Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
20-09-2020
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20-09-2020
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Sertralina Aurobindo 50 mg comprimidos revestidos por película
Sertralina Aurobindo 100 mg comprimidos revestidos por película
Sertralina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
tiver
quaisquer
secundários,
incluindo
quaisquer
efeitos
indesejáveis
não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
O que é Sertralina Aurobindo e para que é utilizado
O que precisa de saber antes de tomar Sertralina Aurobindo
Como tomar Sertralina Aurobindo
Efeitos indesejáveis possíveis
Como conservar Sertralina Aurobindo
Conteúdo da embalagem e outras informações
O que é Sertralina Aurobindo e para que é utilizado
Sertralina Aurobindo contém a substância ativa sertralina. A sertralina pertence a um
grupo
medicamentos
denominados
Inibidores
Seletivos
Recaptação
Serotonina (ISRSs); estes medicamentos são utilizados para tratar a depressão e ou
perturbações de ansiedade.
Sertralina Aurobindo pode ser utilizado para tratar:
Depressão e prevenção da recorrência da depressão (em adultos).
Perturbação de ansiedade social (em adultos).
Perturbação de stress pós-traumático (PTSD) (em adultos).
Perturbação de pânico (em adultos).
Perturbação obsessiva-compulsiva (POC) (em adultos e crianças e adolescentes com
6-17 anos de idade).
A depressão é uma condição clínica com sintomas como sentimento de tristeza,
incapacidade de dormir corretamente ou de apreciar a vida como costumava.
A POC e a perturbação de pânico são doenças associadas a ansiedade com sintomas
como sentimento de constante incómodo por ideias persistentes (obsessões) que o
levam a desempenhar rituais repetitivos (compulsões).
A PTSD é uma condição que pode ocorrer após uma experiência emocional muito
traumática e apresenta alguns sintomas que são similares a depressão e ansiedade.
perturbação
ansiedade
social
(fobia
social)
doença
associada
ansiedade. É caracterizada por sensações de ansiedade intensa ou nervosismo em
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situações sociais (por exemplo: falar com estranhos, falar à frente de grupos de
pessoas, comer ou beber à frente de outros ou receio de poder comportar-se de
maneira embaraçosa).
O seu médico decidiu que este medicamento é indicado para tratar a sua doença.
Deve consultar o seu médico caso tenha dúvidas quanto ao motivo da prescrição de
Sertralina Aurobindo.
O que precisa de saber antes de tomar Sertralina Aurobindo
Não tome Sertralina Aurobindo:
Se tem alergia (hipersensibilidade) à sertralina ou a qualquer outro componente
deste medicamento (indicados na secção 6).
está
tomar,
tomou,
medicamentos
denominados
inibidores
monoaminoxidase (IMAOs como selegilina, moclobemida) ou fármacos semelhantes
aos IMAOs (como linezolida). Se parar o tratamento com sertralina, deve esperar,
pelo menos, uma semana antes de iniciar o tratamento com um IMAO. Após parar o
tratamento com um IMAO, deve esperar, pelo menos, 2 semanas antes de iniciar o
tratamento com sertralina.
Se está a tomar outro medicamento denominado pimozida (um medicamento usado
para perturbações mentais tais como psicose).
Advertências e precauções:
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Sertralina Aurobindo
Os medicamentos nem sempre são adequados para todas as pessoas. Informe o seu
médico antes de tomar Sertralina Aurobindo caso sofra, ou tenha sofrido no passado,
de qualquer uma das seguintes condições:
Se tem epilepsia (convulsões) ou antecedentes de crises epiléticas. Caso tenha uma
crise epilética, contacte o seu médico imediatamente.
Se sofreu de doença maníaca depressiva (doença bipolar) ou esquizofrenia. Caso
tenha um episódio maníaco, contacte o seu médico imediatamente.
Se tem, ou teve anteriormente, pensamentos de autoagressão ou suicidas (ver
abaixo pensamentos suicidas e agravamento da depressão ou perturbação da
ansiedade).
Se tem síndrome serotoninérgica. Em casos raros, esta síndrome pode ocorrer
quando toma certos medicamentos ao mesmo tempo que a sertralina. (Para
sintomas, ver secção 4. Efeitos indesejáveis possíveis). O seu médico deve tê-lo
informado se sofreu desta doença no passado.
Se tem baixo nível de sódio no sangue, uma vez que pode ser resultado do
tratamento com Sertralina Aurobindo. Também deverá informar o seu médico caso
esteja a tomar certos medicamentos para a hipertensão, uma vez que estes
medicamentos também podem alterar os níveis de sódio no sangue.
Caso seja idoso, uma vez que pode ter um risco aumentado de ter um baixo nível de
sódio no sangue (ver acima).
Se tem doença hepática; o seu médico poderá decidir que deve tomar uma dose
mais baixa de Sertralina Aurobindo.
Se tem diabetes; os seus níveis de glicose podem ser alterados devido a Sertralina
Aurobindo e os seus medicamentos para a diabetes podem necessitar de ajuste
posológico.
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Se sofre de perturbações hemorrágicas ou se está a tomar medicamentos que
aumentem a fluidez do sangue (p.ex. ácido acetilsalicílico ou varfarina) ou que
possam aumentar o risco de hemorragia.
Se for uma criança ou adolescente com idade inferior a 18 anos. Sertralina
Aurobindo deve apenas ser utilizado para tratar crianças e adolescentes com idades
entre os 6-17 anos, que sofram de perturbação obsessiva compulsiva (POC). Se
estiver a ser tratado para esta perturbação, o seu médico irá querer monitorizá-lo de
perto (ver em baixo “Crianças e adolescentes”).
Se estiver a fazer terapia electroconvulsiva (TEC).
Se tem problemas de olhos, como certos tipos de glaucoma (aumento da pressão no
olho).
dito
anomalia
coração
detetada
após
eletrocardiograma (ECG) conhecida como prolongamento do intervalo QT.
Acatisia/ inquietude:
A utilização de sertralina tem sido associada a uma instabilidade perturbadora e
necessidade de agitar, muitas vezes acompanhada por uma incapacidade de estar ou
permanecer quieto (acatisia). A probabilidade de ocorrência é maior nas primeiras
semanas de tratamento. O aumento da dose pode ser prejudicial pelo que se
desenvolver estes sintomas deve falar com o seu médico.
Reações de privação:
Efeitos indesejáveis relacionados com a interrupção do tratamento (reações de
privação) são comuns, sobretudo se for interrompido abruptamente (ver secção 3.
Se parar de tomar Sertralina Aurobindo e secção 4. Efeitos indesejáveis possíveis). O
risco de reações de privação depende da duração do tratamento, da dose e da taxa
de redução da dose. Em regra, tais sintomas são, geralmente, ligeiros a moderados,
no entanto, podem ser graves em alguns doentes. Ocorrem habitualmente nos
primeiros dias após a interrupção do tratamento. De um modo geral, tais sintomas
desaparecem em 2 semanas. Em alguns doentes podem durar mais tempo (2-3
meses
mais).
Aquando
interrupção
tratamento
sertralina,
recomendada a redução gradual da dose durante um período de algumas semanas
ou meses, e deve sempre discutir com o seu médico a melhor forma de parar o
tratamento.
Pensamentos relacionados com o suicídio e agravamento da sua depressão ou
perturbação da ansiedade:
Se se encontra deprimido e/ou tem perturbações de ansiedade pode, por vezes,
pensar em autoagredir-se ou suicidar-se. Estes pensamentos podem aumentar no
início do tratamento com antidepressivos, pois estes medicamentos demoram cerca
de duas semanas a fazerem-se sentir, mas, por vezes, pode demorar mais tempo.
Poderá estar mais predisposto a ter este tipo de pensamentos nas seguintes
situações:
Se tem antecedentes de ter pensamentos sobre suicidar-se ou autoagredir-se.
Se é um jovem adulto. A informação proveniente de ensaios clínicos revelou um
maior risco de comportamento suicida em indivíduos adultos com menos de 25 anos
de idade com problemas psiquiátricos tratados com antidepressivos.
Se em qualquer momento tiver pensamentos de autoagressão ou suicídio deverá
contactar o seu médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital.
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Poderá ser útil para si contar a uma pessoa próxima de si, ou a um familiar, que se
encontra deprimido, ou que tem perturbações de ansiedade, e dar-lhes este folheto a
ler. Poderá também solicitar-lhes que o informem caso verifiquem um agravamento
estado
depressão
ansiedade,
ficarem
preocupados
alterações no seu comportamento.
Crianças e adolescentes:
A sertralina não deve, normalmente, ser utilizada em crianças e adolescentes com
idade inferior a 18 anos, exceto no caso de doentes com Perturbação Obsessiva-
Compulsiva (POC). Doentes com idade inferior a 18 anos apresentam um risco
acrescido de efeitos indesejáveis tais como, tentativa de suicídio, pensamentos de
autoagressão
matar
(pensamentos
suicidas)
hostilidade
(predominantemente
agressão,
comportamento
oposição
cólera),
quando
tomam medicamentos desta classe. Apesar disso, o médico poderá prescrever
Sertralina Aurobindo para doentes com idade inferior a 18 anos quando decida que
tal é necessário. Se o seu médico lhe prescreveu Sertralina Aurobindo e se tem
menos de 18 anos e gostaria de discutir esta questão, volte a contactá-lo. Deverá
informar o seu médico se algum dos sintomas acima mencionados se desenvolver ou
piorar
enquanto
estiver
tomar
Sertralina
Aurobindo.
Não
foram
ainda
demonstrados os efeitos de segurança de Sertralina Aurobindo a longo prazo, no que
respeita ao crescimento, à maturação e aprendizagem (desenvolvimento cognitivo) e
comportamental neste grupo etário.
Outros medicamentos e Sertralina Aurobindo
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Alguns medicamentos podem afetar o modo como Sertralina Aurobindo atua, ou
Sertralina Aurobindo poderá reduzir a eficácia de outros medicamentos tomados ao
mesmo tempo.
Tomar Sertralina Aurobindo com os medicamentos seguintes pode causar efeitos
indesejáveis graves:
Medicamentos
denominados
inibidores
monoaminoxidase
(IMAOs)
como
moclobemida
(para
tratar
depressão),
selegilina
(para
tratar
doença
Parkinson), o antibiótico linezolida e azul de metileno (para tratar os níveis elevados
de meta-hemoglobina no sangue). Não tome Sertralina Aurobindo com este tipo de
medicamentos.
Medicamentos para tratar perturbações mentais, tais como psicose (pimozida). Não
utilize Sertralina Aurobindo com pimozida.
Informe o seu médico se estiver a tomar algum dos medicamentos seguintes:
Produtos à base de plantas contendo hipericão (Hypericum perforatum). Os efeitos
do hipericão podem prolongar-se por 1-2 semanas.
Produtos que contenham o aminoácido triptofano.
Medicamentos para tratar a dor de forte intensidade (por exemplo tramadol).
Medicamentos usados em anestesia ou para tratar a dor crónica (fentanilo, mivacúrio
e suxametónio).
Medicamentos para tratar enxaquecas (por exemplo sumatriptano).
Medicamentos para aumentar a fluidez do sangue (varfarina).
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Medicamentos para o tratamento da dor/artrite (anti-inflamatórios não esteroides
(AINEs) como o ibuprofeno, ácido acetilsalicílico).
Sedativos (diazepam).
Diuréticos.
Medicamentos para tratar a epilepsia (fenitoína, carbamazepina, fenobarbital).
Medicamentos para tratar a diabetes (tolbutamida).
Medicamentos
para
tratar
excesso
ácido
estômago,
úlceras
azia
(cimetidina, omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol).
Medicamentos para tratar a mania e depressão (lítio).
Outros medicamentos para tratar a depressão (como amitriptilina, nortriptilina,
nefazodona, fluoxetina, fluvoxamina).
Medicamentos
para
tratar
esquizofrenia
outras
perturbações
mentais
(como
perfenazina, levomepromazina e olanzapina).
Medicamentos utilizados para tratar a tensão arterial elevada, dor no peito ou
regular a taxa e o ritmo do coração (como verapamilo, diltiazem, flecainida,
propafenona).
Medicamentos utilizados para tratar infeções por bactérias (como a claritromicina,
telitromicina, eritromicina, rifampicina).
Medicamentos
utilizados
para
tratar
infeções
fúngicas
(como
fluconazol,
cetoconazol, itraconazol, posaconazol, voriconazol).
Medicamentos utilizados no tratamento de VIH/SIDA e Hepatite C (inibidores da
protease como o ritonavir, telaprevir).
Medicamentos utilizados na prevenção de náuseas e vómitos após uma operação ou
quimioterapia (aprepitant).
Medicamentos que aumentam o risco de alterações na atividade elétrica do coração
(por exemplo alguns antipsicóticos e antibióticos).
Sertralina Aurobindo com alimentos, bebidas e álcool
Sertralina Aurobindo comprimidos revestidos por película pode ser tomado com ou
sem alimentos.
Deve ser evitado o álcool enquanto estiver a tomar Sertralina Aurobindo.
A sertralina não deve ser tomada com sumo de toranja, uma vez que pode aumentar
o nível de sertralina no seu organismo.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
A segurança da sertralina não foi estabelecida na mulher grávida. A sertralina apenas
deve ser utilizada por mulheres grávidas caso o seu médico considere que o
benefício
para
mãe
exceda
quaisquer
riscos
possíveis
para
bebé
desenvolvimento. Se for uma mulher em idade fértil deve utilizar um método
contracetivo adequado (como a pílula contracetiva) enquanto estiver a tomar
sertralina.
Certifique-se que o seu médico e/ou o pessoal de enfermagem sabem que está a
tomar Sertralina Aurobindo. Quando tomados durante a gravidez, sobretudo nos
últimos 3 meses de gravidez, os medicamentos como Sertralina Aurobindo podem
aumentar o risco de uma situação grave em bebés, chamada hipertensão pulmonar
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persistente no recém-nascido (HPPRN), que faz com que o bebé respire mais
rapidamente e que pareça azulado. Estes sintomas começam habitualmente durante
as primeiras 24 horas após o nascimento. Se isto acontecer ao seu bebé deverá
contactar o seu médico e/ou o pessoal de enfermagem imediatamente.
O seu bebé recém-nascido poderá também ter outras condições, as quais se iniciam
geralmente durante as primeiras 24 horas após o nascimento. Os sintomas incluem:
problemas em respirar;
pele arroxeada ou temperatura elevada ou baixa;
lábios azuis;
vómitos ou não se alimentar adequadamente;
estar demasiado cansado, não ser capaz de dormir ou chorar muito;
músculos tensos ou moles;
tremores, agitação ou ataques epiléticos;
aumento de reações reflexas;
irritabilidade;
baixos níveis de açúcar no sangue.
Caso o seu bebé apresente algum destes sintomas à nascença ou esteja preocupado
com a saúde do seu bebé, contacte o seu médico ou obstetra que o poderão
aconselhar.
Existe evidência de que a sertralina é excretada no leite materno. A sertralina
apenas deve ser utilizada por mulheres a amamentar caso o seu médico considere
que o benefício para a mãe exceda quaisquer riscos possíveis para o bebé.
Alguns medicamentos, como a sertralina, podem reduzir a qualidade do esperma em
estudos com animais. Teoricamente esta situação pode afetar a fertilidade, mas não
tem sido observado impacto sobre a fertilidade humana até à data.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Os fármacos psicotrópicos como a sertralina podem influenciar a sua capacidade para
conduzir veículos e utilizar máquinas. Portanto, não deve conduzir veículos ou utilizar
máquinas
até
saiba
como
esta
medicação
afeta
capacidade
para
desempenhar estas atividades.
Como tomar Sertralina Aurobindo
Tome
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose recomendada é:
Adultos:
Depressão e Perturbação Obsessiva-Compulsiva:
A dose de 50 mg/dia é normalmente efetiva na depressão e POC. A dose diária pode
ser aumentada em incrementos de 50 mg durante, no mínimo uma semana, a um
período de algumas semanas. A dose máxima recomendada é 200 mg/dia.
Perturbação de pânico, Perturbação de Ansiedade Social e Perturbação de Stress
Pós-Traumático:
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Na perturbação de pânico, perturbação de ansiedade social e perturbação de stress
pós-traumático, o tratamento deve ser iniciado com a dose de 25 mg/dia e, após
uma semana, aumentado para 50 mg/dia.
A dose diária pode ser aumentada em incrementos de 50 mg durante um período de
algumas semanas. A dose máxima recomendada é 200 mg/dia.
Crianças e adolescentes:
Sertralina Aurobindo deve apenas ser utilizado para tratar crianças e adolescentes
que sofram de POC com idade compreendida entre 6-17 anos.
Perturbação Obsessiva-Compulsiva:
Crianças entre 6 e 12 anos de idade: a dose inicial recomendada é de 25 mg/dia.
Após uma semana, o seu médico pode aumentar a dose para 50 mg/dia. A dose
máxima é 200 mg/dia.
Adolescentes entre 13 e 17 anos de idade: a dose inicial recomendada é de
50 mg/dia. A dose máxima é 200 mg/dia.
Caso tenha problemas de fígado ou rins, informe o seu médico e siga os seus
conselhos.
Modo de administração:
Sertralina Aurobindo pode ser tomada com ou sem alimentos.
Tome o seu medicamento uma vez ao dia, de manhã ou à noite.
O seu médico irá dizer-lhe durante quanto tempo deverá tomar esta medicação. Isto
dependerá da natureza da sua doença e do modo como responde ao tratamento.
Poderão decorrer várias semanas até que os seus sintomas comecem a melhorar. O
tratamento da depressão é geralmente prolongado por 6 meses após melhoria dos
sintomas.
Se tomar mais Sertralina Aurobindo do que deveria:
Se tomar demasiado Sertralina Aurobindo acidentalmente, contacte o seu médico
imediatamente ou dirija-se à urgência hospitalar mais próxima. Leve a embalagem
do medicamento consigo, quer ainda tenha medicamento ou não.
sintomas
sobredosagem
podem
incluir
sonolência,
náuseas
vómitos,
aceleração dos batimentos cardíacos, tremores, agitação, tonturas e, em casos
raros, inconsciência.
Caso se tenha esquecido de tomar Sertralina Aurobindo:
Caso se tenha esquecido de tomar um comprimido, não tome o comprimido
esquecido. Tome o próximo comprimido na hora habitual.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Sertralina Aurobindo:
Não pare de tomar Sertralina Aurobindo a menos que o seu médico o indique. O seu
médico irá querer reduzir a sua dose de Sertralina Aurobindo durante várias
semanas
antes
interromper
toma
deste
medicamento.
interromper
abruptamente a toma deste medicamento pode sofrer efeitos indesejáveis como
tonturas, dormência, perturbações do sono, agitação ou ansiedade, dor de cabeça,
enjoos, indisposição e tremores. Se sentir algum destes efeitos secundários, ou
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quaisquer outros efeitos indesejáveis enquanto interrompe a toma de Sertralina
Aurobindo, fale com o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
Efeitos indesejáveis possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
O efeito indesejável mais frequente é náusea. Os efeitos indesejáveis dependem da
dose e normalmente desaparecem ou diminuem com a continuação do tratamento.
Informe o seu médico imediatamente:
Se sentir algum dos sintomas seguintes após a toma deste medicamento, estes
sintomas podem ser graves.
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas):
Se tiver um episódio maníaco (ver secção 2 “Advertências e precauções”).
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas):
Se tiver um ataque (convulsão).
Hemorragia vaginal (perda de sangue da vagina).
Raros (podem afetar até 1 em 1.000 pessoas):
Se sentir sintomas depressivos com ideias de autoagressão ou de se suicidar
(pensamentos suicidas).
Reação alérgica grave.
Sangue nas fezes.
Sangue na urina.
Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis):
Se desenvolver uma reação grave na pele que cause bolhas (eritema multiforme),
(isto pode afetar a boca e a língua). Estes podem ser sinais de uma situação
conhecida como síndrome de Stevens-Johnson, ou Necrólise Epidérmica Tóxica
(NET). O seu médico irá parar o seu tratamento nestes casos.
Reação alérgica ou alergia, que podem incluir sintomas como uma erupção cutânea
com comichão, dificuldade em respirar, pieira, inchaço das pálpebras, cara ou lábios.
Se sentir agitação, confusão, diarreia, temperatura e tensão altas, transpiração
excessiva e batimentos cardíacos acelerados. Estes são sintomas da Síndrome
Serotoninérgica. Em casos raros, esta síndrome pode ocorrer enquanto estiver a
tomar certos medicamentos ao mesmo tempo que a sertralina. O seu médico pode
querer parar o seu tratamento.
Se desenvolver olhos e pele amarelos, o que pode significar danos no fígado.
Se começar a ter sentimentos de inquietação e não estiver capaz de sentar ou
permanecer quieto após a toma de Sertralina Aurobindo. Deve informar o seu
médico se começar a sentir-se inquieto.
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Os efeitos indesejáveis seguintes foram observados em ensaios clínicos realizados
com adultos.
Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em 10 pessoas)
Insónia, tonturas, sonolência, dor de cabeça, diarreia, enjoo, boca seca, insuficiência
ejaculatória, fadiga.
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas)
Dor de garganta, anorexia, aumento do apetite
Depressão,
sensação
estranha,
pesadelos,
ansiedade,
agitação,
nervosismo,
diminuição do interesse sexual, ranger os dentes
Dormência e formigueiro, tremor, tensão muscular, alteração do paladar, falta de
atenção
Perturbações visuais, zumbido nos ouvidos
Palpitações, afrontamentos, bocejo
Dores abdominais, vómitos, prisão de ventre, mal-estar do estômago, gases
Erupção cutânea, aumento da transpiração, dor muscular, disfunção eréctil, dor no
tórax
Dor nas articulações
Mal-estar geral
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas)
Resfriado, corrimento nasal
Hipersensibilidade
Níveis baixos de hormonas da tiroide
Alucinações, sentimento de felicidade, falta de cuidados, pensamentos anómalos,
agressividade
Convulsões,
contrações
musculares
involuntárias,
alteração
coordenação,
movimentos excessivos, amnésia, diminuição da sensação, desordem do discurso,
tonturas ao levantar, desmaios, enxaqueca, pupilas dilatadas
Dor no ouvido, batimentos cardíacos acelerados, tensão alta, rubor
Dificuldades respiratórias, possíveis sibilos, falta de ar, sangramento do nariz
Inflamação do esófago, dificuldade em engolir, hemorroidas, aumento da salivação,
alterações na língua, arrotos
Inchaço dos olhos, manchas roxas na pele, inchaço da face, perda de cabelo, suores
frios, pele seca, urticária, comichão
Osteoartrite, fraqueza muscular, dor de costas, espasmos musculares
Necessidade de urinar durante a noite, incapacidade de urinar, aumento da micção,
aumento da frequência de urinar, problemas a urinar, incontinência urinária
Disfunção sexual, disfunção sexual feminina, menstruação irregular, inchaço nas
pernas, arrepios, febre, fraqueza, sede, aumento dos níveis das enzimas do fígado,
diminuição do peso, aumento do peso.
Raros (podem afetar até 1 em 1.000 pessoas)
Problemas intestinais, infeção no ouvido, cancro, glândulas inchadas, níveis elevados
de colesterol, baixo nível de açúcar no sangue
Sintomas
físicos
devido
stress
emoções,
dependência
substâncias,
perturbação psicótica, paranoia, pensamentos suicidas, sonambulismo, ejaculação
precoce
Coma,
movimentos
alterados,
dificuldades
movimentação,
aumento
sensibilidade, perturbações sensoriais
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Glaucoma, problemas lacrimais, manchas nos campos visuais, visão dupla, dor nos
olhos provocada pela luz, sangue no olho, problemas em controlar os níveis de
açúcar no sangue (diabetes)
Ataque cardíaco, batimentos cardíacos lentos, problemas cardíacos, má circulação
sanguínea nos braços e pernas, aperto na garganta, respiração rápida, respiração
lenta, dificuldade em falar, soluços
Feridas na boca, ulceração da língua, afeções nos dentes, afeções na língua,
ulceração da boca, alterações da função hepática
Problemas da pele com bolhas, erupção folicular, alteração da textura do cabelo,
alteração do odor da pele, problemas ósseos
Diminuição da micção, hesitação urinária
Sangramento vaginal excessivo, secura vaginal, inchaço e vermelhidão do pénis e do
prepúcio, corrimento genital, ereção prolongada, corrimento mamário
Hérnia, tolerância ao fármaco diminuída, dificuldades na marcha, alteração do
sémen, aumento dos níveis de colesterol no sangue, lesões, procedimento de
relaxamento dos vasos sanguíneos.
Casos de pensamentos e comportamentos suicidas foram relatados durante o
tratamento com sertralina ou pouco depois da suspensão do tratamento (ver secção
Após a comercialização da sertralina, foram comunicados os seguintes efeitos
secundários:
Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis):
Diminuição dos glóbulos brancos, diminuição das plaquetas, problemas endócrinos,
baixos níveis de sal no sangue, aumento dos níveis de açúcar no sangue;
Pesadelos, comportamento suicida;
Problemas nos movimentos musculares (como excesso de movimentos, músculos
tensos e dificuldade em caminhar e rigidez, espasmos e movimentos involuntários
dos músculos), dor de cabeça súbita e grave (que pode ser um sinal de uma doença
grave conhecida como Síndrome de Vasoconstrição Reversível Cerebral (SVRC));
Alteração
visão,
pupilas
aumentadas
tamanho
diferente,
problemas
hemorrágicos (como hemorragia no estômago), cicatrização progressiva do tecido
pulmonar (doença pulmonar intersticial), pancreatite, problemas graves na função
hepática, olhos e pele amarela (icterícia);
Edema da pele, reação da pele ao sol, cãibras musculares, aumento mamário,
problemas de coagulação, análises laboratoriais alteradas, incontinência urinária,
atordoamento, desmaio, mal-estar no tórax que podem ser sinais de alterações na
atividade elétrica (observada no eletrocardiograma) ou alteração do ritmo do
coração;
Inflamação do cólon (que causa diarreia)
Efeitos indesejáveis adicionais em crianças e adolescentes
Em ensaios clínicos com crianças e adolescentes, os efeitos indesejáveis foram
geralmente semelhantes aos adultos (ver acima). Os efeitos indesejáveis mais
comuns em crianças e adolescentes foram dor de cabeça, insónia, diarreia e
indisposição.
Sintomas que podem ocorrer após suspensão do tratamento:
Foi observado um risco aumentado de fraturas ósseas em doentes a tomar este tipo
de medicamentos.
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sertralina Aurobindo 50 mg comprimidos revestidos por película
Sertralina Aurobindo 100 mg comprimidos revestidos por película
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido revestido por película contém 50 mg de sertralina (sob a forma de
cloridrato de sertralina).
Cada comprimido revestido por película contém 100 mg de sertralina (sob a forma de
cloridrato de sertralina).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película
Sertralina Aurobindo 50 mg:
Comprimidos revestidos por película, brancos em forma de cápsula com um ‘A’
gravado num dos lados e uma ranhura entre ‘8’ e ‘1’ no outro.
O comprimido pode ser dividido em doses iguais.
Sertralina Aurobindo 100 mg:
Comprimidos revestidos por película, brancos em forma de cápsula com um ‘A’
gravado num dos lados e ‘82’ no outro.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Indicações terapêuticas
A sertralina está indicada para o tratamento de:
Episódios depressivos major. Prevenção de recorrência de episódios depressivos
major.
Perturbação de pânico, com ou sem agorafobia.
Perturbação Obsessiva-Compulsiva (POC) em adultos e doentes pediátricos com 6-17
anos de idade.
Perturbação de ansiedade social.
Perturbação de Stress Pós-Traumático (PTSD).
Posologia e modo de administração
Posologia
Tratamento inicial
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Depressão e POC
O tratamento com sertralina deve ser iniciado com uma dose de 50 mg/dia.
Perturbação de Pânico, PTSD e Perturbação de Ansiedade Social
O tratamento deve ser iniciado com uma dose de 25 mg/dia. Após uma semana, a
dose deverá ser aumentada para 50 mg, uma vez ao dia. Este regime posológico
tem demonstrado reduzir a frequência dos efeitos indesejáveis precoces emergentes
do tratamento, característicos da perturbação de pânico.
Titulação
Depressão, POC, Perturbação de Pânico, Perturbação de Ansiedade Social e PTSD
Os doentes que não respondam a uma dose de 50 mg poderão beneficiar de
aumentos da dose. As alterações na dose devem ser efetuadas em incrementos de
50 mg com intervalos de, pelo menos, uma semana, até à dose máxima de
200 mg/dia. Alterações na dose não devem ser efetuadas mais que uma vez por
semana, tendo em conta as 24 horas de semivida de eliminação da sertralina.
O início do efeito terapêutico pode ser observado dentro de sete dias. No entanto,
são habitualmente necessários períodos mais longos para que se demonstre resposta
terapêutica, especialmente na POC.
Manutenção
A dose durante a terapêutica prolongada deve manter-se no mais baixo nível eficaz,
com ajustes subsequentes consoante a resposta terapêutica.
Depressão
O tratamento prolongado pode também ser apropriado na prevenção da recorrência
de episódios depressivos major (EDM). Na maioria dos casos, a dose recomendada
na prevenção da recorrência de EDM é igual à utilizada durante o episódio corrente.
Os doentes com depressão devem ser tratados por um período de tempo suficiente,
de pelo menos 6 meses, para assegurar que estão livres de sintomas.
Perturbação de pânico e POC
Deve-se avaliar regularmente o tratamento continuado na perturbação de pânico e
POC, uma vez que não se demonstrou a prevenção de recaídas nestas perturbações.
Idosos
A dose deve ser ajustada com precaução em idosos, uma vez que o risco de
hiponatremia pode estar aumentado (ver secção 4.4).
Insuficiência hepática
A utilização da sertralina em doentes com insuficiência hepática deve ser feita com
precaução.
doentes
compromisso
hepático,
deve
considerada
utilização de uma dose menor ou menos frequente (ver secção 4.4). A sertralina não
deve ser utilizada nos casos de compromisso hepático grave, uma vez que não estão
disponíveis dados clínicos (ver secção 4.4).
Insuficiência renal
Não é necessário ajuste de dose em doentes com insuficiência renal (ser secção 4.4).
APROVADO EM
20-09-2020
INFARMED
População pediátrica
Crianças e adolescentes com perturbação obsessiva compulsiva
13-17 anos: inicialmente 50 mg, uma vez ao dia.
6-12 anos: inicialmente 25 mg, uma vez ao dia. A dose pode ser aumentada para
50 mg, uma vez ao dia, após uma semana.
As doses subsequentes podem ser aumentadas, nos casos em que resposta é inferior
ao desejado, em incrementos de 50 mg durante algumas semanas, conforme
necessário. A dose máxima é de 200 mg por dia. No entanto, quando ocorrem
aumentos em relação à dose de 50 mg, deve ter-se em consideração o peso
corporal, geralmente inferior nas crianças em comparação com os adultos. As
alterações da dose não devem ocorrer em intervalos inferiores a uma semana.
Não foi demonstrada eficácia em doentes pediátricos com depressão major.
Não estão disponíveis dados relativos a crianças com idade inferior a 6 anos (ver
também secção 4.4).
Modo de administração
A sertralina deve ser administrada em toma única diária de manhã ou à noite.
Os comprimidos de sertralina podem ser administrados com ou sem alimentos.
Sintomas de privação observados na suspensão da sertralina
A suspensão abrupta deve ser evitada. Quando se interrompe o tratamento com
sertralina, a dose deve ser gradualmente reduzida ao longo de um período de, pelo
menos, uma a duas semanas, a fim de reduzir o risco de reações de privação (ver
secções 4.4 e 4.8). Caso ocorram sintomas intoleráveis após uma diminuição da
dose ou suspensão do tratamento, poderá considerar-se retomar a dose prescrita
anteriormente. Subsequentemente, o médico pode continuar a diminuir a dose, mas
a um ritmo mais gradual.
Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados
na secção 6.1.
A administração concomitante de inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) está
contraindicada, devido ao risco de síndrome serotoninérgica que inclui sintomas
como agitação, tremor e hipertermia. O tratamento com sertralina não deve ser
iniciado no período de, pelo menos, 14 dias após a suspensão do tratamento com um
IMAO irreversível. A sertralina deve ser interrompida, pelo menos, 7 dias antes do
início do tratamento com um IMAO irreversível (ver secção 4.5).
A administração concomitante da pimozida é contraindicada (ver secção 4.5).
Advertências e precauções especiais de utilização
Síndrome
Serotonina
(SS)
Síndrome
Neuroléptica
Maligna
(SNM)
desenvolvimento
síndromes
potencialmente
fatais
como
Síndrome
APROVADO EM
20-09-2020
INFARMED
Serotonina (SS) ou Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM) foi relatada com ISRS,
incluindo o tratamento com sertralina. O risco de SS ou SNM com ISRSs aumenta
com o uso concomitante de outros medicamentos serotoninérgicos (incluindo outro
antidepressivos serotoninérgicos, triptanos), com medicamentos que comprometem
o metabolismo da serotonina (incluindo IMAOs, por exemplo, azul de metileno),
antipsicóticos e outros antagonistas da dopamina, e com fármacos opiáceos. Os
doentes devem ser monitorizados para o aparecimento de sinais e sintomas da SS
ou SNM (ver secção 4.3).
Mudança do tratamento iniciado com inibidores seletivos da recaptação da serotonina
(ISRS), antidepressivos ou fármacos para o tratamento da POC
A experiência referente a ensaios controlados é limitada no que se refere à ocasião
considerada
ótima
para
mudar
tratamento
ISRSs,
antidepressivos
fármacos para o tratamento da POC para a sertralina. Deverá efetuar-se uma
avaliação médica cuidada e prudente aquando desta mudança de tratamento,
particularmente no caso de fármacos de ação prolongada, como a fluoxetina.
Outros fármacos serotoninérgicos p.ex. triptofano, fenfluramina e agonistas 5-HT
A administração concomitante de sertralina e outros fármacos que aumentam os
efeitos da neurotransmissão serotoninérgica, tais como triptofano ou fenfluramina ou
agonistas 5-HT, ou o produto à base de hipericão (Hypericum perforatum), deve ser
efetuada com precaução e evitada sempre que possível, atendendo ao potencial
desenvolvimento de interações farmacodinâmicas.
Prolongamento do QTc/Torsade de Pointes (TdP)
Foram notificados casos de prolongamento do QTc e de Torsade de Pointes (TdP)
com a utilização de sertralina durante o período de pós-comercialização. A maioria
dos casos notificados ocorreu em doentes com outros fatores de risco para o
prolongamento de QTc/TdP. Assim, a sertralina deve ser utilizada com precaução em
doentes com fatores de risco para prolongamento do QTc.
Ativação de hipomania ou mania
Foram notificados sintomas maníacos/hipomaníacos emergentes numa pequena
proporção de doentes tratados com fármacos antidepressivos e para o tratamento da
POC, incluindo a sertralina. Assim, a sertralina deve ser utilizada com precaução em
doentes com história de mania/hipomania. É necessário o seguimento do doente pelo
médico. A sertralina deverá ser suspensa nos doentes que entrem numa fase
maníaca.
Esquizofrenia
Os sintomas psicóticos podem ser agravados em doentes esquizofrénicos.
Crises epiléticas
Podem ocorrer crises epiléticas com o tratamento com sertralina: a sertralina deve
ser evitada em doentes com epilepsia instável e os doentes com epilepsia controlada
devem ser cuidadosamente monitorizados. A sertralina deverá ser descontinuada em
qualquer doente que desenvolva crises epiléticas.
Suicídio/ideação suicida/tentativa de suicídio ou agravamento da situação clínica
depressão
está
associada
aumento
risco
ideação
suicida,
autoagressividade
suicídio
(pensamentos/comportamentos
relacionados
APROVADO EM
20-09-2020
INFARMED
suicídio). O risco prevalece até que ocorra remissão significativa dos sintomas. Como
durante as primeiras semanas, ou mais, de tratamento pode não se verificar
qualquer melhoria, os doentes deverão ter uma vigilância mais rigorosa até que essa
melhoria ocorra. De acordo com a experiência clínica geral, o risco de suicídio pode
estar aumentado nas fases iniciais da recuperação.
Outros distúrbios psiquiátricos para os quais a sertralina é prescrita podem estar
associados ao aumento do risco de ideação/comportamentos relacionados com o
suicídio. Adicionalmente, estas condições podem ser comórbidas com os distúrbios
depressivos major. Consequentemente, deverão ser tomadas as mesmas precauções
que aquando do tratamento de doentes com distúrbios depressivos major e durante
o tratamento de doentes com outras doenças psiquiátricas.
doentes
história
pensamentos/comportamentos
relacionados
suicídio, que apresentem um grau significativo destes sintomas antes do início do
tratamento, apresentam também um maior risco de ideação suicida ou de tentativa
de suicídio, devendo, por este motivo, ser cuidadosamente monitorizados durante o
tratamento. Uma meta-análise de ensaios clínicos controlados com placebo em
adultos
distúrbios
psiquiátricos
demonstrou
aumento
risco
comportamentos relacionados com o suicídio em doentes com menos de 25 anos a
tomar antidepressivos, comparativamente aos doentes a tomar placebo.
A terapêutica medicamentosa deverá ser acompanhada de uma monitorização
rigorosa, em particular nos doentes de maior risco, especialmente na fase inicial do
tratamento ou na sequência de alterações posológicas. Os doentes, e os prestadores
de cuidados de saúde, devem ser alertados para a necessidade de monitorização
relativamente
qualquer
agravamento
situação
clínica,
pensamentos/comportamentos
relacionados
suicídio
para
procurar
assistência médica imediatamente caso estes ocorram.
População pediátrica
A sertralina não deve ser utilizada no tratamento de crianças e adolescentes com
idade inferior a 18 anos, exceto nos casos de doentes com perturbação obsessivo-
compulsiva com 6-17 anos de idade. Foram observados com maior frequência
comportamentos relacionados com o suicídio (tentativa de suicídio e ideação suicida)
e hostilidade (predominantemente agressão, comportamento de oposição e cólera)
em ensaios clínicos com crianças e adolescentes tratados com antidepressivos, em
comparação com os que se encontravam a tomar placebo. Se, não obstante, com
base na necessidade clínica, a decisão de tratamento for tomada, o doente deve ser
rigorosamente monitorizado em relação ao aparecimento de sintomas suicidas. As
evidências clínicas existentes, relativamente aos dados de segurança a longo prazo
em crianças e adolescentes, são limitadas e incluem efeitos no crescimento, na
maturação
sexual
e no
desenvolvimento
cognitivo
comportamental. Após
comercialização foram notificados alguns casos de atraso na puberdade e no
crescimento. A causalidade e relevância clínica são ainda incertas (ver na secção 5.3
os dados de segurança pré-clínica correspondentes). Os médicos devem monitorizar
os doentes pediátricos em tratamento prolongado para alterações no crescimento e
desenvolvimento.
Alterações hemorrágicas/hemorragia
APROVADO EM
20-09-2020
INFARMED
Foram notificados casos de alterações hemorrágicas associadas à utilização de
ISRSs,
incluindo
hemorragias
cutâneas
(equimoses
púrpura)
outros
acontecimentos hemorrágicos como hemorragias gastrintestinais ou ginecológicas,
incluindo hemorragias fatais. Recomenda-se precaução aos doentes a tomar ISRSs,
em particular em uso concomitante com fármacos que tenham efeito na função
plaquetária (por exemplo, anticoagulantes, antipsicóticos atípicos e fenotiazidas, a
maioria dos antidepressivos tricíclicos, ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios não
esteroides
(AINEs)),
assim
como
doentes
história
alterações
hemorrágicas (ver secção 4.5).
Hiponatremia
Pode ocorrer hiponatremia como resultado do tratamento com ISRSs ou ISRNs,
incluindo sertralina. Em muitos casos, a hiponatremia aparenta ser o resultado de
uma síndrome de secreção inadequada de hormona antidiurética (SIHAD). Foram
notificados casos de níveis séricos de sódio inferiores a 110 mmol/l.
Os doentes idosos podem apresentar um risco acrescido de desenvolvimento de
hiponatremia com ISRSs e ISRNs. Doentes em tratamento com diuréticos ou que
estejam com depleção do volume também podem apresentar risco acrescido (ver
Utilização no idoso). Deve ser considerada a suspensão da sertralina e instituição da
intervenção médica adequada nos doentes com hiponatremia sintomática. Os sinais
sintomas
hiponatremia
incluem
cefaleia,
dificuldades
concentração,
compromisso da memória, confusão, fraqueza e instabilidade, o que pode levar a
quedas. Os sinais e sintomas associados a casos mais graves e/ou agudos incluíram
alucinações, síncope, convulsões, coma, paragem respiratória e morte.
Sintomas de privação observados na suspensão do tratamento com sertralina
Os sintomas de privação são comuns quando o tratamento é interrompido, sobretudo
se for interrompido abruptamente (ver secção 4.8). Em ensaios clínicos, entre os
doentes tratados com sertralina, a incidência de reações de privação notificadas foi
de 23% nos que interromperam o tratamento com sertralina comparado aos 12%
nos que continuaram a tomar sertralina.
O risco de sintomas de privação pode estar dependente de vários fatores, incluindo a
duração e dose do tratamento e a taxa de redução da dose. As reações notificadas
com maior frequência foram tonturas, distúrbios sensoriais (incluindo parestesia),
distúrbios do sono (incluindo insónia e sonhos intensos), agitação ou ansiedade,
náuseas e/ou vómitos, tremor e cefaleia. Estes sintomas são, geralmente, ligeiros a
moderados; contudo, em alguns doentes podem ser de intensidade grave. Ocorrem,
normalmente, nos primeiros dias após a suspensão do tratamento, contudo houve
notificações muito raras destes sintomas em doentes que falharam uma dose
inadvertidamente.
Estes
sintomas
são,
geralmente,
limitados
normalmente
resolvem-se
semanas, podendo ser prolongados (2-3 meses ou mais) em alguns indivíduos.
Portanto, aquando da suspensão do tratamento, é recomendada a diminuição
gradual da sertralina por um período de algumas semanas ou meses, conforme as
necessidades do doente (ver secção 4.2).
Acatisia/instabilidade psicomotora
A utilização de sertralina tem sido associada ao desenvolvimento de acatisia,
caracterizado
por uma
instabilidade
desagradável
subjetiva
perturbadora e
APROVADO EM
20-09-2020
INFARMED
necessidade de agitar, muitas vezes acompanhada por uma incapacidade de sentar
ou permanecer quieto. A probabilidade de ocorrência é maior nas primeiras semanas
tratamento.
aumento
dose
pode
prejudicial
doentes
desenvolvem estes sintomas.
Compromisso hepático
A sertralina é extensivamente metabolizada pelo fígado. Um estudo farmacocinético
de doses múltiplas em doentes com cirrose hepática ligeira, estável, demonstrou um
prolongamento da semivida de eliminação e uma AUC e Cmax aproximadamente três
vezes superior em comparação com indivíduos saudáveis. Não foram observadas
diferenças significativas na ligação às proteínas plasmáticas entre os dois grupos. A
utilização da sertralina em doentes com doença hepática deve ser feita com
precaução.
doentes
compromisso
hepático,
deve
considerada
utilização de uma dose menor ou menos frequente. A sertralina não deve ser
utilizada em doentes com compromisso hepático grave (ver secção 4.2).
Compromisso renal
A sertralina é extensivamente metabolizada, sendo a excreção do fármaco inalterado
na urina uma via menor de eliminação. Em estudos de doentes com compromisso
renal ligeiro a moderado (depuração da creatinina 30-60 ml/min), ou moderado a
grave (depuração da creatinina 10-29 ml/min) os parâmetros farmacocinéticos de
doses múltiplas (AUC0-24 ou Cmax) não foram significativamente diferentes quando
comparados com os grupos de controlo. Não é necessário qualquer ajuste na dose de
sertralina a administrar em função do grau de compromisso renal.
Utilização no idoso
Mais de 700 doentes idosos (> 65 anos) participaram em ensaios clínicos O padrão e
a incidência de reações adversas nos idosos foram semelhantes aos dos doentes
mais jovens.
Os ISRSs e os ISRNs, incluindo sertralina foram, contudo, associados a casos de
hiponatremia clinicamente significativa em doentes idosos, que poderão apresentar
um risco acrescido para este acontecimento adverso (ver Hiponatremia na secção
4.4).
Diabetes
Em doentes com diabetes, o tratamento com ISRS pode alterar o controlo glicémico.
A insulina e/ ou hipoglicemiantes orais podem necessitar de ser ajustados.
Terapia electroconvulsiva (TEC)
Não existem estudos clínicos que estabeleçam os riscos ou os benefícios da utilização
combinada de TEC e sertralina.
Sumo de toranja
A administração de sertralina com sumo de toranja não é recomendada (ver secção
4.5).
Interferência com testes de rastreio na urina
Têm sido notificados falsos positivos nos imunoensaios à urina de triagem para as
benzodiazepinas
doentes
tomar
sertralina.
Isto
devido
falta
especificidade dos testes de rastreio. Os resultados falsos positivos podem ser
APROVADO EM
20-09-2020
INFARMED
esperados durante vários dias após a suspensão da terapia com sertralina. Os testes
de confirmação, tais como cromatografia gasosa/ espectrometria de massa, irão
distinguir a sertralina de compostos benzodiazepínicos.
Glaucoma de ângulo fechado
Os ISRSs, incluindo a sertralina podem ter um efeito sobre o tamanho da pupila,
resultando em midríase. Este efeito midriático tem o potencial para reduzir o ângulo
de olho resultando no aumento da pressão intraocular e glaucoma de ângulo
fechado, especialmente em doentes com predisposição. A sertralina deve ser usada
com precaução em doentes com glaucoma de ângulo fechado ou história de
glaucoma.
Interações medicamentosas e outras formas de interação
Contraindicados
Inibidores da Monoaminoxidase
IMAO irreversíveis (não seletivos) (selegilina)
sertralina não
deve
utilizada
tratamento
concomitante
IMAOs
irreversíveis como a selegilina. O tratamento com sertralina não deve ser iniciado no
período de, pelo menos, 14 dias após a suspensão do tratamento com um IMAO
irreversível. A sertralina deve ser suspensa, pelo menos, 7 dias antes do início do
tratamento com um IMAO irreversível (ver secção 4.3).
Inibidor reversível seletivo da MAO-A (moclobemida)
Devido ao risco de síndrome serotoninérgica, a utilização concomitante de sertralina
e um IMAO seletivo, como a moclobemida, não deve ser feita. Após o tratamento
com um IMAO reversível, pode ser feito um período de suspensão inferior a 14 dias
antes do início do tratamento com sertralina. Recomenda-se a suspensão da
sertralina, pelo menos, 7 dias antes do início do tratamento com um IMAO reversível
(ver secção 4.3).
IMAO reversível não seletivo (linezolida)
O antibiótico linezolida é um IMAO reversível e não seletivo fraco e não deve ser
administrado a doentes tratados com sertralina (ver secção 4.3).
Foram notificadas reações adversas graves em doentes que tinham descontinuado
um IMAO (por exemplo, azul de metileno) recentemente e iniciado o tratamento com
sertralina, ou em tratamento recente com sertralina suspensa antes do início do
tratamento com IMAO. Estas reações incluíram tremor, mioclonia, diaforese, náusea,
vómitos, rubor, tonturas e hipertermia com características semelhantes às da
síndrome maligna dos neurolépticos, ataques epiléticos e morte.
Pimozida
Foi demonstrado aumento dos níveis de pimozida, de aproximadamente 35%, num
estudo de utilização deste fármaco em dose baixa única (2 mg). Este aumento não
foi associado a alterações no ECG. No entanto, dada o estreito índice terapêutico da
pimozida
mecanismo
desta
interação
desconhecido,
administração concomitante de sertralina e pimozida é contraindicada (ver secção
4.3).
APROVADO EM
20-09-2020
INFARMED
A administração concomitante com a sertralina não é recomendada
Depressores do SNC e álcool
Em indivíduos saudáveis, a administração concomitante de sertralina na dose diária
de 200 mg não potenciou os efeitos do álcool, carbamazepina, haloperidol ou
fenitoína, sobre o desempenho cognitivo e psicomotor. Contudo, não é recomendada
a administração concomitante de sertralina e álcool.
Outros fármacos serotoninérgicos
Ver secção 4.4.
É também aconselhado precaução com fentanilo (utilizado em anestesia geral ou no
tratamento da dor crónica), outros fármacos serotoninérgicos (incluindo outros
antidepressivos serotoninérgicos, triptanos) e com outros fármacos opiáceos.
Precauções especiais
Fármacos que prolongam o intervalo QT
O risco de prolongamento do QTc e/ou arritmias ventriculares (por ex. TdP) pode ser
aumentado com a utilização concomitante de outros fármacos que prolongam o
intervalo QTc (por ex. alguns antipsicóticos e antibióticos) (ver secção 4.4).
Lítio
Num ensaio clínico controlado com placebo, efetuado em voluntários saudáveis, a
administração concomitante de sertralina e lítio não alterou a farmacocinética do
lítio, embora tenha resultado num aumento do tremor relativamente ao placebo,
indicando, assim, a existência de uma possível interação farmacodinâmica. Os
doentes
devem
adequadamente
monitorizados
aquando
administração
concomitante de sertralina e lítio.
Fenitoína
Um ensaio clínico controlado com placebo, efetuado em voluntários saudáveis,
sugeriu que a administração crónica de 200 mg/dia de sertralina não causa inibição
clinicamente importante no metabolismo da fenitoína. No entanto, como algumas
notificações resultaram de elevada exposição à fenitoína em doentes a utilizar
sertralina, recomenda-se a monitorização das concentrações plasmáticas de fenitoína
após o início da terapêutica com sertralina, com ajustes adequados da dose de
fenitoína. Além disso, a administração concomitante de fenitoína pode provocar uma
redução dos níveis plasmáticos de sertralina. Não pode ser excluída a possibilidade
outros
indutores
CYP3A4,
exemplo,
fenobarbital,
carbamazepina,
hipericão, rifampicina, poderem causar uma redução dos níveis plasmáticos de
sertralina.
Triptanos
Durante o período de pós-comercialização foram notificados casos raros de fraqueza,
hiperreflexia, descoordenação, confusão, ansiedade e agitação após a administração
de sertralina e sumatriptano. Os sintomas da síndrome serotoninérgica também
podem ocorrer com outros medicamentos da mesma classe (triptanos). Se a
terapêutica
concomitante
sertralina
triptanos
clinicamente
necessária,
aconselha-se a observação adequada do doente (ver secção 4.4).
APROVADO EM
20-09-2020
INFARMED
Varfarina
administração
concomitante
sertralina,
dose
diária
de 200 mg,
varfarina, resultou num pequeno, mas estatisticamente significativo, aumento no
tempo de protrombina, o que pode em alguns casos raros desequilibrar o valor de
INR. Assim, o tempo de protrombina deve ser cuidadosamente monitorizado quando
se inicia ou interrompe a terapêutica com a sertralina.
Outras interações medicamentosas, digoxina, atenolol, cimetidina
A administração concomitante com cimetidina causou uma diminuição substancial na
depuração da sertralina. Desconhece-se o significado clínico destas alterações. A
sertralina não teve efeito na atividade bloqueadora beta-adrenérgica do atenolol.
Não se observaram interações da sertralina, na dose diária de 200 mg, com a
digoxina.
Fármacos que afetam a função plaquetária
O risco de hemorragia pode ser aumentado quando fármacos com efeito na função
plaquetária (ex: AINEs, ácido acetilsalicílico e ticlopidina), ou outros fármacos que
possam aumentar o risco de hemorragia são administrados concomitantemente com
ISRSs, incluindo sertralina (ver secção 4.4).
Bloqueadores neuromusculares
ISRSs
podem
reduzir
atividade
colinesterásica
plasmática
resultando no
prolongamento da ação bloqueadora neuromuscular do mivacúrio ou de outros
bloqueadores neuromusculares.
Fármacos metabolizados pelo citocromo P450
A sertralina pode atuar como um inibidor ligeiro a moderado de CYP 2D6. A
administração
crónica
50 mg
diários
sertralina
mostrou
aumento
moderado (média 23%-37%) dos níveis plasmáticos de desipramina (um marcador
atividade
isoenzima
CYP 2D6)
estado
estacionário.
Podem
ocorrer
interações clinicamente significativas com outros substratos da CYP 2D6 que tenham
um índice terapêutico estreito, tal como antiarrítmicos de classe 1C como a
propafenona e a flecainida, ATCs e antipsicóticos típicos, sobretudo com doses
elevadas de sertralina.
A sertralina não atua como inibidor da CYP 3A4, CYP 2C9, CYP 2C19, e CYP 1A2 em
grau clinicamente significativo. Tal foi confirmado por estudos de interação in vivo
substratos
CYP 3A4
(cortisol
endógeno,
carbamazepina,
terfenadina,
alprazolam), substrato diazepam da CYP 2C19 e substratos da CYP 2C9, tolbutamida,
glibenclamida e fenitoína. Estudos in vitro indicam que a sertralina tem pouco, ou
nenhum, potencial para inibir a CYP 1A2.
A ingestão de três copos de sumo de toranja por dia aumentou os níveis plasmáticos
de sertralina em cerca de 100% num estudo cross-over em oito indivíduos saudáveis
japoneses. Portanto, a ingestão de sumo de toranja deve ser evitada durante o
tratamento com sertralina (ver secção 4.4).
Com base no estudo de interação com o sumo de toranja, não pode excluir-se que a
administração concomitante de sertralina e potentes inibidores do CYP3A4, por
exemplo, inibidores de protease, cetoconazol, itraconazol, posaconazol, voriconazol,
claritromicina, telitromicina e nefazodona, resultaria em aumentos ainda maiores na