Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
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INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Serlin 50 mg comprimidos revestidos por película
Serlin 100 mg comprimidos revestidos por película
Sertralina
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
- Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Serlin e para que é utilizado.
2. Antes de tomar Serlin.
3. Como tomar Serlin.
4. Efeitos secundários possíveis.
5. Como conservar Serlin.
6. Outras informações.
1. O QUE É SERLIN E PARA QUE É UTILIZADO
Serlin contém a substância activa sertralina. A sertralina pertence a um grupo de
medicamentos denominados Inibidores Selectivos da Recaptação da Serotonina
(ISRS);
estes
medicamentos
são
utilizados
para
tratar
depressão
e/ou
perturbações de ansiedade.
Serlin pode ser utilizado para tratar:
- Depressão e prevenção da recorrência da depressão (em adultos).
- Perturbação de ansiedade social (em adultos).
- Perturbação de stress pós-traumático (PTSD) (em adultos).
- Perturbação de pânico (em adultos).
- Perturbação obsessiva-compulsiva (POC) (em adultos e crianças e adolescentes
com 6-17 anos de idade).
A depressão é uma condição clínica com sintomas como sentimento de tristeza,
incapacidade de dormir correctamente ou de apreciar a vida como costumava.
A POC e a perturbação de pânico são doenças associadas a ansiedade com sintomas
como sentimento de constante incómodo por ideias persistentes (obsessões) que o
levam a desempenhar rituais repetitivos (compulsões).
A PTSD é uma condição que pode ocorrer após uma experiência emocional muito
traumática e apresenta alguns sintomas que são similares a depressão e ansiedade.
perturbação
ansiedade
social
(fobia
social)
doença
associada
ansiedade. É caracterizada por sensações de ansiedade intensa ou nervosismo em
situações sociais (por exemplo: falar com estranhos, falar à frente de grupos de
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pessoas, comer ou beber à frente de outros ou receio de poder comportar-se de
maneira embaraçosa).
O seu médico decidiu que este medicamento é indicado para tratar a sua doença.
Deve consultar o seu médico caso tenha dúvidas quanto ao motivo da prescrição de
Serlin.
2. ANTES DE TOMAR SERLIN
Não tome Serlin
- Se tem alergia (hipersensibilidade) à sertralina ou a qualquer outro componente de
Serlin.
está
tomar,
tomou,
medicamentos
denominados
inibidores
monoaminoxidase (IMAOs como selegilina, moclobemida) ou fármacos semelhantes
aos IMAOs (como linezolida). Se parar o tratamento com sertralina, deve esperar,
pelo menos, uma semana antes de iniciar o tratamento com um IMAO. Após parar o
tratamento com um IMAO, deve esperar, pelo menos, 2 semanas antes de iniciar o
tratamento com sertralina.
- Se está a tomar outro medicamento denominado pimozida (um medicamento
antipsicótico).
Tome especial cuidado com Serlin
Os medicamentos nem sempre são adequados para todas as pessoas. Informe o seu
médico antes de tomar Serlin caso sofra, ou tenha sofrido no passado, de qualquer
uma das seguintes condições:
- Síndrome serotoninérgica. Em casos raros, esta síndrome pode ocorrer quando
toma certos medicamentos ao mesmo tempo que a sertralina. (Para sintomas, ver 4.
Efeitos secundários possíveis). O seu médico deve tê-lo informado se sofreu desta
condição no passado.
- Se tem baixo nível de sódio no sangue, uma vez que pode ser resultado do
tratamento com Serlin. Também deverá informar o seu médico caso esteja a tomar
certos medicamentos para a hipertensão, uma vez que estes medicamentos também
podem alterar os níveis de sódio no sangue.
- Tenha especial precaução caso seja idoso uma vez que pode ter um risco
aumentado de ter um baixo nível de sódio no sangue (ver acima).
- Doença hepática; o seu médico poderá decidir que deve tomar uma dose mais
baixa de Serlin.
- Diabetes; os seus níveis de glicose podem ser alterados devido a Serlin e os seus
medicamentos para a diabetes podem necessitar de ajuste posológico.
- Epilepsia ou antecedentes de crises epilépticas. Caso tenha uma crise epiléptica,
contacte o seu médico imediatamente.
- Se sofreu de doença maníaca depressiva (doença bipolar) ou esquizofrenia. Caso
tenha um episódio maníaco, contacte o seu médico imediatamente.
- Se tem, ou teve anteriormente, pensamentos suicidas (ver abaixo Pensamentos
relacionados com o suicídio e agravamento da sua depressão ou perturbação da
ansiedade).
- Se sofre de perturbações hemorrágicas ou se está tomar medicamentos que
aumentem a fluidez do sangue (ex: ácido acetilsalicílico ou varfarina) ou que possam
aumentar o risco de hemorragia.
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- Se for uma criança ou adolescente com idade inferior a 18 anos. Serlin deve
apenas ser utilizado para tratar crianças e adolescentes com idades entre os 6-17
anos, que sofram de perturbação obsessiva-compulsiva. Se estiver a ser tratado
para esta perturbação, o seu médico irá querer monitorizá-lo de perto (ver Utilização
em crianças e adolescentes abaixo).
- Se estiver a fazer terapia electroconvulsiva (TEC).
Acatisia/inquietude:
A utilização de sertralina tem sido associada a acatisia (caracterizada por uma
instabilidade perturbadora e necessidade de agitar, muitas vezes acompanhada por
uma incapacidade de estar ou permanecer quieto). A probabilidade de ocorrência é
maior nas primeiras semanas de tratamento. O aumento da dose pode ser prejudicial
nos doentes que desenvolvem estes sintomas.
Reacções de privação:
As reacções de privação são comuns quando o tratamento é interrompido, sobretudo
se for interrompido abruptamente (ver 4. Efeitos secundários possíveis). O risco de
reacções de privação depende da duração do tratamento, da dose e da taxa de
redução da dose. Em regra tais sintomas são, geralmente, ligeiros a moderados, no
entanto,
podem
graves
alguns
doentes.
Ocorrem
habitualmente
primeiros dias após a interrupção do tratamento. De um modo geral, tais sintomas
desaparecem em 2 semanas. Em alguns doentes podem durar mais tempo (2-3
meses
mais).
Aquando
interrupção
tratamento
sertralina,
recomendada a redução gradual da dose durante um período de algumas semanas
ou meses, dependendo das necessidades do doente.
Pensamentos relacionados com o suicídio e agravamento da sua depressão ou
perturbação da ansiedade:
Se se encontra deprimido e/ou tem perturbações de ansiedade pode, por vezes,
pensar em auto-agredir-se ou suicidar-se. Estes pensamentos podem aumentar no
início do tratamento com antidepressivos, pois estes medicamentos demoram cerca
de duas semanas a fazerem-se sentir mas, por vezes, pode demorar mais tempo.
Poderá estar mais predisposto a ter este tipo de pensamentos nas seguintes
situações:
- Se tem antecedentes de ter pensamentos sobre suicidar-se ou auto-agredir-se.
- Se é um jovem adulto. A informação proveniente de ensaios clínicos revelou um
maior risco de comportamento suicida em indivíduos adultos com menos de 25 anos
de idade com problemas psiquiátricos tratados com antidepressivos.
Se em qualquer momento tiver pensamentos de auto-agressão ou suicídio deverá
contactar o seu médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital.
Poderá ser útil para si contar a uma pessoa próxima de si, ou a um familiar, que se
encontra deprimido, ou que tem perturbações de ansiedade, e dar-lhes este folheto a
ler. Poderá também solicitar-lhes que o informem caso verifiquem um agravamento
estado
depressão
ansiedade,
ficarem
preocupados
alterações no seu comportamento.
Utilização em crianças e adolescentes:
A sertralina não deve, normalmente, ser utilizada em crianças e adolescentes com
idade inferior a 18 anos, excepto no caso de doentes com Perturbação Obsessiva-
Compulsiva. Doentes com idade inferior a 18 anos apresentam um risco acrescido de
efeitos indesejáveis tais como, tentativa de suicídio, ideação suicida e hostilidade
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(predominantemente
agressão,
comportamento
oposição
cólera),
quando
tomam medicamentos desta classe. Apesar disso, o médico poderá prescrever Serlin
para doentes com idade inferior a 18 anos quando decida que tal é necessário. Se o
seu médico prescreveu Serlin para um doente com menos de 18 anos e gostaria de
discutir esta questão, volte a contactá-lo. Deverá informar o seu médico se algum
dos sintomas acima mencionados se desenvolver ou piorar quando doentes com
menos de 18 anos estejam a tomar Serlin. Não foram ainda demonstrados os efeitos
de segurança de Serlin a longo prazo, no que respeita ao crescimento, à maturação
e ao desenvolvimento cognitivo e comportamental neste grupo etário.
Ao tomar Serlin com outros medicamentos:
Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros
medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Alguns medicamentos podem afectar o modo como Serlin actua, ou Serlin pode
reduzir a efectividade de outros medicamentos tomados ao mesmo tempo.
Tomar Serlin com os medicamentos seguintes pode causar efeitos secundários
graves:
- Medicamentos denominados inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) como a
moclobemida
(para
tratar
depressão),
selegilina
(para
tratar
doença
Parkinson) e o antibiótico linezolida. Não utilize Serlin com IMAOs.
- Medicamentos para tratar perturbações mentais (pimozida). Não utilize Serlin com
pimozida.
Informe o seu médico se estiver a tomar algum dos medicamentos seguintes:
- Produtos medicinais que contenham hipericão (Hypericum perforatum). Os efeitos
do hipericão podem prolongar-se por 1-2 semanas. Fale com o seu médico.
- Produtos que contenham o aminoácido triptofano.
- Medicamentos para tratar a dor de forte intensidade (por exemplo tramadol).
- Medicamentos para tratar enxaquecas (por exemplo sumatriptano).
- Medicamentos para diminuir a fluidez do sangue (varfarina).
- Medicamentos para o tratamento da dor/artrite (anti-inflamatórios não esteróides
(AINEs) como o ibuprofeno, ácido acetilsalicílico).
- Sedativos (diazepam).
- Diuréticos.
- Medicamentos para tratar a epilepsia (fenitoína).
- Medicamentos para tratar a diabetes (tolbutamida).
- Medicamentos para tratar o excesso de ácido no estômago e úlceras (cimetidina).
- Medicamentos para tratar a mania e depressão (lítio).
- Outros medicamentos para tratar a depressão (como amitriptilina, nortriptilina).
- Medicamentos para tratar esquizofrenia e outras perturbações mentais (como
perfenazina, levomepromazina e olanzapina).
Ao tomar Serlin com alimentos e bebidas
Serlin pode ser tomado com ou sem alimentos.
Deve ser evitado o álcool enquanto estiver a tomar Serlin.
Gravidez e aleitamento:
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
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Fale com o seu médico assim que possível se está grávida, pensa que está grávida
ou planeia engravidar.
A segurança da sertralina não foi estabelecida na mulher grávida. A sertralina apenas
deve ser utilizada por mulheres grávidas caso o médico considere que o benefício
para a mãe exceda quaisquer riscos possíveis para o feto. As mulheres em idade
fértil deverão utilizar um método contraceptivo adequado se forem medicadas com
sertralina.
Certifique-se que o seu médico e/ou o pessoal de enfermagem sabem que está a
tomar sertralina. Quando tomados durante a gravidez, especialmente nos últimos 3
meses de gravidez, fármacos como Serlin podem aumentar o risco de uma situação
grave nos bebés chamada hipertensão pulmonar persistente no recém-nascido
(HPPN), que faz com que o bebé respire mais rapidamente e que pareça azulado.
Estes sintomas começam habitualmente durante as primeiras 24 horas após o
nascimento. Se isto acontecer ao seu bebé deverá contactar o seu médico e/ou o
pessoal de enfermagem imediatamente.
Existe evidência de que a sertralina é excretada no leite materno. A sertralina
apenas deve ser utilizada por mulheres a amamentar caso o médico considere que o
benefício para a mãe exceda quaisquer riscos possíveis para o bebé.
Condução de veículos e utilização de máquinas:
Os fármacos psicotrópicos como a sertralina podem influenciar a sua capacidade para
conduzir veículos e utilizar máquinas. Portanto, não deve conduzir veículos ou utilizar
máquinas até que saiba como esta medicação afecta a sua capacidade para
desempenhar estas actividades.
Informações importantes sobre alguns componentes de Serlin:
Este medicamento contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem
intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
3. COMO TOMAR SERLIN
Tomar Serlin sempre de acordo com as indicações do médico.
Serlin comprimidos pode ser tomado com ou sem alimentos.
Tome o seu medicamento uma vez ao dia, de manhã ou à noite.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Dose habitual
Adultos:
Depressão e Perturbação Obsessiva-Compulsiva:
A dose de 50 mg/dia é normalmente eficaz na depressão e POC. A dose diária pode
ser aumentada em incrementos de 50 mg durante, no mínimo uma semana, a um
período de algumas semanas. A dose máxima recomendada é de 200 mg/dia.
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Perturbação de pânico, Perturbação de Ansiedade Social e Perturbação de Stress
Pós-Traumático:
Na perturbação de pânico, perturbação de ansiedade social e perturbação de stress
pós-traumático, o tratamento deve ser iniciado com a dose de 25 mg/dia e, após
uma semana, aumentado para 50 mg/dia.
A dose diária pode ser aumentada em incrementos de 50 mg durante um período de
algumas semanas. A dose máxima recomendada é de 200 mg/dia.
Crianças e adolescentes:
Serlin deve apenas ser utilizado para tratar crianças e adolescentes que sofram de
POC com idade compreendida entre 6-17 anos.
Perturbação Obsessiva-Compulsiva:
Crianças entre 6 e 12 anos de idade: a dose inicial recomendada é de 25 mg/dia.
Após uma semana, o seu médico pode aumentar a dose para 50 mg/dia. A dose
máxima é de 200 mg/dia.
Adolescentes entre 13 e 17 anos de idade: a dose inicial recomendada é de
50 mg/dia. A dose máxima é de 200 mg/dia.
Caso tenha problemas de fígado ou rins, informe o seu médico e siga os seus
conselhos.
O seu médico irá dizer-lhe durante quanto tempo deverá tomar esta medicação. Isto
dependerá da natureza da sua doença e do modo como responde ao tratamento.
Poderão decorrer várias semanas até que os seus sintomas comecem a melhorar.
Se tomar mais Serlin do que deveria:
Se tomar demasiado Serlin acidentalmente, contacte o seu médico imediatamente ou
dirija-se à urgência hospitalar mais próxima. Leve a embalagem do medicamento
consigo, quer ainda tenha medicamento ou não.
sintomas
sobredosagem
podem
incluir
sonolência,
náuseas
vómitos,
aceleração dos batimentos cardíacos, tremores, agitação, tonturas e, em casos
raros, inconsciência.
Caso se tenha esquecido de tomar Serlin:
Caso se tenha esquecido de tomar um comprido, não tome o comprimido esquecido.
Tome o próximo comprimido na hora habitual.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Serlin:
Não pare de tomar Serlin a menos que o seu médico o indique. O seu médico irá
querer reduzir a sua dose de Serlin durante várias semanas antes de interromper a
toma deste medicamento. Se interromper abruptamente a toma deste medicamento
pode sofrer efeitos indesejáveis como tonturas, dormência, perturbações do sono,
agitação ou ansiedade, dor de cabeça, enjoos, indisposição e tremores. Se sentir
algum destes efeitos secundários, ou quaisquer outros efeitos secundários enquanto
interrompe a toma de Serlin, fale com o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
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4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Como todos os medicamentos, Serlin pode causar efeitos secundários, no entanto
estes não se manifestam em todas as pessoas.
O efeito secundário mais frequente é a náusea. Os efeitos secundários dependem da
dose e são normalmente transitórios com a continuação do tratamento.
Informe o seu médico imediatamente:
Se sentir algum dos sintomas seguintes após a toma deste medicamento. Estes
sintomas podem ser graves.
- Se desenvolver uma reacção cutânea grave que cause bolhas (eritema multiforme),
(isto pode afectar a boca e a língua). Estes podem ser sinais de uma situação
conhecida como síndrome de Stevens-Johnson, ou Necrólise Epidérmica Tóxica
(NET). O seu médico irá parar o seu tratamento nestes casos.
- Reacção alérgica ou alergia, que podem incluir sintomas como uma erupção
cutânea com comichão, dificuldade em respirar, pieira, inchaço das pálpebras, cara
ou lábios.
- Se sentir agitação, confusão, diarreia, temperatura e tensão altas, transpiração
excessiva e batimentos cardíacos acelerados. Estes são sintomas da Síndrome
Serotoninérgica. Em casos raros, esta síndrome pode ocorrer enquanto estiver a
tomar certos medicamentos ao mesmo tempo que a sertralina. O seu médico pode
querer parar o seu tratamento.
- Se desenvolver olhos e pele amarelos, o que pode significar danos no fígado.
- Se sentir sintomas depressivos com ideias suicidas.
- Se começar a ter sentimentos de inquietação e não se sentir capaz de sentar ou
permanecer quieto após a toma de Serlin Deve informar o seu médico se começar a
sentir-se inquieto.
Os efeitos secundários seguintes foram observados em ensaios clínicos realizados
com adultos.
Efeitos secundários muito frequentes (ocorrem em mais de 1 em cada 10 doentes)
Insónia, tonturas, sonolência, dor de cabeça, diarreia, enjoo, boca seca, falência
ejaculatória, fadiga.
Efeitos secundários frequentes (ocorrem entre 1 a 10 em cada 100 doentes):
Dor de garganta, anorexia, aumento do apetite, depressão, sensação estranha,
pesadelos, ansiedade, agitação, nervosismo, diminuição do interesse sexual, ranger
os dentes, dormência e formigueiro, tremor, tensão muscular, alteração do paladar,
falta
atenção,
perturbações
visuais,
zumbido
ouvidos,
palpitações,
afrontamentos, bocejo, dores abdominais, vómitos, prisão de ventre, mal-estar do
estômago,
gases,
erupção
cutânea,
aumento
transpiração,
muscular,
disfunção sexual, disfunção eréctil, dor no tórax.
Efeitos secundários pouco frequentes (ocorrem entre 1 a 10 em cada 1000 doentes)
Resfriado, corrimento nasal, alucinações, sentimento de felicidade, falta de cuidados,
pensamentos anómalos, convulsões, contracções musculares involuntárias, alteração
coordenação,
movimentos
excessivos,
amnésia,
diminuição
sensação,
desordem do discurso, tonturas ao levantar, enxaqueca, dor no ouvido, batimentos
cardíacos acelerados, tensão alta, rubor, dificuldades respiratórias, possíveis sibilos,
falta de ar, sangramento do nariz, problemas no esófago, dificuldade em engolir,
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hemorróidas, aumento da salivação, alterações na língua, arrotos, inchaço dos olhos,
manchas
roxas
pele,
perda
cabelo,
suores
frios,
pele
seca,
urticária,
osteoartrite, fraqueza muscular, dor de costas, espasmos musculares, necessidade
de urinar durante a noite, incapacidade de urinar, aumento da micção, aumento da
frequência de urinar, problemas a urinar, hemorragia vaginal, disfunção sexual
feminina, mal-estar, arrepios, febre, fraqueza, sede, diminuição do peso, aumento
do peso.
Efeitos secundários raros (ocorrem entre 1 a 10 em cada 10000 doentes)
Problemas
intestinais,
infecção
ouvido,
cancro,
glândulas
inchadas,
níveis
elevados de colesterol, baixo nível de açúcar no sangue, sintomas físicos devidos a
stress
emoções,
dependência
substâncias,
perturbação
psicótica,
agressividade, paranóia, pensamentos suicidas, sonambulismo, ejaculação precoce,
coma,
movimentos
alterados,
dificuldades
movimentação,
aumento
sensibilidade, perturbações sensoriais, glaucoma, problemas lacrimais, manchas nos
campos visuais, visão dupla, dor nos olhos provocada pela luz, sangue no olho,
pupilas
dilatadas,
ataque
cardíaco,
batimentos
cardíacos
lentos,
problemas
cardíacos, má circulação sanguínea nos braços e pernas, aperto na garganta,
respiração rápida, respiração lenta, dificuldade em falar, soluços, sangue nas fezes,
feridas na boca, ulceração da língua, afecções nos dentes, afecções na língua,
ulceração da boca, alterações da função hepática, problemas da pele como bolhas,
erupção folicular, alteração da textura do cabelo, alteração do odor da pele,
problemas ósseos, diminuição da micção, incontinência urinária, hesitação urinária,
sangramento vaginal excessivo, secura vaginal, inchaço e vermelhidão do pénis e do
prepúcio, corrimento genital, erecção prolongada, corrimento mamário, hérnia,
cicatriz no local de injecção, tolerância ao fármaco diminuída, dificuldades na
marcha,
alterações
testes
laboratoriais,
alteração
sémen,
lesões,
procedimento de relaxamento dos vasos sanguíneos.
Após a comercialização da sertralina, foram comunicados os seguintes efeitos
secundários:
Diminuição
glóbulos
brancos,
diminuição
plaquetas,
níveis
baixos
hormonas
tiróide,
problemas
endócrinos,
baixos
níveis
sal no
sangue,
pesadelos, comportamento suicida, problemas nos movimentos musculares (como
excesso de movimentos, músculos tensos e dificuldade em caminhar), desmaios,
alteração
visão,
problemas
hemorrágicos
(como
sangramento
nariz,
hemorragia no estômago ou sangue na urina), pancreatite, problemas graves na
função hepática, icterícia, edema da pele, reacção da pele ao sol, comichão, dor nas
articulações, cãibras musculares, aumento mamário, irregularidades menstruais,
inchaço nas pernas, problemas de coagulação e reacção alérgica grave.
Foi observado um risco aumentado de fracturas ósseas em doentes a tomar este tipo
de medicamentos.
Efeitos secundários em crianças e adolescentes
Em ensaios clínicos com crianças e adolescentes, os efeitos secundários foram
geralmente semelhantes aos adultos (ver acima). Os efeitos secundários mais
comuns em crianças e adolescentes foram dor de cabeça, insónia, diarreia e
indisposição.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
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5. COMO CONSERVAR SERLIN
Não conservar acima de 25°C.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Serlin após o prazo de validade impresso na embalagem exterior. O prazo
de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não
necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Serlin
A substância activa é a sertralina. Cada comprimido revestido por película contém,
como
substância
activa,
55,9 mg
111,8 mg
cloridrato
sertralina
correspondentes, respectivamente, a 50 mg ou 100 mg de sertralina.
outros
componentes
são
(núcleo):
lactose
mono
hidratada,
celulose
microcristalina,
povidona,
croscarmelose
sódica,
estearato
magnésio;
(revestimento) hipromelose, dióxido de titânio (E171), talco e propilenoglicol.
Qual o aspecto de Serlin e conteúdo da embalagem
Comprimidos
revestidos
película,
brancos,
biconvexos
ranhurados,
embalagens de 14, 20, 28 ou 60 comprimidos revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Decomed Farmacêutica, Lda.
Rua Sebastião e Silva, n.º 56
2745-838 Massamá
Portugal
Telefone: 21 438 9460
Fax: 214389469
Fabricantes
Actavis Ltd.
BLB 016, Bulebel Industrial Estate,
Zejtun ZTN 3000
Malta
Clintex – Produtos Farmacêuticos, S.A.
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Rua Comandante Carvalho Araújo
Sete Casas
2670 – 540 Loures
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Serlin 50 mg comprimidos revestidos por película.
Serlin 100 mg comprimidos revestidos por película.
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido revestido por película contém, como substância activa, 55,9 mg ou
111,8 mg de cloridrato de sertralina correspondentes, respectivamente, a 50 mg ou
100 mg de sertralina.
Excipientes:
Lactose mono-hidratada - cada comprimido revestido por película de 50 mg ou 100 mg
contém, respectivamente, 79,65 mg ou 159,3 mg de lactose mono-hidratada.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Comprimidos revestidos por película, brancos, biconvexos e ranhurados.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Sertralina está indicada para o tratamento de:
Episódios depressivos major. Prevenção de recorrência de episódios depressivos major.
Perturbação de pânico, com ou sem agorafobia.
Perturbação Obsessiva-Compulsiva (POC) em adultos e doentes pediátricos com 6-17
anos de idade.
Perturbação de ansiedade social.
Perturbação de Stress Pós-Traumático (PTSD).
4.2 Posologia e modo de administração
A sertralina deve ser administrada em toma única diária de manhã ou à noite.
Os comprimidos de Serlin podem ser administrados com ou sem alimentos.
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Tratamento inicial
Depressão e POC
O tratamento com sertralina deve ser iniciado com uma dose de 50 mg/dia.
Perturbação de Pânico, PTSD e Perturbação de Ansiedade Social
O tratamento deve ser iniciado com uma dose de 25 mg/dia. Após uma semana, a dose
deverá ser aumentada para 50 mg, uma vez ao dia. Este regime posológico tem
demonstrado reduzir a frequência dos efeitos secundários precoces emergentes do
tratamento, característicos da perturbação de pânico.
Titulação
Depressão, POC, Perturbação de Pânico, Perturbação de Ansiedade Social e PTSD
Os doentes que não respondam a uma dose de 50 mg poderão beneficiar de aumentos da
dose. As alterações na dose devem ser efectuadas em incrementos de 50 mg com
intervalos de, pelo menos, uma semana, até à dose máxima de 200 mg/dia. Alterações na
dose não devem ser efectuadas mais que uma vez por semana, tendo em conta as 24 horas
de semi-vida de eliminação da sertralina.
O início do efeito terapêutico pode ser observado dentro de sete dias. No entanto, são
habitualmente necessários períodos mais longos para que se demonstre resposta
terapêutica, especialmente na POC.
Manutenção
A dose durante a terapêutica prolongada deve manter-se no mais baixo nível eficaz, com
ajustes subsequentes consoante a resposta terapêutica.
Depressão
O tratamento prolongado pode também ser apropriado na prevenção da recorrência de
episódios depressivos major (EDM). Na maioria dos casos, a dose recomendada na
prevenção da recorrência de EDM é igual à utilizada durante o episódio corrente. Os
doentes com depressão devem ser tratados por um período de tempo suficiente, de pelo
menos 6 meses, para assegurar que estão livres de sintomas.
Perturbação de pânico e POC
Deve-se avaliar regularmente o tratamento continuado na perturbação de pânico e POC,
uma vez que não se demonstrou a prevenção de recaídas nestas perturbações.
Doentes pediátricos
Crianças e adolescentes com perturbação obsessiva-compulsiva
13-17 anos: inicialmente 50 mg, uma vez ao dia.
6-12 anos: inicialmente 25 mg, uma vez ao dia. A dose pode ser aumentada para 50 mg,
uma vez ao dia, após uma semana.
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As doses subsequentes podem ser aumentadas, nos casos em que a resposta é inferior ao
desejado, em incrementos de 50 mg durante algumas semanas, conforme necessário. A
dose máxima é de 200 mg por dia. No entanto, quando ocorrem aumentos em relação à
dose de 50 mg deve ter-se em consideração o peso corporal geralmente inferior nas
crianças em comparação com os adultos. As alterações da dose não devem ocorrer em
intervalos inferiores a uma semana.
Não foi demonstrada eficácia em doentes pediátricos com depressão major.
Não estão disponíveis dados relativos a crianças com idade inferior a 6 anos (ver secção
4.4).
Utilização no idoso
A dose deve ser ajustada com precaução em idosos, uma vez que o risco de hiponatremia
pode estar aumentado (ver secção 4.4).
Utilização na insuficiência hepática
A utilização da sertralina em doentes com doença hepática deve ser feita com precaução.
Em doentes com insuficiência hepática, deve ser considerada a utilização de uma dose
menor ou menos frequente (ver secção 4.4). A sertralina não deve ser utilizada nos casos
de insuficiência hepática grave, uma vez que não estão disponíveis dados clínicos (ver
secção 4.4).
Utilização na insuficiência renal
Não é necessário ajuste de dose em doentes com insuficiência renal (ser secção 4.4).
Sintomas de privação observados na descontinuação da sertralina
A descontinuação abrupta deve ser evitada. Quando se interrompe o tratamento com
sertralina, a dose deve ser gradualmente reduzida ao longo de um período de, pelo menos,
uma a duas semanas, a fim de reduzir o risco de reacções de privação (ver secções 4.4 e
4.8). Caso ocorram sintomas intoleráveis após uma diminuição da dose ou
descontinuação do tratamento, poderá considerar-se retomar a dose prescrita
anteriormente. Subsequentemente, o médico pode continuar a diminuir a dose, mas a um
ritmo mais lento.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
A administração concomitante de inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) está contra-
indicada, devido ao risco de síndrome serotoninérgica que inclui sintomas como agitação,
tremor e hipertermia. O tratamento com sertralina não deve ser iniciado no período de,
pelo menos, 14 dias após descontinuação do tratamento com um IMAO irreversível. A
sertralina deve ser descontinuada, pelo menos, 7 dias antes do início do tratamento com
um IMAO irreversível (ver secção 4.5).
A administração concomitante da pimozida é contra-indicada (ver secção 4.5).
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4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Mudança do tratamento iniciado com inibidores selectivos da recaptação da serotonina
(ISRS), antidepressivos ou fármacos para o tratamento da POC
A experiência referente a ensaios controlados é limitada no que se refere à ocasião
considerada óptima para mudar o tratamento com ISRSs, antidepressivos ou fármacos
para o tratamento da POC para a sertralina. Deverá efectuar-se uma avaliação médica
cuidada e prudente aquando desta mudança de tratamento, particularmente no caso de
fármacos de acção prolongada, como a fluoxetina.
Outros fármacos serotoninérgicos ex. triptofano, fenfluramina e agonistas 5-HT
A co-administração de sertralina e outros fármacos que aumentam os efeitos da
neurotransmissão serotoninérgica, tais como triptofano ou fenfluramina ou agonistas 5-
HT, ou o produto à base de hipericão (Hypericum perforatum), deve ser efectuada com
precaução e evitada sempre que possível, atendendo ao potencial desenvolvimento de
interacções farmacodinâmicas.
Activação de hipomania ou mania
Foram notificados sintomas maníacos/hipomaníacos emergentes numa pequena
proporção de doentes tratados com fármacos antidepressivos e para o tratamento da POC,
incluindo a sertralina. Assim, a sertralina deve ser utilizada com precaução em doentes
com história de mania/hipomania. É necessário o seguimento do doente pelo médico. A
sertralina deverá ser descontinuada nos doentes que entrem numa fase maníaca.
Esquizofrenia
Os sintomas psicóticos podem ser agravados em doentes esquizofrénicos.
Crises epilépticas
Podem ocorrer crises epilépticas com o tratamento com sertralina: a sertralina deve ser
evitada em doentes com epilepsia instável e os doentes com epilepsia controlada devem
ser cuidadosamente monitorizados. A sertralina deverá ser descontinuada em qualquer
doente que desenvolva crises epilépticas.
Suicídio/ideação suicida/tentativa de suicídio ou agravamento da situação clínica
A depressão está associada a um aumento do risco de ideação suicida, auto-agressividade
e suicídio (pensamentos/comportamentos relacionados com suicídio). O risco prevalece
até que ocorra remissão significativa dos sintomas. Como durante as primeiras semanas,
ou mais, de tratamento pode não se verificar qualquer melhoria, os doentes deverão ter
uma vigilância mais rigorosa até que essa melhoria ocorra. De acordo com a experiência
clínica geral, o risco de suicídio pode estar aumentado nas fases iniciais da recuperação.
Outros distúrbios psiquiátricos para os quais a sertralina é prescrita podem estar
associados ao aumento do risco de ideação/comportamentos relacionados com o suicídio.
Adicionalmente, estas condições podem ser co-mórbidas com os distúrbios depressivos
major. Consequentemente, deverão ser tomadas as mesmas precauções que aquando do
tratamento de doentes com distúrbios depressivos major e durante o tratamento de
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doentes com outras doenças psiquiátricas.
Os doentes com história de pensamentos/comportamentos relacionados com suicídio, que
apresentem um grau significativo destes sintomas antes do início do tratamento,
apresentam também um maior risco de ideação suicida ou de tentativa de suicídio,
devendo, por este motivo, ser cuidadosamente monitorizados durante o tratamento. Uma
meta-análise de ensaios clínicos controlados com placebo em adultos com distúrbios
psiquiátricos demonstrou um aumento do risco de comportamentos relacionados com o
suicídio em doentes com menos de 25 anos a tomar antidepressivos, comparativamente
aos doentes a tomar placebo.
A terapêutica medicamentosa deverá ser acompanhada de uma monitorização rigorosa,
em particular nos doentes de maior risco, especialmente na fase inicial do tratamento ou
na sequência de alterações posológicas. Os doentes, e os prestadores de cuidados de
saúde, devem ser alertados para a necessidade de monitorização relativamente a qualquer
agravamento da sua situação clínica, pensamentos/comportamentos relacionados com o
suicido e para procurar assistência médica imediatamente caso estes ocorram.
Utilização em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos
A sertralina não deve ser utilizada no tratamento de crianças e adolescentes com idade
inferior a 18 anos, excepto nos casos de doentes com perturbação obsessiva-compulsiva
com 6-17 anos de idade. Foram observados com maior frequência comportamentos
relacionados com o suicídio (tentativa de suicídio e ideação suicida) e hostilidade
(predominantemente agressão, comportamento de oposição e cólera) em ensaios clínicos
com crianças e adolescentes tratados com antidepressivos, em comparação com os que se
encontravam a tomar placebo. Se, não obstante, com base na necessidade clínica, a
decisão de tratamento for tomada, o doente deve ser rigorosamente monitorizado em
relação ao aparecimento de sintomas suicidas. Não estão disponíveis dados de segurança
a longo prazo em crianças e adolescentes no que se refere ao crescimento, à maturação e
ao desenvolvimento cognitivo e comportamental. Os médicos devem monitorizar os
doentes pediátricos em tratamento prolongado para alterações nestes sistemas corporais.
Alterações hemorrágicas/hemorragia
Foram notificados casos de alterações hemorrágicas cutâneas, tais como equimoses e
púrpura e outros acontecimentos hemorrágicos como hemorragias gastrointestinais ou
ginecológicas associadas à utilização de ISRSs. Recomenda-se precaução aos doentes a
tomar ISRSs, em particular em uso concomitante com fármacos que tenham efeito na
função plaquetária (ex. anticoagulantes, antipsicóticos atípicos e fenotiazidas, a maioria
dos antidepressivos tricíclicos, ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios não esteróides
(AINEs)), assim como em doentes com história de alterações hemorrágicas (ver secção
4.5).
Hiponatremia
Pode ocorrer hiponatremia como resultado do tratamento com ISRSs ou ISRNs, incluindo
sertralina. Em muitos casos, a hiponatremia aparenta ser o resultado de uma síndrome de
secreção inadequada de hormona antidiurética (SIHAD). Foram notificados casos de
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níveis séricos de sódio inferiores a 110 mmol/l. Os doentes idosos podem apresentar um
risco acrescido de desenvolvimento de hiponatremia com ISRSs e ISRNs. Doentes em
tratamento com diuréticos ou que estejam com depleção do volume também podem
apresentar risco acrescido (ver Utilização no idoso na secção 4.4). Deve ser considerada a
descontinuação da sertralina e instituição da intervenção médica adequada nos doentes
com hiponatremia sintomática. Os sinais e sintomas de hiponatremia incluem cefaleia,
dificuldades de concentração, compromisso da memória, confusão, fraqueza e
instabilidade, o que pode levar a quedas. Os sinais e sintomas associados a casos mais
graves e/ou agudos incluíram alucinações, síncope, convulsões, coma, paragem
respiratória e morte.
Sintomas de privação observados na descontinuação do tratamento com sertralina
Os sintomas de privação são comuns quando o tratamento é interrompido, sobretudo se
for interrompido abruptamente (ver secção 4.8). Em ensaios clínicos, entre os doentes
tratados com sertralina, a incidência de reacções de privação notificadas foi de 23% nos
que interromperam o tratamento com sertralina comparado aos 12% nos que continuaram
a tomar sertralina.
O risco de sintomas de privação pode estar dependente de vários factores, incluindo a
duração e dose do tratamento e a taxa de redução da dose. As reacções notificadas com
maior frequência foram tonturas, distúrbios sensoriais (incluindo parestesia), distúrbios
do sono (incluindo insónia e sonhos intensos), agitação ou ansiedade, náuseas e/ou
vómitos, tremor e cefaleia. Estes sintomas são, geralmente, ligeiros a moderados;
contudo, em alguns doentes podem ser de intensidade grave. Ocorrem, normalmente, nos
primeiros dias após a descontinuação do tratamento, contudo houve notificações muito
raras destes sintomas em doentes que falharam uma dose inadvertidamente.
Estes sintomas são, geralmente, limitados e normalmente resolvem-se em 2 semanas,
podendo ser prolongados (2-3 meses ou mais) em alguns indivíduos. Portanto, aquando
da descontinuação do tratamento, é recomendada a diminuição gradual da sertralina por
um período de algumas semanas ou meses, conforme as necessidades do doente (ver
secção 4.2).
Acatisia/instabilidade psicomotora
A utilização de sertralina tem sido associada a desenvolvimento de acatisia, caracterizado
por uma instabilidade desagradável subjectiva ou perturbadora e necessidade de agitar,
muitas vezes acompanhada por uma incapacidade de sentar ou permanecer quieto. A
probabilidade de ocorrência é maior nas primeiras semanas de tratamento. O aumento da
dose pode ser prejudicial nos doentes que desenvolvem estes sintomas.
Disfunção hepática
A sertralina é extensivamente metabolizada pelo fígado. Um estudo farmacocinético de
doses múltiplas em doentes com cirrose hepática ligeira, estável, demonstrou um
prolongamento da semi-vida de eliminação e uma AUC e Cmax aproximadamente três
vezes superior em comparação com indivíduos saudáveis. Não foram observadas
diferenças significativas na ligação às proteínas plasmáticas entre os dois grupos. A
utilização da sertralina em doentes com doença hepática deve ser feita com precaução.
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INFARMED
Em doentes com disfunção hepática, deve ser considerada a utilização de uma dose
menor ou menos frequente. A sertralina não deve ser utilizada em doentes com disfunção
hepática grave (ver secção 4.2).
Disfunção renal
A sertralina é extensivamente metabolizada, sendo a excreção do fármaco inalterado na
urina uma via menor de eliminação. Em estudos de doentes com disfunção renal ligeira a
moderada (depuração da creatinina 30-60 ml/min), ou moderada a grave (depuração da
creatinina 10-29 ml/min) os parâmetros farmacocinéticos de doses múltiplas (AUC0-24
ou Cmax) não foram significativamente diferentes quando comparados com os grupos de
controlo. Não é necessário qualquer ajuste na dose de sertralina a administrar em função
do grau de disfunção renal.
Utilização no idoso
Mais de 700 doentes idosos (> 65 anos) participaram em ensaios clínicos O padrão e a
incidência de reacções adversas nos idosos foram semelhantes aos dos doentes mais
jovens.
Os ISRSs e os ISRNs, incluindo sertralina foram, contudo, associados a casos de
hiponatremia clinicamente significativa em doentes idosos, que poderão apresentar um
risco acrescido para este acontecimento adverso (ver Hiponatremia na secção 4.4).
Diabetes
Em doentes com diabetes, o tratamento com ISRSs pode alterar o controlo glicémico,
possivelmente devido à melhoria dos sintomas depressivos. O controlo glicémico deve
ser cuidadosamente monitorizado nos doentes em tratamento com sertralina e a dose de
insulina e/ou medicamentos hipoglicemiantes orais concomitantes poderão necessitar de
ajuste posológico.
Terapia electroconvulsiva (TEC)
Não existem estudos clínicos que estabeleçam os riscos ou os benefícios da utilização
combinada de TEC e sertralina.
Medicamentos contendo lactose
Os comprimidos de Serlin contêm o excipiente lactose mono-hidratada (ver secção 6.1),
pelo que, doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose,
deficiência de lactase ou má absorção de glucose-galactose não devem tomar este
medicamento.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Contra-indicados
Inibidores da Monoaminoxidase
IMAO irreversíveis não selectivos (selegilina)
A sertralina não deve ser utilizada em tratamento concomitante com IMAOs irreversíveis
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(não selectivos) como a selegilina. O tratamento com sertralina não deve ser iniciado no
período de, pelo menos, 14 dias após a descontinuação do tratamento com um IMAO
irreversível (não selectivo). A sertralina deve ser descontinuada, pelo menos, 7 dias antes
do início do tratamento com um IMAO irreversível (não selectivo) (ver secção 4.3).
Inibidor selectivo da MAO-A (moclobemida)
Devido ao risco de síndrome serotoninérgica, a utilização concomitante de sertralina e
um IMAO selectivo, como a moclobemida, não é recomendada. Após o tratamento com
um IMAO reversível, pode ser feito um período de descontinuação inferior a 14 dias
antes do início do tratamento com sertralina. Recomenda-se a descontinuação da
sertralina, pelo menos, 7 dias antes do início do tratamento com um IMAO reversível (ver
secção 4.3).
IMAO reversível não selectivo (linezolida)
O antibiótico linezolida é um IMAO reversível e não selectivo fraco e não deve ser
administrado a doentes tratados com sertralina (ver secção 4.3).
Foram notificadas reacções adversas graves em doentes que tinham descontinuado um
IMAO recentemente e iniciado o tratamento com sertralina, ou em tratamento recente
com sertralina descontinuada antes do início do tratamento com IMAO. Estas reacções
incluíram tremor, mioclonia, diaforese, náusea, vómitos, rubor, tonturas e hipertermia
com características semelhantes às da síndrome maligna dos neurolépticos, ataques
epilépticos e morte.
Pimozida
Foi demonstrado aumento dos níveis de pimozida, de aproximadamente 35%, num estudo
de utilização deste fármaco em dose baixa única (2 mg). Este aumento não foi associado
a alterações no ECG. No entanto, dado o estreito índice terapêutico da pimozida e uma
vez que o mecanismo desta interacção é desconhecido, a administração concomitante de
sertralina e pimozida é contra-indicada (ver secção 4.3).
A co-administração com a sertralina não é recomendada
Depressores do SNC e álcool
Em indivíduos saudáveis, a co-administração de sertralina na dose diária de 200 mg não
potenciou os efeitos do álcool, carbamazepina, haloperidol ou fenitoína, sobre o
desempenho cognitivo e psicomotor; contudo, não é recomendada a administração
concomitante de sertralina e álcool.
Outros fármacos serotoninérgicos
Ver secção 4.4.
Precauções especiais
Lítio
Num ensaio clínico controlado com placebo, efectuado em voluntários saudáveis, a co-
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administração de sertralina e lítio não alterou a farmacocinética do lítio, embora tenha
resultado num aumento do tremor relativamente ao placebo, indicando, assim, a
existência de uma possível interacção farmacodinâmica. Os doentes devem ser
adequadamente monitorizados aquando da co-administração de sertralina e lítio.
Fenitoína
Um ensaio clínico controlado com placebo, efectuado em voluntários saudáveis, sugeriu
que a administração crónica de 200 mg/dia de sertralina não causa inibição clinicamente
importante no metabolismo da fenitoína. No entanto, como algumas notificações
resultaram de elevada exposição à fenitoína em doentes a utilizar sertralina, recomenda-
se a monitorização das concentrações plasmáticas de fenitoína após o início da
terapêutica com sertralina, com ajustes adequados da dose de fenitoína. Além disso, a
administração concomitante de fenitoína pode provocar uma redução dos níveis
plasmáticos de sertralina.
Triptanos
Durante o período de pós-comercialização foram notificados casos raros de fraqueza,
hiperreflexia, descoordenação, confusão, ansiedade e agitação após a administração de
sertralina e sumatriptano. Os sintomas da síndrome serotoninérgica também podem
ocorrer com outros medicamentos da mesma classe (triptanos). Se a terapêutica
concomitante de sertralina e triptanos for clinicamente necessária, aconselha-se a
observação adequada do doente (ver secção 4.4).
Varfarina
A co-administração de sertralina, na dose diária de 200 mg, com varfarina, resultou num
pequeno, mas estatisticamente significativo, aumento no tempo de protrombina, o que
pode em alguns casos raros desequilibrar o valor de INR. Assim, o tempo de protrombina
deve ser cuidadosamente monitorizado quando se inicia ou interrompe a terapêutica com
a sertralina.
Outras interacções medicamentosas, digoxina, atenolol, cimetidina
A co-administração com cimetidina causou uma diminuição substancial na depuração da
sertralina. Desconhece-se o significado clínico destas alterações. A sertralina não teve
efeito na actividade bloqueadora beta-adrenérgica do atenolol. Não se observaram
interacções da sertralina, na dose diária de 200 mg, com a digoxina.
Fármacos que afectam a função plaquetária
O risco de hemorragia pode ser aumentado quando fármacos com efeito na função
plaquetária (ex: AINEs, ácido acetilsalicílico e ticlopidina), ou outros fármacos que
possam aumentar o risco de hemorragia, são administrados concomitantemente com
ISRSs, incluindo sertralina (ver secção 4.4).
Fármacos metabolizados pelo citocromo P450
A sertralina pode actuar como um inibidor ligeiro a moderado de CYP 2D6. A
administração crónica com 50 mg diários de sertralina mostrou um aumento moderado
(média 23%-37%) dos níveis plasmáticos de desipramina (um marcador da actividade da
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isoenzima CYP 2D6) no estado estacionário. Podem ocorrer interacções clinicamente
significativas com outros substratos da CYP 2D6 que tenham um índice terapêutico
estreito, tal como anti-arrítmicos de classe 1C como a propafenona e a flecainida, ATCs e
antipsicóticos típicos, sobretudo com doses elevadas de sertralina.
A sertralina não actua como inibidor da CYP 3A4, CYP 2C9, CYP 2C19, e CYP 1A2 em
grau clinicamente significativo. Tal foi confirmado por estudos de interacção in vivo com
substratos da CYP 3A4 (cortisol endógeno, carbamazepina, terfenadina, alprazolam),
substrato diazepam da CYP 2C19 e substratos da CYP 2C9, tolbutamida, glibenclamida e
fenitoína. Estudos in vitro indicam que a sertralina tem pouco, ou nenhum, potencial para
inibir a CYP 1A2.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Não existem estudos bem controlados na mulher grávida. Contudo, uma quantidade
substancial de dados não revelou evidência de indução de malformações congénitas
provocadas pela sertralina. Os estudos em animais revelaram evidência de efeitos na
reprodução, provavelmente devido a toxicidade materna causada pela acção
farmacodinâmica do composto e/ou acção farmacodinâmica directa do composto no feto
(ver secção 5.3).
Têm sido notificados sintomas compatíveis com as reacções de privação em alguns
recém-nascidos, cujas mães estiveram medicadas com sertralina durante a gravidez. Este
fenómeno foi igualmente observado com outros antidepressivos ISRSs. A sertralina não é
recomendada durante a gravidez, a menos que a condição clínica da mulher pressuponha
um benefício do tratamento superior ao risco potencial.
Os recém-nascidos devem ser observados caso a utilização de sertralina se mantenha nas
fases finais da gravidez, em particular no terceiro trimestre. Os seguintes sintomas podem
ocorrer nos recém-nascidos após utilização materna de sertralina nas fases finais da
gravidez: dificuldade respiratória, cianose, apneia, crises epilépticas, temperatura
instável, dificuldades de alimentação, vómito, hipoglicemia, hipertonia, hipotonia,
hiperreflexia, tremor, nervosismo, irritabilidade, letargia, choro constante, sonolência e
dificuldade em adormecer. Estes sintomas podem ser devidos a efeitos serotoninérgicos
ou sintomas de privação. Na maioria dos casos as complicações começaram
imediatamente ou pouco depois (< 24 horas) do parto.
Dados epidemiológicos sugerem que a utilização de antidepressivos ISRSs durante a
gravidez, em especial na parte final, pode aumentar o risco de hipertensão pulmonar
persistente no recém-nascido (HPPN). O risco observado foi de aproximadamente 5 casos
por 1000 gravidezes. Na população em geral ocorrem um a dois casos de HPPN por 1000
gravidezes.
Aleitamento
Os dados publicados relativamente aos níveis de sertralina no leite materno revelam a
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excreção de pequenas quantidades de sertralina e do seu metabolito N-desmetilsertralina
no leite. De um modo geral, foram encontrados níveis séricos negligenciáveis ou
indetectáveis em bebés, com excepção de um bebé com níveis séricos de cerca de 50% do
nível materno (mas sem um efeito considerável na saúde deste bebé). Até à data, não
foram notificados efeitos adversos na saúde de bebés amamentados por mulheres que
utilizem sertralina, contudo o risco não pode ser excluído. A utilização em mulheres a
amamentar não é recomendada excepto se, de acordo com a decisão do médico, o
benefício for superior ao risco.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os estudos clínicos farmacológicos demonstraram que a sertralina não afecta o
desempenho psicomotor. Contudo, como os fármacos psicotrópicos podem afectar as
capacidades mentais e físicas necessárias para a realização de tarefas potencialmente
perigosas, como seja a condução ou o uso de máquinas, os doentes devem ser avisados
dessa possibilidade.
4.8 Efeitos indesejáveis
O efeito indesejável mais frequente é náusea. No tratamento da perturbação de ansiedade
social, ocorreu disfunção sexual (falência ejaculatória) em 14% dos homens a tomar
sertralina vs 0% com placebo. Estes efeitos indesejáveis são dependentes da dose e são,
frequentemente, de natureza transitória com a continuação do tratamento.
O perfil de efeitos secundários frequentemente observado em ensaios clínicos em dupla
ocultação, controlados com placebo, em doentes com POC, perturbação de pânico, PTSD
e perturbação de ansiedade social foi semelhante ao observado em ensaios clínicos
efectuados em doentes com depressão.
A Tabela 1 apresenta as reacções adversas observadas a partir da experiência pós-
comercialização (frequência desconhecida) e ensaios clínicos controlados com placebo
(compreendendo um total de 2542 doentes no grupo da sertralina e 2145 no grupo
placebo) na depressão, POC, perturbação de pânico, PTSD e perturbação de ansiedade
social.
Algumas das reacções adversas listadas na Tabela 1 podem diminuir em intensidade e
frequência com a continuação do tratamento e não levam, geralmente, à cessação do
tratamento.
Tabela 1: Reacções Adversas
Frequência de reacções adversas observadas em ensaios clínicos controlados com placebo
na depressão, POC, perturbação de pânico, PTSD e perturbação de ansiedade social.
Análise conjunta e experiência pós-comercialização (frequência desconhecida).
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INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000 a
< 1/100)
Raros
1/10000 a
< 1/1000)
Muito raros
(< 1/10000)
Frequência
desconhecida
Infecções e infestações
Faringite
Infecção no
aparelho
respiratório
superior, rinite
Diverticulite,
gastrenterite,
otite média
Neoplasias benignas, malignas e não especificadas (incl. quistos e pólipos)
Neoplasia†
Doenças do sangue e do sistema linfático
Linfoadenopati
Leucopenia,
trombocitopeni
Doenças do sistema imunitário
Reacção
anafilactóide,
reacção
alérgica,
alergia
Doenças endócrinas
Hiperprolactin
emia,
hipotiroidismo
e síndrome de
secreção
inadequada de
Doenças do metabolismo e da nutrição
Anorexia,
aumento do
apetite*
Hipercolesterol
emia,
hipoglicemia
Hiponatremia
Perturbações do foro psiquiátrico
Insónia (19%)
Depressão*,
despersonaliza
ção, pesadelos,
ansiedade*,
Alucinação*,
euforia*,
apatia,
pensamentos
Perturbação de
conversão,
dependência
farmacológica,
Paroníria,
comportament
o/ideação
suicida***
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INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000 a
< 1/100)
Raros
1/10000 a
< 1/1000)
Muito raros
(< 1/10000)
Frequência
desconhecida
agitação*,
nervosismo,
diminuição da
libido*,
bruxismo
anómalos
perturbação
psicótica*,
agressão*,
paranóia,
ideação
suicida,
sonambulismo,
ejaculação
precoce
Doenças do sistema nervoso
Tonturas,
(11%),
Sonolência
(13%),
Cefaleia
(21%)*
Parestesia*,
tremor,
hipertonia,
disgeusia,
perturbação da
atenção
Convulsões*,
contracções
musculares
involuntárias,
alterações da
coordenação,
hipercinesia,
amnésia,
hipoestesia*,
perturbação da
fala, tonturas
posturais,
enxaqueca*
Coma*,
coreoatetose,
discinesia,
hiperestesia,
perturbação
sensorial
Perturbações
do movimento
(incluindo
sintomas
extrapiramidai
s como
hipercinesia,
hipertonia,
bruxismo ou
alteração da
marcha),
síncope.
Foram também
relatados sinais
e sintomas
associados à
síndrome
serotoninérgica
, em alguns
casos
associados à
utilização
concomitante
de fármacos
serotoninérgic
os, incluindo
agitação,
confusão,
diaforese,
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INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000 a
< 1/100)
Raros
1/10000 a
< 1/1000)
Muito raros
(< 1/10000)
Frequência
desconhecida
diarreia, febre,
hipertensão,
rigidez e
taquicardia.
Acatisia e
instabilidade
psicomotora
(ver secção
4.4)
Afecções oculares
Perturbações
visuais
Glaucoma,
distúrbio
lacrimal,
escotomas,
diplopia,
fotofobia,
hifema,
midríase*
Visão alterada
Afecções do ouvido e do labirinto
Acufenos*
Otalgia
Cardiopatias
Palpitações*
Taquicardia
Enfarte do
miocárdio,
bradicardia,
cardiopatia
Vasculopatias
Afrontamentos
Hipertensão*,
rubor
Isquemia
periférica
Alterações
hemorrágicas
(tais como
epistaxe,
hemorragia
gastrointestinal
ou hematúria)
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Bocejar*
Broncoespasm Laringoespasm
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INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000 a
< 1/100)
Raros
1/10000 a
< 1/1000)
Muito raros
(< 1/10000)
Frequência
desconhecida
o*, dispneia,
epistaxe
hiperventilação
hipoventilação,
estridor,
disfonia,
soluços
Doenças gastrointestinais
Diarreia
(18%), náuseas
(24%),
xerostomia
(14%)
abdominal*
vómitos*,
obstipação*
dispneia,
flatulência
Esofagite,
disfagia,
hemorróidas,
hipersecreção
salivar,
afecções da
língua,
eructação
Melena,
hematoquezia,
estomatite,
ulceração da
língua,
afecções dos
dentes,
glossite,
ulceração da
boca
Pancreatite
Afecções hepatobiliares
Alteração da
função
hepática
Acontecimento
s hepáticos
graves
(incluindo
hepatite,
icterícia e
insuficiência
hepática)
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Erupção
cutânea*,
hiperidrose
Edema
periorbital*,
púrpura*,
alopecia*,
suores frios,
pele seca,
urticária*
Dermatite,
dermatite
bolhosa,
erupção
folicular,
alteração da
textura do
cabelo, odor
cutâneo
Notificações
raras de
reacções
cutâneas
adversas
graves
(SCAR): ex.
Síndrome de
Stevens-
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000 a
< 1/100)
Raros
1/10000 a
< 1/1000)
Muito raros
(< 1/10000)
Frequência
desconhecida
alterado
Johnson e
necrólise
epidérmica.
Angioedema,
edema facial,
fotossensibilid
ade, reacção
cutânea,
prurido
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Mialgia
Osteoartrite,
fraqueza
muscular,
dores nas
costas,
espasmos
musculares.
Afecções
ósseas
Artralgia,
cãibras
musculares
Doenças renais e urinárias
Noctúria,
retenção
urinária*,
poliúria,
polaquiúria,
afecções da
micção
Oligúria,
incontinência
urinária*,
hesitação
urinária
Doenças dos órgãos genitais e da mama **
Falência
ejaculatória
(14%)
Disfunção
sexual,
disfunção
eréctil
Hemorragia
vaginal,
disfunção
sexual
feminina
Menorragia,
vulvovaginite
atrófica,
balano-postite,
corrimento
genital,
priapismo*,
galactorreia*
Ginecomastia,
irregularidades
menstruais
Perturbações gerais e alterações no local de administração
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000 a
< 1/100)
Raros
1/10000 a
< 1/1000)
Muito raros
(< 1/10000)
Frequência
desconhecida
Cansaço
(10%)*
Dor torácica*
Indisposição*,
arrepios,
pirexia*,
astenia*, sede
Hérnia, fibrose
no local de
injecção,
diminuição da
tolerância ao
fármaco,
alterações na
marcha,
acontecimento
s não
avaliáveis
Edema
periférico
Exames complementares de diagnóstico
Diminuição do
peso*,
aumento do
peso*
Aumento da
alanina
aminotransfera
se*, aumento
da aspartato
aminotransfera
se*, alterações
no sémen
Alterações dos
resultados
laboratoriais
clínicos,
alteração da
função
plaquetária,
aumento do
colesterol
sérico
Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações
Lesões
Procedimentos cirúrgicos e médicos
Procedimento
vasodilatação
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
Muito
Frequentes
1/10)
Frequentes
1/100 a
< 1/10)
Pouco
Frequentes
1/1000 a
< 1/100)
Raros
1/10000 a
< 1/1000)
Muito raros
(< 1/10000)
Frequência
desconhecida
Se a experiência adversa ocorreu na depressão, POC, perturbação de pânico, PTSD e perturbação
de ansiedade social, o termo utilizado foi reclassificado de acordo com os termos utilizados nos
estudos na depressão.
† Foi notificado um caso de neoplasia num doente em tratamento com sertralina, comparativamente
a nenhum caso no grupo placebo.
* estas reacções adversas também ocorreram na experiência pós-comercialização
** o denominador usa o número combinado de doentes nesse grupo de género: sertralina (1118
homens, 1424 mulheres) placebo (926 homens, 1219 mulheres)
Para POC, curto prazo, unicamente estudos de 1-12 semanas
*** Foram notificados casos de ideação/comportamento suicida notificados durante o tratamento
com sertralina ou imediatamente após a descontinuação do tratamento (ver secção 4.4)
Sintomas de privação observados na descontinuação do tratamento com sertralina
A descontinuação do tratamento com sertralina (sobretudo quando abrupta) leva
frequentemente a sintomas de privação. As reacções notificadas com maior frequência
são tonturas, perturbações sensoriais (incluindo parestesia), perturbações do sono
(incluindo insónia e sonhos intensos), agitação ou ansiedade, náuseas e/ou vómitos,
tremor e cefaleia. Estes sintomas são, geralmente, ligeiros a moderados; contudo, em
alguns doentes podem ser de intensidade grave e/ou prolongados. Portanto, quando já não
é necessário o tratamento com sertralina, a descontinuação do tratamento deve ser
efectuada através da diminuição gradual da dose (ver secções 4.2 e 4.4).
Efeitos de classe
Dados epidemiológicos, sobretudo de estudos conduzidos em doentes com idade igual ou
acima de 50 anos, evidenciam um risco aumentado de fracturas ósseas em doentes a
tomar ISRSs e antidepressivos tricíclicos. O mecanismo subjacente a este risco é ainda
desconhecido.
População idosa
Os ISRSs ou ISRNs incluindo a sertralina foram associados a casos clinicamente
significativos de hiponatremia em doentes idosos, que podem apresentar maior risco para
este acontecimento adverso (ver secção 4.4).
População pediátrica
Em mais de 600 doentes tratados com sertralina, o perfil geral de reacções adversas foi,
globalmente similar ao observado em estudos com adultos. As reacções adversas
seguintes foram notificadas em ensaios clínicos controlados (n = 281 doentes tratados
com sertralina):
Muito frequentes (
1/10): cefaleia (22%), insónia (21%), diarreia (11%), náuseas (15%).
Frequentes (
1/100 a < 1/10): dor torácica, mania, pirexia, vómitos, anorexia, labilidade
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
emocional, agressão, agitação, nervosismo, perturbações na atenção, tonturas,
hipercinesia, enxaqueca, sonolência, tremor, perturbações visuais, xerostomia, dispepsia,
pesadelos, cansaço, incontinência urinária, erupção cutânea, acne, epistaxe, flatulência.
Pouco frequentes (
1/1000 to < 1/100): prolongamento do intervalo QT no ECG,
tentativa de suicídio, convulsões, sintomas extrapiramidais, parestesia, depressão,
alucinação, púrpura, hiperventilação, anemia, alteração da função hepática, aumento da
alanina aminotransferase, cistite, herpes simplex, otite externa, otalgia, dor ocular,
midríase, indisposição, hematúria, erupção cutânea pustular, rinite, lesões, diminuição do
peso, espasmos musculares, sonhos anómalos, apatia, albuminúria, polaquiúria, poliúria,
dor na mama, alterações menstruais, alopecia, dermatite, afecções da pele, odor cutâneo
alterado, urticária, bruxismo, afrontamentos.
4.9 Sobredosagem
Toxicidade
De acordo com a evidência disponível, a sertralina tem uma larga margem de segurança
em situações de sobredosagem. Foram descritos casos de sobredosagens até 13,5 g.
Foram igualmente descritos casos fatais de sobredosagem com sertralina, sobretudo em
associação com outros fármacos e/ou álcool. Portanto, qualquer sobredosagem deve ser
tratada rapidamente.
Sintomas
Os sintomas de sobredosagem incluem efeitos secundários mediados pela serotonina, tais
como sonolência, alterações gastrointestinais (como náuseas e vómitos), taquicardia,
tremor, agitação e tonturas. Menos frequentemente, foram notificados casos de coma.
Tratamento
Não existem antídotos específicos para a sertralina. Dever-se-á estabelecer e manter uma
via aérea e assegurar uma adequada oxigenação e ventilação, se necessário. O carvão
activado, o qual pode ser utilizado com um catártico, pode ser tanto ou mais eficaz que a
lavagem gástrica e deverá ser considerado no tratamento da sobredosagem. A indução da
emese não é recomendada. Recomenda-se a monitorização dos sinais vitais e cardíacos,
bem como medidas gerais sintomáticas e de suporte.
Devido ao grande volume de distribuição da sertralina, a diurese forçada, a diálise, a
hemoperfusão e a transfusão de substituição não deverão trazer benefício.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 2.9.3 - Sistema Nervoso Central. Psicofármacos.
Antidepressores.
Código ATC: N06A B06
A sertralina é um inibidor potente e específico da recaptação neuronal da serotonina (5-
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
HT) in vitro, o que resulta na potenciação dos efeitos 5-HT em animais. Tem, somente,
um efeito muito fraco na recaptação neuronal da noradrenalina e dopamina. Em doses
clínicas a sertralina bloqueia a recaptação da serotonina a nível das plaquetas humanas.
Nos animais, a sertralina é destituída de actividade estimulante, sedativa ou
anticolinérgica, bem como de cardiotoxicidade.
Em estudos controlados com voluntários saudáveis, a sertralina não causou sedação e não
interferiu com o desempenho psicomotor. De acordo com a sua inibição selectiva da
recaptação da 5-HT, a sertralina não reforça a actividade catecolaminérgica. A sertralina
não tem nenhuma afinidade para os receptores muscarínicos (colinérgicos),
serotoninérgicos, dopaminérgicos, adrenérgicos, histaminérgicos, GABA ou
benzodiazepínicos. A administração crónica de sertralina em animais associa-se a uma
hiporegulação dos receptores cerebrais da noradrenalina, tal como se observa com outros
fármacos clinicamente eficazes para tratamento da depressão e da POC.
A sertralina não revelou qualquer potencial de abuso. Num estudo aleatorizado,
comparativo, em dupla ocultação e controlado com placebo, em que se avaliou a
probabilidade de desenvolvimento de abuso com a sertralina, alprazolam e d-anfetamina
no ser humano, a sertralina não produziu efeitos subjectivos positivos indicativos de
potencial de abuso. Pelo contrário, o alprazolam e a d-anfetamina foram classificados
com valores significativamente superiores ao placebo no que concerne às medidas de
apetência pelo fármaco, euforia e potencial de abuso. A sertralina não produziu a
estimulação nem a ansiedade associadas à d-anfetamina, nem a sedação ou a disfunção
psicomotora associadas ao alprazolam. A sertralina não funciona como reforço positivo
no macaco rhesus treinado para auto-administração de cocaína, nem substitui, como
estímulo discriminativo, a d-anfetamina ou o fenobarbital no macaco rhesus.
Ensaios Clínicos
Depressão Major
Um estudo que envolveu doentes com depressão que responderam no final de uma fase
de tratamento aberto inicial de 8 semanas com sertralina 50-200 mg/dia. Estes doentes
(n = 295) foram aleatorizados para seguimento durante 44 semanas com sertralina 50-
200 mg/dia, em dupla ocultação ou placebo. Foi observada uma menor taxa de recaída,
estatisticamente significativa, nos doentes a tomar sertralina comparativamente aos que
tomavam placebo. A dose média para os doentes que terminaram o estudo foi de
70 mg/dia. A % de doentes que responderam (definida como aqueles doentes que não
sofreram recaída) para os braços sertralina e placebo foi 83,4% e 60,8%, respectivamente.
Perturbação de Stress Pós-traumático (PTSD)
Os dados combinados de 3 estudos na PTSD, na população em geral, demonstrou uma
menor taxa de resposta em indivíduos do sexo masculino comparativamente aos do sexo
feminino. Nos dois ensaios positivos na população em geral, as taxas de resposta do sexo
masculino e feminino tratados com sertralina vs placebo foram similares (sexo feminino:
57,2% vs 34,5%; sexo masculino: 53,9% vs 38,2%). O número total de doentes do sexo
masculino e feminino dos ensaios na população em geral foi de 184 e 430,
respectivamente, pelo que os resultados nos indivíduos do sexo feminino são mais
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
robustos e os indivíduos do sexo masculino foram associados a outras variáveis baseline
(maior abuso de substâncias, maior duração, origem do trauma, etc.) que foram
correlacionadas com diminuição do efeito.
POC pediátrica
A segurança e eficácia da sertralina (50-200 mg/dia) foram examinadas no tratamento,
em ambulatório, de crianças (6-12 anos de idade) e adolescentes (13-17 anos de idade)
não-deprimidos com perturbação obsessiva compulsiva (POC). Após uma semana de
placebo em ocultação, os doentes foram aleatorizados para doze semanas de tratamento
com dose flexível de sertralina ou placebo. As crianças (6-12 anos) iniciaram o
tratamento com a dose de 25 mg. Os doentes aleatorizados para a sertralina apresentaram
uma melhoria significativamente superior do que aqueles aleatorizados para o placebo
nas escalas Children’s Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale CY-BOCS (p = 0,005),
NIMH Global Obsessive Compulsive Scale (p = 0,019) e CGI Improvement (p = 0,002).
Na CY-BOCs os valores médios iniciais e a alteração em relação aos valores iniciais para
o grupo placebo foram 22,25 ± 6,15 e -3,4 ± 0,82, respectivamente, enquanto para o
grupo da sertralina os valores médios iniciais e a alteração em relação aos valores iniciais
para o grupo placebo foram 23,36 ± 4,56 e -6,8 ± 0,87, respectivamente. Adicionalmente,
foi observada uma tendência para uma melhoria superior no grupo da sertralina do que no
grupo placebo na escala CGI Severity (p = 0,089). Os doentes que respondem, definidos
como os doentes com uma diminuição de 25%, ou superior, na CY-BOCs (a medida
primária de eficácia) desde a baseline até ao endpoint, representaram 53% dos doentes
tratados com sertralina, comparativamente a 37% dos doentes tratados com placebo
(p = 0,03).
Não existem dados de segurança e eficácia em utilização prolongada para esta população
pediátrica.
Não estão disponíveis dados relativos a crianças com idade inferior a 6 anos.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A sertralina apresenta uma farmacocinética proporcional à dose, entre os 50 mg e
200 mg. No ser humano, após dose oral única diária, de 50 a 200 mg durante 14 dias, as
concentrações plasmáticas máximas de sertralina ocorrem cerca de 4,5 a 8,4 horas após a
administração do fármaco. Os alimentos não alteram, de forma significativa, a
biodisponibilidade dos comprimidos de sertralina.
Distribuição
Aproximadamente 98% do fármaco circulante está ligado às proteínas plasmáticas.
Biotransformação
A sertralina sofre extenso metabolismo hepático de primeira passagem.
Eliminação
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
A semi-vida média da sertralina é, aproximadamente, 26 horas (22-36 horas). Consistente
com a semi-vida de eliminação terminal, existe uma acumulação de aproximadamente
duas vezes até se obterem as concentrações no estado estacionário, o qual é atingido após
uma semana de doses únicas diárias.
A semi-vida da N-desmetilsertralina é de 62 a 104 horas. A sertralina e a N-
desmetilsertralina são ambas extensivamente metabolizadas no ser humano e os
metabolitos resultantes são excretados nas fezes e na urina em partes iguais. Apenas uma
pequena quantidade (< 0,2%) de sertralina inalterada é excretada na urina.
Farmacocinética em grupos específicos de doentes
Doentes pediátricos com POC
A farmacocinética da sertralina foi estudada em 29 doentes pediátricos com 6-12 anos de
idade e 32 adolescentes com 13-17 anos de idade. Foi efectuada a titulação gradual para
uma dose diária de 200 mg em 32 dias, quer com uma dose inicial de 25 mg e
incrementos graduais, quer com uma dose inicial de 50 mg ou incrementos. Os esquemas
posológicos de 25 mg e 50 mg foram igualmente tolerados. No estado estacionário para a
dose de 200 mg, os níveis plasmáticos de sertralina no grupo de 6-12 anos de idade
foram, aproximadamente, 35% superiores comparativamente ao grupo de 13-17 anos de
idade, e 21% superior comparativamente ao grupo adulto de referência. Não foram
observadas diferenças significativas entre rapazes e raparigas relativamente à depuração.
Nas crianças, é recomendada uma dose inicial baixa e incrementos graduais de 25 mg,
sobretudo naquelas com baixo peso corporal. Nos adolescentes a administração pode ser
semelhante à dos adultos.
Adolescentes e idosos
O perfil farmacocinético nos adolescentes ou nos idosos não é significativamente
diferente do observado nos adultos com idades entre os 18 e 65 anos.
Disfunção hepática
Em doentes com dano hepático, a semi-vida da sertralina é prolongada e a AUC
encontra-se aumentada em três vezes (ver secções 4.2 e 4.4).
Disfunção renal
Em doentes com disfunção hepática moderada a grave, não foi observada acumulação
significativa de sertralina.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos
convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade
e carcinogenicidade. Os estudos de toxidade reprodutiva em animais não revelaram
evidência de teratogenicidade ou efeitos adversos na fertilidade masculina. A
fetotoxicidade observada estaria provavelmente relacionada com toxicidade materna. A
sobrevivência pós-natal e o peso corporal das crias diminuíram apenas durante os
primeiros dias após o nascimento. Foi verificado que a mortalidade pós-natal inicial era
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19-10-2018
INFARMED
devida à exposição in-utero após o dia 15 da gravidez. Os atrasos no desenvolvimento
pós-natal observados em crias de fêmeas tratadas foram provavelmente devidos a efeitos
nas fêmeas e portanto não relevantes para risco humano.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo:
Serlin 50 mg comprimidos revestidos por película e Serlin 100 mg comprimidos
revestidos por película:
Lactose mono-hidratada
Celulose microcristalina
Povidona K 29/32
Croscarmelose sódica
Estearato de magnésio.
Revestimento:
Serlin 50 mg comprimidos revestidos por película:
Hipromelose 6 cps
Dióxido de titânio (E171)
Talco
Propilenoglicol.
Serlin 100 mg comprimidos revestidos por película:
Hipromelose 6 cps
Hipromelose 15 cps
Dióxido de titânio (E171)
Talco
Propilenoglicol
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
4 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25°C.
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INFARMED
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Embalagens de 14, 20, 28 e 60 comprimidos, acondicionados em blister de PVC/PVDC-
Alu.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Decomed Farmacêutica, Lda.
Rua Sebastião e Silva, n.º 56
2745-838 Massamá
Portugal
Telefone: 214389460
Fax: 214389469
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º de registo: 5177639 – 14 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blister de
PVC/PVDC-Alu
N.º de registo: 5177647 – 20 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blister de
PVC/PVDC-Alu
N.º de registo: 5177654 – 28 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blister de
PVC/PVDC-Alu
N.º de registo: 5177662 – 60 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blister de
PVC/PVDC-Alu
N.º de registo: 5177670 – 14 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blister de
PVC/PVDC-Alu
N.º de registo: 5177704 – 20 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blister de
PVC/PVDC-Alu
N.º de registo: 5177712 – 28 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blister de
PVC/PVDC-Alu
N.º de registo: 5177720 – 60 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blister de
PVC/PVDC-Alu
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
Data da primeira autorização: 06 de Fevereiro de 2009
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO