Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
08-05-2016
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INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Rosuvastatina Teva 5 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Teva 10 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Teva 20 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Teva 40 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
Neste folheto:
1. O que é Rosuvastatina Teva e para que é utilizada
2. O que precisa de saber antes de tomar Rosuvastatina Teva
3. Como tomar Rosuvastatina Teva
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Rosuvastatina Teva
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O QUE É ROSUVASTATINA TEVA E PARA QUE É UTILIZADA
A rosuvastatina pertence a um grupo de medicamentos chamados estatinas.
Foi-lhe prescrita rosuvastatina porque:
- tem níveis de colesterol elevados. Isto significa que está em risco de sofrer um ataque
cardíaco ou um acidente vascular cerebral.
Foi-lhe aconselhado tomar rosuvastatina porque a alteração na sua dieta e o aumento do
exercício físico não foram suficientes para corrigir os seus valores de colesterol. Deverá
continuar a sua dieta de redução do colesterol e o exercício físico enquanto toma
rosuvastatina.
- tem outros fatores que aumentam o seu risco de sofrer um ataque cardíaco, um acidente
vascular cerebral ou problemas de saúde relacionados.
Ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais e outros problemas podem ser causados
por uma doença chamada aterosclerose.
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A aterosclerose é devida à acumulação de depósitos de gordura nas suas artérias.
Porque é importante continuar a tomar Rosuvastatina Teva?
A rosuvastatina é usada para corrigir os níveis de substâncias gordas no sangue,
designadas de lípidos, sendo o colesterol o mais comum.
Existem diferentes tipos de colesterol no sangue – o colesterol “mau” (C-LDL) e o
colesterol “bom” (C-HDL).
- A rosuvastatina pode reduzir o colesterol “mau” e aumentar o colesterol “bom”.
- Atua ajudando a bloquear a produção corporal do “mau” colesterol. Também melhora a
capacidade do corpo em removê-lo do sangue.
Na maioria das pessoas, o colesterol elevado não afeta a forma como se sente porque não
produz quaisquer sintomas. No entanto, se não receber tratamento, podem ocorrer
depósitos de gordura nas paredes dos seus vasos sanguíneos provocando o seu
estreitamento.
Por vezes, estes vasos sanguíneos estreitos podem ficar bloqueados, o que pode impedir o
fornecimento de sangue ao coração ou ao cérebro, conduzindo a um ataque cardíaco ou a
um acidente vascular cerebral. Se corrigir os seus valores de colesterol, poderá reduzir o
risco de ter um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral ou de problemas de
saúde.
Necessita de continuar a tomar rosuvastatina mesmo tenha reduzido o colesterol para o
nível correto, uma vez que evita que os níveis de colesterol aumentem novamente e
causem acumulação de depósitos de gordura.
No entanto, deverá parar de tomar rosuvastatina se o seu médico lhe disser para
interromper o tratamento ou se engravidar.
2. O QUE PRECISA DE SABER ANTES DE TOMAR ROSUVASTATINA TEVA
NÃO tome Rosuvastatina Teva
- se tem alergia à rosuvastatina ou a qualquer outro componente deste medicamento
(listados na secção 6). Uma reação alérgica pode incluir erupção na pele, comichão,
dificuldade respiratória ou inchaço na face, lábios, garganta ou língua.
- se estiver grávida ou a amamentar. Se engravidar enquanto estiver a tomar
Rosuvastatina Teva, pare imediatamente de o tomar e informe o seu médico. As mulheres
deverão evitar engravidar enquanto estiverem a tomar Rosuvastatina Teva, utilizando um
método contracetivo adequado.
- se tiver uma doença do fígado.
- se tiver doença renal grave.
- se sentir dores musculares frequentes ou inexplicáveis.
- se estiver a tomar uma substância designada de ciclosporina (utilizada, por exemplo,
após o transplante de órgãos).
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Se alguma das situações acima descritas se aplica a si consulte novamente o seu médico.
Adicionalmente, NÃO tome Rosuvastatina Teva de 40 mg (a dose mais elevada do
medicamento):
- se tiver doença renal moderada ( em caso de dúvida, consulte o seu médico).
- se a sua glândula tiroide não estiver a funcionar corretamente.
- se sentir dores musculares frequentes ou inexplicáveis, antecedentes pessoais ou
familiares de doença muscular, ou antecedentes de doença muscular associados à
administração de outros medicamentos de redução do colesterol.
- se bebe regularmente grandes quantidades de álcool
- se é de origem asiática (Japonesa, Chinesa, Filipina, Vietnamita, Coreana ou Indiana)
- se tomar outros medicamentos designados de fibratos para reduzir os níveis de
colesterol.
Se alguma das situações acima descritas se aplica a si (ou em caso de dúvida), consulte
novamente o seu médico.
Advertências e Precauções
Enquanto estiver a tomar este medicamento o seu médico irá avaliar de perto se tem
diabetes ou está em risco de vir a ter diabetes. Estará em risco de vir a ter diabetes se tem
níveis elevados de açúcar e gorduras no sangue, excesso de peso ou pressão arterial
elevada.
Antes do tratamento com Rosuvastatina Teva, informe o seu médico:
- se tiver doença renal
- se tiver doença hepática
- se sentir dores musculares frequentes ou inexplicáveis, se tem antecedentes pessoais ou
familiares de doença muscular ou antecedentes de doença muscular associada à
administração de outros medicamentos para redução do colesterol. Contacte
imediatamente o seu médico se sentir dores musculares inexplicáveis, especialmente se
não se sentir bem ou se tiver febre.
Informe o seu médico imediatamente se tiver dores musculares inexplicáveis ou dores
especialmente se não se sentir bem ou tiver febre.
- Se estiver a tomar ou tiver tomado nos últimos 7 dias um medicamento chamado ácido
fusídico (um medicamento para infecções bacterianas) por via oral ou por injeção. A
combinação de ácido fusídico e Rosuvastatina Teva pode originar problemas musculares
graves (rabdomiólise).
-se bebe regularmente grandes quantidades de álcool.
-se a sua glândula tiróide não estiver a funcionar corretamente.
- se estiver a tomar outros medicamentos designados de fibratos para reduzir o seu nível
de colesterol. Leia atentamente este folheto, mesmo que já tenha tomado outros
medicamentos para o tratamento do colesterol elevado.
- se estiver a tomar substâncias para combater a infeção pelo VIH, por ex., ritonavir com
lopinavir e/ou atazanavir, ver Outros medicamentos e Rosuvastatina Teva.
- se tiver doença intersticial do pulmão.
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- se sofrer de insuficiência respiratória grave.
- se tiver realizado um teste sanguíneo e os seus níveis de glucose (açúcar) em jejum se
encontram acima da média (entre 5,6 e 6,9 mmol/L).
- se o doente tiver idade inferior a 10 anos: Rosuvastatina Teva não deverá ser
administrado a crianças com idade inferior a 10 anos.
- se o doente tiver idade inferior a 18 anos: Rosuvastatina Teva 40 mg não é adequada
para utilização em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos.
- se tem idade superior a 70 anos (uma vez que é necessário que o seu médico escolha a
dose inicial de Rosuvastatina Teva mais adequada para si).
- se é de ascendência asiática - ou seja, Japonesa, Chinesa, Filipina, Vietnamita, Coreana
e Indiana. É necessário que o seu médico escolha a dose inicial de Rosuvastatina Teva
mais adequada para si.
- se for hospitalizado ou receber tratamento para outra doença. Informe o pessoal médico
de que está a tomar Rosuvastatina Teva.
Se algum dos casos for o seu (ou se tiver dúvidas):
- Não tome Rosuvastatina Teva de 40 mg (a dose mais elevada do medicamento) e
confirme com o seu médico ou farmacêutico antes de começar a tomar qualquer uma das
doses de Rosuvastatina Teva.
Num número reduzido de pessoas, a rosuvastatina pode afetar o fígado. Esta situação é
identificada através da realização de um teste simples para detetar o aumento dos níveis
das enzimas hepáticas no sangue. Por este motivo, o seu médico pedirá esta análise ao
sangue (teste de função hepática) antes e durante o tratamento com Rosuvastatina Teva.
Crianças e adolescentes
Crianças com menos de 10 anos
Rosuvastatina não deve ser utilizada por crianças com menos de 10 anos.
Crianças e adolescentes com idades entre 10 e 18 ano
Rosuvastatina Teva 40 mg não deve ser utilizada por crianças com idade entre os 10 e os
18 anos.
Outros medicamentos e Rosuvastatina Teva
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente ou
se vier a outros medicamentos.
Informe o seu médico especialmente se estiver a tomar alguma das seguintes substâncias:
- ciclosporina (utilizada, por exemplo, após o transplante de órgãos),
- varfarina (ou quaisquer outras substâncias utilizadas para diminuir a viscosidade
sanguínea),
- fibratos (utilizados para reduzir os níveis de colesterol, tais como gemfibrozil,
fenofibrato) ou quaisquer outras substâncias utilizadas para reduzir os níveis de colesterol
(tal como a ezetimiba),
- substâncias utilizadas para tratar a indigestão (para neutralizar a acidez no seu
estômago),
- eritromicina (um antibiótico),
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- contracetivos orais (a pílula),
- terapêutica hormonal de substituição,
- ritonavir com lopinavir e/ou atazanavir (utilizadas para combater a infeção pelo VIH –
ver secção Advertências e precauções).
- Se precisar de tomar ácido fusídico oral para o tratamento de uma infecção bacteriana
terá que temporariamente parar de tomar este medicamento. O seu médico irá dizer-lhe
quando é seguro reiniciar Rosuvastatina Teva. Tomar Rosuvastatina Teva com ácido
fusídico pode provocar, raramente, fraqueza muscular, sensibilidade ou dor
(rabdomiólise). Ver mais informações sobre rabdomiólise no ponto 4.
Os efeitos das substâncias acima descritas podem ser alterados pela Rosuvastatina Teva
ou podem alterar o efeito de Rosuvastatina Teva.
Ao tomar Rosuvastatina Teva com alimentos e bebidas alcoólicas
Rosuvastatina Teva pode ser tomada com ou sem alimentos.
Gravidez e aleitamento
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o
seu médico ou farmacêutico para aconselhamento antes de tomar este medicamento.
Não tome Rosuvastatina Teva se estiver grávida ou a amamentar. Se engravidar enquanto
estiver a tomar Rosuvastatina Teva pare imediatamente de o tomar e informe o seu
médico. As mulheres devem evitar engravidar enquanto tomam Rosuvastatina Teva
utilizando um método contracetivo adequado.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
A maioria das pessoas pode conduzir veículos e utilizar máquinas enquanto toma
Rosuvastatina Teva – tal não afetará a sua capacidade. No entanto, algumas pessoas
poderão sentir tonturas durante o tratamento com Rosuvastatina Teva. Se tal ocorrer,
consulte o seu médico antes de tentar conduzir ou utilizar quaisquer ferramentas ou
máquinas.
Rosuvastatina Teva contém lactose, amarelo de sunset e carmosina
Doentes com intolerância à lactose (açúcar do leite) deverá ter em conta que a
Rosuvastatina Teva comprimidos revestidos por película contém uma pequena
quantidade de lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem alguma intolerância a
alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
O revestimento do comprimido de 5 mg contém amarelo sunset FCF (E110) e o
revestimento dos comprimidos de 10 mg, 20 mg e 40 mg contém carmosina (E122).
Estes corantes podem causar reações alérgicas.
3. COMO TOMAR ROSUVASTATINA TEVA
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Tome este medicamento sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. A dose diária habitual é de uma toma por dia,
com ou sem alimentos. Tome a dose recomendada com um pouco de água.
Dose inicial
O seu tratamento com Rosuvastatina Teva deve ser iniciado com a dose de 5 mg ou de 10
mg, mesmo que anteriormente tenha tomado uma dose mais elevada de uma substância
diferente utilizada para a redução do colesterol. A escolha da sua dose inicial irá
depender:
- dos seus valores de colesterol.
- do nível de risco de sofrer um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral.
- se tem ou não um fator que o torne mais suscetível aos possíveis efeitos secundários.
Confirme com o seu médico ou farmacêutico qual a dose inicial de Rosuvastatina Teva
mais adequada para si.
O seu médico poderá decidir prescrever-lhe a dose mais baixa (5 mg):
- se é de origem asiática (Japonesa, Chinesa, Filipina, Vietnamita, Coreana ou Indiana).
- se tem idade superior a 70 anos.
- se tem doença renal moderada.
- se está em risco de ter dores musculares.
Aumento da dose e dose máxima diária
O seu médico poderá decidir aumentar a sua dose para que a quantidade de Rosuvastatina
Teva seja adequada para si. Se iniciou o tratamento com a dose de 5 mg, o seu médico
poderá decidir duplicar a dose para 10 mg, posteriormente para 20 mg e em seguida, para
40 mg se necessário. Se iniciou o tratamento com a dose de 10 mg, o seu médico poderá
decidir duplicar a dose para 20 mg e posteriormente para 40 mg se necessário. O ajuste
de cada dose será feito em intervalos de 4 semanas.
A dose máxima diária de Rosuvastatina Teva de 40 mg sendo apenas prescrita a doentes
com valores de colesterol elevados e com risco elevado de ataque cardíaco ou acidente
vascular cerebral, cujos valores de colesterol não diminuíram o suficiente com a dose de
20 mg.
Doses habituais em crianças com idades entre os 10 e 17 anos
A dose habitual inicial é de 5 mg. O seu médico poderá aumentar a dose para determinar
a quantidade de Rosuvastatina Teva adequada para si. A dose diária máxima é de 20 mg.
Tome a sua dose uma vez por dia. Rosuvastatina Teva 40 mg não deve ser utilizado em
crianças.
Tomar os seus comprimidos
Ingerir o comprimido inteiro com água. Não mastigar.
Tomar Rosuvastatina Teva uma vez por dia. Poderá tomá-lo em qualquer altura do dia.
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Tente tomar o comprimido à mesma hora do dia de forma a ajudá- lo (a) a lembrar-se de
o tomar.
Controlo regular do colesterol
É importante consultar novamente o médico para que seja feito um controlo regular do
seu colesterol, de forma a assegurar que o seu colesterol atingiu e se mantém num nível
correto.
O seu médico poderá decidir aumentar a sua dose para que a quantidade de Rosuvastatina
Teva adequada para si.
Se tomar mais Rosuvastatina Teva do que deveria
Contacte o seu médico ou a unidade hospitalar mais próxima para aconselhamento e não
se esqueça de levar o medicamento consigo.
Caso se tenha esquecido de tomar Rosuvastatina Teva
Se se esquecer de tomar uma dose, não se preocupe, mas tome a próxima dose o mais
rapidamente possível. No entanto, se estiver quase na hora da próxima dose não tome a
dose esquecida e continue com o seu esquema posológico normal. Não tome uma dose a
dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Rosuvastatina Teva
Esta decisão deverá apenas ser tomada com o consentimento do médico uma vez que é
provável que os seus níveis de colesterol aumentem com a interrupção de Rosuvastatina
Teva.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Tal como todos os medicamentos, Rosuvastatina Teva pode causar efeitos secundários;
no entanto, estes não se manifestam em todas as pessoas.
Se tiver quaisquer efeitos secundários incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Pare de tomar Rosuvastatina Teva e procure imediatamente ajuda médica se tiver alguma
das seguintes reações alérgicas:
- dificuldade em respirar, com ou sem inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta.
- inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta, podendo causar dificuldade em engolir
- comichão grave na pele (com pápulas).
Pare, igualmente, de tomar Rosuvastatina Teva e fale imediatamente com o seu médico
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se tiver alguma dor muscular invulgar que se prolongue mais do que o esperado. Tal
como com outros medicamentos destinados à redução do colesterol, um número muito
reduzido de pessoas poderá sentir efeitos musculares secundários que, raramente,
resultam na destruição muscular potencialmente fatal conhecida como rabdomiólise.
Frequentes podem afetar até 1 em 10 pessoas:
- dor de cabeça
- tonturas
- prisão de ventre
- náusea
- dor de estômago
- dor muscular
- Diabetes. É mais provável ter diabetes se tiver níveis elevados de açúcar e gorduras no
sangue, excesso de peso ou pressão arterial elevada. O seu médico irá avaliar se tem
diabetes enquanto estiver a tomar este medicamento.
- sensação de fraqueza.
Pouco Frequentes: podem afetar até uma 1 em 100 pessoas:
- erupção na pele, comichão e sensação de picadas (urticária).
Raros: podem afetar até uma 1 em 1000 pessoas:
- contagem de plaquetas baixa (trombocitopénia)
- dor de estômago grave (causada pela inflamação do pâncreas)
- lesões musculares – como medida de precaução, pare de tomar Rosuvastatina Teva e
informe imediatamente o seu médico se tiver alguma dor muscular invulgar que se
prolongue mais do que o esperado.
- reação alérgica grave – os sintomas incluem inchaço da face, lábios, língua e/ou
garganta, dificuldade em engolir e em respirar, comichão grave na pele (com pápulas). Se
pensa que está a ter uma reação alérgica, pare de tomar Rosuvastatina Teva e procure
imediatamente ajuda médica.
- aumento das enzimas hepáticas no sangue.
Muito Raros: podem afetar até uma 1 em 10 000 pessoas:
- lesão dos nervos das pernas e braços (dormência)
- perda de memória
- vestígios de sangue na urina
- dor nas articulações
- amarelecimento da pele e da conjuntiva ocular (icterícia)
- inflamação do fígado
- ginecomastia (aumento da mama no homem)
Desconhecido: (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis):
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- diarreia
- doença grave que causa bolhas na pele, boca, olhos e genitais, conhecida como
síndrome de Stevens-Johnson
- perturbações do sono, incluindo insónia e pesadelos
- dificuldades sexuais
- depressão
- problemas respiratórios, incluindo tosse persistente e/ou respiração ofegante ou febre
-edema (inchaço)
- lesões nos tendões
- fraqueza muscular que é constante
É possível verificar-se um aumento dos níveis de proteínas na urina ao tomar
Rosuvastatina Teva 40 mg – normalmente regressam ao normal por si só, sem que seja
necessário interromper o tratamento com os comprimidos de Rosuvastatina Teva (apenas
com Rosuvastatina Teva 40 mg).
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos
abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações
sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. COMO CONSERVAR ROSUVASTATINA TEVA
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Rosuvastatina Teva, 5 mg:
Não conservar acima de 25ºC.
Rosuvastatina Teva, 10 mg, 20 mg e 40 mg:
Não conservar acima de 30ºC.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz e humidade.
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Não utilize Rosuvastatina Teva após o prazo de validade impresso no blister e na
embalagem exterior após EXP. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Rosuvastatina Teva
A substância ativa é a rosuvastatina (sob a forma de rosuvastatina cálcica). Cada
comprimido de Rosuvastatina Teva contém 5 mg, 10 mg, 20 mg ou 40 mg de
rosuvastatina (sob a forma de rosuvastatina cálcica).
Os outros componentes são:
Núcleo:
Celulose microcristalina (Avicel PH-112)
Crospovidona (Tipo A) (Kollidon CL)
Lactose anidra
Povidona (PVP K-30)
Estearil fumarato de sódio (PRUV)
Revestimento:
Rosuvastatina Teva, 5 mg:
Opadry II 85F23426 Laranja
Álcool polivinílico – parcialmente hidrolisado
Dióxido de titânio (E171)
Macrogol 3350 (polietileno glicol)
Talco (E553b)
Óxido de ferro amarelo (E172)
Óxido de ferro preto (E 172)
Amarelo sunset FCF (E110, FD&C amarelo # 6)
Rosuvastatina Teva, 10 mg, 20 mg e 40 mg:
Opadry II 85F24155 Rosa
Álcool polivinílico – parcialmente hidrolisado
Dióxido de titânio (E171)
Macrogol 3350 (polietileno glicol)
Talco (E553b)
Óxido de ferro amarelo (E172)
Óxido de ferro vermelho (E 172)
Carmosina (E122, laca de alumínio)
Indigotina (E132, laca de alumínio índigo-carmim, FD&C azul # 2)
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Qual o aspeto de Rosuvastatina Teva e conteúdo da embalagem
Rosuvastatina Teva, 5 mg: comprimidos revestidos por película cor-de-laranja, redondos,
convexos (padrão), gravados com “N” num dos lados e “5” no outro lado do comprimido.
Rosuvastatina Teva, 10 mg: comprimidos revestidos por película de cor-de-rosa claro a
cor-de-rosa, redondos, convexos (padrão), gravados com “N” num dos lados e “10” no
outro lado do comprimido.
Rosuvastatina Teva, 20 mg: comprimidos revestidos por película de cor-de-rosa claro a
cor-de-rosa, redondos, convexos (padrão), gravados com “N” num dos lados e “20” no
outro lado do comprimido.
Rosuvastatina Teva, 40 mg: comprimidos revestidos por película, de cor-de-rosa claro a
cor-de-rosa, ovais, gravados com “N” num dos lados e “40” no outro lado do
comprimido.
Rosuvastatina Teva encontra-se disponível em embalagens com blisters de 14, 14x1, 15,
15x1, 20, 20x1, 28, 28x1, 30, 30x1, 56, 56x1, 60, 60x1, 90, 90x1, 98, 98x1 e 100x1
comprimidos revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante:
Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Teva Pharma – Produtos Farmacêuticos Lda.
Lagoas Park,
Edifício 5A, Piso 2,
2740-245 Porto Salvo
Portugal
Fabricante:
TEVA Pharmaceutical Works Private Limited Company, Debrecen, Hungria
TEVA Pharmaceutical Works Private Limited Company, Gödöll
, Hungria
TEVA UK Ltd, Eastbourne, Reino Unido
Pharmachemie B.V., Haarlem, Holanda
Teva Czech Industries s.r.o., Opava-Komárov, República Checa
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico
Europeu (EEE) sob as seguintes designações:
Áustria - Rosuvastatin Teva 5 mg, 10 mg, 20 mg & 40 mg Filmtabletten
Bulgária - Rosuvanor Teva 10 mg & 20 mg film-coated tablets
República Checa - Rosuvastatin Teva 10 mg, 20 mg & 40 mg
Dinamarca - Rosuvastatin Teva
Estónia - Rosuvastatin Teva 10 mg & 20 mg
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Finlândia - Rosuvastatin Teva 5 mg, 10 mg, 20 mg & 40 mg tabletti, kalvopäällysteinen
Hungria - Rosuvastatin Teva 5 mg, 10 mg, 20 mg & 40 mg filmtabletta
Irlanda - Rosuvastatin Teva 5 mg, 10 mg, 20 mg & 40 mg film-coated tablets
Letónia - Rosuvastatin Teva 10 mg &20 mg apvalkot
s tabletes
Lituânia - Rosuvastatin Teva 10 mg & 20 mg plevele dengtos tabletes
Polónia - Rosuvastatin Teva
Portugal - Rosuvastatina Teva 5 mg, 10 mg, 20 mg & 40 mg film-coated tablets
Roménia - Rosuvastatin Teva 10 mg, 20 mg & 40 mg Comprimate filmate
Eslovaquia - Rosuvastatin Teva 5 mg, 10 mg & 20 mg
Eslovénia - Rosuvastatin Teva 5 mg, 10 mg, 20 mg & 40 mg filmsko obložene tablete
Espanha - Rosuvastatina Belmac 5 mg, 10 mg, 20 mg & 40 mg comprimidos recubiertos
con película EFG
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Rosuvastatina Teva 5 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Teva 10 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Teva 20 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Teva 40 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Rosuvastatina Teva 5 mg: cada comprimido contém 5 mg de rosuvastatina (sob a forma
de rosuvastatina cálcica).
Rosuvastatina Teva 10 mg: cada comprimido contém 10 mg de rosuvastatina (sob a
forma de rosuvastatina cálcica).
Rosuvastatina Teva 20 mg: cada comprimido contém 20 mg de rosuvastatina (sob a
forma de rosuvastatina cálcica).
Rosuvastatina Teva 40 mg: cada comprimido contém 40 mg de rosuvastatina (sob a
forma de rosuvastatina cálcica).
Excipiente (s):
Rosuvastatina Teva 5 mg comprimidos revestidos por película: lactose anidra (54,97
mg/comprimido) e amarelo sunset FCF (0,022 mg/comprimido).
Rosuvastatina Teva 10 mg comprimidos revestidos por película: lactose anidra (52,36
mg/comprimido) e carmosina (laca de alumínio, 0,005 mg/comprimido).
Rosuvastatina Teva 20 mg comprimidos revestidos por película: lactose anidra (104,72
mg/comprimido) e carmosina (laca de alumínio, 0,009 mg/comprimido).
Rosuvastatina Teva 40 mg comprimidos revestidos por película: lactose anidra (94,30
mg/comprimido) e carmosina (laca de alumínio, 0,009 mg/comprimido).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Rosuvastatina Teva 5 mg: comprimidos revestidos por película cor-de-laranja, redondos,
convexos (padrão), gravados com “N” num dos lados e “5” no outro lado do comprimido.
Rosuvastatina Teva 10 mg: comprimidos revestidos por película de cor-de-rosa claro a
cor-de-rosa, redondos, convexos (padrão), gravados com “N” num dos lados e “10” no
outro lado do comprimido.
Rosuvastatina Teva 20 mg: comprimidos revestidos por película de cor-de-rosa claro a
cor-de-rosa, redondos, convexos (padrão), gravados com “N” num dos lados e “20” no
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outro lado do comprimido.
Rosuvastatina Teva 40 mg: comprimidos revestidos por película, de cor-de-rosa claro a
cor-de-rosa, ovais, gravados com “N” num dos lados e “40” no outro lado do
comprimido.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento da hipercolesterolémia
Adultos, adolescentes e crianças com idade igual ou superior a 10 anos com
hipercolesterolémia primária (tipo IIa incluindo hipercolesterolémia familiar
heterozigótica) ou dislipidémia mista (tipo IIb) como adjuvante da dieta, sempre que a
resposta à dieta e a outros tratamentos não farmacológicos (por ex. exercício físico, perda
de peso) seja inadequada.
Hipercolesterolémia familiar homozigótica, como adjuvante da dieta e de outros
tratamentos antidislipidémicos (por ex., aferése de LDL) ou se tais tratamentos não forem
apropriados.
Prevenção de acontecimentos cardiovasculares
Prevenção de acontecimentos cardiovasculares graves em doentes com alto risco de
ocorrência de um primeiro acontecimento cardiovascular (ver secção 5.1), como
adjuvante da correção de outros fatores de risco.
4.2 Posologia e modo de administração
Rosuvastatina Teva é administrado como dose única, a qualquer hora do dia, com ou sem
alimentos.
Antes do início do tratamento, o doente deverá ser submetido a uma dieta padronizada
para diminuição dos níveis de colesterol, que deverá continuar durante o tratamento. A
dose deverá ser individualizada de acordo com o objetivo da terapêutica e a resposta do
doente, segundo as normas orientadoras de consenso atuais.
A dose inicial recomendada é de 5 ou 10 mg por via oral, uma vez por dia, tanto para
doentes nunca tratados com estatinas como para doentes a quem tenham sido prescritos
outros inibidores da redutase da HMG-CoA. A escolha da dose inicial deverá ter em
consideração o nível de colesterol individual e o futuro risco cardiovascular, bem como o
potencial risco para reações adversas (ver abaixo). Após 4 semanas, pode ser efetuado, se
necessário, um ajuste posológico para a dose seguinte (ver secção 5.1). Face ao aumento
da taxa de notificações de reações adversas com a dose de 40 mg comparativamente às
doses mais baixas (ver secção 4.8), o ajuste final para a dose máxima de 40 mg deverá ser
apenas considerada em doentes com hipercolesterolémia grave com elevado risco
cardiovascular (em particular os doentes com hipercolesterolémia familiar), que não
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atinjam os objetivos terapêuticos com 20 mg, sendo efetuada nestes casos uma
monitorização de rotina (ver secção 4.4). Recomenda-se que o início de terapêutica com a
dose de 40 mg seja efetuado sob supervisão de um especialista.
População pediátrica
A utilização pediátrica apenas deve ser efetuada por especialistas.
Crianças e adolescentes entre os 10 e os 17 anos de idade (rapazes no Estadio Tanner II e
superior, e raparigas com pelo menos 1 ano após a menarca)
Em crianças e adolescentes com hipercolesterolémia familiar heterozigótica a dose inicial
habitual é de 5 mg por dia. O intervalo posológico habitual é de 5-20 mg por via oral uma
vez por dia.
O ajuste da dose deverá ser efetuado de acordo com a resposta individual e tolerabilidade
nos doentes pediátricos, conforme indicado pelas recomendações de tratamento em
pediatria (ver secção 4.4).
A segurança e eficácia de doses superiores a 20 mg não foram estudadas nesta população.
O comprimido de 40 mg não é adequado para utilização em doentes pediátricos.
Crianças de idade inferior a 10 anos
A experiência em crianças de idade inferior a 10 anos é limitada a um número reduzido
de crianças (com idade compreendida entre os 8 e 10 anos) com hipercolesterolémia
familiar homozigótica. Por conseguinte, não se recomenda a utilização de rosuvastatina
em crianças de idade inferior a 10 anos.
Idosos ( >65 anos)
Recomenda-se uma dose inicial de 5 mg em doentes com idade >70 anos (ver secção
4.4). Não é necessário qualquer ajuste posológico em relação à idade.
Posologia em doentes com insuficiência renal
Não é necessário ajuste posológico em doentes com insuficiência renal ligeira a
moderada. A dose inicial recomendada é de 5 mg em doentes com insuficiência renal
moderada (depuração da creatinina <60 mL/min). A dose de 40 mg está contraindicada
em doentes com insuficiência renal moderada. A utilização de rosuvastatina em doentes
com insuficiência renal grave está contraindicada em todas as doses (ver secções 4.3 e
5.2).
Posologia em doentes com insuficiêncoa hepática
Não se verificou qualquer aumento da exposição sistémica à rosuvastatina em indivíduos
com pontuação de 7 ou inferior na classificação de Child-Pugh. No entanto, tem sido
observado um aumento da exposição sistémica em indivíduos com pontuação de 8 e 9 na
classificação de Child-Pugh (ver secção 5.2). Nestes doentes, deve considerar-se uma
avaliação da função renal (ver secção 4.4).
Não existe experiência em indivíduos com pontuações na classificação de Child-Pugh
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superior a 9. Rosuvastatina Teva está contraindicado em doentes com doença hepática
ativa (ver secção 4.3).
Raça
Tem sido observado um aumento da exposição sistémica em indivíduos Asiáticos (ver
secções 4.3, 4.4 e 5.2). A dose inicial recomendada é de 5 mg para doentes de
ascendência Asiática. A dose de 40 mg encontra-se contraindicada nestes doentes.
Polimorfismos genéticos
Tipos específicos de polimorfismos genéticos são conhecidos como podendo levar ao
aumento da exposição à rosuvastatina. Em doentes que se conheçam ter estes tipos
específicos de polimorfismos, é recomendada uma dose diária inferior de rosuvastatina.
Posologia em doentes com fatores predisponentes para miopatia
A dose inicial recomendada é de 5 mg em doentes com fatores predisponentes para
miopatia (ver secção 4.4.). A dose de 40 mg encontra-se contraindicada em alguns destes
doentes (ver secção 4.3).
Terapêutica concomitante
A rosuvastatina é um substrato de várias proteínas transportadoras (p. ex OATP1B1 e
BCRP). O risco de miopatia (incluindo rabdomiólise) aumenta quando a rosuvastatina é
administrada concomitantemente com determinados medicamentos que podem aumentar
a concentração plasmática da rosuvastatina devido às interações com essas proteínas
transportadoras (por ex. ciclosporina e alguns inibidores da protease incluindo
combinações de ritonavir com, atazanavir, lopinavir, e/ou tipranavir; ver secções 4.4 e
4.5).
Sempre que possível, devem ser considerados medicamentos alternativos e, se necessário,
ser considerada a interrupção temporária do tratamento com rosuvastatina. Em situações
em que a administração concomitante destes medicamentos com rosuvastatina é
inevitável, o benefício e o risco do tratamento concomitante e ajustes posológicos de
rosuvastatina devem ser cuidadosamente considerados (ver secção 4.5).
4.3 Contraindicações
Rosuvastatina Teva está contraindicada
- em doentes com hipersensibilidade à rosuvastatina ou a qualquer um dos excipientes.
- em doentes com doença hepática ativa incluindo elevações persistentes e inexplicáveis
das transaminases séricas e qualquer elevação das transaminases séricas excedendo 3
vezes o limite superior do normal (LSN).
- em doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina <30 mL/min).
- em doentes com miopatia.
- em doentes tratados concomitantemente com ciclosporina.
- durante a gravidez e aleitamento e em mulheres em idade fértil que não adotam medidas
contracetivas apropriadas.
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A dose de 40 mg está contraindicada em doentes com fatores predisponentes para
miopatia/rabdomiólise. Tais fatores incluem:
- insuficiência renal moderada (depuração da creatinina <60 mL/min)
- hipotiroidismo
- antecedentes pessoais ou familiares de perturbações musculares hereditárias
- antecedentes de toxicidade muscular com outro inibidor da redutase da HMG-CoA ou
fibrato
- alcoolismo
- situações em que possa ocorrer um aumento dos níveis plasmáticos de rosuvastatina
- doentes asiáticos
- uso concomitante de fibratos
(ver secções 4.4, 4.5 e 5.2).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Efeitos renais
Em doentes tratados com doses mais elevadas de rosuvastatina, em particular 40 mg, foi
observada proteinúria, detetada por tiras de teste e maioritariamente de origem tubular,
tendo sido transitória ou intermitente na maioria dos casos. A proteinúria não foi
prognóstico de doença renal aguda ou crónica (ver secção 4.8). A taxa de notificação de
acontecimentos renais graves na experiência pós-comercialização é mais elevada com a
dose de 40 mg. Deve considerar-se a avaliação da função renal durante a monitorização
de rotina de doentes tratados com uma dose de 40 mg.
Efeitos músculo-esqueléticos
Têm sido notificados efeitos músculo-esqueléticos, por exemplo mialgia, miopatia e,
raramente, rabdomiólise, em doentes tratados com rosuvastatina para todas as doses, em
particular, com doses > 20 mg. Foram notificados casos muito raros de rabdomiólise com
a utilização de ezetimiba em combinação com os inibidores da redutase da HMG-CoA.
Não pode ser excluída uma interação farmacodinâmica (ver secção 4.5) e a sua
combinação deve ser utilizada com precaução. Tal como com outros inibidores da
redutase da HMG-CoA, a taxa de notificação de rabdomiólise associada a rosuvastatina
na experiência pós-comercialização é mais elevada com a dose de 40 mg.
Determinação da creatinina cinase
A creatinina cinase (CK) não deve ser determinada após exercício intenso ou na presença
de uma causa alternativa plausível para o aumento da CK, que possam confundir a
interpretação dos resultados. Se os níveis basais da CK forem significativamente elevados
(>5xLSN) deverá ser efetuado um teste para confirmação dentro de 5 – 7 dias. Se a
repetição do teste confirmar um valor basal de CK >5 x LSN, o tratamento não deverá ser
iniciado.
Antes do tratamento
A rosuvastatina, tal como os outros inibidores da redutase da HMG-CoA, deverá ser
prescrita com precaução em doentes com fatores predisponentes para
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miopatia/rabdomiólise. Tais fatores incluem:
- insuficiência renal
- hipotiroidismo
- antecedentes pessoais ou familiares de perturbações musculares hereditárias
- antecedentes de toxicidade muscular com outro inibidor da redutase da HMG-CoA ou
fibrato
- alcoolismo
- idade >70 anos
- situações em que possa ocorrer um aumento dos níveis plasmáticos (ver secções 4.2, 4.5
e 5.2)
- uso concomitante de fibratos.
Nestes doentes deverá ser avaliado o risco do tratamento relativamente aos possíveis
benefícios, sendo recomendada uma monitorização clínica. Se os níveis basais da CK
forem significativamente elevados (>5xLSN), o tratamento não deverá ser iniciado.
Durante o tratamento
Os doentes devem ser advertidos para notificar imediatamente dor muscular, fraqueza ou
cãibras inexplicáveis, particularmente se associados a mal-estar ou febre. Deve avaliar-se
os níveis da CK nestes doentes. A terapêutica deve ser interrompida se os níveis da CK
estiverem francamente elevados (>5xLSN) ou se os sintomas musculares forem graves e
causarem desconforto diário (mesmo se os níveis da CK forem
5xLSN). Se os sintomas
desaparecerem e os níveis da CK regressarem ao normal, deverá considerar-se a
reintrodução de Rosuvastatina Teva ou um inibidor alternativo da redutase da HMG-CoA
na dose mais baixa e com uma cuidadosa monitorização. Não se justifica uma
monitorização de rotina dos níveis da CK em doentes assintomáticos.
Existiram relatos muito raros de miopatia necrotizante imunomediada (MNIM) durante
ou após o tratamento com estatinas, incluindo a rosuvastatina. MNIM é clinicamente
caracterizada por fraqueza muscular proximal e persistente e níveis séricos de creatina
quinase, que persistem apesar da suspensão do tratamento com a estatina. Podem ser
necessários testes serológicos adicionais e neuromusculares. Pode ser necessário
tratamento com medicamentos imunossupressores.
Em ensaios clínicos, não houve evidência de aumento de efeitos músculo-esqueléticos no
pequeno número de doentes tratados com rosuvastatina e terapêutica concomitante. No
entanto, observou-se um aumento da incidência de miosite e de miopatia em doentes
tratados com outros inibidores da redutase da HMG-CoA em associação com derivados
do ácido fíbrico, incluindo gemfibrozil, ciclosporina, ácido nicotínico, antifúngicos do
grupo dos azóis, inibidores da protease e antibióticos macrólidos. O gemfibrozil aumenta
o risco de miopatia quando administrado concomitantemente com alguns inibidores da
redutase da HMG-CoA. Por conseguinte, não se recomenda a associação de rosuvastatina
e gemfibrozil. O benefício de alterações adicionais nos níveis lipídicos, resultantes da
combinação de rosuvastatina com fibratos ou niacina, deverá ser cuidadosamente
avaliado em relação aos potenciais riscos de tais associações. A dose de 40 mg está
contraindicada na utilização concomitante de um fibrato. (Ver secções 4.5 e 4.8).
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A rosuvastatina não deve ser utilizada em doentes com uma doença aguda grave,
sugestiva de miopatia ou predisposição para o desenvolvimento de insuficiência renal
secundária à rabdomiólise (ex.: sépsis, hipotensão, grande intervenção cirúrgica, trauma,
disfunções metabólicas, endócrinas e eletrolíticas graves, ou convulsões não controladas).
Efeitos hepáticos
Tal como com os outros inibidores da redutase da HMG-CoA, a rosuvastatina deve ser
utilizada com precaução em doentes que consumam quantidades excessivas de álcool
e/ou tenham antecedentes de doença hepática. Recomenda-se que sejam realizados testes
da função hepática antes do início do tratamento e 3 meses após o início do tratamento.
Se o nível das transaminases séricas exceder 3 vezes o limite superior da normalidade,
deve interromper-se a terapêutica com rosuvastatina ou reduzir-se a dose. A taxa de
notificação de eventos hepáticos graves (consistindo principalmente no aumento das
transaminases hepáticas) na experiência pós-comercialização é mais elevada com a dose
de 40 mg.
Em doentes com hipercolesterolémia secundária causada por hipotiroidismo ou síndrome
nefrótico, a doença subjacente deverá ser tratada antes do início da terapêutica com
rosuvastatina.
Raça
Estudos de farmacocinética revelaram um aumento da exposição em indivíduos
Asiáticos, comparativamente aos indivíduos Caucasianos (ver secções 4.2, 4.3 e 5.2).
Inibidores da protease
O aumento da exposição sistémica à rosuvastatina foi observado em doentes a receber
rosuvastatina concomitantemente com vários inibidores da protease em associação com
ritonavir. Deve-se considerar, tanto para o benefício de hipolipemiantes pela utilização da
rosuvastatina em doentes com VIH tratados com inibidores da protease e o potencial para
aumento das concentrações plasmáticas de rosuvastatina quando se inicia e se efetua a
titulação de doses de rosuvastatina em doentes tratados com inibidores da protease. Não
se recomenda o uso concomitante com inibidores da protease (ver secções 4.2 e 4.5).
Ácido fusídico
Rosuvastatina não deve ser co-administrado com formulações sistémicas contendo ácido
fusídico ou até 7 dias após a interrupção do tratamento com ácido fusídico. Em doentes
em que a utilização de ácido fusídico sistémica é considerada essencial, o tratamento com
estatinas deverá ser descontinuado durante toda a duração do tratamento com o ácido
fusídico. Ocorreram relatos de rabdomiólise (incluindo alguns casos fatais) em doentes
que receberam ácido fusídico em combinação com estatinas (ver secção 4.5). Os doentes
devem ser aconselhados a consultar imediatamente o médico se ocorreram sintomas de
fraqueza muscular, dor ou sensibilidade.
A terapêutica com estatinas pode ser re-introduzida sete dias após a última dose de ácido
fusídico.
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Em circunstâncias excepcionais em que é necessário tomar ácido fusídico sistémico
prolongado, por exemplo no tratamento de infecções graves, a necessidade de co-
administração de Rosuvastatina Teva e ácido fusídico só deve ser considerada caso a caso
e sob rigorosa supervisão médica.
Doença intersticial do pulmão
Foram notificados casos excecionais de doença intersticial do pulmão com a utilização de
algumas estatinas, especialmente na terapêutica a longo prazo (ver secção 4.8). Os
sintomas podem incluir dispneia, tosse não produtiva e deterioração do estado geral
(fadiga, perda de peso e febre). Se se suspeitar que o doente desenvolveu doença
intersticial do pulmão, deve interromper-se o tratamento com estatinas.
Diabetes Mellitus
Algumas evidências sugerem que as estatinas como classe farmacológica podem elevar a
glicémia e em alguns doentes, com elevado risco de ocorrência futura de diabetes, podem
induzir um nível de hiperglicémia em que o tratamento habitual de diabetes seja
adequado. Este risco é, no entanto, suplantado pela redução do risco vascular das
estatinas e, portanto, não deve ser uma condição para interromper a terapêutica. Os
doentes em risco de hiperglicémia (glicémia em jejum entre 5,6 a 6,9 mmol/L,
IMC>30Kg/m2, triglicéridos aumentados, hipertensão) devem ser monitorizados tanto
clínica como bioquimicamente de acordo com as orientações nacionais.
No estudo JUPITER, a frequência geral de notificação de casos de diabetes mellitus foi
de 2,8% com a rosuvastatina e 2,3% com placebo, a maioria em doentes com glicémia em
jejum entre 5,6 e 6,9 mmol/L.
População pediátrica
A avaliação do crescimento linear (altura), peso, IMC (índice de massa corporal) e
características secundárias de maturação sexual pela escala de Tanner em doentes
pediátricos com idade compreendida entre os 10 e os 17 anos tratados com rosuvastatina,
é limitada ao período de um ano. Após 52 semanas de estudo com este tratamento, não
foi detetado qualquer efeito no crescimento, peso, IMC ou maturação sexual (ver Secção
5.1). A experiência clínica em crianças e doentes adolescentes é limitada e os efeitos a
longo prazo de rosuvastatina (>1 ano) na puberdade são desconhecidos. Num estudo
clínico em crianças e adolescentes tratados com rosuvastatina durante 52 semanas, foram
observadas com maior frequência, elevações da CK >10xLSN e sintomas musculares
após exercício ou aumento da atividade física em comparação com as observações nos
ensaios clínicos em adultos (ver Secção 4.8).
Outros
Este medicamento contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à galactose, deficiência de lactase Lapp ou má absorção da glucose-galactose
não devem tomar este medicamento.
Os excipientes no revestimento dos comprimidos de 5 mg incluem amarelo sunset FCF
(E110) e nos comprimidos de 10 mg, 20 mg e 40 mg incluem carmosina (E 122). Estes
excipientes utilizados como agentes corantes podem causar reações alérgicas.
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4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Efeito de medicamentos administrados concomitante na rosuvastatina
Inibidores da proteína transportadora
A rosuvastatina é um substrato para certas proteínas transportadoras incluindo o
transportador da recaptação hepática OATP1B1 e o transportador de efluxo BCRP. A
administração concomitante de rosuvastatina com medicamentos que são inibidores
destas proteínas transportadoras pode resultar em aumento das concentrações plasmáticas
de rosuvastatina e um risco aumentado de miopatia (ver secções 4.2, 4.4, 4.5 e Tabela 1).
Ciclosporina
Durante a terapêutica concomitante com rosuvastatina e ciclosporina, os valores da AUC
de rosuvastatina foram, em média, 7 vezes mais elevados do que os observados em
voluntários saudáveis (ver Tabela 1). A rosuvastatina está contraindicada em doentes a
receber concomitantemente ciclosporina (ver secção 4.3).
A administração concomitante não afetou a concentrações plasmáticas da ciclosporina.
Inibidores da protease
Embora o mecanismo exato de interação seja desconhecido, o uso concomitante de
inibidores da protease pode aumentar fortemente a exposição à rosuvastatina (ver tabela
1). Por exemplo, num estudo de farmacocinética, a administração de 10 mg de
rosuvastatina e um medicamento com associação de dois inibidores da protease (300 mg
de atazanavir / 100 mg de ritonavir) em voluntários saudáveis foi associado a um
aumento de aproximadamente três vezes e sete vezes na AUC da rosuvastatina AUC em
estado estacionário e na Cmáx respetivamente. O uso concomitante de rosuvastatina e
algumas associações de inibidores da protease pode ser considerada após cuidadosa
análise de ajustes de dose de rosuvastatina com base no aumento esperado da exposição à
rosuvastatina (ver secções 4.2, 4.4, 4.5 e Tabela 1).
Gemfibrozil e outras substâncias hipolipemiantes
A utilização concomitante de rosuvastatina e gemfibrozil resultou num aumento para o
dobro da Cmáx e da AUC da rosuvastatina (ver secção 4.4).
Com base em dados de estudos de interação específicos, não se prevêem interações
farmacocinéticas relevantes com fenofibrato, contudo podem ocorrer interações
farmacodinâmicas.
O gemfibrozil, o fenofibrato, outros fibratos e doses hipolipemiantes (superiores ou
iguais a 1g/dia) de niacina (ácido nicotínico), aumentam o risco de miopatia quando
administrados concomitantemente com inibidores da redutase da HMG-CoA,
provavelmente porque podem provocar miopatia quando administrados isoladamente. A
dose de 40 mg está contra-indicada na utilização concomitante de fibratos (ver secções
4.3 e 4.4). Estes doentes devem também iniciar o tratamento com a dose de 5 mg.
Ezetimiba
A utilização concomitante de 10 mg de rosuvastatina e 10 mg de ezetimiba resultou num
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aumento de 1,2 vezes na AUC da rosuvastatina em doentes hipercolesterolémicos (ver
tabela 1). No entanto, em termos de efeitos adversos, não pode ser excluída uma
interação farmacodinâmica entre a rosuvastatina e a ezetimiba (ver secção 4.4).
Antiácidos
A administração simultânea de rosuvastatina com uma suspensão de antiácido contendo
hidróxido de alumínio e de magnésio resultou numa diminuição da concentração
plasmática da rosuvastatina de, aproximadamente, 50%. Este efeito foi atenuado quando
o antiácido foi administrado 2 horas após a rosuvastatina. Não foi estudada a importância
clínica desta interação.
Eritromicina
O uso concomitante de rosuvastatina e eritromicina resultou num decréscimo de 20% na
AUC (0-t) e um decréscimo de 30% na Cmáx de rosuvastatina. Esta interação pode ser
provocada pelo aumento da motilidade intestinal causada pela eritromicina.
Ácido fusídico
Rosuvastatina não deve ser co-administrado com o ácido fusídico. Houve relatos de
rabdomiólise (incluindo alguns casos fatais) em doentes tratados com esta associação. Em
doentes em que a utilização sistémica de ácido fusídico é considerado essencial, o
tratamento com estatinas deverá ser descontinuado durante toda a duração do tratamento
com o ácido fusídico. O doente deve ser aconselhado a consultar imediatamente o médico
se ocorrerem sintomas de fraqueza muscular, dor ou sensibilidade. A terapêutica com
estatinas pode ser re-introduzida sete dias após a última dose de ácido fusídico. Em
circunstâncias excepcionais em que é necessário a utilização prolongada de ácido
fusídico sistémico por exemplo, para o tratamento de infecções graves, a necessidade de
co-administração de rosuvastatina e ácido fusídico só deve ser considerada caso a caso e
sob rigorosa supervisão médica.
Ácido Fusídico
O risco de miopatia incluindo rabdomiólise pode ser aumentado pela administração
concomitante de ácido fusídico com estatinas sistémicas. O mecanismo desta interacção
(seja farmacodinâmico ou farmacocinético, ou ambos) é ainda desconhecido. Existiram
relatos de rabdomiólise (incluindo alguns casos fatais) em doentes que recebem esta
associação.
Se for necessário tratamento com ácido fusídico sistémico, o tratamento com
rosuvastatina deverá ser descontinuado durante toda a duração do tratamento com ácido
fusídico. Ver também a secção 4.4.
Enzimas do citocromo P450
Os resultados in vitro e in vivo mostram que a rosuvastatina não é nem um inibidor nem
um indutor de isoenzimas do citocromo P450. Além disso, a rosuvastatina é um substrato
pobre para estas isoenzimas. Portanto, não são esperadas interações medicamentosas
resultantes do metabolismo mediado pelo citocromo P450. Não foram observadas
interações clinicamente relevantes entre a rosuvastatina e fluconazol (inibidor do
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CYP2C9 e CYP3A4) ou cetoconazol (um inibidor do CYP2A6 e CYP3A4).
Interações que requerem ajustes de dose de rosuvastatina (ver também tabela 1): Quando
é necessário administrar concomitantemente rosuvastatina com outros medicamentos
conhecidos por aumentar a exposição à rosuvastatina, as doses de rosuvastatina devem
ser ajustados. Inicie com uma dose de 5 mg uma vez por dia de rosuvastatina se o
aumento esperado na exposição (AUC) for de aproximadamente 2 vezes ou superior. A
dose diária máxima de rosuvastatina deve ser ajustada de modo que a exposição
rosuvastatina esperada não seja provavelmente superior à de uma dose diária de 40 mg de
rosuvastatina sem interação medicamentosa, por exemplo, uma dose de 20 mg de
rosuvastatina com gemfibrozil (aumento de 1,9 vezes), e uma dose de 10 mg de
rosuvastatina em associação com atazanavir / ritonavir (aumento de 3,1 vezes).
Tabela 1: Efeito de medicamentos administrados concomitantemente na exposição à
rosuvastatina (AUC, em ordem decrescente de magnitude) a partir de ensaios clínicos
publicados
Regime posológico de interação
medicamentosa
Regime posológico de
rosuvastatina
Alteração na AUC
da rosuvastatina*
Ciclosporina 75 mg BID a 200 mg
BID, 6 meses
10 mg OD, 10 dias
7,1-vezes
Atazanavir 300 mg/ritonavir 100 mg
OD, 8 dias
10 mg, dose única
3.1- vezes
Lopinavir 400 mg/ritonavir 100 mg
BID, 17 dias
20 mg OD, 7 dias
2.1- vezes
Gemfibrozil 600 mg BID, 7 dias
80 mg, dose única
1.9- vezes
Eltrombopag 75 mg OD, 10 dias
10 mg, dose única
1.6- vezes
Darunavir 600 mg/ritonavir 100 mg
BID, 7 dias
10 mg OD, 7 dias
1.5- vezes
Tipranavir 500 mg/ritonavir 200 mg
BID, 11 dias
10 mg, dose única
1.4- vezes
Dronedarone 400 mg BID
Não disponível
1.4- vezes
Itraconazol 200 mg OD, 5 dias
10 mg, dose única
1.4- vezes **
Ezetimiba 10 mg OD, 14 dias
10 mg, OD, 14 dias
1.2- vezes **
Fosamprenavir 700 mg / ritonavir
100 mg BID, 8 dias
10 mg, dose única
Aleglitazar 0,3 mg, 7 dias
40 mg, 7 dias
Silimarina 140 mg três vezes por dia,
5 dias
10 mg, dose única
Fenofibrato 67 mg três vezes por dia,
7 dias
10 mg, 7 dias
Rifampicina 450 mg OD, 7 dias
20 mg, dose única
Cetoconazol 200 mg BID, 7 dias
80 mg, dose única
Fluconazol 200 mg OD, 11 dias
80 mg, dose única
Eritromicina 500 mg QID, 7 days
80 mg, dose única
28% ¯
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Tabela 1: Efeito de medicamentos administrados concomitantemente na exposição à
rosuvastatina (AUC, em ordem decrescente de magnitude) a partir de ensaios clínicos
publicados
Regime posológico de interação
medicamentosa
Regime posológico de
rosuvastatina
Alteração na AUC
da rosuvastatina*
Baicalin 50 mg TID, 14 days
20 mg, dose única
47% ¯
* Dados apresentados como alteração x vezes representa uma relação simples entre a
administração concomitante e rosuvastatina isolada. Dados apresentados como % de
alteração representam % de diferença em relação a rosuvastatina isolada.
Aumento está indicado como “”, sem alterações como “«”, diminuição como “¯ ”.
** Vários estudos de interação foram realizados com diferentes doses de rosuvastatina, a
tabela mostra a relação mais significativa
OD = uma vez ao dia; BID = duas vezes ao dia; TID = três vezes ao dia; QID = quatro vezes
ao dia
Efeito da rosuvastatina na administração concomitante de medicamentos
Antagonistas da Vitamina K
À semelhança dos outros inibidores da redutase da HMG-CoA, o início da terapêutica ou
o aumento da dose de rosuvastatina em doentes tratados concomitantemente com
antagonistas da vitamina K (ex.: varfarina ou outro anticoagulante cumarínico), pode
originar num aumento da Relação Internacional Normalizada (INR). A interrupção ou
redução da dose de rosuvastatina pode resultar num decréscimo do INR. Nestas situações,
é desejável que se efetue uma monitorização apropriada do INR.
Contracetivo oral/terapêutica hormonal de substituição (THS)
O uso concomitante de rosuvastatina e um contracetivo oral resultou num aumento da
AUC de etinilestradiol e norgestrel de 26% e 34%, respetivamente. Deve ter-se em
consideração este aumento dos níveis plasmáticos na escolha das doses do contracetivo
oral. Não existem dados farmacocinéticos disponíveis em indivíduos a receber tratamento
concomitante com rosuvastatina e THS, e, por conseguinte, não pode ser excluído um
efeito similar. Contudo, em estudos clínicos, esta associação foi extensamente utilizada
em mulheres e foi bem tolerada.
Outros medicamentos
Com base em dados de estudos de interação específicos, não são esperadas interações
clinicamente relevantes com digoxina.
População pediátrica
Estudos de interação apenas foram efetuados em adultos. A extensão das interações na
população pediátrica não é conhecida.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
A rosuvastatina encontra-se contraindicada na gravidez e aleitamento.
APROVADO EM
08-05-2016
INFARMED
As mulheres com potencial para engravidar devem utilizar métodos contracetivos
apropriados.
Uma vez que o colesterol e outros produtos da biossíntese do colesterol são essenciais
para o desenvolvimento do feto, o potencial risco da inibição da redutase da HMG-CoA
supera a vantagem do tratamento durante a gravidez. Estudos em animais fornecem dados
limitados relativamente à toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Em caso de gravidez
durante a utilização deste medicamento, o tratamento deverá ser imediatamente
interrompido.
No rato, a rosuvastatina é excretada no leite. Não existem dados sobre a excreção de
rosuvastatina no leite humano (ver secção 4.3).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram efetuados estudos para determinar o efeito de rosuvastatina sobre a capacidade
de conduzir e utilizar máquinas. Contudo, com base nas suas propriedades
farmacodinâmicas não é provável que Rosuvastatina Teva afete esta capacidade. Na
condução de veículos ou utilização de máquinas deverá ter-se em conta que poderão,
ocasionalmente, ocorrer tonturas durante o tratamento.
4.8 Efeitos indesejáveis
As reações adversas observadas rosuvastatina são geralmente ligeiras e transitórias. Em
ensaios clínicos controlados, menos de 4% dos doentes tratados com Rosuvastatina Teva
abandonou os estudos devido a reações adversas.
Lista tabelar de reações adversas
De acordo com os dados de ensaios clínicos e extensa experiência pós-comercialização, a
tabela seguinte apresenta o perfil de reações adversas para a rosuvastatina. As recções
adversas são classificadas de acordo com a frequência e classes de sistemas de órgãos.
A frequência de reações adversas é listada de acordo com a seguinte convenção: Muito
frequentes (³ 1/10), Frequentes (> 1/100, < 1/10); Pouco frequentes (>1/1.000, <1/100);
Raros (>1/10.000, <1/1.000); Muito raros (<1/10.000); Desconhecido (não pode ser
calculado a partir dos dados disponíveis).
Tabela 2. Reações adversas de acordo com estudos clínicos e experiência pós-
comercialização
Sistema de classes
de órgãos
Frequentes
Pouco
frequentes
Raros
Muito raros
Desconhecido
Doenças do sangue
e do sistema
linfático
Trombocitopénia
APROVADO EM
08-05-2016
INFARMED
Sistema de classes
de órgãos
Frequentes
Pouco
frequentes
Raros
Muito raros
Desconhecido
Doenças do
sistema imunitário
Reações de
hipersensibilidade,
incluindo
angioedema
Doenças
endócrinas
Diabetes
mellitus1
Perturbações do
foro psiquiátrico
Depressão
Doenças do
sistema nervoso
Cefaleias
Tonturas
Polineuropatia
Perda de
memória
Neuropatia
periférica
Alterações do
sono (incluindo
insónias e
pesadelos)
Doenças
respiratórias,
torácicas e do
mediastino
Tosse
Dispneia
Doenças
gastrointestinais
Obstipação
Náusea
abdominal
Pancreatite
Diarreia
Afeções
hepatobiliares
Aumento das
transaminases
hepáticas
Icterícia
Hepatite
Afeções dos
tecidos cutâneos e
subcutâneos
Prurido
Erupção
cutânea
Urticária
Síndrome de
Stevens-Johnson
Afeções
musculosqueléticas
e dos tecidos
conjuntivos
Mialgia
Miopatia
(incluindo
miosite)
Rabdomiólise
Artralgia
Miopatia
necrotizante
mediada
imunologicamente
Problemas nos
tendões, por vezes
agravados por
ruturas.
Doenças renais e
urinárias
Hematúria
Doenças dos
órgãos genitais e
da mama
Ginecomastia
APROVADO EM
08-05-2016
INFARMED
Sistema de classes
de órgãos
Frequentes
Pouco
frequentes
Raros
Muito raros
Desconhecido
Perturbações
gerais e alterações
no local de
administração
Astenia
Edema
1Frequência depende da presença ou ausência de fatores de risco (glicemia em jejum 5,6-6,9 mmol/L,
IMC > 30kg/m2, triglicéridos elevados, história de hipertensão)
Tal como se verifica com outros inibidores da redutase da HMG-CoA, a incidência de
reações adversas medicamentosas tende a ser dose-dependente.
Efeitos renais
Em doentes tratados com rosuvastatina, foi observada proteinúria, detetada por tiras de
teste, sendo maioritariamente de origem tubular. Alterações na proteinúria, desde
ausência ou vestígios até um resultado ++ ou superior, foram observadas em <1% dos
doentes em determinada altura durante o tratamento com 10 mg e 20 mg, e em
aproximadamente 3% dos doentes tratados com 40 mg. Com a dose de 20 mg foi
observada uma ligeira variação, desde ausência ou vestígios até um resultado +. Na
maioria dos casos, a proteinúria diminui ou desaparece espontaneamente com a
continuação da terapêutica. Até ao momento, a análise de dados provenientes de ensaios
clínicos e da experiência pós-comercialização não evidenciou uma associação causal
entre a proteinúria e a doença renal aguda ou progressiva.
A hematúria tem sido observada em doentes tratados com rosuvastatina e os dados de
estudos clínicos demonstram que a ocorrência é baixa.
Efeitos músculo-esqueléticos
Têm sido notificados efeitos no músculo-esquelético, como por exemplo mialgia,
miopatia (incluindo miosite) e, raramente, rabdomiólise com ou sem insuficiência renal
aguda, em doentes tratados com rosuvastatina em todas as doses, em particular com doses
>20 mg.
Em doentes tratados com rosuvastatina, foi observado um aumento dos níveis de CK
relacionado com a dose; na maioria dos casos essa elevação foi ligeira, assintomática e
transitória. Se os níveis de CK forem elevados (> 5xLNS), o tratamento deve ser
interrompido (ver secção 4.4).
Efeitos hepáticos
Tal como com os outros inibidores da redutase da HMG-CoA, foi observado um aumento
das transaminases relacionado com a dose num pequeno número de doentes a tomar
rosuvastatina; na maioria destes casos, o aumento foi ligeiro, assintomático e transitório.
Foram notificados os seguintes acontecimentos adversos com algumas estatinas:
- Disfunção sexual
- Casos raros de doença pulmonar intersticial, especialmente com terapêutica de longa
duração (ver secção 4.4).
APROVADO EM
08-05-2016
INFARMED
- Os níveis de notificações de rabdomiólise, efeitos renais e hepáticos graves e
acontecimentos hepáticos graves (consistindo maioritariamente em transaminases
hepáticas aumentadas) é superior com a dose de 40 mg.
População pediátrica:
As elevações da creatina fosfoquinase >10xLSN e os sintomas musculares após exercício
ou aumento da atividade física foram observados mais frequentemente em ensaios
clínicos de 52 semanas em crianças e adolescentes em comparação com os adultos (ver
secção 4.4). Noutros aspetos, o perfil de segurança de rosuvastatina foi semelhante em
crianças e adolescentes comparativamente com adultos.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco
do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas
de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Não existe um tratamento específico na eventualidade de ocorrer sobredosagem. Em caso
de sobredosagem, o doente deve ser cuidadosamente monitorizado e o tratamento deverá
ser sintomático e medidas de suporte deverão ser instituídas caso seja necessário. A
função hepática e os níveis da CK deverão ser monitorizados. Não é provável que a
hemodiálise proporcione quaisquer benefícios.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 3.7 - Aparelho cardiovascular. Antidislipidémicos
Código ATC: C10A A07
Mecanismo de ação
A rosuvastatina é um inibidor seletivo e competitivo da redutase da HMG-CoA, a enzima
limitante da taxa de conversão da 3-hidroxi3-metilglutaril coenzima A em mevalonato,
APROVADO EM
08-05-2016
INFARMED
um precursor do colesterol. O principal local de ação da rosuvastatina é o fígado, o órgão
alvo na diminuição do colesterol.
A rosuvastatina aumenta o número de recetores hepáticos das LDL na superfície celular,
potenciando a captação e o catabolismo das LDL e inibindo a síntese hepática das VLDL,
reduzindo, desta forma, o número total de partículas de VLDL e LDL.
Efeitos farmacodinâmicos
A rosuvastatina reduz os níveis elevados de C-LDL, C total e triglicéridos e aumenta o
nível de C-HDL. Reduz ainda a ApoB, colesterol não-HDL, C-VLDL e TG-VLDL e
aumenta a ApoA-I (ver Tabela 1). A rosuvastatina reduz também as razões do C-LDL/C-
HDL, C total/C-HDL e colesterol não-HDL/C-HDL bem como as razões de
ApoB/ApoA-I.
Tabela 1 - Dose-resposta em doentes com hipercolesterolemia primária (tipos IIa e IIb)
(alteração percentual média ajustada em relação aos valores basais)
Dose
Total
C-HDL
Colesterol
não - HDL
ApoB
ApoA-I
Placebo
O efeito terapêutico é obtido uma semana após o início do tratamento, atingindo-se 90%
da resposta máxima após 2 semanas. A resposta máxima é geralmente obtida após 4
semanas, mantendo-se subsequentemente.
Eficácia clínica e segurança
A rosuvastatina é eficaz em adultos com hipercolesterolemia, com e sem
hipertrigliceridemia, independentemente da raça, sexo ou idade, bem como em
populações especiais, nomeadamente diabéticos ou doentes com hipercolesterolemia
familiar.
Com base nos dados agrupados de fase III, a rosuvastatina demonstrou ser eficaz no
tratamento da maioria dos doentes com hipercolesterolemia tipo IIa e IIb (média basal de
C-LDL em cerca de 4,8 mmol/L), levando-os a atingir os valores - alvo preconizados nas
normas orientadoras da European Atherosclerosis Society (EAS; 1998); cerca de 80%
dos doentes tratados com 10 mg atingiram os valores alvo EAS preconizados para os
níveis de C-LDL (<3 mmol/L).
Num estudo de grandes dimensões, 435 doentes com hipercolesterolemia familiar
heterozigótica, receberam rosuvastatina entre 20 mg e 80 mg, segundo um modelo de
APROVADO EM
08-05-2016
INFARMED
titulação forçada. Todas as doses demonstraram exercer um efeito benéfico sobre os
parâmetros lipídicos e foram atingidos os objetivos - alvo em tratamento. Após a ajuste
para uma dose diária de 40 mg (12 semanas de tratamento), o C-LDL foi reduzido em
53%. 33% dos doentes atingiram os valores - alvo das normas orientadoras
EAS para os níveis do C-LDL (< 3 mmol/L).
Num estudo clínico aberto, de titulação forçada, foi avaliada a resposta à rosuvastatina
doseada a 20 - 40 mg, em 42 doentes com hipercolesterolemia familiar homozigótica. Na
população global, foi obtida uma redução média do C-LDL de 22%.
Em estudos clínicos com um número limitado de doentes, a rosuvastatina demonstrou
possuir uma eficácia aditiva na redução dos triglicéridos, quando utilizado em
combinação com fenofibrato, e no aumento dos níveis do C-HDL quando usado em
combinação com niacina (ver secção 4.4).
Num ensaio clínico controlado com placebo, em dupla ocultação e multicêntrico
(METEOR), 984 doentes com idades compreendidas entre 45 e 70 anos e com baixo
risco de doença coronária (definido como risco de Framingham <10% em 10 anos), com
uma média de C-LDL de 4,0 mmol/L (154,5 mg/dL), porém, com aterosclerose
subclínica (detetada por Espessura da Íntima - Média da Carótida), foram aleatorizados
para o tratamento com rosuvastatina doseada a 40 mg, uma vez por dia, ou com placebo,
durante 2 anos. A rosuvastatina reduziu significativamente a taxa de progressão na EIMC
máxima dos 12 locais analisados nas artérias carótidas, comparativamente ao placebo, em
-0,0145 mm/ano [intervalo de confiança a 95% -0,0196, -0,0093; p<0,0001]). A alteração
relativamente aos valores basais foi de -0,0014 mm/ano (-0,12%/ano (não significativa))
para a rosuvastatina, comparativamente a uma progressão de +0,0131 mm/ano
(1,12%/ano [p<0,0001]) para o placebo. Não foi ainda demonstrada uma correlação direta
entre a diminuição da EIMC e a redução do risco de eventos cardiovasculares. A
população estudada no METEOR é de baixo risco de doença coronária e não representa a
população - alvo da rosuvastatina doseada a 40 mg. A dose de 40 mg deverá ser prescrita
apenas a doentes com hipercolesterolemia grave com elevado risco cardiovascular (ver
secção 4.2).
No estudo JUPITER (Justification for the Use of Statins in Primary Prevention: An
Intervention Trial Evaluating Rosuvastatina – Justificação para a Utilização de estatinas
na Prevenção Primária: Um Ensaio Interventivo de Avaliação da rosuvastatina), o efeito
da rosuvastatina na ocorrência de eventos major de doença cardiovascular aterosclerótica
foi avaliado em 17 802 homens (50 anos) e mulheres (60 anos).
Os participantes no estudo foram aleatoriamente destinados para placebo (n = 8901) ou
para rosuvastatina 20 mg, uma vez por dia, (n = 8901), e foram seguidos durante um
período médio de 2 anos.
A concentração de colesterol LDL foi reduzida em 45 % (p < 0,001) no grupo da
rosuvastatina comparativamente ao grupo do placebo.
APROVADO EM
08-05-2016
INFARMED
Numa análise post-hoc de um subgrupo de indivíduos de risco elevado, com valores
basais na escala de risco de Framingham > 20 % (1558 indivíduos), verificou-se uma
redução significativa para o critério de avaliação combinado de morte cardiovascular,
AVC e enfarte do miocárdio (p=0,028) no tratamento com rosuvastatina
comparativamente ao placebo. A redução absoluta do risco na taxa de eventos por 1000
doentes-ano foi de 8,8. A mortalidade total permaneceu inalterada neste grupo de risco
elevado (p=0,193). Numa análise post-hoc de um subgrupo de indivíduos de risco
elevado (9302 indivíduos no total), com valores basais de risco na SCORE
(extrapolados para incluir indivíduos com idade superior a 65 anos), verificou-se uma
redução significativa para o critério de avaliação combinado de morte cardiovascular,
AVC e enfarte do miocárdio (p=0,0003) no tratamento com rosuvastatina
comparativamente ao placebo. A redução absoluta do risco na taxa de eventos por 1000
doentes-ano foi de 5,1. A mortalidade total permaneceu inalterada neste grupo de risco
elevado (p=0,076).
No ensaio JUPITER, 6,6% dos indivíduos no grupo da rosuvastatina e 6,2% no grupo do
placebo descontinuaram a utilização do medicamento em estudo devido a um evento
adverso. Os eventos adversos mais frequentes que levaram à descontinuação do
tratamento foram: mialgia (0,3% rosuvastatina, 0,2% placebo), dor abdominal (0,03%
rosuvastatina, 0,02% placebo) e exantema (0,02% rosuvastatina, 0,03% placebo). Os
eventos adversos mais frequentes com uma taxa igual ou superior à do placebo foram
infeção do trato urinário (8,7% rosuvastatina, 8,6% placebo), nasofaringite (7,6%
Rosuvastatina, 7,2% placebo), dor nas costas (7,6% rosuvastatina, 6,9% placebo) e
mialgia (7,6% rosuvastatina, 6,6% placebo).
População pediátrica
Num estudo de 12 semanas, controlado com placebo, multicêntrico, randomizado, em
dupla ocultação (n=176, 97 do sexo masculino e 79 do sexo feminino) seguido de uma
fase de 40 semanas (n=173, 96 do sexo masculino e 77 do sexo feminino) aberta, de
ajuste da dose de rosuvastatina, doentes entre os 10 e 17 anos de idade (estadio de Tanner
II-V, sexo feminino com pelo menos um ano pós-menarca) com hipercolesterolémia
familiar heterozigótica, receberam 5, 10 ou 20 mg de rosuvastatina ou placebo
diariamente durante 12 semanas, e todos receberam posteriormente rosuvastatina
diariamente durante 40 semanas. No início do recrutamento do estudo, aproximadamente
30% dos doentes tinham entre os 10 e os 13 anos e aproximadamente 17%, 18%, 40% e
25% estavam no estadio Tanner II, III, IV e V,
respetivamente.
A C-LDL foi reduzida em 38,3%, 44,6% e 50,0% com rosuvastatina 5, 10 e 20 mg
respetivamente, comparado a 0,7% com placebo.
No final da semana 40, do estudo aberto, de ajuste da dose para o objetivo, doseado até
um máximo de 20 mg, uma vez por dia, 70 de 173 doentes (40,5%) tinham atingido o
objetivo pretendido de valores de C-LDL inferiores a 2,8 mmol/l.
Após 52 semanas de tratamento do estudo, não foi detetado qualquer efeito sobre o
APROVADO EM
08-05-2016
INFARMED
crescimento, peso, IMC ou maturação sexual (ver secção 4.4). A experiência clínica em
crianças e doentes adolescentes é limitada e os efeitos a longo prazo de rosuvastatina
(>1 ano) na puberdade são desconhecidos. Este estudo (n=176) não foi adequado para
comparação de acontecimentos adversos medicamentosos graves.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
São atingidas concentrações plasmáticas máximas de rosuvastatina aproximadamente 5
horas após a administração oral. A biodisponibilidade absoluta é aproximadamente de
20%.
Distribuição
A rosuvastatina é captada extensamente pelo fígado, o principal local de síntese do
colesterol e de depuração do C-LDL. O volume de distribuição da rosuvastatina é de
aproximadamente 134 L. A rosuvastatina apresenta uma ligação de aproximadamente
90% às proteínas plasmáticas, principalmente à albumina.
Biotransformação
A rosuvastatina é submetida a um metabolismo limitado (cerca de 10%). Estudos de
metabolismo in vitro utilizando hepatócitos humanos indicam que a rosuvastatina é um
substrato fraco para o metabolismo mediado pelo citocromo P450. A CYP2C9 foi a
principal isoenzima envolvida, com a 2C19, 3A4 e 2D6 envolvidas em menor extensão.
Os principais metabolitos identificados foram o N-desmetil e a lactona. O metabolito N-
desmetil é aproximadamente 50% menos ativo do que a rosuvastatina, enquanto que a
lactona é considerada clinicamente inativa. A rosuvastatina é responsável por mais de
90% da atividade inibidora da redutase da HMG-CoA circulante.
Eliminação
Aproximadamente 90% da dose de rosuvastatina é excretada sob a forma inalterada nas
fezes (consistindo em substância ativa absorvida e não absorvida) e o remanescente é
excretado na urina.
Aproximadamente 5% da rosuvastatina é excretada sob a forma inalterada na urina. A
semivida de eliminação plasmática é cerca de 19 horas. A semivida de eliminação
plasmática não aumenta com doses mais elevadas. A média geométrica da depuração
plasmática é de aproximadamente 50 litros/hora (coeficiente de variação de 21,7%). Tal
como com outros inibidores da redutase da HMG-CoA, a captação hepática da
rosuvastatina envolve o transportador de membrana OATP-C. Este transportador é
importante na eliminação hepática da rosuvastatina.
Linearidade
A exposição sistémica da rosuvastatina aumenta proporcionalmente à dose. Não existem
alterações nos parâmetros farmacocinéticos após múltiplas doses diárias.
Populações especiais
APROVADO EM
08-05-2016
INFARMED
Idade e género
A idade e o género não exerceram quaisquer efeitos clinicamente relevantes sobre a
farmacocinética da rosuvastatina.
Raça
Estudos farmacocinéticos revelaram um aumento, aproximadamente para o dobro, da
AUC mediana e Cmáx em indivíduos Asiáticos (Japoneses, Chineses, Filipinos,
Vietnamitas e Coreanos) comparativamente a indivíduos Caucasianos; os Indo-asiáticos
demonstraram um aumento da AUC mediana e Cmáx, de aproximadamente, 1,3 vezes.
Uma análise farmacocinética populacional não revelou diferenças clinicamente
significativas na farmacocinética entre grupos de indivíduos Caucasianos e Negros.
Compromisso renal
Num estudo realizado em indivíduos com diferentes graus de compromisso renal,
verificou-se que a doença renal ligeira a moderada não exerceu qualquer influência sobre
a concentração plasmática da rosuvastatina ou do metabolito N-desmetil. Indivíduos com
insuficiência renal grave (Depuração da Creatinina <30 mL/min) apresentaram um
aumento da concentração plasmática da rosuvastatina 3 vezes superior e um aumento 9
vezes superior da concentração do metabolito N-desmetil, comparativamente aos dos
voluntários saudáveis. Em indivíduos sujeitos a hemodiálise, as concentrações
plasmáticas da rosuvastatina no estado estacionário foram aproximadamente 50%
superiores, comparativamente às dos voluntários saudáveis.
Compromisso hepático
Num estudo realizado em indivíduos com vários graus de compromisso hepático, não se
verificou qualquer aumento da exposição à rosuvastatina em indivíduos com pontuação 7
ou inferior na classificação de Child-Pugh. Contudo, dois indivíduos com pontuação 8 e 9
na classificação de Child-Pugh demonstraram um aumento da exposição sistémica para,
pelo menos, o dobro, comparativamente à dos indivíduos com pontuações mais baixas na
classificação de Child-Pugh. Não existe experiência em indivíduos com pontuações na
classificação de Child-Pugh superiores a 9.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados pré-clínicos não revelam qualquer risco especial para o ser humano, segundo
estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida,
genotoxicidade e potencial carcinogénico. Num estudo pré- e pós-natal, realizado em
ratos, a toxicidade reprodutiva foi evidente pelo tamanho reduzido da ninhada, o peso e a
sobrevivência das crias. Estes efeitos foram observados com doses tóxicas para a mãe,
com exposições sistémicas muito acima do nível de exposição terapêutica.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
APROVADO EM
08-05-2016
INFARMED
Núcleo
Celulose microcristalina (Avicel PH-112)
Crospovidona (Tipo A) (Kollidon CL)
Lactose anidra
Povidona (PVP K-30)
Estearil fumarato de sódio (PRUV)
Revestimento
5 mg:
Opadry II 85F23426 Laranja
Álcool polivinílico – parcialmente hidrolisado
Dióxido de titânio (E171)
Macrogol 3350 (polietileno glicol)
Talco (E553b)
Óxido de ferro amarelo (E172)
Óxido de ferro preto (E 172)
Amarelo sunset FCF (E110, FD&C amarelo # 6)
10 mg, 20 mg e 40 mg :
Opadry II 85F24155 Rosa
Álcool polivinílico – parcialmente hidrolisado
Dióxido de titânio (E171)
Macrogol 3350 (polietileno glicol)
Talco (E553b)
Óxido de ferro amarelo (E172)
Óxido de ferro vermelho (E 172)
Carmosina (E122, laca de alumínio)
Indigotina (E132, laca de alumínio índigo-carmim, FD&C azul # 2)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
2 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
5 mg:
Não conservar acima de 25ºC.
10 mg, 20 mg e 40 mg:
Não conservar acima de 30 ºC.
APROVADO EM
08-05-2016
INFARMED
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz e humidade.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Embalagens contendo blisters de PVC/PVAC/Alumínio-OPA/Alumínio/PVC.
Apresentações: 14, 14x1, 15, 15x1, 20, 20x1, 28, 28x1, 30, 30x1, 56, 56x1, 60, 60x1, 90,
90x1, 98, 98x1, 100 e 100x1 comprimidos revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Teva Pharma – Produtos Farmacêuticos, Lda
Lagoas Park,
Edifício 5A, Piso 2,
2740-245 Porto Salvo
Portugal
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º de registo: 5270533 –20 comprimidos revestidos por película, 5 mg, blister
PVC/PVAC/Alumínio-OPA/Alumínio/PVC
N.º de registo: 5270541 –60 comprimidos revestidos por película, 5 mg, blister
PVC/PVAC/Alumínio-OPA/Alumínio/PVC
N.º de registo: 5270558 –20 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blister
PVC/PVAC/Alumínio-OPA/Alumínio/PVC
N.º de registo: 5270566 –60 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blister
PVC/PVAC/Alumínio-OPA/Alumínio/PVC
N.º de registo: 5270574 –30 comprimidos revestidos por película, 20 mg, blister
PVC/PVAC/Alumínio-OPA/Alumínio/PVC
N.º de registo: 5270608 –30 comprimidos revestidos por película, 40 mg, blister
PVC/PVAC/Alumínio-OPA/Alumínio/PVC
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
APROVADO EM
08-05-2016
INFARMED
Data da primeira autorização: 22 de fevereiro de 2010
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO