Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
03-12-2014
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APROVADO EM
03-12-2014
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o doente
Sandostatina 0,05 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Sandostatina 0,1 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Sandostatina 0,5 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Sandostatina frasco multidose 1 mg/5 ml (0,2 mg/ml), solução injetável (s.c.) ou
concentrado para solução para perfusão (perfusão i.v.)
Octreotido
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a utilizar este medicamento
pois contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico, ou farmacêutico ou enfermeiro.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico,ou farmacêutico ou enfermeiro. Ver
secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Sandostatina e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de utilizar Sandostatina
3. Como utilizar Sandostatina
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Sandostatina
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Sandostatina e para que é utilizado
Sandostatina é um composto sintético derivado da somatostatina,uma substância
que se encontra no corpo humano que inibe os efeitos de certas hormonas tais como
a hormona do crescimento. As vantagens de Sandostatina sobre a somatostatina são
um efeito mais intenso e de maior duração.
Utiliza-se a Sandostatina
na acromegalia, uma doença em que o organismo produz um excesso de hormona
do crescimento. Normalmente, a hormona do crescimento controla o crescimento
dos tecidos, órgãos e ossos. Demasiada hormona de crescimento provoca um
aumento da dimensão dos ossos e dos tecidos, especialmente das mãos e dos pés.
Sandostatina reduz significativamente os sintomas da acromegalia, que incluem dor
de cabeça, transpiração excessiva, falta de sensibilidade nas mãos e nos pés,
cansaço e dores articulares.
para aliviar os sintomas associados com alguns tumores do trato gastrointestinal (p.
tumores
carcinóides,
VIPomas,
glucagonomas,
gastrinomas,
insulinomas,).
Nestas doenças, existe produção excessiva de algumas hormonas específicas e
outras substâncias pelo estômago, intestinos ou pâncreas. Esta produção excessiva
altera o equilíbrio hormonal natural do organismo e resulta numa variedade de
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sintomas tais como rubores, diarreia, pressão arterial baixa, eritema e perda de
peso. O tratamento com Sandostatina ajuda a controlar estes sintomas.
Para
prevenir
complicações
após
cirurgia
pancreática.
tratamento
Sandostatina ajuda a reduzir a probabilidade de complicações (p. ex: abcesso no
abdómen, inflamação do pâncreas) após a cirurgia.
para parar hemorragia e prevenir recidivas de hemorragias devidas a ruturas de
varizes gastro esofágicas em doentes com cirrose (unma doença crónica do fígado).
tratamento
com Sandostatina
ajuda
controlar
a hemorragia e
reduzir
necessidade de transfusão.
para tratar tumores hipofisários que produzem demasiada hormona estimulante da
tiroide
(TSH).
Demasiada
hormona
estimulante
tiroide
(TSH)
provoca
hipertiroidismo.
Sandostatina é utilizada no tratamento de pessoas com tumores hipofisários que
produzem demasiada hormona estimulante da tiroide (TSH).
quando outros tipos de tratamento (cirurgia ou radioterapia) não são adequados ou
não funcionaram;
após radioterapia, para cobrir o período até a radioterapia se tornar completamente
eficaz.
2. O que precisa de saber antes de utilizar Sandostatina
Não utilize Sandostatina:
se tem alergia (hipersensibilidade) a octreotido ou a qualquer outro componente
deste medicamento (indicados na secção 6).
Advertências e precauções
Fale com o seu médico antes de utilizar Sandostatina:
informe o seu médico se sofre ou já sofreu de cálculos (pedras) na vesícula, pois o
uso prolongado de Sandostatina pode resultar na sua formação. O seu médico pode
querer avaliar a sua vesícula periodicamente.
Se tiver problemas com os seus níveis de açúcar no sangue, quer sejam demasiado
altos (diabetes) ou demasiado baixos (hipoglicemia). Quando Sandostatina é usada
no tratamento de varizes esofágicas é obrigatória a monitorização do nível de açúcar
no sangue.
se tem uma história de privação de vitamina B12, o seu médico pode querer
monitorizar os seus níveis de vitamina B12 periodicamente.
Análises ou exames
Se está em tratamento prolongado com Sandostatina, o seu médico poderá querer
monitorizar a função da sua tiroide periodicamente.
O seu médico irá monitorizar a função do seu fígado.
Crianças
A experiência de utilização de Sandostatina em crianças é limitada.
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Outros medicamentos e Sandostatina
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a utilizar, ou tiver utilizado
recentemente, ou se vier a utilizar outros medicamentos.
Geralmente pode continuar a tomar outros medicamentos durante o tratamento com
Sandostatina. Contudo, existem casos descritos de certos medicamentos que foram
afetados
pela
toma
simultânea
Sandostatina
como
sejam:
cimetidina,
ciclosporina,bromocriptina, quinidina e terfenadina.
estiver
tomar
outros
medicamentos
para
controlar
pressão
arterial
(bloqueadores beta ou bloqueadores dos canais de cálcio) ou agentes para controlar
o equilíbrio de fluidos e eletrólitos, o seu médico pode considerar necessários ajustes
de dose.
Se é diabético, o seu médico pode necessitar de ajustar a dose de insulina.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico antes de tomar este medicamento.
Sandostatina só deve ser usada durante a gravidez se for realmente indispensável.
As mulheres com potencial para engravidar devem utilizar um método contracetivo
efetivo durante o tratamento.
Não deve amamentar enquanto está a utilizar Sandostatina. Não se sabe se
Sandostatina passa para o leite materno.
Condução de veículos e utilização de máquinas
O efeito de Sandostatina sobre a capacidade de condução de veículos ou utilização
máquinas
inexistente
negligenciável.
Contudo,
alguns
efeitos
secundários que pode sentir enquanto utiliza Sandostatina, tais com dor de cabeça e
cansaço, podem reduzir a sua capacidade de conduzir e utilizar máquinas com
segurança.
3. Como utilizar Sandostatina
Utilize
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Dependendo da condição a tratar, a Sandostatina é administrada por:
injecção subcutânea (sob a pele) ou
por perfusão intravenosa (numa veia).
Se sofrer de cirrose hepática (doença hepática crónica), o seu médico pode
necessitar de lhe ajustar a dose de manutenção.
O seu médico ou enfermeiro explicar-lhe-á como injetar Sandostatina sob a pele,
mas a perfusão intravenosa deve ser sempre efetuada por um profissional de saúde.
Injeção subcutânea
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As melhores áreas para injecção são a parte superior dos braços, coxas e abdómen.
Escolha um local diferente para cada injecção de modo a não irritar uma área
particular.
Doentes que efectuem auto-administração das injeções subcutâneas deverão receber
instruções precisas do médico ou do enfermeiro.
Se guardar o medicamento no frigorífico, recomenda-se que a solução atinja a
temperatura ambiente antes de ser administrada. Isto vai reduzir a dor no local da
injeção. Pode aquecê-la nas mãos mas não aquecer de outro modo.
Algumas pessoas sentem dor no local da injeção subcutânea. Esta dor dura
geralmente um pequeno período de tempo. Se isto lhe acontecer, pode alivir a dor
esfregando suavemente o local da injeção durante alguns segundos.
Antes de utilizar Sandostatina observe a solução e verifique se existem partículas ou
alterações da cor. Não utilizar se observar alguma coisa anormal.
Para prevenir a possibilidade de contaminação recomenda-se que a tampa de
borracha do frasco multidose não seja perfurada mais que 10 vezes.
Se utilizar mais Sandostatina do que deveria
Não
foram
notificadas
reações
adversas
graves
após
sobredosagem
Sandostatina.
Os sintomas de sobredosagem são: batimento cardíaco irregular, baixa pressão
arterial, paragem cardíaca, hipóxia cerebral, dor epigástrica forte, amarelecimento
da pele e olhos, náuseas, perda de apetite, diarreia, fraqueza, cansaço, falta de
energia, perda de peso, inchaço abdominal, desconforto e acidose láctica.
Se pensa que pode ter sofrido uma sobredosagem e caso sinta estes sintomas,
informe imediatamente o seu médico.
Caso se tenha esquecido de utilizar Sandostatina
Caso seja esquecida uma injeção, recomenda-se que seja administrada logo que se
lembre, continuando-se o tratamento como normalmente. Não haverá problema se
se atrasar uma dose uns dias mas poderão reaparecer alguns sintomas até entrar de
novo no esquema de tratamento.
Não administre uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de
tomar.
Se parar de utilizar Sandostatina
Se interromper o tratamento com Sandostatina os sintomas podem reaparecer. Por
esse motivo, não pare de utilizar Sandostatina a menos que o seu médico lhe diga
para o fazer.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico, ou farmacêutico ou enfermeiro.
4. Efeitos secundários possíveis
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Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Alguns efeitos secundários podem ser graves. Informe o seu médico imediatamente
se sentir algum dos seguintes:
Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em 10 pessoas):
Cálculos biliares, causando dor de costas súbita.
Níveis elevados de açúcar no sangue.
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas):
Redução da atividade da tiroide (hipotiroidismo) provocando alterações no batimento
cardíaco, no apetite ou no peso; cansaço, sensação de frio ou inchaço na parte da
frente do pescoço.
Alterações nos testes de avaliação da função da tiroide.
Inflamação da vesicular biliar (colecistite); os sintomas podem incluir dor na parte
superior direita do abdomen, febre, náuseas, amarelecimento da pele e dos olhos
(ictrícia).
Níveis reduzidos de açúcar no sangue.
Intolerância à glucose.
Batimento cardíaco lento.
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas):
Sede, diminuição da quantidade de urina, urina escura e pele seca com vermelhidão.
Batimento cardíaco acelerado.
Outros efeitos secundários graves
Reações de hipersensibilidade (alergia) incluindo eritema cutâneo.
Um tipo de reação alérgica (anafilaxia) que causa dificuldades em respirar ou
tonturas.
Uma inflamação da glândula pancreática (pancreatite); os sintomas podem incluir
dor súbita na parte superior do abdomen, náuseas, vómitos, diarreia.
Inflamação do fígado (hepatite); os sintomas podem incluir amarelecimento da pele
e dos olhos (icterícia), náuseas, vómitos, perda de apetite, sensação geral de mal-
estar, prurido, coloração ligeira da urina.
Batimento cardíaco irregular.
Informe o seu médico imediatamente se sentir algum dos efeitos secundários
mencionados acima.
Outros efeitos secundários:
Informe o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro se sentir algum dos efeitos
secundários mencionados abaixo. São geralmente ligeiros e tendem a desaparecer
com a continuação do tratamento.
Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em 10 pessoas):
Diarreia.
Dor abdominal.
Náuseas.
Obstipação.
Flatulência (gases).
Dor de cabeça.
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Dor no local da injeção.
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas):
Desconforto gástrico após as refeições (dispepsia).
Vómitos.
Sensação de enfartamento no estômago.
Fezes gordurosas.
Fezes moles.
Descoloração das fezes.
Tonturas.
Falta de apetite.
Alteração dos testes de função hepática.
Queda de cabelo.
Falta de ar.
Fraqueza.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, fale com o seu médico, ou farmacêutico ou
enfermeiro.
Algumas pessoas sentem dor no local da injeção subcutânea. Esta dor dura
geralmente um pequeno período de tempo. Se isto lhe acontecer, pode alivir a dor
esfregando suavemente o local da injeção durante alguns segundos.
Se administrar Sandostatina através de injeção subcutânea, o risco de efeitos
secundários gastrointestinais pode ser reduzido se evitar refeições próximas da
administração.
Recomenda-se
portanto
injetar
Sandostatina
intervalo
refeições ou ao deitar.
Comunicação de efeitos secundários
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P.
através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a
fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Sandostatina
Conservar no frigorífico (2ºC – 8ºC).
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
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Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior, após “EXP”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
Para
armazenagem
prolongada
ampolas
frascos
multidose
Sandostatina deverão ser guardados a temperaturas entre 2 e 8ºC, dentro da
embalagem exterior de cartão, de modo a proteger da luz.
Não congelar
Para uso diário as ampolas podem ser conservadas a temperatura inferior a 30ºC e
os frascos a temperatura inferior a 25ºC, num máximo de 2 semanas.
As ampolas não contêm qualquer conservante, por isso quando se abrem devem ser
imediatamente utilizadas; qualquer resto de produto deve ser desperdiçado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Sandostatina
Sandostatina 0,05 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Sandostatina 0,1 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Sandostatina 0,5 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
- A substância ativa é o octreotido.
Os outros componentes são ácido láctico, manitol, bicarbonato de sódio e água para
injetáveis. A forma frasco-ampola multidose contém ainda fenol
Sandostatina frasco multidose 1 mg/5 ml (0,2 mg/ml), solução injetável (s.c.) ou
concentrado para solução para perfusão (perfusão i.v.)
- A substância ativa é o octreotido.
- Os outros componentes são ácido láctico, manitol, bicarbonato de sódio e água
para injetáveis e fenol.
Qual o aspeto de Sandostatina e conteúdo da embalagem
A Sandostatina apresenta-se em embalagens de 5 ampolas de 1 ml contendo 0,05
mg, de 0,1 mg ou de 0,5 mg de octreotido, e em embalagens de 1 frasco ampola
multidose de 5 ml contendo 1 mg de octreotido.
Sandostatina é uma solução injetável que dependendo da condição a tratar é
administrada por via subcutânea (s.c.) ou por perfusão intravenosa (i.v.).
A solução é transparente e incolor.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Novartis Farma - Produtos Farmacêuticos, SA
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, n.º 10E
Taguspark
2740-255 Porto Salvo
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INFARMED
Fabricante:
Novartis Farmacéutica, S.A.
Ronda de Santa Maria, 158
E-08210 Barberá del Vallés - Barcelona
Espanha
Novartis Farma - Produtos Farmacêuticos, S.A.
Av. Professor Doutor Cavaco Silva, 10 E, Taguspark
2740-255 Porto Salvo
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) com os seguintes denominações:
Austria,
Bulgaria,
Cyprus,
Czech
Republic,
Denmark,
Estonia, Finland, Germany, Greece, Hungary, Iceland,
Ireland,
Latvia,
Lithuania,
Malta,
Norway,
Poland,
Romania,
Slovak
Republic,
Slovenia,
Spain,
Sweden,
United Kingdom
Sandostatin
Belgium, France
Sandostatine
Luxembourg
Sandostatin
Sandostatine
The Netherlands
Sandostatine
Italy, Portugal
Sandostatina
Este folheto foi revisto pela última vez em
A informação que se segue destina-se apenas aos profissionais de saúde:
Perfusão intravenosa (para profissionais de saúde)
A Sandostatina (acetato de octreotido) é física e químicamente estável durante
24 horas em soluções de soro fisiológico estéril ou soluções de dextrose (glucose) a
5% em água, estéreis. Contudo, dado que a Sandostatina pode afetar a homeostase
glucose,
recomenda-se
sejam
usadas
soluções
soro
fisiológico
preferencialmente às soluções de dextrose. As soluções diluídas são química e
fisicamente estáveis durante, no mínimo, 24 horas a temperatura inferior a 25ºC. De
ponto
vista
microbiológico,
seria
preferível
usar
solução
diluida
imediatamente. Se a solução não for usada imediatamente, a armazenagem anterior
à sua administração é da responsabilidade do utilizador e deve ser efetuada entre
2 e 8ºC. Antes da administração a solução deve atingir novamente a temperatura
ambiente
O tempo acumulado entre a reconstituição, diluição com solvente de perfusão,
armazenagem no frigorífico e fim da administração não deve exceder as 24 horas.
Nos casos em que a Sandostatina se destina a administração por perfusão i.v., o
conteúdo de uma ampola de 0,5 mg deve ser normalmente dissolvido em 60 ml de
soro fisiológico salino, e a solução resultante deve ser perfundida por meio de uma
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bomba de perfusão. Este procedimento deve ser repetido tantas vezes quantas as
necessárias até que a duração prescrita para o tratamento seja alcançada.
Antes
utilizar
ampola
Sandostatina,
inspecione-a
visualmente
para
verificação de eventual alteração de côr ou existência de partículas. Não utilize se
notar algo estranho.
Para prevenir a possibilidade de contaminação recomenda-se que a tampa de
borracha do frasco multidose não seja perfurada mais de 10 vezes.
A dose de Sandostatina depende da condição a tratar.
Como utilizar Sandostatina
A dose de Sandostatina depende da condição a tratar.
Acromegalia
O tratamento inicia-se geralmente com 0,05 a 0,1 mg de 8 em 8 horas ou de 12 em
12 horas por injeção subcutânea. Os ajustes devem ser efetuados em função do
efeito e alívio dos sintomas (tais como cansaço, suores e dor de cabeça). Na maioria
doentes
dose
ótima
diária
será
0,1 mg
3 vezes/dia.
Não
deverá
ultrapassada a dose máxima de 1,5 mg/dia.
Tumores do trato gastrointestinal
O tratamento inicia-se geralmente com 0,05 mg uma ou duas vezes por dia por
injeção subcutânea. Dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade, pode
aumentar-se a dose gradualmente para 0,1 a 0,2 mg, 3 vezes/dia. Nos tumores
carcinoides, a terapêutica deve ser descontinuada se não se verificarem melhorias
após 1 semana de tratamento com a dose máxima tolerada.
Complicações após cirurgia pancreática
A dose habitual é de 0,1 mg 3 vezes/dia por injeção subcutânea durante1 semana,
começando pelo menos 1 hora antes da cirurgia.
Varizes gastro-esofágicas hemorrágicas
A dose recomendada é 25 micrograms/hora durante 5 dias por perfusão intravenosa.
Durante o tratamento é necessária a monitorização do nível de açúcar no sangue.
Adenomas hipofisários secretores de TSH
A dose geralmente mais eficaz é 100 microgramas três vezes por dia por injeção
subcutânea. A dose pode ser ajustada de acordo com as respostas das hormonas
TSH e tiroide. São necessários pelo menos 5 dias de tratamento para avaliar a
eficácia.
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RESUMO DAS CARACTERISTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sandostatina 0,05 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Sandostatina 0,1 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Sandostatina 0,5 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Sandostatina frasco multidose 1 mg/5 ml (0,2 mg/ml), solução injetável (s.c.) ou
concentrado para solução para perfusão (perfusão i.v.)
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
A substância ativa é acetato de octreotido
Sandostatina 0,05 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)Cada ampola de 1 ml de solução injetável
contém acetato de octreotido correspondendo a 0,05 mg de octreotido.
Sandostatina 0,1 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Cada
ampola
solução
injetável
contém
acetato
octreotido
correspondendo a 0,1 mg de octreotido.
Sandostatina 0,5 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Cada ampola de 1 ml de solução injetável contém de acetato de octreotido
correspondendo a 0,5 mg de octreotido.
Sandostatina 1 mg/5 ml (0,2 mg/ml), solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Cada frasco multidose de 5 ml de solução injetável contém acetato de octreotido
correspondendo a 0,2 mg/ml de octreotido.
Excipientes com efeito conhecido:
Sódio - 1,15 mg (sob a forma de bicarbonato de sódio)
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Solução injetável.
Solução transparente e incolor.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
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Para o controlo sintomático e redução dos níveis plasmáticos da hormona do
crescimento
(GH)
IGF-1
doentes
acromegália
não
estão
adequadamente controlados pela cirurgia ou radioterapia. Sandostatina também está
indicada em doentes acromegálicos que não podem ou não querem recorrer à
cirurgia ou no período intermédio até que a radioterapia mostre total eficácia.
Para o alívio dos sintomas associados com tumores endócrinos gastro-entero-
pancreáticos (GEP) funcionais, p. ex. tumores carcinoides com características de
síndrome carcinoide (ver secção 5.1).
A Sandostatina não é uma terapêutica antitumoral, não sendo por isso curativa
nestes doentes.
Prevenção de complicações após cirurgia pancreática.
Tratamento de emergência das hemorragias devidas a varizes esofágicas e proteção
das suas recidivas, em doentes com cirrose. A Sandostatina deve ser usada em
associação com tratamento específico, tal como escleroterapia endoscópica.
Tratamento de adenomas hipofisários secretores de TSH:
quando a secreção não normalizou após cirurgia e/ou radioterapia;
em doentes para quem a cirurgia não é adequada;
em doentes irradiados até a radioterapia ser eficaz.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Acromegalia
No início recomendam-se doses de 0,05 a 0,1 mg por injeção subcutânea (s.c.) de 8
em 8 horas ou de 12 em 12 horas. Os ajustes da dose deverão ser baseados nas
avaliações mensais dos níveis de GH e IGF-1 circulantes (objetivo: GH < 2,5 ng/ml;
IGF-1
dentro
parâmetros normais), nos
sintomas
clínicos,
como
tolerabilidade. Na maioria dos doentes a dose ótima diária é de 0,3 mg. Não deverá
ser ultrapassada a dose máxima de 1,5 mg por dia. Para doentes com uma dose
estável de Sandostatina, a avaliação da GH deve ser efetuada de 6 em 6 meses.
Se ao fim de 3 meses de tratamento com Sandostatina não se observarem reduções
significativas nos níveis de GH e se não se verificarem melhorias dos sintomas
clínicos, a terapêutica deverá ser interrompida.
Tumores endócrinos gastro-entero-pancreático
Inicialmente
0,05
duas
vezes
através
injeção
s.c..
Dependendo da resposta clínica, do efeito nos níveis das hormonas produzidas por
tumores, (em caso de tumores carcinoides, dependendo também da excreção
urinária de ácido 5-hidroxi-indol-acético) e da tolerabilidade, a posologia poderá
gradualmente ser aumentada para 0,1 a 0,2 mg, 3 vezes por dia. Em condições
excecionais podem ser necessárias doses mais elevadas. As doses de manutenção
devem ser ajustadas individualmente.
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Em tumores carcinoides, se não ocorrer uma resposta benéfica com o tratamento de
Sandostatina na dose máxima tolerada, no intervalo de 1 semana, a terapêutica
deve ser descontinuada.
Complicações após cirurgia pancreática
0,1 mg 3 vezes por dia por injeção s.c. durante 7 dias consecutivos, com início no
dia da cirurgia e pelo menos 1 hora antes da laparotomia.
Varizes gastro-esofágicas hemorrágicas
25 microgramas/hora, durante 5 dias, por perfusão I.V. contínua. A Sandostatina
pode ser administrada diluída em soro fisiológico.
Em doentes cirróticos com varizes esofágicas, a Sandostatina tem sido bem tolerada
quando administrada em perfusão I.V. contínua, em doses até 50 microgramas/hora,
durante 5 dias.
Tratamento de adenomas hipofisários secretores de TSH
A dose geralmente mais eficaz é 100 microgramas três vezes por dia, por injeção
s.c. A dose pode ser ajustada de acordo com a resposta de TSH e a tiroide. Serão
necessários pelo menos 5 dias de tratamento para avaliar a eficácia.
Utilização em idosos
Não
existe
evidência
redução
tolerabilidade
necessidade
ajuste
posológico em doentes idosos tratados com Sandostatina.
Utilização em crianças
A experiência da utilização de Sandostatina em crianças é limitada.
Utilização em doentes com afeção hepática
Em doentes com cirrose hepática, a semivida do fármaco pode estar aumentada,
necessitando de um ajuste na dose de manutenção.
Utilização em doentes com compromisso renal
O compromisso renal não afetou a exposição total (AUC) a octreotido quando
administrado por via subcutânea, como Sandostatina. Por esse motivo, não é
necessário ajustar a posologia de Sandostatina.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados
na secção 6.1.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Geral
Atendendo a que os tumores hipofisários secretores da GH podem por vezes
expandir-se, produzindo complicações graves (p.ex. alterações do campo visual), é
essencial que todos os doentes sejam cuidadosamente monitorizados. Se existir
evidência
expansão
tumor,
devem
considerar-se
procedimentos
alternativos.
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Os benefícios terapêuticos na redução dos níveis de hormona de crescimento (GH) e
normalização
concentração
fator 1
análogo
insulina
(IGF-1)
mulheres acromegálicas podem potencialmente restaurar a fertilidade. Assim, as
mulheres com potencial para conceber devem ser aconselhadas a usar métodos
contracetivos adequados, se necessário, durante o tratamento com octreotido (ver
secção 4.6).
função
tiroideia
deve
monitorizada
doentes
receber
tratamento
prolongado com octreotido.
A função hepática deve ser monitorizada durante o tratamento com octreotido.
Acontecimentos cardiovasculares
Foram notificados casos pouco frequentes de bradicardia. Podem ser necessários
ajustes de dose de alguns fármacos, tais como bloqueadores beta, bloqueadores dos
canais de cálcio ou agentes que controlam o equilíbrio de fluidos e eletrólitos (ver
secção 4.5).
Acontecimentos biliares e relacionados
octreotido
inibe
secreção
colecistoquinina,
resultando
reduzida
contractilidade da vesicula biliar e num aumento do risco de formação de sedimentos
e cálculos biliares. Foi notificado o desenvolvimento de cálculos biliares em 15 a 30%
dos doentes submetidos a tratamento prolongado com Sandostatina. A prevalência
na população em geral é de cerca de 5 a 20%. Consequentemente recomenda-se o
exame ecográfico da vesícula antes e durante (com intervalos de cerca de 6 a 12
meses) o tratamento com Sandostatina. Se surgirem cálculos, estes são geralmente
assintomáticos; os cálculos sintomáticos devem ser tratados por terapêutica de
dissolução com ácidos biliares ou através de cirurgia.
Tumores endócrinos gastro entero pancreáticos (GEP)
Durante o tratamento de tumores endócrinos GEP, podem existir ocasiões raras de
fuga repentina de controlo sintomático pela Sandostatina, com rápida recorrência de
sintomas graves. Se o tratamento for interrompido os sintomas podem piorar ou
recorrer.
Metabolismo da glucose
Devido à sua ação inibitória sobre a hormona do crescimento e sobre a libertação de
glucagom e de insulina, Sandostatina pode afetar a regulação de glucose. A
tolerância pós-prandial à glucose pode ser reduzida e em casos esporádicos e como
resultado
administração
crónica,
poderá
haver
indução
estado
hiperglicemia persistente. Também se tem observado hipoglicemia.
Em doentes com insulinomas, o octreotido, devido à sua maior potência relativa em
inibir a secreção de GH e de glucagom do que a de insulina, e devido à menor
duração da sua ação inibitória na insulina, pode aumentar a intensidade e prolongar
a duração da hipoglicemia. Estes doentes devem ser atentamente monitorizados
durante o início do tratamento com Sandostatina e em cada alteração de dosagem.
APROVADO EM
03-12-2014
INFARMED
Flutuações acentuadas da glicemia, poderão ser reduzidas com a administração de
doses menores mas mais frequentes.
As necessidades de insulina em doentes com terapêutica para a diabetes mellitus
tipo I podem estar reduzidas devido à administração de Sandostatina. Em doentes
não diabéticos e diabéticos tipo II com reservas de insulina parcialmente intactas, a
administração de Sandostatina poderá resultar num aumento da glicemia pós-
prandial.
Recomenda-se
isso
monitorização
tolerância
glucose
tratamento antidiabético.
Varizes esofágicas
Dado que, após os episódios hemorrágicos de varizes esofágicas, existe um risco
aumentado
para
desenvolver
diabetes
insulino-dependente
para
haver
alterações nas necessidades de insulina em doentes com diabetes pré-existente,
torna-se obrigatória uma monitorização adequada da glicemia.
Reações no local de administração
Num estudo toxicológico efetuado em ratos predominantemente machos, com a
duração de 52 semanas foram observados sarcomas no local da injeção s.c., mas
apenas com a dose mais elevada (cerca de 8 vezes a dose máxima empregue no ser
humano com base na área de superfície corporal). Num estudo toxicológico de 52
semanas, efetuado em cães, não ocorreram lesões hiperplásicas ou neoplásicas no
local da injeção s.c.. Não foi relatado nenhum caso de formação tumoral nos locais
de injeção em doentes tratados com Sandostatina por períodos até 15 anos. Todas
as informações disponíveis até ao presente indicam que os resultados obtidos em
ratos são específicos da espécie não tendo significado para a utilização do fármaco
no ser humano (ver secção 5.3).
Nutrição
O octreotido pode alterar a absorção de dietas ricas em gorduras em alguns doentes.
Foram observadas diminuições dos níveis de vitamina B12 e testes de Schilling
anormais nalguns doentes tratados com octreotido. Em doentes com história de
privação de vitamina B12, recomenda-se monitorização dos níveis de vitamina B12
durante o tratamento com Sandostatina.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Podem ser necessários ajustes de dose de alguns fármacos, tais como bloqueadores
beta, bloqueadores dos canais de cálcio ou agentes que controlam o equilíbrio de
fluídos e eletrólitos aquando da administração concomitante de Sandostatina (ver
secção 4.4).
Podem ser necessários ajustes de dose de insulina e medicamentos antidiabéticos
aquando co-administração de Sandostatina (ver secção 4.4).
Verificou-se que a octreotido reduz a absorção intestinal de ciclosporina e atrasa a
absorção da cimetidina.
APROVADO EM
03-12-2014
INFARMED
administração
concomitante
octreotido
bromocriptina
aumenta
biodisponibilidade da bromocriptina.
Os poucos dados publicados indicam que os análogos da somatostatina podem
reduzir a depuração metabólica de compostos que se sabe serem metabolizados
pelas enzimas do citocromo P450,o que pode ser atribuído à supressão da hormona
de crescimento. Como não se pode excluir que a octreotido tenha este efeito,
recomenda-se
precaução
utilização
outros
fármacos
metabolizados
principalmente pela CYP3A4 e que poderão ter um baixo índice terapêutico (por ex.
quinidina, terfenadina).
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
A quantidade de dados sobre a utilização de octreotido em mulheres grávidas, é
limitada (menos de 300 gravidezes expostas), e em aproximadamente um terço dos
casos os resultados da gravidez são desconhecidos. A maioria dos relatórios foram
recebidos na experiência pós-comercialização de octreotido e mais de 50% dos
relatados foram casos de doentes com acromegalia. A maioria das mulheres
estiveram expostas a octreotido durante o primeiro trimestre da gravidez e as doses
variaram de 100-1200 microgramas/dia de Sandostatina s.c. ou 10-40 mg/mês de
Sandostatina LAR. Foram notificadas anomalias congénitas em cerca de 4% dos
casos de gravidez dos quais não se conhecem os resultados. Não existe suspeita de
relação causal com octreotido nestes casos.
Os estudos em animais não indicam efeitos nefastos diretos ou indiretos no que
respeita a toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3).
Como medida de precaução, é preferível evitar a utilização de Sandostatina durante
a gravidez (ver secção 4.4).
Amamentação
Desconhece-se se octreotido é excretado no leite humano. Estudos em animais
mostraram excreção de octreotido no leite. As doentes não devem amamentar
durante o tratamento com Sandostatina.
Fertilidade
Desconhece-se se o octreotido tem efeito sobre a fertilidade humana. Observou-se
atraso na descida dos testículos nos machos de ninhadas de fêmeas tratadas durante
a gravidez e a lactação. O octreotido, contudo, não afetou a fertilidade em ratos
machos e fêmeas com doses até 1 mg/kg peso corporal por dia (ver secção 5.3).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de Sandostatina sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são
nulos ou desprezáveis. Os doentes devem ser aconselhados a ter cautela a conduzir
ou utilizar máquinas se sentirem tonturas, astenia/fadiga ou dor de cabeça durante o
tratamento com Sandostatina.
APROVADO EM
03-12-2014
INFARMED
4.8 Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
As reações adversas mais frequentemente relatadas durante o tratamento com
octreotido incluem distúrbios gastrointestinais, do sistema nervoso, hepatobiliares,
do metabolismo e nutricionais.
As reações adversas mais frequentemente relatadas nos ensaios clínicos com
octreotido foram diarreia, dor abdominal, náuseas, flatulência, dor de cabeça,
colelitíase, hiperglicemia e obstipação. Outras reações adversas frequentemente
relatadas foram tonturas, dor localizada, sedimento biliar, disfunções da tiroide (p.
ex. diminuição da hormona estimulante da tiroide [TSH], diminuição da T4 total, e
diminuição da T4 livre), fezes moles, intolerância à glucose, vómitos, astenia e
hipoglicemia.
Lista tabulada de reações adversas
seguintes
reações
adversas
medicamentosas,
listadas
Tabela 1,
foram
acumuladas de ensaios clínicos com octreotido:
As reacões adversas medicamentosas (Tabela 1) são apresentadas por ordem de
frequência, as mais frequentes em primeiro lugar, de acordo com a seguinte
convenção:
Muito
frequentes
(≥1/10);
Frequentes
(≥1/100,
<1/10);
Pouco
frequentes
(≥1/1.000,
<1/100);
Raros
(≥1/10.000,
<1/1.000)
Muito
raros
(<1/10.000), incluindo notificações isoladas. Dentro de cada grupo de frequência as
reações adversas são listadas por ordem decrescente de gravidade.
Tabela 1
Reações adversas medicamentosas relatadas em ensaios clínicos
Doenças gastrointestinais
Muito frequentes:
Diarreia,
abdominal,
náuseas,
obstipação,
flatulência.
Frequentes:
Dispepsia, vómitos, distensão abdominal, esteatorreia,
fezes moles, descoloração das fezes.
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes:
Cefaleias.
Frequentes:
Tonturas.
Doenças endócrinas
Frequentes:
Hipotiroidismo, alterações tiróideias (ex. diminuição da
TSH, diminuição da T4 Total e diminuição da T4 Livre).
Afeções hepatobiliares
Muito frequentes:
Colelitíase.
Frequentes:
Colecistite, sedimento biliar, hiperbilirubinemia.
Doenças do metabolismo e da nutrição
Muito frequentes:
Hiperglicemia.
Frequentes:
Hipoglicemia, intolerância à glucose, anorexia.
Pouco frequentes:
Desidratação.
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Muito frequentes:
Reações no local da injeção.
Frequentes:
Astenia.
Exames complementares de diagnóstico s
APROVADO EM
03-12-2014
INFARMED
Frequentes:
Elevação dos níveis das transaminases.
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Frequentes:
Prurido, eritema cutâneo, alopecia.
Doenças respiratórias
Frequentes:
Dispneia.
Cardiopatias
Frequentes:
Bradicardia
Pouco frequentes:
Taquicardia.
Pós - comercialização
reações
adversas espontâneas
apresentadas
na Tabela 2 foram notificadas
voluntariamente e nem sempre é possível estabelecer a frequência ou uma relação
causal com a exposição ao medicamento.
Tabela 2
Reações adversas medicamentosas de notificação espontânea
Doenças do sistema imunitário
Anafilaxia, alergia/reações de hipersensibilidade.
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Urticária
Afeções hepatobiliares
Pancreatite aguda, hepatite aguda sem colestase, hepatite colestática, colestase,
icterícia, icterícia colestática.
Cardiopatias
Arritmias.
Exames complementares de diagnóstico
Elevação dos níveis de fosfatase alcalina e gama glutamil transferase.
Descrição de reações adversas selecionadas
Doenças gastrointestinais
Em raras circunstâncias, os efeitos secundários gastrointestinais podem assemelhar-
se a obstrução intestinal, com distensão abdominal progressiva, dor epigástrica
grave, sensibilidade abdominal e defesa.
Sabe-se que a frequência dos acontecimentos adversos gastrointestinais diminui ao
longo do tempo com a continuação do tratamento.
A ocorrência de efeitos secundários gastrointestinais pode ser reduzida evitando
tomar refeições na altura da administração de Sandostatina s.c., ou seja, efetuando
a administração entre refeições ou à hora de deitar.
Alterações no local de administração
Dor ou sensação de picada, formigueiro ou queimadura no local de administração
s.c., com vermelhidão e inchaço, raramente durando mais de 15 minutos. O
desconforto local pode ser reduzido deixando a solução atingir a temperatura
ambiente antes de ser administrada ou injetando um volume menor utilizando uma
solução mais concentrada.
Doenças do metabolismo e da nutrição
APROVADO EM
03-12-2014
INFARMED
Ainda que possa aumentar a excreção de gordura nas fezes não há evidência até à
data de que o tratamento prolongado com octreotido tenha conduzido a deficiência
nutricional devida a mal absorção.
Enzimas pancreáticas
Em circunstâncias muito raras, foi descrita pancreatite aguda nas primeiras horas ou
dias de tratamento com Sandostatina s.c. que reverteu com a descontinuação do
medicamento. Adicionalmente, a pancreatite induzida por colelitíase foi relatada em
doentes em tratamento prolongado com Sandostatina s.c.
Cardiopatias
Tanto nos doentes com síndrome acromegálico como carcinoide, foram observadas
alterações no ECG, como prolongamento do intervalo QT, alterações dos eixos,
repolarização precoce, baixa voltagem, transição R/S, progressão precoce da onda R
e alterações não específicas do traçado ST-T. A relação destes eventos com o acetato
octreotido
não
foi,
entanto,
estabelecida,
pois
muitos
destes
doentes
apresentavam doenças cardíacas subjacentes (ver secção 4.4).
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Apenas
relatado
número
limitado
sobredosagens
acidentais
Sandostatina em adultos e crianças. Em adultos, as doses variaram entre 2.400 e
6.000 microgramas/dia
administradas
perfusão
contínua
(100-250
microgramas/hora) ou por via subcutânea (1.500 microgramas três vezes por dia).
acontecimentos
adversos
relatados
foram:
arritmias,
hipotensão,
paragem
cardíaca,
hipoxia
cerebral,
pancreatite,
esteatose
hepática,
diarreia,
fraqueza,
letargia, perda de peso, hepatomegália e acidose láctica.
Em crianças, as doses variaram entre 50 -3.000 microgramas/dia administradas por
perfusão
contínua
(2,1-500 microgramas/hora)
subcutânea
(50-
100 microgramas). O único acontecimento adverso relatado foi hiperglicemia ligeira.
Não foram relatados acontecimentos adversos inesperados em doentes com cancro a
receber
Sandostatina
doses
3.000-30.000 microgramas/dia
doses
divididas, por via subcutânea.
APROVADO EM
03-12-2014
INFARMED
O tratamento da sobredosagem é sintomático.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Somastatina e análogos, código ATC: H01CB02
O octreotido é um octapéptido sintético análogo à somatostatina natural com efeitos
farmacológicos semelhantes, mas com uma duração de ação consideravelmente mais
prolongada.
Inibe
secreção
patologicamente
aumentada
hormona
crescimento
(GH)
péptidos
serotonina
sistema
endócrino
gastroenteropancreático (GEP).
Em animais, o octreotido é mais potente do que a somatostatina natural na inibição
da libertação da hormona do crescimento, glucagom e insulina com uma maior
seletividade para a supressão da hormona de crescimento e de glucagom.
Em voluntários saudáveis a Sandostatina provou inibir:
a libertação da GH estimulada pela arginina, pelo exercício e pela hipoglicemia
induzida pela insulina,
a libertação pós-prandial de insulina, glucagom, gastrina, outros péptidos do sistema
endócrino GEP e a libertação da insulina e do glucagom estimulados pela arginina,
a libertação de hormona estimulante da tiróide (TSH) estimulada pela hormona
libertadora da tireotropina (TRH).
Ao contrário da somatostatina, o octreotido inibe a GH preferencialmente à insulina e
a sua administração não é seguida de uma recidiva da hipersecreção hormonal (i.e.
GH em doentes com acromegália).
Em doentes acromegálicos, a Sandostatina reduz os níveis plasmáticos da GH e do
IGF-1. Em mais de 90% dos doentes ocorre uma redução dos níveis de GH em cerca
de 50% ou superior e a redução da GH no plasma para valores <5 ng/ml) poderá ser
alcançada em cerca de metade dos casos. Em muitos doentes, a Sandostatina reduz
acentuadamente os sintomas da doença, tais como cefaleias, tumefação da pele e
tecidos moles, hiperhidrose, artralgia e parestesias. Em doentes com adenomas da
hipófise de grande volume, a Sandostatina pode originar uma redução da massa
tumoral.
doentes
tumores
funcionais
sistema
endócrino
gastro-entero-
pancreático, a Sandostatina, devido aos seus diversos efeitos endócrinos, modifica
diferentes fatores clínicos. A melhoria clínica e os benefícios sintomáticos ocorrem
em doentes que mantêm sintomas relacionados com os seus tumores apesar de
terapêuticas anteriores que podem incluir cirurgia, embolização arterial hepática e
várias quimioterapias, p. ex. estreptozocina e 5-fluoruracilo.
Os efeitos da Sandostatina em diferentes tipos de tumores são
Tumores carcinoides
APROVADO EM
03-12-2014
INFARMED
administração
Sandostatina
pode
resultar
melhoria
sintomas,
particularmente rubor e diarreia. Em muitos casos isto é acompanhado por uma
descida da serotonina plasmática e uma diminuição da excreção urinária de ácido 5-
hidroxiindolacético.
VIPomas
A característica bioquímica destes tumores baseia-se na sobreprodução de péptido
intestinal vasoativo (VIP). Na maioria dos casos a administração de Sandostatina
resulta no
alívio
diarreia secretória
grave
típica
destas
condições,
consequente melhoria de qualidade de vida. Isto é acompanhado por uma melhoria
das perturbações eletrolíticas associadas, por exemplo hipocaliemia, permitindo a
retirada de fluidos entéricos e parentéricos e da suplementação eletrolítica. Em
alguns doentes a tomografia computorizada revela um atraso ou paragem na
progressão do tumor ou mesmo redução do volume, particularmente no caso de
metástases hepáticas. As melhorias clínicas são habitualmente acompanhadas por
uma redução dos níveis plasmáticos de VIP, os quais passam a situar-se dentro dos
intervalos normais de referência.
Glucagonomas
A administração de Sandostatina resulta, na maioria dos casos, numa melhoria
substancial, de erupção cutânea migratória necrolítica que é característico desta
patologia. O efeito da Sandostatina na diabetes mellitus moderada, que ocorre
frequentemente, não é marcante, e em geral não resulta numa diminuição das
necessidades de insulina ou de hipoglicemiantes orais. A Sandostatina provoca uma
melhoria da diarreia nos doentes afetados e consequentemente um aumento de
peso. Embora a administração de Sandostatina conduza frequentemente a uma
redução imediata dos níveis plasmáticos de glucagon, esta redução não é geralmente
mantida durante um longo período de administração apesar da continuação da
melhoria sintomática.
Gastrinomas / Síndrome de Zollinger-Ellison
A terapêutica com inibidores da bomba de protões ou agentes bloqueadores dos
recetores H2 geralmente controla a hipersecreção de ácido gástrico. Contudo, a
diarreia, que é também um sintoma proeminente, pode não ser adequadamente
aliviada com inibidores da bomba de protões ou agentes bloqueadores dos recetores
H2. Sandostatina pode ajudar a reduzir a hipersecreção de ácido gástrico e melhorar
os sintomas, incluindo a diarreia, uma vez que inibe os níveis elevados de gastrina
em alguns doentes.
Insulinomas
A administração de Sandostatina provoca uma descida da insulina imunoreativa
circulante que pode, no entanto, ser de curta duração (cerca de 2 horas). Em
doentes com tumores operáveis a Sandostatina pode ajudar a restaurar e manter a
normoglicemia no pré-operatório. Em doentes com tumores benignos ou malignos
inoperáveis pode ser melhorado o controlo glicémico sem a redução prolongada
concomitante dos níveis circulantes de insulina.
Complicações após cirurgia pancreática
APROVADO EM
03-12-2014
INFARMED
No caso de doentes submetidos a cirurgia pancreática, a administração peri e pós-
operatória de Sandostatina reduz a incidência de complicações pós-operatórias
típicas (ex: fístulas pancreáticas, abcessos e sepsis subsequente, pancreatite aguda
pós-operatória).
Varizes gastro-esofágicas hemorrágicas
Em doentes com varizes esofágicas hemorrágicas devidas a cirrose subjacente, a
administração de Sandostatina em combinação com tratamento específico (p.ex.
escleroterapia) está associada a um melhor controlo da hemorragia e da recidiva
precoce, diminuição da necessidade de transfusões e melhoria da sobrevivência aos
5 dias. Enquanto o modo de ação exato da Sandostatina não está completamente
elucidado reclama-se que a Sandostatina reduz o fluxo sanguíneo esplénico através
da inibição das hormonas vaso-ativas (p. ex. VIP, glucagom).
Tratamento de adenomas hipofisários secretores de TSH
Os efeitos do tratamento de Sandostatina foram observados prospetivamente em 21
doentes e agrupados com grupos de 37 casos publicados. De 42 doentes com dados
bioquímicos avaliáveis, 81% dos doentes (n=34) tiveram resultados satisfatórios
(redução de pelo menos 50% de TSH e redução substancial de hormonas da tiróide),
enquanto 67% (n = 28) tiveram normalizações de TSH e hormonas da tiróide.
Nesses doentes, a resposta foi mantida durante toda a duração do tratamento (até
61 meses, média, 15,7 meses).
Quanto
sintomas
clínicos,
notificada
clara
melhoria
32 doentes com hipertiroidismo clínico. Observou-se uma redução do volume do
tumor superior a 20% em 11 casos (41%) com uma redução superior a 50% em
4 casos (15%). A primeira redução foi notificada após 14 dias de tratamento.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após injeção s.c. a Sandostatina é rápida e completamente absorvida. O pico das
concentrações plasmáticas atinge-se ao fim de 30 min.
Distribuição
O volume de distribuição é de 0,27 l/kg e a depuração total do organismo é de
160 ml/min. A ligação às proteínas plasmáticas é cerca de 65%. A quantidade de
Sandostatina ligada às células sanguíneas é insignificante.
Eliminação
A semivida de eliminação após administração s.c. é de 100 minutos. Após injeção
i.v., a eliminação é bifásica, com semividas de 10 e 90 minutos. A maioria do péptido
é eliminada pelas fezes, enquanto aproximadamente 32% são excretados inalterados
pela urina.
Populações especiais
APROVADO EM
03-12-2014
INFARMED
O compromisso renal não afetou a exposição total (AUC) ao octreotido administrado
na forma de injeção.
A capacidade de eliminação pode estar reduzida em doentes com cirrose hepática,
mas não em doentes com fígado gordo.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os estudos de toxicidade aguda e crónica, genotoxicidade, carcinogenecidade e
toxicológicos em animais não revelaram questões de segurança específicas para os
seres humanos.
Os estudos de reprodução em animais não revelaram evidência de teratogenicidade,
efeitos embrio/fetais ou outros efeitos sobre a reprodução causados por octreotido
com doses de até 1 mg/kg/dia. Observou-se algum atraso no crescimento fisiológico
das crias, o qual foi transitório e atribuível à inibição da GH provocada pela excessiva
atividade farmacodinâmica (ver secção 4.6).
Não
foram
realizados
estudos
específicos
ratos
jovens.
estudos
desenvolvimento
pré
pós-natal
observou-se
diminuição
crescimento
amadurecimento na ninhada F1 de fêmeas que receberam octreotido durante toda a
gravidez e período de lactação. Observou-se atraso na descida dos testículos nos
machos das ninhadas F1, mas a fertilidade dos machos afetados manteve-se normal.
Assim,
observações
acima
mencionadas
foram
transitórias
consideradas
consequências da inibição de GH.
Carcinogenicidade/toxicidade crónica
Em ratos que receberam acetato de octreotido em doses diárias até 1,25 mg/kg de
peso corporal, observaram-se fibrossarcomas, predominantemente num número de
animais machos, no local da injeção s.c. após 52, 104 e 113/116 semanas. Também
se verificaram tumores locais nos ratos de controlo, contudo o desenvolvimento
destes tumores foi atribuído à fibroplasia desordenada produzida pelos efeitos
irritantes
repetidos
locais
injeção,
aumentados
pelo
veículo
ácido
láctico/manitol. Esta reação não especifica dos tecidos pareceu ser específica dos
ratos.
Não
observaram
lesões
neoplásicas
ratinhos
receberam
diariamente injeções subcutâneas de octreotido em doses até 2 mg/kg durante 98
semanas, nem em cães tratados com doses diárias do fármaco durante 52 semanas.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Sandostatina 0,05 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Sandostatina 0,1 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Sandostatina 0,5 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Ampolas:
Ácido láctico
APROVADO EM
03-12-2014
INFARMED
Manitol
Bicarbonato de sódio
Água para preparações injetáveis.
Sandostatina 1 mg/5 ml (0,2 mg/ml), solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Frasco Multidose:
Ácido láctico
Fenol
Manitol
Bicarbonato de sódio
Água para preparações injetáveis
6.2 Incompatibilidades
O acetato de octreotido não é estável em soluções de Alimentação Parentérica Total
(APT).
6.3 Prazo de validade
3 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Sandostatina 0,05 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Sandostatina 0,1 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Sandostatina 0,5 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Ampolas
Conservar a ampola dentro da embalagem exterior de cartão, para proteger da luz.
Para uma armazenagem prolongada conservar no frigorífico (2 a 8ºC).
Não congelar.
Para uso diário conservar a temperatura inferior a 30ºC num máximo de 2 semanas.
Sandostatina 1 mg/5 ml (0,2 mg/ml), solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Frascos multidose
Conservar o frasco dentro da embalagem exterior de cartão, para proteger da luz.
Para uma armazenagem prolongada conservar no frigorífico (2 a 8ºC).
Não congelar.
Para uso diário conservar a temperatura inferior a 25ºC num máximo de 2 semanas.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Sandostatina 0,05 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Ampolas de vidro tipo I contendo 0,05 mg de acetato de octreotido (1 ml) -
embalagem de 5 ampolas
APROVADO EM
03-12-2014
INFARMED
Sandostatina 0,1 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Ampolas de vidro tipo I contendo 0,1 mg de acetato de octreotido (1 ml) -
embalagem de 5 ampolas
Sandostatina 0,5 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Ampolas de vidro tipo I contendo 0,5 mg de acetato de octreotido (1 ml) -
embalagem de 5 ampolas
Sandostatina 1 mg/5 ml (0,2 mg/ml), solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Frasco multidose de vidro tipo I contendo 1 mg de acetato de octreotido (5 ml) -
embalagem individual
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Administração subcutânea
Doentes que efetuem autoadministração das injeções subcutâneas deverão receber
instruções precisas do médico ou da enfermeira.
Para reduzir o desconforto local, recomenda-se que a solução atinja a temperatura
ambiente antes de ser administrada. Devem ser evitadas injeções múltiplas, num
curto espaço de tempo, no mesmo local.
As ampolas devem ser abertas imediatamente antes da administração, e qualquer
porção não utilizada deve ser rejeitada.
Para prevenir a possibilidade de contaminação recomenda-se que a tampa de
borracha do frasco multidose não seja perfurada mais de 10 vezes.
Perfusão intravenosa
Os medicamentos para uso parentérico devem ser inspecionados visualmente para
verificação
eventual
descoloração
existência
partículas,
antes
administração.
A Sandostatina (acetato de octreotido) é física e quimicamente estável durante 24
horas em soluções de soro fisiológico estéril ou soluções de dextrose (glucose) a 5%
em água, estéreis. Contudo, dado que a Sandostatina pode afetar a homeostase da
glucose,
recomenda-se
sejam
usadas
soluções
soro
fisiológico
preferencialmente às soluções de dextrose. As soluções diluídas são química e
fisicamente estáveis durante, no mínimo, 24 horas a temperatura inferior a 25ºC. De
ponto
vista
microbiológico,
seria
preferível
usar
solução
diluída
imediatamente. Se a solução não for usada imediatamente, a armazenagem anterior
à sua administração é da responsabilidade do utilizador e deve ser efetuada a 2 a
8ºC. Antes da administração a solução deve atingir novamente a temperatura
ambiente.
O tempo acumulado entre a reconstituição, diluição com solvente de perfusão,
armazenagem no frigorífico e fim da administração não deve exceder as 24 horas.
Nos casos em que a Sandostatina se destina a administração por perfusão i.v., o
conteúdo de uma ampola de 0,5 mg deve ser normalmente dissolvido em 60 ml de
soro fisiológico salino, e a solução resultante deve ser perfundida por meio de uma
bomba de perfusão. Este procedimento deve ser repetido tantas vezes quantas as
APROVADO EM
03-12-2014
INFARMED
necessárias até que a duração prescrita para o tratamento seja alcançada. A
Sandostatina também tem sido perfundida em concentrações inferiores.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo
com as exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Novartis Farma - Produtos Farmacêuticos, S.A.
Av. Professor Doutor Cavaco Silva, 10 E,
Taguspark
2740-255 Porto Salvo
Portugal
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Sandostatina 0,05 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Nº de registo: 8705103 - 1 ml de solução injetável, 0,05 mg/ml, 5 ampolas de vidro
tipo I
Sandostatina 0,1 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Nº de registo: 8705111 - 1 ml de solução injetável, 0,1 mg/ml, 5 ampolas de vidro
tipo I
Sandostatina 0,5 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Nº de registo: 8705129 - 1 ml de solução injetável, 0,5 mg/ml, 5 ampolas de vidro
tipo I
Sandostatina 1 mg/5 ml (0,2 mg/ml), solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Nº de registo: 8705137 – 5 ml de solução injetável, 0.2 mg/ml, frasco multidose de
vidro tipo I
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Sandostatina 0,05 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Sandostatina 0,1 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Data da primeira autorização: 20 março 1989
Data da última renovação: 23 fevereiro 2011
APROVADO EM
03-12-2014
INFARMED
Sandostatina 0,5 mg/1 ml ampolas, solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Sandostatina 1 mg/5 ml (0,2 mg/ml), solução injetável (s.c.) ou concentrado para
solução para perfusão (perfusão i.v.)
Data da primeira autorização: 22 junho 1992
Data da última renovação: 23 fevereiro 2011
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO