomotora
(ver secção
4.4)
Afecções oculares
Perturbaçõe
s visuais
Glaucoma,
distúrbio
lacrimal,
escotomas,
diplopia,
fotofobia,
Visão alterada
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000 a
< 1/100)
Raros
1/10000 a
< 1/1000)
Muito
raros
(< 1/1000
Frequência
desconhecida
hifema,
midríase*
Afecções do ouvido e do labirinto
Acufenos*
Otalgia
Cardiopatias
Palpitações
Taquicardia
Enfarte do
miocárdio,
bradicardia,
cardiopatia
Vasculopati
Afrontamen
tos*
Hipertensão*
, rubor
Isquémia
periférica
Alterações
hemorrágicas
(tais como
epistaxe,
hemorragia
gastrointestina
l ou
hematúria)
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Bocejar*
Broncoespas
mo*,
dispneia,
epistaxe
Laringoespas
hiperventilaçã
hipoventilação
, estridor,
disfonia,
soluços
Doenças gastrointestinais
Diarreia
(18%),
náuseas
(24%),
xerostomia
(14%)
abdominal*
vómitos*,
obstipação*
dispneia,
flatulência
Esofagite,
disfagia,
hemorróidas,
hipersecreçã
o salivar,
afecções da
Melena,
hematoquezia,
estomatite,
ulceração da
língua,
afecções dos
Pancreatite
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000 a
< 1/100)
Raros
1/10000 a
< 1/1000)
Muito
raros
(< 1/1000
Frequência
desconhecida
língua,
eructação
dentes,
glossite,
ulceração da
boca
Afecções hepatobiliares
Alteração da
função
hepática
Aconteciment
os hepáticos
graves
(incluindo
hepatite,
icterícia e
insuficiência
hepática)
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Erupção
cutânea*,
hiperidrose
Edema
periorbital*,
púrpura*,
alopecia*,
suores frios,
pele seca,
urticária*
Dermatite,
dermatite
bolhosa,
erupção
folicular,
alteração da
textura do
cabelo, odor
cutâneo
alterado
Notificações
raras de
reacções
cutâneas
adversas
graves
(SCAR): ex.
Síndrome de
Stevens-
Johnson e
necrólise
epidérmica.
Angioedema,
edema facial,
fotossensibilid
ade, reacção
cutânea,
prurido
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Mialgia
Osteoartrite,
fraqueza
muscular,
dores nas
Afecções
ósseas
Artralgia,
cãibras
musculares
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000 a
< 1/100)
Raros
1/10000 a
< 1/1000)
Muito
raros
(< 1/1000
Frequência
desconhecida
costas,
espasmos
musculares.
Doenças renais e urinárias
Noctúria,
retenção
urinária*,
poliúria,
polaquiúria,
afecções da
micção
Oligúria,
incontinência
urinária*,
hesitação
urinária
Doenças dos órgãos genitais e da mama **
Falência
ejaculatória
(14%)
Disfunção
sexual,
disfunção
eréctil
Hemorragia
vaginal,
disfunção
sexual
feminina
Menorragia,
vulvovaginite
atrófica,
balano-postite,
corrimento
genital,
priapismo*,
galactorreia*
Ginecomastia,
irregularidades
menstruais
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Cansaço
(10%)*
torácica*
Indisposição
*, arrepios,
pirexia*,
astenia*,
sede
Hérnia, fibrose
no local de
injecção,
diminuição da
tolerância ao
fármaco,
alterações na
marcha,
acontecimento
s não
avaliáveis
Edema
periférico
Exames complementares de diagnóstico
Diminuição
do peso*,
Aumento da
alanina
Alterações dos
resultados
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000 a
< 1/100)
Raros
1/10000 a
< 1/1000)
Muito
raros
(< 1/1000
Frequência
desconhecida
aumento do
peso*
aminotransfera
rase*,
aumento da
aspartato
aminotransfera
se*, alterações
no sémen
laboratoriais
clínicos,
alteração da
função
plaquetária,
aumento do
colesterol
sérico
Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações
Lesões
Procedimentos cirúrgicos e médicos
Procedimento
vasodilatação
Se a experiência adversa ocorreu na depressão, POC, perturbação de pânico, PTSD e
perturbação de ansiedade social, o termo utilizado foi reclassificado de acordo com os
termos utilizados nos estudos na depressão.
† Foi notificado um caso de neoplasia num doente em tratamento com sertralina,
comparativamente a nenhum caso no grupo placebo.
* estas reacções adversas também ocorreram na experiência pós-comercialização
** o denominador usa o número combinado de doentes nesse grupo de género:
sertralina (1118 homens, 1424 mulheres) placebo (926 homens, 1219 mulheres)
Para POC, curto prazo, unicamente estudos de 1-12 semanas
*** Foram notificados casos de ideação/comportamento suicida notificados durante o
tratamento com sertralina ou imediatamente após a descontinuação do tratamento (ver
secção 4.4)
Sintomas de privação observados na descontinuação do tratamento com sertralina
A descontinuação do tratamento com sertralina (sobretudo quando abrupta) leva
frequentemente a sintomas de privação. As reacções notificadas com maior frequência
são tonturas, perturbações sensoriais (incluindo parestesia), perturbações do sono
(incluindo insónia e sonhos intensos), agitação ou ansiedade, náuseas e/ou vómitos,
tremor e cefaleia. Estes sintomas são, geralmente, ligeiros a moderados; contudo, em
alguns doentes podem ser de intensidade grave e/ou prolongados. Portanto, quando já
não é necessário o tratamento com sertralina, a descontinuação do tratamento deve ser
efectuada através da diminuição gradual da dose (ver secções 4.2 e 4.4).
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Efeitos de classe
Dados epidemiológicos, sobretudo de estudos conduzidos em doentes com idade igual
ou acima de 50 anos, evidenciam um risco aumentado de fracturas ósseas em doentes a
tomar ISRSs e antidepressivos tricíclicos. O mecanismo subjacente a este risco é ainda
desconhecido.
População idosa
Os ISRSs ou ISRNs incluindo a sertralina foram associados a casos clinicamente
significativos de hiponatremia em doentes idosos, que podem apresentar maior risco
para este acontecimento adverso (ver secção 4.4).
População pediátrica
Em mais de 600 doentes tratados com sertralina, o perfil geral de reacções adversas foi,
globalmente similar ao observado em estudos com adultos. As reacções adversas
seguintes foram notificadas em ensaios clínicos controlados (n = 281 doentes tratados
com sertralina):
Muito frequentes (
1/10): cefaleia (22%), insónia (21%), diarreia (11%), náuseas
(15%).
Frequentes (
1/100 a < 1/10): dor torácica, mania, pirexia, vómitos, anorexia,
labilidade emocional, agressão, agitação, nervosismo, perturbações na atenção, tonturas,
hipercinesia, enxaqueca, sonolência, tremor, perturbações visuais, xerostomia,
dispepsia, pesadelos, cansaço, incontinência urinária, erupção cutânea, acne, epistaxe,
flatulência.
Pouco frequentes (
1/1000 to < 1/100): prolongamento do intervalo QT no ECG,
tentativa de suicídio, convulsões, sintomas extrapiramidais, parestesia, depressão,
alucinação, púrpura, hiperventilação, anemia, alteração da função hepática, aumento da
alanina aminotransferase, cistite, herpes simplex, otite externa, otalgia, dor ocular,
midríase, indisposição, hematúria, erupção cutânea pustular, rinite, lesões, diminuição
do peso, espasmos musculares, sonhos anómalos, apatia, albuminúria, polaquiúria,
poliuria, dor na mama, alterações menstruais, alopecia, dermatite, afecções da pele,
odor cutâneo alterado, urticária, bruxismo, afrontamentos.
4.9 Sobredosagem
Toxicidade
De acordo com a evidência disponível, a sertralina tem uma larga margem de segurança
em situações de sobredosagem. Foram descritos casos de sobredosagens até 13,5 g.
Foram igualmente descritos casos fatais de sobredosagem com sertralina, sobretudo em
associação com outros fármacos e/ou álcool. Portanto, qualquer sobredosagem deve ser
tratada rapidamente.
Sintomas
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Os sintomas de sobredosagem incluem efeitos secundários mediados pela serotonina,
tais como sonolência, alterações gastrointestinais (como náuseas e vómitos),
taquicardia, tremor, agitação e tonturas. Menos frequentemente, foram notificados casos
de coma.
Tratamento
Não existem antídotos específicos para a sertralina. Dever-se-á estabelecer e manter
uma via aérea e assegurar uma adequada oxigenação e ventilação, se necessário. O
carvão activado, o qual pode ser utilizado com um catártico, pode ser tanto ou mais
eficaz que a lavagem gástrica e deverá ser considerado no tratamento da sobredosagem.
A indução da emese não é recomendada. Recomenda-se a monitorização dos sinais
vitais e cardíacos, bem como medidas gerais sintomáticas e de suporte.
Devido ao grande volume de distribuição da sertralina, a diurese forçada, a diálise, a
hemoperfusão e a transfusão de substituição não deverão trazer benefício.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 2.9.3 - Sistema Nervoso Central. Psicofármacos.
Antidepressores.
Código ATC: N06A B06
A sertralina é um inibidor potente e específico da recaptação neuronal da serotonina (5-
HT) in vitro, o que resulta na potenciação dos efeitos 5-HT em animais. Tem, somente,
um efeito muito fraco na recaptação neuronal da noradrenalina e dopamina. Em doses
clínicas a sertralina bloqueia a recaptação da serotonina a nível das plaquetas humanas.
Nos animais, a sertralina é destituída de actividade estimulante, sedativa ou
anticolinérgica, bem como de cardiotoxicidade.
Em estudos controlados com voluntários saudáveis, a sertralina não causou sedação e
não interferiu com o desempenho psicomotor. De acordo com a sua inibição selectiva
da recaptação da 5-HT, a sertralina não reforça a actividade catecolaminérgica. A
sertralina não tem nenhuma afinidade para os receptores muscarínicos (colinérgicos),
serotoninérgicos, dopaminérgicos, adrenérgicos, histaminérgicos, GABA ou
benzodiazepínicos. A administração crónica de sertralina em animais associa-se a uma
hiporregulação dos receptores cerebrais da noradrenalina, tal como se observa com
outros fármacos clinicamente eficazes para tratamento da depressão e da POC.
A sertralina não revelou qualquer potencial de abuso. Num estudo aleatorizado,
comparativo, em dupla ocultação e controlado com placebo, em que se avaliou a
probalidade de desenvolvimento de abuso com a sertralina, alprazolam e d-anfetamina
no ser humano, a sertralina não produziu efeitos subjectivos positivos indicativos de
potencial de abuso. Pelo contrário, o alprazolam e a d-anfetamina foram classificados
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
com valores significativamente superiores ao placebo no que concerne às medidas de
apetência pelo fármaco, euforia e potencial de abuso. A sertralina não produziu a
estimulação nem a ansiedade associadas à d-anfetamina, nem a sedação ou a disfunção
psicomotora associadas ao alprazolam. A sertralina não funciona como reforço positivo
no macaco rhesus treinado para auto-administração de cocaína, nem substitui, como
estímulo descriminativo, a d-anfetamina ou o fenobarbital no macaco rhesus.
Ensaios Clínicos
Depressão Major
Um estudo que envolveu doentes com depressão que responderam no final de uma fase
de tratamento aberto inicial de 8 semanas com sertralina 50-200 mg/dia. Estes doentes
(n = 295) foram aleatorizados para seguimento durante 44 semanas com sertralina 50-
200 mg/dia, em dupla ocultação, ou placebo. Foi observadada uma menor taxa de
recaída, estatisticamente significativa, nos doentes a tomar sertralina comparativamente
aos que tomavam placebo. A dose média para os doentes que terminaram o estudo foi
de 70 mg/dia. A % de doentes que respondem (definida como aqueles doentes que não
sofreram recaída) para os braços sertralina e placebo foi 83,4% e 60,8%,
respectivamente.
Perturbação de Stress Pós-traumático (PTSD)
Os dados combinados de 3 estudos na PTSD, na população em geral, demonstrou uma
menor taxa de resposta em indivíduos do sexo masculino comparativamente aos do
sexo feminino. Nos dois ensaios positivos na população em geral, as taxas de resposta
do sexo masculino e feminino tratados com sertralina vs placebo foram similares (sexo
feminino: 57,2% vs 34,5%; sexo masculino: 53,9% vs 38,2%). O número total de
doentes do sexo masculino e feminino dos ensaios na população em geral foi de 184 e
430, respectivamente, pelo que os resultados nos indivíduos do sexo feminino são mais
robustos e os indivíduos do sexo masculino foram associados a outras variáveis baseline
(maior abuso de substâncias, maior duração, origem do trauma, etc.) que foram
correlacionadas com diminuição do efeito.
POC pediátrica
A segurança e eficácia da sertralina (50-200 mg/dia) foram examinadas no tratamento,
em ambulatório, de crianças (6-12 anos de idade) e adolescentes (13-17 anos de idade)
não-deprimidos com perturbação obsessiva compulsiva (POC). Após uma semana de
placebo em ocultação, os doentes foram aleatorizados para doze semanas de tratamento
com dose flexível de sertralina ou placebo. As crianças (6-12 anos) iniciaram o
tratamento com a dose de 25 mg. Os doentes aleatorizados para a sertralina
apresentaram uma melhoria significativamente superior do que aqueles aleatorizados
para o placebo nas escalas Children’s Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale
CY-BOCS (p = 0,005), NIMH Global Obsessive Compulsive Scale (p = 0,019) e CGI
Improvement (p = 0,002). Na CY-BOCs os valores médios iniciais e a alteração em
relação aos valores iniciais para o grupo placebo foram 22,25 ± 6,15 e -3,4 ± 0,82,
respectivamente, enquanto para o grupo da sertralina os valores médios iniciais e a
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
alteração em relação aos valores iniciais para o grupo placebo foram 23,36 ± 4,56 e -6,8
± 0,87, respectivamente. Adicionalmente, foi observada uma tendência para uma
melhoria superior no grupo da sertralina do que no grupo placebo na escala CGI
Severity (p = 0,089). Os doentes que respondem, definidos como os doentes com uma
diminuição de 25%, ou superior, na CY-BOCs (a medida primária de eficácia) desde a
baseline até ao endpoint, representaram 53% dos doentes tratados com sertralina,
comparativamente a 37% dos doentes tratados com placebo (p = 0,03).
Não existem dados de segurança e eficácia em utilização prolongada para esta
população pediátrica.
Não estão disponíveis dados relativos a crianças com idade inferior a 6 anos.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A sertralina apresenta uma farmacocinética proporcional à dose, entre os 50 mg e
200 mg. No ser humano, após dose oral única diária, de 50 a 200 mg durante 14 dias, as
concentrações plasmáticas máximas de sertralina ocorrem cerca de 4,5 a 8,4 horas após
a administração do fármaco. Os alimentos não alteram, de forma significativa, a
biodisponibilidade dos comprimidos de sertralina.
Distribuição
Aproximadamente 98% do fármaco circulante está ligado às proteínas plasmáticas.
Biotransformação
A sertralina sofre extenso metabolismo hepático de primeira passagem.
Eliminação
A semi-vida média da sertralina é, aproximadamente, 26 horas (22-36 horas).
Consistente com a semi-vida de eliminação terminal, existe uma acumulação de
aproximadamente duas vezes até se obterem as concentrações no estado estacionário, o
qual é atingido após uma semana de doses únicas diárias.
A semi-vida da N-desmetilsertralina é de 62 a 104 horas. A sertralina e a N-
desmetilsertralina são ambas extensivamente metabolizadas no ser humano e os
metabolitos resultantes são excretados nas fezes e na urina em partes iguais. Apenas
uma pequena quantidade (< 0,2%) de sertralina inalterada é excretada na urina.
Farmacocinética em grupos específicos de doentes
Doentes pediátricos com POC
A farmacocinética da sertralina foi estudada em 29 doentes pediátricos com 6-12 anos
de idade e 32 adolescentes com 13-17 anos de idade. Foi efectuada a titulação gradual
para uma dose diária de 200 mg em 32 dias, quer com uma dose inicial de 25 mg e
incrementos graduais, quer com uma dose inicial de 50 mg ou incrementos. Os
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
esquemas posológicos de 25 mg e 50 mg foram igualmente tolerados. No estado
estacionário para a dose de 200 mg, os níveis plasmáticos de sertralina no grupo 6-12
anos de idade foram, aproximadamente, 35% superiores comparativamente ao grupo
13-17 anos de idade, e 21% superior comparativamente ao grupo adulto de referência.
Não foram observadas diferenças significativas entre rapazes e raparigas relativamente
à depuração. Nas crianças, é recomendada uma dose inicial baixa e incrementos
graduais de 25 mg, sobretudo naquelas com baixo peso corporal. Nos adolescentes a
administração pode ser semelhante à dos adultos.
Adolescentes e idosos
O perfil farmacocinético nos adolescentes ou nos idosos não é significativamente
diferente do observado nos adultos com idades entre os 18 e 65 anos.
Disfunção hepática
Em doentes com dano hepático, a semi-vida da sertralina é prolongada e a AUC
encontra-se aumentada em três vezes (ver secções 4.2 e 4.4).
Disfunção renal
Em doentes com disfunção hepática moderada a grave, não foi observada acumulação
significativa de sertralina.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos
convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida,
genotoxicidade e carcinogenicidade. Os estudos de toxidade reprodutiva em animais
não revelaram evidência de teratogenicidade ou efeitos adversos na fertilidade
masculina. A fetotoxicidade observada estaria provavelmente relacionada com
toxicidade materna. A sobrevivência pós-natal e o peso corporal de crias diminuíram
apenas durante os primeiros dias após o nascimento. Foi verificado que a mortalidade
pós-natal inicial era devida a exposição in-utero após o dia 15 da gravidez. Os atrasos
no desenvolvimento pós-natal observados em crias de fêmeas tratadas foram
provavelmente devidos a efeitos nas fêmeas e portanto não relevantes para risco
humano.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo - sílica coloidal anidra (Aerosil 200), celulose microcristalina (Vivapur 12),
croscarmelose sódica, copolividona (Plasdone S-630), lactose mono-hidratada (Fast Flo
316) e estearato de magnésio.
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Revestimento - Opadry white Y-5-7068 (hipromelose 3cps, hidroxipropilcelulose,
dióxido de titânio (E171), macrogol 400 e hipromelose 50 cps).
6.2 Incompatibilidades
Não são conhecidas.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Acondicionamento primário: blister de PVC transparente/Alumínio.
Embalagens de 14, 28 ou 56 comprimidos revestidos por película, nas dosagens de 50
mg ou 100 mg.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não são necessárias precauções especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
MER Medicamentos, Lda.
Office Park da Beloura, Edifício 4
2710-444 Sintra
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Sertralina Mer 50 mg
Nº de registo: 5624283 – 14 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blisters de
PVC/Alumínio.
Nº de registo: 5624382 - 28 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blisters de
PVC/Alumínio.
Nº de registo: 5624481 - 56 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blisters de
PVC/Alumínio.
APROVADO EM
11-01-2011
INFARMED
Sertralina Mer 100 mg
Nº de registo: 5624580 - 14 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blisters de
PVC/Alumínio.
Nº de registo: 5624689 - 28 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blisters de
PVC/Alumínio.
Nº de registo: 5624788 - 56 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blisters de
PVC/Alumínio.
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 28 de Outubro de 2005.
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO