Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
06-06-2015
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06-06-2015
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Rosuvastatina Hexal 5 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Hexal 10 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Hexal 20 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Hexal 40 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Rosuvastatina Hexal e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Rosuvastatina Hexal
3. Como tomar Rosuvastatina Hexal
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Rosuvastatina Hexal
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Rosuvastatina Hexal e para que é utilizado
Rosuvastatina Hexal pertence a um grupo de medicamentos denominados estatinas
(inibidores da HMG-CoA redutase).
O seu médico receitou-lhe Rosuvastatina Hexal porque:
Tem valores de colesterol elevados. Isto significa que está em risco de ter um ataque
cardíaco ou um acidente vascular cerebral. Rosuvastatina Hexal é utilizado em
adultos, adolescentes e crianças com 6 anos ou mais para tratar o colesterol
elevado.
Foi aconselhado a tomar uma estatina, porque a alteração na sua dieta e fazer mais
exercício físico não foram suficientes para corrigir os seus valores de colesterol.
Enquanto estiver a tomar Rosuvastatina Hexal deve continuar com a sua dieta para
baixar o colesterol e a prática de exercício físico.
Tem outros fatores que aumentam o seu risco de sofrer um ataque cardíaco, um
acidente vascular cerebral ou outros problemas de saúde associados.
O ataque cardíaco, o acidente vascular cerebral e outros problemas de saúde podem
ser causados por uma doença chamada aterosclerose. A aterosclerose é provocada
pela acumulação de depósitos de gordura nas suas artérias.
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Porque é importante que continue a tomar Rosuvastatina Hexal?
Rosuvastatina Hexal é utilizada para corrigir os níveis de substâncias gordas no
sangue, chamadas de lípidos, sendo o colesterol o mais comum.
Existem diferentes tipos de colesterol no sangue – o colesterol “mau” (colesterol das
lipoproteínas de baixa densidade ou C-LDL) e o colesterol “bom” (colesterol das
lipoproteínas de alta densidade ou C-HDL).
Rosuvastatina Hexal pode reduzir o colesterol “mau” e aumentar o colesterol “bom”.
Atua bloqueando a produção de colesterol “mau” e melhora a capacidade do seu
corpo de retirá-lo do seu sangue.
Na maioria das pessoas, o colesterol elevado não afeta o estado geral porque não
produz quaisquer sintomas. No entanto, se não se fizer tratamento, podem ocorrer
depósitos de gordura nas paredes dos seus vasos sanguíneos provocando o seu
estreitamento.
Por vezes, estes vasos sanguíneos estreitos podem ficar bloqueados, o que pode
impedir o fornecimento de sangue ao coração ou ao cérebro, conduzindo a um
ataque cardíaco ou a um acidente vascular cerebral. Se corrigir os seus valores de
colesterol, poderá reduzir o risco de ter um ataque cardíaco ou um acidente vascular
cerebral. Ao diminuir os seus valores de colesterol, pode reduzir o seu risco de ter
ataque
cardíaco,
acidente
vascular
cerebral
problemas
saúde
associados.
É necessário que continue a tomar Rosuvastatina Hexal, mesmo que tenha atingido
os valores recomendados de colesterol, porque previne um novo aumento dos seus
valores de colesterol e, consequentemente, a acumulação de depósitos de gordura.
No entanto, deverá parar se o seu médico assim o indicar ou se engravidar.
2. O que precisa de saber antes de tomar Rosuvastatina Hexal
Não tome Rosuvastatina Hexal
alergia
(hipersensibilidade)
rosuvastatina
qualquer
outro
componente deste medicamento (indicados na secção 6)
se tiver uma doença do fígado
se tiver problemas renais graves
se sentir dores musculares repetidas ou invulgares (miopatia)
se estiver a tomar um medicamento chamado ciclosporina (usado, por ex. após o
transplante de órgãos)
se estiver grávida ou a amamentar Se engravidar enquanto está a tomar
Rosuvastatina Hexal pare imediatamente de o tomar e fale com o seu médico. As
mulheres devem evitar engravidar enquanto tomam Rosuvastatina Hexal utilizando
um método contracetivo adequado.
Se alguma das situações acima descritas se aplica a si (ou caso tenha dúvidas) fale
novamente com o seu médico.
Adicionalmente, não tome Rosuvastatina Hexal 40 mg (a dose mais elevada)
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se já sentiu dores musculares repetidas ou invulgares (miopatia), se tem história
familiar ou pessoal de problemas musculares, ou história anterior de problemas
musculares quando tomou outros medicamentos para redução do colesterol
se tiver problemas renais moderados (caso tenha dúvidas, fale com o médico)
se a sua glândula tiroide não estiver a funcionar corretamente
se bebe regularmente grandes quantidades de álcool
se estiver a tomar outros medicamentos chamados fibratos para baixar o seu
colesterol
se é de ascendência Asiática - (Japonesa, Chinesa, Filipina, Vietnamita, Coreana e
Indiana).
Se alguma das situações acima descritas se aplica a si (ou caso tenha dúvidas) fale
novamente com o seu médico.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Rosuvastatina Hexal.
se tiver problemas com os seus rins
se tiver problemas com o seu fígado
se tiver insuficiência respiratória grave
se já sentiu dores musculares repetidas ou invulgares (miopatia), se tem história
familiar ou pessoal de problemas musculares, ou história anterior de problemas
musculares
quando
tomou
outros
medicamentos
para
redução
colesterol.
Contacte o seu médico imediatamente se sentir dores musculares repetidas ou
invulgares, especialmente se não se sentir bem ou se tiver febre. Informe também o
seu médico ou farmacêutico se tiver fraqueza muscular que é constante.
se bebe regularmente grandes quantidades de álcool
se a sua glândula tiroide não estiver a funcionar corretamente
se estiver a tomar outros medicamentos chamados fibratos para baixar o seu
colesterol
se estiver a tomar medicamentos usados para tratar a infeção pelo VIH (por ex.
ritonavir
lopinovir,
atazanavir
e/ou
tipranavir),
seção
“Outros
medicamentos e Rosuvastatina”
- Se estiver a tomar antibióticos que contêm ácido fusídico, ver secção Outros
medicamentos e Rosuvastatina Hexal.
se tem mais de 70 anos de idade (uma vez que é necessário que o seu médico
escolha a dose inicial de Rosuvastatina Hexal mais adequada para si)
se é de ascendência Asiática – isto é, Japonesa, Chinesa, Filipina, Vietnamita,
Coreana e Indiana. O seu médico decidirá qual a dose inicial de Rosuvastatina Hexal
é a mais adequada para si
Crianças e adolescentes
se o doente tiver menos de 6 anos de idade: Rosuvastatina Hexal não deve ser
administrado a crianças com idade inferior a 6 anos.
se o doente tiver menos de 18 anos de idade: o comprimido de Rosuvastatina
Hexal 40 mg não é adequado para utilização em crianças e adolescentes com idade
inferior a 18 anos.
Se alguma das situações acima descritas se aplica a si (ou caso tenha dúvidas):
Não tome Rosuvastatina Hexal 40 mg (a dose mais elevada) e confirme com o seu
médico ou farmacêutico antes de começar a tomar qualquer dose de Rosuvastatina
Hexal.
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Num número reduzido de pessoas, as estatinas podem afetar o fígado. Esta situação
é identificada através da realização de um teste simples para detetar o aumento dos
níveis das enzimas hepáticas no sangue. Por este motivo, o seu médico pedirá esta
análise ao sangue (provas de função hepática) antes e durante o tratamento com
Rosuvastatina Hexal.
Enquanto
estiver
tomar
este
medicamento
médico
far-lhe-á
acompanhamento
cuidadoso
caso
sofra
diabetes
estiver
risco
desenvolver diabetes. Estará em risco de desenvolver diabetes se tiver níveis
elevados de açúcar e gorduras no seu sangue, tiver peso a mais e pressão arterial
elevada.
Outros medicamentos e Rosuvastatina Hexal
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Informe o seu médico se estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos:
ciclosporina (usado, por ex. após o transplante de órgãos)
varfarina ou clopidogrel ou quaisquer outros medicamentos utilizados para diminuir
a viscosidade sanguínea
fibratos e outros produtos hipolipemiantes (tais como gemfibrozil, fenofibrato)
qualquer outro medicamento usado para baixar o colesterol (tal como ezetimiba)
medicamentos para a indigestão (usados para neutralizar a acidez no seu
estômago)
eritromicina (um antibiótico)
ácido fusídico (um antibiótico - veja “Advertências e precauções”)
um contracetivo oral (a pílula) ou terapêutica de substituição hormonal
ritonavir com lopinavir, atazanavir e/ou tipranavir (utilizado para tratar a infeção
pelo VIH - Ver secção “Advertências e precauções”).
Os efeitos destes medicamentos podem ser alterados por Rosuvastatina Hexal ou
podem alterar os efeitos de Rosuvastatina Hexal.
Ao tomar Rosuvastatina Hexal com alimentos e bebidas
Pode tomar Rosuvastatina Hexal com ou sem alimentos.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Não tome Rosuvastatina Hexal se estiver grávida ou a amamentar. Se engravidar
enquanto está a tomar Rosuvastatina Hexal pare imediatamente de o tomar e fale
médico.
mulheres
devem
evitar
engravidar
enquanto
tomam
Rosuvastatina Hexal utilizando um método contracetivo adequado.
Condução de veículos e utilização de máquinas
A maioria das pessoas pode conduzir um carro e utilizar máquinas enquanto toma
Rosuvastatina Hexal – não afetará a sua capacidade. No entanto, algumas pessoas
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poderão sentir tonturas durante o tratamento com Rosuvastatina Hexal. Se sentir
tonturas, consulte o seu médico antes de tentar conduzir ou utilizar máquinas.
Rosuvastatina Hexal contém lactose.
Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares (lactose ou
açúcar do leite), contacte-o antes de tomar Rosuvastatina Hexal.
3. Como tomar Rosuvastatina Hexal
Tome sempre este medicamento exatamente de acordo com as indicações do seu
médico ou farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Doses habituais em adultos
Se estiver a tomar Rosuvastatina Hexal para o colesterol elevado:
Dose inicial
O seu tratamento com Rosuvastatina Hexal deve ser iniciado com a dose de 5 mg ou
10 mg, mesmo que anteriormente tenha tomado uma dose mais elevada de uma
outra estatina. A escolha da sua dose inicial irá depender:
dos seus valores de colesterol
do seu nível de risco de ter um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral
se tem ou não um fator que poderá torná-lo mais sensível a possíveis efeitos
secundários.
Confirme com o seu médico ou farmacêutico qual a dose inicial de Rosuvastatina
Hexal mais adequada para si.
O seu médico poderá decidir que deverá tomar a dose mais baixa (5 mg) se:
- é de ascendência Asiática (Japonesa, Chinesa, Filipina, Vietnamita, Coreana e
Indiana)
- tem mais de 70 anos de idade
- tem problemas renais moderados
- está em risco de ter dores musculares (miopatia).
Aumento da dose e dose diária máxima
O seu médico poderá decidir aumentar a sua dose para que a quantidade de
Rosuvastatina Hexal que toma seja adequada para si. Se iniciou o tratamento com a
dose
5 mg,
médico
poderá
decidir
duplicar
dose
para
10 mg,
posteriormente para 20 mg e em seguida para 40 mg, se necessário. Se iniciou o
tratamento com a dose de 10 mg, o seu médico poderá decidir duplicar a dose para
20 mg e posteriormente para 40 mg, se necessário. O ajuste de cada dose será feito
em intervalos de 4 semanas.
A dose máxima diária de Rosuvastatina Hexal é de 40 mg. Esta dose destina-se
apenas a doentes com valores de colesterol elevados e com risco elevado de ataques
cardíacos ou acidente vascular cerebral cujos valores de colesterol não baixaram o
suficiente com 20 mg.
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Se está a tomar Rosuvastatina Hexal para reduzir o seu risco de ter um ataque
cardíaco, acidente vascular cerebral ou problemas de saúde associados:
A dose recomendada é de 20 mg por dia. No entanto, o seu médico pode decidir
utilizar uma dose mais baixa se tiver algum dos fatores acima mencionados.
Utilização em crianças e adolescentes com 6-17 anos de idade
A dose inicial habitual é de 5 mg. O seu médico poderá aumentar a sua dose para
encontrar a quantidade de Rosuvastatina Hexal adequada para si. A dose máxima
diária de Rosuvastatina Hexal é de 10 mg para crianças dos 6 aos 9 anos e 20 mg
para crianças dos 10 aos 17 anos. Tome a sua dose uma vez por dia. O comprimido
de Rosuvastatina Hexal 40 mg não deve ser usado em crianças.
Tomar os seus comprimidos
Engula o comprimido inteiro com água.
Tome Rosuvastatina Hexal uma vez por dia. Pode tomá-lo a qualquer hora do dia,
com ou sem alimentos.
Tente tomar o comprimido sempre à mesma hora do dia para que se lembre mais
facilmente de o tomar.
Controlo regular do colesterol
É importante consultar novamente o médico para que seja feito um controlo regular
do seu colesterol, de forma a assegurar que os valores recomendados de colesterol
foram atingidos e se mantêm estáveis.
O seu médico poderá decidir aumentar a sua dose para que a quantidade de
Rosuvastatina Hexal que toma seja adequada para si.
Se tomar mais Rosuvastatina Hexal do que deveria
Contacte o seu médico ou o hospital mais próximo para aconselhamento.
Se necessitar de cuidados hospitalares ou de fazer outros tratamentos, informe a
equipa médica sobre o seu tratamento com Rosuvastatina Hexal.
Caso se tenha esquecido de tomar Rosuvastatina Hexal
Não se preocupe, tome a próxima dose prevista de acordo com o seu esquema de
tratamento habitual. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se
esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Rosuvastatina Hexal
Fale com o seu médico se pretende parar de tomar Rosuvastatina Hexal. Os seus
valores de colesterol poderão aumentar novamente se parar de tomar Rosuvastatina
Hexal.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
importante
saiba
quais
são
efeitos
secundários.
Estes
efeitos
são
geralmente ligeiros e desaparecem após um curto período de tempo.
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Pare de tomar Rosuvastatina Hexal e procure assistência médica imediatamente se
tiver alguma das seguintes reações alérgicas:
dificuldade em respirar, com ou sem inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta
inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta, o que pode causar dificuldade em
engolir
comichão intenso na pele (com aumento dos gânglios).
Pare também de tomar Rosuvastatina Hexal e fale com o seu médico imediatamente
se sentir quaisquer dores invulgares nos seus músculos que se prolongam por mais
tempo do que o esperado. Os sintomas musculares são mais comuns em crianças e
adolescentes do que em adultos.
Tal como com outras estatinas, um número muito reduzido de pessoas sentiu efeitos
musculares
indesejáveis
raramente
estes
efeitos
resultaram
destruição
muscular potencialmente fatal, conhecida como rabdomiólise.
Efeitos secundários frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas):
dor de cabeça
tonturas
obstipação (prisão de ventre)
sensação de mal-estar
dor de estômago
dor nos músculos
sensação de fraqueza
aumento da quantidade de proteínas na urina – isto habitualmente volta ao normal
sem que seja necessário parar de tomar os seus comprimidos de Rosuvastatina
Hexal (apenas Rosuvastatina Hexal 40 mg)
diabetes - esta situação é mais provável se tiver níveis elevados de açúcar e
gorduras no seu sangue, tiver peso a mais e pressão arterial elevada. O seu médico
irá vigiá-lo enquanto estiver a tomar este medicamento.
Efeitos secundários pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas):
erupção na pele, comichão (comichão) e outras reações na pele
aumento da quantidade de proteínas na urina (resultados anormais dos testes da
função renal) – que geralmente volta ao normal sem que seja necessário parar o
tratamento com Rosuvastatina Hexal (apenas Rosuvastatina Hexal 5 mg, 10 mg e 20
mg).
Efeitos secundários raros (podem afetar até 1 em 1.000 pessoas):
reação alérgica grave – os sinais incluem inchaço da face, lábios, língua e/ou
garganta, dificuldade em engolir e respirar, comichão intenso (com aumento dos
gânglios). Se pensa que está a ter uma reação alérgica, pare de tomar Rosuvastatina
Hexal e procure ajuda médica de imediato.
distúrbios musculares em adultos – como precaução, pare de tomar Rosuvastatina
Hexal e fale com o seu médico imediatamente se sentir dores musculares invulgares
que se prolonguem por mais tempo do que o esperado
dor de estômago intensa (pâncreas inflamado)
aumento das enzimas hepáticas no sangue.
nódoas negras e hemorragias pouco frequentes devido ao baixo nível de plaquetas
no sangue.
Efeitos secundários muito raros (podem afetar até 1 em 10.000 pessoas):
icterícia (coloração amarela dos olhos e da pele)
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hepatite (uma inflamação do fígado)
vestígios de sangue na sua urina
lesão dos nervos nos braços e nas pernas (tal como dormência)
dores nas articulações
perda de memória.
ginecomastia (aumento mamário nos homens).
Efeitos secundários de frequência desconhecida (a frequência não pode ser calculada
a partir dos dados disponíveis):
diarreia (fezes moles)
Síndrome de Stevens-Johnson (doença grave que causa bolhas na pele, boca,
olhos e órgãos genitais)
tosse
falta de ar
edema (inchaço)
distúrbios do sono, incluindo insónias e pesadelos
dificuldades sexuais
depressão
problemas respiratórios incluindo tosse persistente e/ou falta de ar ou febre.
afeções dos tendões, por vezes complicadas por rutura
fraqueza muscular que é constante.
Comunicação de efeitos secundários
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Também
poderá
comunicar
efeitos
secundários
diretamente
aoINFARMED
I.P.
através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a
fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail:
farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Rosuvastatina Hexal
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Rosuvastatina Hexal após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior e no blister após Val. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
Conservar na embalagem de origem para proteger da humidade.
O prazo de validade após a primeira abertura dos frascos de HDPE é de até 3 meses.
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Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não
necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Rosuvastatina Hexal
- A substância ativa é a rosuvastatina.
Rosuvastatina Hexal 5 mg comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido revestido por película contém 5 mg de rosuvastatina (sob a forma
de rosuvastatina cálcica).
Rosuvastatina Hexal 10 mg comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido revestido por película contém 10 mg de rosuvastatina (sob a forma
de rosuvastatina cálcica).
Rosuvastatina Hexal 20 mg comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido revestido por película contém 20 mg de rosuvastatina (sob a forma
de rosuvastatina cálcica).
Rosuvastatina Hexal 40 mg comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido revestido por película contém 40 mg de rosuvastatina (sob a forma
de rosuvastatina cálcica).
- Os outros componentes são:
Conteúdo do comprimido:
Lactose anidra, Sílica coloidal anidra, Celulose microcristalina siliciada, Amido de
milho, Talco, Fumarato sódico de estearilo.
Revestimento do comprimido:
Hipromelose, Manitol E421, Macrogol 6000, Talco, Dióxido de titânio E171, Óxido de
ferro amarelo E172, Óxido de ferro vermelho E172.
Qual o aspeto de Rosuvastatina Hexal e conteúdo da embalagem
Comprimidos revestidos por película.
Rosuvastatina Hexal 5 mg comprimidos revestidos por película:
Comprimidos revestidos por película redondos, castanhos claros, com a gravação
“RSV 5” numa das faces.
Rosuvastatina Hexal 10 mg comprimidos revestidos por película:
Comprimidos revestidos por película redondos, castanhos, com a gravação “RSV 10”
numa das faces.
Rosuvastatina Hexal 20 mg comprimidos revestidos por película:
Comprimidos revestidos por película redondos, castanhos, com a gravação “RSV 20”
numa das faces.
Rosuvastatina Hexal 40 mg comprimidos revestidos por película:
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Comprimidos revestidos por película redondos, castanhos, com a gravação “RSV 40”
numa das faces.
Rosuvastatina Hexal 5/10/20/40 mg está disponível em:
Blister OPA-Alu-PVC/Alu: 20, 28, 60 comprimidos revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular de Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular de Autorização de Introdução no Mercado
Hexal AG
Industriestrasse 25
83607 Holzkirchen
Alemanha
Fabricantes
Lek Pharmaceuticals d.d.
Verovskova 57 1526 Ljubljana
Eslovénia
Lek Pharmaceuticals d.d
Trimlini 2D
9220 Lendava
Eslovénia
Lek S.A.
ul. Domaniewska 50 C
02-672 Warsaw
Polónia
Salutas Pharma GmbH
Otto-von-Guer·icke-Ailee I
39179 Barleben
Alemanha
Salutas Pharma GmbH
Dicselstrasse 5
70839 Gerlingen
Alemanha
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Portugal: Rosuvastatina Hexal
Irlanda: Rosuva 5 mg Film-Coated Tablets
Rosuva 10 mg Film-Coated Tablets
Rosuva 20 mg Film-Coated Tablets
Rosuva 40 mg Film-Coated Tablets
Este folheto foi aprovado pela última vez em Fevereiro de 2015
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Rosuvastatina Hexal 5 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Hexal 10 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Hexal 20 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Hexal 40 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Rosuvastatina Hexal 5 mg comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido revestido por película contém 5 mg de rosuvastatina (sob a forma
de rosuvastatina cálcica).
Excipientes com efeito conhecido: cada comprimido revestido por película contém
58,7 mg de lactose anidra.
Rosuvastatina Hexal 10 mg comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido revestido por película contém 10 mg de rosuvastatina (sob a forma
de rosuvastatina cálcica).
Excipientes com efeito conhecido: cada comprimido revestido por película contém
53,7 mg de lactose anidra.
Rosuvastatina Hexal 20 mg comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido revestido por película contém 20 mg de rosuvastatina (sob a forma
de rosuvastatina cálcica).
Excipientes com efeito conhecido: cada comprimido revestido por película contém
107,4 mg de lactose anidra.
Rosuvastatina Hexal 40 mg comprimidos revestidos por película:
Cada comprimido revestido por película contém 40 mg de rosuvastatina (sob a forma
de rosuvastatina cálcica).
Excipientes com efeito conhecido: cada comprimido revestido por película contém
214,8 mg de lactose anidra.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Rosuvastatina Hexal 5 mg comprimidos revestidos por película:
Comprimidos revestidos por película redondos, castanhos claros, com a gravação
“RSV 5” numa das faces.
Rosuvastatina Hexal 10 mg comprimidos revestidos por película:
Comprimidos revestidos por película redondos, castanhos, com a gravação “RSV 10”
numa das faces.
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Rosuvastatina Hexal 20 mg comprimidos revestidos por película:
Comprimidos revestidos por película redondos, castanhos, com a gravação “RSV 20”
numa das faces.
Rosuvastatina Hexal 40 mg comprimidos revestidos por película:
Comprimidos revestidos por película redondos, castanhos, com a gravação “RSV 40”
numa das faces.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento da hipercolesterolémia
Adultos, adolescentes e crianças com idade igual ou superior a 6 anos com
hipercolesterolémia
primária
(tipo
incluindo
hipercolesterolémia
familiar
heterozigótica) ou dislipidémia mista (tipo IIb) como adjuvante da dieta sempre que
a resposta à dieta e a outros tratamentos não farmacológicos (por ex. exercício
físico, perda de peso) seja inadequada.
Hipercolesterolémia familiar homozigótica, como adjuvante da dieta e de outros
tratamentos hipolipemiantes (por ex., LDL-aferese) ou se tais tratamentos não forem
apropriados.
Prevenção de eventos cardiovasculares
Prevenção de eventos cardiovasculares major em doentes nos quais se estima existir
um risco elevado de ocorrência de um primeiro evento cardiovascular (ver secção
5.1), como adjuvante de correção de outros fatores de risco.
4.2 Posologia e modo de administração
Antes do início do tratamento, o doente deverá ser submetido a uma dieta
padronizada para diminuição dos níveis de colesterol, que deverá continuar durante
o tratamento. A dose deverá ser individualizada de acordo com o objetivo da
terapêutica e a resposta do doente, de acordo com as normas orientadoras de
consenso atuais.
Rosuvastatina Hexal pode ser administrada a qualquer hora do dia, com ou sem
alimentos.
Tratamento da hipercolesterolémia
A dose inicial recomendada é de 5 ou 10 mg por via oral, uma vez por dia, tanto
para doentes não tratados como para doentes a quem previamente tenham sido
prescritos outros inibidores da HMG-CoA redutase. A escolha da dose inicial deverá
ter em consideração o nível de colesterol individual e o eventual risco cardiovascular,
bem como o potencial risco para reações adversas. Após 4 semanas, pode ser feito
um ajustamento posológico para a dose seguinte, se necessário (ver secção 5.1).
Face ao aumento de notificações de reações adversas com a dose de 40 mg
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comparativamente às doses mais baixas (ver secção 4.8), a titulação final para a
dose
máxima
deverá
somente
considerada
doentes
hipercolesterolémia
grave
elevado
risco
cardiovascular
particular
doentes com hipercolesterolémia familiar), que não atinjam os objetivos terapêuticos
com 20 mg, aos quais será efetuada uma monitorização de rotina (ver secção 4.4).
Recomenda-se que o início de terapêutica com a dose de 40 mg seja efetuado sob
supervisão de um especialista.
Prevenção de eventos cardiovasculares
No estudo de redução de risco de eventos cardiovasculares, a dose utilizada foi de 20
mg por dia (ver secção 5.1).
População pediátrica
A utilização pediátrica apenas deve ser efetuada por especialistas.
Crianças e adolescentes entre os 6 e os 17 anos de idade (Estadio Tanner <II-V).
Em crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica, a dose
inicial habitual é de 5 mg, uma vez por dia.
Em crianças de 6 a 9 anos de idade com hipercolesterolémia familiar heterozigótica,
o intervalo de dose habitual é de 5-10 mg por via oral uma vez por dia. A segurança
e eficácia de doses superiores a 10 mg não foram estudadas nesta população.
crianças
anos
idade
hipercolesterolémia
familiar
heterozigótica, o intervalo de dose habitual é de 5-20 mg por via oral uma vez por
dia. A segurança e eficácia de doses superiores a 20 mg não foram estudadas nesta
população.
A dose deve ser ajustada de acordo com a resposta individual e tolerabilidade nos
doentes pediátricos, conforme indicado pelas recomendações de tratamento em
pediatria (ver secção 4.4). Crianças e adolescentes devem ser submetidos à dieta
padrãopara redução do colesterol antes de iniciar o tratamento com rosuvastatina;
esta dieta deve ser continuada durante o tratamento com a rosuvastatina.
A experiência em crianças com hipercolesterolémia familiar homozigótica é limitada a
um pequeno número de crianças com idades entre 8 e 17 anos.
O comprimido de 40 mg não é adequado para utilização na população pediátrica.
Crianças com idade inferior a 6 anos
A segurança e eficácia da utilização em crianças com idade inferior a 6 anos não
foram estudadas. Por conseguinte, não se recomenda a utilização de Rosuvastatina
Hexal em crianças com idade inferior a 6 anos.
Utilização na população idosa
Recomenda-se uma dose inicial de 5 mg em doentes com idade >70 anos (ver
secção 4.4). Não é necessário qualquer outro ajuste posológico em relação à idade.
Posologia em doentes com insuficiência renal
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
Não é necessário ajuste posológico em doentes com compromisso renal ligeiro a
moderado. A dose inicial recomendada é de 5 mg em doentes com compromisso
renal moderado (depuração da creatinina <60 ml/min). A dose de 40 mg está
contraindicada
doentes
compromisso
renal
moderado.
Rosuvastatina Hexal em doentes com compromisso renal grave está contraindicado
em todas as doses (ver secções 4.3 e 5.2).
Posologia em doentes com compromisso hepático
Não se verificou um aumento da exposição sistémica à rosuvastatina em indivíduos
com pontuações 7 ou inferior na classificação de Child-Pugh. No entanto, tem sido
observado aumento da exposição sistémica em indivíduos com pontuações 8 e 9 na
classificação de Child-Pugh (ver secção 5.2). Nestes doentes deve ser considerada a
avaliação da função renal (ver secção 4.4.). Não existe experiência em indivíduos
com pontuações na classificação de Child-Pugh superiores a 9. Rosuvastatina Hexal
está contraindicado em doentes com doença hepática ativa (ver secção 4.3).
Raça
Tem sido observado aumento da exposição sistémica em indivíduos Asiáticos (ver
secções 4.3, 4.4 e secção 5.2). A dose inicial recomendada é de 5 mg para doentes
de ascendência Asiática. A dose de 40 mg está contraindicada nestes doentes.
Polimorfismos genéticos
São conhecidos tipos específicos de polimorfismos genéticos que podem levar a
aumento da exposição à rosuvastatina (ver secção 5.2). Para os doentes em que são
conhecidos tais tipos específicos de polimorfismos, recomenda-se uma dose diária
inferior de Rosuvastatina Hexal.
Posologia em doentes com fatores predisponentes para miopatia
A dose inicial recomendada é de 5 mg em doentes com fatores predisponentes para
miopatia (ver secção 4.4.).
A dose de 40 mg está contraindicada em alguns destes doentes (ver secção 4.3).
Terapêutica concomitante
A rosuvastatina é um substrato de várias proteínas transportadoras (p. ex. OATP1B1
BCRP).
risco
miopatia
(incluindo
rabdomiólise)
aumenta
quando
rosuvastatina é administrada concomitantemente com determinados medicamentos
podem
aumentar
concentração
plasmática
rosuvastatina
devido
interações
essas
proteínas
transportadoras
ciclosporina
certos
inibidores da protease incluindo combinações de ritonavir com atazanavir, lopinavir,
e/ou
tipranavir;
secções
4.5).
Sempre
possível,
devem
considerados
medicamentos
alternativos,
necessário,
considerar
temporariamente
interrupção
terapêutica
Rosuvastatina
Hexal.
situações
administração
concomitante
destes
medicamentos
Rosuvastatina Hexal é inevitável, o benefício e o risco do tratamento concomitante e
ajustes na dose de Rosuvastatina Hexal devem ser cuidadosamente considerados
(ver secção 4.5).
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
4.3 Contraindicações
Rosuvastatina Hexal está contraindicado:
doentes
hipersensibilidade
substância
ativa
qualquer
excipientes mencionados na secção 6.1;
doentes
doença
hepática
ativa
incluindo
elevações
persistentes
inexplicáveis das transaminases séricas e qualquer elevação das transaminases
séricas excedendo 3 vezes o limite superior da normalidade (LSN);
- em doentes com compromisso renal grave (depuração da creatinina < 30 ml/min);
- em doentes com miopatia;
- em doentes tratados concomitantemente com ciclosporina;
- durante a gravidez e aleitamento e em mulheres em idade fértil que não adotam
medidas contracetivas apropriadas.
A dose de 40 mg está contraindicada em doentes com fatores predisponentes para
miopatia/rabdomiólise. Tais fatores incluem:
- compromisso renal moderado (depuração da creatinina < 60 ml/min);
- hipotiroidismo;
- antecedentes pessoais ou familiares de perturbações musculares hereditárias;
- antecedentes pessoais de toxicidade muscular com outro inibidor da HMG-CoA
redutase ou fibrato;
- alcoolismo;
situações
possa
ocorrer
aumento
níveis
plasmáticos
rosuvastatina;
- doentes Asiáticos;
- uso concomitante de fibratos.
(Ver secções 4.4, 4.5 e 5.2).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Efeitos renais
Em doentes tratados com doses elevadas de rosuvastatina, em particular 40 mg, foi
observada proteinúria, detetada por tiras de teste e maioritariamente de origem
tubular, tendo sido transitória ou intermitente na maioria dos casos. A proteinúria
não demonstrou prognosticar doença renal aguda ou crónica (ver secção 4.8). A taxa
de notificação de eventos renais graves na experiência pós-comercialização é maior
com a dose de 40 mg. Deve ser considerada a avaliação da função renal durante a
monitorização de rotina de doentes tratados com uma dose de 40 mg.
Efeitos musculosqueléticos
Efeitos no músculo-esquelético, por ex. mialgia, miopatia e, raramente, rabdomiólise
têm sido notificados em doentes tratados com rosuvastatina em todas as doses, em
particular com doses > 20 mg. Foram notificados casos muito raros de rabdomiólise
com a utilização de ezetimiba em combinação com os inibidores da HMG-CoA
redutase. Não pode ser excluída uma interação farmacodinâmica (ver secção 4.5) e a
sua combinação deve ser utilizada com precaução.
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
Tal como com outros inibidores da HMG-CoA redutase, a taxa de notificação de
rabdomiólise associada a rosuvastatina na experiência pós-comercialização é maior
com a dose de 40 mg.
Doseamento da creatinina quinase
A creatinina quinase (CK) não deve ser doseada após exercício intenso ou na
presença de causas alternativas plausíveis de aumento de CK, que possam confundir
a interpretação dos resultados. Se os níveis basais de CK forem significativamente
elevados (> 5xLSN) deverá ser efetuado um teste de confirmação dentro de 5-7
dias. Se a repetição do teste confirmar um valor basal de CK > 5xLSN, o tratamento
não deverá ser iniciado.
Antes do tratamento
Rosuvastatina Hexal, tal como com os outros inibidores da HMG-CoA redutase,
deverá ser prescrito com precaução em doentes com fatores predisponentes para
miopatia/rabdomiólise. Tais fatores incluem:
- compromisso renal
- hipotiroidismo
- antecedentes pessoais ou familiares de perturbações musculares hereditárias
- antecedentes pessoais de toxicidade muscular com outro inibidor da HMG-CoA
redutase ou fibrato
- alcoolismo
- idade > 70 anos
- situações em que possa ocorrer um aumento dos níveis plasmáticos (ver secções
4.2, 4.5 e 5.2)
- uso concomitante de fibratos.
Nestes doentes deverá ser avaliado o risco do tratamento relativamente aos
possíveis benefícios, sendo recomendado uma monitorização clínica. Se os níveis
basais de CK forem significativamente elevados (> 5xLSN), o tratamento não deverá
ser iniciado.
Durante o tratamento
Os doentes devem ser advertidos a notificar imediatamente dor muscular, astenia ou
cãibras inexplicáveis, particularmente se associados a mal-estar ou febre. Deve
determinar-se os níveis de CK nestes doentes. A terapêutica deve ser interrompida
se os níveis de CK estiverem francamente elevados (> 5xLSN) ou se os sintomas
musculares forem graves e causarem desconforto diário (mesmo com níveis de CK ≤
5xLSN). Se os sintomas desaparecerem e os níveis de CK regressarem ao normal,
deverá
considerar-se
reintrodução
Rosuvastatina
Hexal
inibidor
alternativo da HMG-CoA redutase na dose mais baixa e com uma monitorização
apertada. A monitorização de rotina dos níveis de CK em doentes assintomáticos não
justifica.
Foram
notificados
casos
muito
raros
miopatia
necrosante
imunomediada (IMNM) durante ou após o tratamento com estatinas, incluindo a
rosuvastatina. A IMNM é clinicamente caracterizada por fraqueza muscular proximal
e elevação da creatinina quinase sérica, que persistem apesar da interrupção do
tratamento com estatinas.
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
Os estudos clínicos não demonstraram evidência de aumento de efeitos sobre o
músculo esquelético no reduzido número de doentes tratados com rosuvastatina e
terapêutica concomitante. Observou-se, no entanto, aumento da incidência de
miosite e de miopatia em doentes tratados com outros inibidores da HMG-CoA
redutase
associação
derivados
ácido
fíbrico,
incluindo
gemfibrozil,
ciclosporina, ácido nicotínico, antifúngicos do grupo dos azóis, inibidores da protease
e antibióticos macrólidos. O gemfibrozil aumenta o risco de miopatia quando
administrado concomitantemente com alguns inibidores da HMG-CoA redutase. Por
conseguinte,
associação
Rosuvastatina
Hexal
gemfibrozil
não
recomendada. O benefício de alterações adicionais nos níveis lipídicos, resultantes da
combinação
Rosuvastatina
Hexal
fibratos
niacina,
deverá
cuidadosamente considerado em relação aos potenciais riscos de tais associações.
Com a dose de 40 mg está contraindicado o uso concomitante de fibratos (ver
secções 4.5 e 4.8).
Não se recomenda a associação de rosuvastatina e ácido fusídico. Em doentes a
receber esta associação houve notificações de rabdomiólise (incluindo algumas
mortes) (ver secção 4.5).
Rosuvastatina Hexal não deve ser usado em doentes com uma situação aguda grave,
sugestiva de miopatia ou predisposição para o desenvolvimento de falência renal
secundária a rabdomiólise (por ex. sépsis, hipotensão, grande cirurgia, trauma,
disfunções
metabólicas
graves,
endócrinas
eletrolíticas
convulsões
não
controladas).
Efeitos hepáticos
Tal como com os outros inibidores da HMG-CoA redutase, Rosuvastatina Hexal deve
ser usado com precaução em doentes que consumam quantidades excessivas de
álcool e/ou tenham história de doença hepática.
Recomenda-se que sejam realizados testes da função hepática antes do início do
tratamento com Rosuvastatina Hexal e 3 meses após o início do tratamento. Se o
nível das transaminases séricas exceder 3 vezes o limite superior da normalidade,
Rosuvastatina
Hexal
deve
interrompido ou
reduzir-se
dose.
A taxa
notificação de eventos hepáticos graves (consistindo principalmente no aumento das
transaminases hepáticas) na experiência pós-comercialização é maior com a dose de
40 mg.
Em doentes com hipercolesterolémia secundária causada por hipotiroidismo ou
síndroma nefrótica, a doença subjacente deverá ser tratada antes de se iniciar a
terapêutica com Rosuvastatina Hexal.
Raça
Estudos de farmacocinética revelaram um aumento da exposição em indivíduos
Asiáticos, comparativamente aos indivíduos Caucasianos (ver secções 4.2, 4.3 e
5.2).
Inibidores da protease
Um aumento da exposição sistémica à rosuvastatina tem sido observado em
indivíduos tratados concomitantemente com rosuvastatina e vários inibidores da
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
protease em combinação com ritonavir. Deve ser considerado, quer o benefício de
redução lipídica pelo uso de Rosuvastatina Hexal em doentes VIH tratados com
inibidores
protease
quer
potencial
para
aumento
concentrações
plasmáticas de rosuvastatina quando se inicia e se titulam doses de Rosuvastatina
Hexal em doentes tratados com inibidores da protease. O uso concomitante com
determinados inibidores da protease não é recomendado a menos que a dose de
Rosuvastatina Hexal seja ajustada (ver secções 4.2 e 4.5).
Doença pulmonar intersticial
Foram notificados casos excecionais de doença pulmonar intersticial com algumas
estatinas, especialmente com tratamentos de longa duração (ver secção 4.8). Os
sintomas observados incluem dispneia, tosse não produtiva e deterioração do estado
de saúde em geral (fadiga, perda de peso e febre). Se houver suspeita que um
doente desenvolveu doença pulmonar intersticial, a terapêutica com a estatina deve
ser interrompida.
Diabetes Mellitus
Algumas evidências sugerem que as estatinas como classe farmacológica podem
elevar a glicemia e em alguns doentes, com elevado risco de ocorrência futura de
diabetes, podem induzir um nível de hiperglicemia em que o tratamento formal de
diabetes é adequado.
Este risco é, no entanto, suplantado pela redução do risco vascular das estatinas e,
portanto, não deve ser uma condição para interromper a terapêutica. Os doentes em
risco (glicemia em jejum entre 5,6 a 6,9 mmol/l, IMC (Índice de Massa Corporal)
> 30 kg/m2, triglicéridos aumentados, hipertensão) devem ser monitorizados tanto
clínica como bioquimicamente de acordo com as orientações nacionais.
No estudo JUPITER, a frequência global de notificação de casos de diabetes mellitus
foi de 2,8% com rosuvastatina e 2,3% com placebo, a maioria em doentes com
glicemia em jejum entre 5,6 e
6,9 mmol/L.
População pediátrica
A avaliação do crescimento linear (altura), peso, IMC (índice de massa corporal) e
características secundárias de maturação sexual pela escala de Tanner em doentes
pediátricos com idades entre os 6 e 17 anos a tomar rosuvastatina é limitada ao
período de 2 anos. Após 2 anos de estudo com este tratamento, não foi detetado
qualquer efeito no crescimento, peso, IMC ou maturação sexual (ver secção 5.1).
Em estudos clínicos com crianças e adolescentes a receber rosuvastatina durante 52
semanas, foram observadas com maior frequência elevações da CK >10xLSN e
sintomas musculares após exercício ou aumento da atividade física em comparação
com as observações nos ensaios clínicos em adultos (ver secção 4.8).
Precauções especiais em relação aos excipientes
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
Rosuvastatina Hexal contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à galactose, deficiência de lactase de Lapp ou má absorção de glucose-
galactose não devem tomar este medicamento.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Efeito da administração concomitante de medicamentos na rosuvastatina
Inibidores das proteínas transportadoras: A rosuvastatina é um substrato para certas
proteínas transportadoras incluindo o transportador de captação hepático OATP1B1 e
o transportador de efluxo BCRP. A administração concomitante de Rosuvastatina
Hexal com medicamentos que são inibidores destes transportadores de proteínas
pode resultar num aumento das concentrações plasmáticas da rosuvastatina e num
aumento do risco de miopatia (ver secções 4.2, 4.4 e 4.5 Tabela 1).
Ciclosporina: Durante a terapêutica concomitante com rosuvastatina e ciclosporina,
os valores da AUC de rosuvastatina foram em média 7 vezes mais elevados,
relativamente
observados
voluntários
saudáveis
(ver
Tabela
Rosuvastatina Hexal é contraindicado em doentes a receber concomitantemente
ciclosporina (ver secção 4.3).A administração concomitante não provocou alteração
da concentração plasmática da ciclosporina.
Inibidores da protease: Apesar de ser desconhecido o mecanismo de interação
exato, o uso concomitante com inibidores da protease pode aumentar fortemente a
exposição à rosuvastatina (ver Tabela 1). Por exemplo, num estudo farmacocinético,
a administração concomitante de 10 mg de rosuvastatina e a combinação de dois
inibidores da protease (300 mg atazanavir/ 100 mg de ritonavir) em voluntários
saudáveis foi associada a um aumento da AUC e da Cmáx da rosuvastatina em
aproximadamente três-vezes e sete-vezes, respetivamente. O uso concomitante de
Rosuvastatina Hexal e algumas combinações de inibidores da protease pode ser
considerado após cuidadosa avaliação dos ajustes na dose de Rosuvastatina Hexal
baseados no aumento expectável da exposição à rosuvastatina (ver secções 4.2, 4.4
e 4.5 Tabela 1).
Gemfibrozil
outros
medicamentos
hipolipemiantes:
concomitante
rosuvastatina e gemfibrozil resultou num aumento para o dobro da Cmáx e AUC da
rosuvastatina (ver secção 4.4).
Com base em dados de estudos de interação específicos, não são de esperar
interações farmacocinéticas relevantes com fenofibrato, contudo podem ocorrer
interações farmacodinâmicas. O gemfibrozil, fenofibrato, outros fibratos e niacina
(ácido nicotínico) em doses hipolipemiantes (> ou igual a 1g/dia) aumentam o risco
de miopatia quando administrados concomitantemente com inibidores da HMG-CoA
redutase, provavelmente porque podem provocar miopatia quando administrados
isoladamente. A dose de 40 mg está contraindicada no uso concomitante de fibratos
(ver secções 4.3 e 4.4). Estes doentes devem também iniciar o tratamento com a
dose de 5 mg.
Ezetimiba: O uso concomitante de 10 mg de rosuvastatina e 10 mg de ezetimiba
resultou num aumento na AUC da rosuvastatina de 1,2 vezes em indivíduos
hipercolesterolémicos (Tabela 1).. No entanto, não pode ser excluída uma interação
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
farmacodinâmica, em termos de efeitos adversos entre Rosuvastatina Hexal e a
ezetimiba (ver secção 4.4).
Antiácidos: A administração simultânea de rosuvastatina com uma suspensão de
antiácido contendo hidróxido de alumínio e de magnésio produziu uma descida de
aproximadamente 50% da concentração plasmática da rosuvastatina. Este efeito foi
atenuado quando o antiácido foi administrado 2 horas após rosuvastatina. Não foi
investigada a importância clínica desta interação.
Eritromicina: O uso concomitante de rosuvastatina e eritromicina resultou num
decréscimo de 20% na AUC e um decréscimo de 30% na Cmáx de rosuvastatina.
Esta interação pode ser provocada pelo aumento da motilidade intestinal causada
pela eritromicina.
Enzimas do citocromo P450: Os resultados de estudos in vitro e in vivo mostram que
a rosuvastatina não é nem um inibidor nem um indutor das isoenzimas do citocromo
P450. Além disso, a rosuvastatina é um substrato pobre destas isoenzimas. Por
conseguinte, não são esperadas interações com fármacos cujo metabolismo é
mediado
pelo
citocromo
P450.Não
verificaram
interações
clinicamente
importantes entre a rosuvastatina quer com o fluconazol (inibidor do CYP2C9 e
CYP3A4) quer com o cetoconazol (inibidor do CYP2A6 e CYP3A4).
Interações que requerem ajustes na dose de rosuvastatina (ver também Tabela 1):
Quando for necessário administrar concomitantemente Rosuvastatina Hexal com
outros medicamentos conhecidos por aumentarem a exposição à rosuvastatina, as
doses de Rosuvastatina Hexal devem ser ajustadas. Iniciar com uma dose diária de 5
mg de Rosuvastatina Hexal se o aumento expectável na exposição (AUC) é de
aproximadamente 2 vezes ou superior. A dose máxima diária de Rosuvastatina Hexal
deve ser ajustada para que a exposição expectável à rosuvastatina não exceda os 40
mg diários de Rosuvastatina Hexal tomados sem interações medicamentosas, por
exemplo uma dose de 20 mg de Rosuvastatina Hexal com gemfibrozil (aumenta 1,9
vezes),
dose
Rosuvastatina
Hexal
combinação
atazanavir/ritonavir (aumenta 3,1 vezes).
Tabela 1. Efeitos da administração concomitante de medicamentos na exposição à
rosuvastatina (AUC; por ordem decrescente de magnitude) de ensaios clínicos
publicados
Fármaco
interagir,
dose,
regime
Regime
posológico
de rosuvastatina
Alteração
rosuvastatina*
Ciclosporina 75 mg BID para 200
mg BID, 6 meses
10 mg OD, 10 dias
7,1-vezes
Atazanavir 300 mg/ritonavir 100
mg OD, 8 dias
10 mg, dose única
3,1-vezes
Lopinavir 400 mg/ritonavir 100
mg BID, 17 dias
20 mg OD, 7 dias
2,1-vezes
Clopidogrel 300 mg de dose de
carga, seguido de 75 mg às 24
horas
20 mg, dose única
2-vezes
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
Gemfibrozil 600 mg BID, 7 dias
80 mg, dose única
1,9-vezes
Eltrombopag 75 mg OD, 10 dias
10 mg, dose única
1,6-vezes
Darunavir 600 mg/ritonavir 100
mg BID, 7 dias
10 mg OD, 7 dias
1,5-vezes
Tipranavir 500 mg/ritonavir 200
mg BID, 11 dias
10 mg, dose única
1,4-vezes
Dronedarona 400 mg BID
Não disponível
1,4-vezes
Itraconazol 200 mg OD, 5 dias
10 mg, dose única
1,4-vezes **
Ezetimiba 10 mg OD, 14 dias
10 mg, OD, 14 dias
1,2-vezes **
Fosamprenavir 700 mg/ritonavir
100 mg BID, 8 dias
10 mg, dose única
Aleglitazar 0,3 mg, 7 dias
40 mg, 7 dias
Silimarina 140 mg TID, 5 dias
10 mg, dose única
Fenofibrato 67 mg TID, 7 dias
10 mg, 7 dias
Rifampin 450 mg OD, 7 dias
20 mg, dose única
Cetoconazol 200 mg BID, 7 dias
80 mg, dose única
Fluconazol 200 mg OD, 11 dias
80 mg, dose única
Eritromicina 500 mg QID, 7 dias
80 mg, dose única
28%
Baicalin 50 mg TID, 14 dias
20 mg, dose única
47%
*Os dados apresentados como alteração de x-vezes representam uma simples
“razão”
entre
rosuvastatina
administrada
concomitantemente
rosuvastatina
isoladamente. Os dados apresentados como alteração na % representam a % de
diferença relativamente à rosuvastatina isoladamente.
O aumento é indicado por “”, sem alterações por “”, diminuição por “”.
**Vários
estudos
interação
foram
realizados
diferentes
dosagens
rosuvastatina, a tabela mostra as razões mais significativas.
OD = uma vez dia; BID = duas vezes dia; TID = três vezes dia; QID = quatro vezes
Efeito da rosuvastatina sobre os medicamentos administrados concomitantemente
Antagonistas da Vitamina K: À semelhança dos outros inibidores da HMG-CoA
redutase, o início da terapêutica ou o aumento da dose de Rosuvastatina Hexal em
doentes tratados concomitantemente com antagonistas da vitamina K (p. ex.
varfarina ou outro anticoagulante cumarínico) pode originar um aumento da Razão
Internacional Normalizada (INR). A interrupção ou redução da dose de Rosuvastatina
Hexal pode resultar num decréscimo da INR. Nestas situações, é desejável a
monitorização apropriada da INR.
Contracetivo oral/terapêutica hormonal de substituição (THS): O uso concomitante
rosuvastatina
contracetivo
oral
resultou
aumento
etinilestradiol
norgestrel
34%,
respetivamente.
Deve
ter-se
consideração
este
aumento
níveis
plasmáticos
escolha
dose
contracetivo oral. Não existem dados farmacocinéticos disponíveis em indivíduos a
tomar concomitantemente rosuvastatina e THS mas um efeito similar não pode ser
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
excluído. Contudo, em estudos clínicos, esta associação foi extensamente utilizada
em mulheres e foi bem tolerada.
Outros medicamentos:
Digoxina: Com base em dados de estudos de interação específicos, não são
esperadas interações clinicamente relevantes com digoxina.
Ácido fusídico: Não foram realizados estudos de interação com rosuvastatina e ácido
fusídico. Na experiência pós-comercialização e à semelhança de outras estatinas
foram
notificados
acontecimentos
relacionados
músculos,
incluindo
rabdomiólise em doentes a fazer rosuvastatina e ácido fusídico concomitantemente.
Portanto, não se recomenda a associação de rosuvastatina e ácido fusídico. Se
possível, recomenda-se a interrupção temporária do tratamento com rosuvastatina.
Se inevitável, os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados.
População pediátrica
Estudos de interação só foram realizados em adultos. A extensão das interações na
população pediátrica não é conhecida.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Rosuvastatina Hexal está contraindicado na gravidez e aleitamento.
As mulheres em idade fértil devem utilizar métodos contracetivos apropriados.
Dado que o colesterol e outros produtos da biossíntese do colesterol são essenciais
para o desenvolvimento do feto, o risco potencial da inibição da HMG-CoA redutase
supera a vantagem do tratamento durante a gravidez. Estudos em animais fornecem
dados limitados no que diz respeito à toxicidade reprodutiva. (Ver secção 5.3). Em
caso de gravidez, o tratamento deverá ser imediatamente interrompido.
No rato, a rosuvastatina é excretada no leite. Não existem dados sobre a excreção
de rosuvastatina no leite do ser humano (ver secção 4.3).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram efetuados estudos para determinar o efeito de Rosuvastatina Hexal sobre
capacidade
conduzir
utilizar
máquinas.
Contudo,
base nas
suas
propriedades farmacodinâmicas não é provável que Rosuvastatina Hexal afete esta
capacidade. Na condução de veículos ou utilização de máquinas é necessário ter em
conta que podem ocorrer tonturas durante o tratamento.
4.8 Efeitos indesejáveis
As reações adversas observadas com rosuvastatina são geralmente ligeiras e
transitórias. Em estudos clínicos controlados, menos de 4% de doentes tratados com
rosuvastatina abandonou os estudos devido a reações adversas.
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
Lista tabelada de reações adversas
base
dados
ensaios
clínicos
extensa
experiência
pós-
comercialização, a lista seguinte apresenta o perfil de reações adversas para a
rosuvastatina. As reações adversas listadas abaixo estão classificadas de acordo com
a frequência e classe de sistema de órgãos (SOC).
As frequências das reações adversas são classificadas de acordo com a seguinte
convenção:
Muito Frequentes (≥1/10)
Frequentes (≥ 1/100 a <1/10);
Pouco frequentes (≥ 1/1.000 a <1/100);
Raros (≥ 1/10.000 e <1/1.000);
Muito raros (<1/10.000);
Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
Tabela 2. Reações adversas com base em dados de estudos clínicos e na experiência
pós-comercialização
Classes
sistemas
órgãos
Frequentes
Pouco
frequentes
Raros
Muito raros
Desconhecid
Doenças
sangue
sistema
linfático
Trombocitopenia
Doenças
sistema
imunitário
Reações
hipersensibilidade
incluindo
angioedema
Doenças
endócrinas
Diabetes
mellitus1
Perturbações do
foro psiquiátrico
Depressão
Doenças
sistema
nervoso
Cefaleia
Tonturas
Polineuropatia
Perda
memória
Neuropatia
periférica
Distúrbios
sono
(incluindo
insónia
pesadelos)
Doenças
respiratórias,
torácicas
mediastino
Tosse
Dispneia
Doenças
gastrointestinai
ObstipaçãoN
áuseas
abdominal
Pancreatite
Diarreia
Afeções
Transaminases
Icterícia
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
hepatobiliares
hepáticas
aumentadas
Hepatite
Afeções
tecidos
cutâneos
subcutâneos
Prurido
Erupção
cutânea
Urticária
Síndrome
de Stevens-
Johnson
Afeções
musculosqueléti
tecidos
conjuntivos
Mialgia
Miopatia
(incluindo
miosite)
Rabdomiólise
Artralgia
Miopatia
necrosante
imunomedia
Afeções nos
tendões, por
vezes,
complicadas
devido
rutura
Doenças
renais
e urinárias
Hematúria
Doenças
órgãos
genitais
e da mama
Ginecomastia
Perturbações
gerais
alterações
local
administração
Astenia
Edema
1 A frequência vai depender da presença ou ausência de fatores de risco (glicose no sangue
em jejum ≥5,6 mmol/L, IMC> 30 kg/m2, triglicéridos elevados, antecedentes de hipertensão).
Tal como se verifica com outros inibidores da HMG-CoA redutase, a incidência de
reações adversas medicamentosas tende a ser dose-dependente.
Efeitos renais: Em doentes tratados com rosuvastatina foi observada proteinúria,
detetada por tiras de teste, sendo maioritariamente de origem tubular. Variação dos
valores de proteinúria, desde ausência ou vestígios até um resultado ++ ou superior,
foi observado em <1% dos doentes em determinada altura durante o tratamento
com 10 mg e 20 mg, e em aproximadamente 3% dos doentes tratados com 40 mg.
Com a dose de 20 mg foi observada uma ligeira variação, desde ausência ou
vestígios até um resultado +. Na maioria dos casos, a proteinúria diminui ou
desaparece espontaneamente com a continuação da terapêutica. Até ao momento, a
análise
dados
provenientes
ensaios
clínicos
experiência
pós-
comercialização não evidenciou uma associação causal entre a proteinúria e doença
renal aguda ou progressiva.
A hematúria tem sido observada em doentes tratados com rosuvastatina e os dados
de estudos clínicos mostram que a ocorrência é baixa.
Efeitos no músculo esquelético: Efeitos no músculo esquelético, por ex. mialgia,
miopatia (incluindo miosite) e, raramente, rabdomiólise com ou sem insuficiência
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
renal aguda têm sido notificados em doentes tratados com rosuvastatina em todas
as doses, em particular, com doses >20 mg.
Em doentes tratados com rosuvastatina foi observado um aumento dos níveis de CK
relacionado
dose;
maioria
casos
essa
elevação
ligeira,
assintomática e transitória. Se os níveis de CK forem elevados (>5xLNS), o
tratamento deve ser interrompido (ver secção 4.4).
Efeitos hepáticos: Tal como com os outros inibidores da HMG-CoA redutase, um
aumento das transaminases, relacionado com a dose, foi observado num pequeno
número de doentes tratados com rosuvastatina; na maioria destes casos, o aumento
foi ligeiro, assintomático e transitório.
Foram notificados os seguintes eventos adversos com algumas estatinas:
Disfunção sexual.
Casos raros de doença pulmonar intersticial, especialmente com tratamento de longa
duração (ver secção 4.4).
A taxa de notificação de rabdomiólise, eventos renais graves e eventos hepáticos
graves (consistindo principalmente no aumento das transaminases hepáticas) é
maior com a dose de 40 mg.
População pediátrica:
As elevações da creatina fosfoquinase >10xLSN e os sintomas musculares após
exercício ou aumento da ativade física foram observados mais frequentemente em
estudos clínicos de 52 semanas em crianças e adolescentes em comparação com os
adultos (ver secção 4.4). Noutros aspetos, o perfil de segurança de rosuvastatina foi
semelhante em crianças e adolescentes comparativamente com adultos.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos,
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt.
4.9 Sobredosagem
Não existe um tratamento específico na eventualidade de ocorrer sobredosagem. Em
caso de sobredosagem, o doente deve ser submetido a um tratamento sintomático e
as medidas de suporte instituídas, conforme necessário. A função hepática e os
níveis
deverão
monitorizados.
Não
provável
hemodiálise
proporcione quaisquer benefícios.
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Inibidores da HMG-CoA redutase
Código ATC: C10A A07
Mecanismo de ação
A rosuvastatina é um inibidor seletivo e competitivo da HMG-CoA redutase, a enzima
limitante
taxa
conversão
3-hidroxi3-metilglutaril
coenzima
mevalonato, um precursor do colesterol. O principal local de ação da rosuvastatina é
o fígado, o órgão alvo na diminuição do colesterol.
A rosuvastatina aumenta o número de recetores hepáticos das LDL na superfície
celular, potenciando a captação e o catabolismo das LDL e inibindo a síntese hepática
das VLDL, reduzindo, desta forma, o número total de partículas de VLDL e LDL.
Efeitos farmacodinâmicos
A rosuvastatina reduz os níveis elevados de colesterol-LDL, colesterol total e
triglicéridos e aumenta o nível de colesterol-HDL. Reduz ainda a ApoB, colesterol
não-HDL, C-VLDL e TG-VLDL e aumenta a ApoA-I (ver Tabela 3). A rosuvastatina
reduz também as razões de C-LDL/C-HDL, C total/C-HDL e colesterol não-HDL/C-
HDL bem como a razão de ApoB/ApoA-I.
Tabela 3 - Dose-resposta em doentes com hipercolesterolemia primária (tipos IIa e
IIb) (alteração percentual média ajustada em relação aos valores basais)
Dose
C- LDL
C-Total
C-HDL
não-
ApoB
ApoA-I
Placebo
O efeito terapêutico é obtido uma semana após o início do tratamento, atingindo-se
90% da resposta máxima decorridas 2 semanas. A resposta máxima é geralmente
obtida às 4 semanas, mantendo-se subsequentemente.
Eficácia clínica
rosuvastatina
eficaz
adultos
hipercolesterolémia,
hipertrigliceridémia, independentemente da sua raça, sexo ou idade, bem como em
populações especiais, nomeadamente diabéticos ou doentes com hipercolesterolémia
familiar.
Com base nos dados de fase III agrupados, a rosuvastatina demonstrou ser eficaz no
tratamento da maioria dos doentes com hipercolesterolémia tipo IIa e IIb (C-LDL
média basal cerca de 4,8 mmol/L), levando-os a atingir os valores alvo preconizados
nas normas orientadoras da European Atherosclerosis Society (EAS; 1998); cerca de
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
80% dos doentes tratados com 10 mg atingiram os valores alvo EAS preconizados
para os níveis de C-LDL (<3 mmol/L).
Num estudo de grandes dimensões, 435 doentes com hipercolesterolémia familiar
heterozigótica,
receberam
rosuvastatina
entre
80 mg,
segundo um
protocolo de titulação forçada. Todas as doses demonstraram exercer um efeito
benéfico sobre os parâmetros lipídicos e foram atingidos os objetivos alvo em
tratamento. Após a titulação para uma dose diária de 40 mg (12 semanas de
tratamento), a C-LDL foi reduzida em 53%. 33% dos doentes atingiram os valores
alvo das normas orientadoras EAS para os níveis de C-LDL (<3 mmol/L).
estudo
clínico
aberto,
titulação
forçada,
avaliada
resposta
rosuvastatina
20-40
doentes
hipercolesterolémia
familiar
homozigótica. Na população global, foi obtida uma redução média da C-LDL de 22%.
Em estudos clínicos com um número limitado de doentes, rosuvastatina tem
demonstrado possuir uma eficácia adicional na redução dos triglicéridos quando
utilizado em combinação com fenofibrato e no aumento dos níveis do C-HDL quando
usado em combinação com niacina (ver secção 4.4).
Num estudo clínico controlado com placebo, em dupla ocultação e multicêntrico
(METEOR), 984 doentes com idades compreendidas entre 45 e 70 anos e com baixo
risco de doença coronária (definido como risco de Framingham <10% em 10 anos),
com uma média de C-LDL de 4,0 mmol/L (154,5 mg/dL), porém com aterosclerose
subclínica (detetada por Espessura /Íntima - Média Carotídea), foram aleatorizados
para o tratamento com rosuvastatina 40 mg uma vez por dia ou placebo durante 2
anos. A rosuvastatina reduziu significativamente a taxa de progressão na EIMC
máxima de todos os 12 locais analisados nas artérias carótidas, comparativamente
com placebo, em -0,0145 mm/ano [intervalo de confiança a 95% -0,0196, -0,0093;
p<0,0001]. A alteração relativamente aos valores iniciais foi de -0,0014 mm/ano (-
0,12%/ano (não significativa)) para a rosuvastatina, comparativamente com uma
progressão de +0,0131 mm/ano (1,12%/ano (p<0,0001)) para o placebo. Não foi
ainda demonstrada uma correlação direta entre a diminuição da EIMC e a redução do
risco de eventos cardiovasculares. A população estudada no METEOR é de baixo risco
de doença coronária e não representa a população alvo de rosuvastatina 40 mg. A
dose de 40 mg deverá ser prescrita apenas em doentes com hipercolesterolemia
grave com elevado risco cardiovascular (ver secção 4.2).
No estudo “Justification for the Use of Statins in Primary Prevention: An Intervention
Trial Evaluating Rosuvastatin” (JUPITER) o efeito de rosuvastatina sobre a ocorrência
de eventos cardiovasculares de etiologia aterosclerótica major foi avaliado em
17.802 homens (≥ 50 anos) e mulheres (≥ 60 anos).
Os participantes no estudo foram distribuídos de forma aleatória para placebo
(n=8901) ou rosuvastatina 20 mg uma vez por dia (n=8901) e foram seguidos
durante um período médio de 2 anos.
A concentração de colesterol LDL foi reduzida em 45% (p<0,001) no grupo de
rosuvastatina em comparação com o grupo placebo.
Numa análise subsequente a um subgrupo de indivíduos com risco elevado, com um
risco de Framingham inicial de 20% (1558 indivíduos) verificou-se uma redução
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
significativa
objetivo
primário
composto
morte
cardiovascular,
acidente
vascular cerebral e enfarte do miocárdio (p=0,028) no tratamento com rosuvastatina
versus placebo. A redução do risco absoluto na taxa de eventos por 1000 doentes-
anos foi de 8,8. A mortalidade total manteve-se inalterada neste grupo de doentes
elevado
risco
(p=0,193).
Numa
análise
subsequentede
subgrupo
indivíduos com elevado risco (total de 9302 indivíduos) com um risco SCORE inicial ≥
5% (extrapolado para incluir os indivíduos acima dos 65 anos) verificou-se uma
redução
significativa
objetivo
primário
composto
morte
cardiovascular,
acidente vascular cerebral e enfarte do miocárdio (p=0,0003) no tratamento com
rosuvastatina versus placebo. A redução do risco absoluto na taxa de eventos foi de
5,1 por 1000 doentes-ano. A mortalidade total manteve-se inalterada neste grupo de
doentes com elevado risco (p=0,076).
No estudo JUPITER 6,6% dos indivíduos com rosuvastatina e 6,2% dos indivíduos
com placebo suspenderam a medicação do estudo devido a acontecimento adverso.
Os acontecimentos adversos mais frequentes que conduziram à suspensão do
tratamento foram: mialgia (0,3% com rosuvastatina, 0,2% com placebo), dor
abdominal (0.03% com rosuvastatina, 0,02% com placebo) e erupção cutânea
(0,02% com rosuvastatina, 0,03% com placebo). Os acontecimentos adversos mais
frequentemente notificados numa frequência igual ou superior ao placebo foram
infeção do trato urinário (8,7% com rosuvastatina, 8,6% com placebo), nasofaringite
(7,6% com rosuvastatina, 7,2% com placebo), dor lombar (7,6% com rosuvastatina,
6,9% com placebo) e mialgia (7,6% com rosuvastatina, 6,6% com placebo).
População pediátrica
Num estudo de 12 semanas, controlado com placebo, multicêntrico, aleatorizado, em
dupla ocultação (n=176, 97 do sexo masculino e 79 do sexo feminino) seguido de
uma fase de 40 semanas (n=173, 96 do sexo masculino e 77 do sexo feminino)
aberta, de ajuste da dose de rosuvastatina, doentes entre os 10 e 17 anos de idade
(estádio de Tanner II-IV, sexo feminino com pelo menos 1 ano pós-menarca) com
hipercolesterolémia
familiar
heterozigótica,
receberam
rosuvastatina ou placebo diariamente durante 12 semanas e todos receberam
posteriormente
rosuvastatina
diariamente
durante
semanas.
início
recrutamento do estudo, aproximadamente 30% dos doentes tinham entre os 10 e
os 13 anos e aproximadamente 17%, 18% e 25% estavam no Estádio Tanner II, III,
IV e V, respetivamente.
A C-LDL foi reduzida em 38,3%, 44,6% e 50,0% com rosuvastatina, 5, 10 e 20 mg
respetivamente, comparado a 0,7% com placebo.
No final da semana 40, do estudo aberto, de ajuste da dose para o objetivo, doseado
até um máximo de 20 mg, uma vez por dia, 70 de 173 doentes (40,5%) tinham
atingido o objetivo pretendido de valores de C-LDL inferiores a 2,8 mmol/L.
Após 52 semanas de tratamento do estudo, não foi detetado qualquer efeito sobre o
crescimento, peso, IMC ou maturação sexual (ver secção 4.4). Este estudo (n=176)
não foi adequado para comparação de reações adversas medicamentosas graves.
A rosuvastatina foi também estudada num estudo aberto de 2 anos, de ajuste da
dose para o objetivo em 198 crianças com hipercolesterolémia familiar heterozigótica
com idade entre 6 e 17 anos (88 do sexo masculino e 110 do sexo feminino, estágio
Tanner <II-V). A dose inicial para todos os doentes foi de 5 mg uma vez por dia de
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
rosuvastatina. Os doentes com idade entre 6 a 9 anos (n = 64) podiam fazer a
titulação para uma dose máxima de 10 mg uma vez por dia e doentes com idades
dos 10 a 17 anos (n = 134) para uma dose máxima de 20 mg uma vez por dia.
Após 24 meses de tratamento com rosuvastatina, a redução percentual de LS médio
em relação ao valor de referência nos níveis de LDL-C foi - 43% (base: 236 mg / dl,
Mês 24: 133 mg / dl). Para cada faixa etária, as reduções percentuais do LS médio
em relação aos valores basais de LDL-C foram -43% (base: 234 mg / dl, Mês 24:
124 mg / dl), 45% (base: 234 mg / dl, 124 mg / dl), e -35% (linha de base: 241 mg
/ dl, 24 meses: 153 mg / dl) nas faixas etárias de 6 até <10, 10 a <14, e de 14 a
<18, respetivamente.
A rosuvastatina 5 mg, 10 mg e 20 mg também alcançaram alterações médias
estatisticamente significativas da linha de base para as seguintes variáveis de lípidos
e lipoproteínas secundárias: HDL-C, TC, não-HDL-C, LDL-C / HDL-C, TC / HDL -C, TG
/ HDL-C, não HDL-C / HDL-C, apoB, ApoB / ApoA1. Estas mudanças foram todas na
direção da melhoria do comportamento dos lípidos e foram mantidas ao longo de 2
anos.
Não foi detetado nenhum efeito sobre o crescimento, peso, IMC ou maturação sexual
após 24 meses de tratamento (ver secção 4.4).
A Agência Europeia de Medicamentos dispensou a obrigação de apresentação dos
resultados dos estudos com rosuvastatina em todos os subgrupos da população
pediátrica no tratamento da hipercolesterolémia familiar homozigótica, dislipidemias
primárias combinadas (mistas) e na prevenção de eventos cardiovasculares (ver
secção 4.2 para informação sobre utilização pediátrica).
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção:
São
atingidas
concentrações
plasmáticas
máximas
rosuvastatina
aproximadamente 5 horas após a administração oral. A biodisponibilidade absoluta é
aproximadamente de 20%.
Distribuição: A rosuvastatina é captada extensamente pelo fígado, o principal local
de síntese do colesterol e de depuração do C-LDL. O volume de distribuição da
rosuvastatina é de aproximadamente 134 L. A rosuvastatina apresenta uma ligação
de aproximadamente 90% às proteínas plasmáticas, principalmente à albumina.
Biotransformação: A rosuvastatina sofre um metabolismo limitado (cerca de 10%).
Estudos de metabolismo in vitro utilizando hepatócitos do ser humano indicam que a
rosuvastatina é um substrato pobre para o metabolismo mediado pelo citocromo
P450. O CYP2C9 foi a principal isoenzima envolvida, com a 2C19, 3A4 e 2D6
envolvidas em menor extensão. Os principais metabolitos identificados são o N-
desmetil e a lactona. O metabolito N-desmetil é aproximadamente 50% menos ativo
do que a rosuvastatina, enquanto a lactona é considerada clinicamente inativa. A
rosuvastatina é responsável por mais de 90% da atividade inibidora da HMG-CoA
redutase circulante.
Eliminação: Aproximadamente 90% da dose de rosuvastatina é excretada sob a
forma inalterada nas fezes (consistindo em substância ativa absorvida e não
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
absorvida) e o remanescente excretado na urina. Aproximadamente 5% é excretada
sob a forma inalterada na urina. A semivida de eliminação plasmática é cerca de 19
horas. A semivida de eliminação plasmática não aumenta com doses mais elevadas.
A média geométrica da depuração plasmática é de aproximadamente 50 litros/hora
(coeficiente de variação 21,7%). Tal como com os outros inibidores da HMG-CoA
redutase,
captação
hepática
rosuvastatina
envolve
transportador
membrana OATP-C. Este transportador é importante na eliminação hepática da
rosuvastatina.
Linearidade: A exposição sistémica da rosuvastatina aumenta em proporção à dose.
Não existem alterações nos parâmetros farmacocinéticos após múltiplas doses
diárias.
Populações especiais:
Idade e sexo: A idade e o sexo não exerceram quaisquer efeitos clinicamente
relevantes sobre a farmacocinética da rosuvastatina em adultos. A farmacocinética
rosuvastatina
crianças
adolescentes
hipercolesterolémia
familiar
heterozigótica foi similar à dos adultos voluntários (ver “População pediátrica” em
baixo).
Raça: Estudos de farmacocinética revelaram um aumento da AUC mediana e Cmáx,
em aproximadamente duas vezes, em indivíduos Asiáticos (Japoneses, Chineses,
Filipinos, Vietnamitas e Coreanos), comparativamente a indivíduos Caucasianos; os
Indoasiáticos mostram um aumento da AUC mediana e Cmáx, em aproximadamente
vezes.
análise
farmacocinética
populacional
não
revelou
diferenças
clinicamente significativas na farmacocinética entre grupos Caucasianos e Negros.
Insuficiência renal: Num estudo realizado em indivíduos com diferentes graus de
compromisso renal, verificou-se que a doença renal ligeira a moderada não exerceu
qualquer
influência
sobre
concentração
plasmática
rosuvastatina
metabolito N-desmetil. Indivíduos com compromisso renal grave (Depuração da
Creatinina <30 ml/min) apresentaram um aumento da concentração plasmática da
rosuvastatina
vezes
superior
vezes
superior
metabolito
Ndesmetil,
comparativamente
voluntários
saudáveis.
indivíduos
sujeitos
hemodiálise, as concentrações plasmáticas da rosuvastatina no estado estacionário
foram
aproximadamente
superiores
comparativamente
voluntários
saudáveis.
Insuficiência hepática: Num estudo realizado em indivíduos com vários graus de
compromisso hepáticonão se verificou aumento da exposição à rosuvastatina, em
indivíduos com pontuações 7 ou inferior na classificação de Child-Pugh. Contudo, em
dois indivíduos que apresentavam pontuações 8 e 9 na classificação de Child-Pugh
observou-se um aumento da exposição sistémica de pelo menos duas vezes,
comparativamente à dos indivíduos com pontuações mais baixas na classificação de
Child-Pugh. Não existe experiência em indivíduos com pontuações na classificação de
Child-Pugh superiores a 9.
Polimorfismos genéticos: A disposição dos inibidores da HMG-CoA redutase, incluindo
a rosuvastatina, envolve as proteínas transportadoras OATP1B1 e BCRP. Em doentes
com polimorfismos genéticos SLCO1B1 (OATP1B1) e/ou ABCG2 (BCRP) existe o risco
de um aumento da exposição à rosuvastatina. Polimorfismos individuais de SLCO1B1
c.521CC e ABCG2 c.421AA estão associados a uma maior exposição à rosuvastatina
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
(AUC) em comparação com os genótipos SLCO1B1 c.521TT ou ABCG2 c.421CC. Esta
genotipagem específica não está estabelecida na prática clínica mas em doentes que
são conhecidos estes tipos de polimorfismos, recomenda-se uma dose diária de
Rosuvastatina Hexal mais baixa.
População pediátrica: Dois estudos farmacocinéticos com rosuvastatina (dada como
comprimidos) em doentes pediátricos com hipercolesterolémia familiar heterozigótica
com idades entre os 10-17 ou 6-17 anos (total de 214 doentes) demonstrou que a
exposição em doentes pediátricos parece ser comparável ou inferior à exposição nos
doentes adultos. A exposição à rosuvastatina foi previsível com a dose e tempo ao
longo de um período de 2 anos.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados pré-clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo
estudos convencionais de farmacologia de segurança, genotoxicidade e potencial
carcinogénico. Não foram avaliados testes para efeitos sobre o hERG. Reações
adversas não observadas em estudos clínicos, mas verificadas em animais a níveis
de exposição semelhantes aos níveis de exposição clínica foram as seguintes:
alterações histopatológicas no fígado em estudos sobre toxicidade de dose repetida
em ratos e ratinhos, provavelmente devidas à ação farmacológica da rosuvastatina e
de menor extensão, com efeitos na vesícula biliar em cães, mas não em macacos.
Adicionalmente, foi observada toxicidade testicular em macacos e em cães com
doses mais elevadas.
Em ratos, a toxicidade reprodutiva foi evidente pela redução do tamanho da ninhada,
do seu peso e da sobrevivência das crias, observados com doses maternotóxicas, em
que as exposições sistémicas foram muito acima do nível de exposição terapêutica.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Conteúdo do comprimido:
Lactose anidra
Sílica coloidal anidra
Celulose microcristalina siliciada
Amido de milho
Talco
Fumarato sódico de estearilo
Revestimento do comprimido:
Hipromelose
Manitol E421
Macrogol 6000
Talco
Dióxido de titânio E171
Óxido de ferro amarelo E172
Óxido de ferro vermelho E172
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
2 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar na embalagem de origem para proteger da humidade.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de OPA-Alu-PVC/Alu: 20, 28 e 60 omprimidos revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Hexal AG
Industriestrasse 25
83607 Holzkirchen
Alemanha
8. NÚMERO (S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Rosuvastatina Hexal 5 mg comprimidos revestidos por película:
Embalagem de 20 comprimidos revestidos por película (blister) - 5291430
Embalagem de 60 comprimidos revestidos por película (blister) - 5291448
Rosuvastatina Hexal 10 mg comprimidos revestidos por película:
Embalagem de 20 comprimidos revestidos por película (blister) - 5291455
Embalagem de 60 comprimidos revestidos por película (blister) - 5291463
Rosuvastatina Hexal 20 mg comprimidos revestidos por película:
Embalagem de 60 comprimidos revestidos por película (blister) - 5291471
Rosuvastatina Hexal 40 mg comprimidos revestidos por película:
Embalagem de 60 comprimidos revestidos por película (blister) - 5291505
APROVADO EM
06-06-2015
INFARMED
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
30 de abril de 2010
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
16/02/2015