Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
14-01-2011
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APROVADO EM
14-01-2011
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
SERTRALINA ARROWBLUE 25 mg comprimidos revestidos por película
SERTRALINA ARROWBLUE 50 mg comprimidos revestidos por película
SERTRALINA ARROWBLUE 100 mg comprimidos revestidos por película
Sertralina
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é SERTRALINA ARROWBLUE e para que é utilizado.
2. Antes de tomar SERTRALINA ARROWBLUE.
3. Como tomar SERTRALINA ARROWBLUE.
4. Efeitos secundários possíveis.
5. Como conservar SERTRALINA ARROWBLUE.
6. Outras informações.
1. O QUE É SERTRALINA ARROWBLUE E PARA QUE É UTILIZADO
SERTRALINA
ARROWBLUE
contém
substância
activa
sertralina.
sertralina
pertence a um grupo de medicamentos denominados Inibidores Selectivos da
Recaptação da Serotonina (ISRSs); estes medicamentos são utilizados para tratar a
depressão e ou perturbações de ansiedade.
SERTRALINA ARROWBLUE pode ser utilizado para tratar:
Depressão e prevenção da recorrência da depressão (em adultos).
Perturbação de ansiedade social (em adultos).
Perturbação de stress pós-traumático (PTSD) (em adultos).
Perturbação de pânico (em adultos).
Perturbação obsessiva-compulsiva (POC) (em adultos e crianças e adolescentes com
6-17 anos de idade).
A depressão é uma condição clínica com sintomas como sentimento de tristeza,
incapacidade de dormir correctamente ou de apreciar a vida como costumava.
A POC e a perturbação de pânico são doenças associadas a ansiedade com sintomas
como sentimento de constante incómodo por ideias persistentes (obsessões) que o
levam a desempenhar rituais repetitivos (compulsões).
A PTSD é uma condição que pode ocorrer após uma experiência emocional muito
traumática e apresenta alguns sintomas que são similares a depressão e ansiedade.
perturbação
ansiedade
social
(fobia
social)
doença
associada
ansiedade. É caracterizada por sensações de ansiedade intensa ou nervosismo em
situações sociais (por exemplo: falar com estranhos, falar à frente de grupos de
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pessoas, comer ou beber à frente de outros ou receio de poder comportar-se de
maneira embaraçosa).
O seu médico decidiu que este medicamento é indicado para tratar a sua doença.
Deve consultar o seu médico caso tenha dúvidas quanto ao motivo da prescrição de
SERTRALINA ARROWBLUE.
2. ANTES DE TOMAR SERTRALINA ARROWBLUE
Não tome SERTRALINA ARROWBLUE
Se tem alergia (hipersensibilidade) à sertralina ou a qualquer outro componente de
SERTRALINA ARROWBLUE.
está
tomar,
tomou,
medicamentos
denominados
inibidores
monoaminoxidase (IMAOs como selegilina, moclobemida) ou fármacos semelhantes
aos IMAOs (como linezolida). Se parar o tratamento com sertralina, deve esperar,
pelo menos, uma semana antes de iniciar o tratamento com um IMAO. Após parar o
tratamento com um IMAO, deve esperar, pelo menos, 2 semanas antes de iniciar o
tratamento com sertralina.
Se está a tomar outro medicamento denominado pimozida (um medicamento
antipsicótico).
Tome especial cuidado com SERTRALINA ARROWBLUE
Os medicamentos nem sempre são adequados para todas as pessoas. Informe o seu
médico antes de tomar SERTRALINA ARROWBLUE caso sofra, ou tenha sofrido no
passado, de qualquer uma das seguintes condições:
Síndrome serotoninérgica. Em casos raros, esta síndrome pode ocorrer quando toma
certos medicamentos ao mesmo tempo que a sertralina. (Para sintomas, ver secção
4. Efeitos secundários possíveis). O seu médico deve tê-lo informado se sofreu desta
condição no passado.
Se tem baixo nível de sódio no sangue, uma vez que pode ser resultado do
tratamento com SERTRALINA ARROWBLUE. Também deverá informar o seu médico
caso esteja a tomar certos medicamentos para a hipertensão, uma vez que estes
medicamentos também podem alterar os níveis de sódio no sangue.
Tenha especial precaução caso seja idoso uma vez que pode ter um risco aumentado
de ter um baixo nível de sódio no sangue (ver acima).
Doença hepática; o seu médico poderá decidir que deve tomar uma dose mais baixa
de SERTRALINA ARROWBLUE.
Diabetes; os seus níveis de glicose podem ser alterados devido a SERTRALINA
ARROWBLUE e os seus medicamentos para a diabetes podem necessitar de ajuste
posológico.
Epilepsia ou antecedentes de crises epilépticas. Caso tenha uma crise epiléptica,
contacte o seu médico imediatamente.
Se sofreu de doença maníaca depressiva (doença bipolar) ou esquizofrenia. Caso
tenha um episódio maníaco, contacte o seu médico imediatamente.
Se tem, ou teve anteriormente, pensamentos suicidas (ver abaixo pensamentos
suicidas e agravamento da depressão ou perturbação da ansiedade).
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Se sofre de perturbações hemorrágicas ou se está tomar medicamentos que
aumentem a fluidez do sangue (ex: ácido acetilsalicílico ou varfarina) ou que possam
aumentar o risco de hemorragia.
Se for uma criança ou adolescente com idade inferior a 18 anos. SERTRALINA
ARROWBLUE deve apenas ser utilizado para tratar crianças e adolescentes com
idades entre os 6-17 anos, que sofram de perturbação obsessiva compulsiva. Se
estiver a ser tratado para esta perturbação, o seu médico irá querer monitorizá-lo de
perto (ver Utilização em crianças e adolescentes abaixo).
Se estiver a fazer terapia electroconvulsiva (TEC).
Acatísia/inquietude:
A utilização de sertralina tem sido associada a acatísia (caracterizada por uma
instabilidade perturbadora e necessidade de agitar, muitas vezes acompanhada por
uma incapacidade de estar ou permanecer quieto). A probabilidade de ocorrência é
maior nas primeiras semanas de tratamento. O aumento da dose pode ser prejudicial
nos doentes que desenvolvem estes sintomas.
Reacções de privação:
As reacções de privação são comuns quando o tratamento é interrompido, sobretudo
se for interrompido abruptamente (ver secção 4. Efeitos secundários possíveis). O
risco de reacções de privação depende da duração do tratamento, da dose e da taxa
de redução da dose. Em regra tais sintomas são, geralmente, ligeiros a moderados,
no entanto, podem ser graves em alguns doentes. Ocorrem habitualmente nos
primeiros dias após a interrupção do tratamento. De um modo geral, tais sintomas
desaparecem em 2 semanas. Em alguns doentes podem durar mais tempo (2-3
meses
mais).
Aquando
interrupção
tratamento
sertralina,
recomendada a redução gradual da dose durante um período de algumas semanas
ou meses, dependendo das necessidades do doente.
Pensamentos relacionados com o suicídio e agravamento da sua depressão ou
perturbação da ansiedade:
Se se encontra deprimido e/ou tem perturbações de ansiedade pode, por vezes,
pensar em auto-agredir-se ou suicidar-se. Estes pensamentos podem aumentar no
início do tratamento com antidepressivos, pois estes medicamentos demoram cerca
de duas semanas a fazerem-se sentir mas, por vezes, pode demorar mais tempo.
Poderá estar mais predisposto a ter este tipo de pensamentos nas seguintes
situações:
Se tem antecedentes de ter pensamentos sobre suicidar-se ou auto-agredir-se.
Se é um jovem adulto. A informação proveniente de ensaios clínicos revelou um
maior risco de comportamento suicida em indivíduos adultos com menos de 25 anos
de idade com problemas psiquiátricos tratados com antidepressivos.
Se em qualquer momento tiver pensamentos de auto-agressão ou suicídio deverá
contactar o seu médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital.
Poderá ser útil para si contar a uma pessoa próxima de si, ou a um familiar, que se
encontra deprimido, ou que tem perturbações de ansiedade, e dar-lhes este folheto a
ler. Poderá também solicitar-lhes que o informem caso verifiquem um agravamento
estado
depressão
ansiedade,
ficarem
preocupados
alterações no seu comportamento.
Utilização em crianças e adolescentes:
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A sertralina não deve, normalmente, ser utilizada em crianças e adolescentes com
idade inferior a 18 anos, excepto no caso de doentes com Perturbação Obsessiva-
Compulsiva. Doentes com idade inferior a 18 anos apresentam um risco acrescido de
efeitos indesejáveis tais como, tentativa de suicídio, ideação suicida e hostilidade
(predominantemente
agressão,
comportamento
oposição
cólera),
quando
tomam medicamentos desta classe. Apesar disso, o médico poderá prescrever
SERTRALINA ARROWBLUE para doentes com idade inferior a 18 anos quando decida
que tal é necessário. Se o seu médico prescreveu SERTRALINA ARROWBLUE para um
doente com menos de 18 anos e gostaria de discutir esta questão, volte a contactá-
lo. Deverá informar o seu médico se algum dos sintomas acima mencionados se
desenvolver ou piorar quando doentes com menos de 18 anos estejam a tomar
SERTRALINA ARROWBLUE. Não foram ainda demonstrados os efeitos de segurança
de SERTRALINA ARROWBLUE a longo prazo, no que respeita ao crescimento, à
maturação e ao desenvolvimento cognitivo e comportamental neste grupo etário.
Ao tomar SERTRALINA ARROWBLUE com outros medicamentos:
Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros
medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Alguns medicamentos podem afectar o modo como SERTRALINA ARROWBLUE actua,
ou SERTRALINA ARROWBLUE pode reduzir a efectividade de outros medicamentos
tomados ao mesmo tempo.
Tomar SERTRALINA ARROWBLUE com os medicamentos seguintes pode causar
efeitos secundários graves:
Medicamentos denominados inibidores da monoamino-oxidase (IMAOs) como a
moclobemida
(para
tratar
depressão),
selegilina
(para
tratar
doença
Parkinson) e o antibiótico linezolida. Não utilize SERTRALINA ARROWBLUE com
IMAOs.
Medicamentos para tratar perturbações mentais (pimozida). Não utilize SERTRALINA
ARROWBLUE com pimozida.
Informe o seu médico se estiver a tomar algum dos medicamentos seguintes:
Produtos medicinais que contenham hipericão (Hipericum perforatum). Os efeitos do
hipericão podem prolongar-se por 1-2 semanas. Fale com o seu médico.
Produtos que contenham o aminoácido triptofano.
Medicamentos para tratar a dor de forte intensidade (por exemplo tramadol).
Medicamentos para tratar enxaquecas (por exemplo sumatriptano).
Medicamentos para diminuir a fluidez do sangue (varfarina).
Medicamentos para o tratamento da dor/artrite (anti-inflamatórios não esteróides
(AINEs) como o ibuprofeno, ácido acetilsalicílico).
Sedativos (diazepam).
Diuréticos.
Medicamentos para tratar a epilepsia (fenitoína).
Medicamentos para tratar a diabetes (tolbutamida).
Medicamentos para tratar o excesso de ácido no estômago e úlceras (cimetidina).
Medicamentos para tratar a mania e depressão (lítio).
Outros medicamentos para tratar a depressão (como amitriptilina, nortriptilina).
Medicamentos
para
tratar
esquizofrenia
outras
perturbações
mentais
(como
perfenazina, levomepromazina e olanzapina).
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Ao tomar SERTRALINA ARROWBLUE com alimentos e bebidas
SERTRALINA ARROWBLUE comprimidos pode ser tomado com ou sem alimentos.
Deve ser evitado o álcool enquanto estiver a tomar SERTRALINA ARROWBLUE.
Gravidez e aleitamento:
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Fale com o seu médico assim que possível se está grávida, pensa que está grávida
ou planeia engravidar.
A segurança da sertralina não foi estabelecida na mulher grávida. A sertralina apenas
deve ser utilizada por mulheres grávidas caso o médico considere que o benefício
para a mãe exceda quaisquer riscos possíveis para o feto. As mulheres em idade
fértil deverão utilizar um método contraceptivo adequado se forem medicadas com
sertralina.
Certifique-se que o seu médico e/ou o pessoal de enfermagem sabem que está a
tomar sertralina. Quando tomados durante a gravidez, especialmente nos últimos 3
meses de gravidez, fármacos como SERTRALINA ARROWBLUE podem aumentar o
risco de uma situação grave nos bebés chamada hipertensão pulmonar persistente
no recém-nascido (HPPN), que faz com que o bebé respire mais rapidamente e que
pareça azulado. Estes sintomas começam habitualmente durante as primeiras 24
horas após o nascimento. Se isto acontecer ao seu bebé deverá contactar o seu
médico e/ou o pessoal de enfermagem imediatamente.
Existe evidência de que a sertralina é excretada no leite materno. A sertralina
apenas deve ser utilizada por mulheres a amamentar caso o médico considere que o
benefício para a mãe exceda quaisquer riscos possíveis para o bebé.
Condução de veículos e utilização de máquinas:
Os fármacos psicotrópicos como a sertralina podem influenciar a sua capacidade para
conduzir veículos e utilizar máquinas. Portanto, não deve conduzir veículos ou utilizar
máquinas até que saiba como esta medicação afecta a sua capacidade para
desempenhar estas actividades.
3. COMO TOMAR SERTRALINA ARROWBLUE
Tomar sempre SERTRALINA ARROWBLUE de acordo com as indicações do médico.
SERTRALINA ARROWBLUE comprimidos pode ser tomado com ou sem alimentos.
Tome o seu medicamento uma vez ao dia, de manhã ou à noite.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Dose habitual
Adultos:
Depressão e Perturbação Obsessiva-Compulsiva:
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A dose de 50 mg/dia é normalmente efectiva na depressão e POC. A dose diária
pode ser aumentada em incrementos de 50 mg durante, no mínimo uma semana, a
um período de algumas semanas. A dose máxima recomendada é 200 mg/dia.
Perturbação de pânico, Perturbação de Ansiedade Social e Perturbação de Stress
Pós-Traumático:
Na perturbação de pânico, perturbação de ansiedade social e perturbação de stress
pós-traumático, o tratamento deve ser iniciado com a dose de 25 mg/dia e, após
uma semana, aumentado para 50 mg/dia.
A dose diária pode ser aumentada em incrementos de 50 mg durante um período de
algumas semanas. A dose máxima recomendada é 200 mg/dia.
Crianças e adolescentes:
SERTRALINA
ARROWBLUE
deve
apenas
utilizado
para
tratar
crianças
adolescentes que sofram de POC com idade compreendida entre 6-17 anos.
Perturbação Obsessiva-Compulsiva:
Crianças entre 6 e 12 anos de idade: a dose inicial recomendada é de 25 mg/dia.
Após uma semana, o seu médico pode aumentar a dose para 50 mg/dia. A dose
máxima é 200 mg/dia.
Adolescentes entre 13 e 17 anos de idade: a dose inicial recomendada é de 50
mg/dia. A dose máxima é 200 mg/dia.
Caso tenha problemas de fígado ou rins, informe o seu médico e siga os seus
conselhos.
O seu médico irá dizer-lhe durante quanto tempo deverá tomar esta medicação. Isto
dependerá da natureza da sua doença e do modo como responde ao tratamento.
Poderão decorrer várias semanas até que os seus sintomas comecem a melhorar.
Se tomar mais SERTRALINA ARROWBLUE do que deveria:
Se tomar demasiado SERTRALINA ARROWBLUE acidentalmente, contacte o seu
médico imediatamente ou dirija-se à urgência hospitalar mais próxima. Leve a
embalagem do medicamento consigo, quer ainda tenha medicamento ou não.
sintomas
sobredosagem
podem
incluir
sonolência,
náuseas
vómitos,
aceleração dos batimentos cardíacos, tremores, agitação, tonturas e, em casos
raros, inconsciência.
Caso se tenha esquecido de tomar SERTRALINA ARROWBLUE:
Caso se tenha esquecido de tomar um comprido, não tome o comprimido esquecido.
Tome o próximo comprimido na hora habitual.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar SERTRALINA ARROWBLUE:
Não pare de tomar SERTRALINA ARROWBLUE a menos que o seu médico o indique.
O seu médico irá querer reduzir a sua dose de SERTRALINA ARROWBLUE durante
várias semanas antes de interromper a toma deste medicamento. Se interromper
abruptamente a toma deste medicamento pode sofrer efeitos indesejáveis como
tonturas, dormência, perturbações do sono, agitação ou ansiedade, dor de cabeça,
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enjoos, indisposição e tremores. Se sentir algum destes efeitos secundários, ou
quaisquer outros efeitos secundários enquanto interrompe a toma de SERTRALINA
ARROWBLUE, fale com o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Como
todos
medicamentos,
SERTRALINA
ARROWBLUE
pode
causar
efeitos
secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
O efeito secundário mais frequente é náusea. Os efeitos secundários dependem da
dose e são normalmente transitórios com a continuação do tratamento.
Informe o seu médico imediatamente:
Se sentir algum dos sintomas seguintes após a toma deste medicamento, estes
sintomas podem ser graves.
Se desenvolver uma reacção cutânea grave que cause bolhas (eritema multiforme),
(isto pode afectar a boca e a língua). Estes podem ser sinais de uma situação
conhecida como síndrome de Stevens-Johnson, ou Necrólise Epidérmica Tóxica
(NET). O seu médico irá parar o seu tratamento nestes casos.
Reacção alérgica ou alergia, que podem incluir sintomas como uma erupção cutânea
com comichão, dificuldade em respirar, pieira, inchaço das pálpebras, cara ou lábios.
Se sentir agitação, confusão, diarreia, temperatura e tensão altas, transpiração
excessiva e batimentos cardíacos acelerados. Estes são sintomas da Síndrome
Serotoninérgica. Em casos raros, esta síndrome pode ocorrer enquanto estiver a
tomar certos medicamentos ao mesmo tempo que a sertralina. O seu médico pode
querer parar o seu tratamento.
Se desenvolver olhos e pele amarelos, o que pode significar danos no fígado.
Se sentir sintomas depressivos com ideias suicidas.
Se começar a ter sentimentos de inquietação e não se sentir capaz de sentar ou
permanecer quieto após a toma de SERTRALINA ARROWBLUE. Deve informar o seu
médico se começar a sentir-se inquieto.
Os efeitos secundários seguintes foram observados em ensaios clínicos realizados
com adultos.
Efeitos secundários muito frequentes (ocorrem em mais de 1 em cada 10 doentes)
Insónia, tonturas, sonolência, dor de cabeça, diarreia, enjoo, boca seca, falência
ejaculatória, fadiga.
Efeitos secundários frequentes (ocorrem entre 1 a 10 em cada 100 doentes):
Dor de garganta, anorexia, aumento do apetite, depressão, sensação estranha,
pesadelos, ansiedade, agitação, nervosismo, diminuição do interesse sexual, ranger
os dentes, dormência e formigueiro, tremor, tensão muscular, alteração do paladar,
falta
atenção,
perturbações
visuais,
zumbido
ouvidos,
palpitações,
afrontamentos, bocejo, dores abdominais, vómitos, prisão de ventre, mal-estar do
estômago,
gases,
erupção
cutânea,
aumento
transpiração,
muscular,
disfunção sexual, disfunção eréctil, dor no tórax.
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Efeitos secundários pouco frequentes (ocorrem entre 1 a 10 em cada 1000 doentes)
Resfriado, corrimento nasal, alucinações, sentimento de felicidade, falta de cuidados,
pensamentos anómalos, convulsões, contracções musculares involuntárias, alteração
coordenação,
movimentos
excessivos,
amnésia,
diminuição
sensação,
desordem do discurso, tonturas ao levantar, enxaqueca, dor no ouvido, batimentos
cardíacos acelerados, tensão alta, rubor, dificuldades respiratórias, possíveis sibilos,
falta de ar, sangramento do nariz, problemas no esófago, dificuldade em engolir,
hemorróidas, aumento da salivação, alterações na língua, arrotos, inchaço dos olhos,
manchas
roxas
pele,
perda
cabelo,
suores
frios,
pele
seca,
urticária,
osteoartrite, fraqueza muscular, dor de costas, espasmos musculares, necessidade
de urinar durante a noite, incapacidade de urinar, aumento da micção, aumento da
frequência de urinar, problemas a urinar, hemorragia vaginal, disfunção sexual
feminina, mal-estar, arrepios, febre, fraqueza, sede, diminuição do peso, aumento
do peso.
Efeitos secundários raros (ocorrem entre 1 a 10 em cada 10000 doentes)
Problemas
intestinais,
infecção
ouvido,
cancro,
glândulas
inchadas,
níveis
elevados de colesterol, baixo nível de açúcar no sangue, sintomas físicos devido a
stress
emoções,
dependência
substâncias,
perturbação
psicótica,
agressividade, paranóia, pensamentos suicidas, sonambulismo, ejaculação precoce,
coma,
movimentos
alterados,
dificuldades
movimentação,
aumento
sensibilidade, perturbações sensoriais, glaucoma, problemas lacrimais, manchas nos
campos visuais, visão dupla, dor nos olhos provocada pela luz, sangue no olho,
pupilas
dilatadas,
ataque
cardíaco,
batimentos
cardíacos
lentos,
problemas
cardíacos, má circulação sanguínea nos braços e pernas, aperto na garganta,
respiração rápida, respiração lenta, dificuldade em falar, soluços, sangue nas fezes,
feridas na boca, ulceração da língua, afecções nos dentes, afecções na língua,
ulceração da boca, alterações da função hepática, problemas da pele com bolhas,
erupção folicular, alteração da textura do cabelo, alteração do odor da pele,
problemas ósseos, diminuição da micção, incontinência urinária, hesitação urinária,
sangramento vaginal excessivo, secura vaginal, inchaço e vermelhidão do pénis e do
prepúcio, corrimento genital, erecção prolongada, corrimento mamário, hérnia,
cicatriz no local de injecção, tolerância ao fármaco diminuída, dificuldades na
marcha,
alterações
testes
laboratoriais,
alteração
sémen,
lesões,
procedimento de relaxamento dos vasos sanguíneos.
Após a comercialização da sertralina, foram comunicados os seguintes efeitos
secundários:
Diminuição
glóbulos
brancos,
diminuição
plaquetas,
níveis
baixos
hormonas
tiróide,
problemas
endócrinos,
baixos
níveis
sal no
sangue,
pesadelos, comportamento suicida, problemas nos movimentos musculares (como
excesso de movimentos, músculos tensos e dificuldade em caminhar), desmaios,
alteração
visão,
problemas
hemorrágicos
(como
sangramento
nariz,
hemorragia no estômago ou sangue na urina), pancreatite, problemas graves na
função hepática, icterícia, edema da pele, reacção da pele ao sol, comichão, dor nas
articulações, cãibras musculares, aumento mamário, irregularidades menstruais,
inchaço nas pernas, problemas de coagulação e reacção alérgica grave.
Foi observado um risco aumentado de fracturas ósseas em doentes a tomar este tipo
de medicamentos.
Efeitos secundários em crianças e adolescentes
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Em ensaios clínicos com crianças e adolescentes, os efeitos secundários foram
geralmente semelhantes aos adultos (ver acima). Os efeitos secundários mais
comuns em crianças e adolescentes foram dor de cabeça, insónia, diarreia e
indisposição.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR SERTRALINA ARROWBLUE
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não
utilize SERTRALINA
ARROWBLUE
após o
prazo
validade
impresso
embalagem exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não
necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de SERTRALINA ARROWBLUE
- A substância activa é a sertralina. Cada comprimido revestido por película de
Sertralina arrowblue 25 mg contém cloridrato de sertralina equivalente a 25 mg de
sertralina. Cada comprimido revestido por película de Sertralina arrowblue 50 mg
contém cloridrato de sertralina equivalente a 50 mg de sertralina. Cada comprimido
revestido por película de Sertralina arrowblue 100 mg contém cloridrato de sertralina
equivalente a 100 mg de sertralina.
- Os outros componentes são: núcleo - celulose microcristalina, hidrogenofosfato de
cálcio di-hidratado, hipromelose, carboximetilamido sódico e estearato de magnésio;
revestimento: Opadry YS-1-7003 e Opadry YS-1R-7006 claro.
Qual o aspecto de <NOME DO MEDICAMENTO> e conteúdo da embalagem
Sertralina arrowblue apresenta-se na forma de comprimidos revestidos por película.
Sertralina arrowblue 25 mg são comprimidos brancos, oblongos e biconvexos com
"SR25" numa das faces e “|” na outra face.
Sertralina arrowblue 50 mg são comprimidos brancos, oblongos e biconvexos com
"SR50" numa das faces e “|” na outra face.
Sertralina arrowblue 100 mg são comprimidos brancos, oblongos e biconvexos com
"SR100" numa das faces e sem inscrições na outra face.
comprimidos
revestidos
película
Sertralina
arrowblue
encontram-se
acondicionados em películas de alumínio/PVC/PVdC.
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Embalagens contendo 7, 14, 20, 28, 50, 56, 60 e 98 comprimidos revestidos por
película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Arrowblue Produtos Farmacêuticos S.A.
Av. D. João II, Torre Fernão de Magalhães, 10ºEsq.
1998-025 Lisboa
Portugal
Fabricantes:
Juta Pharma GmbH
Gutenbergstrasse, 13
D-24941 Flensburg
Alemanha
Arrow Generics, Ltd.
Unit 2 - Eastman Way
SG1 4SZ Stevenage - Hertfordshire
Reino Unido
Arrow Pharm Ltd.
HF 62, Hal Far Industrial Estate
BBG 06 Hal Far
Malta
Selamine Ltd.
Clonshaugh Industrial Estate - Clonshaugh
Dubin 17
Irlanda
Este folheto foi aprovado pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
SERTRALINA ARROWBLUE 25mg Comprimidos revestidos por película
SERTRALINA ARROWBLUE 50 mg Comprimidos revestidos por película
SERTRALINA ARROWBLUE 100 mg Comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Sertralina arrowblue 25 mg Comprimidos revestidos por película contém cloridrato de
sertralina, equivalente a 25 mg de sertralina, como substância activa.
Sertralina arrowblue 50 mg Comprimidos revestidos por película contém cloridrato de
sertralina, equivalente a 50 mg de sertralina, como substância activa.
Sertralina arrowblue 100 mg Comprimidos revestidos por película contém cloridrato
de sertralina, equivalente a 100 mg de sertralina, como substância activa.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película
Sertralina arrowblue 25 mg: Comprimidos brancos, oblongos e biconvexos com
“SR25” numa das faces e “|” na outra face.
Sertralina arrowblue 50 mg: Comprimidos brancos, oblongos e biconvexos com
“SR50” numa das faces e “|” na outra face.
Sertralina arrowblue 100 mg: Comprimidos brancos, oblongos e biconvexos com
“SR100” numa das faces e sem inscrições na outra face.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Sertralina está indicada para o tratamento de:
Episódios depressivos major. Prevenção de recorrência de episódios depressivos
major.
Perturbação de pânico, com ou sem agorafobia.
Perturbação Obsessiva-Compulsiva (POC) em adultos e doentes pediátricos com 6-17
anos de idade.
Perturbação de ansiedade social.
Perturbação de Stress Pós-Traumático (PTSD).
4.2 Posologia e modo de administração
Sertralina deve ser administrada em toma única diária de manhã ou à noite.
Os comprimidos de sertralina podem ser administrados com ou sem alimentos.
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Tratamento inicial
Depressão e POC
O tratamento com sertralina deve ser iniciado com uma dose de 50 mg/dia.
Perturbação de Pânico, PTSD e Perturbação de Ansiedade Social
O tratamento deve ser iniciado com uma dose de 25 mg/dia. Após uma semana, a
dose deverá ser aumentada para 50 mg, uma vez ao dia. Este regime posológico
tem demonstrado reduzir a frequência dos efeitos secundários precoces emergentes
do tratamento, característicos da perturbação de pânico.
Titulação
Depressão, POC, Perturbação de Pânico, Perturbação de Ansiedade Social e PTSD
Os doentes que não respondam a uma dose de 50 mg poderão beneficiar de
aumentos da dose. As alterações na dose devem ser efectuadas em incrementos de
50 mg com intervalos de, pelo menos, uma semana, até à dose máxima de
200 mg/dia. Alterações na dose não devem ser efectuadas mais que uma vez por
semana, tendo em conta as 24 horas de semi-vida de eliminação da sertralina.
O início do efeito terapêutico pode ser observado dentro de sete dias. No entanto,
são habitualmente necessários períodos mais longos para que se demonstre resposta
terapêutica, especialmente na POC.
Manutenção
A dose durante a terapêutica prolongada deve manter-se no mais baixo nível eficaz,
com ajustes subsequentes consoante a resposta terapêutica.
Depressão
O tratamento prolongado pode também ser apropriado na prevenção da recorrência
de episódios depressivos major (EDM). Na maioria dos casos, a dose recomendada
na prevenção da recorrência de EDM é igual à utilizada durante o episódio corrente.
Os doentes com depressão devem ser tratados por um período de tempo suficiente,
de pelo menos 6 meses, para assegurar que estão livre de sintomas.
Perturbação de pânico e POC
Deve-se avaliar regularmente o tratamento continuado na perturbação de pânico e
POC, uma vez que não se demonstrou a prevenção de recaídas nestas perturbações.
Doentes pediátricos
Crianças e adolescentes com perturbação obsessiva compulsiva
13-17 anos: inicialmente 50 mg, uma vez ao dia.
6-12 anos: inicialmente 25 mg, uma vez ao dia. A dose pode ser aumentada para
50 mg, uma vez ao dia, após uma semana.
As doses subsequentes podem ser aumentadas, nos casos em que resposta é inferior
ao desejado, em incrementos de 50 mg durante algumas semanas, conforme
necessário. A dose máxima é de 200 mg por dia. No entanto, quando ocorrem
aumentos em relação à dose de 50 mg deve ter-se em consideração o peso corporal
APROVADO EM
14-01-2011
INFARMED
geralmente inferior nas crianças em comparação com os adultos. As alterações da
dose não devem ocorrer em intervalos inferiores a uma semana.
Não foi demonstrada eficácia em doentes pediátricos com depressão major.
Não estão disponíveis dados relativos a crianças com idade inferior a 6 anos (ver
secção 4.4).
Utilização no idoso
A dose deve ser ajustada com precaução em idosos, uma vez que o risco de
hiponatremia pode estar aumentado (ver secção 4.4).
Utilização na insuficiência hepática
A utilização da sertralina em doentes com doença hepática deve ser feita com
precaução. Em doentes com insuficiência hepática, deve ser considerada a utilização
de uma dose menor ou menos frequente (ver secção 4.4). A sertralina não deve ser
utilizada
casos
insuficiência
hepática
grave,
não
estão
disponíveis dados clínicos (ver secção 4.4).
Utilização na insuficiência renal
Não é necessário ajuste de dose em doentes com insuficiência renal (ser secção 4.4).
Sintomas de privação observados na descontinuação da sertralina
A descontinuação abrupta deve ser evitada. Quando se interrompe o tratamento com
sertralina, a dose deve ser gradualmente reduzida ao longo de um período de, pelo
menos, uma a duas semanas, a fim de reduzir o risco de reacções de privação (ver
secções 4.4 e 4.8). Caso ocorram sintomas intoleráveis após uma diminuição da
dose ou descontinuação do tratamento, poderá considerar-se retomar a dose
prescrita anteriormente. Subsequentemente, o médico pode continuar a diminuir a
dose, mas a um ritmo mais lento.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes.
A administração concomitante de inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) está
contra-indicada, devido ao risco de síndrome serotoninérgica que inclui sintomas
como agitação, tremor e hipertermia. O tratamento com sertralina não deve ser
iniciado no período de, pelo menos, 14 dias após descontinuação do tratamento com
um IMAO irreversível. A sertralina deve ser descontinuada, pelo menos, 7 dias antes
do início do tratamento com um IMAO irreversível (ver secção 4.5).
A administração concomitante da pimozida é contra-indicada (ver secção 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Mudança
tratamento
iniciado
inibidores
selectivos
recaptação
serotonina (ISRS), antidepressivos ou fármacos para o tratamento da POC
A experiência referente a ensaios controlados é limitada no que se refere à ocasião
considerada
óptima
para
mudar
o tratamento
ISRSs,
antidepressivos
fármacos para o tratamento da POC para a sertralina. Deverá efectuar-se uma
avaliação médica cuidada e prudente aquando desta mudança de tratamento,
particularmente no caso de fármacos de acção prolongada, como a fluoxetina.
APROVADO EM
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INFARMED
Outros fármacos serotoninérgicos ex. triptofano, fenfluramina e agonistas 5-HT
A co-administração de sertralina e outros fármacos que aumentam os efeitos da
neurotransmissão serotoninérgica, tais como triptofano ou fenfluramina ou agonistas
5-HT, ou o produto à base de hipericão (Hypericum perforatum), deve ser efectuada
precaução
evitada
sempre
possível,
atendendo
potencial
desenvolvimento de interacções farmacodinâmicas.
Activação de hipomania ou mania
Foram notificados sintomas maníacos/hipomaníacos emergentes numa pequena
proporção de doentes tratados com fármacos antidepressivos e para o tratamento da
POC, incluindo a sertralina. Assim, a sertralina deve ser utilizada com precaução em
doentes com história de mania/hipomania. É necessário o seguimento do doente pelo
médico. A sertralina deverá ser descontinuada nos doentes que entrem numa fase
maníaca.
Esquizofrenia
Os sintomas psicóticos podem ser agravados em doentes esquizofrénicos.
Crises epilépticas
Podem ocorrer crises epilépticas com o tratamento com sertralina: a sertralina deve
ser evitada em doentes com epilepsia instável e os doentes com epilepsia controlada
devem ser cuidadosamente monitorizados. A sertralina deverá ser descontinuada em
qualquer doente que desenvolva crises epilépticas.
Suicídio/ideação suicida/tentativa de suicídio ou agravamento da situação clínica
A depressão está associada a um aumento do risco de ideação suicida, auto-
agressividade e suicídio (pensamentos/comportamentos relacionados com suicídio).
O risco prevalece até que ocorra remissão significativa dos sintomas. Como durante
as primeiras semanas, ou mais, de tratamento pode não se verificar qualquer
melhoria, os doentes deverão ter uma vigilância mais rigorosa até que essa melhoria
ocorra. De acordo com a experiência clínica geral, o risco de suicídio pode estar
aumentado nas fases iniciais da recuperação.
Outros distúrbios psiquiátricos para os quais a sertralina é prescrita podem estar
associados ao aumento do risco de ideação/comportamentos relacionados com o
suicídio. Adicionalmente, estas condições podem ser co-mórbidas com os distúrbios
depressivos major. Consequentemente, deverão ser tomadas as mesmas precauções
que aquando do tratamento de doentes com distúrbios depressivos major e durante
o tratamento de doentes com outras doenças psiquiátricas.
doentes
história
pensamentos/comportamentos
relacionados
suicídio, que apresentem um grau significativo destes sintomas antes do início do
tratamento, apresentam também um maior risco de ideação suicida ou de tentativa
de suicídio, devendo, por este motivo, ser cuidadosamente monitorizados durante o
tratamento. Uma meta-análise de ensaios clínicos controlados com placebo em
adultos
distúrbios
psiquiátricos
demonstrou
aumento
risco
comportamentos relacionados com o suicídio em doentes com menos de 25 anos a
tomar antidepressivos, comparativamente aos doentes a tomar placebo.
A terapêutica medicamentosa deverá ser acompanhada de uma monitorização
rigorosa, em particular nos doentes de maior risco, especialmente na fase inicial do
tratamento ou na sequência de alterações posológicas. Os doentes, e os prestadores
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INFARMED
de cuidados de saúde, devem ser alertados para a necessidade de monitorização
relativamente
qualquer
agravamento
situação
clínica,
pensamentos/comportamentos
relacionados
suicido
para
procurar
assistência médica imediatamente caso estes ocorram.
Utilização em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos
A sertralina não deve ser utilizada no tratamento de crianças e adolescentes com
idade inferior a 18 anos, excepto nos casos de doentes com perturbação obsessiva-
compulsiva com 6-17 anos de idade. Foram observados com maior frequência
comportamentos relacionados com o suicídio (tentativa de suicídio e ideação suicida)
e hostilidade (predominantemente agressão, comportamento de oposição e cólera)
em ensaios clínicos com crianças e adolescentes tratados com antidepressivos, em
comparação com os que se encontravam a tomar placebo. Se, não obstante, com
base na necessidade clínica, a decisão de tratamento for tomada, o doente deve ser
rigorosamente monitorizado em relação ao aparecimento de sintomas suicidas. Não
estão disponíveis dados de segurança a longo prazo em crianças e adolescentes no
que se refere ao crescimento, à maturação e ao desenvolvimento cognitivo e
comportamental.
médicos
devem
monitorizar
doentes
pediátricos
tratamento prolongado para alterações nestes sistemas corporais.
Alterações hemorrágicas/hemorragia
Foram notificados casos de alterações hemorrágicas cutâneas, tais como equimoses
e púrpura e outros acontecimentos hemorrágicos como hemorragias gastrointestinais
ou ginecológicas associadas à utilização de ISRSs. Recomenda-se precaução aos
doentes a tomar ISRSs, em particular em uso concomitante com fármacos que
tenham efeito na função plaquetária (ex. anticoagulantes, antipsicóticos atípicos e
fenotiazidas, a maioria dos antidepressivos tricíclicos, ácido acetilsalicílico e anti-
inflamatórios não esteróides (AINEs)), assim como em doentes com história de
alterações hemorrágicas (ver secção 4.5).
Hiponatremia
Pode ocorrer hiponatremia como resultado do tratamento com ISRSs ou ISRNs,
incluindo sertralina. Em muitos casos, a hiponatremia aparenta ser o resultado de
uma síndrome de secreção inadequada de hormona antidiurética (SIHAD). Foram
notificados casos de níveis séricos de sódio inferiores a 110 mmol/l. Os doentes
idosos podem apresentar um risco acrescido de desenvolvimento de hiponatremia
com ISRSs e ISRNs. Doentes em tratamento com diuréticos ou que estejam com
depleção do volume também podem apresentar risco acrescido (ver Utilização no
idoso).
Deve ser considerada
descontinuação
sertralina
e instituição
intervenção médica adequada nos doentes com hiponatremia sintomática. Os sinais
sintomas
hiponatremia
incluem
cefaleia,
dificuldades
concentração,
compromisso da memória, confusão, fraqueza e instabilidade, o que pode levar a
quedas. Os sinais e sintomas associados a casos mais graves e/ou agudos incluíram
alucinações, síncope, convulsões, coma, paragem respiratória e morte.
Sintomas de privação observados na descontinuação do tratamento com sertralina
Os sintomas de privação são comuns quando o tratamento é interrompido, sobretudo
se for interrompido abruptamente (ver secção 4.8). Em ensaios clínicos, entre os
doentes tratados com sertralina, a incidência de reacções de privação notificadas foi
de 23% nos que interromperam o tratamento com sertralina comparado aos 12%
nos que continuaram a tomar sertralina.
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INFARMED
O risco de sintomas de privação pode estar dependente de vários factores, incluindo
a duração e dose do tratamento e a taxa de redução da dose. As reacções
notificadas com maior frequência foram tonturas, distúrbios sensoriais (incluindo
parestesia), distúrbios do sono (incluindo insónia e sonhos intensos), agitação ou
ansiedade,
náuseas
e/ou
vómitos,
tremor
cefaleia.
Estes
sintomas
são,
geralmente, ligeiros a moderados; contudo, em alguns doentes podem ser de
intensidade grave. Ocorrem, normalmente, nos primeiros dias após a descontinuação
do tratamento, contudo houve notificações muito raras destes sintomas em doentes
que falharam uma dose inadvertidamente.
Estes
sintomas
são,
geralmente,
limitados
normalmente
resolvem-se
semanas, podendo ser prolongados (2-3 meses ou mais) em alguns indivíduos.
Portanto, aquando da descontinuação do tratamento, é recomendada a diminuição
gradual da sertralina por um período de algumas semanas ou meses, conforme as
necessidades do doente (ver secção 4.2).
Acatísia/instabilidade psicomotora
utilização
sertralina
sido
associada
desenvolvimento
acatísia,
caracterizado por uma instabilidade desagradável subjectiva ou perturbadora e
necessidade de agitar, muitas vezes acompanhada por uma incapacidade de sentar
ou permanecer quieto. A probabilidade de ocorrência é maior nas primeiras semanas
tratamento.
aumento
dose
pode
prejudicial
doentes
desenvolvem estes sintomas.
Disfunção hepática
A sertralina é extensivamente metabolizada pelo fígado. Um estudo farmacocinético
de doses múltiplas em doentes com cirrose hepática ligeira, estável, demonstrou um
prolongamento da semi-vida de eliminação e uma AUC e Cmax aproximadamente
três vezes superior em comparação com indivíduos saudáveis. Não foram observadas
diferenças significativas na ligação às proteínas plasmáticas entre os dois grupos. A
utilização da sertralina em doentes com doença hepática deve ser feita com
precaução. Em doentes com disfunção hepática, deve ser considerada a utilização de
uma dose menor ou menos frequente. A sertralina não deve ser utilizada em doentes
com disfunção hepática grave (ver secção 4.2).
Disfunção renal
A sertralina é extensivamente metabolizada, sendo a excreção do fármaco inalterado
na urina uma via menor de eliminação. Em estudos de doentes com disfunção renal
ligeira a moderada (depuração da creatinina 30-60 ml/min), ou moderada a grave
(depuração da creatinina 10-29 ml/min) os parâmetros farmacocinéticos de doses
múltiplas (AUC0-24 ou Cmax) não foram significativamente diferentes quando
comparados com os grupos de controlo. Não é necessário qualquer ajuste na dose de
sertralina a administrar em função do grau de disfunção renal.
Utilização no idoso
Mais de 700 doentes idosos (> 65 anos) participaram em ensaios clínicos O padrão e
a incidência de reacções adversas nos idosos foram semelhantes aos dos doentes
mais jovens.
Os ISRSs e os ISRNs, incluindo sertralina foram, contudo, associados a casos de
hiponatremia clinicamente significativa em doentes idosos, que poderão apresentar
um risco acrescido para este acontecimento adverso (ver Hiponatremia na secção
4.4).
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INFARMED
Diabetes
doentes com
diabetes,
o tratamento
ISRSs
pode
alterar
controlo
glicémico, possivelmente devido à melhoria dos sintomas depressivos. O controlo
glicémico deve ser cuidadosamente monitorizado nos doentes em tratamento com
sertralina
dose
insulina
e/ou
medicamentos
hipoglicemiantes
orais
concomitantes poderão necessitar de ajuste posológico.
Terapia electroconvulsiva (TEC)
Não existem estudos clínicos que estabeleçam os riscos ou os benefícios da utilização
combinada de TEC e sertralina.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Contra-indicados
Inibidores da Monoaminoxidase
IMAO irreversíveis não selectivos (selegilina)
sertralina não
deve
utilizada
tratamento
concomitante
IMAOs
irreversíveis (não selectivos) como a selegilina. O tratamento com sertralina não
deve ser iniciado no período de, pelo menos, 14 dias após a descontinuação do
tratamento
IMAO
irreversível
(não
selectivo).
sertralina
deve
descontinuada, pelo menos, 7 dias antes do início do tratamento com um IMAO
irreversível (não selectivo) (ver secção 4.3).
Inibidor selectivo da MAO-A (moclobemida)
Devido ao risco de síndrome serotoninérgica, a utilização concomitante de sertralina
e um IMAO selectivo, como a moclobemida, não é recomendada. Após o tratamento
com um IMAO reversível, pode ser feito um período de descontinuação inferior a 14
dias antes do início do tratamento com sertralina. Recomenda-se a descontinuação
da sertralina, pelo menos, 7 dias antes do início do tratamento com um IMAO
reversível (ver secção 4.3).
IMAO reversível não selectivo (linezolida)
O antibiótico linezolida é um IMAO reversível e não selectivo fraco e não deve ser
administrado a doentes tratados com sertralina (ver secção 4.3).
Foram notificadas reacções adversas graves em doentes que tinham descontinuado
um IMAO recentemente e iniciado o tratamento com sertralina, ou em tratamento
recente com sertralina descontinuada antes do início do tratamento com IMAO. Estas
reacções incluíram tremor, mioclonia, diaforese, náusea, vómitos, rubor, tonturas e
hipertermia
características
semelhantes
síndrome
maligna
neurolépticos, ataques epilépticos e morte.
Pimozida
Foi demonstrado aumento dos níveis de pimozida, de aproximadamente 35%, num
estudo de utilização deste fármaco em dose baixa única (2 mg). Este aumento não
foi associado a alterações no ECG. No entanto, dada o estreito índice terapêutico da
pimozida
mecanismo
desta
interacção
desconhecido,
administração concomitante de sertralina e pimozida é contra-indicada (ver secção
4.3).
A co-administração com a sertralina não é recomendada
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INFARMED
Depressores do SNC e álcool
Em indivíduos saudáveis, a co-administração de sertralina na dose diária de 200 mg
não potenciou os efeitos do álcool, carbamazepina, haloperidol ou fenitoína, sobre o
desempenho cognitivo e psicomotor; contudo, não é recomendada a administração
concomitante de sertralina e álcool.
Outros fármacos serotononinérgicos
Ver secção 4.4.
Precauções especiais
Lítio
Num ensaio clínico controlado com placebo, efectuado em voluntários saudáveis, a
co-administração de sertralina e lítio não alterou a farmacocinética do lítio, embora
tenha resultado num aumento do tremor relativamente ao placebo, indicando, assim,
a existência de uma possível interacção farmacodinâmica. Os doentes devem ser
adequadamente monitorizados aquando da co-administração de sertralina e lítio.
Fenitoína
Um ensaio clínico controlado com placebo, efectuado em voluntários saudáveis,
sugeriu que a administração crónica de 200 mg/dia de sertralina não causa inibição
clinicamente importante no metabolismo da fenitoína. No entanto, como algumas
notificações resultaram de elevada exposição à fenitoína em doentes a utilizar
sertralina, recomenda-se a monitorização das concentrações plasmáticas de fenitoína
após o início da terapêutica com sertralina, com ajustes adequados da dose de
fenitoína. Além disso, a administração concomitante de fenitoína pode provocar uma
redução dos níveis plasmáticos de sertralina.
Triptanos
Durante o período de pós-comercialização foram notificados casos raros de fraqueza,
hiperreflexia, descoordenação, confusão, ansiedade e agitação após a administração
de sertralina e sumatriptano. Os sintomas da síndrome serotoninérgica também
podem ocorrer com outros medicamentos da mesma classe (triptanos). Se a
terapêutica
concomitante
sertralina
triptanos
clinicamente
necessária,
aconselha-se a observação adequada do doente (ver secção 4.4).
Varfarina
A co-administração de sertralina, na dose diária de 200 mg, com varfarina, resultou
pequeno,
estatisticamente
significativo,
aumento
tempo
protrombina, o que pode em alguns casos raros desequilibrar o valor de INR. Assim,
o tempo de protrombina deve ser cuidadosamente monitorizado quando se inicia ou
interrompe a terapêutica com a sertralina.
Outras interacções medicamentosas, digoxina, atenolol, cimetidina
A co-administração com cimetidina causou uma diminuição substancial na depuração
da sertralina. Desconhece-se o significado clínico destas alterações. A sertralina não
teve
efeito
actividade
bloqueadora
beta-adrenérgica
atenolol.
Não
observaram interacções da sertralina, na dose diária de 200 mg, com a digoxina.
Fármacos que afectam a função plaquetária
O risco de hemorragia pode ser aumentado quando fármacos com efeito na função
plaquetária (ex: AINEs, ácido acetilsalicílico e ticlopidina), ou outros fármacos que
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INFARMED
possam aumentar o risco de hemorragia, são administrados concomitantemente com
ISRSs, incluindo sertralina (ver secção 4.4).
Fármacos metabolizados pelo citocromo P450
A sertralina pode actuar como um inibidor ligeiro a moderado de CYP 2D6. A
administração
crónica
50 mg
diários
sertralina
mostrou
aumento
moderado (média 23%-37%) dos níveis plasmáticos de desipramina (um marcador
actividade
isoenzima
CYP 2D6)
estado
estacionário.
Podem
ocorrer
interacções
clinicamente
significativas
outros
substratos
CYP 2D6
tenham um índice terapêutico estreito, tal como anti-arrítmicos de classe 1C como a
propafenona e a flecainida, ATCs e antipsicóticos típicos, sobretudo com doses
elevadas de sertralina.
A sertralina não actua como inibidor da CYP 3A4, CYP 2C9, CYP 2C19, e CYP 1A2 em
grau clinicamente significativo. Tal foi confirmado por estudos de interacção in vivo
substratos
CYP 3A4
(cortisol
endógeno,
carbamazepina,
terfenadina,
alprazolam), substrato diazepam da CYP 2C19 e substratos da CYP 2C9, tolbutamida,
glibenclamida e fenitoína. Estudos in vitro indicam que a sertralina tem pouco, ou
nenhum, potencial para inibir a CYP 1A2.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Não existem estudos bem controlados na mulher grávida. Contudo, uma quantidade
substancial de dados não revelou evidência de indução de malformações congénitas
provocadas pela sertralina. Os estudos em animais revelaram evidência de efeitos na
reprodução,
provavelmente
devido
toxicidade
materna
causada
pela
acção
farmacodinâmica do composto e/ou acção farmacodinâmica directa do composto no
feto (ver secção 5.3).
Têm sido notificados sintomas compatíveis com as reacções de privação em alguns
recém-nascidos, cujas mães estiveram medicadas com sertralina durante a gravidez.
Este fenómeno foi igualmente observado com outros antidepressivos ISRSs. A
sertralina não é recomendada durante a gravidez, a menos que a condição clínica da
mulher pressuponha um benefício do tratamento superior ao risco potencial.
recém-nascidos
devem
observados
caso
utilização
sertralina
mantenha nas fases finais da gravidez, em particular no terceiro trimestre. Os
seguintes sintomas podem ocorrer nos recém-nascidos após utilização materna de
sertralina nas fases finais da gravidez: dificuldade respiratória, cianose, apneia,
crises
epilépticas,
temperatura
instável,
dificuldades
alimentação,
vómito,
hipoglicemia, hipertonia, hipotonia, hiperreflexia, tremor, nervosismo, irritabilidade,
letargia, choro constante, sonolência e dificuldade em adormecer. Estes sintomas
podem ser devidos a efeitos serotoninérgicos ou sintomas de privação. Na maioria
dos casos as complicações começaram imediatamente ou pouco depois (< 24 horas)
do parto.
Dados epidemiológicos sugerem que a utilização de antidepressivos ISRSs durante a
gravidez, em especial na parte final, pode aumentar o risco de hipertensão pulmonar
persistente no recém-nascido (HPPN). O risco observado foi de aproximadamente 5
casos por 1000 gravidezes. Na população em geral ocorrem um a dois casos de
HPPN por 1000 gravidezes.
APROVADO EM
14-01-2011
INFARMED
Aleitamento
Os dados publicados relativamente aos níveis de sertralina no leite materno revelam
excreção
pequenas
quantidades
sertralina
metabolito
desmetilsertralina no leite. De um modo geral, foram encontrados níveis séricos
negligenciáveis ou indetectáveis em bebés, com excepção de um bebé com níveis
séricos de cerca de 50% do nível materno (mas sem um efeito considerável na saúde
deste bebé). Até à data, não foram notificados efeitos adversos na saúde de bebés
amamentados por mulheres que utilizem sertralina, contudo o risco não pode ser
excluído. A utilização em mulheres a amamentar não é recomendado excepto se, de
acordo com a decisão do médico, o benefício for superior ao risco.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os estudos clínicos farmacológicos demonstraram que a sertralina não afecta o
desempenho psicomotor. Contudo, como os fármacos psicotrópicos podem afectar as
capacidades
mentais
físicas
necessárias
para
realização
tarefas
potencialmente perigosas, como seja a condução ou o uso de máquinas, os doentes
devem ser avisados dessa possibilidade.
4.8 Efeitos indesejáveis
O efeito indesejável mais frequente é náusea. No tratamento da perturbação de
ansiedade social, ocorreu disfunção sexual (falência ejaculatória) em 14% dos
homens a tomar sertralina vs 0% com placebo. Estes efeitos indesejáveis são
dependentes
dose
são,
frequentemente,
natureza
transitória
continuação do tratamento.
O perfil de efeitos secundários frequentemente observado em ensaios clínicos em
dupla ocultação, controlados com placebo, em doentes com POC, perturbação de
pânico, PTSD e perturbação de ansiedade social foi semelhante ao observado em
ensaios clínicos efectuados em doentes com depressão.
A Tabela 1 apresenta as reacções adversas observadas a partir da experiência pós-
comercialização
(frequência
desconhecida)
ensaios
clínicos
controlados
placebo (compreendendo um total de 2542 doentes no grupo da sertralina e 2145 no
grupo placebo) na depressão, POC, perturbação de pânico, PTSD e perturbação de
ansiedade social.
Algumas das reacções adversas listadas na Tabela 1 podem diminuir em intensidade
e frequência com a continuação do tratamento e não levam, geralmente, à cessação
do tratamento.
Tabela 1: Reacções Adversas
Frequência de reacções adversas observadas em ensaios clínicos controlados com
placebo
depressão,
POC,
perturbação
pânico,
PTSD
perturbação
ansiedade social. Análise conjunta e experiência pós-comercialização (frequência
desconhecida).
APROVADO EM
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INFARMED
Muito
Frequentes
(≥ 1/10)
Frequentes
(≥ 1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
(≥ 1/1000
a < 1/100)
Raros
(≥ 1/1000
< 1/1000)
Muito
raros
(< 1/1000
Frequência
desconhecid
Infecções e infestações
Faringite
Infecção
aparelho
respiratóri
o superior,
rinite
Diverticulit
gastrenter
ite,
otite
média
Neoplasias benignas, malignas e não especificadas (incl.quistos e polipos)
Neoplasia
Doenças do sangue e do sistema linfático
Linfoaden
opatia
Leucopenia,
trombocitop
enia
Doenças do sistema imunitário
Reacção
anafilactóid
reacção
alérgica,
alergia
Doenças endócrinas
Hiperprolact
inemia,
hipotiroidis
síndrome de
secreção
inadequada
de ADH
Doenças do metabolismo e da nutrição
Anorexia,
aumento
do apetite*
Hipercoles
terolemia,
hipoglicem
Hiponatremi
Perturbações do foro psiquiátrico
Insónia (19%)
Depressão*
despersona
lização,
Alucinação
euforia*,
apatia,
Perturbaçã
conversão
Paroniria,
comportam
ento/ideaçã
APROVADO EM
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INFARMED
Muito
Frequentes
(≥ 1/10)
Frequentes
(≥ 1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
(≥ 1/1000
a < 1/100)
Raros
(≥ 1/1000
< 1/1000)
Muito
raros
(< 1/1000
Frequência
desconhecid
pesadelos,
ansiedade*
, agitação*,
nervosismo
diminuição
libido*,
bruxismo
pensament
anómalos
dependênc
farmacoló
gica,
perturbaçã
psicótica*,
agressão*
, paranóia,
ideação
suicida,
sonambuli
smo,
ejaculação
precoce
suicida***
Doenças do sistema nervoso
Tonturas,
(11%),
Sonolência
(13%),
Cefaleia
(21%)*
Parestesia*
tremor,
hipertonia,
disgeusia,
perturbaçã
atenção
Convulsõe
contracçõe
musculare
involuntári
alterações
coordenaç
ão,
hipercinesi
amnésia,
hipoestesi
perturbaçã
o da fala,
tonturas
posturais,
enxaqueca
Coma*,
coreoateto
discinésia,
hiperestesi
perturbaçã
o sensorial
Perturbaçõe
movimento
(incluindo
sintomas
extrapirami
dais
como
hipercinesia
, hipertonia,
bruxismo ou
alteração da
marcha),
síncope.
Foram
também
relatados
sinais
sintomas
associados
síndrome
serotoninér
gica,
alguns
casos
associados
utilização
concomitant
fármacos
APROVADO EM
14-01-2011
INFARMED
Muito
Frequentes
(≥ 1/10)
Frequentes
(≥ 1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
(≥ 1/1000
a < 1/100)
Raros
(≥ 1/1000
< 1/1000)
Muito
raros
(< 1/1000
Frequência
desconhecid
serotoninér
gicos,
incluindo
agitação,
confusão,
diaforese,
diarreia,
febre,
hipertensão
rigidez
taquicardia.
Acatísia
instabilidad
psicomotora
(ver secção
4.4)
Afecções oculares
Perturbaçõ
es visuais
Glaucoma,
distúrbio
lacrimal,
escotomas
, diplopia,
fotofobia,
hifema,
midríase*
Visão
alterada
Afecções do ouvido e do labirinto
Acufenos*
Otalgia
Cardiopatias
Palpitações
Taquicardi
Enfarte do
miocárdio,
bradicardi
cardiopati
Vasculopatias
Afrontamen
tos*
Hipertensã
o*, rubor
Isquémia
periférica
Alterações
hemorrágic
(tais
como
epistaxe,
hemorragia
APROVADO EM
14-01-2011
INFARMED
Muito
Frequentes
(≥ 1/10)
Frequentes
(≥ 1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
(≥ 1/1000
a < 1/100)
Raros
(≥ 1/1000
< 1/1000)
Muito
raros
(< 1/1000
Frequência
desconhecid
gastrointest
inal
hematúria)
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Bocejar*
Broncoesp
asmo*,
dispneia,
epistaxe
Laringoes
pasmo,
hiperventil
ação,
hipoventil
ação,
estridor,
disfonia,
soluços
Doenças gastrointestinais
Diarreia
(18%),
náuseas
(24%),
xerostomia (14%)
abdominal*
vómitos*,
obstipação
dispneia,
flatulência
Esofagite,
disfagia,
hemorróid
hipersecre
ção
salivar,
afecções
língua,
eructação
Melena,
hematoqu
ezia,
estomatite
ulceração
língua,
afecções
dentes,
glossite,
ulceração
da boca
Pancreatite
Afecções hepatobiliares
Alteração
função
hepática
Acontecime
ntos
hepáticos
graves
(incluindo
hepatite,
icterícia
insuficiência
hepática)
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Erupção
cutânea*,
hiperidrose
Edema
periorbital
púrpura*,
Dermatite,
dermatite
bolhosa,
erupção
Notificações
raras
reacções
cutâneas
APROVADO EM
14-01-2011
INFARMED
Muito
Frequentes
(≥ 1/10)
Frequentes
(≥ 1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
(≥ 1/1000
a < 1/100)
Raros
(≥ 1/1000
< 1/1000)
Muito
raros
(< 1/1000
Frequência
desconhecid
alopécia*,
suores
frios,
pele
seca,
urticária*
folicular,
alteração
da textura
do cabelo,
odor
cutâneo
alterado
adversas
graves
(SCAR): ex.
Síndrome
de Stevens-
Johnson
necrólise
epidérmica.
Angioedema
edema
facial,
fotossensibil
idade,
reacção
cutânea,
prurido
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Mialgia
Osteoartrit
fraqueza
muscular,
dores
costas,
espasmos
musculare
Afecções
ósseas
Artralgia,
cãibras
musculares
Doenças renais e urinárias
Noctúria,
retenção
urinária*,
poliúria,
polaquiúria
afecções
da micção
Oligúria,
incontinên
urinária*,
hesitação
urinária
Doenças dos órgãos genitais e da mama **
Falência
ejaculatória
(14%)
Disfunção
sexual,
disfunção
eréctil
Hemorragi
vaginal,
disfunção
sexual
feminina
Menorragi
vulvovagin
atrófica,
balano-
postite,
Ginecomasti
irregularida
menstruais
APROVADO EM
14-01-2011
INFARMED
Muito
Frequentes
(≥ 1/10)
Frequentes
(≥ 1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
(≥ 1/1000
a < 1/100)
Raros
(≥ 1/1000
< 1/1000)
Muito
raros
(< 1/1000
Frequência
desconhecid
corriment
genital,
priapismo
galactorrei
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Cansaço (10%)*
torácica*
Indisposiç
ão*,
arrepios,
pirexia*,
astenia*,
sede
Hérnia,
fibrose no
local
injecção,
diminuição
tolerância
fármaco,
alterações
marcha,
acontecim
entos
não
avaliáveis
Edema
periférico
Exames complementares de diagnóstico
Diminuição
peso*,
aumento
do peso*
Aumento
da alanina
aminotran
sferarase*
, aumento
aspartato
aminotran
sferase*,
alterações
no sémen
Alterações
resultados
laboratoriais
clínicos,
alteração da
função
plaquetária,
aumento do
colesterol
sérico
Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações
Lesões
Procedimentos cirúrgicos e médicos
Procedime
vasodilata
ção
APROVADO EM
14-01-2011
INFARMED
Muito
Frequentes
(≥ 1/10)
Frequentes
(≥ 1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
(≥ 1/1000
a < 1/100)
Raros
(≥ 1/1000
< 1/1000)
Muito
raros
(< 1/1000
Frequência
desconhecid
Se a experiência adversa ocorreu na depressão, POC, perturbação de pânico,
PTSD e perturbação de ansiedade social, o termo utilizado foi reclassificado de
acordo com os termos utilizados nos estudos na depressão.
† Foi notificado um caso de neoplasia num doente em tratamento com sertralina,
comparativamente a nenhum caso no grupo placebo.
* estas reacções adversas também ocorreram na experiência pós-comercialização
** o denominador usa o número combinado de doentes nesse grupo de género:
sertralina (1118 homens, 1424 mulheres) placebo (926 homens, 1219 mulheres)
Para POC, curto prazo, unicamente estudos de 1-12 semanas
Foram
notificados
casos
ideação/comportamento
suicida
notificados
durante o tratamento com sertralina ou imediatamente após a descontinuação do
tratamento (ver secção 4.4)
Sintomas de privação observados na descontinuação do tratamento com sertralina
A descontinuação do tratamento com sertralina (sobretudo quando abrupta) leva
frequentemente
sintomas
privação.
reacções
notificadas
maior
frequência são tonturas, perturbações sensoriais (incluindo parestesia), perturbações
do sono (incluindo insónia e sonhos intensos), agitação ou ansiedade, náuseas e/ou
vómitos, tremor e cefaleia. Estes sintomas são, geralmente, ligeiros a moderados;
contudo, em alguns doentes podem ser de intensidade grave e/ou prolongados.
Portanto, quando já não é necessário o tratamento com sertralina, a descontinuação
do tratamento deve ser efectuada através da diminuição gradual da dose (ver
secções 4.2 e 4.4).
Efeitos de classe
Dados epidemiológicos, sobretudo de estudos conduzidos em doentes com idade
igual ou acima de 50 anos, evidenciam um risco aumentado de fracturas ósseas em
doentes a tomar ISRSs e antidepressivos tricíclicos. O mecanismo subjacente a este
risco é ainda desconhecido.
População idosa
Os ISRSs ou ISRNs incluindo a sertralina foram associados a casos clinicamente
significativos de hiponatremia em doentes idosos, que podem apresentar maior risco
para este acontecimento adverso (ver secção 4.4).
População pediátrica
Em mais de 600 doentes tratados com sertralina, o perfil geral de reacções adversas
foi, globalmente similar ao observado em estudos com adultos. As reacções adversas
seguintes
foram
notificadas
ensaios
clínicos
controlados
(n = 281
doentes
tratados com sertralina):
Muito frequentes (≥ 1/10): cefaleia (22%), insónia (21%), diarreia (11%), náuseas
(15%).
Frequentes (≥ 1/100 a < 1/10): dor torácica, mania, pirexia, vómitos, anorexia,
labilidade emocional, agressão, agitação, nervosismo, perturbações na atenção,
APROVADO EM
14-01-2011
INFARMED
tonturas,
hipercinesia,
enxaqueca,
sonolência,
tremor,
perturbações
visuais,
xerostomia, dispepsia, pesadelos, cansaço, incontinência urinária, erupção cutânea,
acne, epistaxe, flatulência.
Pouco frequentes (≥ 1/1000 to < 1/100): prolongamento do intervalo QT no ECG,
tentativa de suicídio, convulsões, sintomas extrapiramidais, parestesia, depressão,
alucinação, púrpura, hiperventilação, anemia, alteração da função hepática, aumento
da alanina aminotransferase, cistite, herpes simplex, otite externa, otalgia, dor
ocular, midríase, indisposição, hematúria, erupção cutânea pustular, rinite, lesões,
diminuição do peso, espasmos musculares, sonhos anómalos, apatia, albuminúria,
polaquiúria, poliuria, dor na mama, alterações menstruais, alopécia, dermatite,
afecções da pele, odor cutâneo alterado, urticária, bruxismo, afrontamentos.
4.9 Sobredosagem
Toxicidade
De acordo com a evidência disponível, a sertralina tem uma larga margem de
segurança em situações de sobredosagem. Foram descritos casos de sobredosagens
até
13,5 g.
Foram
igualmente
descritos
casos
fatais
sobredosagem
sertralina, sobretudo em associação com outros fármacos e/ou álcool. Portanto,
qualquer sobredosagem deve ser tratada rapidamente.
Sintomas
sintomas
sobredosagem
incluem
efeitos
secundários
mediados
pela
serotonina, tais como sonolência, alterações gastrointestinais (como náuseas e
vómitos), taquicardia, tremor, agitação e tonturas. Menos frequentemente, foram
notificados casos de coma.
Tratamento
Não existem antídotos específicos para a sertralina. Dever-se-á estabelecer e manter
uma via aérea e assegurar uma adequada oxigenação e ventilação, se necessário. O
carvão activado, o qual pode ser utilizado com um catártico, pode ser tanto ou mais
eficaz
lavagem
gástrica
deverá
considerado
tratamento
sobredosagem.
indução
emese
não
recomendada.
Recomenda-se
monitorização dos sinais vitais e cardíacos, bem como medidas gerais sintomáticas e
de suporte.
Devido ao grande volume de distribuição da sertralina, a diurese forçada, a diálise, a
hemoperfusão e a transfusão de substituição não deverão trazer benefício.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
2.9.3
Sistema
Nervoso
Central.
Psicofármacos.
Antidepressores.
Código ATC: N06A B06
A sertralina é um inibidor potente e específico da recaptação neuronal da serotonina
(5-HT) in vitro, o que resulta na potenciação dos efeitos 5-HT em animais. Tem,
somente,
efeito
muito
fraco
recaptação
neuronal
noradrenalina
dopamina. Em doses clínicas a sertralina bloqueia a recaptação da serotonina a nível
APROVADO EM
14-01-2011
INFARMED
plaquetas humanas.
animais,
a sertralina
destituída
actividade
estimulante, sedativa ou anticolinérgica, bem como de cardiotoxicidade.
Em estudos controlados com voluntários saudáveis, a sertralina não causou sedação
e não interferiu com o desempenho psicomotor. De acordo com a sua inibição
selectiva
recaptação
5-HT,
sertralina
não
reforça
actividade
catecolaminérgica. A sertralina não tem nenhuma afinidade para os receptores
muscarínicos
(colinérgicos),
serotoninérgicos,
dopaminérgicos,
adrenérgicos,
histaminérgicos, GABA ou benzodiazepínicos. A administração crónica de sertralina
animais
associa-se
hiporegulação
receptores
cerebrais
noradrenalina, tal como se observa com outros fármacos clinicamente eficazes para
tratamento da depressão e da POC.
A sertralina não revelou qualquer potencial de abuso. Num estudo aleatorizado,
comparativo, em dupla ocultação e controlado com placebo, em que se avaliou a
probalidade
desenvolvimento
abuso
sertralina,
alprazolam
anfetamina no ser humano, a sertralina não produziu efeitos subjectivos positivos
indicativos de potencial de abuso. Pelo contrário, o alprazolam e a d-anfetamina
foram classificados com valores significativamente superiores ao placebo no que
concerne às medidas de apetência pelo fármaco, euforia e potencial de abuso. A
sertralina não produziu a estimulação nem a ansiedade associadas à d-anfetamina,
nem a sedação ou a disfunção psicomotora associadas ao alprazolam. A sertralina
não
funciona
como
reforço
positivo
macaco
rhesus
treinado
para
auto-
administração
cocaína,
substitui,
como
estímulo
descriminativo,
anfetamina ou o fenobarbital no macaco rhesus.
Ensaios Clínicos
Depressão Major
Um estudo que envolveu doentes com depressão que responderam no final de uma
fase de tratamento aberto inicial de 8 semanas com sertralina 50-200 mg/dia. Estes
doentes (n = 295) foram aleatorizados para seguimento durante 44 semanas com
sertralina 50-200 mg/dia, em dupla ocultação, ou placebo. Foi observadada uma
menor taxa de recaída, estatisticamente significativa, nos doentes a tomar sertralina
comparativamente aos que tomavam placebo. A dose média para os doentes que
terminaram o estudo foi de 70 mg/dia. A % de doentes que respondem (definida
como aqueles doentes que não sofreram recaída) para os braços sertralina e placebo
foi 83,4% e 60,8%, respectivamente.
Perturbação de Stress Pós-traumático (PTSD)
Os dados combinados de 3 estudos na PTSD, na população em geral, demonstrou
uma menor taxa de resposta em indivíduos do sexo masculino comparativamente
aos do sexo feminino. Nos dois ensaios positivos na população em geral, as taxas de
resposta do sexo masculino e feminino tratados com sertralina vs placebo foram
similares (sexo feminino: 57,2% vs 34,5%; sexo masculino: 53,9% vs 38,2%). O
número total de doentes do sexo masculino e feminino dos ensaios na população em
geral foi de 184 e 430, respectivamente, pelo que os resultados nos indivíduos do
sexo feminino são mais robustos e os indivíduos do sexo masculino foram associados
a outras variáveis baseline (maior abuso de substâncias, maior duração, origem do
trauma, etc.) que foram correlacionadas com diminuição do efeito.
POC pediátrica
APROVADO EM
14-01-2011
INFARMED
segurança
eficácia
sertralina
(50-200 mg/dia)
foram
examinadas
tratamento, em ambulatório, de crianças (6-12 anos de idade) e adolescentes (13-
17 anos de idade) não-deprimidos com perturbação obsessiva compulsiva (POC).
Após uma semana de placebo em ocultação, os doentes foram aleatorizados para
doze semanas de tratamento com dose flexível de sertralina ou placebo. As crianças
(6-12 anos) iniciaram o tratamento com a dose de 25 mg. Os doentes aleatorizados
para a sertralina apresentaram uma melhoria significativamente superior do que
aqueles aleatorizados para o placebo nas escalas Children’s Yale-Brown Obsessive
Compulsive Scale CY-BOCS (p = 0,005), NIMH Global Obsessive Compulsive Scale
(p = 0,019) e CGI Improvement (p = 0,002). Na CY-BOCs os valores médios iniciais
e a alteração em relação aos valores iniciais para o grupo placebo foram 22,25 ±
6,15 e -3,4 ± 0,82, respectivamente, enquanto para o grupo da sertralina os valores
médios iniciais e a alteração em relação aos valores iniciais para o grupo placebo
foram 23,36 ± 4,56 e -6,8 ± 0,87, respectivamente. Adicionalmente, foi observada
uma tendência para uma melhoria superior no grupo da sertralina do que no grupo
placebo na escala CGI Severity (p = 0,089). Os doentes que respondem, definidos
como os doentes com uma diminuição de 25%, ou superior, na CY-BOCs (a medida
primária de eficácia) desde a baseline até ao endpoint, representaram 53% dos
doentes tratados com sertralina, comparativamente a 37% dos doentes tratados
com placebo (p = 0,03).
Não existem dados de segurança e eficácia em utilização prolongada para esta
população pediátrica.
Não estão disponíveis dados relativos a crianças com idade inferior a 6 anos.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A sertralina apresenta uma farmacocinética proporcional à dose, entre os 50 mg e
200 mg. No ser humano, após dose oral única diária, de 50 a 200 mg durante 14
dias, as concentrações plasmáticas máximas de sertralina ocorrem cerca de 4,5 a
8,4 horas após a administração do fármaco. Os alimentos não alteram, de forma
significativa, a biodisponibilidade dos comprimidos de sertralina.
Distribuição
Aproximadamente 98% do fármaco circulante está ligado às proteínas plasmáticas.
Biotransformação
A sertralina sofre extenso metabolismo hepático de primeira passagem.
Eliminação
A semi-vida média da sertralina é, aproximadamente, 26 horas (22-36 horas).
Consistente com a semi-vida de eliminação terminal, existe uma acumulação de
aproximadamente
duas
vezes
até
obterem
concentrações
estado
estacionário, o qual é atingido após uma semana de doses únicas diárias.
A semi-vida da N-desmetilsertralina é de 62 a 104 horas. A sertralina e a N-
desmetilsertralina são ambas extensivamente metabolizadas no ser humano e os
metabolitos resultantes são excretados nas fezes e na urina em partes iguais.
Apenas uma pequena quantidade (< 0,2%) de sertralina inalterada é excretada na
urina.
APROVADO EM
14-01-2011
INFARMED
Farmacocinética em grupos específicos de doentes
Doentes pediátricos com POC
A farmacocinética da sertralina foi estudada em 29 doentes pediátricos com 6-12
anos de idade e 32 adolescentes com 13-17 anos de idade. Foi efectuada a titulação
gradual para uma dose diária de 200 mg em 32 dias, quer com uma dose inicial de
25 mg e incrementos graduais, quer com uma dose inicial de 50 mg ou incrementos.
Os esquemas posológicos de 25 mg e 50 mg foram igualmente tolerados. No estado
estacionário para a dose de 200 mg, os níveis plasmáticos de sertralina no grupo 6-
12 anos de idade foram, aproximadamente, 35% superiores comparativamente ao
grupo 13-17 anos de idade, e 21% superior comparativamente ao grupo adulto de
referência. Não foram observadas diferenças significativas entre rapazes e raparigas
relativamente à depuração. Nas crianças, é recomendada uma dose inicial baixa e
incrementos graduais de 25 mg, sobretudo naquelas com baixo peso corporal. Nos
adolescentes a administração pode ser semelhante à dos adultos.
Adolescentes e idosos
O perfil farmacocinético nos adolescentes ou nos idosos não é significativamente
diferente do observado nos adultos com idades entre os 18 e 65 anos.
Disfunção hepática
Em doentes com dano hepático, a semi-vida da sertralina é prolongada e a AUC
encontra-se aumentada em três vezes (ver secções 4.2 e 4.4).
Disfunção renal
doentes
disfunção
hepática
moderada
grave,
não
observada
acumulação significativa de sertralina.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo
estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida,
genotoxicidade e carcinogenicidade. Os estudos de toxidade reprodutiva em animais
não revelaram evidência de teratogenicidade ou efeitos adversos na fertilidade
masculina.
fetotoxicidade
observada
estaria
provavelmente
relacionada
toxicidade materna. A sobrevivência pós-natal e o peso corporal de crias diminuíram
apenas
durante
primeiros
dias
após
nascimento.
verificado
mortalidade pós-natal inicial era devida a exposição in-utero após o dia 15 da
gravidez. Os atrasos no desenvolvimento pós-natal observados em crias de fêmeas
tratadas
foram
provavelmente
devidos
efeitos
fêmeas
portanto
não
relevantes para risco humano.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo:
Celulose
microcristalina,
hidrogenofosfato
cálcio
di-hidratado,
hipromelose, carboximetilamido sódico e estearato de magnésio.
Revestimento: Opadry YS-1-7003 e Opadry YS-1R-7006 claro.
APROVADO EM
14-01-2011
INFARMED
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
Sertralina arrowblue 25 mg comprimidos revestidos por película: 2 anos.
Sertralina arrowblue 50 mg comprimidos revestidos por película: 3 anos.
Sertralina arrowblue 100 mg comprimidos revestidos por película: 3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
comprimidos
revestidos
película
Sertralina
arrowblue
encontram-se
acondicionados em películas de alumínio/PVC/PVdC.
Embalagens contendo 7, 14, 20, 28, 50, 56, 60 e 98 comprimidos revestidos por
película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não aplicável.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Arrowblue Produtos Farmacêuticos S.A.
Av. D. João II, Torre Fernão de Magalhães, 10ºEsq.
1998-025 Lisboa
Portugal
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Sertralina arrowblue 25 mg Comprimidos revestidos por película
Nº de registo: 5007653 - 7 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007661 - 14 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007679 - 20 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007703 - 28 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007711 - 50 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007729 - 56 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
APROVADO EM
14-01-2011
INFARMED
Nº de registo: 5007737 - 60 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007745 - 98 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
Sertralina arrowblue 50 mg Comprimidos revestidos por película
Nº de registo: 5007752 - 7 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007760 - 14 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007778 - 20 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007802 - 28 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007810 - 50 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007828 - 56 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007836 - 60 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007844 - 98 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
Sertralina arrowblue 100 mg Comprimidos revestidos por película
Nº de registo: 5007851 - 7 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blisters de
alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007869 - 14 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blisters
de alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007877 - 20 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blisters
de alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007901 - 28 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blisters
de alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007927 - 50 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blisters
de alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007935 - 56 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blisters
de alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007919 - 60 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blisters
de alumínio/PVC/PVdC.
Nº de registo: 5007943 - 98 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blisters
de alumínio/PVC/PVdC.
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 29.11.2006
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO