Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
17-10-2016
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APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Rosuvastatina ratiopharm, 5 mg, comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina ratiopharm, 10 mg, comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina ratiopharm, 20 mg, comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina ratiopharm, 40 mg, comprimidos revestidos por película
rosuvastatina
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento pois contém informação
importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Rosuvastatina ratiopharm e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Rosuvastatina ratiopharm
3. Como tomar Rosuvastatina ratiopharm
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Rosuvastatina ratiopharm
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1.
O QUE É ROSUVASTATINA RATIOPHARM E PARA QUE É UTILIZADO
Rosuvastatina ratiopharm pertence a um grupo de medicamentos chamados inibidores da HMG-
CoA redutase ou estatinas. Estes atuam reduzindo a quantidade de colesterol e de substâncias
gordas chamadas triglicéridos no seu sangue. Existem diferentes tipos de colesterol encontrados
no sangue – o «mau» colesterol (Colesterol LDL) e o «bom» colesterol (Colesterol HDL).
Foi-lhe prescrito Rosuvastatina ratiopharm como complemento ao regime alimentar e ao
exercício porque tem risco de ter um ataque cardíaco ou um AVC.
a rosuvastatina pode reduzir esse risco reduzindo a quantidade de «mau» colesterol e aumentando
a quantidade de «bom» colesterol no sangue.
A rosuvastatina demonstrou reduzir o risco de ataques cardíacos e de AVCs em adultos mais
velhos (homens com idade superior a 50 anos e mulheres com idade superior a 60 anos) sem
doença cardíaca conhecida.
Por que motivo é importante continuar a tomar Rosuvastatina ratiopharm?
Necessita de continuar a tomar Rosuvastatina ratiopharm, mesmo que os comprimidos já tenham
colocado o seu colesterol num nível correto, dado que impede que os seus níveis de colesterol
voltem a subir novamente.
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No entanto, deve parar se o seu médico assim o indicar, ou se engravidar.
Deve continuar com o seu regime alimentar e exercício para reduzir o colesterol enquanto tomar
Rosuvastatina ratiopharm.
Para a maioria das pessoas, o colesterol elevado não afeta a forma como se sentem porque não
origina sintomas. No entanto, se não for tratado, os depósitos de gordura podem acumular-se nas
paredes dos seus vasos sanguíneos, provocando o respetivo estreitamento.
Por vezes, esses vasos sanguíneos apertados podem ficar bloqueados cortando o fornecimento de
sangue ao coração ou ao cérebro levando a um ataque cardíaco ou a um AVC. Se corrigir os seus
níveis de colesterol, pode reduzir o risco de ter um ataque cardíaco ou um AVC.
2.
O QUE PRECISA DE SABER ANTES DE TOMAR ROSUVASTATINA RATIOPHARM
Não tome Rosuvastatina ratiopharm
Se tem alergia (hipersensibilidade) à Rosuvastatina, ou a qualquer outro componente deste
medicamento (listados na secção 6).
Se está grávida ou a amamentar. Se ficar grávida enquanto estiver a tomar Rosuvastatina
ratiopharm, pare imediatamente de o tomar e informe o seu médico. As mulheres devem evitar
engravidar enquanto estiverem a tomar Rosuvastatina ratiopharm utilizando métodos
contracetivos adequados.
Se tem uma doença hepática.
Se tem uma doença renal grave.
Se tem dores musculares repetidas ou sem justificação.
Se toma um medicamento que contém uma substância chamada ciclosporina (utilizada, por
exemplo, após transplantes de órgãos).
Se alguma das situações anteriores se aplicar a si, volte a consultar o seu médico.
Além disso, não tome Rosuvastatina 40 mg comprimidos revestidos por película (a dose mais
elevada do medicamento):
Se tem uma doença renal moderada (se tiver dúvidas, fale com o seu médico).
Se a sua glândula tiroide não funciona corretamente.
Se teve dores musculares repetidas ou sem justificação, antecedentes pessoais ou familiares de
problemas musculares ou antecedentes de problemas musculares quando tomou outros
medicamentos para a redução do colesterol.
Se bebe regularmente grandes quantidades de álcool.
Se tem origem asiática (japonesa, chinesa, filipina, vietnamita, coreana e indiana).
Se toma outros medicamentos chamados fibratos para reduzir o seu colesterol.
Se alguma das situações anteriores se aplicar a si (ou se ainda tiver dúvidas), volte a consultar o
seu médico.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Rosuvastatina comprimidos revestidos
Se tem problemas de rins.
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Se tem problemas do fígado.
Se teve dores musculares repetidas ou sem justificação, antecedentes pessoais ou familiares de
problemas musculares ou antecedentes de problemas musculares quando tomou outros
medicamentos para a redução do colesterol. Informe imediatamente o seu médico se tiver
dores musculares repetidas ou sem justificação, especialmente se se sentir indisposto ou
apresentar febre. Informe igualmente o seu medico ou farmacêutico se sofre de fraqueza
muscular constante.
Se bebe regularmente grandes quantidades de álcool.
Se a sua glândula tiroide não funciona corretamente.
Se toma outros medicamentos chamados fibratos para reduzir o seu colesterol. Leia este folheto
cuidadosamente, mesmo se já tomou anteriormente outros medicamentos para o colesterol
elevado.
Se toma medicamentos utilizados para combater as infeções por VIH, por exemplo ritonavir com
lopinavir e/ou atazanavir, ver Outros medicamentos e Rosuvastatina ratiopharm.
Se estiver a tomar ou tiver tomado nos últimos 7 dias um medicamento chamado ácido fusídico
(um medicamento para infecções bacterianas) por via oral ou por injeção. A combinação de
ácido fusídico e Rosuvastatina ratiopharm pode originar problemas musculares graves
(rabdomiólise).
Se tem mais de 70 anos de idade (o seu médico necessita de determinar a dose inicial correta de
Rosuvastatina ratiopharm que mais se adequa ao seu caso).
Se tem origem asiática - ou seja, japonesa, chinesa, filipina, vietnamita, coreana e indiana. O seu
médico necessita de determinar a dose inicial correta de Rosuvastatina ratiopharm que mais se
adequa ao seu caso.
Se alguma das situações anteriores se aplicam a si (ou se ainda tem dúvidas):
Não tome Rosuvastatina 40 mg (a dosagem mais elevada do medicamento) e fale com o seu
médico ou farmacêutico antes de começar realmente a tomar qualquer dosagem de
Rosuvastatina ratiopharm.
Num pequeno número de pessoas, as estatinas podem afetar o fígado. Esta situação é
identificada por um simples teste que procura aumentos dos níveis das enzimas do fígado no
sangue. Por este motivo, o seu médico irá realizar habitualmente realizar análises ao sangue
(teste da função hepática) antes e durante o tratamento com Rosuvastatina ratiopharm.
Se detetar problemas respiratórios, especialmente se surgirem juntamente com tosse constante e
não produtiva e/ou falta de ar ou febre, pare de tomar Rosuvastatina ratiopharm e informe o
seu médico.
Enquanto estiver a tomar este medicamento o seu médico irá avaliar se tem diabetes ou está em
risco de vir a ter diabetes. Estará em risco de vir a ter diabetes se tem níveis elevados de
açúcar e gorduras no sangue, excesso de peso ou pressão arterial elevada.
Crianças e adolescentes
Rosuvastatina ratiopharm não deve ser administrado a crianças com idade inferior a 10 anos.
Rosuvastatina ratiopharm 40 mg comprimidos revestidos por película não deve ser utilizado
por crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos.
Outros medicamentos e Rosuvastatina ratiopharm
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado recentemente, ou se
vier a tomar outros medicamentos.
Informe o seu médico se estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos:
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ciclosporina (utilizada, por exemplo, após transplantes de órgãos)
varfarina ou clopidogrel (ou qualquer outro fármaco utilizado para diluir o sangue)
fibratos (tais como gemfibrozil, fenofibrato) ou qualquer outro medicamento utilizado para
reduzir o colesterol (tal como ezetimiba)
medicamentos para a má digestão (utilizados para neutralizar o ácido no estômago)
eritromicina (um antibiótico)
ácido fusídico (um antibiótico). Se precisar de tomar ácido fusídico oral para o tratamento de uma
infecção bacteriana terá que temporariamente parar de tomar este medicamento. O seu médico irá
dizer-lhe quando é seguro para reiniciar Rosuvastatina ratiopharm. Tomar Rosuvastatina
ratiopharm com ácido fusídico raramente pode levar a fraqueza muscular, sensibilidade ou dor
(rabdomiólise). Ver mais informações sobre rabdomiólise no ponto 4.
um contracetivo oral (a pílula)
terapêutica de substituição hormonal.
medicamentos anti virais tais como ritonavir com lopinavir e/ou / atazanavir ou simeprevir
(utilizados para tratar infecções, incluindo VIH ou infecção por hepatite C– ver Advertências e
precauções).
Os efeitos destes medicamentos podem ser alterados por Rosuvastatina ratiopharm ou estes
medicamentos podem alterar os efeitos de Rosuvastatina ratiopharm.
Ao tomar Rosuvastatina ratiopharm com alimentos e bebidas
Pode tomar Rosuvastatina ratiopharm com ou sem alimentos.
Gravidez e aleitamento
Não tome Rosuvastatina ratiopharm se está grávida ou a amamentar. Se ficar grávida enquanto
estiver a tomar Rosuvastatina ratiopharm, pare imediatamente de o tomar e informe o seu médico.
As mulheres devem evitar engravidar enquanto estiverem a tomar Rosuvastatina ratiopharm
utilizando métodos contracetivos adequados.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Algumas
pessoas
sentem-se
tontas
durante
tratamento
Rosuvastatina
ratiopharm. Caso se sinta tonto, consulte o seu médico antes de tentar conduzir ou
utilizar máquinas. No entanto, a maioria das pessoas pode conduzir um veículo e
utilizar máquinas enquanto estão a tomar Rosuvastatina ratiopharm – não afeta a
sua capacidade.
Rosuvastatina ratiopharm contem lactose
Os comprimidos contêm lactose. Se foi informado pelo seu médico de que possui uma
intolerância a alguns açúcares, consulte o seu médico antes de tomar este medicamento.
3.
COMO TOMAR ROSUVASTATINA RATIOPHARM
Tomar sempre Rosuvastatina ratiopharm sempre de acordo com as indicações do médico. Fale
com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Dose inicial
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O seu tratamento com Rosuvastatina ratiopharm deve ser iniciado com a dose de 5 mg ou de 10
mg, mesmo que anteriormente tenha tomado uma dose superior de um outro medicamento para
reduzir o colesterol. A escolha da sua dose inicial irá depender:
Do seu nível de colesterol.
Do nível de risco que possui para ter um ataque cardíaco ou um AVC.
De ter ou não um fator de risco que o pode tornar mais sensível a possíveis efeitos secundários.
Fale com o seu médico ou farmacêutico para saber qual a dose inicial de Rosuvastatina
ratiopharm que melhor se adapta a si.
O seu médico pode decidir prescrever-lhe a dose mais reduzida (5 mg) se:
tem origem asiática (japonesa, chinesa, filipina, vietnamita, coreana e indiana).
tem idade superior a 70 anos.
tem uma doença renal moderada.
tem risco de ter dores musculares (miopatia).
Aumento da dose e dose diária máxima
O seu médico pode decidir aumentar a sua dose. Isto para que tome sempre a quantidade de
Rosuvastatina ratiopharm indicada para si. Se iniciou o tratamento com uma dose de 5 mg, o seu
médico pode decidir duplicar a dose para 10 mg, em seguida para 20 mg e depois para 40 mg se
necessário. Se iniciou o tratamento com uma dose de 10 mg, o seu médico pode decidir duplicar a
dose para 20 mg e em seguida para 40 mg se necessário. Haverá um intervalo de quatro semanas
entre cada ajuste posológico.
A dose diária máxima de Rosuvastatina ratiopharm é de 40 mg. Destina-se apenas a doentes com
níveis de colesterol elevados e com risco elevado para ataque cardíaco ou AVC cujos níveis de
colesterol não são suficientemente reduzidos com 20 mg.
Se está a tomar Rosuvastatina comprimidos revestidos por película para reduzir o risco de ataques
cardíacos e de AVCs ou outros problemas de saúde relacionados
A dose recomendada é de 20mg por dia. Contudo, o seu médico pode decidir reduzir a dose se
tiver algum dos fatores acima referidos.
Utilização em crianças e adolescentes com idades entre os 10 e 17 anos
A dose habitual inicial é de 5 mg. O seu médico poderá aumentar a dose para
determinar a quantidade de Rosuvastatina Teva adequada para si. A dose diária
máxima é de 20 mg. Tome a sua dose uma vez por dia. Rosuvastatina Teva 40 mg
não deve ser utilizado em crianças.
Tomar os seus comprimidos
Engula cada comprimido com um copo de água.
Tome Rosuvastatina ratiopharm uma vez por dia. Pode tomá-lo a qualquer hora do dia.
Tente tomar o seu comprimido todos os dias sempre à mesma hora para o ajudar a recordar.
Exames regulares ao colesterol
É importante consultar o seu médico regularmente para realizar exames ao colesterol para
garantir que o seu colesterol alcançou e se mantém no nível correto.
O seu médico pode decidir aumentar a sua dose para que tome sempre a quantidade de
Rosuvastatina ratiopharm indicada para si.
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Se tomar mais Rosuvastatina ratiopharm do que deveria
Contacte o seu médico ou o hospital mais próximo para aconselhamento e leve o medicamento
consigo.
Se for internado ou se receber tratamento para outra doença, informe o pessoal médico de que
está a tomar Rosuvastatina ratiopharm.
Caso se tenha esquecido de tomar Rosuvastatina ratiopharm
Não se preocupe. Basta tomar a sua dose seguinte agendada à hora correta. Não tome uma dose a
dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar a dose esquecida.
Se parar de tomar Rosuvastatina ratiopharm
Fale com o seu médico se quiser parar de tomar Rosuvastatina ratiopharm. Os seus níveis de
colesterol podem aumentar novamente se parar de tomar Rosuvastatina ratiopharm.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou
farmacêutico.
4.
EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, no entanto
estes não se manifestam em todas as pessoas.
É importante que tenha consciência de quais podem ser esses efeitos secundários. São usualmente
ligeiros e desaparecem após um curto período de tempo.
Pare de tomar Rosuvastatina ratiopharm e procure imediatamente ajuda médica se apresentar
alguma das seguintes reações alérgicas:
Dificuldades em respirar, com ou sem inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta
Inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta, que podem causar dificuldade em engolir
Comichão intensa na pele (com inchaço).
Pare igualmente de tomar Rosuvastatina ratiopharm e contacte imediatamente o seu médico se
apresentar dores não habituais nos músculos que se prolongam por mais tempo do que esperaria.
Tal como com outros medicamentos para reduzir o colesterol, um número muito pequeno de
pessoas sentiram efeitos musculares desagradáveis e, raramente, estes evoluíram para se tornar
numa lesão muscular potencialmente fatal conhecida como rabdomiólise.
Possíveis efeitos secundários possíveis frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas):
Dores de cabeça
Dores de estômago
Prisão de ventre
Sensação de enjoo
Dores musculares
Sensação de fraqueza
Tonturas
Diabetes. Esta condição é mais provável se tiver níveis elevados de açúcar e gorduras no sangue,
tiver excesso de peso e tiver tensão arterial elevada. O seu médico vai monitorizá-lo enquanto
estiver a tomar este medicamento.
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Um aumento da quantidade de proteínas na urina – habitualmente esta situação volta ao normal
por si só sem ter de parar de tomar Rosuvastatina ratiopharm (apenas aplicável para a dose de 40
mg de Rosuvastatina ratiopharm).
Efeitos secundários possíveis pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas):
Erupções cutâneas, comichão e urticária
Um aumento da quantidade de proteínas na urina – habitualmente esta situação volta ao normal
por si só sem ter de parar de tomar Rosuvastatina ratiopharm (apenas aplicável para as doses de 5
mg, 10 mg e 20 mg de Rosuvastatina ratiopharm).
Efeitos secundários possíveis raros (podem afetar até 1 a 1.000 pessoas):
Reação alérgica grave – os sinais incluem inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta,
dificuldade em respirar ou engolir, comichão intensa na pele (com inchaço). Se pensa que está a
ter uma reação alérgica, pare de tomar Rosuvastatina ratiopharm e procure imediatamente ajuda
médica
Lesões musculares – por precaução, pare de tomar Rosuvastatina ratiopharm e contacte
imediatamente o seu médico se apresentar dores não habituais nos músculos que se prolongam
por mais tempo do que esperaria
Uma dor de estômago intensa (causada por uma inflamação do pâncreas)
Aumento das enzimas hepáticas no sangue.
Sangramento mais fácil que o usual (sinal de contagem de plaquetas baixa)
Efeitos secundários possíveis muito raros (podem afetar até 1 a 10.000 pessoas):
Icterícia (amarelecimento da pele e da zona branca dos olhos)
Hepatite (uma inflamação do fígado)
Vestígios de sangue na urina
Lesões nos nervos dos seus braços e pernas (tais como dormência)
Dor nas articulações
Perda de memória
Ginecomastia (aumento do peito nos homens)
Os efeitos secundários de frequência desconhecida podem incluir:
Diarreia (fezes moles)
Síndroma de Stevens-Johnson (problema grave com formação de bolhas na pele, boca, olhos e
órgãos genitais)
Tosse
Falta de ar
Edema (inchaço)
Depressão
Distúrbios de sono incluindo insónia e pesadelos
Fraqueza muscular que seja constante
Lesões nos tendões
Efeitos secundários possíveis notificados com algumas estatinas
Dificuldades sexuais
Problemas respiratórios incluindo tosse persistente e/ou falta de ar
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
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comunicar
efeitos
secundários
diretamente
através
sistema
nacional
notificação mencionado abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a
fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio
internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5.
COMO CONSERVAR ROSUVASTATINA RATIOPHARM
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior, após
VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao
seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão
ajudar a proteger o ambiente.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6.
OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Rosuvastatina ratiopharm
A substância ativa é a Rosuvastatina.
Rosuvastatina 5, 10, 20, 40 mg comprimidos revestidos por película contêm Rosuvastatina
cálcica equivalente a 5 mg, 10 mg, 20 mg ou 40 mg de Rosuvastatina.
Os outros componentes são
Núcleo do comprimido:
Celulose microcristalina
Lactose monohidratada
Crospovidona (tipo B)
Hidroxipropilcelulose
Bicarbonato de sódio
Estearato de magnésio
Película de revestimento:
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Lactose monohidratada
Hipromelose
Dióxido de titânio (E 171)
Triacetina
Óxido de ferro amarelo (E 172) em Rosuvastatina ratiopharm 5 mg
Óxido de ferro vermelho (E 172) em Rosuvastatina ratiopharm 10 mg, 20 mg e 40 mg
Qual o aspeto de Rosuvastatina ratiopharm e conteúdo da embalagem
Rosuvastatina ratiopharm 5 mg: comprimidos amarelos, redondos, biconvexos.
Rosuvastatina ratiopharm 10 mg: comprimidos cor-de-rosa, redondos, biconvexos
com uma ranhura.
Rosuvastatina ratiopharm 20 mg: comprimidos cor-de-rosa, redondos, biconvexos
com uma ranhura.
Rosuvastatina ratiopharm 40 mg: comprimidos cor-de-rosa, ovais, biconvexos com
uma ranhura.
Rosuvastatina ratiopharm 10, 20, 40 mg:
Os comprimidos podem ser divididos em metades iguais.
Rosuvastatina ratiopharm está disponível em embalagens «blister» que contêm 7,
14, 15, 20, 28, 30, 42, 50, 56, 60, 84, 90, 98 e 100 comprimidos revestidos por
película e em frascos que contêm 30 e 100 comprimidos revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
ratiopharm, Comércio e Industria de Produtos Farmacêuticos, Lda
Lagoas Parque, Edifício 5-A, Piso 2
2740 – 245 Porto Salvo
Portugal
Fabricante
Merckle GmbH
Ludwig-Merckle-Strasse 3
89143 Blaubeuren
Alemanha
HBM Pharma s.r.o.
036 80 Martin,
Sklabinská 30
Eslovénia
PLIVA Hrvatska d.o.o. (PLIVA Croatia Ltd.)
Prilaz baruna Filipovica 25, Zagreb
10000
Croácia
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Teva Pharma B.V.
Swensweg 5, Haarlem
2031GA
Holanda
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico
Europeu (EEE) sob os seguintes nomes:
Dinamarca:
Rosuvastatin ratiopharm
Áustria: Rosuvastatina ratiopharm 5 mg Filmtabletten
Rosuvastatina ratiopharm 10 mg Filmtabletten
Rosuvastatina ratiopharm 20 mg Filmtabletten
Rosuvastatina ratiopharm 40 mg Filmtabletten
República Checa:
Rosuvastatin-Teva Pharma 10 mg
Rosuvastatin-Teva Pharma 20 mg
Espanha:
Rosuvastatina ratiopharm 5 mg comprimidos recubiertos con película EFG
Rosuvastatina ratiopharm 10 mg comprimidos recubiertos con película EFG
Rosuvastatina ratiopharm 20 mg comprimidos recubiertos con película EFG
Rosuvastatina ratiopharm 40 mg comprimidos recubiertos con película EFG
Finlândia:
Rosuvastatina ratiopharm 5 mg tabletti, kalvopäällysteinen
Rosuvastatina ratiopharm 10 mg tabletti, kalvopäällysteinen
Rosuvastatina ratiopharm 20 mg tabletti, kalvopäällysteinen
Rosuvastatina ratiopharm 40 mg tabletti, kalvopäällysteinen
Portugal:
Rosuvastatina ratiopharm
Roménia:
Rosuvastatinaă ratiopharm 10 mg comprimate filmate
Rosuvastatinaă ratiopharm 20 mg comprimate filmate
Este folheto foi revisto pela última vez em outubro de 2016.
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1.
NOME DO MEDICAMENTO
Rosuvastatina ratiopharm, 5 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina ratiopharm, 10 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina ratiopharm, 20 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina ratiopharm, 40 mg comprimidos revestidos por película
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém 5 mg, 10 mg, 20 mg ou 40 mg de rosuvastatina (sob a
forma de rosuvastatina cálcica).
Excipiente com efeito conhecido:
Cada comprimido revestido por película de 5 mg contém 48 mg de lactose.
Cada comprimido revestido por película de 10 mg contém 95 mg de lactose.
Cada comprimido revestido por película de 20 mg contém 190 mg de lactose.
Cada comprimido revestido por película de 40 mg contém 171 mg de lactose.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Rosuvastatina ratiopharm 5 mg: Comprimidos amarelos, redondos, biconvexos
Rosuvastatina ratiopharm 10 mg: Comprimidos cor-de-rosa, redondos, biconvexos,
com uma ranhura numa das faces, diâmetro: 7 mm.
Rosuvastatina ratiopharm 20 mg: Comprimidos cor-de-rosa, redondos, biconvexos,
com uma ranhura numa das faces, diâmetro: 9 mm.
Rosuvastatina ratiopharm 40 mg: Comprimidos cor-de-rosa, ovais, biconvexos, com
uma ranhura numa das faces.
O comprimido pode ser dividido em doses iguais.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
Tratamento da hipercolesterolemia
Adultos,
adolescentes
crianças
idade
entre
mais
anos
hipercolesterolemia
primária
(tipo
incluindo
hipercolesterolémia
familiar
heterozigótica) ou dislipidemia mista (tipo IIb) como adjuvante da dieta quando a
resposta à dieta ea outros tratamentos não farmacológicos (eg exercício, redução do
peso) é inadequada.
Hipercolesterolemia familiar homozigótica como adjuvante ao regime alimentar e a
outros tratamentos hipolipemiantes (por exemplo, aférese LDL) ou quando esses
tratamentos não são adequados.
Prevenção de Acontecimentos Cardiovasculares
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Prevenção de acontecimentos cardiovasculares major em doentes nos quais se pensa
existir
risco
elevado
para
ocorrência
primeiro
acontecimentos
cardiovascular (ver Secção 5.1), como adjuvante para a correção de outros fatores
de risco.
4.2
Posologia e modo de administração
Antes do início do tratamento, o doente deve iniciar um regime alimentar padrão de
redução do colesterol que deve continuar durante o tratamento. A dose deve ser
personalizada de acordo com o objetivo da terapêutica e a resposta do doente,
utilizando as atuais normas orientadoras consensuais.
Rosuvastatina ratiopharm pode ser administrada a qualquer hora do dia, com ou sem
alimentos.
Tratamento da hipercolesterolemia
A dose inicial recomendada é de 5 mg ou 10 mg administrados por via oral, uma vez
por dia, tanto em doentes que utilizam estatinas pela primeira vez como em doentes
que tomavam anteriormente outro inibidor da HMG CoA redutase. A escolha da dose
inicial deve ter em consideração o nível de colesterol de cada doente e o futuro risco
cardiovascular, bem como o potencial risco para reações adversas (ver a seguir).
Pode ser realizado um ajuste posológico para o nível de dose seguinte após 4
semanas, se necessário (ver secção 5.1). Tendo em consideração a crescente taxa
de notificação de reações adversas com a dose de 40 mg comparativamente a doses
inferiores (ver secção 4.8), apenas deve ser ponderada uma titulação final para a
dose
máxima
doentes
hipercolesterolemia
grave
risco
cardiovascular elevado (em especial nos que têm hipercolesterolemia familiar), que
não alcançaram o objetivo do tratamento com 20 mg e para os quais seja realizado
um seguimento de rotina (ver secção 4.4). É recomendada a supervisão por um
especialista quando se inicia a dose de 40 mg.
Prevenção de Acontecimentos Cardiovasculares
No estudo de redução do risco de eventos cardiovasculares, a dose utilizada foi de 20
mg diários (ver secção 5.1).
População pediátrica
A utilização pediátrica apenas deve ser efetuada por especialistas.
Crianças e adolescentes entre os 10 e os 17 anos de idade (rapazes no Estadio
Tanner II a V)
Em crianças e adolescentes com hipercolesterolémia familiar heterozigótica, a dose
inicial habitual é de 5 mg dia.
Em crianças de 6 a 9 anos de idade com hipercolesterolemia familiar heterozigótica,
o intervalo de dose habitual é de 5-10 mg por via oral uma vez ao dia. A segurança e
a eficácia com doses superiores a 10 mg não foram estudadas nesta população.
crianças
anos
idade
hipercolesterolemia
familiar
heterozigótica, o intervalo de dose habitual é de 5-20 mg por via oral uma vez ao
dia. A segurança e a eficácia de doses superiores a 20 mg não foram estudadas
nesta população.
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A dose deve ser ajustada de acordo com a resposta individual e tolerabilidade nos
doentes pediátricos, conforme indicado pelas recomendações de tratamento em
pediatria (ver Secção 4.4). Crianças e adolescentes devem ser colocados numa dieta
padrão para redução dos níveis de colesterol antes do início do tratamento com
rosuvastatina;
esta
dieta
deve
continuada
durante
tratamento
rosuvastatina.
A experiência em crianças com hipercolesterolemia familiar homozigótica é limitada a
um pequeno número de crianças com idade entre 8 e 17 anos.
O comprimido de 40 mg não é adequado para utilização na população pediátrica.
Crianças de idade inferior a 6 anos
A segurança e a eficácia da utilização em crianças com idade inferior a 6 anos não foi
estudada. Por isso, não é recomendada a utilização de rosuvastatina em crianças
com idade inferior a 6 anos.
Utilização nos idosos
É recomendada uma dose inicial de 5 mg em doentes com idade > 70 anos (ver
secção 4.4). Não é necessário qualquer outro ajuste posológico relativamente à
idade.
Posologia em doentes com insuficiência renal
Não é necessário qualquer ajuste posológico em doentes com insuficiência renal
ligeira ou moderada. A dose inicial recomendada é de 5 mg em doentes com
insuficiência renal moderado (depuração da creatinina < 60 mL/min). A dose de 40
mg está contraindicada em doentes com compromisso renal moderado. A utilização
de rosuvastatina em doentes com insuficiência renal grave está contraindicada para
todas as doses (ver secção 4.3 e secção 5.2).
Posologia em doentes com insuficiência hepática
Não se observaram aumentos na exposição sistémica à rosuvastatina em indivíduos
com classificações iguais ou inferiores a 7 na escala de Child-Pugh. No entanto, foi
observado um aumento da exposição sistémica em indivíduos com classificações de
escala
Child-Pugh
(ver
secção
5.2).
Nestes
doentes,
deve
considerada uma avaliação da função renal (ver secção 4.4). Não existe experiência
em indivíduos com classificação superior a 9 na escala de Child-Pugh. Rosuvastatina
está contraindicada em doentes com doença hepática ativa (ver secção 4.3).
Raça
Foi observado um aumento da exposição sistémica em indivíduos asiáticos (ver
secção 4.3; secção 4.4 e secção 5.2). A dose inicial recomendada é de 5 mg em
doentes com ascendência asiática. A dose de 40 mg está contraindicada nestes
doentes.
Polimorfismos genéticos
Tipos específicos de polimorfismos genético são conhecidos como podendo originar
aumento da exposição à rosuvastatina (ver secção 5.2). Em doentes conhecidos por
terem estes tipos específicos de polimorfismos, é recomendada uma dose diária
inferior de rosuvastatina.
Posologia em doentes com fatores predisponentes para miopatia
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
A dose inicial recomendada é de 5 mg em doentes com fatores predisponentes para
miopatia (ver secção 4.4). A dose de 40 mg está contraindicada em alguns destes
doentes (ver secção 4.3).
Terapêutica concomitante
A rosuvastatina é um substrato de várias proteínas transportadoras (p. ex OATP1B1
BCRP).
risco
miopatia
(incluindo
rabdomiólise)
aumenta
quando
rosuvastatina é administrada concomitantemente com determinados medicamentos
podem
aumentar
concentração
plasmática
rosuvastatina
devido
interações com essas proteínas transportadoras (por exemplo, ciclosporina e certos
inibidores de protease, incluindo combinações de atazanavir com ritonavir, lopinavir,
e / ou tipranavir; ver secções 4.4 e 4.5). Sempre que possível, devem ser
consideradas medicações alternativas, e, se necessário, considerar a interrupção
temporária
tratamento
rosuvastatina.
situações
administração destes medicamentos com rosuvastatina é inevitável, o benefício e o
risco do tratamento concomitante e ajustes de dosagem rosuvastatina devem ser
cuidadosamente considerados (ver secção 4.5).
4.3
Contraindicações
Rosuvastatina ratiopharm está contraindicada:
em doentes com hipersensibilidade à rosuvastatina ou a qualquer um dos
excipientes listados na secção 6.1.
em doentes com doença hepática ativa, incluindo aumentos persistentes e
sem justificação das transaminases séricas e qualquer aumento das transaminases
séricas que ultrapasse 3 x o limite superior normal (LSN).
em doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina < 30
mL/min).
em doentes com miopatia.
em doentes tratados concomitantemente com ciclosporina.
durante
gravidez
aleitamento
mulheres
potencial
para
engravidar que não utilizam medidas contracetivas adequadas.
A dose de 40 mg está contraindicada em doentes com fatores predisponentes para
miopatia/rabdomiólise. Esses fatores incluem:
insuficiência renal moderada (depuração da creatinina < 60 mL/min)
hipotiroidismo
antecedentes pessoais ou familiares de perturbações musculares hereditárias
antecedentes
toxicidade
muscular
outro
inibidor
HMG-CoA
redutase ou fibratos
abuso de álcool
situações em que possa ocorrer um aumento dos níveis plasmáticos
doentes asiáticos
utilização concomitante de fibratos
(ver secções 4.4, 4.5, e 5.2)
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
Efeitos renais
Foi observada proteinúria principalmente de origem tubular, detetada por métodos
de fita (testes «dipstick»), em doentes tratados com doses mais elevadas de
rosuvastatina, em especial a dose de 40 mg, que foi transitória ou intermitente na
maioria dos casos. A proteinúria não demonstrou constituir prognóstico para doença
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
renal aguda ou progressiva (ver secção 4.8). A taxa de notificação de eventos renais
graves na utilização após introdução no mercado é superior para a dose de 40 mg.
Deve ser considerada uma avaliação da função renal durante a monitorização de
rotina de doentes tratados com uma dose de 40 mg.
Efeitos musculoesqueléticos
efeitos
musculoesqueléticos,
exemplo,
mialgia,
miopatia
raramente,
rabdomiólise, foram notificados em doentes tratados com Rosuvastatina ratiopharm
para todas as doses e especialmente com doses > 20 mg. Foram notificados casos
muito raros de rabdomiólise com a utilização de ezetimiba em associação com
inibidores
HMG-CoA
redutase.
Não
pode
excluída
interação
farmacodinâmica (ver secção 4.5) e deve ser tida precaução durante a utilização
concomitante.
Tal como com outros inibidores da HMG-CoA redutase, a taxa de notificação de
rabdomiólise associada a Rosuvastatina ratiopharm na utilização após introdução no
mercado é superior para a dose de 40 mg.
Determinação da creatinaquinase
A creatinaquinase (CK) não deve ser determinada após exercício vigoroso ou na
presença de alguma causa alternativa plausível para o aumento da CK que possam
confundir a interpretação do resultado. Se os níveis dos valores basais de CK
estiverem significativamente aumentados (> 5 x LSN), deve ser realizada uma
análise confirmatória no período de 5 - 7 dias. Se a repetição da análise confirmar
valores basais de CK > 5 x LSN, o tratamento não deverá ser iniciado.
Antes do tratamento
Rosuvastatina, tal como com outros inibidores da HMG-CoA redutase, deve ser
prescrita
precaução
doentes
fatores
predisponentes
para
miopatia/rabdomiólise. Esses fatores incluem:
insuficiência renal
hipotiroidismo
antecedentes pessoais ou familiares de perturbações musculares hereditárias
antecedentes
toxicidade
muscular
outro
inibidor
HMG-CoA
redutase ou fibratos
abuso de álcool
idade > 70 anos
situações em que possa ocorrer um aumento dos níveis plasmáticos (ver
secções 4.2, 4.5 e 5.2)
utilização concomitante de fibratos
Nestes doentes, o risco do tratamento deve ser ponderado relativamente ao possível
benefício e é recomendada a monitorização clínica. Se os níveis dos valores basais de
CK estiverem significativamente aumentados (> 5 x LSN) o tratamento não deverá
ser iniciado.
Durante o tratamento
Deve ser pedido aos doentes para notificarem imediatamente dores musculares,
fraqueza ou cãibras sem justificação, especialmente se associadas a indisposição ou
febre. Os níveis de CK devem ser determinados nestes doentes.A terapêutica deve
ser descontinuada se os níveis de CK foram acentuadamente elevados (<_ 5 x LSN)
ou se os sintomas musculares forem intensos e provocarem desconforto diário
(mesmo se os níveis de CK forem iguais a 5 x LSN). Caso os sintomas desapareçam
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17-10-2016
INFARMED
e os níveis de CK voltem ao normal, deve então ser tida em consideração a
reintrodução de rosuvastatina ou de um inibidor alternativo da HMG-CoA redutase na
dose
mais
reduzida
monitorização
cuidada.
Não
necessária
monitorização de rotina dos níveis de CK em doentes assintomáticos. Houve relatos
muito raros de uma miopatia necrotizante imunomediada (IMNM) durante ou após o
tratamento
estatinas,
incluindo
rosuvastatina.
IMNM
caracterizada
clinicamente por fraqueza muscular proximal e elevação da creatina quinase sérica,
que persistem apesar da interrupção do tratamento com estatina.
ensaios
clínicos
não
verificaram
indícios
aumento
efeitos
musculoesqueléticos no pequeno número de doentes a receber rosuvastatina e
terapêutica concomitante. Contudo, foi observado um aumento da incidência de
miosite e de miopatia em doentes a receber outros inibidores da HMG-CoA redutase
juntamente com derivados do ácido fíbrico incluindo gemfibrozil, ciclosporina, ácido
nicotínico, antifúngicos azoicos, inibidores da protease e antibióticos macrólidos. O
gemfibrozil aumenta o risco de miopatia quando administrado concomitantemente
com alguns inibidores da HMG-CoA redutase. Consequentemente, a associação de
rosuvastatina
gemfibrozil
não
recomendada.
benefícios
alterações
adicionais nos níveis lipídicos devidos à utilização combinada de rosuvastatina com
fibratos
niacina
devem
rigorosamente
ponderados
relativamente
potenciais riscos destas associações. A dose de 40 mg está contraindicada na
utilização concomitante de um fibrato (ver secções 4.5 e 4.8).
Rosuvastatina não deve ser utilizada em qualquer doente com uma doença grave
aguda
sugestiva
miopatia
predisponente
para
desenvolvimento
insuficiência renal devida a rabdomiólise (por exemplo, sepsis, hipotensão, cirurgia
major, trauma, perturbações metabólicas, endócrinas e eletrolíticas graves; ou
convulsões não controladas).
Efeitos hepáticos
Tal como com outros inibidores da HMG-CoA redutase, rosuvastatina deve ser
utilizado com precaução em doentes que consumam quantidades excessivas de
álcool e/ou que tenham antecedentes de doença hepática.
É recomendado que os testes da função hepática sejam realizados antes do início do
tratamento
3 meses
após
início
tratamento.
Rosuvastatina
deve
descontinuado ou a dose deve ser reduzida se o nível de transaminases séricas for
superior a 3 vezes o limite superior normal.
taxa
notificação
acontecimentos
hepáticos
graves
(consistindo
principalmente
aumento
transaminases
hepáticas)
utilização
após
introdução no mercado é superior para a dose de 40 mg.
Em doentes com hipercolesterolémia secundária causada por hipotiroidismo ou
síndrome nefrótico, a doença subjacente deve ser tratada antes do início da
terapêutica com rosuvastatina.
Raça
Os estudos farmacocinéticos indicam um aumento da exposição em indivíduos
asiáticos comparativamente a caucasianos (ver secção 4.2, secção 4.3 e secção 5.2).
Inibidores das proteases
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
Tem sido observado aumento da exposição sistémica à rosuvastatina, em indivíduos
tratados com rosuvastatina concomitantemente com vários inibidores da protease
em combinação com ritonavir. Deve-se considerar, tanto para o benefício de
hipolipemiantes pelo uso da rosuvastatina em doentes com VIH tratados com
inibidores da protease e o potencial para aumento das concentrações plasmáticas de
rosuvastatina quando se inicia e se titula doses de rosuvastatina em doentes
tratados com inibidores da protease. A utilização concomitante com alguns inibidores
das proteases não é recomendada a não ser que a dose de rosuvastatina seja
ajustada (ver secções 4.2 e 4.5).
Ácido fusídico
Rosuvastatina ratiopharm não deve ser co-administrado com formulações sistémicas
contendo ácido fusídico ou até 7 dias após a interrupção do tratamento ácido
fusídico. Em doentes em que a utilização de ácido fusídico sistémica é considerada
essencial, o tratamento com estatinas deverá ser descontinuado durante toda a
duração do tratamento com o ácido fusídico. Ocorreram relatos de rabdomiólise
(incluindo alguns casos fatais) em doentes que receberam ácido fusídico em
combinação com estatinas (ver secção 4.5). Os doentes devem ser aconselhados a
consultar imediatamente o médico se ocorreram sintomas de fraqueza muscular, dor
ou sensibilidade.
A terapia com estatinas pode ser re-introduzida sete dias após a última dose de
ácido fusídico.
Em circunstâncias excepcionais, em que é necessário ácido fusídico sistémico
prolongado, por exemplo, para o tratamento de infecções graves, a necessidade de
co-administração
Rosuvastatina
ratiopharm
ácido
fusídico
deve
considerada caso a caso e sob rigorosa supervisão médica.
Doença intersticial do pulmão
Foram notificados casos excecionais de doença pulmonar intersticial com algumas
estatinas, especialmente no
tratamento
de longo
prazo
(ver
secção
4.8).
sintomas podem incluir dispneia, tosse não produtiva e deterioração do estado geral
de saúde (fadiga, perda de peso e febre). Caso se suspeite de que um doente tenha
desenvolvido doença pulmonar intersticial, a terapêutica com estatinas deve ser
descontinuada.
Intolerância à lactose
doentes
problemas
hereditários
graves
intolerância
galactose,
deficiência de lactase de Lapp ou má absorção da glucose galactose não devem
tomar este medicamento.
Diabetes Mellitus
Algumas evidências sugerem que as estatinas como classe farmacológica podem
elevar a glicemia e em alguns doentes, com elevado risco de ocorrência futura de
diabetes, podem induzir um nível de hiperglicemia em que o tratamento formal de
diabetes é adequado. Este risco é, no entanto, suplantado pela redução do risco
vascular das estatinas e, portanto, não deve ser uma condição para interromper a
terapêutica. Os doentes em risco (glicemia em jejum entre 5,6 a 6,9 mmol/L,
IMC>30Kg/m2, triglicéridos aumentados, hipertensão) devem ser monitorizados
tanto clínica como bioquimicamente de acordo com as orientações nacionais.
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
No estudo JUPITER, a frequência geral de notificação de casos de diabetes mellitus
foi de 2,8% com a rosuvastatina e 2,3% com placebo, a maioria em doentes com
glicemia em jejum entre 5,6 e 6,9 mmol/L.
População pediátrica
A avaliação do crescimento linear (altura), peso, IMC (índice de massa corporal) e
características secundárias de maturação sexual pela escala de Tanner em doentes
pediátricos com idade compreendida entre os 10 e os 17 anos tratados com
rosuvastatina, é limitada ao período de um ano. Após 52 semanas de estudo com
este tratamento, não foi detetado qualquer efeito no crescimento, peso, IMC ou
maturação sexual (ver Secção 5.1). A experiência clínica em crianças e doentes
adolescentes é limitada e os efeitos a longo prazo de rosuvastatina (>1 ano) na
puberdade são desconhecidos.
Em estudos clínicos em crianças e adolescentes tratados com rosuvastatina durante
52 semanas, foram observadas com maior frequência, elevações da CK >10xLSN e
sintomas musculares após exercício ou aumento da atividade física em comparação
com as observações nos ensaios clínicos em adultos (ver Secção 4.8).
4.5
Interações medicamentosas e outras formas de interação
Efeito da co-administração de medicamentos com rosuvastatina
Inibidores da proteína transportadora: Rosuvastatina é um substrato para certas
proteínas transportadoras incluindo o transportador da recaptação hepática OATP1B1
e o transportador de efluxo BCRP. A administração concomitante de rosuvastatina
medicamentos
são
inibidores
destas
proteínas
transportadoras
pode
resultar em aumento das concentrações plasmáticas de rosuvastatina e um risco
aumentado de miopatia (ver secções 4.2, 4.4 e 4.5 Tabela 1).
Ciclosporina: Durante o tratamento concomitante com rosuvastatina e ciclosporina,
valores
rosuvastatina
foram,
média,
vezes
superiores
observados em voluntários saudáveis (ver Tabela 1). A rosuvastina está contra-
indicada em doentes a receber concomitantemente ciclosporina (ver secção 4.3) A
administração
concomitante
não
afetou
concentrações
plasmáticas
ciclosporina.
Inibidores
protease:
Apesar
mecanismo
exato
interacção
desconhecido,
concomitante
inibidores
protease
pode
aumentar
fortemente a exposição rosuvastatina (ver Tabela 1). Por exemplo, num estudo de
farmacocinética, a co-administração de farmacocinética de 10 mg de rosuvastatina e
um medicamento de combinação de dois inibidores da protease (300 mg de
atazanavir / 100 mg de ritonavir) em voluntários saudáveis foi associado com um
aumento
aproximadamente
três
vezes
sete
vezes
estado
estacionário da rosuvastatina e da Cmáx respectivamente. O uso concomitante de
rosuvastatina e algumas associações de inibidores da protease pode ser considerada
após cuidadosa consideração de ajustes de dose de rosuvastatina com base no
aumento esperado da exposição à rosuvastatina (ver secções 4.2, 4.4, 4.5 e Tabela
Gemfibrozil
outros
agentes
hipolipemiantes:
utilização
concomitante
rosuvastatina e gemfibrozil provocou um aumento de 2 vezes na Cmax e na AUC da
rosuvastatina (ver secção 4.4).
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
Com base nos dados de estudos específicos de interação, não são esperadas
interações farmacocinéticas relevantes com fenofibrato, embora possa ocorrer uma
interação
farmacodinâmica.
Gemfibrozil,
fenofibrato,
outros
fibratos
doses
hipolipemiantes (> ou igual a 1 g/dia) de niacina (ácido nicotínico) aumentam o risco
de miopatia quando administrados concomitantemente com inibidores da HMG-CoA
redutase, possivelmente porque podem provocar miopatia quando administrados
isoladamente. A dose de 40 mg está contraindicada na utilização concomitante com
um fibrato (ver secção 4.3 e secção 4.4). Estes doentes também devem iniciar o
tratamento com a dose de 5 mg.
Ezetimiba: A utilização concomitante de 10mg de rosuvastatina e 10mg de ezetimiba
resultou
aumento
rosuvastatina
doentes
hipercolesterolémia (Tabela 1). No entanto, não pode ser excluída uma interação
farmacodinâmica,
termos
efeitos
adversos,
entre
rosuvastatina
ezetimiba (ver secção 4.4).
Antiácidos:
administração
simultânea
rosuvastatina
suspensão
antiácida contendo alumínio e hidróxido de magnésio provocou uma diminuição na
concentração plasmática da rosuvastatina de aproximadamente 50 %. Este efeito foi
atenuado quando o antiácido foi administrado 2 horas após a rosuvastatina. A
relevância clínica desta interação não foi estudada.
Eritromicina: A utilização concomitante de Rosuvastatina e eritromicina provocou
uma diminuição de 20 % na AUC(0-t) e uma diminuição de 30 % na Cmax da
Rosuvastatina.
Esta
interação
pode
causada
pelo
aumento
motilidade
intestinal provocada pela eritromicina.
Ácido fusídico: O risco de miopatia incluindo rabdomiólise pode ser aumentado pela
administração
concomitante
ácido
fusídico
estatinas
sistémicas.
mecanismo desta interacção (se é farmacodinâmico e farmacocinético, ou ambos) é
ainda desconhecido. Existiram relatos de rabdomiólise (incluindo alguns casos fatais)
em doentes que recebem esta associação.
necessário
tratamento
ácido
fusídico
sistémico,
tratamento
rosuvastatina deve ser descontinuado durante toda a duração do tratamento com
ácido fusídico. Ver também a secção 4.4.
Enzimas do citocromo P450: Resultados de estudos in vitro e in vivo demonstram
que a rosuvastatina não é um inibidor nem um indutor das isoenzimas do citocromo
P450. Além disso, a rosuvastatina é um substrato fraco para essas isoenzimas.
Consequentemente, não são expectáveisas interacções medicamentosas resultantes
do metabolismo mediado pelo citocromo P450. Não foram bservadas interações
clinicamente relevantes entre a rosuvastatina e o fluconazol (um inibidor da CYP2C9
e da CYP3A4) ou o cetoconazol (um inibidor da CYP2A6 e da CYP3A4).
Interacções que requerem ajustamento de dose (ver também Tabela 1): Quando é
necessário co-administrar a rosuvastatina com outros medicamentos conhecidos por
aumentar a exposição à rosuvastatina, as doses de rosuvastatina devem ser
ajustadas. Deve iniciar-se com uma dose de rosuvastatina de 5mg uma vez por dia
se for esperado uma exposição (AUC) de aproximadamente 2vezes ou superior. A
dose máxima diária de rosuvastatina deve ser ajustada para que a exposição
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INFARMED
esperada de rosuvastatina não exceda as 40mg de dose diária de rosuvastatina
administrada sem interacção medicamentosa, por exemplo uma dose de 20mg de
rosuvastatina com gemfibrozil (aumento de 1,9 vezes), e uma dose de 10mg de
rosuvastatina com a associação atazanavir/ritonavir (aumento de 3,1 vezes).
Tabela 1. Efeito da co-administração de medicamentos com exposição à rosuvastatina
(AUC; em ordem de grandeza decrescente, a partir de ensaios clínicos publicados
Regime
posológico
interacção
medicamentosa
Regime
posológico
Rosuvastatina
Alteração
da Rosuvastatina
Ciclosporina 75 mg BID a 200 mg
BID, 6 meses
10 mg OD, 10 dias
7,1 vezes
Atazanavir
mg/ritonavir
100 mg OD, 8 dias
10 mg, dose única
3.1 vezes
Simeprevir 150 mg OD, 7 days
10 mg, dose única
2.8-vezes
Lopinavir 400 mg/ritonavir 100 mg
BID, 17 dias
20 mg OD, 7 dias
2.1 vezes
Dose
Clopidogrel
seguida de 75 mg às 24 hours
20 mg, dose única
2-vezes
Gemfibrozil 600 mg BID, 7 dias
80 mg, dose única
1.9 vezes
Eltrombopag 75 mg OD, 5 dias
10 mg, dose única
1.6 vezes
Darunavir 600 mg/ritonavir 100 mg
BID, 7 dias
10 mg OD, 7 dias
1.5 vezes
Tipranavir
mg/ritonavir
mg BID, 11 dias
10 mg, dose única
1.4 vezes
Dronedarone 400 mg BID
Não disponível
1.4 vezes
Itraconazole 200 mg OD, 5 dias
10 mg, dose única
** 1.4 vezes
Ezetimibe 10 mg OD, 14 dias
10 mg, OD, 14 dias
** 1.2 vezes
Fosamprenavir
mg/ritonavir
100 mg BID, 8 dias
10 mg, dose única
Aleglitazar 0.3 mg, 7 dias
40 mg, 7 dias
Silimarina 140 mg TID, 5 dias
10 mg, dose única
Fenofibrate 67 mg TID, 7 dias
10 mg, 7 dias
Rifampina 450 mg OD, 7 dias
20 mg, dose única
Cetoconazole 200 mg BID, 7 dias
80 mg, dose única
Fluconazole 200 mg OD, 11 dias
80 mg, dose única
Eritromicina 500 mg QID, 7 dias
80 mg, dose única
Baicalina 50 mg TID, 14 dias
20 mg, dose única
* Dados apresentados como alteração de x-vezes representam uma relação simples
entre a co-administração e rosuvastatina isolada. Dados apresentados como % a % da
alteração representa a diferença relativa à rosuvastatina isolada. Aumento indicado
como ( “
”, sem alteração como “
”, diminuição como “
”)
** Foram efectuados vários estudos de interação como diferentes regimes posológicos
de rosuvastatina, a tabela mostra as relações mais significativas
OD = uma vez dia; BID = duas vezes dia; TID = três vezes dia; QID = quatro vezes dia
Efeito da rosuvastatina na co-administração de medicamentos
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
Antagonistas da vitamina K: Tal como com outros inibidores da HMG-CoA redutase, o
início do tratamento ou a titulação crescente da posologia de rosuvastatina em
doentes tratados concomitantemente com antagonistas da vitamina K (por exemplo,
varfarina ou outro anticoagulante cumarínico) pode provocar um aumento da
International
Normalised
Ratio
Razão
Normalizada
Internacional
(INR).
descontinuação ou a diminuição da posologia de rosuvastatina pode provocar uma
diminuição da INR. Nessas situações, é aconselhada uma monitorização adequada da
INR.
Contracetivos orais/terapêutica de substituição hormonal (TSH):
A utilização concomitante de rosuvastatina e de um contracetivo oral teve como
consequência um aumento da AUC do etinilestradiol e do norgestrel de 26 % e 34 %,
respetivamente. Este aumento dos níveis plasmáticos deve ser tido em consideração
na seleção das doses do contracetivo oral. Não existem dados farmacocinéticos
disponíveis em indivíduos que tomam rosuvastatina concomitantemente com TSH e,
por isso, não é possível excluir um efeito semelhante.
Contudo, a associação tem sido largamente utilizada em mulheres em ensaios
clínicos e tem sido bem tolerada.
Outros medicamentos:
Digoxina: Com base em dados de estudos de interação específicos, não é esperada
qualquer interação clinicamente relevante com digoxina.
População pediátrica
Estudos
interacção
apenas
foram
efectuados
adultos. A
extensão
interacções na população pediátrica não é conhecida.
4.6
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Rosuvastatina está contraindicada na gravidez e no aleitamento.
As mulheres com potencial para engravidar devem utilizar métodos contracetivos
adequados.
Dado que o colesterol e outros produtos da biossíntese do colesterol são essenciais
para o desenvolvimento do feto, o potencial risco da inibição da HMG-CoA redutase
sobrepõe-se às vantagens do tratamento durante a gravidez. Os estudos em animais
revelaram poucos indícios de toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Se uma doente
ficar
grávida
durante
utilização
deste
produto,
tratamento
deve
imediatamente descontinuado.
A rosuvastatina é excretada no leite de ratos. Não existem dados relativos à
excreção de leite no ser humano (ver secção 4.3).
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram realizados estudados para determinar os efeitos de rosuvastatina sobre a
capacidade de conduzir e de utilizar máquinas. Contudo, com base nas suas
propriedades farmacodinâmicas, é pouco provável que Rosuvastatina ratiopharm
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
afete essa capacidade. Durante a condução de veículos ou a utilização de máquinas,
deve ser tido em consideração que podem ocorrer tonturas durante o tratamento.
4.8
Efeitos indesejáveis
efeitos
adversos
observados
rosuvastatina
são
geralmente
ligeiros
transitórios. Em ensaios clínicos controlados, menos de 4 % dos doentes tratados
com rosuvastatina abandonaram os ensaios devido a acontecimentos adversos.
Lista tabelar de efeitos adversos
acordo
dados
ensaios
clínicos
extensa
experiência
pós-
comercialização, a tabela seguinte apresenta o perfil de reações adversas para a
rosuvastatina. Os efeitos adversos são classificados de acordo com a frequência e
classes de sistemas de órgãos.
As frequências dos efeitos adversos são classificadas de acordo com a seguinte
convenção:
Frequentes
(≥
1/100
< 1/10);
Pouco
frequentes
(≥
1/1000
< 1/100); Raros (≥ 1/10000 a < 1/1000); Muito raros (<1/10000); Desconhecido
(não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
Tabela 2. Efeitos adversos de acordo com estudos clínicos e experiência pós-
comercialização
Sistema de classes
de órgãos
Frequentes Pouco
frequentes
Raros
Muito raros
Desconhecido
Doenças
sangue
sistema linfático
Trombocitopénia
Doenças
sistema imunitário
Reações
hipersensibilidade,
incluindo
angioedema
Doenças
endócrinas
Diabetes
mellitus1
Perturbações
foro psiquiátrico
Depressão
Doenças
sistema nervoso
Cefaleias
Tonturas
Polineuropatia
Perda
memória
Neuropatia
periférica
Alterações
sono (incluindo
insónias
pesadelos)
Doenças
respiratórias,
torácicas
mediastino
Tosse
Dispneia
Doenças
gastrointestinais
Obstipação
Náusea
abdominal
Pancreatite
Diarreia
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
Sistema de classes
de órgãos
Frequentes Pouco
frequentes
Raros
Muito raros
Desconhecido
Afeções
hepatobiliares
Aumento
transaminases
hepáticas
Icterícia
Hepatite
Afeções
tecidos cutâneos e
subcutâneos
Prurido
Erupção
cutânea
Urticária
Síndrome
Stevens-
Johnson
Afeções
musculosqueléticas
tecidos
conjuntivos
Mialgia
Miopatia
(incluindo
miosite)
Rabdomiólise
Artralgia
miopatia
necrotizante
imunomediada,
problemas nos
tendões,
vezes
agravados
ruturas.
Doenças
renais
urinárias
Hematúria
Doenças
órgãos
genitais
da mama
Ginecomastia
Perturbações
gerais e alterações
local
administração
Astenia
Edema
1Frequência depende da presença ou ausência de fatores de risco (glicemia em jejum 5,6-6,9
mmol/L, IMC > 30kg/m2, triglicéridos elevados, história de hipertensão)
como
outros
inibidores
HMG-CoA
redutase
incidência
acontecimentos adversos é dose-dependente.
Efeitos
renais:
observada
proteinúria
maioritáriamente
origem
tubular,
detetada
métodos
fita
(testes
«dipstick»),
doentes
tratados
rosuvastatina. Foram observadas variações nas proteínas urinárias desde ausência
ou vestígios até ++ ou superior em < 1 % dos doentes em algum momento durante
o tratamento com 10 e 20 mg, e em aproximadamente 3 % dos doentes tratados
com 40 mg. Foi observado um pequeno aumento da variação de ausência ou
vestígios para + com a dose de 20 mg. Na maioria dos casos, a proteinúria diminui
ou desaparece espontaneamente com a continuação da terapêutica.
A análise de dados de ensaios clínicos e da experiência após introdução no mercado
até à data não identificou uma associação causal entre a proteinúria e a doença renal
aguda ou progressiva.
Foi observada hematúria em doentes tratados com rosuvastatina e os dados de
ensaios clínicos indicam que a ocorrência é reduzida.
Efeitos musculoesqueléticos: Os efeitos musculoesqueléticos, por exemplo, mialgia,
miopatia (incluindo miosite) e, raramente, rabdomiólise, com e sem insuficiência
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
renal aguda, foram notificados em doentes tratados com rosuvastatina para todas as
doses e especialmente com doses > 20 mg.
Foi observado um aumento dos níveis de CK, relacionado com a dose, em doentes a
tomar rosuvastatina; a maioria dos casos foi ligeira, assintomática e transitória. Se
os níveis de CK estiverem aumentados (> 5 x LSN), o tratamento deve ser
descontinuado (ver secção 4.4).
Efeitos hepáticos: Tal como com outros inibidores da HMG-CoA redutase, foi
observado um aumento das transaminases, relacionado com a dose, num pequeno
número
doentes
tomar
rosuvastatina;
maioria
casos
ligeira,
assintomática e transitória.
Foram notificados os seguintes acontecimentos adversos com algumas estatinas:
- Disfunção sexual
- Casos excecionais de doença pulmonar intersticial, especialmente com terapêutica
de longa duração (ver secção 4.4).
A taxa de notificação de rabdomiólise, eventos renais graves e eventos hepáticos
graves (consistindo principalmente no aumento das transaminases hepáticas) é
maior com a dose de 40 mg.
População pediátrica:
As elevações da creatina fosfoquinase >10xLSN e os sintomas musculares após
exercício ou aumento da atividade física foram observados mais frequentemente em
ensaios clínicos de 52 semanas em crianças e adolescentes em comparação com os
adultos (ver secção 4.4). Noutros aspetos, o perfil de segurança de rosuvastatina foi
semelhante em crianças e adolescentes comparativamente com adultos.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio
internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9
Sobredosagem
Não
existe
tratamento
específico
caso
sobredosagem.
caso
sobredosagem, o doente deve ser tratado de forma sintomática e devem ser
iniciadas medidas de suporte, consoante necessário. A função hepática e os níveis de
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
CK devem ser monitorizados. É pouco provável que a hemodiálise tenha algum
benefício.
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 3.7 – Aparelho cardiovascular. Antidislipidémicos
Código ATC: C10A A07
Mecanismo de ação
A rosuvastatina é um inibidor seletivo e competitivo da HMG-CoA redutase, a enzima
limitante
taxa
conversão
3-hidroxi3-metilglutaril
coenzima
mevalonato, um precursor do colesterol. O principal local de ação da rosuvastatina é
o fígado, o órgão-alvo para a redução do colesterol.
A rosuvastatina aumenta o número de recetores hepáticos das LDL na superfície
celular, potenciando a captação e o catabolismo das LDL e inibe a síntese hepática
das VLDL, reduzindo, desse modo, o número total de partículas de VLDL e LDL.
Efeitos farmacodinâmicos
A rosuvastatina reduz os níveis elevados de colesterol LDL (C LDL), de colesterol
total (C Total) e de triglicéridos (TG) e aumenta o colesterol HDL (C HDL). Reduz
igualmente a Apoproteína B (ApoB), o Colesterol não HDL (C não HDL), o Colesterol
VLDL (C VLDL), os Triglicéridos VLDL (TG VLDL) e aumenta a Apoproteína A-I (ApoA-
I) (ver Tabela 1).
A rosuvastatina reduz igualmente as razões C LDL/C HDL, C Total/C HDL e C não
HDL/C HDL e ApoB/ApoA-I.
Tabela 1 Dose-resposta em doentes com hipercolesterolemia primária (tipo IIa e IIb)
(ajustada à variação percentual média relativa aos valores basais)
Dose
C LDL
C Total
C HDL
C não HDL ApoB
ApoA-I
Placebo
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
É obtido um efeito terapêutico no período de 1 semana após o início do tratamento e
90 % da resposta máxima são atingidos em 2 semanas.
A resposta máxima é habitualmente atingida em 4 semanas e é mantida a partir
desse momento.
Eficácia clínica e segurança
rosuvastatina
eficaz
adultos
hipercolesterolemia,
hipertrigliceridemia, independentemente da raça, sexo ou idade, e em populações
especiais, tais como diabéticos, ou em doentes com hipercolesterolemia familiar.
Com base em dados agrupados de fase III, a rosuvastatina demonstrou ser eficaz no
tratamento da maioria dos doentes com hipercolesterolemia de tipo IIa e IIb (valores
basais médios de Colesterol LDL cerca de 4,8 mmol/L) para os valores-alvo indicados
nas orientações da Sociedade Europeia de Aterosclerose (EAS; 1998); cerca de 80 %
dos doentes tratados com 10 mg alcançaram as metas da EAS para os níveis de
Colesterol LDL (< 3 mmol/L).
Num estudo de grandes dimensões, com um protocolo de titulação forçada, foram
administradas doses de rosuvastatina de 20 mg a 80 mg a 435 doentes com
hipercolesterolemia familiar heterozigótica. Todas as doses demonstraram um efeito
benéfico quanto aos parâmetros lipídicos e aos objetivos traçados para o tratamento.
Após a titulação para uma dose diária de 40 mg (12 semanas de tratamento), o
Colesterol LDL foi reduzido em 53 %. 33 % dos doentes alcançaram as diretrizes da
EAS para os níveis de Colesterol LDL (< 3 mmol/L).
ensaio
ocultação,
titulação
forçada,
doentes
hipercolesterolemia
familiar
homozigótica
foram
avaliados
relativamente
resposta à rosuvastatina 20 - 40 mg. Na população global, a redução média de
Colesterol LDL foi de 22 %.
estudos
clínicos
número
reduzido
doentes,
rosuvastatina
demonstrou possuir uma eficácia cumulativa na redução de triglicéridos quando
utilizada em associação com fenofibrato e no aumento dos níveis Colesterol HDL
quando utilizada em associação com niacina (ver secção 4.4).
estudo
clínico
multicêntrico,
controlado
placebo,
dupla
ocultação
(METEOR), 984 doentes, com idades compreendidas entre 45 e 70 anos e com risco
reduzido para doença cardíaca coronária (definido como risco de Framingham < 10
% ao longo de 10 anos), com um Colesterol LDL médio de 4,0 mmol/L (154,5
mg/dL) mas com aterosclerose subclínica (detetada pela Espessura Íntima-Média da
Carótida), foram aleatorizados para 40 mg de rosuvastatina, uma vez por dia, ou
para placebo durante 2 anos. A rosuvastatina reduziu significativamente a taxa de
progressão
EIMC
máxima
para
locais
artérias
carótidas
comparativamente ao placebo em -0,0145 mm/ano [intervalo de confiança de 95 %:
-0,0196, -0,0093; p < 0,0001]. A variação relativamente aos valores basais foi de -
0,0014
mm/ano
(-0,12
%/ano
(não
significativa))
para
rosuvastatina
comparativamente a uma progressão de +0,0131 mm/ano (1,12 %/ano (p <
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
0,0001) para o placebo. Ainda não foi demonstrada qualquer correlação direta entre
a diminuição da EIMC e a redução do risco para eventos cardiovasculares. A
população estudada no METEOR tem risco reduzido para doença cardíaca coronária e
não representam a população alvo da rosuvastatina 40 mg. A dose de 40 mg apenas
deve ser prescrita a doentes com hipercolesterolemia grave com risco cardiovascular
elevado (ver secção 4.2).
No estudo JUPITER (Justification for the Use of Statins in Primary Prevention: An
Intervention Trial Evaluating Rosuvastatina – Justificação para a Utilização de
estatinas
Prevenção
Primária:
Ensaio
Interventivo
Avaliação
rosuvastatina), o efeito da rosuvastatina na ocorrência de eventos major de doença
cardiovascular aterosclerótica foi avaliado em 17.802 homens (≥ 50 anos) e
mulheres (≥ 60 anos).
Os participantes no estudo foram aleatoriamente destinados para placebo (n = 8901)
ou para rosuvastatina 20 mg, uma vez por dia, (n = 8901), e foram seguidos
durante um período médio de 2 anos.
A concentração de colesterol LDL foi reduzida em 45 % (p < 0,001) no grupo da
rosuvastatina comparativamente ao grupo do placebo.
Numa análise post-hoc de um subgrupo de indivíduos de risco elevado, com valores
basais na escala de risco de Framingham > 20 % (1558 indivíduos), verificou-se
redução
significativa
para
critério
avaliação
combinado
morte
cardiovascular, AVC e enfarte do miocárdio (p = 0,028) no tratamento com
rosuvastatina comparativamente ao placebo. A redução absoluta do risco na taxa de
eventos por 1000 doentes-ano foi de 8,8. A mortalidade total permaneceu inalterada
neste grupo de risco elevado (p = 0,193). Numa análise post-hoc de um subgrupo de
indivíduos de risco elevado (9302 indivíduos no total), com valores basais de risco na
SCORE ≥ 5 % (extrapolados para incluir indivíduos com idade superior a 65 anos),
verificou-se uma redução significativa para o critério de avaliação combinado de
morte cardiovascular, AVC e enfarte do miocárdio (p = 0,0003) no tratamento com
rosuvastatina comparativamente ao placebo. A redução absoluta do risco na taxa de
eventos por 1000 doentes-ano foi de 5,1. A mortalidade total permaneceu inalterada
neste grupo de risco elevado (p = 0,076).
No ensaio JUPITER, 6,6 % dos indivíduos no grupo da rosuvastatina e 6,2 % no
grupo do placebo descontinuaram a utilização do medicamento em estudo devido a
evento
adverso.
eventos
adversos
mais
frequentes
levaram
descontinuação do tratamento foram: mialgia (0,3 % rosuvastatina, 0,2 % placebo),
dor abdominal (0,03 % rosuvastatina, 0,02 % placebo) e exantema (0,02 %
rosuvastatina, 0,03 % placebo). Os eventos adversos mais frequentes com uma taxa
igual ou superior à do placebo foram infeção do trato urinário (8,7 % rosuvastatina,
8,6 % placebo), nasofaringite (7,6 % Rosuvastatina, 7,2 % placebo), dor nas costas
(7,6 % rosuvastatina, 6,9 % placebo) e mialgia (7,6 % rosuvastatina, 6,6 %
placebo).
População pediátrica
Num estudo de 12 semanas, controlado com placebo, multicêntrico, randomizado,
em dupla ocultação (n=176, 97 do sexo masculino e 79 do sexo feminino) seguido
de uma fase de 40 semanas (n=173, 96 do sexo masculino e 77 do sexo feminino)
aberta, de ajuste da dose de rosuvastatina, doentes entre os 10 e 17 anos de idade
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
(estadio de Tanner II-V, sexo feminino com pelo menos um ano pós-menarca) com
hipercolesterolémia
familiar
heterozigótica,
receberam
rosuvastatina ou placebo diariamente durante 12 semanas, e todos receberam
posteriormente
rosuvastatina
diariamente
durante
semanas.
início
recrutamento do estudo, aproximadamente 30% dos doentes tinham entre os 10 e
os 13 anos e aproximadamente 17%, 18%, 40% e 25% estavam no estadio Tanner
II, III, IV e V, respetivamente.
A C-LDL foi reduzida em 38,3%, 44,6% e 50,0% com rosuvastatina 5, 10 e 20 mg
respetivamente, comparado a 0,7% com placebo.
No final da semana 40, do estudo aberto, de ajuste da dose para o objetivo, doseado
até um máximo de 20 mg, uma vez por dia, 70 de 173 doentes (40,5%) tinham
atingido o objetivo pretendido de valores de C-LDL inferiores a 2,8 mmol/l.
Após 52 semanas de tratamento do estudo, não foi detetado qualquer efeito sobre o
crescimento, peso, IMC ou maturação sexual (ver secção 4.4). A experiência clínica
em crianças e doentes adolescentes é limitada e os efeitos a longo prazo de
rosuvastatina (>1 ano) na puberdade são desconhecidos. Este estudo (n=176) não
foi adequado para comparação de reações adversas medicamentosas graves.
5.2
Propriedades farmacocinéticas
Absorção: As concentrações plasmáticas máximas da rosuvastatina são atingidas
aproximadamente 5 horas após administração oral. A biodisponibilidade absoluta é
de aproximadamente 20 %.
Distribuição: A rosuvastatina é extensamente captada pelo fígado que constitui o
principal local de síntese do colesterol e de depuração do Colesterol LDL. O volume
de distribuição da rosuvastatina é de aproximadamente 134 L. Aproximadamente 90
% da rosuvastatina encontra-se ligada às proteínas plasmáticas, principalmente à
albumina.
Metabolismo:
rosuvastatina
submetida
metabolismo
reduzido
(aproximadamente 10 %). Os estudos metabólicos in vitro utilizando hepatócitos
humanos indicam que a rosuvastatina é um substrato fraco para o metabolismo
baseado no citocromo P450. A CYP 2C9 foi a principal isoenzima envolvida, com a
2C19,
envolvidas
menor
extensão.
principais
metabolitos
identificados são os metabolitos N-desmetil e a lactona. O metabolito N-desmetil é
aproximadamente 50 % menos ativo do que a rosuvastatina enquanto a lactona é
considerada clinicamente inativa. A rosuvastatina representa mais de 90 % da
atividade inibidora da HMG-CoA redutase circulante.
Excreção:
Aproximadamente
dose
rosuvastatina
são
excretados
inalterados nas fezes (compostos por substância ativa absorvida e não absorvida) e
a parte remanescente é excretada na urina. Aproximadamente 5 % são excretados
inalterados na urina. A semivida de eliminação plasmática é de aproximadamente 19
horas. A semivida de eliminação não aumenta para doses mais elevadas. A média
geométrica
depuração
plasmática
aproximadamente
litros/hora
(coeficiente de variação de 21,7 %). Tal como com outros inibidores da HMG-CoA
redutase,
captação
hepática
rosuvastatina
envolve
transportador
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
membrana OATP-C. Este transportador é importante na eliminação hepática da
rosuvastatina.
Linearidade: A exposição sistémica à rosuvastatina aumenta proporcionalmente à
dose. Não existem alterações nos parâmetros farmacocinéticos após administração
de doses múltiplas diárias.
Populações especiais:
Idade e sexo: Não se observou qualquer efeito clinicamente relevante da idade ou do
sexo sobre a farmacocinética da rosuvastatina em adultos. A exposição em crianças
adolescentes
hipercolesterolemia
heterozigótica
familiar
parece
semelhante ou menor do que em doentes adultos com dislipidemia. (Consulte
"População pediátrica" abaixo).
Raça: Os estudos farmacocinéticos indicam um aumento de cerca de 2 vezes nas
AUC e Cmax medianas em indivíduos asiáticos (japoneses, chineses, filipinos,
vietnamitas
coreanos)
comparativamente
caucasianos;
indo-asiáticos
apresentam aproximadamente um aumento de 1,3 vezes nas AUC e Cmax medianas.
análise
farmacocinética
populacional
não
revelou
diferenças
clinicamente
relevantes na farmacocinética entre grupos de caucasianos e de negroides.
Insuficiência renal: Num estudo em indivíduos com diversos graus de insuficiência
renal, a doença renal ligeira a moderada não teve qualquer influência sobre a
concentração
plasmática
rosuvastatina
metabolito
N-desmetil.
indivíduos com insuficiência grave (CrCl < 30 mL/min) apresentaram um aumento de
3 vezes na concentração plasmática e um aumento de 9 vezes na concentração do
metabolito N-desmetil comparativamente a voluntários saudáveis. As concentrações
plasmáticas em equilíbrio dinâmico da rosuvastatina em indivíduos submetidos a
hemodiálise
foram
aproximadamente
superiores
comparativamente
voluntários saudáveis.
Insuficiência
hepática:
estudo
indivíduos
diversos
graus
insuficiência hepática, não se observaram indícios de aumentos na exposição à
Rosuvastatina em indivíduos com classificações iguais ou inferiores a 7 na escala de
Child-Pugh. Contudo, dois indivíduos com classificações de 8 e 9 na escala de Child-
Pugh apresentaram um aumento da exposição sistémica de pelo menos 2 vezes
comparativamente a indivíduos com classificações inferiores na escala de Child-Pugh.
Não existe experiência em indivíduos com classificações superiores a 9 na escala de
Child-Pugh.
Polimorfismos genéticos: A disposição de inibidores da HMG-CoA redutase, incluindo
rosuvastatina, envolve proteínas OATP1B1 e transportadores BCRP. Em doentes com
) polimorfismos genéticos SLCO1B1 (OATP1B1) e / ou ABCG2 (BCRP) existe o risco
de um aumento da exposição à rosuvastatina. Os polimorfismos individuais de
SLCO1B1 c.521CC e ABCG2 c.421AA estão associados a uma maior exposição à
rosuvastatina (AUC) em comparação com os genótipos SLCO1B1 c.521TT ou ABCG2
c.421CC. Esta genotipagem específica não está estabelecido na prática clínica, mas
para
doentes
são
conhecidos
esses
tipos
polimorfismos,
recomenda-se uma dose diária inferior da rosuvastatina.
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
População
pediátrica:
Dois
estudos
farmacocinéticos
rosuvastatina
(administrada como comprimidos) em doentes pediátricos com hipercolesterolemia
familiar heterozigótica
10-17
ou 6-17
anos
idade
(total
doentes)
demonstrou que a exposição em doentes pediátricos parece comparável ou menor do
que em doentes adultos. A exposição da rosuvastatina era previsível no que diz
respeito à dose e tempo ao longo de um período de 2 anos.
5.3
Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo
estudos convencionais de farmacologia de segurança, genotoxicidade e potencial
carcinogénico. Não foram avaliados testes específicos para os efeitos sobre hERG. As
reacções adversas não observadas em estudos clínicos, mas sim em animais com
níveis de exposição semelhantes aos níveis de exposição clínica, foram as seguintes:
Em estudos de toxicidade de dose repetida alterações hepáticas histopatológicos
provavelmente devido à ação farmacológica da rosuvastatina foram observadas no
rato, e em menor escala, com efeitos na vesícula biliar em cães, mas não em
macacos. Adicionalmente, a toxicidade dos testículos foi observada em macacos e
cães com doses superiores. A toxicidade reprodutiva foi evidente em ratos com
redução dos tamanhos das ninhadas, do peso das ninhadas e da sobrevivência das
crias,
observados
doses
toxicidade materna
para
níveis
exposição
sistémica várias vezes superior ao nível de exposição terapêutica.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1
Lista de excipientes
Núcleo do comprimido:
Celulose microcristalina
Lactose mono-hidratada
Crospovidona (tipo B)
Hidroxipropilcelulose
Bicarbonato de sódio
Estearato de magnésio
Revestimento:
Lactose mono-hidratada
Hipromelose 6 cP
Dióxido de titânio (E 171)
Triacetina
Óxido de ferro amarelo (E 172) em Rosuvastatina 5 mg
Óxido de ferro vermelho (E 172) em Rosuvastatina 10 mg, 20 mg e 40 mg
6.2
Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3
Prazo de validade
Embalagens «blister»:
3 anos
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
Frascos de HDPE:
Rosuvastatina 5, 10, 20 mg
3 anos
Rosuvastatina 40 mg
18 meses
Prazo de validade após a primeira abertura do frasco: 6 meses
6.4
Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
Embalagens «blister» de OPA/Al/PVC-Alumínio ou de PVC/PVDC-Alumínio:
7, 14, 15, 20, 28, 30, 42, 50, 56, 60, 84, 90, 98, 100 comprimidos
Frasco de HDPE com um fecho com rosca de polipropileno e um dessecante:
30, 100 comprimidos
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6
Precauções especiais de eliminação <e manuseamento>
Não existem requisitos especiais
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
ratiopharm, Comércio e Industria de Produtos Farmacêuticos, Lda
Lagoas Parque, Edifício 5-A, Piso 2
2740 – 245 Porto Salvo
8.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Rosuvastatina ratiopharm, 5 mg, comprimidos
Registo n.º 5425749 no INFARMED – embalagem de 14 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5425772 no INFARMED – embalagem de 14 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5470539 no INFARMED – embalagem de 20 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5470547 no INFARMED – embalagem de 20 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5425756 no INFARMED – embalagem de 28 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5425806 no INFARMED – embalagem de 28 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5470554 no INFARMED – embalagem de 30 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5470562 no INFARMED – embalagem de 30 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5425764 no INFARMED – embalagem de 56 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5425814 no INFARMED – embalagem de 56 unidades, PVC/PVDC-Alu
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
Registo n.º 5470570 no INFARMED – embalagem de 60 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5470604 no INFARMED – embalagem de 60 unidades, PVC/PVDC-Alu
Rosuvastatina ratiopharm, 10 mg, comprimidos
Registo n.º 5425855 no INFARMED – embalagem de 14 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5425822 no INFARMED – embalagem de 14 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5473665 no INFARMED – embalagem de 20 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5473673 no INFARMED – embalagem de 20 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5425863 no INFARMED – embalagem de 28 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5425830 no INFARMED – embalagem de 28 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5473707 no INFARMED – embalagem de 30 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5473715 no INFARMED – embalagem de 30 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5425871 no INFARMED – embalagem de 56 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5425848 no INFARMED – embalagem de 56 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5473723 no INFARMED – embalagem de 60 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5473731 no INFARMED – embalagem de 60 unidades, PVC/PVDC-Alu
Rosuvastatina ratiopharm, 20 mg, comprimidos
Registo n.º 5425939 no INFARMED – embalagem de 14 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5425905 no INFARMED – embalagem de 14 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5470679 no INFARMED – embalagem de 20 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5470703 no INFARMED – embalagem de 20 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5425947no INFARMED – embalagem de 28 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5425913 no INFARMED – embalagem de 28 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5470711 no INFARMED – embalagem de 30 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5470729 no INFARMED – embalagem de 30 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5425954 no INFARMED – embalagem de 56 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5425921 no INFARMED – embalagem de 56 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5470737 no INFARMED – embalagem de 60 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5473749 no INFARMED – embalagem de 60 unidades, PVC/PVDC-Alu
Rosuvastatina ratiopharm,40 mg, comprimidos
Registo n.º 5425962 no INFARMED – embalagem de 56 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5426010 no INFARMED – embalagem de 56 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5470752 no INFARMED – embalagem de 20 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5470760 no INFARMED – embalagem de 20 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5425970 no INFARMED – embalagem de 28 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5426028 no INFARMED – embalagem de 28 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5470778 no INFARMED – embalagem de 30 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5470802 no INFARMED – embalagem de 30 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5426002 no INFARMED – embalagem de 56 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5426036 no INFARMED – embalagem de 56 unidades, PVC/PVDC-Alu
Registo n.º 5470810 no INFARMED – embalagem de 60 unidades, OPA/Alu/PVC-Alu
Registo n.º 5470828 no INFARMED – embalagem de 60 unidades, PVC/PVDC-Alu
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
21 de novembro de 2011
APROVADO EM
17-10-2016
INFARMED
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Outubro 2016