Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
04-10-2018
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04-10-2018
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Seroquel SR 50 mg, 150 mg, 200 mg, 300 mg, 400 mg comprimidos de libertação
prolongada
quetiapina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Seroquel SR e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Seroquel SR
3. Como tomar Seroquel SR
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Seroquel SR
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Seroquel SR e para que é utilizado
Seroquel SR contém uma substância designada por quetiapina. Esta substância pertence a
um grupo de medicamentos designados antipsicóticos. Seroquel SR pode ser usado para
tratar várias doenças, tais como:
- Depressão bipolar e episódios depressivos major na perturbação depressiva major: onde
se sente triste. Pode sentir-se deprimido, sentir-se culpado, com falta de energia, com
perda de apetite ou não conseguir dormir.
- Mania: onde pode sentir-se muito excitado, eufórico, agitado, entusiástico ou hiperativo
ou ter pouco discernimento incluindo ser agressivo ou ter comportamentos disruptivos.
- Esquizofrenia: onde pode ouvir ou sentir coisas que não estão presentes, acreditar em
coisas que não são reais ou sentir-se invulgarmente desconfiado, ansioso, confuso,
culpado, tenso ou deprimido.
Quando Seroquel SR é administrado para tratar episódios depressivos major na
perturbação depressiva major, este será administrado conjuntamente com outro
medicamento que estiver a ser utilizado para tratar esta doença.
O seu médico pode continuar a prescrever-lhe Seroquel SR ainda que se sinta melhor.
APROVADO EM
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INFARMED
2. O que precisa de saber antes de tomar Seroquel SR
Não tome Seroquel SR:
- se tem alergia à quetiapina ou a qualquer outro componente deste medicamento
(indicados na secção 6).
- se está a tomar algum dos seguintes medicamentos:
- Alguns medicamentos para o VIH.
- Medicamentos do tipo azol (para infeções fúngicas).
- Eritromicina ou claritromicina (para infeções).
- Nefazodona (para a depressão).
Caso tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Seroquel SR.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Seroquel SR:
- se tem, ou se alguém da sua família tem ou já teve problemas cardíacos, por exemplo
problemas de ritmo cardíaco, fraqueza do músculo cardíaco ou inflamação do coração ou
se está a tomar qualquer medicamento que possa ter um impacto no seu ritmo cardíaco.
- se tem tensão arterial baixa.
- se teve um acidente vascular cerebral (AVC), especialmente se for idoso.
- se tem problemas de fígado.
- se teve alguma vez um ataque epilético (convulsões).
- se tem diabetes ou risco de ter diabetes. Nestes casos, o seu médico poderá monitorizar
os seus níveis de açúcar no sangue enquanto estiver a tomar Seroquel SR.
- se sabe que no passado teve níveis baixos de glóbulos brancos no sangue (que podem
ter sido originados ou não por outros medicamentos).
- se é uma pessoa idosa com demência (perda da função cerebral). Se é, Seroquel SR não
deve ser tomado, isto porque Seroquel SR pertence a um grupo de medicamentos que
pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral (AVC), ou em alguns casos o risco
de morte, em pessoas idosas com demência.
- se é uma pessoa idosa com doença de Parkinson/parkinsonismo.
- se tem, ou alguém na sua família tem antecedentes (ou história) de coágulos no sangue,
uma vez que este tipo de medicamentos está associado à formação de coágulos
sanguíneos.
- se tem ou teve situações em que para de respirar por curtos períodos durante o sono
noturno normal (condição denominada de "apneia do sono") e está a tomar medicamentos
que retardam a atividade normal do cérebro (depressores).
- se tem ou teve situações em que não consegue esvaziar completamente a sua bexiga
(retenção urinária), tem aumento da próstata, bloqueio nos intestinos, ou aumento da
pressão dentro do seu olho. Estas condições são por vezes causadas por medicamentos
(denominados "anticolinérgicos") que afetam o modo de funcionamento das células
nervosas no sentido de tratar certas condições médicas.
- se tem história de abuso de álcool ou drogas.
APROVADO EM
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INFARMED
Informe o seu médico imediatamente se sentir qualquer uma das seguintes situações após
tomar Seroquel SR:
- Uma combinação de febre, rigidez muscular grave, transpiração ou um nível de
consciência diminuído (uma doença chamada “síndrome maligna dos neurolépticos”).
Poderá ser necessário tratamento médico imediato.
- Movimentos incontroláveis, principalmente da sua face ou língua.
- Tontura ou uma sensação de sonolência de intensidade grave. Esta pode aumentar o
risco de ferimentos acidentais (quedas) em doentes idosos.
- Convulsões.
- Uma ereção dolorosa e prolongada (priapismo).
Estas situações podem ser causadas por este tipo de medicamento.
Informe o seu médico assim que possível se tem:
- Febre, sintomas gripais, dor de garganta ou qualquer outra infeção, uma vez que estes
sintomas podem resultar de níveis muito baixos de glóbulos brancos no sangue, o que
pode implicar a interrupção do tratamento com Seroquel SR e/ou a administração de
tratamento.
- Prisão de ventre com dor abdominal persistente ou prisão de ventre que não respondeu
ao tratamento, uma vez que esta situação pode levar a um bloqueio mais grave do
intestino.
- Pensamentos suicidas e agravamento da sua depressão
Se está deprimido pode, por vezes, ter pensamentos de autoflagelação ou de cometer
suicídio. Estes pensamentos podem aumentar na primeira vez que fizer o tratamento, pois
estes medicamentos demoram algum tempo a atuar, usualmente cerca de duas semanas,
mas por vezes podem demorar mais tempo. Estes pensamentos podem também aumentar
caso pare de tomar a sua medicação de forma abrupta. Pode ser mais provável ter estes
pensamentos se for um jovem adulto. Dados de ensaios clínicos demonstraram um risco
aumentado de pensamentos suicidas e/ou comportamento suicida em jovens adultos com
idade inferior a 25 anos com depressão.
Se tem pensamentos de autoflagelação ou de cometer suicídio em qualquer momento,
contacte o seu médico ou dirija-se a um hospital imediatamente. Poderá achar útil contar
a um amigo ou familiar que está deprimido e pedir-lhes para ler este folheto informativo.
Pode pedir-lhes para lhe dizerem se acham que a sua depressão está a agravar-se ou se
estão preocupados com as alterações do seu comportamento.
- Erupção Cutânea Medicamentosa com Eosinofilia e Sintomas Sistémicos (ECMESS).
Erupção na pele generalizada, temperatura corporal elevada, elevações das enzimas
do fígado, alterações sanguíneas (eosinofilia), gânglios linfáticos aumentados e
envolvimento de outros órgãos (Erupção Cutânea Medicamentosa com Eosinofilia e
Sintomas Sistémicos também é conhecida como ECMESS ou síndrome de
hipersensibilidade medicamentosa).
Pare de tomar quetiapina se tiver estes sintomas e contacte o seu médico ou procure
assistência médica imediatamente.
APROVADO EM
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INFARMED
Aumento de peso
Foi observado aumento de peso em doentes a tomar Seroquel SR. Você e o seu médico
deverão verificar regularmente o seu peso.
Crianças e adolescentes
Seroquel SR não é indicado para crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade.
Outros medicamentos e Seroquel SR
Informe o seu médico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar
outros medicamentos.
Não tome Seroquel SR se estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos:
- Alguns medicamentos para o VIH.
- Medicamentos do tipo azol (para infeções fúngicas).
- Eritromicina ou claritromicina (para infeções).
- Nefazodona (para a depressão).
Informe o seu médico se estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos:
- Medicamentos para a epilepsia (tais como fenitoína ou carbamazepina).
- Medicamentos para a tensão arterial elevada.
- Barbitúricos (para dificuldade em dormir).
- Tioridazina ou lítio (outros medicamentos antipsicóticos).
- Medicamentos que possam ter um impacto no seu ritmo cardíaco, por exemplo,
medicamentos que provocam um desequilíbrio nos eletrólitos (baixos níveis de potássio
ou magnésio) tais como diuréticos (medicamentos para urinar) ou certos antibióticos
(medicamentos para tratar infeções).
- Medicamentos que podem causar prisão de ventre.
- Medicamentos (denominados "anticolinérgicos") que afetam o modo de funcionamento
das células nervosas no sentido de tratar certas condições médicas.
Fale primeiro com o seu médico, antes de parar de tomar qualquer um dos seus
medicamentos.
Seroquel SR com alimentos, bebidas e álcool
- Seroquel SR pode ser afetado pelos alimentos e, como tal, deve tomar os seus
comprimidos pelo menos uma hora antes das refeições ou antes de deitar.
- Tenha cuidado com a quantidade de álcool que bebe. O efeito combinado de Seroquel
SR e álcool pode fazer com que se sinta sonolento.
- Não beba sumo de toranja enquanto estiver a tomar Seroquel SR. Pode afetar a forma
como o medicamento atua.
Gravidez e amamentação
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INFARMED
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o
seu médico antes de tomar este medicamento. Não deve tomar Seroquel SR durante a
gravidez, a não ser que já tenha discutido este assunto com o seu médico. Não deve tomar
Seroquel SR se estiver a amamentar.
Os seguintes sintomas, que podem representar abstinência podem ocorrer em recém-
nascidos cujas mães utilizaram Seroquel no terceiro trimestre (últimos três meses de
gravidez): tremor, fraqueza e/ou rigidez muscular, sonolência, agitação, problemas
respiratórios e dificuldades na alimentação. Se o seu bebé desenvolver qualquer um
destes sintomas, pode ter necessidade de contactar o seu médico.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Os seus comprimidos podem fazê-lo sentir-se sonolento. Não deve conduzir ou utilizar
quaisquer ferramentas ou máquinas antes de saber como os seus comprimidos o afetam.
Seroquel SR contém lactose
Seroquel SR contém lactose, um tipo de açúcar. Se foi informado pelo seu médico que é
intolerante a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
Efeito nas análises medicamentosas à urina
Se vai fazer uma análise medicamentosa à urina, tomar Seroquel pode originar resultados
positivos para a metadona ou para alguns medicamentos para a depressão, chamados
antidepressivos tricíclicos (ATCs), quando são utilizados alguns métodos de análise,
mesmo que não esteja a tomar metadona ou ATCs. É recomendada a confirmação dos
resultados com testes mais específicos, se tal acontecer.
3. Como tomar Seroquel SR
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se ainda tiver dúvidas.
O seu médico decidirá qual a dose inicial. A dose de manutenção (dose diária) irá
depender da sua doença e das suas necessidades mas será, geralmente, entre 150 mg e
800 mg.
- Irá tomar os seus comprimidos uma vez por dia.
- Não parta, mastigue ou esmague os comprimidos.
- Engula os seus comprimidos inteiros com água.
- Tome os seus comprimidos sem alimentos (pelo menos uma hora antes das refeições ou
à hora de dormir, o seu médico dir-lhe-á quando).
- Não beba sumo de toranja enquanto estiver a tomar Seroquel SR, uma vez que pode
afetar a forma como o medicamento atua.
- Não pare de tomar os seus comprimidos mesmo que se esteja a sentir bem, a não ser que
o seu médico o recomende.
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Problemas de fígado
Se tiver problemas de fígado o seu médico poderá alterar a sua dose.
Idosos
Se for idoso o seu médico poderá alterar a sua dose.
Utilização em crianças e adolescentes
Seroquel SR não deve ser utilizado por crianças e adolescentes com idade inferior a 18
anos.
Se tomar mais Seroquel SR do que deveria
Se tomou mais Seroquel SR do que o que lhe foi prescrito pelo médico, poderá sentir
sonolência, sentir tonturas e ter um batimento cardíaco anormal. Contacte imediatamente
o seu médico ou dirija-se ao hospital mais próximo. Mantenha os comprimidos de
Seroquel SR consigo.
Caso se tenha esquecido de tomar Seroquel SR
Se se esqueceu de tomar uma dose, tome-a assim que se lembrar. No entanto, se estiver
quase na altura de tomar a dose seguinte, aguarde até à próxima dose. Não tome uma
dose a dobrar para compensar um comprimido que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Seroquel SR
Se parar de tomar Seroquel SR repentinamente, poderá não conseguir dormir (insónias),
poderá sentir-se indisposto (náuseas) ou poderá sentir dor de cabeça, diarreia, vómitos,
tonturas ou irritabilidade. O seu médico poderá sugerir que reduza a dose gradualmente
antes de interromper o tratamento.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Muito frequentes: podem afetar mais de 1 em cada 10 pessoas
- Tonturas (pode originar quedas), dor de cabeça, boca seca.
- Sensação de sonolência (o que poderá desaparecer ao longo do tempo durante o
tratamento com Seroquel SR) (pode originar quedas).
- Sintomas de abstinência da terapêutica (sintomas que ocorrem quando para de tomar
Seroquel SR) incluindo não conseguir dormir (insónia), sensação de indisposição
(náuseas), dor de cabeça, diarreia, vómitos, tonturas e irritabilidade. É aconselhável uma
interrupção gradual durante um período de pelo menos 1 a 2 semanas.
- Aumento de peso.
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- Movimentos musculares anormais. Estes incluem dificuldade em iniciar movimentos
musculares, tremor, agitação ou rigidez muscular sem dor.
- Alterações nas quantidades de algumas gorduras (triglicéridos e colesterol total).
Frequentes: podem afetar até 1 em cada 10 pessoas
- Batimento cardíaco rápido.
- Sentir palpitações cardíacas, aceleradas, ou batimento irregular.
- Prisão de ventre, mal-estar no estômago (indigestão).
- Sensação de fraqueza.
- Inchaço dos braços ou pernas.
- Tensão arterial baixa quando está de pé. Isto pode causar tonturas ou desmaio (pode
originar quedas).
- Aumento dos níveis de açúcar no sangue.
- Visão turva.
- Sonhos anormais e pesadelos.
- Aumento do apetite.
- Sensação de irritabilidade.
- Perturbações da fala e da linguagem.
- Pensamentos suicidas e agravamento da sua depressão.
- Falta de ar.
- Vómitos (principalmente nos idosos).
- Febre.
- Alterações na quantidade das hormonas da tiroide no seu sangue.
- Diminuição do número de alguns tipos de células sanguíneas.
- Aumento da quantidade de enzimas do fígado, medidas no sangue.
- Aumento da quantidade da hormona prolactina no sangue. O aumento da hormona
prolactina pode, em casos raros, causar o seguinte:
- Mamas inchadas e produção inesperada de leite nos homens e nas mulheres.
- Ausência de período menstrual ou períodos menstruais irregulares nas mulheres.
Pouco frequentes: podem afetar até 1 em cada 100 pessoas
- Convulsões ou ataque epilético.
- Reações alérgicas que podem incluir protuberâncias (pápulas), inchaço da pele e à volta
da boca.
- Sensações desagradáveis nas pernas (também conhecido por síndrome das pernas
irrequietas).
- Dificuldades em engolir.
- Movimentos incontroláveis, principalmente da face ou língua.
- Disfunção sexual.
- Diabetes.
- Alteração na atividade do coração observada através do ECG (prolongamento do
intervalo QT).
- Batimento cardíaco mais lento que o normal, que pode ocorrer no início do tratamento e
que pode estar associado a tensão arterial baixa e desmaio.
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- Dificuldade em urinar.
- Desmaio (pode dar origem a quedas).
- Nariz entupido.
- Diminuição da quantidade de células vermelhas sanguíneas.
- Diminuição da quantidade de sódio no sangue.
- Agravamento da diabetes pré-existente.
Raros: podem afetar até 1 em cada 1.000 pessoas
- Uma combinação de temperatura elevada (febre), transpiração, rigidez muscular, muita
sonolência ou desmaio (uma doença chamada “síndrome maligna dos neurolépticos”).
- Coloração amarela da pele e dos olhos (icterícia).
- Inflamação do fígado (hepatite).
- Ereção dolorosa e prolongada (priapismo).
- Inchaço das mamas e produção inesperada de leite (galactorreia).
- Distúrbio menstrual.
- Coágulos nas veias, especialmente nas pernas (sintomas incluem inchaço, dor e
vermelhidão na perna), que se podem deslocar pelos vasos sanguíneos até aos pulmões e
causar dor no peito e dificuldade em respirar. Se detetar algum destes sintomas, procure
aconselhamento médico de imediato.
- Andar, falar, comer ou outras atividades enquanto dorme.
- Diminuição da temperatura corporal (hipotermia).
- Inflamação do pâncreas.
- Uma condição (chamada “síndrome metabólico”) em que pode ter uma combinação de
3 ou mais dos seguintes sintomas: um aumento da gordura à volta da sua zona abdominal,
uma diminuição do “bom colesterol” (HDL-C), um aumento de um dos tipos de gordura
no seu sangue chamada triglicéridos, aumento da tensão arterial e aumento dos níveis de
açúcar no sangue.
- Uma combinação de febre, sintomas gripais, dor de garganta ou qualquer outra infeção
com níveis muito baixos de glóbulos brancos no sangue, uma condição denominada
agranulocitose.
- Obstrução do intestino.
- Aumento da creatina fosfoquinase no sangue (uma substância dos músculos).
Muito raros: podem afetar até 1 em cada 10.000 pessoas
- Erupção na pele grave, bolhas ou manchas vermelhas na pele.
- Uma reação alérgica grave (designada por anafilaxia) que pode causar dificuldade em
respirar ou choque.
- Inchaço rápido da pele, geralmente à volta dos olhos, lábios e garganta (angioedema).
- Uma condição grave com desenvolvimento de bolhas na pele, boca, olhos e órgãos
genitais (Síndrome de Stevens-Johnson).
- Secreção inadequada de uma hormona que controla o volume da urina.
- Lesão das fibras musculares e dor nos músculos (rabdomiólise).
Desconhecido: a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis
- Erupção da pele com manchas vermelhas irregulares (eritema multiforme).
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- Reações alérgicas graves repentinas com sintomas tais como febre, bolhas na pele e pele
descamada (necrólise epidérmica tóxica).
- Podem ocorrer sintomas de abstinência em recém-nascidos de mães que tomaram
Seroquel SR durante a gravidez.
- AVC.
A classe de medicamentos à qual Seroquel SR pertence pode causar problemas no ritmo
cardíaco, que podem ser graves e, em casos graves podem ser fatais.
Alguns efeitos secundários só podem ser detetados através de análises ao sangue. Estes
incluem alterações dos níveis de algumas gorduras (triglicéridos e colesterol total) ou
açúcar no sangue, alterações na quantidade de hormonas da tiroide no sangue, aumento
das enzimas do fígado, diminuição na contagem de algumas células sanguíneas,
diminuição da quantidade de glóbulos vermelhos, aumento da creatina fosfoquinase no
sangue (uma substância dos músculos), diminuição dos níveis de sódio no sangue e
aumento da quantidade de uma hormona no sangue chamada prolactina. O aumento da
hormona prolactina pode, em casos raros, originar o seguinte:
- Em homens e mulheres: mamas inchadas e produção inesperada de leite.
- Em mulheres: ausência de período menstrual ou períodos menstruais irregulares.
Ocasionalmente, o seu médico pode pedir-lhe que faça análises ao sangue.
Efeitos secundários adicionais em crianças e adolescentes
Os mesmos efeitos secundários que poderão ocorrer nos adultos, poderão também ocorrer
em crianças e adolescentes.
Os seguintes efeitos secundários foram observados com maior frequência em crianças e
adolescentes, ou não foram observados em adultos:
Muito frequentes: podem afetar mais de 1 em cada 10 pessoas
- Aumento da quantidade de uma hormona no sangue chamada prolactina. Aumentos na
hormona prolactina podem, em casos raros, originar:
- nos rapazes e raparigas mamas inchadas e produção inesperada de leite;
- nas raparigas, a ausência de período menstrual ou períodos menstruais irregulares.
- Aumento do apetite.
- Vómitos.
- Movimentos musculares anormais. Estes incluem dificuldade em iniciar movimentos
musculares, tremor, agitação (inquietação) ou rigidez muscular sem dor.
- Aumento da tensão arterial.
Frequentes: podem afetar até 1 em cada 10 pessoas
- Sensação de fraqueza, desmaio (pode originar quedas).
- Nariz entupido.
- Sensação de irritabilidade.
Comunicação de efeitos secundários
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Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos
abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações
sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel.: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Seroquel SR
- Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
- Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior
após EXP. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
- Seroquel SR não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
- Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte
ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas
ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Seroquel SR
- A substância ativa é a quetiapina. Os comprimidos de Seroquel SR contêm 50 mg,
150 mg, 200 mg, 300 mg ou 400 mg de quetiapina (como fumarato de quetiapina).
- Os outros componentes são:
Núcleo do comprimido: celulose microcristalina, citrato de sódio, lactose mono-
hidratada, estearato de magnésio, hipromelose.
Revestimento do comprimido: hipromelose, macrogol, dióxido de titânio (E171). Os
comprimidos de 50 mg, 200 mg e 300 mg contêm também óxido de ferro amarelo (E172)
e os comprimidos de 50 mg contêm óxido de ferro vermelho (E172).
Qual o aspeto de Seroquel SR e conteúdo da embalagem
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Todos os comprimidos de libertação prolongada têm forma de cápsula e têm a gravação
XR e a dose. Os comprimidos de 50 mg são cor de pêssego; os comprimidos de 150 mg
são de cor branca; os comprimidos de 200 mg são de cor amarela; os comprimidos de
300 mg são de cor amarela pálida e os comprimidos de 400 mg são de cor branca.
Estão registadas para todas as doses embalagens de 10, 30, 50, 60 e 100 comprimidos. É
possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
AstraZeneca Produtos Farmacêuticos, Lda.
Rua Humberto Madeira, 7
Queluz de Baixo
2730-097 Barcarena
Portugal
Tel.: +351 21 434 61 00
Fax: +351 21 434 61 92
E-mail: direccao.tecnica@astrazeneca.com
Fabricantes
AstraZeneca UK, Ltd.
Silk Road Business Park
SK10 2NA Macclesfield - Cheshire
Reino Unido
AstraZeneca GmbH
Tinsdaler Weg, 183
D-22880 Wedel
Alemanha
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico
Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
PAÍS
NOME
COMERCIAL
Áustria
Seroquel XR
Bélgica
Seroquel XR
Chipre
Seroquel XR
Croácia
Seroquel XR
Dinamarca
Seroquel Prolong
Estónia
Seroquel XR
Finlândia
Seroquel Prolong
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PAÍS
NOME
COMERCIAL
França
Xeroquel LP
Alemanha
Seroquel Prolong
50 mg
Retardtabletten,
Seroquel Prolong
150 mg
Retardtabletten,
Seroquel Prolong
200 mg
Retardtabletten,
Seroquel Prolong
300 mg
Retardtabletten,
Seroquel Prolong
400 mg
Retardtabletten
Grécia
Seroquel XR
Hungria
Seroquel XR
Islândia
Seroquel Prolong
Irlanda
Seroquel XR
Itália
Seroquel compresse
a rilascio
prolungato
Letónia
Seroquel XR
Lituânia
Seroquel XR
Luxemburgo
Seroquel XR
Holanda
Seroquel XR
Quetiapine XR
AstraZeneca
Noruega
Seroquel Depot
Portugal
Seroquel SR
Eslováquia
Seroquel XR
Eslovénia
Seroquel SR
Espanha
Seroquel Prolong
Suécia
Seroquel Depot
Reino Unido
Seroquel XL
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Seroquel SR 50 mg comprimidos de libertação prolongada
Seroquel SR 150 mg comprimidos de libertação prolongada
Seroquel SR 200 mg comprimidos de libertação prolongada
Seroquel SR 300 mg comprimidos de libertação prolongada
Seroquel SR 400 mg comprimidos de libertação prolongada
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Seroquel SR 50 mg contém 50 mg de quetiapina (na forma de fumarato de
quetiapina)
Seroquel SR 150 mg contém 150 mg de quetiapina (na forma de fumarato de
quetiapina)
Seroquel SR 200 mg contém 200 mg de quetiapina (na forma de fumarato de
quetiapina)
Seroquel SR 300 mg contém 300 mg de quetiapina (na forma de fumarato de
quetiapina)
Seroquel SR 400 mg contém 400 mg de quetiapina (na forma de fumarato de
quetiapina)
Excipientes com efeito conhecido:
Seroquel SR 50 mg contém 119 mg de lactose (anidra) por comprimido
Seroquel SR 150 mg contém 71 mg de lactose (anidra) por comprimido
Seroquel SR 200 mg contém 50 mg de lactose (anidra) por comprimido
Seroquel SR 300 mg contém 47 mg de lactose (anidra) por comprimido
Seroquel SR 400 mg contém 15 mg de lactose (anidra) por comprimido
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido de libertação prolongada
Os comprimidos de Seroquel SR 50 mg são cor de pêssego e têm a gravação “XR 50”
numa das faces
Os comprimidos de Seroquel SR 150 mg são de cor branca e têm a gravação
“XR 150” numa das faces
Os comprimidos de Seroquel SR 200 mg são de cor amarela e têm a gravação
“XR 200” numa das faces
Os comprimidos de Seroquel SR 300 mg são de cor amarela pálida e têm a gravação
“XR 300” numa das faces
Os comprimidos de Seroquel SR 400 mg são de cor branca e têm a gravação
“XR 400” numa das faces
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
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4.1 Indicações terapêuticas
Seroquel SR está indicado para:
- tratamento da esquizofrenia
- tratamento da perturbação bipolar:
- Para o tratamento de episódios maníacos moderados a graves na perturbação
bipolar.
- Para o tratamento de episódios depressivos major na perturbação bipolar.
- Para a prevenção das recorrências de episódios maníacos ou depressivos em
doentes com perturbação bipolar que responderam anteriormente ao tratamento
com quetiapina.
- terapêutica de associação para episódios depressivos major em doentes com
Perturbação Depressiva Major (PDM) que tiveram resposta subótima em monoterapia
antidepressiva (ver secção 5.1). Antes do início do tratamento, os médicos deverão
considerar o perfil de segurança de Seroquel SR (ver secção 4.4).
4.2 Posologia e modo de administração
Para cada indicação existem diferentes esquemas posológicos. Assim, é necessário
assegurar que os doentes recebem informação clara relativa à dosagem adequada à
sua situação.
Seroquel SR deve ser administrado uma vez por dia, sem alimentos. Os comprimidos
devem ser engolidos inteiros e não devem ser partidos, mastigados ou esmagados.
Adultos
Para o tratamento da esquizofrenia e episódios maníacos moderados a graves na
perturbação bipolar
Seroquel SR deve ser administrado pelo menos uma hora antes das refeições. A dose
diária no início da terapêutica é 300 mg no Dia 1 e 600 mg no Dia 2. A dose diária
recomendada é 600 mg, embora se clinicamente justificada a dose pode ser
aumentada para 800 mg diariamente. A dose deve ser ajustada no intervalo de dose
eficaz de 400 mg a 800 mg por dia, em função da resposta clínica e da tolerabilidade
do doente. Não é necessário qualquer ajuste de dosagem na terapêutica de
manutenção na esquizofrenia.
Para o tratamento de episódios depressivos major na perturbação bipolar
Seroquel SR deve ser administrado ao deitar. A dose diária total nos primeiros
quatro dias de terapêutica é de 50 mg (Dia 1), 100 mg (Dia 2), 200 mg (Dia 3) e
300 mg (Dia 4). A dose diária recomendada é de 300 mg. Em ensaios clínicos, não
foi observado qualquer benefício adicional no grupo tratado com a dose de 600 mg
em comparação com o grupo tratado com a dose de 300 mg (ver secção 5.1).
Doentes específicos podem beneficiar da dose de 600 mg. Doses superiores a
300 mg
devem
ser iniciadas
médicos
experiência no
tratamento
perturbação
bipolar.
doentes
específicos,
presença
problemas
tolerância, os ensaios clínicos indicaram que poderá ser considerada uma redução de
dose diária até um mínimo de 200 mg.
Para a prevenção das recorrências na perturbação bipolar
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INFARMED
Para a prevenção das recorrências de episódios maníacos, mistos ou depressivos na
perturbação bipolar, os doentes que responderam ao tratamento com Seroquel SR
para o tratamento agudo da perturbação bipolar devem continuar a terapêutica com
a mesma dose de Seroquel SR administrado ao deitar. A dose de Seroquel SR pode
ser ajustada, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada doente
específico, no intervalo de 300 mg a 800 mg/dia. É importante que seja utilizada a
dose eficaz mais baixa como terapêutica de manutenção.
Para o tratamento em associação dos episódios depressivos major na PDM
Seroquel SR deve ser administrado antes de deitar. A dose diária no início da
terapêutica é 50 mg nos Dias 1 e 2, e 150 mg nos Dias 3 e 4. O efeito antidepressivo
foi observado com doses de 150 e 300 mg/dia em ensaios de curta duração como
terapêutica de associação (com amitriptilina, bupropiona, citalopram, duloxetina,
escitalopram, fluoxetina, paroxetina, sertralina e venlafaxina – ver secção 5.1) e com
50 mg/dia em ensaios em monoterapia de curta duração. Existe um risco aumentado
de acontecimentos adversos com doses superiores. Os médicos deverão, assim,
assegurar que a dose eficaz mais baixa, iniciada com 50 mg/dia, é utilizada no
tratamento. A necessidade de aumentar a dose de 150 para 300 mg/dia deverá ser
baseada na avaliação individual do doente.
Substituição do tratamento com Seroquel comprimidos de libertação imediata
Para um regime posológico mais conveniente, os doentes que estejam atualmente a
ser tratados com Seroquel comprimidos de libertação imediata, em doses divididas,
podem fazer a substituição para a dose diária total equivalente de Seroquel SR,
administrada uma vez ao dia. Podem ser necessários ajustes posológicos individuais.
Idosos
Tal como com outros antipsicóticos e antidepressivos, Seroquel SR deve ser utilizado
com precaução nos idosos, especialmente durante o período inicial de tratamento.
Poderá ser necessário efetuar uma titulação mais lenta de Seroquel SR e utilizar uma
dose terapêutica diária inferior à utilizada em doentes mais jovens. A depuração
plasmática média da quetiapina foi reduzida em 30% a 50% em doentes idosos
comparativamente com os doentes mais jovens. Os doentes idosos devem iniciar a
terapêutica com 50 mg/dia. A dose pode ser aumentada em incrementos de
50 mg/dia até à dose eficaz, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade
individual do doente.
Em doentes idosos com episódios depressivos major na PDM, a dosagem deve ser
iniciada com 50 mg/dia nos Dias 1-3, aumentando para 100 mg/dia no Dia 4 e
150 mg/dia no Dia 8. Deverá ser utilizada a dose eficaz mais baixa, iniciada com
50 mg/dia. Com base na avaliação individual do doente, se for necessário um
aumento da dose para 300 mg/dia, o mesmo não deve ser efetuado antes do Dia 22
do tratamento.
A eficácia e segurança não foram avaliadas em doentes com idade superior a 65
anos com episódios depressivos no contexto da perturbação bipolar.
População pediátrica
Não se recomenda a utilização de Seroquel SR em crianças e adolescentes com idade
inferior a 18 anos, devido à inexistência de dados para suportar a sua utilização
neste grupo etário. A evidência disponível com base em ensaios clínicos controlados
com placebo encontra-se referida nas secções 4.4, 4.8, 5.1 e 5.2.
APROVADO EM
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INFARMED
Compromisso renal
Não é necessário efetuar ajuste posológico em doentes com compromisso renal.
Compromisso hepático
A quetiapina é extensamente metabolizada pelo fígado. Assim, Seroquel SR deve ser
utilizado
precaução
doentes
compromisso
hepático
conhecido,
especialmente durante o período inicial de tratamento. Os doentes com compromisso
hepático devem iniciar o tratamento com 50 mg/dia. A dose pode ser aumentada em
incrementos de 50 mg/dia até à dose eficaz, dependendo da resposta clínica e da
tolerabilidade individual do doente.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados
na secção 6.1.
A administração concomitante de inibidores do citocromo P450 3A4, tais como
inibidores da protease-VIH, fármacos antifúngicos do grupo azol, eritromicina,
claritromicina e nefazodona, está contraindicada (ver secção 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Como Seroquel SR tem várias indicações, o perfil de segurança deve ser considerado
função
diagnóstico
individual
doente
dose
está
administrada.
A eficácia e segurança a longo prazo em doentes com PDM não foram avaliadas
como terapêutica de associação, contudo, a eficácia e segurança a longo prazo foram
avaliadas em doentes adultos em monoterapia (ver secção 5.1).
População pediátrica
Não se recomenda a utilização de quetiapina em crianças e adolescentes com idade
inferior a 18 anos, devido à inexistência de dados para suportar a sua utilização
neste
grupo
etário.
Ensaios
clínicos
quetiapina
demonstraram
que,
adicionalmente ao perfil de segurança conhecido identificado em adultos (ver secção
4.8), alguns acontecimentos adversos ocorreram com uma frequência mais elevada
em crianças e adolescentes comparativamente aos adultos (aumento do apetite,
aumento dos níveis séricos de prolactina, vómitos, rinite e síncope) ou podem ter
implicações diferentes em crianças e adolescentes (sintomas extrapiramidais e
irritabilidade) e foi identificado um acontecimento adverso que não tinha sido
previamente observado em estudos com adultos (aumento da tensão arterial).
Foram também observadas alterações dos testes da função da tiroide em crianças e
adolescentes.
Adicionalmente, as implicações a longo prazo relativas à segurança do tratamento
com quetiapina, no crescimento e maturação, não foram estudadas para além das 26
semanas. Implicações a longo prazo no desenvolvimento cognitivo e comportamental
não são conhecidas.
Em ensaios clínicos controlados com placebo, realizados em crianças e adolescentes,
a quetiapina foi associada a um aumento da incidência de sintomas extrapiramidais
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INFARMED
(SEP) comparativamente ao placebo, em doentes tratados para a esquizofrenia,
mania bipolar e depressão bipolar (ver secção 4.8).
Suicídio/pensamentos suicidas ou agravamento clínico
A depressão está associada a um aumento do risco de pensamentos suicidas,
autoflagelação e suicídio (eventos relacionados com o suicídio). Este risco persiste
até ocorrer uma remissão significativa. Considerando que podem não ocorrer
melhorias durante as primeiras semanas ou mais de tratamento, os doentes devem
ser monitorizados cuidadosamente até ocorrência de melhoria. A experiência geral
clínica indica que o risco de suicídio pode aumentar nas fases iniciais de recuperação.
Adicionalmente,
médicos
devem
considerar
risco
potencial
eventos
relacionados com suicídio após cessação abrupta do tratamento com quetiapina,
devido a fatores de risco conhecidos para a doença que está a ser tratada.
Outras condições psiquiátricas para as quais a quetiapina é prescrita podem também
estar
associadas
risco
acrescido
de eventos
relacionados com
suicídio.
Adicionalmente, estas doenças podem ser comórbidas com episódios depressivos
major.
mesmas
precauções
observadas
tratar
doentes
episódios
depressivos major devem, como tal, ser observadas ao tratar doentes com outras
perturbações psiquiátricas.
Doentes com uma história de eventos relacionados com suicídio, ou aqueles que
exibam um grau significativo de ideação suicida antes do início do tratamento, são
reconhecidos como tendo um risco superior de pensamentos suicidas ou tentativas
suicídio
devem
sujeitos
monitorização
cuidadosa
durante
tratamento. Uma meta-análise de ensaios clínicos, controlados com placebo, de
medicamentos antidepressivos em doentes adultos com perturbações psiquiátricas,
mostrou
risco
acrescido
comportamento
suicida
antidepressivos
comparativamente ao placebo, em doentes com idade inferior a 25 anos.
A terapêutica medicamentosa deve ser acompanhada de uma supervisão cuidada dos
doentes, em particular, aqueles em elevado risco, especialmente na fase inicial de
tratamento e após alterações da dose. Os doentes (e cuidadores dos doentes) devem
ser alertados sobre a necessidade de monitorização de qualquer agravamento clínico,
comportamento
pensamentos
suicidas,
alterações
não
usuais
comportamento e para procurar de imediato aconselhamento médico caso esses
sintomas ocorram.
Em estudos clínicos de menor duração controlados com placebo em doentes com
episódios depressivos major na perturbação bipolar, foi observado um risco acrescido
de eventos relacionados com suicídio em doentes adultos jovens (com idade inferior
a 25 anos) tratados com quetiapina comparativamente aos tratados com placebo
(3,0% vs 0%, respetivamente). Em estudos clínicos de doentes com PDM, a
incidência de eventos relacionados com suicídio observada em doentes adultos
jovens (com idade inferior a 25 anos) foi 2,1% (3/144) para quetiapina e 1,3%
(1/75) para placebo. Um estudo populacional retrospetivo com quetiapina para o
tratamento de doentes com perturbação depressiva major (PDM) demonstrou um
risco aumentado de autoflagelação e suicídio em doentes com idade compreendida
entre 25 e 64 anos sem história de autoflagelação durante a utilização de quetiapina
com outros antidepressivos.
APROVADO EM
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Risco metabólico
Dado
risco
observado
agravamento
perfil
metabólico,
incluindo
alterações
peso,
glicemia
(ver
hiperglicemia)
lípidos,
quais
foram
identificados em estudos clínicos, os parâmetros metabólicos do doente devem ser
avaliados no início do tratamento e as alterações destes parâmetros devem ser
controladas regularmente durante o decorrer do tratamento. O agravamento destes
parâmetros deve ser tratado de forma clinicamente apropriada (ver também secção
4.8).
Sintomas extrapiramidais
Em ensaios clínicos controlados com placebo em doentes adultos, a quetiapina foi
associada
aumento
incidência
sintomas
extrapiramidais
(SEP),
comparativamente ao placebo em doentes tratados para episódios depressivos major
na perturbação bipolar e perturbação depressiva major (ver secções 4.8 e 5.1).
A utilização de quetiapina tem sido associada ao desenvolvimento de acatísia,
caracterizada por uma irrequietude subjetivamente desagradável ou angustiante e
pela necessidade de movimento frequente acompanhado pela incapacidade de se
sentar ou permanecer em repouso. É mais frequente acontecer nas primeiras
semanas de tratamento. Em doentes que desenvolvem estes sintomas, o aumento
da dose pode ser prejudicial.
Discinesia tardia
Se surgirem sinais ou sintomas de discinesia tardia, deve ser considerada a redução
da dose ou a interrupção do tratamento com quetiapina. Os sintomas de discinesia
tardia podem agravar ou mesmo surgir após a suspensão do tratamento (ver secção
4.8).
Sonolência e tonturas
O tratamento com quetiapina foi associado a sonolência e a sintomas relacionados
com esta, tais como sedação (ver secção 4.8). Em ensaios clínicos, no tratamento de
doentes
depressão
bipolar
perturbação
depressiva
major,
início
sonolência ocorreu normalmente nos primeiros 3 dias de tratamento com uma
intensidade predominantemente ligeira a moderada. Os doentes que experienciem
sonolência de intensidade grave podem necessitar de um contacto mais frequente
durante um período mínimo de 2 semanas após o início da sonolência, ou até que os
sintomas melhorem, podendo ser necessário considerar a suspensão do tratamento.
Hipotensão ortostática
O tratamento com quetiapina tem sido associado a hipotensão ortostática e tonturas
relacionadas com esta (ver secção 4.8) que, tal como a sonolência, surgem
geralmente durante o período inicial de titulação da dose. Este efeito pode aumentar
a ocorrência de ferimentos acidentais (quedas), especialmente na população idosa.
Consequentemente, os doentes devem ser aconselhados a serem prudentes até
estarem familiarizados com os potenciais efeitos da medicação.
quetiapina
deve
utilizada
precaução
doentes
doença
cardiovascular
conhecida,
doença
cerebrovascular
outras
situações
predisposição para hipotensão. Deve ser considerada uma redução da dose ou uma
titulação mais gradual se ocorrer hipotensão ortostática, especialmente em doentes
com história de doença cardiovascular.
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Síndrome de apneia do sono
A síndrome de apneia do sono tem sido notificada em doentes que tomam
quetiapina. A quetiapina deve ser utilizada com precaução em doentes que estejam a
receber concomitantemente fármacos depressores do Sistema Nervoso Central e que
tenham história de apneia do sono ou que estejam em risco de desenvolver apneia
do sono, tais como doentes com excesso de peso/obesos ou doentes do sexo
masculino.
Convulsões
Em ensaios clínicos controlados não se verificaram diferenças na incidência de
convulsões em doentes tratados com quetiapina ou placebo. Não estão disponíveis
dados relativos à incidência de convulsões em doentes com história de doença
convulsiva.
como
outros
antipsicóticos,
recomenda-se
precaução
tratamento de doentes com história clínica de convulsões (ver secção 4.8).
Síndrome maligna dos neurolépticos
síndrome
maligna
neurolépticos
sido
associada
tratamento
antipsicótico, incluindo com quetiapina (ver secção 4.8). As manifestações clínicas
incluem
hipertermia,
estado
mental
alterado,
rigidez
muscular,
instabilidade
autonómica e aumento dos níveis de creatina fosfoquinase. Neste caso, o tratamento
com quetiapina deve ser interrompido e instituído tratamento médico adequado.
Neutropenia grave e agranulocitose
Foi notificada neutropenia grave (contagem de neutrófilos <0,5 x 10^9/L) em
ensaios clínicos com quetiapina. A maioria dos casos de neutropenia grave ocorreu
nos dois meses após o início da terapêutica com quetiapina. Não houve relação
aparente com a dose. Durante a experiência pós-comercialização, alguns casos
foram fatais. Os possíveis fatores de risco para a neutropenia incluem contagem de
leucócitos
(WBC)
baixa
pré-existente
história
neutropenia
induzida
fármacos. No entanto, ocorreram alguns casos de neutropenia em doentes sem
fatores de risco pré-existentes. A quetiapina deve ser suspensa em doentes com
uma contagem de neutrófilos <1,0 x 10^9/L. Os doentes devem ser observados
quanto a sinais e sintomas de infeção, e as contagens de neutrófilos devem ser
monitorizadas (até excederem 1,5 x 10^9/L) (ver secção 5.1).
A neutropenia deve ser considerada em doentes que se apresentem com infeção ou
febre, particularmente na ausência de fatores de predisposição óbvios e, deve ser
tratada de forma clinicamente apropriada.
Os doentes devem ser aconselhados a notificar imediatamente o aparecimento de
sinais/sintomas consistentes com agranulocitose ou infeção (p. ex. febre, fraqueza,
letargia ou faringite) em qualquer momento, durante a terapêutica com Seroquel SR.
Estes doentes devem fazer prontamente a WBC e determinação do número absoluto
de neutrófilos (ANC), especialmente na ausência de fatores de predisposição.
Efeitos anticolinérgicos (muscarínicos)
A norquetiapina, metabolito ativo da quetiapina, tem afinidade moderada a forte
para vários subtipos de recetores muscarínicos. Isto contribui para as Reações
Adversas Medicamentosas (RAMs) que refletem os efeitos anticolinérgicos quando a
quetiapina é usada nas doses recomendadas, quando é usada concomitantemente
com outros medicamentos com efeitos anticolinérgicos, e no caso de sobredosagem.
A quetiapina deve ser usada com precaução em doentes que tomam medicamentos
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com efeitos anticolinérgicos (muscarínicos). A quetiapina deve ser usada com
precaução em doentes com um diagnóstico atual ou história prévia de retenção
urinária, hipertrofia prostática clinicamente significativa, obstrução intestinal ou
condições relacionadas, aumento da pressão intra-ocular ou glaucoma de ângulo
fechado. (Ver secções 4.5, 4.8, 5.1 e 4.9).
Interações
Ver secção 4.5.
O uso concomitante de quetiapina com fármacos fortemente indutores das enzimas
hepáticas, tais como a carbamazepina ou a fenitoína, diminui substancialmente as
concentrações
plasmáticas
quetiapina,
poderá
afetar
eficácia
terapêutica com quetiapina. Em doentes que estejam a tomar fármacos indutores
das enzimas hepáticas, o tratamento com quetiapina deverá apenas iniciar-se se o
médico
considerar
benefícios
quetiapina
sobrepõem
riscos
associados à retirada do fármaco indutor da enzima hepática. É importante que
qualquer alteração no fármaco indutor seja gradual e, se necessário, dever-se-á
proceder à sua substituição por fármacos não indutores (p.ex. valproato de sódio).
Peso
O aumento de peso foi notificado em doentes que foram tratados com quetiapina, e
deve ser monitorizado e gerido de forma clinicamente apropriada, de acordo com as
recomendações de utilização de antipsicóticos (ver secções 4.8 e 5.1).
Hiperglicemia
Hiperglicemia e/ou desenvolvimento ou exacerbação da diabetes ocasionalmente
associada a cetoacidose ou coma foi notificada raramente, incluindo alguns casos
fatais (ver secção 4.8). Em alguns casos, um aumento prévio no peso corporal foi
notificado, pelo que poderá ser um fator de predisposição. Recomenda-se uma
monitorização clínica adequada, de acordo com as recomendações utilizadas para o
uso de antipsicóticos. Doentes tratados com qualquer medicamento antipsicótico,
incluindo quetiapina, devem ser observados para identificação de sinais e sintomas
de hiperglicemia (tais como polidipsia, poliúria, polifagia e fraqueza) e doentes com
diabetes
mellitus
fatores
risco
para
diabetes
mellitus
devem
monitorizados regularmente, para controlo do aumento da glucose. O peso deve ser
monitorizado regularmente.
Lípidos
Foram observados aumentos nos triglicéridos, colesterol LDL e colesterol total, e
diminuições no colesterol HDL, em ensaios clínicos com quetiapina (ver secção 4.8).
As alterações lipídicas deverão ser tratadas como apropriado clinicamente.
Prolongamento do intervalo QT
Em ensaios clínicos e se utilizada de acordo com o Resumo das Características do
Medicamento,
quetiapina
não
esteve
associada
aumento
persistente
intervalo QT absoluto. Em pós-comercialização, o prolongamento do intervalo QT foi
notificado
quetiapina
doses
terapêuticas
(ver
secção
4.8)
sobredosagem (ver secção 4.9). Tal como com outros antipsicóticos, recomenda-se
precaução quando a quetiapina é prescrita a doentes com doença cardiovascular ou
história familiar de prolongamento do intervalo QT. Também é necessária precaução
quando a quetiapina é prescrita tanto com medicamentos conhecidos por prolongar o
intervalo QT como em associação com neurolépticos, especialmente nos idosos, em
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doentes com síndrome do intervalo QT longo congénito, insuficiência cardíaca
congestiva, hipertrofia cardíaca, hipocaliemia ou hipomagnesemia (ver secção 4.5).
Cardiomiopatia e miocardite
Foram notificados casos de cardiomiopatia e miocardite em ensaios clínicos e durante
o período pós-comercialização, no entanto, não foi estabelecida uma relação de
causalidade com a quetiapina. O tratamento com quetiapina deve ser reavaliado em
doentes com suspeita de cardiomiopatia ou miocardite.
Interrupção da Terapêutica
Sintomas agudos de abstinência como insónia, náuseas, cefaleia, diarreia, vómitos,
tonturas e irritabilidade foram descritos após suspensão abrupta da toma de
quetiapina. É aconselhável a suspensão gradual da terapêutica, pelo menos durante
um período mínimo de uma a duas semanas (ver secção 4.8).
Doentes idosos com psicose associada a demência
A quetiapina não está aprovada para o tratamento da psicose associada a demência.
Em ensaios clínicos aleatorizados, controlados com placebo, realizados na população
com demência com alguns antipsicóticos atípicos, foi observado um aumento do risco
de ocorrência de acontecimentos adversos cerebrovasculares de cerca de 3 vezes. O
mecanismo para este aumento não é conhecido. Um risco aumentado não pode ser
excluído
para
outros
antipsicóticos
para
outras
populações
doentes. A
quetiapina deve ser utilizada com precaução em doentes que apresentam fatores de
risco para acidente vascular cerebral.
Numa meta-análise de antipsicóticos atípicos, foi notificado que doentes idosos com
psicose
associada
demência
apresentam
risco
aumentado
morte
comparativamente ao placebo. Em dois estudos com quetiapina, de 10 semanas,
controlados com placebo, na mesma população (n=710; média de idades: 83 anos;
intervalo: 56-99 anos), a incidência de mortalidade em doentes tratados com
quetiapina foi de 5,5% versus 3,2% no grupo placebo. Os doentes nestes ensaios
morreram por uma variedade de causas consistentes com as expectativas para esta
população.
Doentes idosos com doença de Parkinson (DP)/parkinsonismo
Um estudo populacional retrospetivo com quetiapina para o tratamento de doentes
com PDM demonstrou um risco aumentado de morte durante a utilização de
quetiapina em doentes com idade superior a 65 anos. Esta associação não esteve
presente quando os doentes com DP foram excluídos da análise. Recomenda-se
precaução se a quetiapina for prescrita a doentes idosos com DP.
Disfagia
Foi notificada disfagia (ver secção 4.8) com quetiapina. A quetiapina deve ser
utilizada com precaução em doentes com risco de pneumonia por aspiração.
Obstipação e obstrução intestinal
A obstipação representa um fator de risco para a obstrução intestinal. Foram
notificados casos de obstipação e obstrução intestinal com quetiapina (ver secção
4.8). Estes incluem casos fatais de doentes com risco acrescido de obstrução
intestinal, incluindo doentes em tratamento com medicação concomitante múltipla
que diminui a motilidade intestinal e/ou que podem não notificar sintomas de
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INFARMED
obstipação. Os doentes com obstrução intestinal/íleo devem ser tratados com
monitorização cuidadosa e tratamento urgente.
Tromboembolismo venoso (TEV)
Foram notificados casos de tromboembolismo venoso (TEV) com medicamentos
antipsicóticos. Uma vez que os doentes tratados com antipsicóticos apresentam,
frequentemente, fatores de risco para o TEV, todos os possíveis fatores de risco para
o TEV devem ser identificados antes e durante o tratamento com quetiapina e devem
ser adotadas medidas preventivas.
Pancreatite
A pancreatite tem sido notificada em ensaios clínicos e durante a fase de pós-
comercialização. De entre as notificações pós-comercialização, enquanto nem todos
os casos foram afetados por variáveis de confundimento devido a fatores de risco,
muitos doentes tinham fatores que se sabe estarem associados com pancreatite, tais
como trigliceridos aumentados (ver secção 4.4), cálculos biliares e consumo de
álcool.
Informação adicional
Os dados sobre a quetiapina utilizada em combinação com valproato semissódico ou
lítio nos episódios maníacos agudos moderados a graves são limitados; contudo, a
terapêutica
combinada
tolerada
(ver
secções
5.1).
dados
mostraram um efeito aditivo às 3 semanas.
Lactose
comprimidos
Seroquel
contêm
lactose.
Doentes
problemas
hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase de Lapp ou má
absorção de glucose-galactose, não devem tomar este medicamento.
Má utilização e abuso
Casos de má utilização e abuso têm sido notificados. Pode ser necessária precaução
quando a quetiapina é prescrita a doentes com história de abuso de álcool ou drogas.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Devido aos efeitos primários da quetiapina sobre o sistema nervoso central, a
quetiapina
deve
administrada
precaução
associação
outros
medicamentos de ação central e com álcool.
Recomenda-se precaução no tratamento de doentes a receber outros medicamentos
com efeitos anticolinérgicos (muscarínicos) (ver secção 4.4).
O citocromo P450 (CYP) 3A4 é a principal enzima responsável pelo metabolismo da
quetiapina mediado pelo citocromo P450. Num estudo de interação em voluntários
saudáveis, a administração concomitante de quetiapina (dose de 25 mg) com
cetoconazol, um inibidor da CYP3A4, causou um aumento de 5 a 8 vezes na AUC da
quetiapina. Com base neste facto, a administração de quetiapina concomitantemente
com inibidores da CYP3A4 está contraindicada. Também não é recomendado o
consumo de sumo de toranja durante a terapêutica com quetiapina.
Num ensaio clínico de doses múltiplas em doentes para avaliar a farmacocinética da
quetiapina administrada antes e durante o tratamento com carbamazepina (um
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conhecido
indutor
enzimas
hepáticas),
administração
concomitante
carbamazepina
aumentou
significativamente
depuração
quetiapina.
Este
aumento da depuração reduziu a exposição sistémica à quetiapina (de acordo com a
AUC) para uma média de 13% da exposição registada durante a administração de
quetiapina isoladamente, embora tenha sido observado um efeito superior em alguns
doentes. Como consequência desta interação, pode ocorrer uma diminuição das
concentrações plasmáticas, o que poderá afetar a eficácia da terapêutica com
quetiapina. A administração concomitante de quetiapina e fenitoína (outro indutor
enzimático microssomal) causou um maior aumento da depuração da quetiapina de
aproximadamente 450%. Em doentes que estejam a tomar fármacos indutores das
enzimas hepáticas, o tratamento com quetiapina deverá apenas iniciar-se se o
médico
considerar
benefícios
quetiapina
sobrepõem
riscos
associados à retirada do indutor da enzima hepática. É importante que qualquer
alteração no fármaco indutor seja gradual e, se necessário, dever-se-á proceder à
sua substituição por fármacos não indutores (p. ex. valproato de sódio) (ver secção
4.4).
farmacocinética
quetiapina
não
significativamente
alterada
pela
administração concomitante dos antidepressivos imipramina (um conhecido inibidor
da CYP 2D6) ou fluoxetina (um conhecido inibidor da CYP 3A4 e CYP 2D6).
farmacocinética
quetiapina
não
significativamente
alterada
pela
administração
concomitante
antipsicóticos
risperidona
haloperidol.
administração concomitante de quetiapina e tioridazina causou um aumento da
depuração da quetiapina de aproximadamente 70%.
A farmacocinética da quetiapina não foi alterada após administração concomitante
com a cimetidina.
A farmacocinética do lítio não foi alterada quando administrado concomitantemente
com quetiapina.
Num estudo de 6 semanas aleatorizado, de lítio e Seroquel SR versus placebo e
Seroquel SR em doentes adultos com mania aguda, observou-se uma incidência
superior de acontecimentos relacionados com efeitos extrapiramidais (em particular
tremores), sonolência e aumento de peso no grupo tratado em associação com lítio
comparativamente ao grupo tratado em associação com placebo (ver secção 5.1).
A farmacocinética do valproato de sódio e da quetiapina não sofreu uma alteração
clinicamente
relevante
quando
administrados
concomitantemente.
estudo
retrospetivo em crianças e adolescentes que tomaram valproato, quetiapina, ou
ambos, verificou-se uma maior incidência de leucopenia e neutropenia no grupo que
tomou a combinação versus os grupos de monoterapia.
Não
foram
efetuados
estudos
formais
interações
medicamentos
cardiovasculares vulgarmente utilizados.
quetiapina
deve
utilizada
precaução
quando
administrada
concomitantemente
medicamentos
conhecidos
originar
desequilíbrio
eletrolítico ou por aumentarem o intervalo QT.
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
Foram notificados resultados de falsos positivos em imunoensaios enzimáticos para a
metadona e antidepressivos tricíclicos em doentes a tomar quetiapina. Os resultados
questionáveis de imunoensaios de rastreio devem ser confirmados por uma técnica
cromatográfica apropriada.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Primeiro trimestre
A quantidade moderada de dados publicados de exposição durante a gravidez (ou
seja, entre 300-1.000 resultados de gravidez), incluindo notificações individuais e
alguns estudos observacionais não sugere um risco acrescido de malformações
devido ao tratamento. No entanto, com base em todos os dados disponíveis, não
pode retirar-se uma conclusão definitiva. Os estudos em animais demonstraram
toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Assim, a quetiapina deve apenas ser
utilizada durante a gravidez se os benefícios justificarem os potenciais riscos.
Terceiro trimestre
Os recém-nascidos expostos a antipsicóticos (incluindo quetiapina) durante o terceiro
trimestre de gravidez estão em risco de ocorrência de reações adversas após o
parto, incluindo sintomas extrapiramidais e/ou de abstinência, que podem variar em
intensidade e duração. Foram notificados casos de agitação, hipertonia, hipotonia,
tremor,
sonolência,
dificuldade
respiratória
perturbações
alimentação.
Consequentemente, os recém-nascidos devem ser monitorizados cuidadosamente.
Amamentação
Com base em dados muito limitados de relatórios publicados relativos à excreção de
quetiapina no leite materno, a excreção de quetiapina em doses terapêuticas parece
ser inconsistente. Devido à ausência de dados robustos, deve tomar-se a decisão de
suspender a amamentação ou o tratamento com Seroquel SR, tendo em conta os
benefícios da amamentação para a criança e o benefício do tratamento para a
mulher.
Fertilidade
Os efeitos da quetiapina na fertilidade humana não foram avaliados. Verificaram-se
efeitos relacionados com o aumento dos níveis de prolactina em ratos, embora estes
não sejam diretamente relevantes para o humano (ver secção 5.3).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Devido aos seus efeitos primários sobre o sistema nervoso central, a quetiapina pode
interferir com atividades que requerem estado mental de alerta. Portanto, deve
recomendar-se aos doentes que não conduzam nem operem máquinas até ser
conhecida a sua suscetibilidade individual.
4.8 Efeitos indesejáveis
As Reações Adversas Medicamentosas (RAMs) notificadas mais frequentemente com
a quetiapina (≥10%) são sonolência, tonturas, cefaleia, boca seca, sintomas de
abstinência (suspensão), elevação dos níveis de trigliceridos séricos, elevação do
colesterol total (predominantemente do colesterol LDL), diminuição do colesterol
HDL, aumento de peso, diminuição da hemoglobina e sintomas extrapiramidais.
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
As incidências de RAMs associadas à terapêutica com quetiapina estão indicadas na
tabela abaixo (Tabela 1), de acordo com o formato recomendado pelo Council for
International Organizations of Medical Sciences (CIOMS III Working Group; 1995).
Tabela 1
RAMs associadas ao tratamento com quetiapina
A frequência das reações adversas está convencionada da seguinte maneira: Muito
Frequentes (≥1/10), Frequentes (≥1/100, <1/10), Pouco Frequentes (≥1/1.000,
<1/100), Raros (≥1/10.000, <1/1.000), Muito Raros (<1/10.000) e Desconhecido
(não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
Muito
Frequentes
Frequentes
Pouco
Frequentes
Raros
Muito Raros
Desconhecido
Doença
sangue
sistema
linfático
Hemoglobi
diminuída2
Leucopenia
1,28,
número
neutrófilos
diminuído,
eosinófilos
aumentado
Neutropenia1
Trombocitopenia,
anemia,
número
plaquetas
diminuído13
Agranulocit
ose26
Doença
sistema
imunitá
Hipersensibilidad
(incluindo
reações alérgicas
cutâneas)
Reação
anafilática5
Doença
endócri
Hiperprolact
inemia15,
diminuição
total24,
diminuição
livre24,
diminuição
total24,
aumento da
TSH24
Diminuição da T3
livre24,
hipotiroidismo21
Secreção
inapropriad
hormona
antidiurétic
Doença
metabo
lismo e
nutriçã
Aumento
níveis
séricos
triglicerido
s10,30,
aumento
colesterol
total
(predomin
antemente
Aumento do
apetite,
aumento da
glicemia
para
níveis
hiperglicemi
cos6,30
Hiponatremia19,
Diabetes
Mellitus1,5,
Exacerbação
diabetes
pré-
existente
Sindrome
metabólico2
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
Muito
Frequentes
Frequentes
Pouco
Frequentes
Raros
Muito Raros
Desconhecido
LDL-
colesterol)
11,30,
diminuição
HDL-
colesterol1
7,30,
aumento
peso8,30
Perturb
ações
do foro
psiquiá
trico
Sonhos
anormais
pesadelos,
ideação
suicida
comportam
ento
suicida20
Sonambulis
reações
relacionada
s tais como
somnilóquio
perturbaçõe
alimentares
ligadas
sono
Doença
sistema
nervos
Tonturas4,
sonolência
cefaleia,
sintomas
extrapiram
idais1,21
Disartria
Convulsões1,
síndrome
pernas
irrequietas,
discinesia
tardia1,5,
síncope4,16
Cardiop
atias
Taquicardia
palpitações
Prolongamento
intervalo
1,12,18,
bradicardia32
Afeções
oculare
Visão turva
Vasculo
patias
Hipotensão
ortostática4
Tromboemb
olismo
venoso1
AVC33
Doença
respirat
órias,
torácic
as e do
medias
tino
Dispneia23
Rinite
Doença
Boca seca
Obstipação,
Disfagia7
Pancreatite
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
Muito
Frequentes
Frequentes
Pouco
Frequentes
Raros
Muito Raros
Desconhecido
Gastro-
intestin
dispepsia,
vómito25
obstrução
intestinal/íl
Afeções
hepato
biliares
Elevação da
alanina
aminotransf
erase sérica
(ALT)3,
aumento
níveis
gama-
Elevação
aspartato
aminotransferase
sérica (AST)3
Icterícia5,
hepatite
Afeções
tecidos
cutâne
subcutâ
neos
Angioedem
Síndrome
de Stevens-
Johnson5
Necrólise
epidérmica
tóxica,
eritema
multiforme,
Erupção
Cutânea
Medicamento
Eosinofilia
Sintomas
Sistémicos
(ECMESS)
Afeções
muscul
esquelé
ticas
tecidos
conjunt
ivos
Rabdomiólis
Doença
s renais
urinária
Retenção
urinária
Situaçõ
gravide
puerpér
perinat
Síndrome
neonatal
abstinência
fármacos31
Doença
Disfunção sexual
Priapismo,
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
Muito
Frequentes
Frequentes
Pouco
Frequentes
Raros
Muito Raros
Desconhecido
órgãos
genitais
mama
galactorreia
, tumefação
mamária,
distúrbios
menstruais
Perturb
ações
gerais
alteraç
ões
local de
adminis
tração
Sintomas
abstinênci
terapêutic
a1,9
Astenia
ligeira,
edema
periférico,
irritabilidad
e, pirexia
Síndrome
maligna dos
neuroléptic
os1,
hipotermia
Exames
comple
mentar
Diagnó
stico
Aumento da
creatina
fosfoquinas
sangue14
1. Ver secção 4.4.
2. Pode ocorrer sonolência, habitualmente durante as duas primeiras semanas de
tratamento
geralmente
cessa
continuação
tratamento
quetiapina.
3. Foram observados aumentos assintomáticos (alteração do valor normal para >3
x LSN (Limite Superior Normal) em qualquer altura) nos níveis das transaminases
séricas (ALT, AST) ou nos níveis de gama-GT em alguns doentes tratados com
quetiapina. Estes aumentos foram geralmente reversíveis com a continuação do
tratamento com quetiapina.
4. Tal como com outros antipsicóticos com atividade bloqueadora alfa adrenérgica, a
quetiapina pode frequentemente induzir hipotensão ortostática, associada a tonturas,
taquicardia e, em alguns doentes, síncope, especialmente durante o período inicial
de titulação da dose (ver secção 4.4).
5. O cálculo da frequência destas RAMs foi efetuado apenas com base nos dados de
pós-comercialização com a formulação de comprimidos de libertação imediata de
quetiapina.
Glicemia
jejum
≥126 mg/dL
(≥7,0 mmol/L)
glicemia
pós-prandial
≥200 mg/dL (≥11,1 mmol/L) em pelo menos uma ocasião.
7. Foi observado um aumento da taxa de disfagia com quetiapina vs. placebo apenas
em ensaios clínicos na depressão bipolar.
8. Com base no aumento >7% da massa corporal a partir do valor inicial. Ocorre
predominantemente durante as primeiras semanas de tratamento em adultos.
9. Os seguintes sintomas de abstinência foram observados mais frequentemente em
ensaios clínicos agudos em monoterapia, controlados com placebo, que avaliaram os
sintomas de abstinência: insónia, náuseas, cefaleia, diarreia, vómitos, tonturas e
irritabilidade. A incidência destas reações diminuiu significativamente uma semana
após a suspensão.
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
10. Trigliceridos ≥200 mg/dL (≥2,258 mmol/L) (doentes ≥18 anos de idade) ou
≥150 mg/dL (≥1,694 mmol/L) (doentes <18 anos de idade) pelo menos numa
ocasião.
11. Colesterol ≥240 mg/dL (≥6,2064 mmol/L) (doentes ≥18 anos de idade) ou
≥200 mg/dL (≥5,172 mmol/L) (doentes <18 anos de idade) pelo menos numa
ocasião.
observado
muito
frequentemente
aumento
≥30
mg/dL
(≥0,769 mmol/L) no colesterol LDL. A variação média entre doentes com este
aumento foi de 41,7 mg/dL (≥1,07 mmol/L).
12. Ver texto abaixo.
13. Plaquetas ≤100x10^9/L em pelo menos uma ocasião.
14. Tendo como base as notificações de acontecimentos adversos em ensaios clínicos
de aumento da creatina fosfoquinase no sangue não associado à síndrome maligna
dos neurolépticos.
15. Níveis de prolactina (doentes >18 anos de idade): >20 mcg/L (>869,56 pmol/L)
nos homens; >30 mcg/L (>1304,34 pmol/L) nas mulheres em qualquer altura.
16. Pode originar quedas.
17. Colesterol HDL: homens <40 mg/dL (1,025 mmol/L); mulheres <50 mg/dL
(1,282 mmol/L), em qualquer momento.
18. Incidência de doentes com alteração do intervalo QTc de <450 mseg para
≥450 mseg com um aumento de ≥30 mseg. Em ensaios com quetiapina controlados
com placebo a alteração média e a incidência de doentes com alteração para níveis
clinicamente significativos foi similar entre a quetiapina e placebo.
Alteração
valores
>132 mmol/L
para
≤132 mmol/L
pelo
menos
numa
situação.
20. Foram notificados casos de ideação suicida e comportamentos suicidas durante a
terapêutica com quetiapina ou logo após interrupção da terapêutica (ver secções 4.4
e 5.1).
21. Ver secção 5.1.
22. A diminuição da hemoglobina para ≤13 g/dL (8,07 mmol/L) nos homens, ≤12
g/dL (7,45 mmol/L) nas mulheres, em pelo menos uma ocasião, ocorreu em 11%
dos doentes com quetiapina em todos os ensaios, incluindo extensões em ensaio
aberto. Para esses doentes, a diminuição média máxima da hemoglobina em
qualquer ocasião foi -1,50 g/dL.
Estas
notificações
ocorreram
frequentemente
contexto
taquicardia,
tonturas, hipotensão ortostática, e/ou doença cardíaca/respiratória subjacente.
24. Com base em alterações desde o valor inicial normal, até valores com potencial
clinicamente relevante a qualquer momento, após o valor inicial em todos os ensaios
clínicos. Alterações na T4 total, T4 livre, T3 total e T3 livre são definidas como <0,8
x LLN (pmol/L) e alterações na TSH >5 mIU/L a qualquer momento.
25. Com base no aumento da taxa de vómito em doentes idosos (≥65 anos de
idade).
26. Baseado na alteração dos valores iniciais de neutrófilos de ≥1,5 x 10^9/L para
<0,5 x 10^9/L a qualquer momento durante o tratamento e baseado em doentes
com neutropenia grave (<0,5 x 10^9/L) e infeção durante todos os ensaios clínicos
com quetiapina (ver secção 4.4).
27. Baseado na alteração dos valores basais normais para valores com potencial
clinicamente relevante em qualquer momento pós valores basais em todos os
ensaios clínicos. As alterações nos eosinofilos estão definidas como >1 x 10^9
células/L em qualquer momento.
28. Baseado na alteração dos valores basais normais para valores com potencial
clinicamente relevante em qualquer momento, após valores iniciais em todos os
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
ensaios clínicos. As alterações nos glóbulos brancos estão definidas como ≤3 x 10^9
células/L em qualquer momento.
29. Baseado nas notificações de acontecimentos adversos de síndrome metabólico a
partir de todos os ensaios clínicos com quetiapina.
30. Em alguns doentes, foi observado em ensaios clínicos o agravamento de mais do
que um fator metabólico: peso corporal, glicemia e lípidos (ver secção 4.4).
31. Ver secção 4.6.
32. Pode ocorrer no início ou próximo do início do tratamento e estar associada com
hipotensão e/ou síncope. Frequência baseada na notificação de acontecimentos
adversos de bradicardia e acontecimentos relacionados em todos os ensaios clínicos
com quetiapina.
33. Com base num estudo epidemiológico, retrospetivo, não-aleatorizado.
Foram notificados casos de prolongamento do intervalo QT, arritmia ventricular,
morte súbita inexplicável, paragem cardíaca e “torsade de pointes” com a utilização
de neurolépticos, considerados como sendo efeitos de classe.
Reações adversas cutâneas graves (RACGs), incluindo síndrome de Stevens-Johnson
(SSJ), necrólise epidérmica tóxica (NET), erupção cutânea medicamentosa com
eosinofilia e sintomas sistémicos (ECMESS) foram notificados em associação ao
tratamento com quetiapina
População pediátrica
Para crianças e adolescentes, devem ser consideradas as mesmas RAMs descritas
acima para os adultos. A tabela seguinte resume as RAMs que ocorrem numa
categoria de frequência mais elevada em doentes crianças e adolescentes (10-17
anos de idade) do que na população adulta, ou RAMs que não foram identificadas na
população adulta.
Tabela 2
RAMs associadas à terapêutica com quetiapina que ocorrem com uma
frequência superior em crianças e adolescentes relativamente aos adultos, ou não
identificadas na população adulta
As frequências das reações adversas estão convencionadas da seguinte maneira:
Muito
frequentes
(>1/10),
frequentes
(>1/100,
<1/10),
pouco
frequentes
(>1/1.000, <1/100), raros (>1/10.000, <1/1.000) e muito raros (<1/10.000).
Muito frequentes
Frequentes
Doenças endócrinas
Aumento da prolactina1
Doenças do metabolismo e
da nutrição
Aumento do apetite
Doenças
sistema
nervoso
Sintomas
extrapiramidais3,4
Síncope
Vasculopatias
Aumento
tensão
arterial2
Doenças
respiratórias,
torácicas e do mediastino
Rinite
Doenças gastrointestinais
Vómitos
Perturbações
gerais
alterações
local
administração
Irritabilidade3
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
1. Níveis de prolactina (doentes <18 anos de idade): >20 mcg/L (>869,56 pmol/L)
nos homens; >26 mcg/L (>1130,428 pmol/L) nas mulheres em qualquer altura.
Menos de 1% dos doentes tiveram um aumento do nível de prolactina para
>100 mcg/L.
2. Baseado nas alterações acima dos limites clinicamente significativos (adaptado
dos critérios do National Institutes of Health) ou aumentos >20 mmHg para a
pressão sistólica ou >10 mmHg para a pressão diastólica em qualquer altura em dois
ensaios clínicos de fase aguda (3-6 semanas) controlados com placebo realizados em
crianças e adolescentes.
3. Nota: A frequência é consistente com o observado em adultos, no entanto, pode
estar associada a implicações clínicas diferentes em crianças e adolescentes, em
comparação com os adultos.
4. Ver secção 5.1.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED,I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel.: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Sintomas
De um modo geral, os sinais e sintomas notificados foram os resultantes da
exacerbação dos efeitos farmacológicos conhecidos desta substância ativa, ou seja,
sonolência
sedação,
taquicardia,
hipotensão
efeitos
anticolinérgicos.
sobredosagem pode levar ao prolongamento do intervalo QT, convulsões, estado de
mal epiléptico, rabdomiolise, depressão respiratória, retenção urinária, confusão,
delírio e/ou agitação, coma e morte. Nos doentes com doença cardiovascular grave
pré-existente pode existir um aumento do risco dos efeitos de sobredosagem (ver
secção 4.4, Hipotensão ortostática).
Tratamento da sobredosagem
Não existe um antídoto específico para a quetiapina. Em casos de intoxicação grave,
deve ser considerada a possibilidade de envolvimento de múltiplos fármacos, sendo
recomendados procedimentos de cuidados intensivos, incluindo o estabelecimento e
manutenção da função respiratória, assegurando a oxigenação e a ventilação
adequadas, e a monitorização e suporte do sistema cardiovascular.
Com base na literatura publicada, os doentes com delírio, agitação e síndrome
anticolinérgico
evidente
podem
tratados
fisostigmina,
1-2 mg
(sob
monitorização
eletrocardiográfica
contínua).
Este
não
está
recomendado
como
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
tratamento padrão devido aos potenciais efeitos negativos da fisostigmina na
condutividade cardíaca. A fisostigmina pode ser utilizada caso não se verifiquem
anomalias no ECG. A fisostigmina não deve ser utilizada em casos de disritmia, em
qualquer grau de bloqueio cardíaco ou alongamento da curva QRS.
Enquanto a prevenção da absorção em casos de sobredosagem não foi investigada, a
lavagem gástrica pode ser indicada em casos de envenenamento grave e, se
possível, deve ser efetuada até uma hora após a ingestão. Deve ser considerada a
administração de carvão ativado.
Nos casos de sobredosagem com quetiapina, a hipotensão refratária deve ser tratada
medidas
apropriadas
tais
como
fluidos
intravenosos
e/ou
agentes
simpaticomiméticos.
epinefrina
dopamina
devem
evitadas,
pois
estimulação
beta
pode
agravar
hipotensão
bloqueio
alfa
induzido
pela
quetiapina.
Deve manter-se uma supervisão e monitorização médica continuada até que o
doente recupere.
Em caso de sobredosagem com quetiapina de libertação prolongada existe um atraso
no pico de sedação e pico de concentração, e recuperação prolongada, quando
comparado com a sobredosagem com quetiapina de libertação imediata (IR).
Em caso de sobredosagem com quetiapina de libertação prolongada, foi notificada a
formação de bezoar gástrico e é recomendado o diagnóstico imagiológico adequado
para orientar o tratamento do doente.
A remoção endoscópica do farmacobezoar tem sido realizada com sucesso em alguns
casos.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
2.9.2.
Sistema
Nervoso
Central.
Psicofármacos.
Antipsicóticos; Diazepinas, oxazepinas e tiazepinas
Código ATC: N05A H04
Mecanismo de ação
quetiapina
é um
agente
antipsicótico
atípico.
quetiapina
o metabolito
plasmático ativo humano, a norquetiapina, interagem com um largo número de
recetores de neurotransmissores. A quetiapina e a norquetiapina têm afinidade para
os recetores cerebrais da serotonina (5HT2) e da dopamina D1 e D2. Pensa-se que
esta associação do antagonismo dos recetores com a maior seletividade para os
recetores 5HT2 em relação aos recetores D2, contribui para as propriedades clínicas
antipsicóticas e para o baixo risco de provocar efeitos indesejáveis extrapiramidais
(SEP) de Seroquel comparativamente com os antipsicóticos típicos. A quetiapina e a
norquetiapina
não
apresentam
afinidade
relevante
para
recetores
benzodiazepinas mas têm elevada afinidade para os recetores histaminérgicos e alfa
1 adrenérgicos e afinidade moderada para os recetores alfa 2 adrenérgicos. A
quetiapina
baixa
nenhuma
afinidade
para
recetores
muscarínicos,
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
enquanto a norquetiapina tem afinidade moderada a alta para vários recetores
muscarínicos, o que pode explicar os efeitos anticolinérgicos (muscarínicos). A
inibição do NET (transportador da norepinefrina) e a ação parcialmente agonista no
recetor 5HT1A da norquetiapina podem contribuir para a eficácia terapêutica de
Seroquel SR como antidepressivo.
Efeitos farmacodinâmicos
quetiapina
ativa
testes
atividade
antipsicótica,
como
fuga
condicionada. Também bloqueia a ação dos agonistas da dopamina, determinada
quer pelo comportamento ou electrofisiologicamente, e eleva as concentrações do
metabolito da dopamina, um índice neuroquímico do bloqueio dos recetores D2.
Em testes pré-clínicos preditivos de SEP, a quetiapina não é semelhante aos
antipsicóticos
típicos
perfil
atípico.
quetiapina
não
produz
hipersensibilidade dos recetores D2 da dopamina após administração crónica. A
quetiapina produz apenas uma ligeira catalepsia, para doses eficazes no bloqueio dos
recetores D2 da dopamina. A quetiapina demonstra seletividade para o sistema
límbico, pois produz um bloqueio por despolarização do mesolímbico, mas não
bloqueia os neurónios dopaminérgicos nigroestriados, após administração crónica. A
quetiapina exibe um risco distónico mínimo em macacos Cebus sensibilizados com
haloperidol ou que tiveram contacto com o fármaco pela primeira vez, após
administração aguda e crónica (ver secção 4.8).
Eficácia clínica
Esquizofrenia
A eficácia do Seroquel SR no tratamento da esquizofrenia foi demonstrada num
estudo controlado com placebo, de 6 semanas de duração, em doentes que
cumpriam os critérios DSM-IV para a esquizofrenia, e num estudo controlado com
substância ativa, de substituição de Seroquel comprimidos de libertação imediata por
Seroquel SR, em doentes em ambulatório com esquizofrenia clinicamente estável.
A variável primária do estudo controlado com placebo foi a variação da pontuação
total da PANSS, desde o valor inicial até à avaliação final. Seroquel SR 400 mg/dia,
600 mg/dia
800 mg/dia
foram
associados
melhorias
estatisticamente
significativas nos sintomas psicóticos comparativamente ao placebo. A dimensão do
efeito com as doses de 600 mg e 800 mg foi superior ao efeito com a dose de
400 mg.
A variável primária do estudo de substituição, controlado a 6 semanas, foi a
proporção de doentes que mostraram falta de eficácia, ou seja, os doentes que
cessaram o tratamento por falta de eficácia ou aqueles cuja pontuação total PANSS
aumentou 20% ou mais, desde a aleatorização até qualquer uma das visitas. Nos
doentes estabilizados com Seroquel comprimidos de libertação imediata 400 mg a
800 mg, a eficácia foi mantida quando os doentes mudaram para uma dose diária
equivalente de Seroquel SR, administrado uma vez por dia.
ensaio
clínico
longa
duração
doentes
esquizofrenia
estável
previamente mantidos com Seroquel SR durante 16 semanas, Seroquel SR foi mais
eficaz na prevenção das recorrências em comparação com o placebo. Os riscos
estimados de recorrência após 6 meses de tratamento foram de 14,3% para o grupo
tratado com Seroquel SR comparativamente a 68,2% no grupo do placebo. A dose
média foi de 669 mg. Não há evidências adicionais de segurança associadas ao
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
tratamento com Seroquel SR até 9 meses (mediana 7 meses). Em particular, não
aumentaram as notificações de acontecimentos adversos relacionados com SEP e
aumento de peso, no tratamento a longo prazo com Seroquel SR.
Perturbação bipolar
No tratamento dos episódios maníacos moderados a graves, Seroquel demonstrou
uma eficácia superior ao placebo na redução dos sintomas maníacos às 3 e 12
semanas,
dois
ensaios
monoterapia.
eficácia
Seroquel
adicionalmente demonstrada de modo significativo versus placebo num estudo
adicional de 3 semanas. Seroquel SR foi administrado em doses no intervalo de 400
a 800 mg/dia, e a dose média foi de aproximadamente 600 mg/dia. Os dados sobre
Seroquel em combinação com valproato semissódico ou lítio nos episódios maníacos
agudos moderados a graves às 3 e 6 semanas são limitados; contudo, a terapêutica
combinada foi bem tolerada. Os dados mostraram um efeito aditivo às 3 semanas.
Um segundo estudo não demonstrou um efeito aditivo às 6 semanas.
Num ensaio clínico, em doentes com episódios depressivos na perturbação bipolar I
ou II, Seroquel SR 300 mg/dia mostrou eficácia superior ao placebo na redução da
pontuação total MADRS.
Em 4 ensaios clínicos adicionais com quetiapina, com a duração de 8 semanas, em
doentes com episódios depressivos moderados a graves na perturbação bipolar I ou
Seroquel
comprimidos
libertação
imediata
300 mg
600 mg
significativamente superior ao grupo de doentes tratados com placebo nas medidas
relevantes: melhoria média da MADRS e resposta definida como pelo menos uma
melhoria de 50% na pontuação total da MADRS relativamente à pontuação inicial.
Não se verificou diferença na magnitude do efeito entre os doentes que receberam
300 mg de Seroquel comprimidos de libertação imediata e aqueles que receberam
uma dose de 600 mg.
Na fase de manutenção de dois destes estudos, foi demonstrado que o tratamento a
longo prazo de doentes que responderam a Seroquel comprimidos de libertação
imediata 300 ou 600 mg foi eficaz comparativamente ao tratamento com placebo no
respeita
sintomas
depressivos,
não
relativamente
sintomas
maníacos.
Em dois estudos de prevenção da recorrência que avaliaram a quetiapina em
combinação com estabilizadores do humor, em doentes com mania, deprimidos ou
episódios
mistos
humor,
associação
quetiapina
superior
estabilizadores do humor em monoterapia no que respeita ao aumento do tempo até
recorrência
outro
evento
de humor
(maníaco,
misto
depressivo). A
quetiapina foi administrada duas vezes ao dia, num total de 400 mg a 800 mg por
dia em associação com lítio ou valproato.
Num estudo aleatorizado de 6 semanas com lítio e Seroquel SR versus placebo e
Seroquel SR em doentes adultos com mania aguda, a diferença na melhoria da YMRS
média entre o grupo tratado em associação com lítio e o grupo tratado em
associação com placebo foi de 2,8 pontos e a diferença na percentagem dos doentes
que responderam à terapêutica (definida como melhoria de 50% do nível basal da
YMRS) foi de 11% (79% no grupo tratado com lítio vs 68% no grupo tratado em
associação com placebo).
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
Num estudo a longo prazo (até 2 anos de tratamento) que avaliou a prevenção das
recorrências em doentes com episódios de humor maníacos, depressivos ou mistos,
a quetiapina foi superior ao placebo ao aumentar o tempo até à recorrência de
qualquer episódio de alteração de humor (maníaco, depressivo ou misto), em
doentes com perturbação bipolar I. O número de doentes com alteração de humor foi
91 (22,5%) no grupo da quetiapina, 208 (51,5%) no grupo com placebo e 95
(26,1%) no grupo de tratamento com lítio, respetivamente. Em doentes que
responderam à quetiapina, quando se compara o tratamento continuado com
quetiapina com a mudança de tratamento para lítio, os resultados indicam que a
mudança para tratamento com lítio não parece estar associada ao aumento de
tempo até à recorrência de um episódio de alteração de humor.
Episódios depressivos major na PDM
Dois estudos de curta duração (6 semanas) incluíram doentes que haviam mostrado
resposta inadequada a pelo menos um antidepressivo. Seroquel SR 150 mg e
300 mg/dia,
administrado
como
tratamento
associação
terapêutica
antidepressiva
(amitriptilina,
bupropiona,
citalopram,
duloxetina,
escitalopram,
fluoxetina, paroxetina, sertralina ou venlafaxina) demonstrou superioridade face à
terapêutica antidepressiva em monoterapia, na redução dos sintomas depressivos
como avaliado pela melhoria da pontuação total da MADRS (alteração média dos
mínimos quadrados vs. placebo de 2-3,3 pontos).
A eficácia e segurança a longo prazo, em doentes com PDM, não foram avaliadas na
terapêutica de associação, contudo, a eficácia e segurança a longo prazo foram
avaliadas em doentes adultos em monoterapia (ver em baixo).
Os estudos a seguir referidos foram realizados com Seroquel SR em terapêutica em
monoterapia, contudo Seroquel SR tem apenas indicação para ser utilizado como
terapêutica de associação:
Em três de quatro estudos de curta duração (até 8 semanas) em monoterapia, em
doentes
perturbação
depressiva
major,
Seroquel
50 mg,
150 mg
300 mg/dia
mostrou
eficácia
superior
placebo
redução
sintomas
depressivos como avaliado pela melhoria na pontuação total da Montgomery-Åsberg
Depression Rating Scale (MADRS) (alteração média dos mínimos quadrados vs.
placebo de 2-4 pontos).
Num estudo em monoterapia na prevenção de recorrências, doentes com episódios
depressivos estabilizados com tratamento de Seroquel SR em estudo aberto durante
pelo menos 12 semanas, foram aleatorizados para Seroquel SR ou para placebo
toma única diária até 52 semanas. A dose média de Seroquel SR durante a fase de
aleatorização foi de 177 mg/dia. A incidência de recorrência foi de 14,2% para
doentes tratados com Seroquel SR e de 34,4% para doentes tratados com placebo.
Num estudo de curta duração (9 semanas) em doentes idosos sem demência (idades
entre 66 e 89 anos) com perturbação depressiva major, Seroquel SR, em dose
flexível no intervalo de 50 mg a 300 mg/dia, mostrou eficácia superior ao placebo na
redução dos sintomas depressivos avaliada pela melhoria da pontuação total da
MADRS (alteração média dos mínimos quadrados vs. placebo de -7,54). Neste
estudo, os doentes aleatorizados para Seroquel SR receberam 50 mg/dia nos Dias 1-
3, sendo que a dose podia ser aumentada para 100 mg/dia no Dia 4, 150 mg/dia no
Dia 8 e até 300 mg/dia consoante a resposta clínica e tolerabilidade. A dose média
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
Seroquel
160 mg/dia.
exceção
incidência
sintomas
extrapiramidais (ver secção 4.8 e “Segurança clínica” em baixo) a tolerabilidade de
Seroquel SR toma única diária em doentes idosos foi comparável à observada em
adultos (idades entre 18-65 anos). A proporção de doentes aleatorizados com idade
superior a 75 anos foi de 19%.
Segurança clínica
Em ensaios clínicos de curta duração, controlados com placebo, na esquizofrenia e
na mania bipolar, a incidência agregada de sintomas extrapiramidais foi semelhante
à do placebo (esquizofrenia: 7,8% para quetiapina e 8,0% para placebo; mania
bipolar: 11,2% para quetiapina e 11,4% para placebo). Taxas superiores de
sintomas extrapiramidais foram observadas em doentes tratados com quetiapina
comparativamente aos tratados com placebo, em ensaios clínicos de curta duração,
controlados com placebo, na PDM e depressão bipolar. Em ensaios clínicos de curta
duração, controlados com placebo, na depressão bipolar, a incidência agregada de
sintomas extrapiramidais foi de 8,9% para quetiapina comparativamente com 3,8%
para placebo. Em ensaios clínicos de curta duração, controlados com placebo em
monoterapia, na perturbação depressiva major, a incidência agregada de sintomas
extrapiramidais foi de 5,4% para Seroquel SR e de 3,2% para placebo. Num ensaio
de curta duração controlado com placebo, em monoterapia, em doentes idosos com
perturbação depressiva major, a incidência agregada de sintomas extrapiramidais foi
de 9,0% para Seroquel SR e de 2,3% para placebo. Em ambas, depressão bipolar e
PDM, a incidência dos acontecimentos adversos individuais (por exemplo, acatísia,
perturbações extrapiramidais, tremor, discinesia, distonia, inquietude, contrações
musculares
involuntárias,
hiperatividade
psicomotora
rigidez
muscular)
não
excedeu 4% em nenhum grupo de tratamento.
Em estudos de curta duração, com dose fixa (50 mg/dia a 800 mg/dia), controlados
com placebo (que variaram entre 3 e 8 semanas), a média do aumento de peso para
doentes tratados com quetiapina variou entre 0,8 kg para a dose diária de 50 mg até
1,4 kg para a dose diária de 600 mg (com um ganho inferior para uma dose diária
de 800 mg), comparativamente a 0,2 kg para doentes tratados com placebo. A
percentagem de doentes tratados com quetiapina que ganharam ≥ 7% de peso
corporal variou entre 5,3% para a dose diária de 50 mg até 15,5% para a dose
diária de 400 mg (com um ganho inferior para uma dose diária de 600 mg e
800 mg), comparativamente a 3,7 % para doentes tratados com placebo.
Um estudo aleatorizado de 6 semanas, com lítio e Seroquel SR versus placebo e
Seroquel SR em doentes adultos com mania aguda, indicou que a associação de
Seroquel SR e lítio induziu um maior número de acontecimentos adversos (63%
versus 48% na associação Seroquel SR e placebo). Os resultados de segurança
mostraram uma incidência superior de sintomas extrapiramidais, notificados em
16,8% dos doentes tratados em associação com lítio e 6,6% no grupo tratado em
associação com placebo, a maioria dos quais consistiu em tremor, notificado por
15,6% dos doentes tratados em associação com lítio e 4,9% dos doentes tratados
em associação com placebo. A incidência de sonolência foi superior no grupo tratado
com Seroquel SR e lítio (12,7%), em comparação com o grupo tratado com Seroquel
SR e placebo (5,5%). Adicionalmente, uma percentagem superior de doentes
tratados com lítio (8,0%) registou aumento de peso (≥7%) no final do tratamento
em comparação com os doentes tratados com placebo (4,7%).
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
Ensaios de longa duração na prevenção das recorrências com um período aberto do
estudo (cuja duração variou entre 4 e 36 semanas), durante o qual os doentes foram
tratados com quetiapina, seguido por um período de interrupção aleatorizada no qual
os doentes foram aleatorizados para quetiapina ou placebo. Nos doentes que foram
aleatorizados com quetiapina, a média de ganho de peso durante o período aberto
do estudo foi de 2,56 kg e, na semana 48 do período de aleatorização, a média de
ganho de peso foi de 3,22 kg, comparativamente ao valor inicial em período aberto
do estudo. Nos doentes que foram aleatorizados com placebo, a média de ganho de
peso durante o período aberto do estudo foi de 2,39 kg, e na semana 48 do período
de aleatorização, a média de ganho de peso foi 0,89 kg, comparativamente ao valor
inicial em período aberto do estudo.
Em estudos controlados com placebo, em doentes idosos com psicose relacionada
com demência, a incidência de acontecimentos adversos cerebrovasculares por 100
doentes-ano
não
superior
grupo
doentes
tratados
quetiapina
comparativamente ao grupo de doentes tratados com placebo.
Em todos os ensaios clínicos de curta duração em monoterapia controlados com
placebo, em doentes com uma contagem de neutrófilos de base ≥1,5 x 10^9/L, a
incidência de pelo menos uma ocorrência de alteração para contagem de neutrófilos
<1,5 x 10^9/L foi 1,9% em doentes tratados com quetiapina comparativamente a
1,5% em doentes tratados com placebo. A incidência de alterações >0,5 - <1,0 x
10^9/L foi igual (0,2%) em doentes tratados com quetiapina e em doentes tratados
com placebo. Em todos os ensaios clínicos (controlados com placebo, abertos, com
comparador ativo) em doentes com uma contagem de neutrófilos de base ≥1,5 x
10^9/L, a incidência de pelo menos uma ocorrência de alteração da contagem de
neutrófilos para <1,5 x 10^9/L foi de 2,9% e para <0,5 x 10^9/L foi 0,21% em
doentes tratados com quetiapina.
O tratamento com quetiapina foi associado a diminuições, relacionadas com a dose,
dos níveis das hormonas da tiroide. A incidência das alterações na TSH foi de 3,2%
para quetiapina versus 2,7% para placebo. A incidência de alterações recíprocas,
com potencial clinicamente significativo de T3 ou T4 e TSH nestes estudos foram
raras, e as alterações observadas nos níveis das hormonas da tiroide não foram
associadas ao hipotiroidismo clinicamente sintomático.
A diminuição dos níveis de T4 total e T4 livre foi máxima nas primeiras seis semanas
de tratamento com quetiapina, sem diminuições posteriores durante o tratamento de
longa
duração.
dois
terços
dos casos, a
interrupção
do tratamento
quetiapina esteve associada a uma inversão dos efeitos sobre a T4 total e T4 livre,
independentemente da duração do tratamento.
Cataratas/opacidade do cristalino
Num ensaio clínico para avaliar o potencial cataratogénico de Seroquel (200-800
mg/dia)
versus
risperidona
(2-8
mg/dia),
doentes
esquizofrenia
perturbação esquizoafetiva, a percentagem de doentes com aumento do grau de
opacidade do cristalino foi não-superior com Seroquel (4%) comparativamente com
risperidona (10%), em doentes com pelo menos 21 meses de exposição.
População pediátrica
Eficácia clínica
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
A eficácia e a segurança de Seroquel foram avaliadas num estudo de 3 semanas
controlado com placebo no tratamento da mania (n= 284 doentes dos EUA, idades
10-17). Aproximadamente 45% da população de doentes teve um diagnóstico
adicional de Perturbação de Défice de Atenção com Hiperatividade. Adicionalmente,
foi efetuado um ensaio a 6 semanas controlado com placebo no tratamento da
esquizofrenia (n = 222 doentes, idades 13-17). Em ambos os estudos, doentes com
falta de resposta conhecida a Seroquel foram excluídos. O tratamento com Seroquel
iniciado
50 mg/dia
aumentou-se
para
mg/dia;
subsequentemente, a dose foi titulada para uma dose alvo (mania 400-600 mg/dia;
esquizofrenia
400-800 mg/dia),
utilizando-se
incrementos
100 mg/dia
administrados duas ou três vezes por dia.
No estudo da mania, a diferença a partir dos valores iniciais da pontuação total da
YMRS (ativo menos placebo), com base na alteração média dos Mínimos Quadrados,
foi –5,21 para Seroquel 400 mg/dia e –6,56 para Seroquel 600 mg/dia. As taxas de
resposta (melhoria ≥50% da YMRS) foram 64% para Seroquel 400 mg/dia, 58%
para 600 mg/dia e 37% no braço do placebo.
No estudo da esquizofrenia, a diferença a partir dos valores iniciais da pontuação
total da PANSS (ativo menos placebo), com base na alteração média dos Mínimos
Quadrados, foi –8,16 para Seroquel 400 mg/dia e –9,29 para Seroquel 800 mg/dia.
dose
menor
(400 mg/dia)
regime
dose
mais
elevado
(800 mg/dia), a quetiapina foi superior ao placebo, no que respeita à percentagem
de doentes a atingirem uma resposta, definida como uma redução ≥30% desde os
valores iniciais da pontuação total da PANSS. As doses mais elevadas resultaram
numa
taxa
resposta
numericamente
inferior,
quer
mania
quer
esquizofrenia.
Um terceiro estudo de curta duração em monoterapia controlado com placebo com
Seroquel SR em crianças e adolescentes doentes (idades entre 10-17 anos) com
depressão bipolar não demonstrou eficácia.
Não
existem
dados
disponíveis
manutenção
efeito
prevenção
recorrências neste grupo etário.
Segurança clínica
Nos ensaios clínicos pediátricos de curta duração com quetiapina acima descritos, a
taxa de SEP no braço ativo vs placebo foi 12,9% vs 5,3% no ensaio da esquizofrenia,
3,6% vs 1,1% no estudo da mania bipolar e 1,1% vs 0% no estudo da depressão
bipolar. As taxas de aumento de peso ≥7% relativamente ao peso inicial no braço
ativo vs placebo foram 17% vs 2,5% nos estudos da esquizofrenia e mania bipolar e
13,7% vs 6,8% no estudo da depressão bipolar. As taxas de acontecimentos
relacionados com suicídio no braço ativo vs placebo foram 1,4% vs 1,3% no estudo
da esquizofrenia, 1,0% vs 0% no estudo da mania bipolar e 1,1% vs 0% no estudo
da depressão bipolar. Durante um período alargado de seguimento após tratamento,
registaram-se dois acontecimentos adicionais relacionados com suicídio em dois
doentes, no estudo da depressão bipolar; um dos doentes encontrava-se a fazer
tratamento com quetiapina na altura em que ocorreu o evento.
Segurança a longo prazo
Uma extensão aberta de 26 semanas dos estudos agudos (n=380 doentes), com
Seroquel em dose flexível entre 400-800 mg/dia, forneceu dados de segurança
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
adicionais.
Foram
notificados
aumentos
tensão
arterial
crianças
adolescentes e aumento do apetite, sintomas extrapiramidais e aumento dos níveis
séricos
prolactina
foram
mais
frequentemente
notificados
crianças
adolescentes relativamente a adultos (ver secção 4.4 e 4.8). Relativamente ao
aumento de peso, após ajustamento para o crescimento normal a longo prazo, foi
utilizado um aumento de pelo menos 0,5 relativamente ao Índice de Massa Corporal
Basal (IMC) como medida das alterações com significado clínico; 18,3% dos doentes
tratados com quetiapina durante pelo menos 26 semanas preencheram este critério.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A quetiapina é bem absorvida após administração oral. Seroquel SR atinge picos de
concentrações plasmáticas de quetiapina e norquetiapina aproximadamente 6 horas
após a administração (Tmáx). O pico das concentrações molares do metabolito ativo
norquetiapina no estado estacionário corresponde a 35% do observado para a
quetiapina.
A farmacocinética da quetiapina e da norquetiapina são lineares e proporcionais à
dose para doses até 800 mg administradas uma vez por dia. Quando Seroquel SR,
administrado uma vez por dia, é comparado com a mesma dose diária total de
fumarato
quetiapina
comprimidos
libertação
imediata
(Seroquel
comprimidos de libertação imediata) administrados duas vezes por dia, a área sob a
curva de tempo-concentração no plasma (AUC) é equivalente, mas a concentração
plasmática máxima (Cmáx) é 13% inferior no estado estacionário. Quando Seroquel
SR é comparado com Seroquel comprimidos de libertação imediata, a AUC do
metabolito ativo norquetiapina é 18% inferior.
Num estudo para avaliar o efeito dos alimentos na biodisponibilidade da quetiapina,
verificou-se que uma refeição com elevado teor de gordura causou aumentos
estatisticamente significativos na Cmáx e AUC de Seroquel SR, de aproximadamente
50% e 20%, respetivamente. Não pode ser excluído que o efeito de uma refeição
com elevado teor de gordura na formulação possa ser superior. Comparativamente,
uma refeição ligeira não causou efeito significativo na Cmáx ou na AUC da
quetiapina. É recomendado que Seroquel SR seja administrado uma vez por dia sem
alimentos.
Distribuição
A quetiapina liga-se em cerca de 83% às proteínas plasmáticas.
Biotransformação
A quetiapina é extensamente metabolizada pelo fígado, com uma excreção na urina
e nas fezes inferior a 5% do composto de origem na forma inalterada, após a
administração de quetiapina marcada radioativamente.
Investigações in vitro estabeleceram que a CYP3A4 é a principal enzima responsável
pelo metabolismo da quetiapina mediado pelo citocromo P450. A norquetiapina é
principalmente formada e eliminada pela CYP3A4.
Verificou-se
quetiapina
vários
seus
metabolitos
(incluindo
norquetiapina) são inibidores fracos das atividades do citocromo humano P450 1A2,
2C9, 2C19, 2D6 e 3A4, in vitro. Observa-se a inibição do CYP, in vitro, apenas em
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
concentrações aproximadas 5 a 50 vezes superiores às observadas no intervalo de
doses 300 a 800 mg/dia nos seres humanos. Com base nestes resultados in vitro,
não é esperado que a administração concomitante de quetiapina com outros
fármacos
resulte
numa
inibição
clinicamente
significativa
pela
quetiapina,
metabolismo mediado pelo citocromo P450 do outro fármaco. Em estudos animais, a
quetiapina parece induzir as enzimas do citocromo P450. No entanto, num estudo
específico de interações em doentes psicóticos, não se registou um aumento da
atividade do citocromo P450 após administração de quetiapina.
Eliminação
O tempo de semi-vida de eliminação da quetiapina e da norquetiapina é de
aproximadamente
horas,
respetivamente.
Aproximadamente
medicamento marcado radioativamente foi excretado na urina e 21% nas fezes com
menos de 5% do total de radioatividade representando fármaco inalterado. Menos de
5% da fração molar média da dose de quetiapina livre e do metabolito plasmático do
ser humano ativo norquetiapina é excretada na urina.
Populações especiais
Género
A farmacocinética da quetiapina não difere entre o homem e a mulher.
Idosos
A depuração média da quetiapina nos idosos é cerca de 30 a 50% inferior à
observada em adultos com idades entre os 18 e 65 anos.
Compromisso renal
A depuração plasmática média da quetiapina reduz-se em aproximadamente 25%
dos indivíduos com compromisso renal grave (depuração da creatinina inferior a
30 ml/min/1,73m2), mas os valores da depuração individual estão dentro dos limites
para indivíduos saudáveis.
Compromisso hepático
A depuração plasmática média da quetiapina reduz-se em aproximadamente 25%
dos indivíduos com compromisso hepático conhecido (cirrose alcoólica estável). Uma
vez que a quetiapina é extensamente metabolizada pelo fígado, são esperados níveis
plasmáticos
mais
elevados
população
compromisso
hepático.
Nestes
doentes, poderá ser necessário efetuar ajustes de dose (ver secção 4.2).
População pediátrica
Foram analisados dados de farmacocinética de 9 crianças com idades entre 10-12
anos e 12 adolescentes, que estavam em tratamento, no estado de equilíbrio, com
400 mg de quetiapina (Seroquel) duas vezes ao dia. No estado de equilíbrio, os
níveis plasmáticos normalizados de dose do composto precursor, quetiapina, em
crianças e adolescentes (10-17 anos de idade) foram no geral similares aos dos
adultos, embora a Cmáx em crianças tenha sido registada na extremidade superior
do limite observado nos adultos. A AUC e a Cmáx do metabolito ativo, norquetiapina,
foram
superiores,
aproximadamente
crianças
(10-12
anos),
respetivamente e 28% e 14% em adolescentes (13-17 anos), respetivamente,
comparativamente a adultos.
Não existe informação disponível para Seroquel SR em crianças e adolescentes.
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Não houve evidências de genotoxicidade em estudos de genotoxicidade in vitro e in
vivo. Em animais de laboratório, com níveis de exposição clinicamente relevantes,
registaram-se
seguintes
alterações,
não
foram
ainda
confirmadas
investigação clínica a longo prazo:
Em ratos, observou-se deposição de pigmentação na glândula tiroide; em macacos
cynomolgus, registou-se hipertrofia das células foliculares da tiroide, uma diminuição
dos níveis plasmáticos de T3, diminuição das concentrações de hemoglobina e uma
diminuição das contagens de eritrócitos e leucócitos; e, em cães, opacidade do
cristalino e cataratas. (Para cataratas/opacidade do cristalino ver secção 5.1).
Num estudo de toxicidade embriofetal em coelhos, a incidência de deformação
flexural da articulação cárpica/társica no feto foi superior. Este efeito ocorreu na
presença de efeitos maternos evidentes como diminuição do aumento de peso
corporal. Estes efeitos estiveram presentes em casos de exposição materna a níveis
similares ou ligeiramente superiores à dos humanos com a dose terapêutica máxima.
Desconhece-se a relevância desta evidência para os humanos.
estudo
fertilidade
ratos,
observou-se
redução
marginal
fertilidade do macho e pseudogravidez, prolongamento dos períodos de diestro,
aumento do intervalo pré-coito e redução da taxa de gravidez. Estes efeitos estão
relacionados com níveis aumentados de prolactina e não são diretamente relevantes
para os humanos devido às diferenças entre espécies no controlo hormonal da
reprodução.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo
Celulose, microcristalina
Citrato de sódio
Lactose mono-hidratada
Estearato de magnésio
Hipromelose 2208
Revestimento
Hipromelose 2910
Macrogol 400
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro amarelo (E172) (comprimidos de 50 mg, 200 mg e 300 mg)
Óxido de ferro vermelho (E172) (comprimidos de 50 mg)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
6.4 Precauções especiais de conservação
Este medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blister de policlorotrifluoretileno e polivinilcloreto com alumínio.
Dosagem dos comprimidos
Dimensão
embalagem
Blisters
Comprimidos
50 mg,
150 mg,
200 mg,
400 mg
10 comprimidos
blister
comprimidos
30 comprimidos
blisters
comprimidos
50 comprimidos
blisters
comprimidos
50 comprimidos
blisters
comprimidos
60 comprimidos
blisters
comprimidos
100 comprimidos
blisters
comprimidos
100 comprimidos
blisters
comprimido
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
AstraZeneca Produtos Farmacêuticos, Lda.
Rua Humberto Madeira, 7
Queluz de Baixo
2730-097 Barcarena
Portugal
Tel.: +351 21 434 61 00
Fax: +351 21 434 61 92
E-mail: direccao.tecnica@astrazeneca.com
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º de registo: 5178165 – 10 Comprimidos de libertação prolongada, 50 mg, blister
PCTFE/PVC-Alu
N.º de registo: 5085212 – 60 Comprimidos de libertação prolongada, 50 mg, blister
PCTFE/PVC-Alu
APROVADO EM
04-10-2018
INFARMED
N.º de registo: 5168455 – 10 Comprimidos de libertação prolongada, 150 mg, blister
PCTFE/PVC-Alu
N.º de registo: 5456033 – 30 Comprimidos de libertação prolongada, 150 mg, blister
PCTFE/PVC-Alu
N.º de registo: 5168463 – 60 Comprimidos de libertação prolongada, 150 mg, blister
PCTFE/PVC-Alu
N.º de registo: 5085220 – 10 Comprimidos de libertação prolongada, 200 mg, blister
PCTFE/PVC-Alu
N.º de registo: 5085238 – 60 Comprimidos de libertação prolongada, 200 mg, blister
PCTFE/PVC-Alu
N.º de registo: 5085246 – 10 Comprimidos de libertação prolongada, 300 mg, blister
PCTFE/PVC-Alu
N.º de registo: 5085253 – 60 Comprimidos de libertação prolongada, 300 mg, blister
PCTFE/PVC-Alu
N.º de registo: 5085261 – 60 Comprimidos de libertação prolongada, 400 mg, blister
PCTFE/PVC-Alu
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 29 janeiro 2008 (doses de 50mg, 200mg, 300mg e
400mg)
Data da primeira autorização: 31 dezembro 2008 (dose de 150mg)
Data da última renovação: 14 novembro 2013
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Preços Válidos
Nome do Medicamento: Número de Registo:
Sem preços válidos.
Sem preços válidos.
Sem preços válidos.
Guia e condições de utilização
Pesquisa Avançada Detalhes do Medicamento
Resumo das Características do Medicamento
Folheto Informativo
Medidas adicionais de Minimização do Risco
Substância Ativa/DCI: Quetiapina Forma Farmacêutica: Comprimido de libertação prolongada Nome do Medicamento: Seroquel SR Dosagem: 50 mg Titular de AIM: AstraZeneca Produtos Farmacêuticos, Lda. Genérico: Não Via(s) de Administração:
Via oral
Grupo de Produto: N/A Número de Processo: NL/H/0156/008/MR Margem Terapêutica Estreita: Não
AIM: Autorizado Data: 29/01/2008
Classificação Quanto à Dispensa:
MSRM
Medicamento sujeito a receita médica
Classificação Estupefaciente: Não se aplica Classificação ATC:
N05AH04 - quetiapine
Classificação Farmacoterapêutica:
2.9.2 - Antipsicóticos
Duração do Tratamento: Longa Duração
Composição Qualitativa e Quantitativa em Substâncias Ativas
Quetiapina, fumarato - 57.56 mg
Quetiapina, fumarato - 57.56 mg
2 apresentações
Número de Registo: 5178165 CNPEM: 50049615 CHNM: 10091767 Dispositivo Segurança: Sim Comparticipação: 90% Grupo Homogéneo: Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [1-20] unidades Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [1-20] unidades PVP: 4,66 € P. Ref.: 1,44 € P. Max.: 4,66 € Preços Válidos: ui-button Número de Registo: 5085212 CNPEM: 50049631 CHNM: 10091767 Dispositivo Segurança: Sim Comparticipação: 90% Grupo Homogéneo: Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [21-60] unidades Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [21-60] unidades PVP: 26,37 € P. Ref.: 7,82 € P. Max.: 26,37 € Preços Válidos: ui-button Preços
Preços
Blister 10 unidade(s) Comercializado
Número de Registo: 5178165 CNPEM: 50049615 CHNM: 10091767 Dispositivo Segurança: Sim Comparticipação: 90% Grupo Homogéneo: Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [1-20] unidades
Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [1-20] unidades
Preços PVP: 4,66 € P. Ref.: 1,44 € P. Max.: 4,66 €
Preços Válidos: ui-button
Condições de Armazenamento
Tipo de Apresentação: fechada Prazo de Validade: 3 Ano(s) Condições:
Não necessita de precauções especiais
Blister 60 unidade(s) Comercializado
Número de Registo: 5085212 CNPEM: 50049631 CHNM: 10091767 Dispositivo Segurança: Sim Comparticipação: 90% Grupo Homogéneo: Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [21-60] unidades
Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [21-60] unidades
Preços PVP: 26,37 € P. Ref.: 7,82 € P. Max.: 26,37 €
Preços Válidos: ui-button
Condições de Armazenamento
Tipo de Apresentação: fechada Prazo de Validade: 3 Ano(s) Condições:
Não necessita de precauções especiais
Número de Registo: 5178165 CNPEM: 50049615 CHNM: 10091767 Dispositivo Segurança: Sim Comparticipação: 90% Grupo Homogéneo: Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [1-20] unidades Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [1-20] unidades PVP: 4,66 € P. Ref.: 1,44 € P. Max.: 4,66 € Preços Válidos: ui-button Número de Registo: 5085212 CNPEM: 50049631 CHNM: 10091767 Dispositivo Segurança: Sim Comparticipação: 90% Grupo Homogéneo: Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [21-60] unidades Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [21-60] unidades PVP: 26,37 € P. Ref.: 7,82 € P. Max.: 26,37 € Preços Válidos: ui-button Preços
Preços
Blister 10 unidade(s) Comercializado
Número de Registo: 5178165 CNPEM: 50049615 CHNM: 10091767 Dispositivo Segurança: Sim Comparticipação: 90% Grupo Homogéneo: Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [1-20] unidades
Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [1-20] unidades
Preços PVP: 4,66 € P. Ref.: 1,44 € P. Max.: 4,66 €
Preços Válidos: ui-button
Condições de Armazenamento
Tipo de Apresentação: fechada Prazo de Validade: 3 Ano(s) Condições:
Não necessita de precauções especiais
Blister 60 unidade(s) Comercializado
Número de Registo: 5085212 CNPEM: 50049631 CHNM: 10091767 Dispositivo Segurança: Sim Comparticipação: 90% Grupo Homogéneo: Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [21-60] unidades
Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [21-60] unidades
Preços PVP: 26,37 € P. Ref.: 7,82 € P. Max.: 26,37 €
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Condições de Armazenamento
Tipo de Apresentação: fechada Prazo de Validade: 3 Ano(s) Condições:
Não necessita de precauções especiais
Número de Registo: 5178165 CNPEM: 50049615 CHNM: 10091767 Dispositivo Segurança: Sim Comparticipação: 90% Grupo Homogéneo: Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [1-20] unidades Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [1-20] unidades PVP: 4,66 € P. Ref.: 1,44 € P. Max.: 4,66 € Preços Válidos: ui-button Número de Registo: 5085212 CNPEM: 50049631 CHNM: 10091767 Dispositivo Segurança: Sim Comparticipação: 90% Grupo Homogéneo: Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [21-60] unidades Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [21-60] unidades PVP: 26,37 € P. Ref.: 7,82 € P. Max.: 26,37 € Preços Válidos: ui-button Preços
Preços
Blister 10 unidade(s) Comercializado
Número de Registo: 5178165 CNPEM: 50049615 CHNM: 10091767 Dispositivo Segurança: Sim Comparticipação: 90% Grupo Homogéneo: Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [1-20] unidades
Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [1-20] unidades
Preços PVP: 4,66 € P. Ref.: 1,44 € P. Max.: 4,66 €
Preços Válidos: ui-button
Condições de Armazenamento
Tipo de Apresentação: fechada Prazo de Validade: 3 Ano(s) Condições:
Não necessita de precauções especiais
Blister 60 unidade(s) Comercializado
Número de Registo: 5085212 CNPEM: 50049631 CHNM: 10091767 Dispositivo Segurança: Sim Comparticipação: 90% Grupo Homogéneo: Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [21-60] unidades
Quetiapina | A102 | Oral | 50 mg | [21-60] unidades
Preços PVP: 26,37 € P. Ref.: 7,82 € P. Max.: 26,37 €
Preços Válidos: ui-button
Condições de Armazenamento
Tipo de Apresentação: fechada Prazo de Validade: 3 Ano(s) Condições:
Não necessita de precauções especiais
Documentos para Profissionais de Saúde
Resumo das Características do Medicamento (RCM)
Medidas adicionais de Minimização do Risco (MMR)
A Infomed é a base de dados nacional de medicamentos de uso humano e destina-se a todos os cidadãos.
Para que esta base de dados seja para todos, é fundamental a sua constante evolução. Envie-nos as suas sugestões.
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