Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
04-03-2019
10-10-2016
APROVADO EM
04-03-2019
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Sertralina Aserta 50 mg comprimidos revestidos por película
Sertralina Aserta 100 mg comprimidos revestidos por película
Sertralina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento, pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Sertralina Aserta e para que é utilizado.
2. O que precisa de saber antes de tomar Sertralina Aserta.
3. Como tomar Sertralina Aserta.
4. Efeitos secundários possíveis.
5. Como conservar Sertralina Aserta.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações.
1. O que é Sertralina Aserta e para que é utilizado
Sertralina Aserta contém a substância ativa sertralina. A sertralina pertence a um grupo
de medicamentos denominados Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina
(ISRSs); estes medicamentos são utilizados para tratar a depressão e/ou perturbações de
ansiedade.
Sertralina Aserta pode ser utilizado para tratar:
- Depressão e prevenção da recorrência da depressão (em adultos).
- Perturbação de ansiedade social (em adultos).
- Perturbação de stress pós-traumático (PTSD) (em adultos).
- Perturbação de pânico (em adultos).
- Perturbação obsessiva-compulsiva (POC) (em adultos e crianças e adolescentes com
6-17 anos de idade).
A depressão é uma condição clínica com sintomas como sentimento de tristeza,
incapacidade de dormir corretamente ou de apreciar a vida como costumava.
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A POC e a perturbação de pânico são doenças associadas a ansiedade com sintomas
como sentimento de constante incómodo por ideias persistentes (obsessões) que o
levam a desempenhar rituais repetitivos (compulsões).
A PTSD é uma condição que pode ocorrer após uma experiência emocional muito
traumática e apresenta alguns sintomas que são similares a depressão e ansiedade. A
perturbação de ansiedade social (fobia social) é uma doença associada à ansiedade. É
caracterizada por sensações de ansiedade intensa ou nervosismo em situações sociais
(por exemplo: falar com estranhos, falar à frente de grupos de pessoas, comer ou beber
à frente de outros ou receio de poder comportar-se de maneira embaraçosa).
O seu médico decidiu que este medicamento é indicado para tratar a sua doença.
Deve consultar o seu médico caso tenha dúvidas quanto ao motivo da prescrição de
Sertralina Aserta.
2. O que precisa de saber antes de tomar Sertralina Aserta
Não tome Sertralina Aserta:
- Se tem alergia à sertralina ou a qualquer outro componente de Sertralina Aserta
(indicados na secção 6).
- Se está a tomar, ou tomou, medicamentos denominados inibidores da
monoaminoxidase (IMAOs como selegilina, moclobemida) ou fármacos semelhantes
aos IMAOs (como linezolida). Se parar o tratamento com sertralina, deve esperar, pelo
menos, uma semana antes de iniciar o tratamento com um IMAO. Após parar o
tratamento com um IMAO, deve esperar, pelo menos, 2 semanas antes de iniciar o
tratamento com sertralina.
-Se está a tomar outro medicamento denominado pimozida (um medicamento para
perturbações mentais como a psicose).
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Sertalina Aserta
Os medicamentos nem sempre são adequados para todas as pessoas. Informe o seu
médico antes de tomar Sertralina Aserta caso sofra, ou tenha sofrido no passado, de
qualquer uma das seguintes condições:
- Se tem epilepsia (convulsão) ou antecedentes de crises epiléticas. Caso tenha uma
crise epilética (convulsão), contacte o seu médico imediatamente.
- Se sofreu de doença maníaca depressiva (doença bipolar) ou esquizofrenia. Caso tenha
um episódio maníaco, contacte o seu médico imediatamente.
- Se tem, ou teve anteriormente, pensamentos suicidas ou de autoagressão (ver abaixo
pensamentos suicidas e agravamento da depressão ou perturbação da ansiedade).
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- Se tem Síndrome Serotoninérgica. Em casos raros, esta síndrome pode ocorrer quando
toma certos medicamentos ao mesmo tempo que a sertralina. (Para sintomas, ver secção
4. Efeitos secundários possíveis). O seu médico deve tê-lo informado se sofreu desta
condição no passado.
- Se tem baixo nível de sódio no sangue, uma vez que pode ser resultado do tratamento
com Sertralina Aserta. Também deverá informar o seu médico caso esteja a tomar
certos medicamentos para a hipertensão, uma vez que estes medicamentos também
podem alterar os níveis de sódio no sangue.
- Caso seja idoso, uma vez que pode ter um risco aumentado de ter um baixo nível de
sódio no sangue (ver acima).
- Se tem doença hepática; o seu médico poderá decidir que deve tomar uma dose mais
baixa de Sertralina Aserta.
- Se tem diabetes; os seus níveis de glicose podem ser alterados devido a Sertralina
Aserta e os seus medicamentos para a diabetes podem necessitar de ajustes na dose.
- Se sofre de perturbações hemorrágicas ou se está a tomar medicamentos que
aumentem a fluidez do sangue (por exemplo ácido acetilsalicílico ou varfarina) ou que
possam aumentar o risco de perda de sangue (hemorragia).
- Se for uma criança ou adolescente com idade inferior a 18 anos. Sertralina Aserta deve
apenas ser utilizado para tratar crianças e adolescentes com idades entre os 6-17 anos,
que sofram de perturbação obsessiva compulsiva (POC). Se estiver a ser tratado para
esta perturbação, o seu médico irá querer monitorizá-lo de perto (ver abaixo - Crianças
e adolescentes).
- Se estiver a fazer terapia electroconvulsiva (TEC).
- Se tiver problemas no olho, tais como certos tipos de glaucoma (aumento da pressão
no olho).
- Se lhe foi dito que tem uma anomalia no seu coração detetada após um
eletrocardiograma (ECG) conhecida como prolongamento do intervalo QT.
Acatísia/inquietude:
A utilização de sertralina tem sido associada a uma instabilidade perturbadora e
necessidade
de agitar, muitas vezes acompanhada por uma incapacidade de estar ou permanecer
quieto
(acatísia). A probabilidade de ocorrência é maior nas primeiras semanas de tratamento.
O aumento da dose pode ser prejudicial, por isso se desenvolver estes sintomas contacte
imediatamente o seu médico.
Reações de privação:
Efeitos secundários relacionados com a interrupção do tratamento (reações de privação)
são comuns, sobretudo se o tratamento for interrompido abruptamente (ver secção 3. Se
parar de tomar Sertralina Aserta e secção 4. Efeitos secundários possíveis).O risco de
reações de privação depende da duração do tratamento, da dose e da taxa de redução da
dose. Em regra, tais sintomas são, geralmente, ligeiros a moderados, no entanto, podem
ser graves em alguns doentes. Ocorrem habitualmente nos primeiros dias após a
interrupção do tratamento. De um modo geral, tais sintomas desaparecem em 2
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semanas. Em alguns doentes podem durar mais tempo (2-3 meses ou mais). Aquando
da interrupção do tratamento com sertralina, é recomendada a redução gradual da dose
durante um período de algumas semanas ou meses, devendo sempre discutir a melhor
forma de interromper o tratamento com o seu médico.
Pensamentos suicidas e agravamento da depressão ou perturbação da ansiedade:
Se se encontra deprimido e/ou tem perturbações de ansiedade pode, por vezes, pensar
em autoagredirse ou suicidar-se. Estes pensamentos podem aumentar no início do
tratamento com antidepressivos, pois estes medicamentos demoram cerca de duas
semanas a fazerem-se sentir mas, por vezes, pode demorar mais tempo.
Poderá estar mais predisposto a ter este tipo de pensamentos nas seguintes situações:
- Se tem antecedentes de ter pensamentos sobre suicidar-se ou autoagredirse.
- Se é um jovem adulto. A informação proveniente de ensaios clínicos revelou um
maior risco de comportamento suicida em indivíduos adultos com menos de 25 anos de
idade com problemas psiquiátricos tratados com antidepressivos.
Se em qualquer momento tiver pensamentos de autoagressão ou suicídio deverá
contactar o seu médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital.
Poderá ser útil para si contar a uma pessoa próxima de si, ou a um familiar, que se
encontra deprimido, ou que tem perturbações de ansiedade, e dar-lhes este folheto a ler.
Poderá também solicitar-lhes que o informem caso verifiquem um agravamento do seu
estado de depressão ou ansiedade, ou se ficarem preocupados com alterações no seu
comportamento.
Crianças e adolescentes:
A sertralina não deve, normalmente, ser utilizada em crianças e adolescentes com idade
inferior a 18 anos, exceto no caso de doentes com Perturbação Obsessiva-Compulsiva
(POC). Doentes com idade inferior a 18 anos apresentam um risco acrescido de efeitos
indesejáveis tais como, tentativa de suicídio, pensamentos sobre autoagressão e suicídio
(ideação suicida) e hostilidade (predominantemente agressão, comportamento de
oposição e cólera), quando tomam medicamentos desta classe. Apesar disso, o médico
poderá prescrever Sertralina Aserta para doentes com idade inferior a 18 anos quando
decida que tal é necessário. Se o seu médico prescreveu Sertralina Aserta para um
doente com menos de 18 anos e gostaria de discutir esta questão, volte a contactá-lo.
Deverá informar o seu médico se algum dos sintomas acima mencionados se
desenvolver ou piorar quando doentes com menos de 18 anos estejam a tomar Sertralina
Aserta. Não foram ainda demonstrados os efeitos de segurança da sertralina a longo
prazo, no que respeita ao crescimento, à maturação e à aprendizagem (cognição) o e
desenvolvimento comportamental neste grupo etário.
Outros medicamentos e Sertralina Aserta
Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente, ou se vier a
tomar outros medicamentos.
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Alguns medicamentos podem afetar o modo como Sertralina Aserta atua, ou Sertralina
Aserta pode reduzir a efetividade de outros medicamentos tomados ao mesmo tempo.
Tomar Sertralina Aserta com os medicamentos seguintes pode causar efeitos
secundários graves:
- Medicamentos denominados inibidores da monoamino-oxidase (IMAOs) como a
moclobemida (para tratar a depressão), selegilina (para tratar a doença de Parkinson), o
antibiótico linezolida e azul de metileno (para tratar os níveis elevados de
metaemoglobina no sangue). Não utilize Sertralina Aserta com estes medicamentos.
- Medicamentos para tratar perturbações mentais (pimozida). Não utilize Sertralina
Aserta com pimozida.
Informe o seu médico se estiver a tomar algum dos medicamentos seguintes:
- Produtos medicinais que contenham hipericão (Hipericum perforatum). Os efeitos do
hipericão podem prolongar-se por 1-2 semanas.
- Produtos que contenham o aminoácido triptofano.
- Medicamentos para tratar a dor de forte intensidade (por exemplo tramadol).
- Medicamentos utilizados em anestesia ou para tratar a dor crónica (fentanilo,
mivacúrio,suxametónio).
- Medicamentos para tratar enxaquecas (por exemplo sumatriptano).
- Medicamentos para diminuir a fluidez do sangue (varfarina).
- Medicamentos para o tratamento da dor/artrite (anti-inflamatórios não esteroides
(AINEs) como o ibuprofeno, ácido acetilsalicílico).
- Sedativos (diazepam).
- Diuréticos.
- Medicamentos para tratar a epilepsia (fenitoína, fenobarbital, carbamazepina).
- Medicamentos para tratar a diabetes (tolbutamida).
Medicamentos para tratar o excesso de ácido no estômago,úlceras e azia (cimetidina,
omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol).
- Medicamentos para tratar a mania e depressão (lítio).
- Outros medicamentos para tratar a depressão (como amitriptilina, nortriptilina,
nefazodona,fluoxetina, fluvoxamina).
- Medicamentos para tratar esquizofrenia e outras perturbações mentais (como
perfenazina, levomepromazina e olanzapina).
- Medicamentos utilizados para tratar a tensão arterial elevada, dor no peito ou regular a
taxa e o ritmo do coração (como o verapamilo, diltiazem, flecainida, propafenona).
- Medicamentos utilizados no tratamento de infeções por bactérias (como a rifampicina,
claritromicina, telitromicina, eritromicina).
- Medicamentos utilizados no tratamento de infeções por fungos (como o cetoconazol,
itraconazol, posaconazol, voriconazol, fluconazol).
- Medicamentos utilizados no tratamento de VIH/SIDA e Hepatite C (inibidores da
protéase, como o ritonavir, telaprevir).
- Medicamentos utilizados na prevenção de náuseas e vómitos após uma operação ou
quimioterapia (aprepitant).
- Medicamentos que aumentam o risco de alterações na atividade eletrica do coração
(por exemplo alguns antipsicóticos e antibióticos)
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Sertralina Aserta com alimentos, bebidas e álcool
Sertralina Aserta comprimidos pode ser tomado com ou sem alimentos.
Deve ser evitado o álcool enquanto estiver a tomar Sertralina Aserta.
A sertralina não deve ser tomada com sumo de toranja pois pode aumentar o nível de
sertralina no seu organismo.
Gravidez, amamentação e fertilidade:
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte
o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
A segurança da sertralina não foi estabelecida na mulher grávida. A sertralina apenas
será utilizada por si enquanto estiver grávida caso o seu médico considere que o
benefício para si é superior a quaisquer riscos possíveis para o bebé em
desenvolvimento.
Se for uma mulher em idade fértil deve utilizar um método contracetivo adequado
(como a pílula contracetiva) enquanto estiver a tomar sertralina.
Certifique-se que o seu médico e/ou o pessoal de enfermagem sabem que está a tomar
sertralina. Quando tomados durante a gravidez, sobretudo nos últimos 3 meses de
gravidez, os medicamentos como Sertralina Aserta podem aumentar o risco de uma
condição grave nos bebés chamada hipertensão pulmonar persistente no recém-nascido
(HPPN), que faz com que o bebé respire mais rapidamente e que pareça azulado. Estes
sintomas começam habitualmente durante as primeiras 24 horas após o nascimento. Se
isto acontecer ao seu bebé deverá contactar o seu médico e/ou o pessoal de enfermagem
imediatamente.
O seu recém-nascido pode também apresentar outras condições, que começam
habitualmente durante as primeiras 24 horas após o nascimento. Os sintomas incluem:
- problemas a respirar,
- pele azulada ou estar demasiado quente ou frio,
- lábios azulados,
- vómitos ou não se alimentar adequadamente,
- estar demasiado cansado, não ser capaz de dormir ou chorar muito,
- músculos rígidos ou flexíveis,
- tremores, nervosismo ou convulsões,
- aumento das reações reflexas,
- irritabilidade,
- baixo nível de açúcar no sangue.
Se o seu bebé apresentar algum destes sintomas ao nascer, ou se estiver preocupada
com a saúde do seu bebé, contacte o seu médico que poderá prestar-lhe
aconselhamento.
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Existe evidência de que a sertralina passa para o leite materno. A sertralina apenas deve
ser utilizada por mulheres a amamentar caso o médico considere que o benefício para a
mãe exceda quaisquer riscos possíveis para o bebé.
Alguns medicamentos, como a sertralina podem reduzir a qualidade do esperma em
estudos com animais. Teoricamente, isso poderia afetar a fertilidade, mas não tem sido
observado impacto sobre a fertilidade humana até à data.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Os fármacos psicotrópicos como a sertralina podem influenciar a sua capacidade para
conduzir veículos e utilizar máquinas. Portanto, não deve conduzir veículos ou utilizar
máquinas até que saiba como esta medicação afeta a sua capacidade para desempenhar
estas atividades.
3. Como tomar Sertralina Aserta
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose recomendada é:
Adultos:
Depressão e Perturbação Obsessiva-Compulsiva:
A dose de 50 mg/dia é normalmente efetiva na depressão e POC. A dose diária pode ser
aumentada em incrementos de 50 mg durante, no mínimo uma semana, a um período de
algumas semanas. A dose máxima recomendada é de 200 mg/dia.
Perturbação de pânico, Perturbação de Ansiedade Social e Perturbação de Stress Pós-
Traumático:
Na perturbação de pânico, perturbação de ansiedade social e perturbação de stress pós-
traumático, o tratamento deve ser iniciado com a dose de 25 mg/dia e, após uma
semana, aumentado para 50 mg/dia.
A dose diária pode ser aumentada em incrementos de 50 mg durante um período de
algumas semanas. A dose máxima recomendada é de 200 mg/dia.
Utilização em Crianças e adolescentes
Sertralina Aserta deve apenas ser utilizado para tratar crianças e adolescentes que
sofram de POC com idade compreendida entre 6-17 anos.
Perturbação Obsessiva-Compulsiva:
Crianças entre 6 e 12 anos de idade: a dose inicial recomendada é de 25 mg/dia.
Após uma semana, o seu médico pode aumentar a dose para 50 mg/dia. A dose máxima
é de 200 mg/dia.
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Adolescentes entre 13 e 17 anos de idade: a dose inicial recomendada é de 50 mg/dia. A
dose máxima é 200 mg/dia.
Caso tenha problemas de fígado ou rins, informe o seu médico e siga os seus conselhos.
Modo de administração:
O seu médico irá dizer-lhe durante quanto tempo deverá tomar esta medicação. Isto
dependerá da natureza da sua doença e do modo como responde ao tratamento. Poderão
decorrer várias semanas até que os seus sintomas comecem a melhorar. Geralmente, o
tratamento da depressão deve continuar durante 6 meses após melhoria.
Se tomar mais Sertralina Aserta do que deveria
Se tomar demasiado Sertralina Aserta acidentalmente, contacte o seu médico
imediatamente ou dirija-se à urgência hospitalar mais próxima. Leve a embalagem do
medicamento consigo, quer ainda tenha medicamento ou não.
Os sintomas de sobredosagem podem incluir sonolência, náuseas e vómitos, aceleração
dos batimentos cardíacos, tremores, agitação, tonturas e, em casos raros, inconsciência.
Caso se tenha esquecido de tomar Sertralina Aserta
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Caso se tenha esquecido de tomar um comprido, não tome o comprimido esquecido.
Tome o próximo comprimido na hora habitual.
Se parar de tomar Sertralina Aserta
Não pare de tomar Sertralina Aserta a menos que o seu médico o indique. O seu médico
irá querer reduzir a sua dose de Sertralina Aserta durante várias semanas antes de
interromper a toma deste medicamento. Se interromper abruptamente a toma deste
medicamento pode sofrer efeitos indesejáveis como tonturas, dormência, perturbações
do sono, agitação ou ansiedade, dor de cabeça, náuseas, vómitos e tremores. Se sentir
algum destes efeitos secundários, ou quaisquer outros efeitos secundários enquanto
interrompe a toma de Sertralina Aserta, fale com o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, no
entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
O efeito secundário mais frequente é a náusea. Os efeitos secundários dependem da
dose e normalmente desaparecem ou diminuem com a continuação do tratamento.
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Informe o seu médico imediatamente:
Se sentir algum dos sintomas seguintes após a toma deste medicamento. Estes sintomas
podem ser graves.
- Se desenvolver uma reação cutânea grave que cause bolhas (eritema multiforme), (isto
pode afetar a boca e a língua). Estes podem ser sinais de uma situação conhecida como
síndrome de Stevens-Johnson, ou Necrólise Epidérmica Tóxica (NET). O seu médico
irá parar o seu tratamento nestes casos.
- Reação alérgica ou alergia, que podem incluir sintomas como uma erupção cutânea
com comichão, dificuldade em respirar, pieira, inchaço das pálpebras, cara ou lábios.
- Se sentir agitação, confusão, diarreia, temperatura e tensão altas, transpiração
excessiva e batimentos cardíacos acelerados. Estes são sintomas da Síndrome
Serotoninérgica. Em casos raros, esta síndrome pode ocorrer enquanto estiver a tomar
certos medicamentos ao mesmo tempo que a sertralina. O seu médico pode querer parar
o seu tratamento.
- Se desenvolver olhos e pele amarelos, o que pode significar danos no fígado.
- Se sentir sintomas depressivos com ideias de autoagressão ou suicídio (pensamentos
suicidas).
- Se começar a ter sentimentos de inquietação e não se sentir capaz de sentar ou
permanecer quieto após a toma de Sertralina Aserta. Deve informar o seu médico se
começar a sentir-se inquieto.
- Se tiver um ataque epilético (convulsão).
- Se tiver um episódio de mania (ver secção 2 “Advertências e precauções”).
Os efeitos secundários seguintes foram observados em ensaios clínicos realizados com
adultos.
Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em 10 pessoas)
Insónia, tonturas, sonolência, dor de cabeça, diarreia, enjoo, boca seca, falência
ejaculatória, fadiga.
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas):
- Dor de garganta, anorexia, aumento do apetite,
- Depressão, sensação estranha, pesadelos, ansiedade, agitação, nervosismo, diminuição
do interesse sexual, ranger os dentes,
- Dormência e formigueiro, tremor, tensão muscular, alteração do paladar, falta de
atenção,
- Perturbações visuais, zumbido nos ouvidos,
- Palpitações, afrontamentos, bocejo,
- Dores abdominais, vómitos, prisão de ventre, mal-estar do estômago, gases,
- Erupção na pele, aumento da transpiração, dor muscular, disfunção eréctil, disfunção
eréctil, dor no tórax,
- Dor nas articulações,
- Mal estar geral.
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas)
- Resfriado, corrimento nasal,
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- Hipersensibilidade
- Níveis baixos de hormonas da tiroide
- Alucinações, sentimento de felicidade, falta de cuidados, pensamentos anómalos,
agressividade,
- Convulsões, contrações musculares involuntárias, alteração da coordenação,
movimentos excessivos, amnésia, diminuição da sensação, desordem do discurso,
tonturas ao levantar, desmaios, enxaqueca,
- Pupilas dilatadas
- Dor no ouvido, batimentos cardíacos acelerados, tensão alta, rubor,
- Dificuldades respiratórias, possibilidade de respiração ofegante, falta de ar,
sangramento do nariz,
- Inflamação no esófago, dificuldade em engolir, hemorroidas, aumento da salivação,
alterações na língua, arrotos,
- Inchaço dos olhos, manchas roxas na pele, inchaço da face, perda de cabelo, suores
frios, pele seca, erupção da pele com comichão (urticária), comichão,
- Osteoartrite, fraqueza muscular, dor de costas, espasmos musculares,
- Necessidade de urinar durante a noite, incapacidade de urinar, aumento da micção,
aumento da frequência de urinar, problemas a urinar, incontinência urinária,
- Hemorragia vaginal, disfunção sexual, disfunção sexual feminina, menstruação
irregular, inchaço nas pernas, arrepios, febre, fraqueza, sede, aumentos dos níveis das
enzimas do fígado, diminuição do peso, aumento do peso.
Raros (podem afetar até 1 em 1000 pessoas)
- Problemas intestinais, infeção no ouvido, cancro, glândulas inchadas, níveis elevados
de colesterol, baixo nível de açúcar no sangue,
- Sintomas físicos devido a stress ou emoções, dependência de medicamentos,
perturbação psicótica, paranoia, pensamentos suicidas, sonambulismo, ejaculação
precoce,
- Reação alérgica grave,
- Coma, movimentos alterados, dificuldades na movimentação, aumento da
sensibilidade, perturbações sensoriais,
- Glaucoma, problemas lacrimais, manchas nos campos visuais, visão dupla, dor nos
olhos provocada pela luz, sangue no olho,
- Problemas em controlar os níveis de açúcar no sangue (diabetes),
- Ataque cardíaco, batimentos cardíacos lentos, problemas cardíacos, má circulação
sanguínea nos braços e pernas, aperto na garganta, respiração rápida, respiração lenta,
dificuldade em falar, soluços,
- Sangue nas fezes, feridas na boca, ulceração da língua, afeções nos dentes, afeções na
língua, ulceração da boca, alterações da função hepática,
- Problemas da pele com bolhas, erupção folicular, alteração da textura do cabelo,
alteração do odor da pele, problemas ósseos,
- Diminuição da micção, hesitação urinária, sangue na urina,
- sangramento vaginal excessivo, secura vaginal, inchaço e vermelhidão do pénis e do
prepúcio, corrimento genital, ereção prolongada, corrimento mamário,
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- Hérnia, tolerância ao fármaco diminuída, dificuldades na marcha, esperma anormal,
aumento dos níveis de colesterol no sangue, lesões, procedimento de relaxamento dos
vasos sanguíneos.
Foram comunicados casos de ideação suicida e comportamentos suicidas durante o
tratamento com sertralina ou pouco após a suspensão do tratamento (ver secção 2.).
Após a comercialização da sertralina, foram comunicados os seguintes efeitos
secundários:
- Diminuição dos glóbulos brancos, diminuição das plaquetas, problemas endócrinos,
baixos níveis de sal no sangue, aumento dos níveis de açúcar no sangue,
- Pesadelos, comportamento suicida,
- Problemas nos movimentos musculares (como excesso de movimentos, músculos
tensos e dificuldade em caminhar e rigidez, espasmos, e movimentos involuntários dos
músculos), forte dor de cabeça súbita (que pode ser um sinal de uma situação grave
conhecida como Síndrome da Vasoconstrição Cerebral Reversível (SVCR)),
- Alteração da visão, pupilas aumentadas e de tamanho diferente, problemas
hemorrágicos (como hemorragia no estômago), cicatrização progressiva do tecido
pulmonar (doença pulmonar intersticial), pancreatite, problemas graves na função
hepática, amarelecimento dos olhos (icterícia),
- Edema da pele, reação da pele ao sol, cãibras musculares, aumento mamário,
problemas de coagulação, análises laboratoriais alteradas, incontinência urinária,
- Atordoamento, desmaio, mal estar no toráx que podem ser sinais de alterações na
atividade elétrica (observada no eletrocardiograma) ou alteração no ritmo do coração.
Efeitos secundários em crianças e adolescentes
Em ensaios clínicos com crianças e adolescentes, os efeitos secundários foram
geralmente semelhantes aos adultos (ver acima). Os efeitos secundários mais comuns
em crianças e adolescentes foram dor de cabeça, insónia, diarreia e indisposição.
Sintomas que podem ocorrer quando o tratamento é suspenso
Se parar de tomar este medicamento abruptamente pode sentir efeitos secundários como
tonturas, dormência, perturbações do sono, agitação ou ansiedade, dores de cabeça,
náuseas, vómitos e tremores (ver secção 3. “Se parar de tomar Sertralina Aserta”).
Um aumento do risco de fraturas ósseas foi observado em doentes a tomar este tipo de
medicamentos.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente através dos contactos indicados abaixo. Ao
comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a
segurança deste medicamento
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INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Sertralina Aserta
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior, após VAL O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte
ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas
ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Sertralina Aserta
A substância ativa é a sertralina (sob a forma de cloridrato).
Os outros componentes são: hidrogenofosfato de cálcio di-hidratado, celulose
microcristalina, carboximetilamido sódico, sílica coloidal anidra, estearato de magnésio,
álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol 300, talco.
Cada comprimido revestido de Sertralina Aserta contém 50 ou 100 mg de sertralina.
Qual o aspeto de Sertralina Aserta e conteúdo da embalagem
Sertralina Aserta é apresentada na forma de comprimido revestido por película,
acondicionado em blister.
Sertralina Aserta está disponível em embalagens de 10/14/28/30/56 e 60 comprimidos
doseados a 50 e 100 mg.
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Titular da Autorização de Introdução no Mercado
PENTAFARMA – Sociedade Técnico Medicinal, S.A.
Rua da Tapada Grande, n.º 2
Abrunheira
2710-089 Sintra
Portugal
Fabricante
Atlantic Pharma - Produções Farmacêuticas, S.A.
Rua da Tapada Grande, nº 2, Abrunheira, 24710-189 Sintra
Portugal
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico
Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Portugal: Sertralina Aserta 50 mg comprimidos revestidos por película
Sertralina Aserta 100 mg comprimidos revestidos por película
Espanha: Sertralina Tecnigen 50 mg comprimidos
Sertralina Tecnigen 100 mg comprimidos
Grécia: Positiva
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INFARMED
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sertralina Aserta 50 mg comprimidos revestidos por película
Sertralina Aserta 100 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Sertralina Aserta 50 mg Comprimidos revestidos por película
Cada comprimido revestido por película contém cloridrato de sertralina equivalente a
50 mg de sertralina
Sertralina Aserta 100 mg Comprimidos revestidos por película
Cada comprimido revestido por película contém cloridrato de sertralina equivalente a
100 mg de sertralina
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Comprimidos revestidos por película.
Brancos, redondos, convexos e ranhurados em ambas as dosagens.
O comprimido pode ser dividido em doses iguais.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Indicações terapêuticas
A sertralina está indicada para o tratamento de:
Episódios depressivos major. Prevenção de recorrência de episódios depressivos major.
Perturbação de pânico, com ou sem agorafobia.
Perturbação Obsessiva-Compulsiva (POC) em adultos e doentes pediátricos com 6-17
anos de idade.
Perturbação de ansiedade social.
Perturbação de Stress Pós-Traumático (PTSD).
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INFARMED
Posologia e modo de administração
Tratamento inicial
Depressão e POC
O tratamento com sertralina deve ser iniciado com uma dose de 50 mg/dia.
Perturbação de Pânico, PTSD e Perturbação de Ansiedade Social
O tratamento deve ser iniciado com uma dose de 25 mg/dia. Após uma semana, a dose
deverá ser aumentada para 50 mg, uma vez ao dia. Este regime posológico tem
demonstrado reduzir a frequência dos efeitos secundários precoces emergentes do
tratamento, característicos da perturbação de pânico.
Titulação
Depressão, POC, Perturbação de Pânico, Perturbação de Ansiedade Social e PTSD
Os doentes que não respondam a uma dose de 50 mg poderão beneficiar de aumentos
da dose. As alterações na dose devem ser efetuadas em incrementos de 50 mg com
intervalos de, pelo menos, uma semana, até à dose máxima de 200 mg/dia. Alterações
na dose não devem ser efetuadas mais que uma vez por semana, tendo em conta as 24
horas de semivida de eliminação da sertralina.
O início do efeito terapêutico pode ser observado dentro de sete dias. No entanto, são
habitualmente necessários períodos mais longos para que se demonstre resposta
terapêutica, especialmente na POC.
Manutenção
A dose durante a terapêutica prolongada deve manter-se no mais baixo nível eficaz,
com ajustes subsequentes consoante a resposta terapêutica.
Depressão
O tratamento prolongado pode também ser apropriado na prevenção da recorrência de
episódios depressivos major (EDM). Na maioria dos casos, a dose recomendada na
prevenção da recorrência de EDM é igual à utilizada durante o episódio corrente. Os
doentes com depressão devem ser tratados por um período de tempo suficiente, de pelo
menos 6 meses, para assegurar que estão livres de sintomas.
Perturbação de pânico e POC
Deve-se avaliar regularmente o tratamento continuado na perturbação de pânico e POC,
uma vez que não se demonstrou a prevenção de recaídas nestas perturbações.
Doentes idosos
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A dose deve ser ajustada com precaução em idosos, uma vez que pode existir um maior
risco de hiponatremia (ver secção 4.4).
Doentes com insuficiência hepática
A utilização da sertralina em doentes com doença hepática deve ser feita com
precaução. Em doentes com insuficiência hepática, deve ser considerada a utilização de
uma dose menor ou menos frequente (ver secção 4.4). A sertralina não deve ser
utilizada nos casos de insuficiência hepática grave uma vez que não estão disponíveis
dados clínicos (ver secção 4.4).
Doentes com insuficiência renal
Não é necessário ajuste de dose em doentes com insuficiência renal (ser secção 4.4).
População pediátrica
Crianças e adolescentes com perturbação obsessiva-compulsiva
13-17 anos: inicialmente 50 mg, uma vez ao dia.
6-12 anos: inicialmente 25 mg, uma vez ao dia. A dose pode ser aumentada para 50 mg,
uma vez ao dia, após uma semana.
As doses subsequentes podem ser aumentadas, nos casos em que resposta é inferior ao
desejado, em incrementos de 50 mg durante algumas semanas, conforme necessário. A
dose máxima é de 200 mg por dia. No entanto, quando ocorrem aumentos em relação à
dose de 50 mg deve ter-se em consideração o peso corporal geralmente inferior nas
crianças em comparação com os adultos. As alterações da dose não devem ocorrer em
intervalos inferiores a uma semana.
Não foi demonstrada eficácia em doentes pediátricos com depressão major.
Não estão disponíveis dados relativos a crianças com idade inferior a 6 anos (ver secção
4.4).
Modo de administração
Sertralina deve ser administrada em toma única diária de manhã ou à noite.
Os comprimidos de sertralina podem ser administrados com ou sem alimentos.
Sintomas de privação observados na suspensão da sertralina
A suspensão abrupta deve ser evitada. Quando se interrompe o tratamento com
sertralina, a dose deve ser gradualmente reduzida ao longo de um período de, pelo
menos, uma a duas semanas, a fim de reduzir o risco de reações de privação (ver
secções 4.4 e 4.8). Caso ocorram sintomas intoleráveis após uma diminuição da dose ou
interrupção do tratamento, poderá considerar-se retomar a dose prescrita anteriormente.
Subsequentemente, o médico pode continuar a diminuir a dose, mas a um ritmo mais
lento.
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Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos excipientes mencionados na
secção 6.1.
A administração concomitante de inibidores da monoaminoxidase (IMAOs)
irreversíveis está contraindicada, devido ao risco de síndrome serotoninérgica que inclui
sintomas como agitação, tremor e hipertermia. O tratamento com sertralina não deve ser
iniciado no período de, pelo menos, 14 dias após descontinuação do tratamento com um
IMAO irreversível. A sertralina deve ser descontinuada, pelo menos, 7 dias antes do
início do tratamento com um IMAO irreversível (ver secção 4.5).
A administração concomitante da pimozida é contraindicada (ver secção 4.5).
Advertências e precauções especiais de utilização
Síndrome Serotoninérgica (SS) ou Síndrome Maligna dos Neurolépticos (SMN)
O desenvolvimento de síndromes potencialmente fatais como a Síndrome
Serotoninérgica (SS) ou Síndrome Maligna dos Neurolépticos (SMN) foi notificado
com ISRSs, incluindo o tratamento com sertralina. O risco de SS ou SMN com ISRSs é
aumentado com a utilização concomitante de outros medicamentos serotoninérgicos
(incluindo outros antidepressivos serotoninérgicos, triptanos), com medicamentos que
comprometam o metabolismo da serotonina (incluindo IMAOs, por exemplo, azul de
metileno), antipsicóticos e outros antagonistas da dopamina, e com fármacos
opiáceos. Os doentes devem ser monitorizados para o aparecimento de sinais e sintomas
de SS ou SMN (ver secção 4.3).
Mudança do tratamento iniciado com inibidores seletivos da recaptação da serotonina
(ISRS), antidepressivos ou fármacos para o tratamento da POC
A experiência referente a ensaios controlados é limitada no que se refere à ocasião
considerada ótima para mudar o tratamento com ISRSs, antidepressivos ou fármacos
para o tratamento da POC para a sertralina. Deverá efetuar-se uma avaliação médica
cuidada e prudente aquando desta mudança de tratamento, particularmente no caso de
fármacos de ação prolongada, como a fluoxetina.
Outros fármacos serotoninérgicos ex. triptofano, fenfluramina e agonistas 5-HT
A administração concomitante de sertralina e outros fármacos que aumentam os efeitos
da neurotransmissão serotoninérgica, tais como triptofano ou fenfluramina ou agonistas
5-HT, ou a planta medicinal hipericão (Hypericum perforatum), deve ser efetuada com
precaução e evitada sempre que possível, atendendo ao potencial desenvolvimento de
interações farmacodinâmicas.
Prolongamento do QTc/Torsade de Pointes (TdP)
Foram notificados casos de prolongamento do QTc e de Torsade de Pointes (TdP)
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com a utilização da sertralina durante o período de pós-comercialização. A maioria dos
casos notificados ocorreu em doentes com outros fatores de risco para prolongamento
do QTc/TdP. Assim, a sertralina deve ser utilizada com precaução em doentes com
fatores de risco para prolongamento do QTc.
Ativação de hipomania ou mania
Foram notificados sintomas maníacos/hipomaníacos emergentes numa pequena
proporção de doentes tratados com fármacos antidepressivos e para o tratamento da
POC, incluindo a sertralina. Assim, a sertralina deve ser utilizada com precaução em
doentes com história de mania/hipomania. É necessário o seguimento do doente pelo
médico. A sertralina deverá ser suspensa nos doentes que entrem numa fase maníaca.
Esquizofrenia
Os sintomas psicóticos podem ser agravados em doentes esquizofrénicos.
Convulsões
Podem ocorrer convulsões com o tratamento com sertralina: a sertralina deve ser
evitada em doentes com epilepsia instável e os doentes com epilepsia controlada devem
ser cuidadosamente monitorizados. A sertralina deverá ser suspensa em qualquer doente
que desenvolva convulsões.
Suicídio/ideação suicida/tentativa de suicídio ou agravamento da situação clínica
A depressão está associada a um aumento do risco de ideação suicida,
autoagressividade e suicídio (pensamentos/comportamentos relacionados com suicídio).
O risco prevalece até que ocorra remissão significativa dos sintomas. Como durante as
primeiras semanas, ou mais, de tratamento pode não se verificar qualquer melhoria, os
doentes deverão ter uma vigilância mais rigorosa até que essa melhoria ocorra. De
acordo com a experiência clínica geral, o risco de suicídio pode estar aumentado nas
fases iniciais da recuperação.
Outros distúrbios psiquiátricos para os quais a sertralina é prescrita podem estar
associados ao aumento do risco de ideação/comportamentos relacionados com o
suicídio. Adicionalmente, estas condições podem ser comórbidas com os distúrbios
depressivos major. Consequentemente, deverão ser tomadas as mesmas precauções que
aquando do tratamento de doentes com distúrbios depressivos major e durante o
tratamento de doentes com outras doenças psiquiátricas.
Os doentes com história de pensamentos/comportamentos relacionados com suicídio,
que apresentem um grau significativo destes sintomas antes do início do tratamento,
apresentam também um maior risco de ideação suicida ou de tentativa de suicídio,
devendo, por este motivo, ser cuidadosamente monitorizados durante o tratamento.
Uma meta-análise de ensaios clínicos controlados com placebo em adultos com
distúrbios psiquiátricos demonstrou um aumento do risco de comportamentos
relacionados com o suicídio em doentes com menos de 25 anos a tomar antidepressivos,
comparativamente aos doentes a tomar placebo.
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A terapêutica medicamentosa deverá ser acompanhada de uma monitorização rigorosa,
em particular nos doentes de maior risco, especialmente na fase inicial do tratamento ou
na sequência de alterações posológicas. Os doentes, e os prestadores de cuidados de
saúde, devem ser alertados para a necessidade de monitorização relativamente a
qualquer agravamento da sua situação clínica, pensamentos/comportamentos
relacionados com o suicido e para procurar assistência médica imediatamente caso estes
ocorram.
População pediátrica
A sertralina não deve ser utilizada no tratamento de crianças e adolescentes com idade
inferior a 18 anos, exceto nos casos de doentes com perturbação obsessiva-compulsiva
com 6-17 anos de idade. Foram observados com maior frequência comportamentos
relacionados com o suicídio (tentativa de suicídio e ideação suicida) e hostilidade
(predominantemente agressão, comportamento de oposição e cólera) em ensaios
clínicos com crianças e adolescentes tratados com antidepressivos, em comparação com
os que se encontravam a tomar placebo. Se, não obstante, com base na necessidade
clínica, a decisão de tratamento for tomada, o doente deve ser rigorosamente
monitorizado em relação ao aparecimento de sintomas suicidas.
As evidências clínicas existentes, relativamente aos dados de segurança a longo prazo
em crianças e adolescentes, são limitadas e incluem efeitos no crescimento, na
maturação sexual e no desenvolvimento cognitivo e comportamental. Após a
comercialização foram notificados alguns casos de atraso na puberdade e no
crescimento. A causalidade e relevância clínica são ainda incertas (ver na secção 5.3 os
dados de segurança pré-clínica correspondentes). Os médicos devem monitorizar os
doentes pediátricos em tratamento prolongado para alterações no crescimento e
desenvolvimento.
Alterações hemorrágicas/hemorragia
Foram notificados casos de alterações hemorrágicas associadas à utilização de ISRSs,
incluindo hemorragias cutâneas (equimoses e púrpura) e outros acontecimentos
hemorrágicos como hemorragias gastrointestinais ou ginecológicas, incluindo
hemorragias fatais. Recomenda-se precaução aos doentes a tomar ISRSs, em particular
em uso concomitante com fármacos que tenham efeito na função plaquetária (ex.
anticoagulantes, antipsicóticos atípicos e fenotiazidas, a maioria dos antidepressivos
tricíclicos, ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs)), assim
como em doentes com história de alterações hemorrágicas (ver secção 4.5).
Hiponatremia
Pode ocorrer hiponatremia como resultado do tratamento com ISRSs ou ISRNs,
incluindo sertralina. Em muitos casos, a hiponatremia aparenta ser o resultado de uma
síndrome de secreção inadequada de hormona antidiurética (SIHAD). Foram
notificados casos de níveis séricos de sódio inferiores a 110 mmol/l. Os doentes idosos
podem apresentar um risco acrescido de desenvolvimento de hiponatremia com ISRSs e
ISRNs. Doentes em tratamento com diuréticos ou que estejam com depleção do volume
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também podem apresentar risco acrescido (ver “Utilização no idoso”). Deve ser
considerada a suspensão da sertralina e instituição da intervenção médica adequada nos
doentes com hiponatremia sintomática. Os sinais e sintomas de hiponatremia incluem
cefaleia, dificuldades de concentração, compromisso da memória, confusão, fraqueza e
instabilidade, o que pode levar a quedas. Os sinais e sintomas associados a casos mais
graves e/ou agudos incluíram alucinações, síncope, convulsões, coma, paragem
respiratória e morte.
Sintomas de privação observados na suspensão do tratamento com sertralina
Os sintomas de privação são comuns quando o tratamento é interrompido, sobretudo se
for interrompido abruptamente (ver secção 4.8). Em ensaios clínicos, entre os doentes
tratados com sertralina, a incidência de reações de privação notificadas foi de 23% nos
que interromperam o tratamento com sertralina comparado aos 12% nos que
continuaram a tomar sertralina.
O risco de sintomas de privação pode estar dependente de vários fatores, incluindo a
duração e a dose do tratamento e a taxa de redução da dose. As reações notificadas com
maior frequência foram tonturas, distúrbios sensoriais (incluindo parestesia), distúrbios
do sono (incluindo insónia e sonhos intensos), agitação ou ansiedade, náuseas e/ou
vómitos, tremor e cefaleia. Estes sintomas são, geralmente, ligeiros a moderados;
contudo, em alguns doentes podem ser de intensidade grave. Ocorrem, normalmente,
nos primeiros dias após a suspensão do tratamento, contudo houve notificações muito
raras destes sintomas em doentes que falharam uma dose inadvertidamente.
Estes sintomas são, geralmente, limitados e normalmente resolvem-se em 2 semanas,
podendo ser prolongados (2-3 meses ou mais) em alguns indivíduos. Portanto, aquando
da interrupção do tratamento, é recomendada a diminuição gradual da sertralina por um
período de algumas semanas ou meses, conforme as necessidades do doente (ver secção
4.2).
Acatísia/instabilidade psicomotora
A utilização de sertralina tem sido associada a desenvolvimento de acatísia,
caracterizado por uma instabilidade desagradável subjetiva ou perturbadora e
necessidade de movimento, muitas vezes acompanhada por uma incapacidade de sentar
ou permanecer quieto. A probabilidade de ocorrência é maior nas primeiras semanas de
tratamento. O aumento da dose pode ser prejudicial nos doentes que desenvolvem estes
sintomas.
Disfunção hepática
A sertralina é extensivamente metabolizada pelo fígado. Um estudo farmacocinético de
doses múltiplas em doentes com cirrose hepática ligeira, estável, demonstrou um
prolongamento da semivida de eliminação e uma AUC e Cmax aproximadamente três
vezes superior em comparação com indivíduos saudáveis. Não foram observadas
diferenças significativas na ligação às proteínas plasmáticas entre os dois grupos. A
utilização da sertralina em doentes com doença hepática deve ser feita com precaução.
Em doentes com disfunção hepática, deve ser considerada a utilização de uma dose
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menor ou menos frequente. A sertralina não deve ser utilizada em doentes com
disfunção hepática grave (ver secção 4.2).
Disfunção renal
A sertralina é extensivamente metabolizada, sendo a excreção do fármaco inalterado na
urina uma via menor de eliminação. Em estudos de doentes com disfunção renal ligeira
a moderada (depuração da creatinina 30-60 ml/min), ou moderada a grave (depuração
da creatinina 10-29 ml/min) os parâmetros farmacocinéticos de doses múltiplas (AUC0-
24 ou Cmax) não foram significativamente diferentes quando comparados com os
grupos de controlo. Não é necessário qualquer ajuste na dose de sertralina a administrar
em função do grau de disfunção renal.
Utilização no idoso
Mais de 700 doentes idosos (> 65 anos) participaram em ensaios clínicos O padrão e a
incidência de reações adversas nos idosos foram semelhantes aos dos doentes mais
jovens.
Os ISRSs e os ISRNs, incluindo sertralina foram, contudo, associados a casos de
hiponatremia clinicamente significativa em doentes idosos, que poderão apresentar um
risco acrescido para este acontecimento adverso (ver “Hiponatremia” na secção 4.4).
Diabetes
Em doentes com diabetes, o tratamento com ISRSs pode alterar o controlo glicémico.
As doses de insulina e/ou medicamentos hipoglicemiantes orais poderão necessitar de
ajuste posológico.
Terapia electroconvulsiva (TEC)
Não existem estudos clínicos que estabeleçam os riscos ou os benefícios da utilização
combinada de TEC e sertralina.
Sumo de toranja
A administração de sertralina com sumo de toranja não é recomendada (ver secção
4.5).
Interferência com testes de rastreio na urina
Têm sido notificados casos de resultados falsos-positivos em testes de rastreio na urina
por imunoensaio para as benzodiazepinas em doentes a tomar sertralina. Isto
deve-se à falta de especificidade dos testes de rastreio. Podem ser esperados resultados
falsos-positivos durante vários dias após a interrupção do tratamento com sertralina. Os
testes confirmatórios, tais como cromatografia gasosa /espectrometria
de massa, irão distinguir a sertralina das benzodiazepinas.
Glaucoma de ângulo fechado
Os ISRS, incluindo a sertralina, podem ter um efeito no tamanho da pupila resultando
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em midríase. Este efeito midriático tem o potencial de reduzir o ângulo do olho,
resultando num aumento da pressão intraocular e em glaucoma de ângulo fechado,
sobretudo em doentes com predisposição. Portanto, a sertralina deve ser utilizada com
precaução em doentes com glaucoma de ângulo fechado ou história de glaucoma.
Interações medicamentosas e outras formas de interação
Contraindicados
Inibidores da Monoaminoxidase
IMAO irreversíveis (por exemplo selegilina)
A sertralina não deve ser utilizada em tratamento concomitante com IMAOs
irreversíveis como a selegilina. O tratamento com sertralina não deve ser iniciado no
período de, pelo menos, 14 dias após a descontinuação do tratamento com um IMAO
irreversível. A sertralina deve ser descontinuada, pelo menos, 7 dias antes do início do
tratamento com um IMAO irreversível (ver secção 4.3).
Inibidor seletivo da MAO-A reversível (moclobemida)
Devido ao risco de síndrome serotoninérgica, a utilização concomitante de sertralina e
um IMAO reversível e seletivo, como a moclobemida, não deve ser efetuada. Após o
tratamento com um IMAO reversível, pode ser feito um período de interrupção inferior
a 14 dias antes do início do tratamento com sertralina. Recomenda-se a descontinuação
da sertralina, pelo menos, 7 dias antes do início do tratamento com um IMAO reversível
(ver secção 4.3).
IMAO reversível não seletivo (linezolida)
O antibiótico linezolida é um IMAO reversível e não seletivo fraco e não deve ser
administrado a doentes tratados com sertralina (ver secção 4.3).
Foram notificadas reações adversas graves em doentes que tinham suspenso um IMAO
(por exemplo, azul de metileno) recentemente e iniciado o tratamento com sertralina, ou
em tratamento recente com sertralina interrompida antes do início do tratamento com
IMAO. Estas reações incluíram tremor, mioclonia, diaforese, náusea, vómitos, rubor,
tonturas e hipertermia com características semelhantes às da síndrome maligna dos
neurolépticos, convulsões e morte.
Pimozida
Foi demonstrado aumento dos níveis de pimozida, de aproximadamente 35%, num
estudo de utilização deste fármaco em dose baixa única (2 mg). Este aumento não foi
associado a alterações no ECG. No entanto, dada o estreito índice terapêutico da
pimozida e uma vez que o mecanismo desta interação é desconhecido, a administração
concomitante de sertralina e pimozida é contraindicada (ver secção 4.3).
A administração concomitante com a sertralina não é recomendada
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Depressores do SNC e álcool
Em indivíduos saudáveis, a administração concomitante de sertralina na dose diária de
200 mg não potenciou os efeitos do álcool, carbamazepina, haloperidol ou fenitoína,
sobre o desempenho cognitivo e psicomotor; contudo, não é recomendada a
administração concomitante de sertralina e álcool.
Outros fármacos serotononinérgicos
Ver secção 4.4.
É recomendada precaução com fentanilo (utilizado em anestesia geral ou no tratamento
da dor crónica), outros fármacos serotoninérgicos (incluindo outros antidepressivos
serotoninérgicos, triptanos), e com outros fármacos opiáceos.
Precauções especiais
Fármacos que prolongam o intervalo QT
O risco de prolongamento do QTc e/ou arritmias ventriculares (por ex. TdP) pode ser
aumentado com a utilização concomitante de outros fármacos que prolongam o
intervalo QTc (por ex. alguns antipsicóticos e antibióticos) (ver secção 4.4).
Lítio
Num ensaio clínico controlado com placebo, efetuado em voluntários saudáveis, a
administração concomitante de sertralina e lítio não alterou a farmacocinética do lítio,
embora tenha resultado num aumento do tremor relativamente ao placebo, indicando,
assim, a existência de uma possível interação farmacodinâmica. Os doentes devem ser
adequadamente monitorizados aquando da administração concomitante de sertralina e
lítio.
Fenitoína
Um ensaio clínico controlado com placebo, efetuado em voluntários saudáveis, sugeriu
que a administração crónica de 200 mg/dia de sertralina não causa inibição clinicamente
importante no metabolismo da fenitoína. No entanto, como algumas notificações
resultaram de elevada exposição à fenitoína em doentes a utilizar sertralina, recomenda-
se a monitorização das concentrações plasmáticas de fenitoína após o início da
terapêutica com sertralina, com ajustes adequados da dose de fenitoína. Além disso, a
administração concomitante de fenitoína pode provocar uma redução dos níveis
plasmáticos de sertralina. Não se pode excluir que outros indutores do CYP3A4, como
por exemplo, fenobarbital, carbamazepina, hipericão, rifampicina possam causar uma
redução nos níveis plasmáticos de sertralina.
Triptanos
Durante o período de pós-comercialização foram notificados casos raros de fraqueza,
hiperreflexia, descoordenação, confusão, ansiedade e agitação após a administração de
sertralina e sumatriptano. Os sintomas da síndrome serotoninérgica também podem
ocorrer com outros medicamentos da mesma classe (triptanos). Se a terapêutica
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concomitante de sertralina e triptanos é clinicamente necessária, aconselha-se a
observação adequada do doente (ver secção 4.4).
Varfarina
A administração concomitante de sertralina, na dose diária de 200 mg, com varfarina,
resultou num pequeno, mas estatisticamente significativo, aumento no tempo de
protrombina, o que pode em alguns casos raros desequilibrar o valor de INR. Assim, o
tempo de protrombina deve ser cuidadosamente monitorizado quando se inicia ou
interrompe a terapêutica com a sertralina.
Outras interações medicamentosas, digoxina, atenolol, cimetidina
A administração concomitante com cimetidina causou uma diminuição substancial na
depuração da sertralina. Desconhece-se o significado clínico destas alterações. A
sertralina não teve efeito na atividade bloqueadora beta-adrenérgica do atenolol. Não se
observaram interações da sertralina, na dose diária de 200 mg, com a digoxina.
Fármacos que afetam a função plaquetária
O risco de hemorragia pode ser aumentado quando fármacos com efeito na função
plaquetária (ex: AINEs, ácido acetilsalicílico e ticlopidina), ou outros fármacos que
possam aumentar o risco de hemorragia, são administrados concomitantemente com
ISRSs, incluindo sertralina (ver secção 4.4).
Bloqueadores Neuromusculares
Os ISRSs podem reduzir a atividade colinesterásica plasmática resultando no
prolongamento da ação bloqueadora neuromuscular do mivacúrio ou de outros
bloqueadores neuromusculares.
Fármacos metabolizados pelo citocromo P450
A sertralina pode atuar como um inibidor ligeiro a moderado de CYP 2D6. A
administração crónica com 50 mg diários de sertralina mostrou um aumento moderado
(média 23%-37%) dos níveis plasmáticos de desipramina (um marcador da atividade da
isoenzima CYP 2D6) no estado estacionário. Podem ocorrer interações clinicamente
significativas com outros substratos da CYP 2D6 que tenham um índice terapêutico
estreito, tal como antiarrítmicos de classe 1C como a propafenona e a flecainida, ATCs
e antipsicóticos típicos, sobretudo com doses elevadas de sertralina.
A sertralina não atua como inibidor da CYP 3A4, CYP 2C9, CYP 2C19, e CYP 1A2
em grau clinicamente significativo. Tal foi confirmado por estudos de interação in vivo
com substratos da CYP 3A4 (cortisol endógeno, carbamazepina, terfenadina,
alprazolam), substrato diazepam da CYP 2C19 e substratos da CYP 2C9, tolbutamida,
glibenclamida e fenitoína. Estudos in vitro indicam que a sertralina tem pouco, ou
nenhum, potencial para inibir a CYP 1A2.
A ingestão diária de três copos de sumo de toranja aumentou os níveis plasmáticos de
sertralina em aproximadamente 100% num estudo cruzado em oito indivíduos
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japoneses saudáveis. Portanto, a ingestão de sumo de toranja deve ser evitada durante o
tratamento com sertralina (ver secção 4.4).
Com base num estudo de interação com sumo de toranja, não pode ser excluída a
possibilidade da administração concomitante de sertralina com inibidores potentes do
CYP3A4, tais como, inibidores da protease, cetoconazol, itraconazol, posaconazol,
voriconazol, claritromicina, telitromicina e nefazodona, resultar num aumento ainda
maior na exposição à sertralina. Isto também se aplica aos inibidores moderados do
CYP3A4, tais como, aprepitant, eritromicina, fluconazol, verapamilo e diltiazem. A
toma de inibidores potentes do CYP3A4 deve ser evitada durante o tratamento com
sertralina.
Os níveis plasmáticos de sertralina são aumentados em cerca de 50% nos
metabolizadores fracos do CYP 2C19 comparativamente aos metabolizadores rápidos
(ver secção 5.2). A interação com inibidores potentes do CYP 2C19, por exemplo,
omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol, fluoxetina, fluvoxamina, não pode ser
excluída.
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Não existem estudos bem controlados na mulher grávida. Contudo, uma quantidade
substancial de dados não revelou evidência de indução de malformações congénitas
provocadas pela sertralina. Os estudos em animais revelaram evidência de efeitos na
reprodução, provavelmente devido a toxicidade materna causada pela ação
farmacodinâmica do composto e/ou ação farmacodinâmica direta do composto no feto
(ver secção 5.3).
Têm sido notificados sintomas, compatíveis com as reações de privação, em alguns
recém-nascidos, cujas mães estiveram medicadas com sertralina durante a gravidez.
Este fenómeno foi igualmente observado com outros antidepressivos ISRSs. A
sertralina não é recomendada durante a gravidez, a menos que a condição clínica da
mulher pressuponha um benefício do tratamento superior ao risco potencial.
Os recém-nascidos devem ser observados caso a utilização de sertralina se mantenha
nas fases finais da gravidez, em particular no terceiro trimestre. Os seguintes sintomas
podem ocorrer nos recém-nascidos após utilização materna de sertralina nas fases finais
da gravidez: sofrimento respiratório, cianose, apneia, convulsões, temperatura instável,
dificuldades de alimentação, vómito, hipoglicemia, hipertonia, hipotonia, hiperreflexia,
tremor, inquietação, irritabilidade, letargia, choro constante, sonolência e dificuldade
em adormecer. Estes sintomas podem ser devidos a efeitos serotoninérgicos ou
sintomas de privação. Na maioria dos casos as complicações começaram imediatamente
ou pouco depois (< 24 horas) do parto.
APROVADO EM
10-10-2016
INFARMED
Dados epidemiológicos sugerem que a utilização de ISRSs na gravidez, sobretudo no
final da gravidez, pode aumentar o risco de hipertensão pulmonar persistente no recém-
nascido (HPPN). O risco observado foi de aproximadamente 5 casos por 1000
gravidezes. Na população em geral ocorrem 1 a 2 casos de HPPN por 1000 gravidezes.
Amamentação
Os dados publicados relativamente aos níveis de sertralina no leite materno revelam a
excreção de pequenas quantidades de sertralina e do seu metabolito N-
desmetilsertralina no leite. De um modo geral, foram encontrados níveis séricos
negligenciáveis ou indetetáveis em bebés, com exceção de um bebé com níveis séricos
de cerca de 50% do nível materno (mas sem um efeito considerável na saúde deste
bebé). Até à data, não foram notificados efeitos adversos na saúde de bebés
amamentados por mulheres que utilizem sertralina, contudo o risco não pode ser
excluído. A utilização em mulheres a amamentar não é recomendado exceto se, de
acordo com a decisão do médico, o benefício for superior ao risco.
Fertilidade
Os dados em animais não demonstraram um efeito da sertralina nos parâmetros de
fertilidade (ver secção 5.3).
Notificações de casos humanos com alguns ISRSs têm demonstrado que um efeito na
qualidade do esperma é reversível.
Até à data não foi observado impacto na fertilidade humana.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os estudos clínicos farmacológicos demonstraram que a sertralina não afeta o
desempenho psicomotor. Contudo, como os fármacos psicotrópicos podem afetar as
capacidades mentais e físicas necessárias para a realização de tarefas potencialmente
perigosas, como seja a condução ou o uso de máquinas, os doentes devem ser avisados
dessa possibilidade.
Efeitos indesejáveis
O efeito indesejável mais frequente é náusea. No tratamento da perturbação de
ansiedade social, ocorreu disfunção sexual (falência ejaculatória) em 14% dos homens a
tomar sertralina vs 0% com placebo. Estes efeitos indesejáveis são dependentes da dose
e são, frequentemente, de natureza transitória com a continuação do tratamento.
O perfil de efeitos secundários frequentemente observado em ensaios clínicos em dupla
ocultação, controlados com placebo, em doentes com POC, perturbação de pânico,
PTSD e perturbação de ansiedade social foi semelhante ao observado em ensaios
clínicos efetuados em doentes com depressão.
A Tabela 1 apresenta as reações adversas observadas a partir da experiência pós-
comercialização (frequência desconhecida) e ensaios clínicos controlados com placebo
APROVADO EM
10-10-2016
INFARMED
(compreendendo um total de 2542 doentes no grupo da sertralina e 2145 no grupo
placebo) na depressão, POC, perturbação de pânico, PTSD e perturbação de ansiedade
social.
Algumas das reações adversas listadas na Tabela 1 podem diminuir em intensidade e
frequência com a continuação do tratamento e não levam, geralmente, à cessação do
tratamento.
Tabela 1: Reações Adversas
Frequência de reações adversas observadas em ensaios clínicos controlados com
placebo na depressão, POC, perturbação de pânico, PTSD e perturbação de ansiedade
social. Análise conjunta e experiência pós-comercialização (frequência desconhecida).
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100,
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000,
< 1/100)
Raros
1/10000,
< 1/1000)
Muito raros
(< 1/10000)
Frequência
desconhecida
(não pode ser
estimada a
partir dos
dados
disponíveis)
Infeções e infestações
Faringite
Infeção no
aparelho
respiratório
superior, rinite
Diverticulite,
gastroenterite,
otite média
Neoplasias benignas, malignas e não especificadas (incl. quistos e polipos)
Neoplasia†
Doenças do sangue e do sistema linfático
Linfoadenopatia
Leucopenia,
trombocitopeni
Doenças do sistema imunitário
Hipersensibilid
Reação
anafilactóide
Alergia
Doenças endócrinas
Hipotiroidismo
Hiperprolactin
emia, secreção
inapropriada
da hormona
antidiurética
APROVADO EM
10-10-2016
INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100,
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000,
< 1/100)
Raros
1/10000,
< 1/1000)
Muito raros
(< 1/10000)
Frequência
desconhecida
(não pode ser
estimada a
partir dos
dados
disponíveis)
Doenças do metabolismo e da nutrição
Apetite
diminuido,
apetite
aumentado*
Diabetes
mellitus,
Hipercolesterole
mia,
hipoglicemia
Hiponatremia,
Hiperglicémia
Perturbações do foro psiquiátrico
Insónia (19%)
Depressão*,
despersonaliza
ção, pesadelos,
ansiedade*,
agitação*,
nervosismo,
diminuição da
libido*,
bruxismo
Alucinação*,
agressão*,eufo
ria*, apatia,
pensamentos
anómalos
Perturbação de
conversão,
dependência
farmacológica,
perturbação
psicótica*,
paranoia,
ideação/comport
amento
suicida***,
sonambulismo,
ejaculação
precoce
Paroniria
Doenças do sistema nervoso
Tonturas,
(11%),
Sonolência
(13%),
Cefaleia
(21%)*
Parestesia*,
tremor,
hipertonia,
disgeusia,
perturbação da
atenção
Convulsões*,
contrações
musculares
involuntárias*,
alterações da
coordenação,
hipercinesia,
amnésia,
hipoestesia*,
perturbação da
fala, tonturas
posturais,
síncope,
Coma*,
coreoatetose,
discinésia,
hiperestesia,
perturbação
sensorial
Perturbações
do movimento
(incluindo
sintomas
extrapiramidai
s como
hipercinesia,
hipertonia,
distonia,
bruxismo ou
alteração da
marcha).
Foram também
APROVADO EM
10-10-2016
INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100,
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000,
< 1/100)
Raros
1/10000,
< 1/1000)
Muito raros
(< 1/10000)
Frequência
desconhecida
(não pode ser
estimada a
partir dos
dados
disponíveis)
enxaqueca*
relatados sinais
e sintomas
associados à
Síndrome
Serotoninérgic
a ou
Síndrome
Maligna dos
Neurolépticos:
em alguns
casos
associados à
utilização
concomitante
de fármacos
serotoninérgic
os, incluindo
agitação,
confusão,
diaforese,
diarreia, febre,
hipertensão,
rigidez e
taquicardia.
Acatísia e
instabilidade
psicomotora
(ver secção
4.4), espasmo
cerebrovascula
r (incluindo
vasoconstrição
o cerebral
reversível e
síndrome de
Call-
Fleming).
APROVADO EM
10-10-2016
INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100,
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000,
< 1/100)
Raros
1/10000,
< 1/1000)
Muito raros
(< 1/10000)
Frequência
desconhecida
(não pode ser
estimada a
partir dos
dados
disponíveis)
Afeções oculares
Perturbações
visuais
Midríase*
Glaucoma,
distúrbio
lacrimal,
escotomas,
diplopia,
fotofobia,
hifema
Visão alterada,
pupilas
desiguais
Afeções do ouvido e do labirinto
Acufenos*
Otalgia
Cardiopatias
Palpitações*
Taquicardia
Enfarte do
miocárdio,
bradicardia,
cardiopatia
Prolongament
o do QTc,
Torsade de
Pointes
Vasculopatias
Afrontamentos
Hipertensão*,
rubor
Isquémia
periférica,
Hematúria
Alterações
hemorrágicas
(tais como
hemorragia
gastrointestinal
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Bocejar*
Broncoespasm
o*, dispneia,
epistaxe
Laringoespasmo,
hiperventilação,
hipoventilação,
estridor,
disfonia, soluços
Doença
pulmonar
intersticial
Doenças gastrointestinais
Diarreia
(18%), náuseas
abdominal*
Esofagite,
disfagia,
Melena,
hematoquezia,
Pancreatite
APROVADO EM
10-10-2016
INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100,
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000,
< 1/100)
Raros
1/10000,
< 1/1000)
Muito raros
(< 1/10000)
Frequência
desconhecida
(não pode ser
estimada a
partir dos
dados
disponíveis)
(24%),
xerostomia
(14%)
vómitos*,
obstipação*
dispneia,
flatulência
hemorroidas,
hipersecreção
salivar, afeções
da língua,
eructação
estomatite,
ulceração da
língua, anomalia
dentária,
glossite,
ulceração da
boca
Afeções hepatobiliares
Alteração da
função hepática
Acontecimento
s hepáticos
graves
(incluindo
hepatite,
icterícia e
insuficiência
hepática)
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Erupção
cutânea*,
hiperidrose
Edema
periorbital*,
púrpura*,
edema facial,
púrpura*,
alopécia*,
suores frios,
pele seca,
urticária*,
prurido
Dermatite,
dermatite
bolhosa, erupção
folicular,
alteração da
textura do
cabelo, odor
cutâneo alterado
Notificações
raras de
reações
cutâneas
adversas
graves
(SCAR): ex.
Síndrome de
Stevens-
Johnson e
necrólise
epidérmica.
Angioedema,
edema facial,
fotossensibilid
ade, reação
cutânea
APROVADO EM
10-10-2016
INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100,
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000,
< 1/100)
Raros
1/10000,
< 1/1000)
Muito raros
(< 1/10000)
Frequência
desconhecida
(não pode ser
estimada a
partir dos
dados
disponíveis)
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Artralgia,
Mialgia
Osteoartrite,
fraqueza
muscular,
dorsalgia,
espasmos
musculares.
Afeções ósseas
Cãibras
musculares
Doenças renais e urinárias
Noctúria,
retenção
urinária*,
poliúria,
polaquiúria,
afeções da
micção,
incontinência
urinária*
Oligúria,
hesitação
urinária
Doenças dos órgãos genitais e da mama **
Falência
ejaculatória
(14%)
Disfunção
erétil
Hemorragia
vaginal,
disfunção
sexual,
disfunção
sexual
feminina,
menstruação
irregular
Menorragia,
vulvovaginite
atrófica, balano-
postite,
corrimento
genital,
priapismo*,
galactorreia*
Ginecomastia,
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Fadiga (10%)*
Dor torácica*,
mal-estar geral
Edema
periférico,
arrepios,
pirexia*,
Hérnia,
tolerância a
fármacos
diminuída,
APROVADO EM
10-10-2016
INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100,
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000,
< 1/100)
Raros
1/10000,
< 1/1000)
Muito raros
(< 1/10000)
Frequência
desconhecida
(não pode ser
estimada a
partir dos
dados
disponíveis)
astenia*, sede
alterações na
marcha
Exames complementares de diagnóstico
Aumento
alanina
aminotransfera
se*, aumento
aspartato
aminotransfera
se*,
diminuição do
peso*,
aumento do
peso*
Esperma
anormal,
aumento do
colesterol sérico
Alterações dos
resultados
laboratoriais
clínicos,
alteração da
função
plaquetária
Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações
Lesões
Procedimentos cirúrgicos e médicos
Procedimento de
vasodilatação
Se a experiência adversa ocorreu na depressão, POC, perturbação de pânico, PTSD e perturbação
de ansiedade social, o termo utilizado foi reclassificado de acordo com os termos utilizados nos
estudos na depressão.
† Foi notificado um caso de neoplasia num doente em tratamento com sertralina, comparativamente
a nenhum caso no grupo placebo.
* estas reações adversas também ocorreram na experiência pós-comercialização
** o denominador usa o número combinado de doentes nesse grupo de género: sertralina (1118
homens, 1424 mulheres) placebo (926 homens, 1219 mulheres)
Para POC, curto prazo, unicamente estudos de 1-12 semanas
*** Foram notificados casos de ideação/comportamento suicida notificados durante o tratamento
com sertralina ou imediatamente após a suspensão do tratamento (ver secção 4.4)
APROVADO EM
10-10-2016
INFARMED
Sintomas de privação observados na suspensão do tratamento com sertralina
A interrupção do tratamento com sertralina (sobretudo quando abrupta) leva
frequentemente a sintomas de privação. As reações notificadas com maior frequência
são tonturas, perturbações sensoriais (incluindo parestesia), perturbações do sono
(incluindo insónia e sonhos intensos), agitação ou ansiedade, náuseas e/ou vómitos,
tremor e cefaleia. Estes sintomas são, geralmente, ligeiros a moderados; contudo, em
alguns doentes podem ser de intensidade grave e/ou prolongados. Portanto, quando já
não é necessário o tratamento com sertralina, a suspensão do tratamento deve ser
efetuada através da diminuição gradual da dose (ver secções 4.2 e 4.4).
População idosa
Os ISRSs ou ISRNs incluindo a sertralina foram associados a casos clinicamente
significativos de hiponatremia em doentes idosos, que podem apresentar maior risco
para este acontecimento adverso (ver secção 4.4).
População pediátrica
Em mais de 600 doentes tratados com sertralina, o perfil geral de reações adversas foi,
globalmente similar ao observado em estudos com adultos. As reações adversas
seguintes foram notificadas em ensaios clínicos controlados (n = 281 doentes tratados
com sertralina):
Muito frequentes (
1/10): cefaleia (22%), insónia (21%), diarreia (11%), náuseas
(15%).
Frequentes (
1/100 a < 1/10): dor torácica, mania, pirexia, vómitos, anorexia,
labilidade emocional, agressão, agitação, nervosismo, perturbações na atenção, tonturas,
hipercinesia, enxaqueca, sonolência, tremor, perturbações visuais, xerostomia,
dispepsia, pesadelos, cansaço, incontinência urinária, erupção cutânea, acne, epistaxe,
flatulência.
Pouco frequentes (
1/1000 to < 1/100): prolongamento do intervalo QT no ECG,
tentativa de suicídio, convulsões, sintomas extrapiramidais, parestesia, depressão,
alucinação, púrpura, hiperventilação, anemia, alteração da função hepática, aumento da
alanina aminotransferase, cistite, herpes simplex, otite externa, otalgia, dor ocular,
midríase, mal-estar geral, hematúria, erupção cutânea pustular, rinite, lesões,
diminuição do peso, espasmos musculares, sonhos anómalos, apatia, albuminúria,
polaquiúria, poliuria, dor na mama, alterações menstruais, alopécia, dermatite, afeções
da pele, odor cutâneo alterado, urticária, bruxismo, afrontamentos.
Frequência desconhecida: enurese.
Efeitos de classe
Estudos epidemiológicos, sobretudo de estudos conduzidos em doentes com 50 anos de
idade e mais velhos, demonstraram um risco acrescido de fraturas ósseas em doentes a
tomar em tratamento com ISRSs e antidepressivos tricíclicos. O mecanismo subjacente
a este risco é ainda desconhecido.
APROVADO EM
10-10-2016
INFARMED
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Toxicidade
A sertralina tem uma margem de segurança dependente da população e/ou medicação
concomitante. Foram descritos casos fatais de sobredosagem com apenas sertralina, ou
em associação com outros fármacos e/ou álcool. Portanto, qualquer sobredosagem deve
ser tratada rapidamente.
Sintomas
Os sintomas de sobredosagem incluem efeitos secundários mediados pela serotonina,
tais como sonolência, alterações gastrointestinais (por ex. náuseas e vómitos),
taquicardia, tremor, agitação e tonturas. Foram notificados casos de coma, embora
menos frequentemente. Após sobredosagem com sertralina, foram notificados casos de
prolongamento QTc/Torsades de Pointes; recomenda-se, portanto, uma monitorização
ECG em todas as ingestões de sobredosagem de sertralina.
Tratamento
Não existem antídotos específicos para a sertralina. Dever-se-á estabelecer e manter
uma via aérea e, se necessário, assegurar uma adequada oxigenação e ventilação. O
carvão ativado, o qual pode ser utilizado com um catártico, pode ser tanto ou mais
eficaz que a lavagem gástrica e deverá ser considerado no tratamento da sobredosagem.
A indução da emese não é recomendada. Recomenda-se a monitorização dos sinais
vitais e cardíacos (por ex. ECG), bem como medidas gerais sintomáticas e de suporte.
Devido ao grande volume de distribuição da sertralina, a diurese forçada, a diálise, a
hemoperfusão e a transfusão de substituição não deverão trazer benefício.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
APROVADO EM
10-10-2016
INFARMED
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 2.9.3 - Sistema Nervoso Central. Psicofármacos.
Antidepressores.
Código ATC: N06A B06
Mecanismo de ação
A sertralina é um inibidor potente e específico da recaptação neuronal da serotonina (5-
HT) in vitro, o que resulta na potenciação dos efeitos 5-HT em animais. Tem, somente,
um efeito muito fraco na recaptação neuronal da noradrenalina e dopamina. Em doses
clínicas a sertralina bloqueia a recaptação da serotonina a nível das plaquetas humanas.
Nos animais, a sertralina é destituída de atividade estimulante, sedativa ou
anticolinérgica, bem como de cardiotoxicidade.
Em estudos controlados com voluntários saudáveis, a sertralina não causou sedação e
não interferiu com o desempenho psicomotor. De acordo com a sua inibição seletiva da
recaptação da 5-HT, a sertralina não reforça a atividade catecolaminérgica. A sertralina
não tem nenhuma afinidade para os recetores muscarínicos (colinérgicos),
serotoninérgicos, dopaminérgicos, adrenérgicos, histaminérgicos, GABA ou
benzodiazepínicos. A administração crónica de sertralina em animais associa-se a uma
hiporegulação dos recetores cerebrais da noradrenalina, tal como se observa com outros
fármacos clinicamente eficazes para tratamento da depressão e da POC.
A sertralina não revelou qualquer potencial de abuso. Num estudo aleatorizado,
comparativo, em dupla ocultação e controlado com placebo, em que se avaliou a
probalidade de desenvolvimento de abuso com a sertralina, alprazolam e d-anfetamina
no ser humano, a sertralina não produziu efeitos subjetivos positivos indicativos de
potencial de abuso. Pelo contrário, o alprazolam e a d-anfetamina foram classificados
com valores significativamente superiores ao placebo no que concerne às medidas de
apetência pelo fármaco, euforia e potencial de abuso. A sertralina não produziu a
estimulação nem a ansiedade associadas à d-anfetamina, nem a sedação ou a disfunção
psicomotora associadas ao alprazolam. A sertralina não funciona como reforço positivo
no macaco rhesus treinado para autoadministração de cocaína, nem substitui, como
estímulo descriminativo, a d-anfetamina ou o fenobarbital no macaco rhesus.
Eficácia e segurança clínicas
Depressão Major
Um estudo que envolveu doentes com depressão que responderam no final de uma fase
de tratamento aberto inicial de 8 semanas com sertralina 50-200 mg/dia. Estes doentes
(n = 295) foram aleatorizados para seguimento durante 44 semanas com sertralina 50-
200 mg/dia, em dupla ocultação, ou placebo. Foi observadada uma menor taxa de
recaída, estatisticamente significativa, nos doentes a tomar sertralina comparativamente
aos que tomavam placebo. A dose média para os doentes que terminaram o estudo foi
de 70 mg/dia. A % de doentes que respondem (definida como aqueles doentes que não
APROVADO EM
10-10-2016
INFARMED
sofreram recaída) para os braços sertralina e placebo foi 83,4% e 60,8%,
respetivamente.
Perturbação de Stress Pós-traumático (PTSD)
Os dados combinados de 3 estudos na PTSD, na população em geral, demonstrou uma
menor taxa de resposta em indivíduos do sexo masculino comparativamente aos do
sexo feminino. Nos dois ensaios positivos na população em geral, as taxas de resposta
do sexo masculino e feminino tratados com sertralina vs placebo foram similares (sexo
feminino: 57,2% vs 34,5%; sexo masculino: 53,9% vs 38,2%). O número total de
doentes do sexo masculino e feminino dos ensaios na população em geral foi de 184 e
430, respetivamente, pelo que os resultados nos indivíduos do sexo feminino são mais
robustos e os indivíduos do sexo masculino foram associados a outras variáveis iniciais
(maior abuso de substâncias, maior duração, origem do trauma, etc.) que foram
correlacionadas com diminuição do efeito.
POC pediátrica
A segurança e eficácia da sertralina (50-200 mg/dia) foram examinadas no tratamento,
em ambulatório, de crianças (6-12 anos de idade) e adolescentes (13-17 anos de idade)
não-deprimidos com perturbação obsessiva compulsiva (POC). Após uma semana de
placebo em ocultação, os doentes foram aleatorizados para doze semanas de tratamento
com dose flexível de sertralina ou placebo. As crianças (6-12 anos) iniciaram o
tratamento com a dose de 25 mg. Os doentes aleatorizados para a sertralina
apresentaram uma melhoria significativamente superior do que aqueles aleatorizados
para o placebo nas escalas Children’s Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale
CY-BOCS (p = 0,005), NIMH Global Obsessive Compulsive Scale (p = 0,019) e CGI
Improvement (p = 0,002). Adicionalmente, foi observada uma tendência para uma
melhoria superior no grupo da sertralina do que no grupo placebo na escala CGI
Severity (p=0,089). Na CY-BOCs os valores médios iniciais e a alteração em relação
aos valores iniciais para o grupo placebo foram 22,25 ± 6,15 e -3,4 ± 0,82,
respetivamente, enquanto para o grupo da sertralina os valores médios iniciais e a
alteração em relação aos valores iniciais para o grupo placebo foram 23,36 ± 4,56 e -6,8
± 0,87, respetivamente.. Numa análise post-hoc, os doentes que respondem, definidos
como os doentes com uma diminuição de 25%, ou superior, na CY-BOCs (a medida
primária de eficácia) desde o valor inicial até ao endpoint, representaram 53% dos
doentes tratados com sertralina, comparativamente a 37% dos doentes tratados com
placebo (p = 0,03).
Não existem dados de segurança e eficácia em utilização prolongada para esta
população pediátrica.
Não estão disponíveis dados relativos a crianças com idade inferior a 6 anos.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
APROVADO EM
10-10-2016
INFARMED
A sertralina apresenta uma farmacocinética proporcional à dose, entre os 50 mg e
200 mg.
No ser humano, após dose oral única diária, de 50 a 200 mg durante 14 dias, as
concentrações plasmáticas máximas de sertralina ocorrem cerca de 4,5 a 8,4 horas após
a administração do fármaco. Os alimentos não alteram, de forma significativa, a
biodisponibilidade dos comprimidos de sertralina.
Distribuição
Aproximadamente 98% do fármaco circulante está ligado às proteínas plasmáticas.
Biotransformação
A sertralina sofre extenso metabolismo hepático de primeira passagem.
Com base nos dados clínicos e in vitro, pode-se concluir que a sertralina é metabolizada
por múltiplas vias incluindo CYP 3A4, CYP 2C19 (ver secção 4.5) e CYP 2B6. A
sertralina e o seu metabolito principal desmetilsertralina são também substratos da
glicoproteína-P in vitro.
Eliminação
A semivida média da sertralina é, aproximadamente, 26 horas (22-36 horas).
Consistente com a semivida de eliminação terminal, existe uma acumulação de
aproximadamente duas vezes até se obterem as concentrações no estado estacionário, o
qual é atingido após uma semana de doses únicas diárias.
A semivida da N-desmetilsertralina é de 62 a 104 horas. A sertralina e a N-
desmetilsertralina são ambas extensivamente metabolizadas no ser humano e os
metabolitos resultantes são excretados nas fezes e na urina em partes iguais. Apenas
uma pequena quantidade (< 0,2%) de sertralina inalterada é excretada na urina.
Linearidade/Não linearidade
A sertralina apresenta uma farmacocinética proporcional à dose no intervalo entre 50
mg e 200 mg.
Farmacocinética em grupos específicos de doentes
População pediátrica com POC
A farmacocinética da sertralina foi estudada em 29 doentes pediátricos com 6-12 anos
de idade e 32 adolescentes com 13-17 anos de idade. Foi efetuada a titulação gradual
para uma dose diária de 200 mg em 32 dias, quer com uma dose inicial de 25 mg e
incrementos graduais, quer com uma dose inicial de 50 mg ou incrementos. Os
esquemas posológicos de 25 mg e 50 mg foram igualmente tolerados. No estado
estacionário para a dose de 200 mg, os níveis plasmáticos de sertralina no grupo 6-12
anos de idade foram, aproximadamente, 35% superiores comparativamente ao grupo
13-17 anos de idade, e 21% superior comparativamente ao grupo adulto de referência.
Não foram observadas diferenças significativas entre rapazes e raparigas relativamente
à depuração. Nas crianças, é recomendada uma dose inicial baixa e incrementos
APROVADO EM
10-10-2016
INFARMED
graduais de 25 mg, sobretudo naquelas com baixo peso corporal. Nos adolescentes a
administração pode ser semelhante à dos adultos.
Adolescentes e idosos
O perfil farmacocinético nos adolescentes ou nos idosos não é significativamente
diferente do observado nos adultos com idades entre os 18 e 65 anos.
Insuficiência hepática
Em doentes com dano hepático, a semivida da sertralina é prolongada e a AUC
encontra-se aumentada em três vezes (ver secções 4.2 e 4.4).
Disfunção renal
Em doentes com disfunção renal moderada a grave, não foi observada acumulação
significativa de sertralina.
Farmacogenómica
Os níveis plasmáticos de sertralina foram 50% superiores nos metabolizadores fracos
do CYP 2C19 comparativamente aos metabolizadores extensivos. O significado clínico
não é claro, e os doentes requerem titulação da dose com base na resposta clínica.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos
convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida,
genotoxicidade e carcinogenicidade. Os estudos de toxidade reprodutiva em animais
não revelaram evidência de teratogenicidade ou efeitos adversos na fertilidade
masculina. A fetotoxicidade observada estaria provavelmente relacionada com
toxicidade materna. A sobrevivência pós-natal e o peso corporal de crias diminuíram
apenas durante os primeiros dias após o nascimento. Foi verificado que a mortalidade
pós-natal inicial era devida a exposição in utero após o dia 15 da gravidez. Os atrasos
no desenvolvimento pós-natal observados em crias de fêmeas tratadas foram
provavelmente devidos a efeitos nas fêmeas e portanto não relevantes para risco
humano.
Os dados em animais roedores e não roedores não revelam efeitos sobre a fertilidade.
Estudos em animais juvenis
Foi realizado um estudo toxicológico juvenil em ratos, em que foi administrada
sertralina por via oral, a ratos macho e fêmea nos Dias 21 a 56 pós-natais (em doses de
10, 40, ou 80 mg/kg/dia), seguido por uma fase de recuperação sem medicação até ao
Dia 196 pós-natal. Ocorreram atrasos na maturação sexual dos machos e das fêmeas em
diferentes doses (machos na dose de 80 mg/kg e nas fêmeas com dose 10 mg/kg), mas
apesar destes resultados, a sertralina não teve qualquer efeito em nenhum dos
parâmetros reprodutivos dos machos ou das fêmeas que foram avaliados.
APROVADO EM
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Adicionalmente, nos Dias 21 a 56 pós-natais, observou-se desidratação, rinorreia e uma
diminuição do valor médio do peso corporal ganho. Todos os efeitos anteriormente
mencionados, atribuídos à sertralina, foram revertidos nalgum ponto durante a fase de
recuperação sem medicação do estudo. A relevância clínica dos efeitos observados em
ratos aos quais foi administrada sertralina não foi estabelecida.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1. Lista dos excipientes
Sertralina Aserta, comprimidos doseados a 50 mg e 100 mg contêm:
Núcleo do comprimido:
hidrogenofosfato de cálcio di-hidratado
celulose microcristalina
carboximetilamido sódico
sílica coloidal anidra
estearato de magnésio
Revestimento:
álcool polivinílico
dióxido de titânio
macrogol 300
talco
Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Os comprimidos são acondicionados em blister transparente de PVC/ Alumínio.
Embalagens com 10 / 14 / 28 / 30 / 56 / 60 comprimidos (Sertralina Aserta 50 mg
Comprimidos)
APROVADO EM
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Embalagens com 10 / 14 / 28 / 30 / 56 / 60 comprimidos (Sertralina Aserta 100 mg
Comprimidos ).
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
PENTAFARMA – Sociedade Técnico-Medicinal, S.A.
Rua da Tapada Grande, n.º 2
Abrunheira
2710-089 Sintra
Portugal
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Sertralina Aserta 50 mg Comprimidos
Embalagem com 10 comprimidos revestidos por película - Registo N.º 5307590
Embalagem com 14 comprimidos revestidos por película - Registo N.º 5307699
Embalagem com 28 comprimidos revestidos por película - Registo N.º 5307798
Embalagem com 30 comprimidos revestidos por película - Registo N.º 5307897
Embalagem com 56 comprimidos revestidos por película - Registo N.º 5307996
Embalagem com 60 comprimidos revestidos por película - Registo N.º 5308093
Sertralina Aserta 100 mg Comprimidos
Embalagem com 10 comprimidos revestidos por película - Registo N.º 5308192
Embalagem com 14 comprimidos revestidos por película - Registo N.º 5308291
Embalagem com 28 comprimidos revestidos por película - Registo N.º 5308390
Embalagem com 30 comprimidos revestidos por película - Registo N.º 5308499
Embalagem com 56 comprimidos revestidos por película - Registo N.º 5308598
Embalagem com 60 comprimidos revestidos por película - Registo N.º 5308697
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO
DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
APROVADO EM
10-10-2016
INFARMED