Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
20-09-2019
20-09-2019
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Sertralina Alter 50 mg comprimidos revestidos por película
Sertralina Alter 100 mg comprimidos revestidos por película
Sertralina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento,
pois contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos indesejáveis, incluindo possíveis efeitos indesejáveis não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Sertralina Alter e para que é utilizado.
2. O que precisa de saber antes de tomar Sertralina Alter.
3. Como tomar Sertralina Alter.
4. Efeitos indesejáveis possíveis.
5. Como conservar Sertralina Alter.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações.
1. O que é Sertralina Alter e para que é utilizado
Sertralina Alter contém a substância ativa sertralina. A sertralina pertence a um
grupo
medicamentos
denominados
Inibidores
Seletivos
Recaptação
Serotonina (ISRSs); estes medicamentos são utilizados para tratar a depressão e ou
perturbações de ansiedade.
Sertralina Alter pode ser utilizado para tratar:
- Depressão e prevenção da recorrência da depressão (em adultos).
- Perturbação de ansiedade social (em adultos).
- Perturbação de stress pós-traumático (PTSD) (em adultos).
- Perturbação de pânico (em adultos).
- Perturbação obsessiva-compulsiva (POC) (em adultos e crianças e adolescentes
com 6-17 anos de idade).
A depressão é uma condição clínica com sintomas como sentimento de tristeza,
incapacidade de dormir corretamente ou de apreciar a vida como costumava.
A POC e a perturbação de pânico são doenças associadas a ansiedade com sintomas
como sentimento de constante incómodo por ideias persistentes (obsessões) que o
levam a desempenhar rituais repetitivos (compulsões).
A PTSD é uma condição que pode ocorrer após uma experiência emocional muito
traumática e apresenta alguns sintomas que são similares a depressão e ansiedade.
perturbação
ansiedade
social
(fobia
social)
doença
associada
ansiedade. É caracterizada por sensações de ansiedade intensa ou nervosismo em
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
situações sociais (por exemplo: falar com estranhos, falar à frente de grupos de
pessoas, comer ou beber à frente de outros ou receio de poder comportar-se de
maneira embaraçosa).
O seu médico decidiu que este medicamento é indicado para tratar a sua doença.
Deve consultar o seu médico caso tenha dúvidas quanto ao motivo da prescrição de
Sertralina Alter.
2. O que precisa de saber antes de tomar Sertralina Alter
Não tome Sertralina Alter
- Se tem alergia à sertralina ou a qualquer outro componente deste medicamento
(indicados na secção 6).
está
tomar,
tomou,
medicamentos
denominados
inibidores
monoaminoxidase (IMAOs como selegilina, moclobemida) ou fármacos semelhantes
aos IMAOs (como linezolida). Se parar o tratamento com sertralina, deve esperar,
pelo menos, uma semana antes de iniciar o tratamento com um IMAO. Após parar o
tratamento com um IMAO, deve esperar, pelo menos, 2 semanas antes de iniciar o
tratamento com sertralina.
- Se está a tomar outro medicamento denominado pimozida (um medicamento para
perturbações mentais como a psicose).
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Sertralina Alter.
Os medicamentos nem sempre são adequados para todas as pessoas. Informe o seu
médico antes de tomar Sertralina Alter caso sofra, ou tenha sofrido no passado, de
qualquer uma das seguintes condições:
- Se tem epilepsia (convulsão) ou antecedentes de crises epiléticas. Caso tenha uma
crise epilética (convulsão), contacte o seu médico imediatamente.
- Se sofreu de doença maníaca depressiva (doença bipolar) ou esquizofrenia. Caso
tenha um episódio maníaco, contacte o seu médico imediatamente.
- Se tem, ou teve anteriormente, pensamentos suicidas ou de autoagressão (ver
abaixo pensamentos suicidas e agravamento da depressão ou perturbação da
ansiedade).
- Se tem Síndrome Serotoninérgica. Em casos raros, esta síndrome pode ocorrer
quando toma certos medicamentos ao mesmo tempo que a sertralina. (Para
sintomas, ver secção 4. Efeitos indesejáveis possíveis). O seu médico deve tê-lo
informado se sofreu desta condição no passado.
- Se tem baixo nível de sódio no sangue, uma vez que pode ser resultado do
tratamento com Sertralina Alter. Também deverá informar o seu médico caso esteja
a tomar certos medicamentos para a hipertensão, uma vez que estes medicamentos
também podem alterar os níveis de sódio no sangue.
- Caso seja idoso, uma vez que pode ter um risco aumentado de ter um baixo nível
de sódio no sangue (ver acima).
- Se tem doença hepática; o seu médico poderá decidir que deve tomar uma dose
mais baixa de Sertralina Alter.
- Se tem diabetes; os seus níveis de glicose podem ser alterados devido a Sertralina
Alter e os seus medicamentos para a diabetes podem necessitar de ajustes na dose.
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
- Se sofre de perturbações hemorrágicas ou se está a tomar medicamentos que
aumentem a fluidez do sangue (por exemplo ácido acetilsalicílico ou varfarina) ou
que possam aumentar o risco de perda de sangue (hemorragia).
- Se for uma criança ou adolescente com idade inferior a 18 anos. Sertralina Alter
deve apenas ser utilizado para tratar crianças e adolescentes com idades entre os 6-
17 anos, que sofram de perturbação obsessiva compulsiva (POC). Se estiver a ser
tratado para esta perturbação, o seu médico irá querer monitorizá-lo de perto (ver
abaixo - Crianças e adolescentes).
- Se estiver a fazer terapia electroconvulsiva (TEC).
- Se tiver problemas no olho, tais como certos tipos de glaucoma (aumento da
pressão no olho).
- Se lhe foi dito que tem uma anomalia no seu coração detetada após um
eletrocardiograma (ECG) conhecida como prolongamento do intervalo QT.
Os chamados IRSN/ISRS podem causar sintomas de disfunção sexual (ver secção 4).
Em alguns casos, esses sintomas persistiram após a interrupção do tratamento.
Acatisia/irrequietude:
A utilização de sertralina tem sido associada a uma instabilidade perturbadora e
necessidade de agitar, muitas vezes acompanhada por uma incapacidade de estar ou
permanecer quieto (acatísia). A probabilidade de ocorrência é maior nas primeiras
semanas de tratamento. O aumento da dose pode ser prejudicial, por isso se
desenvolver estes sintomas contacte imediatamente o seu médico.
Reações de privação:
Efeitos indesejáveis relacionados com a interrupção do tratamento (reações de
privação) são comuns, sobretudo se o tratamento for interrompido abruptamente
(ver secção 3. Se parar de tomar Sertralina Alter e secção 4. Efeitos indesejáveis
possíveis). O risco de reações de privação depende da duração do tratamento, da
dose e da taxa de redução da dose. Em regra, tais sintomas são, geralmente, ligeiros
moderados,
entanto,
podem
graves
alguns
doentes.
Ocorrem
habitualmente nos primeiros dias após a interrupção do tratamento. De um modo
geral, tais sintomas desaparecem em 2 semanas. Em alguns doentes podem durar
mais tempo (2-3 meses ou mais). Aquando da interrupção do tratamento com
sertralina, é recomendada a redução gradual da dose durante um período de
algumas
semanas
meses,
devendo
sempre
discutir
melhor
forma
interromper o tratamento com o seu médico.
Pensamentos suicidas e agravamento da depressão ou perturbação da ansiedade:
Se se encontra deprimido e/ou tem perturbações de ansiedade pode, por vezes,
pensar em autoagredir-se ou suicidar-se. Estes pensamentos podem aumentar no
início do tratamento com antidepressivos, pois estes medicamentos demoram cerca
de duas semanas a fazerem-se sentir mas, por vezes, pode demorar mais tempo.
Poderá estar mais predisposto a ter este tipo de pensamentos nas seguintes
situações:
- Se tem antecedentes de ter pensamentos sobre suicidar-se ou autoagredir-se.
- Se é um jovem adulto. A informação proveniente de ensaios clínicos revelou um
maior risco de comportamento suicida em indivíduos adultos com menos de 25 anos
de idade com problemas psiquiátricos tratados com antidepressivos.
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Se em qualquer momento tiver pensamentos de autoagressão ou suicídio deverá
contactar o seu médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital.
Poderá ser útil para si contar a uma pessoa próxima de si, ou a um familiar, que se
encontra deprimido, ou que tem perturbações de ansiedade, e dar-lhes este folheto a
ler. Poderá também solicitar-lhes que o informem caso verifiquem um agravamento
estado
depressão
ansiedade,
ficarem
preocupados
alterações no seu comportamento.
Crianças e adolescentes:
A sertralina não deve, normalmente, ser utilizada em crianças e adolescentes com
idade inferior a 18 anos, exceto no caso de doentes com Perturbação Obsessiva-
Compulsiva (POC). Doentes com idade inferior a 18 anos apresentam um risco
acrescido de efeitos indesejáveis tais como, tentativa de suicídio, pensamentos sobre
autoagressão
suicídio
(ideação
suicida)
hostilidade
(predominantemente
agressão, comportamento de oposição e cólera), quando tomam medicamentos
desta classe. Apesar disso, o médico poderá prescrever Sertralina Alter para doentes
com idade inferior a 18 anos quando decida que tal é necessário. Se o seu médico
lhe prescreveu Sertralina Alter e tem menos de 18 anos e gostaria de discutir esta
questão, volte a contactá-lo. Deverá informar o seu médico se algum dos sintomas
acima mencionados se desenvolver ou piorar enquanto estiver a tomar Sertralina
Alter. Não foram ainda demonstrados os efeitos de segurança de Sertralina Alter a
longo prazo, no que respeita ao crescimento, à maturação e à aprendizagem
(cognição) e desenvolvimento comportamental neste grupo etário.
Outros medicamentos e Sertralina Alter:
Informe
seu médico
farmacêutico se
estiver
tomar
ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Alguns medicamentos podem afetar o modo como Sertralina Alter atua, ou Sertralina
Alter pode reduzir a efetividade de outros medicamentos tomados ao mesmo tempo.
Tomar
Sertralina
Alter
medicamentos
seguintes
pode
causar
efeitos
indesejáveis graves:
- Medicamentos denominados inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) como a
moclobemida
(para
tratar
depressão),
selegilina
(para
tratar
doença
Parkinson), o antibiótico linezolida e azul de metileno (para tratar os níveis elevados
metaemoglobina
sangue).
Não
utilize
Sertralina
Alter
estes
medicamentos.
- Medicamentos para tratar perturbações mentais como a psicose (pimozida). Não
utilize Sertralina Alter com pimozida.
Informe o seu médico se estiver a tomar algum dos medicamentos seguintes:
- Produtos medicinais que contenham hipericão (Hipericum perforatum). Os efeitos
do hipericão podem prolongar-se por 1-2 semanas.
- Produtos que contenham o aminoácido triptofano.
- Medicamentos para tratar a dor de forte intensidade (por exemplo tramadol).
- Medicamentos utilizados em anestesia ou para tratar a dor crónica (fentanilo).
- Medicamentos para tratar enxaquecas (por exemplo sumatriptano).
- Medicamentos para aumentar a fluidez do sangue (varfarina).
- Medicamentos para o tratamento da dor/artrite (anti-inflamatórios não esteroides
(AINEs) como o ibuprofeno, ácido acetilsalicílico).
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
- Sedativos (diazepam).
- Diuréticos.
- Medicamentos para tratar a epilepsia (fenitoína, fenobarbital, carbamazepina).
- Medicamentos para tratar a diabetes (tolbutamida).
- Medicamentos para tratar o excesso de ácido no estômago, úlceras e azia
(cimetidina, omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol).
- Medicamentos para tratar a mania e depressão (lítio).
- Outros medicamentos para tratar a depressão (como amitriptilina, nortriptilina,
nefazodona, fluoxetina, fluvoxamina).
- Medicamentos para tratar esquizofrenia e outras perturbações mentais (como
perfenazina, levomepromazina e olanzapina).
- Medicamentos utilizados para tratar a tensão arterial elevada, dor no peito ou
regular a taxa e o ritmo do coração (como o verapamilo, diltiazem, flecainida,
propafenona).
Medicamentos
utilizados
tratamento
infeções
bactérias
(como
rifampicina, claritromicina, telitromicina, eritromicina).
Medicamentos
utilizados
tratamento
infeções
fungos
(como
cetoconazol, itraconazol, posaconazol, voriconazol, fluconazol).
- Medicamentos utilizados no tratamento de VIH/SIDA e Hepatite C (inibidores da
protéase, como o ritonavir, telaprevir).
- Medicamentos utilizados na prevenção de náuseas e vómitos após uma operação
ou quimioterapia (aprepitant).
- Medicamentos que aumentam o risco de alterações na atividade elétrica do coração
(por exemplo alguns antipsicóticos e antibióticos)
Sertralina Alter com alimentos, bebidas e álcool
Sertralina Alter comprimidos pode ser tomado com ou sem alimentos.
Deve ser evitado o álcool enquanto estiver a tomar Sertralina Alter.
A sertralina não deve ser tomada com sumo de toranja pois pode aumentar o nível
de sertralina no seu organismo.
Gravidez, amamentação e fertilidade:
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
A segurança da sertralina não foi estabelecida na mulher grávida. A sertralina apenas
será utilizada por si enquanto estiver grávida caso o seu médico considere que o
benefício
para
superior
quaisquer
riscos
possíveis
para
bebé
desenvolvimento. Se for uma mulher em idade fértil deve utilizar um método
contracetivo adequado (como a pílula contracetiva) enquanto estiver a tomar
sertralina.
Certifique-se que o seu médico e/ou obstetra sabem que está a tomar Sertralina
Alter. Quando tomados durante a gravidez, sobretudo nos últimos 3 meses de
gravidez, os medicamentos como Sertralina Alter podem aumentar o risco de uma
condição grave em bebés, chamada hipertensão pulmonar persistente do recém-
nascido (HPPN), que faz com que o bebé respire mais rapidamente e que pareça
azulado. Estes sintomas começam habitualmente durante as primeiras 24 horas após
o nascimento. Se isto acontecer ao seu bebé deverá contactar o seu médico e/ou
pessoal de enfermagem imediatamente.
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
O seu recém-nascido pode também apresentar outras condições, que começam
habitualmente durante as primeiras 24 horas após o nascimento. Os sintomas
incluem:
- problemas a respirar,
- pele azulada ou estar demasiado quente ou frio,
- lábios azulados,
- vómitos ou não se alimentar adequadamente,
- estar demasiado cansado, não ser capaz de dormir ou chorar muito,
- músculos rígidos ou flexíveis,
- tremores, nervosismo ou convulsões,
- aumento das reações reflexas,
- irritabilidade,
- baixo nível de açúcar no sangue.
bebé
apresentar
algum
destes
sintomas
nascer,
estiver
preocupada com a saúde do seu bebé, contacte o seu médico que poderá prestar-lhe
aconselhamento.
Existe evidência de que a sertralina passa para o leite materno. A sertralina apenas
deve ser utilizada por mulheres a amamentar caso o seu médico considere que o
benefício excede quaisquer riscos possíveis para o bebé.
Alguns medicamentos, como a sertralina podem reduzir a qualidade do esperma em
estudos com animais. Teoricamente, isso poderia afetar a fertilidade, mas não tem
sido observado impacto sobre a fertilidade humana até à data.
Condução de veículos e utilização de máquinas:
Os fármacos psicotrópicos como a sertralina podem influenciar a sua capacidade para
conduzir veículos e utilizar máquinas. Portanto, não deve conduzir veículos ou utilizar
máquinas
até
saiba
como
esta
medicação
afeta
capacidade
para
desempenhar estas atividades.
3. Como tomar Sertralina Alter
Tome sempre este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou
farmacêutico.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose recomendada é:
Adultos:
Depressão e Perturbação Obsessiva-Compulsiva:
A dose de 50 mg/dia é normalmente efetiva na depressão e POC. A dose diária pode
ser aumentada em incrementos de 50 mg durante, no mínimo uma semana, a um
período de algumas semanas. A dose máxima recomendada é 200 mg/dia.
Perturbação de pânico, Perturbação de Ansiedade Social e Perturbação de Stress
Pós-Traumático:
Na perturbação de pânico, perturbação de ansiedade social e perturbação de stress
pós-traumático, o tratamento deve ser iniciado com a dose de 25 mg/dia e, após
uma semana, aumentado para 50 mg/dia.
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
A dose diária pode ser aumentada em incrementos de 50 mg durante um período de
algumas semanas. A dose máxima recomendada é 200 mg/dia.
Utilização em crianças e adolescentes:
Sertralina Alter deve apenas ser utilizado para tratar crianças e adolescentes que
sofram de POC com idade compreendida entre 6-17 anos.
Perturbação Obsessiva-Compulsiva:
Crianças entre 6 e 12 anos de idade: a dose inicial recomendada é de 25 mg/dia.
Após uma semana, o seu médico pode aumentar a dose para 50 mg/dia. A dose
máxima é 200 mg/dia.
Adolescentes entre 13 e 17 anos de idade: a dose inicial recomendada é de 50
mg/dia. A dose máxima é 200 mg/dia.
Caso tenha problemas de fígado ou rins, informe o seu médico e siga os seus
conselhos.
Modo de administração:
Sertralina Alter comprimidos pode ser tomado com ou sem alimentos.
Tome o seu medicamento uma vez ao dia, de manhã ou à noite.
O seu médico irá dizer-lhe durante quanto tempo deverá tomar esta medicação. Isto
dependerá da natureza da sua doença e do modo como responde ao tratamento.
Poderão decorrer várias semanas até que os seus sintomas comecem a melhorar.
Geralmente, o tratamento da depressão deve continuar durante 6 meses após
melhoria.
Se tomar mais Sertralina Alter do que deveria:
tomar
demasiado
Sertralina
Alter
acidentalmente,
contacte
médico
imediatamente ou dirija-se à urgência hospitalar mais próxima. Leve a embalagem
do medicamento consigo, quer ainda tenha medicamento ou não.
sintomas
sobredosagem
podem
incluir
sonolência,
náuseas
vómitos,
aceleração dos batimentos cardíacos, tremores, agitação, tonturas e, em casos
raros, inconsciência.
Caso se tenha esquecido de tomar Sertralina Alter:
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Caso se tenha esquecido de tomar um comprimido, não tome o comprimido
esquecido. Tome o próximo comprimido na hora habitual.
Se parar de tomar Sertralina Alter:
Não pare de tomar Sertralina Alter a menos que o seu médico o indique. O seu
médico irá querer reduzir a sua dose de Sertralina Alter durante várias semanas
antes de interromper a toma deste medicamento. Se interromper abruptamente a
toma deste medicamento pode sofrer efeitos indesejáveis como tonturas, dormência,
perturbações do sono, agitação ou ansiedade, dor de cabeça, náuseas, vómitos e
tremores. Se sentir algum destes efeitos indesejáveis, ou quaisquer outros efeitos
indesejáveis enquanto interrompe a toma de Sertralina Alter, fale com o seu médico.
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos indesejáveis possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos indesejáveis,
no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
O efeito indesejável mais frequente é náusea. Os efeitos indesejáveis dependem da
dose e normalmente desaparecem ou diminuem com a continuação do tratamento.
Informe o seu médico imediatamente:
Se sentir algum dos sintomas seguintes após a toma deste medicamento, estes
sintomas podem ser graves.
- Se desenvolver uma reação cutânea grave que cause bolhas (eritema multiforme),
(isto pode afetar a boca e a língua). Estes podem ser sinais de uma situação
conhecida como síndrome de Stevens-Johnson, ou Necrólise Epidérmica Tóxica
(NET). O seu médico irá parar o seu tratamento nestes casos.
- Reação alérgica ou alergia, que podem incluir sintomas como uma erupção cutânea
com comichão, dificuldade em respirar, pieira, inchaço das pálpebras, cara ou lábios.
- Se sentir agitação, confusão, diarreia, temperatura e tensão altas, transpiração
excessiva e batimentos cardíacos acelerados. Estes são sintomas da Síndrome
Serotoninérgica. Em casos raros, esta síndrome pode ocorrer enquanto estiver a
tomar certos medicamentos ao mesmo tempo que a sertralina. O seu médico pode
querer parar o seu tratamento.
- Se desenvolver olhos e pele amarelos, o que pode significar danos no fígado.
sentir
sintomas
depressivos
ideias
sobre
autoagressão
suicídio
(pensamentos suicidas).
- Se começar a ter sentimentos de inquietação e não estiver capaz de se sentar ou
permanecer quieto após a toma de Sertralina Alter. Deve informar o seu médico se
começar a sentir-se inquieto.
- Se tiver um ataque epilético (convulsão).
- Se tiver um episódio de mania (ver secção 2 “Advertências e precauções”).
Os efeitos indesejáveis seguintes foram observados em ensaios clínicos realizados
com adultos.
Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em 10 pessoas)
Insónia, tonturas, sonolência, dor de cabeça, diarreia, enjoo, boca seca, falência
ejaculatória, fadiga.
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas)
- Dor de garganta, anorexia, aumento do apetite,
depressão,
sensação
estranha,
pesadelos,
ansiedade,
agitação,
nervosismo,
diminuição do interesse sexual, ranger os dentes,
- dormência e formigueiro, tremor, tensão muscular, alteração do paladar, falta de
atenção,
- perturbações visuais, zumbido nos ouvidos,
- palpitações, afrontamentos, bocejo,
- dores abdominais, vómitos, prisão de ventre, mal estar do estômago, gases,
- erupção na pele, aumento da transpiração, dor muscular, disfunção eréctil, dor no
tórax,
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
- dor nas articulações,
- mal estar geral.
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas)
- Resfriado, corrimento nasal,
- hipersensibilidade
- níveis baixos de hormonas da tiroide
- alucinações, sentimento de felicidade, falta de cuidados, pensamentos anómalos,
agressividade,
convulsões,
contrações
musculares
involuntárias,
alteração
coordenação,
movimentos excessivos, amnésia, diminuição da sensação, desordem do discurso,
tonturas ao levantar, desmaios, enxaqueca,
- pupilas dilatadas,
- dor no ouvido, batimentos cardíacos acelerados, tensão alta, rubor,
dificuldades
respiratórias,
possibilidade
respiração
ofegante,
falta
sangramento do nariz,
- inflamação do esófago, dificuldade em engolir, hemorroidas, aumento da salivação,
alterações na língua, arrotos,
- inchaço dos olhos, manchas roxas na pele, inchaço da face, perda de cabelo,
suores frios, pele seca, erupção da pele com comichão (urticária), comichão,
- osteoartrite, fraqueza muscular, dor de costas, espasmos musculares,
- necessidade de urinar durante a noite, incapacidade de urinar, aumento da micção,
aumento da frequência de urinar, problemas a urinar, incontinência urinária,
- hemorragia vaginal, disfunção sexual, disfunção sexual feminina, menstruação
irregular, inchaço nas pernas, arrepios, febre, fraqueza, sede, aumento dos níveis
das enzimas do fígado, diminuição do peso, aumento do peso.
Raros (podem afetar até 1 em 1000 pessoas)
- Problemas intestinais, infeção no ouvido, cancro, glândulas inchadas, níveis
elevados de colesterol, baixo nível de açúcar no sangue,
- sintomas físicos devido a stress ou emoções, dependência de medicamentos,
perturbação psicótica, paranoia, pensamentos suicidas, sonambulismo, ejaculação
precoce,
- reação alérgica grave
coma,
movimentos
alterados,
dificuldades
movimentação,
aumento
sensibilidade, perturbações sensoriais,
- glaucoma, problemas lacrimais, manchas nos campos visuais, visão dupla, dor nos
olhos provocada pela luz, sangue no olho,
- problemas em controlar os níveis de açúcar no sangue (diabetes),
- ataque cardíaco, batimentos cardíacos lentos, problemas cardíacos, má circulação
sanguínea nos braços e pernas, aperto na garganta, respiração rápida, respiração
lenta, dificuldade em falar, soluços,
- sangue nas fezes, feridas na boca, ulceração da língua, afeções nos dentes, afeções
na língua, ulceração da boca, alterações da função hepática,
- problemas da pele com bolhas, erupção folicular, alteração da textura do cabelo,
alteração do odor da pele, problemas ósseos,
- diminuição da micção, hesitação urinária, sangue na urina,
- sangramento vaginal excessivo, secura vaginal, inchaço e vermelhidão do pénis e
do prepúcio, corrimento genital, ereção prolongada, corrimento mamário,
- hérnia, tolerância ao fármaco diminuída, dificuldades na marcha, esperma anormal,
aumento dos níveis de colesterol no sangue, lesões, procedimento de relaxamento
dos vasos sanguíneos.
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Foram comunicados casos de ideação suicida e comportamentos suicidas durante o
tratamento com sertralina ou pouco após a suspensão do tratamento (ver secção
2.),
Após a comercialização da sertralina, foram comunicados os seguintes efeitos
indesejáveis:
- Diminuição dos glóbulos brancos, diminuição das plaquetas, problemas endócrinos,
baixos níveis de sal no sangue, aumento dos níveis de açúcar no sangue,
- pesadelos, comportamento suicida,
- problemas nos movimentos musculares (como excesso de movimentos, músculos
tensos, dificuldade em caminhar e rigidez, espasmos e movimentos involuntários
dos músculos), forte dor de cabeça súbita (que pode ser um sinal de uma situação
grave conhecida como Síndrome de Vasoconstrição Cerebral Reversível (SVCR)),
- alteração da visão, pupilas aumentadas e de tamanho diferente, problemas
hemorrágicos (como hemorragia no estômago), cicatrização progressiva do tecido
pulmonar (doença pulmonar intersticial), pancreatite, problemas graves na função
hepática, amarelecimento dos olhos (icterícia),
- edema da pele, reação da pele ao sol, cãibras musculares, aumento mamário,
problemas de coagulação, análises laboratoriais alteradas, incontinência urinária.
- atordoamento, desmaio, mal estar no toráx que podem ser sinais de alterações na
atividade elétrica (observada no eletrocardiograma) ou alteração no ritmo do
coração.
Raros: manchas na frente dos olhos, glaucoma, visão dupla, olho sensível à luz,
sangue no olho, pupilas de tamanho diferente, visão anormal, lacrimejar
Desconhecido: perda de visão parcial
Efeitos indesejáveis adicionais em crianças e adolescentes
Em ensaios clínicos com crianças e adolescentes, os efeitos indesejáveis foram
geralmente semelhantes aos adultos (ver acima). Os efeitos indesejáveis mais
comuns em crianças e adolescentes foram dor de cabeça, insónia, diarreia e
indisposição.
Sintomas que podem ocorrer quando o tratamento é suspenso
Se parar de tomar este medicamento abruptamente pode sentir efeitos indesejáveis
como tonturas, dormência, perturbações do sono, agitação ou ansiedade, dores de
cabeça, náuseas, vómitos e tremores (ver secção 3. “Se parar de tomar Sertralina
Alter”).
Um aumento do risco de fraturas ósseas foi observado em doentes a tomar este tipo
de medicamentos.
Comunicação de efeitos indesejáveis
Se tiver quaisquer efeitos indesejáveis, incluindo possíveis efeitos indesejáveis não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, ou farmacêutico ou enfermeiro.
Também poderá comunicar efeitos indesejáveis diretamente ao INFARMED, I.P.
através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos indesejáveis, estará a ajudar a
fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Sítio
internet:
http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
(preferencialmente) ou através dos seguintes contactos:
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. COMO CONSERVAR SERTRALINA ALTER
Conservar a temperatura inferior a 30 ºC.
Manter este medicamento for a da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite for a quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Sertralina Alter
A substância ativa de Sertralina Alter é sertralina. Cada comprimido revestido por
película contém cloridrato de sertralina, equivalente a 50 ou 100 mg de sertralina.
outros
componentes
são:
hidrogenofosfato
cálcio
di-hidratado,
celulose
microcristalina,
hidroxipropilcelulose,
carboximetilamido
sódico,
estearato
magnésio, hipromelose, dióxido de titânio (E171) e triacetato de glicerol.
Qual o aspeto de Sertralina Alter e conteúdo da embalagem
Comprimidos revestidos por película redondos e brancos.
Os comprimidos revestidos por película são acondicionados em blister de PVC/PVDC
transparente e alumínio.
Embalagens de 10, 30 ou 60 comprimidos revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
ALTER, S.A.
Estrada Marco do Grilo
Zemouto
2830 Coina
Portugal
Fabricante
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Laboratórios Alter, S.A.
Mateo Inurria, 30
E-28036 Madrid
Espanha
Este folheto foi aprovado pela última vez em
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sertralina Alter 50 mg comprimidos revestidos por película
Sertralina Alter 100 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Sertralina 50 mg comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido revestido por película contém cloridrato de sertralina equivalente a
50 mg de sertralina.
Sertralina 100 mg comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido revestido por película contém cloridrato de sertralina equivalente a
100 mg de sertralina.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimidos revestidos por película:
Os comprimidos revestidos por película são redondos e brancos.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Sertralina está indicada para o tratamento de:
Episódios depressivos major. Prevenção de recorrência de episódios depressivos
major.
Perturbação de pânico, com ou sem agorafobia.
Perturbação Obsessiva-Compulsiva (POC) em adultos e doentes pediátricos com 6-17
anos de idade.
Perturbação de ansiedade social.
Perturbação de Stress Pós-Traumático (PTSD).
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Tratamento inicial
Depressão e POC
O tratamento com sertralina deve ser iniciado com uma dose de 50 mg/dia.
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Perturbação de Pânico, PTSD e Perturbação de Ansiedade Social
O tratamento deve ser iniciado com uma dose de 25 mg/dia. Após uma semana, a
dose deverá ser aumentada para 50 mg, uma vez ao dia. Este regime posológico
tem demonstrado reduzir a frequência dos efeitos secundários precoces emergentes
do tratamento, característicos da perturbação de pânico.
Titulação
Depressão, POC, Perturbação de Pânico, Perturbação de Ansiedade Social e PTSD
Os doentes que não respondam a uma dose de 50 mg poderão beneficiar de
aumentos da dose. As alterações na dose devem ser efetuadas em incrementos de
50 mg com intervalos de, pelo menos, uma semana, até à dose máxima de 200
mg/dia. Alterações na dose não devem ser efetuadas mais que uma vez por semana,
tendo em conta as 24 horas de semivida de eliminação da sertralina.
O início do efeito terapêutico pode ser observado dentro de sete dias. No entanto,
são habitualmente necessários períodos mais longos para que se demonstre resposta
terapêutica, especialmente na POC.
Manutenção
A dose durante a terapêutica prolongada deve manter-se no mais baixo nível eficaz,
com ajustes subsequentes consoante a resposta terapêutica.
Depressão
O tratamento prolongado pode também ser apropriado na prevenção da recorrência
de episódios depressivos major (EDM). Na maioria dos casos, a dose recomendada
na prevenção da recorrência de EDM é igual à utilizada durante o episódio corrente.
Os doentes com depressão devem ser tratados por um período de tempo suficiente,
de pelo menos 6 meses, para assegurar que estão livres de sintomas.
Perturbação de pânico e POC
Deve-se avaliar regularmente o tratamento continuado na perturbação de pânico e
POC, uma vez que não se demonstrou a prevenção de recaídas nestas perturbações.
Doentes idosos
A dose deve ser ajustada com precaução em idosos, uma vez que pode existir um
maior risco de hiponatremia (ver secção 4.4).
Doentes com insuficiência hepática
A utilização da sertralina em doentes com doença hepática deve ser feita com
precaução. Em doentes com insuficiência hepática, deve ser considerada a utilização
de uma dose menor ou menos frequente (ver secção 4.4). A sertralina não deve ser
utilizada
casos
insuficiência
hepática
grave
não
estão
disponíveis dados clínicos (ver secção 4.4).
Doentes com insuficiência renal
Não é necessário ajuste de dose em doentes com insuficiência renal (ser secção 4.4).
População pediátrica
Crianças e adolescentes com perturbação obsessiva compulsiva
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
13-17 anos: inicialmente 50 mg, uma vez ao dia.
6-12 anos: inicialmente 25 mg, uma vez ao dia. A dose pode ser aumentada para 50
mg, uma vez ao dia, após uma semana.
As doses subsequentes podem ser aumentadas, nos casos em que resposta é inferior
ao desejado, em incrementos de 50 mg durante algumas semanas, conforme
necessário. A dose máxima é de 200 mg por dia. No entanto, quando ocorrem
aumentos em relação à dose de 50 mg deve ter-se em consideração o peso corporal
geralmente inferior nas crianças em comparação com os adultos. As alterações da
dose não devem ocorrer em intervalos inferiores a uma semana.
Não foi demonstrada eficácia em doentes pediátricos com depressão major.
Não estão disponíveis dados relativos a crianças com idade inferior a 6 anos (ver
secção 4.4).
Modo de administração
Sertralina deve ser administrada em toma única diária de manhã ou à noite.
Os comprimidos de sertralina podem ser administrados com ou sem alimentos.
O concentrado para solução oral de sertralina pode ser administrado com ou sem
alimentos.
O concentrado para solução oral de sertralina deve ser diluído antes da utilização
(ver secção 6.6).
Sintomas de privação observados na suspensão da sertralina
A suspensão abrupta deve ser evitada. Quando se interrompe o tratamento com
sertralina, a dose deve ser gradualmente reduzida ao longo de um período de, pelo
menos, uma a duas semanas, a fim de reduzir o risco de reações de privação (ver
secções 4.4 e 4.8). Caso ocorram sintomas intoleráveis após uma diminuição da
dose ou interrupção do tratamento, poderá considerar-se retomar a dose prescrita
anteriormente. Subsequentemente, o médico pode continuar a diminuir a dose, mas
a um ritmo mais lento.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos excipientes listados na
secção 6.1.
administração
concomitante
inibidores
monoaminoxidase
(IMAOs)
irreversíveis está contraindicada, devido ao risco de síndrome serotoninérgica que
inclui sintomas como agitação, tremor e hipertermia. O tratamento com sertralina
não deve ser iniciado no período de, pelo menos, 14 dias após suspensão do
tratamento com um IMAO irreversível. A sertralina deve ser suspensa, pelo menos, 7
dias antes do início do tratamento com um IMAO irreversível (ver secção 4.5).
A administração concomitante da pimozida é contraindicada (ver secção 4.5).
O concentrado para solução oral de sertralina é contraindicado com a utilização de
dissulfiram, devido ao seu conteúdo alcoólico (ver secções 4.4 e 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Síndrome Serotoninérgica (SS) ou Síndrome Maligna dos Neurolépticos (SMN)
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
desenvolvimento
síndromes
potencialmente
fatais
como
Síndrome
Serotoninérgica (SS) ou Síndrome Maligna dos Neurolépticos (SMN) foi notificado
com ISRSs, incluindo o tratamento com sertralina. O risco de SS ou NMS com ISRSs
aumentado
utilização
concomitante
outros
medicamentos
serotoninérgicos (incluindo outros antidepressivos serotoninérgicos, triptanos), com
medicamentos que comprometam o metabolismo da serotonina (incluindo IMAOs,
por exemplo, azul de metileno), antipsicóticos e outros antagonistas da dopamina, e
com fármacos opiáceos. Os doentes devem ser monitorizados para o aparecimento
de sinais e sintomas de SS ou SMN (ver secção 4.3).
Mudança do tratamento iniciado com inibidores seletivos da recaptação da serotonina
(ISRS), antidepressivos ou fármacos para o tratamento da POC
A experiência referente a ensaios controlados é limitada no que se refere à ocasião
considerada
ótima
para
mudar
tratamento
ISRSs,
antidepressivos
fármacos para o tratamento da POC para a sertralina. Deverá efetuar-se uma
avaliação médica cuidada e prudente aquando desta mudança de tratamento,
particularmente no caso de fármacos de ação prolongada, como a fluoxetina.
Outros fármacos serotoninérgicos, por exemplo, triptofano, fenfluramina e agonistas
5-HT
A administração concomitante de sertralina e outros fármacos que aumentam os
efeitos da neurotransmissão serotoninérgica, tais como triptofano ou fenfluramina ou
agonistas 5-HT, ou a planta medicinal, hipericão (Hypericum perforatum), deve ser
efetuada com precaução e evitada sempre que possível, atendendo ao potencial
desenvolvimento de interações farmacodinâmicas.
Disfunção sexual
Os Inibidores da Recaptação de Serotonina e noradrenalina (IRSN) / Inibidores
Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS) podem causar sintomas de disfunção
sexual (ver secção 4.8). Foram notificados casos de disfunção sexual prolongada
cujos sintomas persistiram apesar da descontinuação dos IRSN / ISRS.
Prolongamento do QTc/Torsade de Pointes (TdP)
Foram notificados casos de prolongamento do QTc e de Torsade de Pointes (TdP)
com a utilização da sertralina durante o período de pós-comercialização. A maioria
casos
notificados
ocorreu
doentes com
outros
fatores
risco
para
prolongamento do QTc/TdP. Assim, a sertralina deve ser utilizada com precaução em
doentes com fatores de risco para prolongamento do QTc.
Ativação de hipomania ou mania
Foram notificados sintomas maníacos/hipomaníacos emergentes numa pequena
proporção de doentes tratados com fármacos antidepressivos e para o tratamento da
POC, incluindo a sertralina. Assim, a sertralina deve ser utilizada com precaução em
doentes com história de mania/hipomania. É necessário o seguimento do doente pelo
médico. A sertralina deverá ser suspensa nos doentes que entrem numa fase
maníaca.
Esquizofrenia
Os sintomas psicóticos podem ser agravados em doentes esquizofrénicos.
Convulsões
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Podem ocorrer convulsões com o tratamento com sertralina: a sertralina deve ser
evitada em doentes com epilepsia instável e os doentes com epilepsia controlada
devem ser cuidadosamente monitorizados. A sertralina deverá ser suspensa em
qualquer doente que desenvolva convulsões.
Suicídio/ideação suicida/tentativa de suicídio ou agravamento da situação clínica
depressão
está
associada
aumento
risco
ideação
suicida,
autoagressividade
suicídio
(pensamentos/comportamentos
relacionados
suicídio). O risco prevalece até que ocorra remissão significativa dos sintomas. Como
durante as primeiras semanas, ou mais, de tratamento pode não se verificar
qualquer melhoria, os doentes deverão ter uma vigilância mais rigorosa até que essa
melhoria ocorra. De acordo com a experiência clínica geral, o risco de suicídio pode
estar aumentado nas fases iniciais da recuperação.
Outros distúrbios psiquiátricos para os quais a sertralina é prescrita podem estar
associados ao aumento do risco de ideação/comportamentos relacionados com o
suicídio. Adicionalmente, estas condições podem ser comórbidas com os distúrbios
depressivos major. Consequentemente, deverão ser tomadas as mesmas precauções
que aquando do tratamento de doentes com distúrbios depressivos major e durante
o tratamento de doentes com outras doenças psiquiátricas.
doentes
história
pensamentos/comportamentos
relacionados
suicídio, que apresentem um grau significativo destes sintomas antes do início do
tratamento, apresentam também um maior risco de ideação suicida ou de tentativa
de suicídio, devendo, por este motivo, ser cuidadosamente monitorizados durante o
tratamento. Uma meta-análise de ensaios clínicos controlados com placebo em
adultos
distúrbios
psiquiátricos
demonstrou
aumento
risco
comportamentos relacionados com o suicídio em doentes com menos de 25 anos a
tomar antidepressivos, comparativamente aos doentes a tomar placebo.
A terapêutica medicamentosa deverá ser acompanhada de uma monitorização
rigorosa, em particular nos doentes de maior risco, especialmente na fase inicial do
tratamento ou na sequência de alterações posológicas. Os doentes, e os prestadores
de cuidados de saúde, devem ser alertados para a necessidade de monitorização
relativamente
qualquer
agravamento
situação
clínica,
pensamentos/comportamentos
relacionados
suicido
para
procurar
assistência médica imediatamente caso estes ocorram.
População Pediátrica
A sertralina não deve ser utilizada no tratamento de crianças e adolescentes com
idade inferior a 18 anos, exceto nos casos de doentes com perturbação obsessiva-
compulsiva com 6-17 anos de idade. Foram observados com maior frequência
comportamentos relacionados com o suicídio (tentativa de suicídio e ideação suicida)
e hostilidade (predominantemente agressão, comportamento de oposição e cólera)
em ensaios clínicos com crianças e adolescentes tratados com antidepressivos, em
comparação com os que se encontravam a tomar placebo. Se, não obstante, com
base na necessidade clínica, a decisão de tratamento for tomada, o doente deve ser
rigorosamente monitorizado em relação ao aparecimento de sintomas suicidas.
As evidências clínicas existentes, relativamente aos dados de segurança a longo
prazo em crianças e adolescentes, são limitadas e incluem efeitos no crescimento, na
maturação
sexual
e no
desenvolvimento
cognitivo
comportamental. Após
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
comercialização foram notificados alguns casos de atraso na puberdade e no
crescimento. A causalidade e relevância clínica são ainda incertas (ver na secção 5.3
os dados de segurança pré-clínica correspondentes). Os médicos devem monitorizar
os doentes pediátricos em tratamento prolongado para alterações no crescimento e
desenvolvimento.
Alterações hemorrágicas/hemorragia
Foram notificados casos de alterações hemorrágicas associadas à utilização de
ISRSs,
incluindo
hemorragias
cutâneas
(equimoses
púrpura)
outros
acontecimentos hemorrágicos como hemorragias gastrintestinais ou ginecológicas,
incluindo hemorragias fatais. Recomenda-se precaução aos doentes a tomar ISRSs,
em particular em uso concomitante com fármacos que tenham efeito na função
plaquetária (por exemplo, anticoagulantes, antipsicóticos atípicos e fenotiazidas, a
maioria dos antidepressivos tricíclicos, ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios não
esteroides
(AINEs)),
assim
como
doentes
história
alterações
hemorrágicas (ver secção 4.5).
Hiponatremia
Pode ocorrer hiponatremia como resultado do tratamento com ISRSs ou ISRNs,
incluindo sertralina. Em muitos casos, a hiponatremia aparenta ser o resultado de
uma síndrome de secreção inadequada de hormona antidiurética (SIHAD). Foram
notificados casos de níveis séricos de sódio inferiores a 110 mmol/l. Os doentes
idosos podem apresentar um risco acrescido de desenvolvimento de hiponatremia
com ISRSs e ISRNs. Doentes em tratamento com diuréticos ou que estejam com
depleção do volume também podem apresentar risco acrescido (ver Utilização no
idoso). Deve ser considerada a suspensão da sertralina e instituição da intervenção
médica adequada nos doentes com hiponatremia sintomática. Os sinais e sintomas
de hiponatremia incluem cefaleia, dificuldades de concentração, compromisso da
memória, confusão, fraqueza e instabilidade, o que pode levar a quedas. Os sinais e
sintomas
associados
casos
mais
graves e/ou
agudos
incluíram
alucinações,
síncope, convulsões, coma, paragem respiratória e morte.
Sintomas de privação observados na suspensão do tratamento com sertralina
Os sintomas de privação são comuns quando o tratamento é interrompido, sobretudo
se for interrompido abruptamente (ver secção 4.8). Em ensaios clínicos, entre os
doentes tratados com sertralina, a incidência de reações de privação notificadas foi
de 23% nos que interromperam o tratamento com sertralina comparado aos 12%
nos que continuaram a tomar sertralina.
O risco de sintomas de privação pode estar dependente de vários fatores, incluindo a
duração e dose do tratamento e a taxa de redução da dose. As reações notificadas
com maior frequência foram tonturas, distúrbios sensoriais (incluindo parestesia),
distúrbios do sono (incluindo insónia e sonhos intensos), agitação ou ansiedade,
náuseas e/ou vómitos, tremor e cefaleia. Estes sintomas são, geralmente, ligeiros a
moderados; contudo, em alguns doentes podem ser de intensidade grave. Ocorrem,
normalmente, nos primeiros dias após a suspensão do tratamento, contudo houve
notificações muito raras destes sintomas em doentes que falharam uma dose
inadvertidamente.
Estes
sintomas
são,
geralmente,
limitados
normalmente
resolvem-se
semanas, podendo ser prolongados (2-3 meses ou mais) em alguns indivíduos.
Portanto, aquando da interrupção do tratamento, é recomendada a diminuição
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
gradual da sertralina por um período de algumas semanas ou meses, conforme as
necessidades do doente (ver secção 4.2).
Acatísia/instabilidade psicomotora
utilização
sertralina
sido
associada
desenvolvimento
acatísia,
caracterizado
por uma
instabilidade
desagradável
subjetiva
perturbadora e
necessidade de movimento, muitas vezes acompanhada por uma incapacidade de
sentar ou permanecer quieto. A probabilidade de ocorrência é maior nas primeiras
semanas de tratamento. O aumento da dose pode ser prejudicial nos doentes que
desenvolvem estes sintomas.
Disfunção hepática
A sertralina é extensivamente metabolizada pelo fígado. Um estudo farmacocinético
de doses múltiplas em doentes com cirrose hepática ligeira, estável, demonstrou um
prolongamento da semivida de eliminação e uma AUC e Cmax aproximadamente três
vezes superior em comparação com indivíduos saudáveis. Não foram observadas
diferenças significativas na ligação às proteínas plasmáticas entre os dois grupos. A
utilização da sertralina em doentes com doença hepática deve ser feita com
precaução. Em doentes com disfunção hepática, deve ser considerada a utilização de
uma dose menor ou menos frequente. A sertralina não deve ser utilizada em doentes
com disfunção hepática grave (ver secção 4.2).
Disfunção renal
A sertralina é extensivamente metabolizada, sendo a excreção do fármaco inalterado
na urina uma via menor de eliminação. Em estudos de doentes com disfunção renal
ligeira a moderada (depuração da creatinina 30-60 ml/min), ou moderada a grave
(depuração da creatinina 10-29 ml/min) os parâmetros farmacocinéticos de doses
múltiplas (AUC0-24 ou Cmax) não foram significativamente diferentes quando
comparados com os grupos de controlo. Não é necessário qualquer ajuste na dose de
sertralina a administrar em função do grau de disfunção renal.
Utilização no idoso
Mais de 700 doentes idosos (> 65 anos) participaram em ensaios clínicos O padrão e
a incidência de reações adversas nos idosos foram semelhantes aos dos doentes
mais jovens.
Os ISRSs e os ISRNs, incluindo sertralina foram, contudo, associados a casos de
hiponatremia clinicamente significativa em doentes idosos, que poderão apresentar
um risco acrescido para este acontecimento adverso (ver Hiponatremia na secção
4.4).
Diabetes
doentes com
diabetes,
o tratamento
ISRSs
pode
alterar
controlo
glicémico. As doses de insulina e/ou medicamentos hipoglicemiantes orais poderão
necessitar de ajuste posológico.
Terapia electroconvulsiva (TEC)
Não existem estudos clínicos que estabeleçam os riscos ou os benefícios da utilização
combinada de TEC e sertralina.
Sumo de toranja
A administração de sertralina com sumo de toranja não é recomendada (ver secção
4.5).
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Interferência com testes de rastreio na urina
Têm sido notificados casos de resultados falsos-positivos em testes de rastreio na
urina por imunoensaio para as benzodiazepinas em doentes a tomar sertralina. Isto
deve-se à falta de especificidade dos testes de rastreio. Podem ser esperados
resultados falsos-positivos durante vários dias após a interrupção do tratamento com
sertralina. Os testes confirmatórios, tais como cromatografia gasosa /espectrometria
de massa, irão distinguir a sertralina das benzodiazepinas.
Glaucoma de ângulo fechado
Os ISRS, incluindo a sertralina, podem ter um efeito no tamanho da pupila
resultando em midríase. Este efeito midriático tem o potencial de reduzir o ângulo do
olho, resultando num aumento da pressão intraocular e em glaucoma de ângulo
fechado, sobretudo em doentes com predisposição. Portanto, a sertralina deve ser
utilizada com precaução em doentes com glaucoma de ângulo fechado ou história de
glaucoma.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Contraindicados
Inibidores da Monoaminoxidase
IMAO irreversíveis (por exemplo selegilina)
sertralina não
deve
utilizada
tratamento
concomitante
IMAOs
irreversíveis como a selegilina. O tratamento com sertralina não deve ser iniciado no
período de, pelo menos, 14 dias após a suspensão do tratamento com um IMAO
irreversível. A sertralina deve ser suspensa, pelo menos, 7 dias antes do início do
tratamento com um IMAO irreversível (ver secção 4.3).
Inibidor seletivo da MAO-A reversível (moclobemida)
Devido ao risco de síndrome serotoninérgica, a utilização concomitante de sertralina
e um IMAO reversível e seletivo, como a moclobemida, não deve ser efetuada. Após
o tratamento com um IMAO reversível, pode ser feito um período de interrupção
inferior a 14 dias antes do início do tratamento com sertralina. Recomenda-se a
suspensão da sertralina, pelo menos, 7 dias antes do início do tratamento com um
IMAO reversível (ver secção 4.3).
IMAO reversível não seletivo (linezolida)
O antibiótico linezolida é um IMAO reversível e não seletivo fraco e não deve ser
administrado a doentes tratados com sertralina (ver secção 4.3).
Foram notificadas reações adversas graves em doentes que tinham suspenso um
IMAO (por exemplo, azul de metileno) recentemente e iniciado o tratamento com
sertralina, ou em tratamento recente com sertralina interrompida antes do início do
tratamento com IMAO. Estas reações incluíram tremor, mioclonia, diaforese, náusea,
vómitos, rubor, tonturas e hipertermia com características semelhantes às da
síndrome maligna dos neurolépticos, convulsões e morte.
Pimozida
Foi demonstrado aumento dos níveis de pimozida, de aproximadamente 35%, num
estudo de utilização deste fármaco em dose baixa única (2 mg). Este aumento não
foi associado a alterações no ECG. No entanto, dado o estreito índice terapêutico da
pimozida
mecanismo
desta
interação
desconhecido,
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
administração concomitante de sertralina e pimozida é contraindicada (ver secção
4.3).
A administração concomitante com a sertralina não é recomendada
Depressores do SNC e álcool
Em indivíduos saudáveis, a administração concomitante de sertralina na dose diária
de 200 mg não potenciou os efeitos do álcool, carbamazepina, haloperidol ou
fenitoína, sobre o desempenho cognitivo e psicomotor; contudo, não é recomendada
a administração concomitante de sertralina e álcool.
Outros fármacos serotoninérgicos
Ver secção 4.4.
É recomendada precaução com fentanilo (utilizado em anestesia geral ou no
tratamento da dor crónica), outros fármacos serotoninérgicos (incluindo outros
antidepressivos serotoninérgicos, triptanos), e com outros fármacos opiáceos.
Precauções especiais
Fármacos que prolongam o intervalo QT
O risco de prolongamento do QTc e/ou arritmias ventriculares (por ex. TdP) pode ser
aumentado com a utilização concomitante de outros fármacos que prolongam o
intervalo QTc (por ex. alguns antipsicóticos e antibióticos) (ver secção 4.4).
Lítio
Num ensaio clínico controlado com placebo, efetuado em voluntários saudáveis, a
administração concomitante de sertralina e lítio não alterou a farmacocinética do
lítio, embora tenha resultado num aumento do tremor relativamente ao placebo,
indicando, assim, a existência de uma possível interação farmacodinâmica. Os
doentes
devem
adequadamente
monitorizados
aquando
administração
concomitante de sertralina e lítio.
Fenitoína
Um ensaio clínico controlado com placebo, efetuado em voluntários saudáveis,
sugeriu que a administração crónica de 200 mg/dia de sertralina não causa inibição
clinicamente importante no metabolismo da fenitoína. No entanto, como algumas
notificações resultaram de elevada exposição à fenitoína em doentes a utilizar
sertralina, recomenda-se a monitorização das concentrações plasmáticas de fenitoína
após o início da terapêutica com sertralina, com ajustes adequados da dose de
fenitoína. Além disso, a administração concomitante de fenitoína pode provocar uma
redução dos níveis plasmáticos de sertralina. Não se pode excluir que outros
indutores do CYP3A4, como por exemplo, fenobarbital, carbamazepina, hipericão,
rifampicina possam causar uma redução nos níveis plasmáticos de sertralina.
Triptanos
Durante o período de pós-comercialização foram notificados casos raros de fraqueza,
hiperreflexia, descoordenação, confusão, ansiedade e agitação após a administração
de sertralina e sumatriptano. Os sintomas da síndrome serotoninérgica também
podem ocorrer com outros medicamentos da mesma classe (triptanos). Se a
terapêutica
concomitante
sertralina
triptanos
clinicamente
necessária,
aconselha-se a observação adequada do doente (ver secção 4.4).
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Varfarina
A administração concomitante de sertralina, na dose diária de 200 mg, com
varfarina, resultou num pequeno, mas estatisticamente significativo, aumento no
tempo de protrombina, o que pode em alguns casos raros desequilibrar o valor de
INR. Assim, o tempo de protrombina deve ser cuidadosamente monitorizado quando
se inicia ou interrompe a terapêutica com a sertralina.
Outras interações medicamentosas, digoxina, atenolol, cimetidina
A administração concomitante com cimetidina causou uma diminuição substancial na
depuração da sertralina. Desconhece-se o significado clínico destas alterações. A
sertralina não teve efeito na atividade bloqueadora beta-adrenérgica do atenolol.
Não se observaram interações da sertralina, na dose diária de 200 mg, com a
digoxina.
Fármacos que afetam a função plaquetária
O risco de hemorragia pode ser aumentado quando fármacos com efeito na função
plaquetária (por exemplo AINEs, ácido acetilsalicílico e ticlopidina), ou outros
fármacos
possam
aumentar
risco
hemorragia
são
administrados
concomitantemente com ISRSs, incluindo sertralina (ver secção 4.4).
Fármacos metabolizados pelo citocromo P450
A sertralina pode atuar como um inibidor ligeiro a moderado de CYP 2D6. A
administração crónica com 50 mg diários de sertralina mostrou um aumento
moderado (média 23%-37%) dos níveis plasmáticos de desipramina (um marcador
atividade
isoenzima
CYP 2D6)
estado
estacionário.
Podem
ocorrer
interações clinicamente significativas com outros substratos da CYP 2D6 que tenham
um índice terapêutico estreito, tal como antiarrítmicos de classe 1C como a
propafenona e a flecainida, ATCs e antipsicóticos típicos, sobretudo com doses
elevadas de sertralina.
A sertralina não atua como inibidor da CYP 3A4, CYP 2C9, CYP 2C19, e CYP 1A2 em
grau clinicamente significativo. Tal foi confirmado por estudos de interação in vivo
substratos
CYP 3A4
(cortisol
endógeno,
carbamazepina,
terfenadina,
alprazolam),
substrato
diazepam
CYP 2C19
substratos
tolbutamida,
glibenclamida e fenitoína da CYP 2C9. Estudos in vitro indicam que a sertralina tem
pouco, ou nenhum, potencial para inibir a CYP 1A2.
A ingestão diária de três copos de sumo de toranja aumentou os níveis plasmáticos
de sertralina em aproximadamente 100% num estudo cruzado em oito indivíduos
japoneses saudáveis. Portanto, a ingestão de sumo de toranja deve ser evitada
durante o tratamento com sertralina (ver secção 4.4).
Com base num estudo de interação com sumo de toranja, não pode ser excluída a
possibilidade da administração concomitante de sertralina com inibidores potentes do
CYP3A4, tais como, inibidores da protease, cetoconazol, itraconazol, posaconazol,
voriconazol, claritromicina, telitromicina e nefazodona, resultar num aumento ainda
maior na exposição à sertralina. Isto também se aplica aos inibidores moderados do
CYP3A4, tais como, aprepitant, eritromicina, fluconazol, verapamilo e diltiazem. A
toma de inibidores potentes do CYP3A4 deve ser evitada durante o tratamento com
sertralina.
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
níveis
plasmáticos
sertralina
são
aumentados
cerca
metabolizadores fracos do CYP 2C19 comparativamente aos metabolizadores rápidos
(ver secção 5.2). A interação com inibidores potentes do CYP 2C19, por exemplo,
omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol, fluoxetina, fluvoxamina, não pode
ser excluída.
Concentrado para solução oral de sertralina e dissulfiram
O concentrado para solução oral contém uma pequena quantidade de álcool. A
ingestão de etanol irá resultar numa reação adversa com o dissulfiram, enquanto
persistirem níveis séricos de dissulfiram, ou enquanto a atividade da acetilaldeído
desidrogenase estiver diminuída. Dependendo da função hepática, este efeito poderá
verificar-se até duas semanas após a toma da última dose de dissulfiram, embora
uma semana seja a duração mais comum a esperar com doses normais. Portanto, o
concentrado
para
solução
oral
sertralina
não
deverá
administrado
concomitantemente com dissulfiram, nem nos 14 dias seguintes após a suspensão
do tratamento com dissulfiram (ver secções 4.3 e 4.4).
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Não existem estudos bem controlados na mulher grávida. Contudo, uma quantidade
substancial de dados não revelou evidência de indução de malformações congénitas
provocadas pela sertralina. Os estudos em animais revelaram evidência de efeitos na
reprodução,
provavelmente
devido
toxicidade
materna
causada
pela
ação
farmacodinâmica do composto e/ou ação farmacodinâmica direta do composto no
feto (ver 5.3).
Têm sido notificados sintomas, compatíveis com as reações de privação, em alguns
recém-nascidos, cujas mães estiveram medicadas com sertralina durante a gravidez.
Este fenómeno foi igualmente observado com outros antidepressivos ISRSs. A
sertralina não é recomendada durante a gravidez, a menos que a condição clínica da
mulher pressuponha um benefício do tratamento superior ao risco potencial.
recém-nascidos
devem
observados
caso
utilização
sertralina
mantenha nas fases finais da gravidez, em particular no terceiro trimestre. Os
seguintes sintomas podem ocorrer nos recém-nascidos após utilização materna de
sertralina nas fases finais da gravidez: sofrimento respiratório, cianose, apneia,
convulsões, temperatura instável, dificuldades de alimentação, vómito, hipoglicemia,
hipertonia, hipotonia, hiperreflexia, tremor, inquietação, irritabilidade, letargia, choro
constante, sonolência e dificuldade em adormecer. Estes sintomas podem ser
devidos a efeitos serotoninérgicos ou sintomas de privação. Na maioria dos casos as
complicações começaram imediatamente ou pouco depois (<24 horas) do parto.
Os dados epidemiológicos têm sugerido que a utilização de ISRSs na gravidez,
sobretudo no final da gravidez, pode aumentar o risco de hipertensão pulmonar
persistente no recém-nascido (HPPN). O risco observado foi de aproximadamente 5
casos por 1000 gravidezes. Na população em geral ocorrem 1 a 2 casos de HPPN por
1000 gravidezes.
Amamentação
Os dados publicados relativamente aos níveis de sertralina no leite materno revelam
excreção
pequenas
quantidades
sertralina
metabolito
desmetilsertralina no leite. De um modo geral, foram encontrados níveis séricos
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
negligenciáveis ou indetetáveis em bebés, com exceção de um bebé com níveis
séricos de cerca de 50% do nível materno (mas sem um efeito considerável na saúde
deste bebé). Até à data, não foram notificados efeitos adversos na saúde de bebés
amamentados por mulheres que utilizem sertralina, contudo o risco não pode ser
excluído. A utilização em mulheres a amamentar não é recomendada exceto se, de
acordo com a decisão do médico, o benefício for superior ao risco.
Fertilidade
Os dados em animais não demonstraram um efeito da sertralina nos parâmetros de
fertilidade (ver secção 5.3).
Notificações de casos humanos com alguns ISRSs têm demonstrado que um efeito
na qualidade do esperma é reversível.
Até à data não foi observado impacto na fertilidade humana.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os estudos clínicos farmacológicos demonstraram que a sertralina não afeta o
desempenho psicomotor. Contudo, como os fármacos psicotrópicos podem afetar as
capacidades
mentais
físicas
necessárias
para
realização
tarefas
potencialmente perigosas, como seja a condução ou o uso de máquinas, os doentes
devem ser avisados dessa possibilidade.
4.8 Efeitos indesejáveis
O efeito indesejável mais frequente é náusea. No tratamento da perturbação de
ansiedade social, ocorreu disfunção sexual (falência ejaculatória) em 14% dos
homens a tomar sertralina vs 0% com placebo. Estes efeitos indesejáveis são
dependentes
dose
são,
frequentemente,
natureza
transitória
continuação do tratamento.
O perfil de efeitos indesejáveis frequentemente observado em ensaios clínicos em
dupla ocultação, controlados com placebo, em doentes com POC, perturbação de
pânico, PTSD e perturbação de ansiedade social foi semelhante ao observado em
ensaios clínicos efetuados em doentes com depressão.
A Tabela 1 apresenta as reações adversas observadas a partir da experiência pós-
comercialização
(frequência
desconhecida)
ensaios
clínicos
controlados
placebo (compreendendo um total de 2542 doentes no grupo da sertralina e 2145 no
grupo placebo) na depressão, POC, perturbação de pânico, PTSD e perturbação de
ansiedade social.
Algumas das reações adversas listadas na Tabela 1 podem diminuir em intensidade e
frequência com a continuação do tratamento e não levam, geralmente, à cessação
do tratamento.
Tabela 1: Reações Adversas
Frequência de reações adversas observadas em ensaios clínicos controlados com
placebo
depressão,
POC,
perturbação
pânico,
PTSD
perturbação
ansiedade social. Análise conjunta e experiência pós-comercialização (frequência
desconhecida).
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Muito
Frequentes
(≥1/10)
Frequentes
(≥1/100,
<1/10)
Pouco
Frequentes
(≥1/1000,
<1/100)
Raros
(≥1/10000,
<
1/1000)
Muito
raros
(<1/1000
Frequência
desconhecida
(não
pode ser estimada
a partir dos dados
disponíveis)
Infeções e infestações
Faringite
Infeção das vias
respiratórias
superiores,
rinite
Diverticulite,
gastroenterite,
otite média
Neoplasias benignas, malignas e não especificadas (incl. quistos e polipos)
Neoplasia†
Doenças do sangue e do sistema linfático
Linfoadenopatia
Leucopenia,
trombocitopenia
Doenças do sistema imunitário
Hipersensibilida
Reação
anafilactóide
Alergia
Doenças endócrinas
Hipotiroidismo
Hiperprolactinemia,
secreção
inapropriada
hormona
antidiurética
Doenças do metabolismo e da nutrição
Apetite
diminuído,
apetite
aumentado*
Diabetes
mellitus,
Hipercolesterole
mia,
hipoglicemia
Hiponatremia,
hiperglicemia
Perturbações do foro psiquiátrico
Insónia
(19%)
Depressão*,
despersonali
zação,
pesadelos,
ansiedade*,
agitação*,
nervosismo,
diminuição
Alucinação*,
agressão*,
euforia*,
apatia,
pensamentos
anómalos
Perturbação
conversão,
farmacodepen
dência,
perturbação
psicótica*,
paranoia,
ideação/compor
Paroniria
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Muito
Frequentes
(≥1/10)
Frequentes
(≥1/100,
<1/10)
Pouco
Frequentes
(≥1/1000,
<1/100)
Raros
(≥1/10000,
<
1/1000)
Muito
raros
(<1/1000
Frequência
desconhecida
(não
pode ser estimada
a partir dos dados
disponíveis)
libido*,
bruxismo
tamento
suicida***,
sonambulismo,
ejaculação
precoce
Doenças do sistema nervoso
Tonturas,
(11%),
Sonolência
(13%),
Cefaleia
(21%)*
Parestesia*,
tremor,
hipertonia,
disgeusia,
perturbação
da atenção
Convulsões*,
contrações
musculares
involuntárias*,
alterações
coordenação,
hipercinesia,
amnésia,
hipoestesia*,
perturbação
fala,
tonturas
posturais,
síncope,
enxaqueca*
Coma*,
coreoatetose,
discinésia,
hiperestesia,
perturbação
sensorial
Perturbações
movimento
(incluindo sintomas
extrapiramidais
como
hipercinesia,
hipertonia,
distonia,
bruxismo
alteração
marcha).
Foram
também
relatados
sinais
sintomas
associados
Síndrome
Serotoninérgica ou
Síndrome
Maligna
Neurolépticos:
alguns
casos
associados
utilização
concomitante
fármacos
serotoninérgicos,
incluindo
agitação,
confusão,
diaforese, diarreia,
febre, hipertensão,
rigidez
taquicardia.
Acatísia
instabilidade
psicomotora
(ver
secção
4.4),
espasmo
cerebrovascular
(incluindo
vasoconstrição
cerebral
reversível
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Muito
Frequentes
(≥1/10)
Frequentes
(≥1/100,
<1/10)
Pouco
Frequentes
(≥1/1000,
<1/100)
Raros
(≥1/10000,
<
1/1000)
Muito
raros
(<1/1000
Frequência
desconhecida
(não
pode ser estimada
a partir dos dados
disponíveis)
e síndrome de Call-
Fleming).
Afeções oculares
Perturbações
visuais
Midríase*
Glaucoma,
distúrbio
lacrimal,
escotomas,
diplopia,
fotofobia,
hifema,
Visão
alterada,
pupilas
desiguais,
maculopatia
Afeções do ouvido e do labirinto
Acufenos*
Otalgia
Cardiopatias
Palpitações*
Taquicardia
Enfarte
miocárdio,
bradicardia,
cardiopatia
Prolongamento
QTc,
Torsade de Pointes
Vasculopatias
Afrontamen
tos*
Hipertensão*,
rubor
Isquémia
periférica,
hematúria
Alterações
hemorrágicas
(tais
como
hemorragia
gastrointestinal)
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Bocejar*
Broncoespasmo
dispneia,
epistaxe
Laringoespasmo
hiperventilação,
hipoventilação,
estridor,
disfonia, soluços
Doença
pulmonar
intersticial
Doenças gastrointestinais
Diarreia
(18%),
náuseas
(24%),
xerostomia
(14%)
abdominal*
vómitos*,
obstipação*
dispepsia,
flatulência
Esofagite,
disfagia,
hemorroidas,
hipersecreção
salivar,
afeções
língua,
eructação
Melena,
hematoquezia,
estomatite,
ulceração
língua,
anomalia
dentária,
Pancreatite
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Muito
Frequentes
(≥1/10)
Frequentes
(≥1/100,
<1/10)
Pouco
Frequentes
(≥1/1000,
<1/100)
Raros
(≥1/10000,
<
1/1000)
Muito
raros
(<1/1000
Frequência
desconhecida
(não
pode ser estimada
a partir dos dados
disponíveis)
glossite,
ulceração
boca
Afeções hepatobiliares
Alteração
função hepática
Acontecimentos
hepáticos
graves
(incluindo hepatite,
icterícia
insuficiência
hepática)
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Erupção
cutânea*,
hiperidrose
Edema
periorbital*,
edema
facial,
púrpura*,
alopécia*,
suores
frios,
pele
seca,
urticária*
prurido
Dermatite,
dermatite
bolhosa,
erupção
folicular,
alteração
textura
cabelo,
odor
cutâneo
alterado
Notificações
raras
reações
cutâneas
adversas
graves
(SCAR):
p.ex. Síndrome de
Stevens-Johnson e
necrólise
epidérmica.
Angioedema,
fotossensibilidade,
reação cutânea
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Artralgia,
mialgia
Osteoartrite,
fraqueza
muscular,
dorsalgia,
espasmos
musculares.
Afeções ósseas
Cãibras musculares
Doenças renais e urinárias
Noctúria,
retenção
urinária*,
poliúria,
polaquiúria,
afeções
micção,
incontinência
urinária*
Oligúria,
hesitação
urinária
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Muito
Frequentes
(≥1/10)
Frequentes
(≥1/100,
<1/10)
Pouco
Frequentes
(≥1/1000,
<1/100)
Raros
(≥1/10000,
<
1/1000)
Muito
raros
(<1/1000
Frequência
desconhecida
(não
pode ser estimada
a partir dos dados
disponíveis)
Doenças dos órgãos genitais e da mama **
Falência
ejaculatória
(14%)
Disfunção
eréctil
Hemorragia
vaginal,
disfunção
sexual,
disfunção
sexual feminina,
menstruação
irregular
Menorragia,
vulvovaginite
atrófica,
balanopostite,
corrimento
genital,
priapismo*,
galactorreia*
Ginecomastia
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Fadiga
(10%)*
torácica*,
mal-estar
geral
Edema
periférico,
arrepios,
pirexia*,
astenia*, sede
Hérnia,
tolerância
fármacos
diminuída,
alterações
marcha
Exames complementares de diagnóstico
Aumento
alanina
aminotransfera
se*,
aumento
aspartato
aminotransfera
se*, diminuição
peso*,
aumento
peso*
Esperma
anormal,
aumento
colesterol sérico
Alterações
resultados
laboratoriais
clínicos,
alteração
função
plaquetária
Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações
Lesões
Procedimentos cirúrgicos e médicos
Procedimento
vasodilatação
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Muito
Frequentes
(≥1/10)
Frequentes
(≥1/100,
<1/10)
Pouco
Frequentes
(≥1/1000,
<1/100)
Raros
(≥1/10000,
<
1/1000)
Muito
raros
(<1/1000
Frequência
desconhecida
(não
pode ser estimada
a partir dos dados
disponíveis)
Se a experiência adversa ocorreu na depressão, POC, perturbação de pânico, PTSD e perturbação
de ansiedade social, o termo utilizado foi reclassificado de acordo com os termos utilizados nos
estudos na depressão.
notificado
caso
neoplasia
doente
tratamento
sertralina,
comparativamente a nenhum caso no grupo placebo.
* estas reações adversas também ocorreram na experiência pós-comercialização
**o denominador usa o número combinado de doentes nesse grupo de género: sertralina (1118
homens, 1424 mulheres) placebo (926 homens, 1219 mulheres)
Para POC, curto prazo, unicamente estudos de 1-12 semanas
*** Foram notificados casos de ideação/comportamento suicida notificados durante o tratamento
com sertralina ou imediatamente após a suspensão do tratamento (ver secção 4.4)
Sintomas de privação observados na suspensão do tratamento com sertralina
A interrupção do
tratamento
sertralina
(sobretudo
quando
abrupta) leva
frequentemente
sintomas
privação.
reações
notificadas
maior
frequência são tonturas, perturbações sensoriais (incluindo parestesia), perturbações
do sono (incluindo insónia e sonhos intensos), agitação ou ansiedade, náuseas e/ou
vómitos, tremor e cefaleia. Estes sintomas são, geralmente, ligeiros a moderados;
contudo, em alguns doentes podem ser de intensidade grave e/ou prolongados.
Portanto, quando já não é necessário o tratamento com sertralina, a suspensão do
tratamento deve ser efetuada através da diminuição gradual da dose (ver secções
4.2 e 4.4).
População idosa
Os ISRSs ou ISRNs incluindo a sertralina foram associados a casos clinicamente
significativos de hiponatremia em doentes idosos, que podem apresentar maior risco
para este acontecimento adverso (ver secção 4.4).
População pediátrica
Em mais de 600 doentes tratados com sertralina, o perfil geral de reações adversas
foi, globalmente similar ao observado em estudos com adultos. As reações adversas
seguintes foram notificadas em ensaios clínicos controlados (n=281 doentes tratados
com sertralina):
Muito frequentes (≥1/10): cefaleia (22%), insónia (21%), diarreia (11%), náuseas
(15%).
Frequentes
(≥1/100,
<1/10):
dor torácica, mania,
pirexia,
vómitos,
anorexia,
labilidade emocional, agressão, agitação, nervosismo, perturbações na atenção,
tonturas,
hipercinesia,
enxaqueca,
sonolência,
tremor,
perturbações
visuais,
xerostomia, dispepsia, pesadelos, cansaço, incontinência urinária, erupção cutânea,
acne, epistaxe, flatulência.
Pouco frequentes (≥1/1000, <1/100): prolongamento do intervalo QT no ECG,
tentativa de suicídio, convulsões, sintomas extrapiramidais, parestesia, depressão,
alucinação, púrpura, hiperventilação, anemia, alteração da função hepática, aumento
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
da alanina aminotransferase, cistite, herpes simplex, otite externa, otalgia, dor
ocular, midríase, mal-estar geral, hematúria, erupção cutânea pustular, rinite,
lesões,
diminuição
peso,
espasmos
musculares,
sonhos
anómalos,
apatia,
albuminúria, polaquiúria, poliuria, dor na mama, alterações menstruais, alopécia,
dermatite,
afeções
pele,
odor
cutâneo
alterado,
urticária,
bruxismo,
afrontamentos.
Frequência desconhecida: enurese.
Efeitos de classe
Estudos epidemiológicos, sobretudo realizados em doentes com 50 anos de idade e
mais velhos, demonstraram um risco acrescido de fraturas ósseas em doentes em
tratamento com ISRSs e antidepressivos tricíclicos. O mecanismo que leva a esse
risco é desconhecido.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações diretamente ao INFARMED, I.P.:
Sítio
internet:
http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
(preferencialmente) ou através dos seguintes contactos:
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Toxicidade
sertralina
margem
segurança
dependente
população
e/ou
medicação concomitante.Foram descritos casos fatais de sobredosagem com apenas
sertralina, ou em associação com outros fármacos e/ou álcool. Portanto, qualquer
sobredosagem deve ser tratada rapidamente.
Sintomas
sintomas
sobredosagem
incluem
efeitos
secundários
mediados
pela
serotonina, tais como sonolência, alterações gastrintestinais (por ex. náuseas e
vómitos), taquicardia, tremor, agitação e tonturas. Foram notificados casos de coma,
embora menos frequentemente.
Após sobredosagem com sertralina, foram notificados casos de prolongamento
QTc/Torsades de Pointes; recomenda-se, portanto, uma monitorização ECG em todas
as ingestões de sobredosagem de sertralina.
Tratamento
Não existem antídotos específicos para a sertralina. É recomendado estabelecer e
manter uma via aérea e, se necessário, assegurar uma adequada oxigenação e
ventilação.O carvão ativado, o qual pode ser utilizado com um catártico, pode ser
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
tanto ou mais eficaz que a lavagem gástrica e deverá ser considerado no tratamento
da sobredosagem. A indução da emese não é recomendada. Recomenda-se a
monitorização dos sinais vitais e cardíacos (por ex. ECG), bem como medidas gerais
sintomáticas e de suporte.
Devido ao grande volume de distribuição da sertralina, a diurese forçada, a diálise, a
hemoperfusão e a transfusão de substituição não deverão trazer benefício.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
2.9.3
Sistema
Nervoso
Central.
Psicofármacos.
Antidepressores, código ATC: N06A B06
Mecanismo de ação
A sertralina é um inibidor potente e específico da recaptação neuronal da serotonina
(5-HT) in vitro, o que resulta na potenciação dos efeitos 5-HT em animais. Tem,
somente,
efeito
muito
fraco
recaptação
neuronal
noradrenalina
dopamina. Em doses clínicas a sertralina bloqueia a recaptação da serotonina a nível
plaquetas
humanas.
animais,
sertralina
destituída
atividade
estimulante, sedativa ou anticolinérgica, bem como de cardiotoxicidade.
Em estudos controlados com voluntários saudáveis, a sertralina não causou sedação
e não interferiu com o desempenho psicomotor. De acordo com a sua inibição
seletiva
recaptação
5-HT,
sertralina
não
reforça
atividade
catecolaminérgica. A sertralina não tem nenhuma afinidade para os recetores
muscarínicos
(colinérgicos),
serotoninérgicos,
dopaminérgicos,
adrenérgicos,
histaminérgicos, GABA ou benzodiazepínicos. A administração crónica de sertralina
animais
associa-se
hiporegulação
recetores
cerebrais
noradrenalina, tal como se observa com outros fármacos clinicamente eficazes para
tratamento da depressão e da POC.
A sertralina não revelou qualquer potencial de abuso. Num estudo aleatorizado,
comparativo, em dupla ocultação e controlado com placebo, em que se avaliou a
probabilidade de desenvolvimento de abuso com a sertralina, alprazolam e d-
anfetamina no ser humano, a sertralina não produziu efeitos subjetivos positivos
indicativos de potencial de abuso. Pelo contrário, o alprazolam e a d-anfetamina
foram classificados com valores significativamente superiores ao placebo no que
concerne às medidas de apetência pelo fármaco, euforia e potencial de abuso. A
sertralina não produziu a estimulação nem a ansiedade associadas à d-anfetamina,
nem a sedação ou a disfunção psicomotora associadas ao alprazolam. A sertralina
não
funciona
como
reforço
positivo
macaco
rhesus
treinado
para
autoadministração de cocaína, nem substitui, como estímulo descriminativo, a d-
anfetamina ou o fenobarbital no macaco rhesus.
Eficácia e segurança clínicas
Depressão Major
Um estudo que envolveu doentes com depressão que responderam no final de uma
fase de tratamento aberto inicial de 8 semanas com sertralina 50-200 mg/dia. Estes
doentes (n = 295) foram aleatorizados para seguimento durante 44 semanas com
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
sertralina 50-200 mg/dia, em dupla ocultação, ou placebo. Foi observadada uma
menor taxa de recaída, estatisticamente significativa, nos doentes a tomar sertralina
comparativamente aos que tomavam placebo. A dose média para os doentes que
terminaram o estudo foi de 70 mg / dia. A % de doentes que respondem (definida
como aqueles doentes que não sofreram recaída) para os braços sertralina e placebo
foi 83,4% e 60,8%, respetivamente.
Perturbação de Stress Pós-traumático (PTSD)
Os dados combinados de 3 estudos na PTSD, na população em geral, demonstrou
uma menor taxa de resposta em indivíduos do sexo masculino comparativamente
aos do sexo feminino. Nos dois ensaios positivos na população em geral, as taxas de
resposta do sexo masculino e feminino tratados com sertralina vs placebo foram
similares (sexo feminino: 57,2% vs 34,5%; sexo masculino: 53,9% vs 38,2%). O
número total de doentes do sexo masculino e feminino dos ensaios na população em
geral foi de 184 e 430, respetivamente, pelo que os resultados nos indivíduos do
sexo feminino são mais robustos e os indivíduos do sexo masculino foram associados
a outras variáveis iniciais (maior abuso de substâncias, maior duração, origem do
trauma, etc) que foram correlacionadas com diminuição do efeito.
POC pediátrica
segurança
eficácia
sertralina
(50-200
mg/dia)
foram
examinadas
tratamento, em ambulatório, de crianças (6-12 anos de idade) e adolescentes (13-
17 anos de idade) não-deprimidos com perturbação obsessiva compulsiva (POC).
Após uma semana de placebo em ocultação, os doentes foram aleatorizados para
doze semanas de tratamento com dose flexível de sertralina ou placebo. As crianças
(6-12 anos) iniciaram o tratamento com a dose de 25 mg. Os doentes aleatorizados
para a sertralina apresentaram uma melhoria significativamente superior do que
aqueles aleatorizados para o placebo nas escalas Children’s Yale-Brown Obsessive
Compulsive Scale CY-BOCS (p=0,005), NIMH Global Obsessive Compulsive Scale
(p=0,019) e CGI Improvement (p=0,002). Adicionalmente, foi observada uma
tendência para uma melhoria superior no grupo da sertralina do que no grupo
placebo na escala CGI Severity (p=0,089). Na CY-BOCs os valores médios iniciais e a
alteração em relação aos valores iniciais para o grupo placebo foram 22,25 ± 6,15 e
-3,4 ± 0,82, respetivamente, enquanto que para o grupo da sertralina os valores
médios iniciais e a alteração em relação aos valores iniciais para o grupo placebo
foram 23,36 ± 4,56 e -6,8 ± 0,87, respetivamente. Numa análise post-hoc, os
doentes que respondem, definidos como os doentes com uma diminuição de 25%, ou
superior, na CY-BOCs (a medida primária de eficácia) desde o valor inicial até ao
endpoint,
representaram
doentes
tratados
sertralina,
comparativamente a 37% dos doentes tratados com placebo (p=0,03).
Não existem dados de segurança e eficácia em utilização prolongada para esta
população pediátrica.
População pediátrica
Não estão disponíveis dados relativos a crianças com idade inferior a 6 anos.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
No ser humano, após dose oral única diária, de 50 a 200 mg durante 14 dias, as
concentrações plasmáticas máximas de sertralina ocorrem cerca de 4,5 a 8,4 horas
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
após a administração do fármaco. Os alimentos não alteram, de forma significativa,
a biodisponibilidade dos comprimidos de sertralina.
Os alimentos não alteram, de forma significativa, a biodisponibilidade do concentrado
para solução oral de sertralina.
Distribuição
Aproximadamente 98% do fármaco circulante está ligado às proteínas plasmáticas.
Biotransformação
A sertralina sofre extenso metabolismo hepático de primeira passagem.
Com base nos dados clínicos e in-vitro, pode-se concluir que a sertralina é
metabolizada por múltiplas vias incluindo CYP 3A4, CYP 2C19 (ver secção 4.5) e
CYP 2B6. A sertralina e o seu metabolito principal desmetilsertralina são também
substratos da glicoproteína-P in-vitro.
Eliminação
A semivida média da sertralina é, aproximadamente, 26 horas (22-36 horas).
Consistente com a semivida de eliminação terminal, existe uma acumulação de
aproximadamente
duas
vezes
até
obterem
concentrações
estado
estacionário, o qual é atingido após uma semana de doses únicas diárias.
A semivida da N-desmetilsertralina é de 62 a 104 horas. A sertralina e a N-
desmetilsertralina são ambas extensivamente metabolizadas no ser humano e os
metabolitos resultantes são excretados nas fezes e na urina em partes iguais.
Apenas uma pequena quantidade (<0,2%) de sertralina inalterada é excretada na
urina.
Farmacocinética em grupos específicos de doentes
Linearidade/Não linearidade
A sertralina apresenta uma farmacocinética proporcional à dose no intervalo entre 50
mg e 200 mg.
População pediátrica com POC
A farmacocinética da sertralina foi estudada em 29 doentes pediátricos com 6-12
anos de idade e 32 adolescentes com 13-17 anos de idade. Foi efetuada a titulação
gradual para uma dose diária de 200 mg em 32 dias, quer com uma dose inicial de
25 mg e incrementos graduais, quer com uma dose inicial de 50 mg ou incrementos.
Os esquemas posológicos de 25 mg e 50 mg foram igualmente tolerados. No estado
estacionário para a dose de 200 mg, os níveis plasmáticos de sertralina no grupo 6-
12 anos de idade foram, aproximadamente, 35% superiores comparativamente ao
grupo 13-17 anos de idade, e 21% superior comparativamente ao grupo adulto de
referência. Não foram observadas diferenças significativas entre rapazes e raparigas
relativamente à depuração. Nas crianças, é recomendada uma dose inicial baixa e
incrementos graduais de 25 mg, sobretudo naquelas com baixo peso corporal. Nos
adolescentes a administração pode ser semelhante à dos adultos.
Adolescentes e idosos
O perfil farmacocinético nos adolescentes ou nos idosos não é significativamente
diferente do observado nos adultos com idades entre os 18 e 65 anos.
Insuficiência hepática
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Em doentes com dano hepático, a semivida da sertralina é prolongada e a AUC
encontra-se aumentada em três vezes (ver secções 4.2 e 4.4).
Disfunção renal
Em doentes com disfunção renal moderada a grave, não foi observada acumulação
significativa de sertralina.
Farmacogenómica
Os níveis plasmáticos de sertralina foram 50% superiores nos metabolizadores fracos
do CYP 2C19 comparativamente aos metabolizadores extensivos. O significado clínico
não é claro, e os doentes requerem titulação da dose com base na resposta clínica.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo
estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida,
genotoxicidade e carcinogenicidade. Os estudos de toxidade reprodutiva em animais
não revelaram evidência de teratogenicidade ou efeitos adversos na fertilidade
masculina.
fetotoxicidade
observada
estaria
provavelmente
relacionada
toxicidade materna. A sobrevivência pós-natal e o peso corporal de crias diminuíram
apenas
durante
primeiros
dias
após
nascimento.
verificado
mortalidade pós-natal inicial era devida a exposição in-utero após o dia 15 da
gravidez. Os atrasos no desenvolvimento pós-natal observados em crias de fêmeas
tratadas
foram
provavelmente
devidos
efeitos
fêmeas
portanto
não
relevantes para risco humano.
Os dados em animais roedores e não roedores não revelam efeitos sobre a
fertilidade.
Estudos em animais juvenis
Foi realizado um estudo toxicológico juvenil em ratos, em que foi administrada
sertralina por via oral, a ratos macho e fêmea nos Dias 21 a 56 pós-natais (em doses
de 10, 40, ou 80 mg/kg/dia), seguido por uma fase de recuperação sem medicação
até ao Dia 196 pós-natal. Ocorreram atrasos na maturação sexual dos machos e das
fêmeas em diferentes doses (machos na dose de 80 mg/kg e nas fêmeas com dose
≥10 mg/kg), mas apesar destes resultados, a sertralina não teve qualquer efeito em
nenhum dos parâmetros reprodutivos dos machos ou das fêmeas que foram
avaliados. Adicionalmente, nos Dias 21 a 56 pós-natais, observou-se desidratação,
rinorreia e uma diminuição do valor médio do peso corporal ganho. Todos os efeitos
anteriormente mencionados, atribuídos à sertralina, foram revertidos nalgum ponto
durante a fase de recuperação sem medicação do estudo. A relevância clínica dos
efeitos
observados
ratos
quais
administrada
sertralina
não
estabelecida.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Hidrogenofosfato de cálcio di-hidratado
Celulose microcristalina
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Hidroxipropilcelulose
Carboximetilamido sódico
Estearato de magnésio
Hipromelose
Dióxido de titânio (E171)
Triacetato de glicerol
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 30 ºC.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
comprimidos
são
acondicionados
blister
PVC/PVDC
transparente
alumínio.
Embalagens de 10, 30 ou 60 comprimidos revestidos por película, na dosagem de
50 mg.
Embalagens de 30 ou 60 comprimidos revestidos por película, na dosagem de
100 mg.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não são necessárias precauções especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
ALTER, S.A.
Estrada Marco do Grilo
Zemouto
2830 Coina
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nº de registo: 4896080 - 10 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blister de
PVC/PVDC-Alumínio
Nº de registo: 4896189 - 30 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blister de
PVC/PVDC-Alumínio
Nº de registo: 4896288- 60 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blister de
PVC/PVDC-Alumínio
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Nº de registo: 4896387 - 30 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blister de
PVC/PVDC-Alumínio
Nº de registo: 4896486 - 50 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blister de
PVC/PVDC-Alumínio
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 22 de Dezembro de 2003
Data da renovação da autorização: 20-03-2015
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO