Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
02-11-2016
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APROVADO EM
02-11-2016
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Rosuvastatina Generis 5 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Generis 10 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Generis 20 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Generis 40 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
Este
medicamento
receitado
apenas
para
Não
deve
dá-lo
outros.O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
tiver
quaisquer
efeitos
secundários, incluindo
possíveis
efeitos secundários
nãoincluídos neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
O que contém este folheto:
1. O que é Rosuvastatina Generis e para que é utilizado?
2. O que precisa de saber antes de tomar Rosuvastatina Generis
3. Como tomar Rosuvastatina Generis
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Rosuvastatina Generis
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Rosuvastatina Generis e para que é utilizado?
Rosuvastatina Generis pertence a uma classe de medicamentos chamados estatinas,
utilizados para corrigir os níveis de substâncias gordas no sangue chamadas lípidos,
sendo o colesterol o mais comum. Há diferentes tipos de colesterol no sangue – o
colesterol “mau” (C-LDL) e o colesterol “bom” (C HDL). Rosuvastatina Generis pode
reduzir o colesterol “mau” e aumentar o colesterol “bom”. Atua bloqueando a
produção de colesterol “mau” no seu corpo. Também melhora a capacidade que o
seu corpo tem de o retirar do seu sangue.
Na maioria das pessoas, o colesterol elevado não afeta o estado geral porque não
produz quaisquer sintomas. No entanto, se não se fizer tratamento, podem ocorrer
depósitos de gordura nas paredes dos seus vasos sanguíneos provocando o seu
estreitamento. Por vezes, estes vasos sanguíneos estreitos podem ficar bloqueados,
o que pode impedir o fornecimento de sangue ao coração ou ao cérebro, conduzindo
a um ataque cardíaco ou a um acidente vascular cerebral. Ao diminuir os seus
valores de colesterol, pode reduzir o seu risco de ter um ataque cardíaco, um
acidente vascular cerebral ou problemas de saúde associados.
O seu médico receitou-lhe Rosuvastatina Generis porque:
Tem valores de colesterol elevados. Isto significa, que está em risco de ter um
ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral.
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Tem outros fatores que aumentam o seu risco de sofrer um ataque cardíaco, um
acidente vascular cerebral ou outros problemas de saúde. O ataque cardíaco, o
acidente vascular cerebral ou outros problemas de saúde podem ser causados pela
aterosclerose (doença provocada pela acumulação de depósitos de gordura nas suas
artérias).
O seu médico receitou-lhe Rosuvastatina Generis, porque a alteração na sua dieta e
fazer mais exercício físico não foram suficientes para corrigir os seus valores de
colesterol.
É necessário que continue a tomar Rosuvastatina Generis, mesmo que tenha atingido
os valores recomendados de colesterol, porque previne um novo aumento dos seus
valores de colesterol e, consequentemente, a acumulação de depósitos de gordura.
No entanto, deverá parar se o seu médico assim o indicar ou se engravidar.
2. O que precisa de saber antes de tomar Rosuvastatina Generis
Não tome Rosuvastatina Generis:
Se tem alergia (hipersensibilidade) à rosuvastatina ou a qualquer outro componente
deste medicamento (indicados na secção 6);
estiver
grávida
amamentar.
engravidar
enquanto
está
tomar
Rosuvastatina Generis pare imediatamente de tomar e fale com o seu médico. As
mulheres devem evitar engravidar enquanto tomam Rosuvastatina Generis utilizando
um método contracetivo adequado;
Se tiver uma doença do fígado;
Se tiver problemas de rins graves;
Se sentir dores musculares invulgares ou frequentes;
estiver
tomar
medicamento
chamado
ciclosporina
medicamento
frequentemente utilizado em doentes com transplante de órgãos).
Adicionalmente, não tome Rosuvastatina Generis 40 mg (a dose mais elevada):
Se tiver problemas de rins moderados (caso tenha dúvidas, fale com o médico);
Se a sua glândula tiróide não estiver a funcionar corretamente;
Se já sentiu dores musculares invulgares ou frequentes, se tem história familiar ou
pessoal de problemas musculares, ou história anterior de problemas musculares
quando tomou outros medicamentos para redução do colesterol;
Se bebe regularmente grandes quantidades de álcool;
Se é de ascendência Asiática (Japonesa, Chinesa, Filipina, Vietnamita, Coreana e
Indiana);
Se estiver a tomar outros medicamentos chamados fibratos como o genfibrozil e
bezafibrato (medicamentos para baixar o colesterol).
Se alguma das situações acima descritas se aplica a si (ou caso tenha dúvidas), fale
novamente com o seu médico.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de tomar Rosuvastatina
Generis
Se tiver problemas com os seus rins;
Se tiver problemas com o seu fígado;
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Se já sentiu dores musculares invulgares ou frequentes, se tem história familiar ou
pessoal de problemas musculares, ou história anterior de problemas musculares
quando tomou outros medicamentos para redução do colesterol. Contacte o seu
médico
imediatamente
sentir
dores
musculares
invulgares
frequentes,
especialmente se não se sentir bem ou se tiver febre;
Se bebe regularmente grandes quantidades de álcool;
Se a sua glândula tiróide não estiver a funcionar corretamente;
Se estiver a tomar outros medicamentos, tais como:
Fibratos como o genfibrozil e bezafibrato (medicamentos para baixar o colesterol;
Medicamentos para controlar a infeção pelo VIH, por exemplo, lopinavir/ritonavir;
Se tem mais de 70 anos de idade (uma vez que é necessário que o seu médico
escolha a dose inicial de Rosuvastatina Generis mais adequada para si);
Se tem insuficiência respiratória grave;
Se é de ascendência Asiática - ou seja, Japonesa, Chinesa, Filipina, Vietnamita,
Coreana e Indiana. É necessário que o seu médico escolha a dose inicial de
Rosuvastatina Generis mais adequada para si.
Se alguma das situações acima descritas se aplica a si (ou caso tenha dúvidas), não
tome Rosuvastatina Generis 40 mg (a dose mais elevada) e confirme com o seu
médico ou farmacêutico antes de começar a tomar qualquer dose de Rosuvastatina
Generis.
Num número reduzido de pessoas, as estatinas podem afetar o fígado. Esta situação
é identificada através da realização de um teste simples para detetar o aumento dos
níveis das enzimas hepáticas no sangue. Por este motivo, o seu médico pedirá esta
análise ao sangue (provas de função hepática) antes e durante o tratamento com
Rosuvastatina Generis.
Enquanto estiver a tomar este medicamento o seu médico irá avaliar se tem diabetes
ou está em risco de vir a ter diabetes. Estará em risco de vir a ter diabetes se tem
níveis elevados de açúcar e gorduras no sangue, excesso de peso ou pressão arterial
elevada.
Crianças
A utilização de Rosuvastatina Generis não é recomendada em crianças.
Outros medicamentos e Rosuvastatina Generis
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Como referido anteriormente, não tome Rosuvastatina Generis se está a tomar:
ciclosporina (um medicamento frequentemente utilizado em doentes com transplante
de órgãos).
Também é particularmente importante que informe o seu médico se estiver a tomar
Rosuvastatina Generis com qualquer um dos seguintes medicamentos:
Fibratos como o genfibrozil e bezafibrato (medicamentos para baixar o colesterol);
Medicamentos para controlar a infeção pelo VIH, por exemplo, lopinavir/ritonavir;
Para além dos medicamentos acima indicados, informe o seu médico ou farmacêutico
se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente quaisquer outros medicamentos,
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incluindo medicamentos obtidos sem receita médica. Em particular, informe o seu
médico se estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos:
Varfarina (ou quaisquer outros medicamentos utilizados para diminuir a viscosidade
sanguínea);
Qualquer outro medicamento usado para baixar o colesterol (tal como ezetimiba);
Medicamentos usados para tratar problemas digestivos (para neutralizar a acidez no
seu estômago);
Eritromicina (um antibiótico);
Contracetivos orais (a pílula);
Terapêutica de substituição hormonal.
Rosuvastatina Generis com alimentos e bebidas
Pode tomar Rosuvastatina Generis com ou sem alimentos.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Não tome Rosuvastatina Generis se:
Está grávida;
Está a amamentar;
Planeia engravidar;
Suspeita que está grávida.
Deste
modo,
mulher
idade
fértil,
deve
tomar
medidas
contracetivas necessárias para evitar ficar grávida durante o tratamento com
Rosuvastatina Generis.
Se engravidar durante o tratamento com Rosuvastatina Generis, pare imediatamente
o tratamento e fale com o seu médico.
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não se prevê que Rosuvastatina Generis interfira com a sua capacidade de conduzir
ou utilizar máquinas.
No entanto, deve ser tomado em consideração que algumas pessoas sentem
tonturas após tomarem Rosuvastatina Generis.
Rosuvastatina Generis contém lactose
Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o
antes de tomar este medicamento.
3. Como tomar Rosuvastatina Generis
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Antes do início do tratamento o seu médico irá colocá-lo numa dieta padrão para
redução do colesterol que deverá continuar durante o tratamento.
Tome Rosuvastatina Generis uma vez por dia. Pode tomar o comprimido a qualquer
hora do dia.
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Tente tomar o comprimido sempre à mesma hora do dia, para que se lembre mais
facilmente de o tomar.
Dose inicial
O seu médico decidirá qual a dose inicial de Rosuvastatina Generis mais adequada
para si.
A dose irá depender:
Dos seus valores de colesterol;
Do grau de risco que tem de ter um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral;
Se tiver um fator que poderá torná-lo mais sensível a possíveis efeitos secundários.
Confirme com o seu médico ou farmacêutico qual a dose inicial de Rosuvastatina
Generis mais adequada para si, especialmente se:
É de ascendência Asiática (Japonesa, Chinesa, Filipina, Vietnamita, Coreana e
Indiana)
Tem mais de 70 anos de idade
Tem problemas de rins moderados
Já sentiu dores musculares invulgares ou frequentes, se tem história familiar ou
pessoal de problemas musculares, ou história anterior de problemas musculares
quando tomou outros medicamentos para redução do colesterol.
Aumento da dose e dose diária máxima.
O seu médico poderá decidir aumentar a sua dose para que a quantidade de
Rosuvastatina Generis que toma seja adequada para si. Se iniciou o tratamento com
a dose de 5 mg, o seu médico poderá decidir duplicar a dose para 10 mg,
posteriormente para 20 mg e em seguida para 40 mg, se necessário. Se iniciou o
tratamento com a dose de 10 mg, o seu médico poderá decidir duplicar a dose para
20 mg e posteriormente para 40 mg, se necessário. O ajuste de cada dose será feito
em intervalos de 4 semanas.
A dose máxima diária de Rosuvastatina Generis é de 40 mg. Esta dose destina-se
apenas a doentes com valores de colesterol elevados e com risco elevado de ataques
cardíacos cujos valores de colesterol não baixaram o suficiente com 20 mg.
Controlo regular do colesterol
É importante consultar novamente o médico para que seja feito um controlo regular
do seu colesterol, de forma a assegurar que os valores recomendados de colesterol
foram atingidos e se mantêm estáveis.
O seu médico poderá decidir aumentar a sua dose para que a quantidade de
Rosuvastatina Generis que toma seja adequada para si.
Se tomar mais Rosuvastatina Generis do que deveria
Por favor contacte imediatamente o seu médico ou farmacêutico. Leve consigo a
embalagem e os restantes comprimidos.
Caso se tenha esquecido de tomar Rosuvastatina Generis
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Volte a tomar os comprimidos de Rosuvastatina Generis dentro do horário previsto
no dia seguinte.
Se parar de tomar Rosuvastatina Generis
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Não pare de tomar Rosuvastitina Generis sem indicação do seu médico. Se parar de
tomar Rosuvastitina Labesfal o seu colesterol pode aumentar de novo.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Se ocorrer algum destes efeitos secundários graves, pare de tomar o medicamento,
consulte imediatamente o seu médico ou dirija-se ao serviço de urgências do hospital
mais próximo. Estes efeitos secundários são raros:
Dificuldade em respirar, com ou sem inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta;
Inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta, o que pode causar dificuldade em
engolir;
Prurido intenso (comichão) na pele (com aumento dos gânglios);
Dores musculares invulgares que se prolonguem mais do que o esperado.
Efeitos secundários frequentes (podem afetar entre 1 em cada 10 e 1 em cada 100
doentes):
Dor de cabeça;
Dor de estômago;
Prisão de ventre (obstipação);
Sensação de mal-estar;
Dor muscular;
Sensação de fraqueza;
Tonturas;
Aumento da quantidade de proteínas na urina – que geralmente volta ao normal sem
seja
necessário
parar
tratamento
Rosuvastatina
Generis
(apenas
Rosuvastatina Generis 40 mg);
Diabetes. É mais provável ter diabetes se tiver níveis elevados de açúcar e gorduras
no sangue, excesso de peso ou pressão arterial elevada. O seu médico irá avaliar se
tem diabetes enquanto estiver a tomar este medicamento.
Efeitos secundários pouco frequentes (podem afetar entre 1 em cada 100 e 1 em
cada 1.000 doentes):
Erupção cutânea, prurido (comichão) e outras reações cutâneas;
Aumento da quantidade de proteínas na urina – que geralmente volta ao normal sem
seja
necessário
parar
tratamento
Rosuvastatina
Generis
(apenas
Rosuvastatina Generis 5 mg, 10 mg e 20 mg).
Efeitos secundários raros (podem afetar entre 1 em cada 1.000 e 1 em cada 10.000
doentes):
Dor de estômago intensa (inflamação do pâncreas);
Aumento das enzimas do fígado no sangue.
Efeitos secundários muito raros (podem afetar menos de 1 em cada 10.000
doentes):
Icterícia (coloração amarela dos olhos e da pele);
Hepatite (uma inflamação do fígado);
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Vestígios de sangue na sua urina;
Lesão dos nervos nos braços e nas pernas (ex. dormência);
Dores nas articulações;
Perda de memória.
Ginecomastia (aumento da mama no homem)
Efeitos secundários de frequência desconhecida podem incluir:
Diarreia (soltura);
Síndrome de Stevens-Johnson (doença grave que causa bolhas na pele, boca, olhos
e órgãos genitais);
Tosse;
Falta de ar;
Edema (inchaço);
Distúrbios do sono, incluindo insónias e pesadelos;
Disfunção sexual;
Depressão:
Problemas respiratórios, incluindo tosse persistente e/ou falta de ar ou febre.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
5. Como conservar Rosuvastatina Generis
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize Rosuvastatina Generis após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior/blisters/rótulo após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do
mês indicado.
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Frasco de HDPE após primeira abertura: conservar a temperatura inferior a 25 °C.
Validade do frasco de HDPE após primeira abertura do frasco: 90 dias.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Rosuvastatina Generis:
A substância ativa é a rosuvastatina. Os comprimidos revestidos por película contêm
rosuvastatina cálcica, equivalente a 5 mg, 10 mg, 20 mg ou 40 mg de rosuvastatina.
Os outros componentes são:
Núcleo
comprimido:
lactose
mono-hidratada,
celulose
microcristalina,
crospovidona, estearato de magnésio.
Revestimento
dos comprimidos
5mg: lactose mono-hidratada, hipromelose,
triacetina, dióxido de titânio (E171) e óxido de ferro amarelo (E172).
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Revestimento dos comprimidos de 10 mg, 20 mg e 40 mg: lactose mono-hidratada,
hipromelose, triacetina, dióxido de titânio (E171) e óxido de ferro vermelho (E172).
Qual o aspeto de Rosuvastatina Generis e conteúdo da embalagem
Rosuvastatina Generis apresenta-se disponível em embalagens blisters de 20, 30,60
e 90 comprimidos e em recipientes de plástico de 30 e 90 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Rosuvastatina Generis apresenta-se disponível em quatro dosagens:
Rosuvastatina Generis 5 mg comprimidos revestidos por película são amarelos,
redondos, biconvenxos e com a gravação “135” numa das faces e ”5” na outra face.
Rosuvastatina Generis 10 mg comprimidos revestidos por película são cor-de-rosa
claro, redondos, biconvexos, com ranhura de quebra em ambos os lados, e com
gravação “11” e “36” numa das faces e “10” na outra face,
Rosuvastatina Generis 20 mg comprimidos revestidos por película são cor-de-rosa
claro, redondos, biconvexos e com a gravação “11” e “37” numa das faces e “20” na
outra face.
Rosuvastatina Generis 40 mg comprimidos revestidos por película são cor-de-rosa
claro, ovais, biconvexos, biselados e com ranhura em ambas as faces.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Generis Farmacêutica, S.A.
Rua João de Deus, 19
2700-487 Amadora
Portugal
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Rosuvastatina Generis 5 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Generis 10 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Generis 20 mg comprimidos revestidos por película
Rosuvastatina Generis 40 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido revestido por película contém 5 mg, 10 mg, 20 mg ou 40 mg de
rosuvastatina (sob a forma de rosuvastatina cálcica).
Excipiente com efeito conhecido:
Cada comprimido revestido por película de Rosuvastatina Generis 5 mg, 10 mg, 20
mg e 40 mg contém 50,66 mg, 101,3 mg, 202,61 e 194,61 mg de lactose mono-
hidratada, respetivamente.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Rosuvastatina Generis 5 mg comprimidos revestidos por película
Os comprimidos revestidos por película são amarelos, redondos, biconvenxos e com
a gravação “135” numa das faces e ”5” na outra face.
Rosuvastatina Generis 10 mg comprimidos revestidos por película
Os comprimidos revestidos por película são cor-de-rosa claro, redondos, biconvexos,
com ranhura de quebra em ambos os lados, e com gravação “11” e “36” numa das
faces e “10” na outra face,
Rosuvastatina Generis 20 mg comprimidos revestidos por película
Os comprimidos revestidos por película são cor-de-rosa claro, redondos, biconvexos
e com a gravação “11” e “37” numa das faces e “20” na outra face.
Rosuvastatina Generis 40 mg comprimidos revestidos por película
Os comprimidos revestidos por película são cor-de-rosa claro, ovais, biconvexos,
biselados e com ranhura em ambas as faces.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento da hipercolesterolémia
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Adultos, adolescentes e crianças com idade igual ou superior a 10 anos com
hipercolesterolémia
primária
(tipo
incluindo
hipercolesterolémia
familiar
heterozigótica) ou dislipidémia mista (tipo IIb) como adjuvante da dieta, sempre que
a resposta à dieta e a outros tratamentos não farmacológicos (por ex. exercício
físico, perda de peso) seja inadequada.
Hipercolesterolémia familiar homozigótica, como adjuvante da dieta e de outros
tratamentos hipolipemiantes (por ex., LDL-aférese) ou se tais tratamentos não forem
apropriados.
Prevenção de Eventos Cardiovasculares
Prevenção de eventos cardiovasculares major em doentes nos quais se estima existir
um risco elevado de ocorrência de um primeiro evento cardiovascular (ver Secção
5.1), como adjuvante de correção de outros fatores de risco.
4.2 Posologia e modo de administração
Antes do início do tratamento, o doente deverá ser submetido a uma dieta
padronizada para diminuição dos níveis de colesterol, que deverá continuar durante
o tratamento. A dose deverá ser individualizada de acordo com o objetivo da
terapêutica e a resposta do doente, de acordo com as normas orientadoras de
consenso atuais.
Rosuvastatina Generis pode ser administrado a qualquer hora do dia, com ou sem
alimentos.
Tratamento da hipercolesterolémia
A dose inicial recomendada é de 5 ou 10 mg por via oral, uma vez por dia, tanto
para doentes não tratados como para doentes a quem previamente tenham sido
prescritos outros inibidores da HMG-CoA redutase. A escolha da dose inicial deverá
ter em consideração o nível de colesterol individual e o eventual risco cardiovascular,
bem como o potencial risco para reações adversas (ver abaixo). Após 4 semanas,
pode ser feito um ajustamento posológico para a dose seguinte, se necessário (ver
Secção 5.1).
Face ao aumento de notificações de reações adversas com a dose de 40 mg
comparativamente às doses mais baixas (ver Secção 4.8), a titulação final para a
dose
máxima
deverá
somente
considerada
doentes
hipercolesterolémia
grave
elevado
risco
cardiovascular
particular
doentes com hipercolesterolémia familiar), que não atinjam os objetivos terapêuticos
com 20 mg, aos quais será efetuada uma monitorização de rotina (ver Secção 4.4).
Recomenda-se que o início de terapêutica com a dose de 40 mg seja efetuado sob
supervisão de um especialista.
Prevenção de Eventos Cardiovasculares
No estudo de redução de risco de eventos cardiovasculares, a dose utilizada foi de 20
mg por dia (ver Secção 5.1).
População pediátrica
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A utilização pediátrica apenas deve ser efetuada por especialistas.
Crianças e adolescentes entre os 10 e os 17 anos de idade (rapazes no Estadio
Tanner II e acima, e raparigas com pelo menos 1 ano após a menarca).
Em crianças e adolescentes com hipercolesterolémia familiar heterozigótica, a dose
inicial habitual é de 5 mg, uma vez por dia. O intervalo de dose habitual é de 5-20
mg, por via oral, uma vez por dia. A dose deve ser ajustada de acordo com a
resposta individual e tolerabilidade nos doentes pediátricos, conforme indicado pelas
recomendações
tratamento
pediatria
(ver
Secção
4.4).
Crianças
adolescentes devem ser submetidos à dieta standard para redução do colesterol
antes de iniciar o tratamento com rosuvastatina; esta dieta deve ser continuada
durante o tratamento com a rosuvastatina.
A segurança e eficácia de doses superiores a 20 mg não foram estudadas nesta
população.
O comprimido de 40 mg não é adequado para utilização na população pediátrica.
Crianças de idade inferior a 10 anos
A experiência em crianças de idade inferior a 10 anos é limitada a um número
reduzido
de crianças
(com
idade
compreendida
entre
os 8
e 10
anos) com
hipercolesterolémia familiar homozigótica. Por conseguinte, não se recomenda a
utilização de Rosuvastatina Generis em crianças de idade inferior a 10 anos.
Utilização no idoso
Recomenda-se uma dose inicial de 5 mg em doentes com idade>70 anos (ver
Secção 4.4). Não é necessário qualquer outro ajustamento posológico em relação à
idade.
Posologia em doentes com insuficiência renal
Não é necessário ajustamento posológico em doentes com insuficiência renal ligeira
a moderada. A dose inicial recomendada é de 5 mg em doentes com insuficiência
renal moderada (depuração da creatinina <60 ml/min). A dose de 40 mg está
contraindicada
doentes
insuficiência
renal
moderada.
Rosuvastatina Generis em doentes com insuficiência renal grave está contraindicado
em todas as doses (ver Secção 4.3 e Secção 5.2).
Posologia em doentes com insuficiência hepática
Não se verificou um aumento da exposição sistémica à rosuvastatina em indivíduos
com pontuações 7 ou inferior na classificação de Child-Pugh. No entanto, tem sido
observado aumento da exposição sistémica em indivíduos com pontuações 8 e 9 na
classificação de Child-Pugh (ver Secção 5.2). Nestes doentes deve ser considerada a
avaliação da função renal (ver Secção 4.4). Não existe experiência em indivíduos
com pontuações na classificação de Child-Pugh superior a 9. Rosuvastatina Generis
está contraindicado em doentes com doença hepática ativa (ver Secção 4.3).
Raça
Tem sido observado aumento da exposição sistémica em indivíduos Asiáticos (ver
Secção 4.4 e Secção 5.2). A dose inicial recomendada é de 5 mg para doentes de
ascendência Asiática. A dose de 40 mg está contraindicada nestes doentes.
Posologia em doentes com fatores predisponentes para miopatia
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A dose inicial recomendada é de 5 mg em doentes com fatores predisponentes para
miopatia (ver Secção 4.4. Advertências e precauções especiais de utilização).
A dose de 40 mg está contraindicada em alguns destes doentes (ver Secção 4.3
Contraindicações).
4.3 Contraindicações
Rosuvastatina Generis está contraindicado: em doentes com hipersensibilidade à
substância ativa ou a qualquer dos excipientes mencionados na secção 6.1 em
doentes com doença hepática ativa incluindo elevações persistentes e inexplicáveis
das transaminases séricas e qualquer elevação das transaminases séricas excedendo
3 vezes o limite superior da normalidade (LSN) em doentes com insuficiência renal
grave (depuração da creatinina <30 ml/min) em doentes com miopatia em doentes
tratados concomitantemente com ciclosporina durante a gravidez e aleitamento e em
mulheres em idade fértil que não adoptam medidas contraceptivas apropriadas.
A dose de 40 mg está contraindicada em doentes com fatores predisponentes para
miopatia/rabdomiólise.
Tais
fatores
incluem:
insuficiência
renal
moderada
(depuração da creatinina <60 ml/min) hipotiroidismo antecedentes pessoais ou
familiares
perturbações
musculares
hereditárias
antecedentes
pessoais
toxicidade muscular com outro inibidor da HMG-CoA redutase ou fibrato alcoolismo
situações em que possa ocorrer um aumento dos níveis plasmáticos de rosuvastatina
doentes Asiáticos uso concomitante de fibratos
(Ver Secções 4.4, 4.5 e 5.2).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Efeitos renais
Em doentes tratados com doses elevadas de Rosuvastatina Generis, em particular 40
mg, foi observada proteinúria, detectada por tiras de teste e maioritariamente de
origem tubular, tendo sido transitória ou intermitente na maioria dos casos. A
proteinúria não demonstrou prognosticar doença renal aguda ou crónica (ver Secção
4.8).
taxa
notificação
eventos
renais
graves
experiência
pós-
comercialização é maior com a dose de 40 mg.
Deve ser considerada a avaliação da função renal durante a monitorização de rotina
de doentes tratados com uma dose de 40 mg.
Efeitos musculosqueléticos
Efeitos no músculo-esquelético, ex. mialgia, miopatia e, raramente, rabdomiólise
têm sido notificados em doentes tratados com rosuvastatina em todas as doses, em
particular com doses >20 mg. Foram notificados casos muito raros de rabdomiólise
com a utilização de ezetimiba em combinação com os inibidores da HMG-CoA
redutase. Não pode ser excluída uma interação farmacodinâmica (ver Secção 4.5) e
a sua combinação deve ser utilizada com precaução. Tal como com outros inibidores
HMG-CoA
redutase,
taxa
notificação
rabdomiólise
associada
rosuvastatina na experiência pós-comercialização é maior com a dose de 40 mg.
Doseamento da creatina fosfoquinase
A creatina fosfoquinase (CK) não deve ser doseada após exercício intenso ou na
presença de causas alternativas plausíveis de aumento de CK, que possam confundir
a interpretação dos resultados. Se os níveis basais de CK forem significativamente
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elevados (>5xLSN) deverá ser efetuado um teste para confirmação dentro de 5-7
dias. Se a repetição do teste confirmar um valor basal de CK >5xLSN, o tratamento
não deverá ser iniciado.
Antes do tratamento
Rosuvastatina Generis, tal como com os outros inibidores da HMG-CoA redutase,
deverá ser prescrito com precaução em doentes com fatores predisponentes para
miopatia/rabdomiólise.
Tais fatores incluem: insuficiência renal hipotiroidismo antecedentes pessoais ou
familiares
perturbações
musculares
hereditárias
antecedentes
pessoais
toxicidade muscular com outro inibidor da HMG-CoA redutase ou fibrato alcoolismo
idade >70 anos situações em que possa ocorrer um aumento dos níveis plasmáticos
(ver Secção 5.2)
uso concomitante de fibratos.
Nestes doentes deverá ser avaliado o risco do tratamento relativamente aos
possíveis benefícios, sendo recomendado uma monitorização clínica. Se os níveis
basais de CK forem significativamente elevados (>5xLSN), o tratamento não deverá
ser iniciado.
Durante o tratamento
Os doentes devem ser advertidos a notificar imediatamente dor muscular, fraqueza
ou cãibras inexplicáveis, particularmente se associados a mal-estar ou febre. Deve
determinar-se os níveis de CK nestes doentes. A terapêutica deve ser interrompida
se os níveis de CK estiverem francamente elevados (> 5xLSN) ou se os sintomas
musculares forem graves e causarem desconforto diário (mesmo com níveis de CK ≤
5xLSN). Se os sintomas desaparecerem e os níveis de CK regressarem ao normal,
deverá considerar-se a reintrodução de rosuvastatina ou um inibidor alternativo da
HMG-CoA redutase na dose mais baixa e com uma monitorização apertada. A
monitorização de rotina dos níveis de CK em doentes assintomáticos não se justifica.
Os estudos clínicos não demonstraram evidência de aumento de efeitos sobre o
músculo-esquelético no reduzido número de doentes tratados com rosuvastatina e
terapêutica concomitante. Observou-se, no entanto, aumento da incidência de
miosite e de miopatia em doentes tratados com outros inibidores da HMG-CoA
redutase
associação
derivados
ácido
fíbrico,
incluindo
gemfibrozil,
ciclosporina, ácido nicotínico, antifúngicos do grupo dos azóis, inibidores da protease
e antibióticos macrólidos. O gemfibrozil aumenta o risco de miopatia quando
administrado concomitantemente com alguns inibidores da HMG-CoA redutase. Por
conseguinte,
associação
Rosuvastatina
Generis
gemfibrozil
não
recomendada. O benefício de alterações adicionais nos níveis lipídicos, resultantes da
combinação
Rosuvastatina
Generis
fibratos
niacina,
deverá
cuidadosamente considerado em relação aos potenciais riscos de tais associações. A
dose de 40 mg está contraindicada no uso concomitante de fibratos.
(Ver Secção 4.5 e Secção 4.8).
Rosuvastatina Generis não deve ser usado em doentes com uma situação aguda
grave, sugestiva de miopatia ou predisposição para o desenvolvimento de falência
renal secundária a rabdomiólise (ex.: sépsis, hipotensão, grande cirurgia, trauma,
disfunções
metabólicas
graves,
endócrinas
eletrolíticas
convulsões
não
controladas).
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Efeitos hepáticos
Tal como com os outros inibidores da HMG-CoA redutase, Rosuvastatina Generis
deve ser usado com precaução em doentes que consumam quantidades excessivas
de álcool e/ou tenham história de doença hepática.
Recomenda-se que sejam realizados testes da função hepática antes do início do
tratamento com Rosuvastatina Generis e 3 meses após o início do tratamento. Se o
nível das transaminases séricas exceder 3 vezes o limite superior da normalidade,
Rosuvastatina Generis deve ser interrompido ou reduzir-se a dose. A taxa de
notificação de eventos hepáticos graves (consistindo principalmente no aumento das
transaminases hepáticas) na experiência pós-comercialização é maior com a dose de
40 mg.
Em doentes com hipercolesterolémia secundária causada por hipotiroidismo ou
síndroma nefrótica, a doença subjacente deverá ser tratada antes de se iniciar a
terapêutica com Rosuvastatina Generis.
Raça
Estudos de farmacocinética revelaram um aumento da exposição em indivíduos
Asiáticos, comparativamente aos indivíduos Caucasianos (ver Secção 4.2 e Secção
5.2).
Inibidores da protease
Não se recomenda o uso concomitante com inibidores da protease (ver Secção 4.5).
Intolerância à lactose
Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de
lactase ou malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.
Doença pulmonar intersticial
Foram
notificados
casos
raros
doença
pulmonar
intersticial
algumas
estatinas, especialmente com tratamentos de longa duração (ver Secção 4.8). Os
sintomas observados incluem dispneia, tosse não produtiva e deterioração do estado
de saúde em geral (fadiga, perda de peso e febre). Se houver suspeita de
desenvolvimento de doença pulmonar intersticial, a terapêutica com estatina deve
ser interrompida.
Diabetes Mellitus
Algumas evidências sugerem que as estatinas como classe farmacológica podem
elevar a glicemia e em alguns doentes, com elevado risco de ocorrência futura de
diabetes, podem induzir um nível de hiperglicemia em que o tratamento formal de
diabetes é adequado. Este risco é, no entanto, suplantado pela redução do risco
vascular das estatinas e, portanto, não deve ser uma condição para interromper a
terapêutica. Os doentes em risco (glicemia em jejum entre 5,6 a 6,9 mmol/L,
IMC>30Kg/m2, triglicéridos aumentados, hipertensão) devem ser monitorizados
tanto clínica como bioquimicamente de acordo com as orientações nacionais.
No estudo JUPITER, a frequência geral de notificação de casos de diabetes mellitus
foi de 2,8% com a rosuvastatina e 2,3% com placebo, a maioria em doentes com
glicemia em jejum entre 5,6 e 6,9 mmol/L.
População pediátrica
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INFARMED
A avaliação do crescimento linear (altura), peso, IMC (índice de massa corporal) e
características secundárias de maturação sexual pela escala de Tanner em doentes
pediátricos com idade compreendida entre os 10 e os 17 anos tratados com
rosuvastatina, é limitada ao período de um ano. Após 52 semanas de estudo com
este tratamento, não foi detetado qualquer efeito no crescimento, peso, IMC ou
maturação sexual (ver Secção 5.1). A experiência clínica em crianças e doentes
adolescentes é limitada e os efeitos a longo prazo de rosuvastatina (>1 ano) na
puberdade são desconhecidos.
Em estudos clínicos em crianças e adolescentes tratados com rosuvastatina durante
52 semanas, foram observadas com maior frequência, elevações da CK >10xLSN e
sintomas musculares após exercício ou aumento da atividade física em comparação
com as observações nos ensaios clínicos em adultos (ver Secção 4.8).
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Ciclosporina: Durante a terapêutica concomitante com rosuvastatina e ciclosporina,
os valores da AUC de rosuvastatina foram em média 7 vezes mais elevados,
relativamente aos observados em voluntários saudáveis (ver Secção 4.3).
A administração concomitante não provocou alteração da concentração plasmática
da ciclosporina.
Antagonistas da Vitamina K: À semelhança dos outros inibidores da HMG-CoA
redutase, o início da terapêutica ou o aumento da dose de Rosuvastatina Generis em
doentes tratados concomitantemente com antagonistas da vitamina K (ex.: varfarina
outro
anticoagulante
cumarínico)
pode
originar
aumento
Relação
Internacional Normalizada (INR). A interrupção ou redução da dose de Rosuvastatina
Generis pode resultar num decréscimo do INR. Nestas situações, é desejável a
monitorização apropriada do INR.
Gemfibrozil
outros
medicamentos
hipolipemiantes:
concomitante
rosuvastatina e gemfibrozil resultou num aumento para o dobro da Cmáx e AUC da
rosuvastatina (ver Secção 4.4).
Com base em dados de estudos de interação específicos, não são de esperar
interações farmacocinéticas relevantes com fenofibrato, contudo podem ocorrer
interações farmacodinâmicas. O gemfibrozil, fenofibrato, outros fibratos e niacina
(ácido nicotínico) em doses hipolipemiantes (> ou igual a 1 g/dia) aumentam o risco
de miopatia quando administrados concomitantemente com inibidores da HMG-CoA
redutase, provavelmente porque podem provocar miopatia quando administrados
isoladamente. A dose de 40 mg está contraindicada no uso concomitante de fibratos
(ver Secção 4.3 e Secção 4.4). Estes doentes devem também iniciar o tratamento
com a dose de 5 mg.
Ezetimiba: O uso concomitante de rosuvastatina e ezetimiba não mostrou alterar a
AUC ou a Cmáx em qualquer dos fármacos. No entanto, não pode ser excluída uma
interação farmacodinâmica, em termos de efeitos adversos entre o Rosuvastatina
Generis e a ezetimiba (ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de
utilização).
Inibidores da protease: Apesar de ser desconhecido o mecanismo de interação
exato, o uso concomitante com inibidores da protease pode aumentar fortemente a
exposição à rosuvastatina. Num estudo farmacocinético, a coadministração de 20 mg
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de rosuvastatina e a combinação de dois inibidores da protease (400 mg de
lopinavir/ 100 mg de ritonavir) em voluntários saudáveis foi associada a um
aumento da AUC(0- 24) da rosuvastatina no estado estacionário e da Cmáx em
aproximadamente 2 vezes e 5 vezes, respetivamente. Assim, não se recomenda o
uso concomitante de rosuvastatina nos doentes infetados pelo VIH tratados com
inibidores da protease (ver também Secção 4.4).
Antiácidos: A administração simultânea de rosuvastatina com uma suspensão de
antiácido contendo hidróxido de alumínio e de magnésio produziu uma descida de
aproximadamente 50% da concentração plasmática da rosuvastatina. Este efeito foi
atenuado quando o antiácido foi administrado 2 horas após Rosuvastatina Generis.
Não foi investigada a importância clínica desta interação.
Eritromicina: O uso concomitante de rosuvastatinal e eritromicina resultou num
decréscimo
(0-t)
decréscimo
Cmáx
rosuvastatina. Esta interação pode ser provocada pelo aumento da motilidade
intestinal causada pela eritromicina.
Contracetivo oral/terapêutica hormonal de substituição (THS): O uso concomitante
rosuvastatina
contracetivo
oral
resultou
aumento
etinilestradiol
norgestrel
34%,
respetivamente.
Deve
ter-se
consideração
este
aumento
níveis
plasmáticos
escolha
dose
contracetivo oral. Não existem dados farmacocinéticos disponíveis em indivíduos a
tomar concomitantemente Rosuvastatina Generis e THS mas um efeito similar não
pode ser excluído. Contudo, em estudos clínicos, esta associação foi extensamente
utilizada em mulheres e foi bem tolerada.
Outros medicamentos: Com base em dados de estudos de interação específicos, não
são esperadas interações clinicamente relevantes com digoxina.
Enzimas do citocromo P450: Os resultados de estudos in vitro e in vivo mostram que
a rosuvastatina não é nem um inibidor nem um indutor das isoenzimas do citocromo
P450. Além disso, a rosuvastatina é um substrato pobre destas isoenzimas. Não se
verificaram interações clinicamente importantes entre a rosuvastatina quer com o
fluconazol (inibidor do CYP2C9 e CYP3A4) quer com o cetoconazol (inibidor do
CYP2A6 e CYP3A4). A administração concomitante do itraconazol (inibidor do
CYP3A4)
rosuvastatina
resultou
aumento
rosuvastatina. Este ligeiro aumento não é considerado clinicamente significativo. Por
conseguinte, não são esperadas interações com fármacos cujo metabolismo é
mediado pelo citocromo P450.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Rosuvastatina Generis está contraindicado na gravidez e aleitamento.
As mulheres em idade fértil devem utilizar métodos contracetivos apropriados. Dado
que o colesterol e outros produtos da biossíntese do colesterol são essenciais para o
desenvolvimento do feto, o risco potencial da inibição da HMG-CoA redutase supera
a vantagem do tratamento durante a gravidez. Estudos em animais fornecem dados
limitados no que diz respeito à toxicidade reprodutiva. (ver secção 5.3). Em caso de
gravidez, o tratamento deverá ser imediatamente interrompido.
No rato, a rosuvastatina é excretada no leite. Não existem dados sobre a excreção
de rosuvastatina no leite humano (ver secção 4.3).
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4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram efetuados estudos para determinar o efeito de rosuvastatina Generis
sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Contudo, com base nas suas
propriedades farmacodinâmicas não é provável que Rosuvastatina Generis afete esta
capacidade. Na condução de veículos ou utilização de máquinas é necessário ter em
conta que podem ocorrer tonturas durante o tratamento.
4.8 Efeitos indesejáveis
Como
todos
medicamentos,
Rosuvastatina
Generis
pode
causar
efeitos
secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
As reações adversas foram organizadas em classes de frequência utilizando a
seguinte convenção:
muito
frequentes
(≥1/10);
frequentes
(≥1/100,
<1/10);
pouco
frequentes
(≥1/1.000,
<1/100);
raros
(≥1/10.000,
<1/1.000);
muito
raros
(<1/10.000),
desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
Doenças do sistema imunitário
Raros: reações de hipersensibilidade, incluindo angioedema
Doenças endócrinas
Frequentes: diabetes mellitus
(1) A frequência dependerá da presença ou ausência de fatores de risco (glicemia em
jejum
5,6 mmol/L,
IMC>30Kg/m2,
triglicéridos
aumentados,
história
hipertensão).
Doenças do sistema nervoso
Frequentes: cefaleias, tonturas
Doenças gastrointestinais
Frequentes: obstipação, náusea, dor abdominal
Raros: pancreatite
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Muito raros: ginecomastia
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Pouco frequentes: prurido, erupção cutânea e urticária
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Frequentes: mialgia
Raros: miopatia (incluindo miosite) e rabdomiólise
Perturbações gerais
Frequentes: astenia
Tal como se verifica com outros inibidores da HMG-CoA redutase, a incidência de
reações adversas medicamentosas tende a ser dose-dependente.
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Efeitos renais: Em doentes tratados com rosuvastatina foi observada proteinúria,
detectada por tiras de teste, sendo maioritariamente de origem tubular. Variação dos
valores de proteinúria, desde ausência ou vestígios até um resultado ++ ou superior,
foi observado em <1% dos doentes em determinada altura durante o tratamento
com 10 mg e 20 mg, e em aproximadamente 3% dos doentes tratados com 40 mg.
Com a dose de 20 mg foi observada uma ligeira variação, desde ausência ou
vestígios até um resultado +. Na maioria dos casos, a proteinúria diminui ou
desaparece espontaneamente com a continuação da terapêutica. Até ao momento, a
análise
dados
provenientes
ensaios
clínicos
experiência
pós-
comercialização não evidenciou uma associação causal entre a proteinúria e doença
renal aguda ou progressiva.
A hematúria tem sido observada em doentes tratados com rosuvastatina e os dados
de estudos clínicos mostram que a ocorrência é baixa.
Efeitos
músculo-esquelético:
Efeitos
músculo-esquelético,
mialgia,
miopatia (incluindo miosite) e, raramente, rabdomiólise com ou sem insuficiência
renal aguda têm sido notificados em doentes tratados com rosuvastatinar em todas
as doses, em particular com doses >20 mg.
Em doentes tratados com rosuvastatina foi observado um aumento dos níveis de CK
relacionado
dose;
maioria
casos
essa
elevação
ligeira,
assintomática e transitória. Se os níveis de CK forem elevados (>5xLNS), o
tratamento deve ser interrompido (ver Secção 4.4).
Efeitos hepáticos: Tal como com os outros inibidores da HMG-CoA redutase, um
aumento das transaminases, relacionado com a dose, foi observado num pequeno
número de doentes tratados com rosuvastatina; na maioria destes casos, o aumento
foi ligeiro, assintomático e transitório.
Experiência pós-comercialização:
Além dos efeitos acima referidos, durante a experiência pós-comercialização, foram
notificados os seguintes acontecimentos adversos para rosuvastatina:
Doenças do sistema nervoso: Muito raros: polineuropatia, perda de memória.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: Desconhecido: tosse, dispneia.
Doenças gastrointestinais: Desconhecido: diarreia.
Afeções
hepatobiliares:
Muito
raros:
icterícia,
hepatite;
Raros:
aumento
transaminases hepáticas.
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Desconhecido: Síndrome de Stevens-
Johnson
Afeções musculosqueléticas: Muito raros: artralgia.
Doenças renais: Muito raros: hematúria.
Perturbações gerais e alterações no local de administração: Desconhecido: edema.
Foram notificados os seguintes acontecimentos adversos com algumas estatinas:
Depressão
Distúrbios do sono, incluindo insónias e pesadelos
Disfunção sexual
Casos raros de doença pulmonar intersticial, especialmente com terapêutica de longa
duração (ver secção 4.4).
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INFARMED
A taxa de notificação de rabdomiólise, eventos renais graves e eventos hepáticos
graves (consistindo principalmente no aumento das transaminases hepáticas) é
maior com a dose de 40 mg.
População pediátrica: As elevações da creatina fosfoquinase >10xLSN e os sintomas
musculares após exercício ou aumento da atividade física foram observados mais
frequentemente em ensaios clínicos de 52 semanas em crianças e adolescentes em
comparação com os adultos (ver secção 4.4). Noutros aspetos, o perfil de segurança
de rosuvastatina foi semelhante em crianças e adolescentes comparativamente com
adultos.
4.9 Sobredosagem
Não existe um tratamento específico na eventualidade de ocorrer sobredosagem. Em
caso de sobredosagem, o doente deve ser submetido a um tratamento sintomático e
as medidas de suporte instituídas, conforme necessário. A função hepática e os
níveis
deverão
monitorizados.
Não
provável
hemodiálise
proporcione quaisquer benefícios.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Inibidores da HMG-CoA redutase, código ATC: C10AA07
Mecanismo de ação
A rosuvastatina é um inibidor seletivo e competitivo da HMG-CoA redutase, a enzima
limitante
taxa
conversão
3-hidroxi-3-metilglutaril
coenzima
mevalonato, um precursor do colesterol. O principal local de ação da rosuvastatina é
o fígado, o órgão alvo na diminuição do colesterol.
A rosuvastatina aumenta o número de recetores hepáticos das LDL na superfície
celular, potenciando a captação e o catabolismo das LDL e inibindo a síntese hepática
das VLDL, reduzindo, desta forma, o número total de partículas de VLDL e LDL.
Efeitos farmacodinâmicos
A rosuvastatina reduz os níveis elevados de colesterol-LDL, colesterol total e
triglicéridos e aumenta o nível de colesterol-HDL. Reduz ainda a ApoB, colesterol
não-HDL, CVLDL e TG-VLDL e aumenta a ApoA-I (ver Tabela 1). A rosuvastatina
reduz também as razões de C-LDL/C-HDL, C total/C-HDL e colesterol não-HDL/C-
HDL bem como a razão de ApoB/ApoA-I.
Tabela 1 Dose-resposta em doentes com hipercolesterolemia primária (tipos IIa e
IIb)
(alteração percentual média ajustada em relação aos valores basais)
Dose
C-LDL
C-Total
C-HDL
não-
ApoB
ApoA-I
Placebo
APROVADO EM
02-11-2016
INFARMED
O efeito terapêutico é obtido uma semana após o início do tratamento, atingindo-se
90% da resposta máxima decorridas 2 semanas. A resposta máxima é geralmente
obtida às 4 semanas, mantendo-se subsequentemente.
Eficácia clínica
rosuvastatina
eficaz
adultos
hipercolesterolémia,
hipertrigliceridémia, independentemente da sua raça, sexo ou idade, bem como em
populações especiais, nomeadamente diabéticos ou doentes com hipercolesterolémia
familiar.
Com base nos dados agrupados de fase III, rosuvastatina demonstrou ser eficaz no
tratamento da maioria dos doentes com hipercolesterolémia tipo IIa e IIb (C-LDL
média basal cerca de 4,8 mmol/l), levando-os a atingir os valores alvo preconizados
nas normas orientadoras da European Atherosclerosis Society (EAS; 1998); cerca de
80% dos doentes tratados com 10 mg atingiram os valores alvo EAS preconizados
para os níveis de C-LDL (<3 mmol/l).
Num estudo de grandes dimensões, 435 doentes com hipercolesterolémia familiar
heterozigótica,
receberam
rosuvastatina
entre
80 mg,
segundo um
protocolo de titulação forçada. Todas as doses demonstraram exercer um efeito
benéfico sobre os parâmetros lipídicos e foram atingidos os objetivos alvo em
tratamento. Após a titulação para uma dose diária de 40 mg (12 semanas de
tratamento), a C-LDL foi reduzida em 53%. 33% dos doentes atingiram os valores
alvo das normas orientadoras EAS para os níveis de C-LDL (<3 mmol/l).
estudo
clínico
aberto,
titulação
forçada,
avaliada
resposta
rosuvastatina
20-40
doentes
hipercolesterolémia
familiar
homozigótica. Na população global, foi obtida uma redução média da C-LDL de 22%.
Em estudos clínicos com um número limitado de doentes, rosuvastatina tem
demonstrado possuir uma eficácia adicional na redução dos triglicéridos quando
utilizado em combinação com fenofibrato e no aumento dos níveis do C-HDL quando
usado em combinação com niacina (ver Secção 4.4).
Num estudo clínico controlado com placebo, em dupla ocultação e multicêntrico
(METEOR), 984 doentes com idades compreendidas entre 45 e 70 anos e com baixo
risco de doença coronária (definido como risco de Framingham <10% em 10 anos),
com uma média de C-LDL de 4,0 mmol/l (154,5 mg/dL), porém com aterosclerose
subclínica (detectada por Espessura /Íntima - Média Carotídea), foram aleatorizados
para o tratamento com rosuvastatina 40 mg uma vez por dia ou placebo durante 2
anos. A rosuvastatina reduziu significativamente a taxa de progressão na EIMC
máxima de todos os 12 locais analisados nas artérias carótidas, comparativamente
com placebo, em -0,0145 mm/ano [intervalo de confiança a 95% -0,0196, -0,0093;
p<0,0001]. A alteração relativamente aos valores basais foi de -0,0014 mm/ano (-
0,12%/ano (não significativa)) para a rosuvastatina, comparativamente com uma
progressão de +0,0131 mm/ano (1,12%/ano (p<0,0001)) para o placebo. Não foi
ainda demonstrada uma correlação directa entre a diminuição da EIMC e a redução
do risco de eventos cardiovasculares. A população estudada no METEOR é de baixo
APROVADO EM
02-11-2016
INFARMED
risco de doença coronária e não representa a população alvo de rosuvastatina 40
dose
deverá
prescrita
apenas
doentes
hipercolesterolemia grave com elevado risco cardiovascular (ver Secção 4.2).
No estudo “Justification for the Use of Statins in Primary Prevention: An Intervention
Trial
Evaluating
Rosuvastatin”
(JUPITER),
efeito
rosuvastatina
sobre
ocorrência de eventos cardiovasculares de etiologia aterosclerótica major foi avaliado
em 17802 homens (≥ 50 anos) e mulheres (≥ 60 anos).
Os participantes do estudo foram distribuídos de forma aleatória para placebo
(n=8901) ou rosuvastatina 20 mg uma vez por dia (n=8901) e foram seguidos
durante um período médio de 2 anos.
A concentração de colesterol LDL foi reduzida em 45% (p<0,001) no grupo da
rosuvastatina em comparação com o grupo do placebo.
Numa análise post-hoc a um subgrupo de indivíduos com elevado risco, com um
risco de Framingham inicial >20% (1558 indivíduos) verificou-se uma redução
significativa
objetivo
primário
composto
morte
cardiovascular,
acidente
vascular cerebral e enfarte do miocárdio (p=0,028) no tratamento com rosuvastativa
versus placebo. A redução do risco absoluto na taxa de eventos por 1000 doentes-
ano foi de 8,8. A mortalidade total manteve-se inalterada neste grupo de doentes
com elevado risco (p=0,193). Numa análise post-hoc de um subgrupo de indivíduos
com elevado risco (total de 9302 indivíduos) com um risco SCORE inicial ≥5%
(extrapolado para incluir os indivíduos acima dos 65 anos) verificou-se uma redução
significativa
objetivo
primário
composto
morte
cardiovascular,
acidente
vascular
cerebral
enfarte
miocárdio
(p=0,0003)
tratamento
rosuvastativa versus placebo. A redução do risco absoluto na taxa de eventos foi de
5,1 por 1000 doentes-ano. A mortalidade total manteve-se inalterada neste grupo de
doentes com elevado risco (p=0,076).
No estudo JUPITER, 6,6% dos indivíduos com rosuvastatina e 6,2% dos indivíduos
com placebo suspenderam a medicação do estudo devido a acontecimento adverso.
Os acontecimentos adversos mais frequentes que conduziram à suspensão do
tratamento foram: mialgia (0,3% com rosuvastatina, 0,2% com placebo), dor
abdominal (0,03% com rosuvastatina, 0,02% com placebo) e erupção cutânea
(0,02% com rosuvastatina, 0,03% com placebo). Os acontecimentos adversos mais
frequentemente notificados numa frequência igual ou superior ao placebo foram
infeção do trato urinário (8,7% com rosuvastatina, 8,6% com placebo), nasofaringite
(7,6% com rosuvastatina, 7,2% com placebo), dor lombar (7,6% com rosuvastatina,
6,9% com placebo) e mialgia (7,6% com rosuvastatina, 6,6% com placebo).
População pediátrica
Num estudo de 12 semanas, controlado com placebo, multicêntrico, randomizado,
em dupla ocultação (n=176, 97 do sexo masculino e 79 do sexo feminino) seguido
de uma fase de 40 semanas (n=173, 96 do sexo masculino e 77 do sexo feminino)
aberta, de ajuste da dose de rosuvastatina, doentes entre os 10 e 17 anos de idade
(estadio de Tanner II-V, sexo feminino com pelo menos um ano pós-menarca) com
hipercolesterolémia
familiar
heterozigótica,
receberam
rosuvastatina ou placebo diariamente durante 12 semanas, e todos receberam
posteriormente
rosuvastatina
diariamente
durante
semanas.
início
recrutamento do estudo, aproximadamente 30% dos doentes tinham entre os 10 e
APROVADO EM
02-11-2016
INFARMED
os 13 anos e aproximadamente 17%, 18%, 40% e 25% estavam no estadio Tanner
II, III, IV e V, respetivamente.
A C-LDL foi reduzida em 38,3%, 44,6% e 50,0% com rosuvastatina 5, 10 e 20 mg
respetivamente, comparado a 0,7% com placebo.
No final da semana 40, do estudo aberto, de ajuste da dose para o objetivo, doseado
até um máximo de 20 mg, uma vez por dia, 70 de 173 doentes (40,5%) tinham
atingido o objetivo pretendido de valores de C-LDL inferiores a 2,8 mmol/l.
Após 52 semanas de tratamento do estudo, não foi detetado qualquer efeito sobre o
crescimento, peso, IMC ou maturação sexual (ver Secção 4.4). A experiência clínica
em crianças e doentes adolescentes é limitada e os efeitos a longo prazo de
rosuvastatina (>1 ano) na puberdade são desconhecidos. Este estudo (n=176) não
foi adequado para comparação de reações adversas medicamentosas graves.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção:
São
atingidas
concentrações
plasmáticas
máximas
rosuvastatina
aproximadamente 5 horas após a administração oral. A biodisponibilidade absoluta é
aproximadamente de 20%.
Distribuição: A rosuvastatina é captada extensamente pelo fígado, o principal local
de síntese do colesterol e de depuração do C-LDL. O volume de distribuição da
rosuvastatina é de aproximadamente 134 L. A rosuvastatina apresenta uma ligação
de aproximadamente 90% às proteínas plasmáticas, principalmente à albumina.
Biotransformação: A rosuvastatina sofre um metabolismo limitado (cerca de 10%).
Estudos de metabolismo in vitro utilizando hepatócitos humanos indicam que a
rosuvastatina é um substrato pobre para o metabolismo mediado pelo citocromo
P450. O CYP2C9 foi a principal isoenzima envolvida, com a 2C19, 3A4 e 2D6
envolvidas em menor extensão. Os principais metabolitos identificados são o N-
desmetil e a lactona. O metabolito Ndesmetil é aproximadamente 50% menos ativo
do que a rosuvastatina, enquanto a lactona é considerada clinicamente inativa. A
rosuvastatina é responsável por mais de 90% da atividade inibidora da HMG-CoA
redutase circulante.
Eliminação: Aproximadamente 90% da dose de rosuvastatina é excretada sob a
forma inalterada nas fezes (consistindo em substância ativa absorvida e não
absorvida) e o remanescente excretado na urina. Aproximadamente 5% é excretada
sob a forma inalterada na urina. A semi-vida de eliminação plasmática é cerca de 19
horas. A semivida de eliminação plasmática não aumenta com doses mais elevadas.
A média geométrica da depuração plasmática é de aproximadamente 50 litros/hora
(coeficiente de variação 21,7%). Tal como com os outros inibidores da HMG-CoA
redutase,
captação
hepática
rosuvastatina
envolve
transportador
membrana OATP-C. Este transportador é importante na eliminação hepática da
rosuvastatina.
Linearidade: A exposição sistémica da rosuvastatina aumenta em proporção à dose.
Não existem alterações nos parâmetros farmacocinéticos após múltiplas doses
diárias.
APROVADO EM
02-11-2016
INFARMED
Populações especiais:
Idade e sexo: A idade e o sexo não exerceram quaisquer efeitos clinicamente
relevantes sobre a farmacocinética da rosuvastatina em adultos. A farmacocinética
rosuvastatina
crianças
adolescentes
hipercolesterolémia
familiar
heterozigótica foi semelhante à dos voluntários adultos (ver “População pediátrica”
abaixo).
Raça: Estudos farmacocinéticos revelaram um aumento da AUC mediana e Cmáx,
em aproximadamente duas vezes, em indivíduos Asiáticos (Japoneses, Chineses,
Filipinos, Vietnamitas e Coreanos) comparativamente a indivíduos Caucasianos; os
Indoasiáticos mostram um aumento da AUC mediana e Cmáx, em aproximadamente
vezes.
análise
farmacocinética
populacional
não
revelou
diferenças
clinicamente significativas na farmacocinética entre grupos Caucasianos e Negros.
Insuficiência renal: Num estudo realizado em indivíduos com diferentes graus de
insuficiência renal, verificou-se que a doença renal ligeira a moderada não exerceu
qualquer
influência
sobre
concentração
plasmática
rosuvastatina
metabolito N-desmetil. Indivíduos com insuficiência renal grave (Depuração da
Creatinina <30 ml/min) apresentaram um aumento da concentração plasmática da
rosuvastatina 3 vezes superior e 9 vezes superior do metabolito N-desmetil,
comparativamente
voluntários
saudáveis.
indivíduos
sujeitos
hemodiálise, as concentrações plasmáticas da rosuvastatina no estado estacionário
foram
aproximadamente
superiores
comparativamente
voluntários
saudáveis.
Insuficiência hepática: Num estudo realizado em indivíduos com vários graus de
insuficiência hepática não se verificou aumento da exposição à rosuvastatina, em
indivíduos com pontuações 7 ou inferior na classificação de Child-Pugh. Contudo, em
dois indivíduos que apresentavam pontuações 8 e 9 na classificação de Child-Pugh
observou-se um aumento da exposição sistémica de pelo menos duas vezes,
comparativamente à dos indivíduos com pontuações mais baixas na classificação de
Child-Pugh. Não existe experiência em indivíduos com pontuações na classificação de
Child-Pugh superiores a 9.
População pediátrica: Os parâmetros farmacocinéticos em doentes pediátricos com
hipercolesterolémia familiar heterozigótica, de idades compreendidas entre os 10 e
os 17 anos, não foram completamente caracterizados. Um pequeno estudo de
farmacocinética com a rosuvastatina (administrada em comprimidos) em 18 doentes
pediátricos
demonstrou
exposição
doentes
pediátricos
parece
comparável à exposição nos adultos. Adicionalmente, os resultados indicam que não
é de esperar um grande desvio da proporcionalidade da dose.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados pré-clínicos não revelam risco especial para o ser humano, segundo
estudos convencionais de farmacologia de segurança, genotoxicidade e potencial
carcinogénico. Não foram avaliados testes específicos para efeitos sobre o hERG.
Reações adversas não observadas em estudos clínicos, mas verificadas em animais a
níveis de exposição semelhantes aos níveis de exposição clínica foram as seguintes:
alterações histopatológicas no fígado em estudos sobre toxicidade de dose repetida
em ratos e ratinhos, provavelmente devidas à ação farmacológica da rosuvastatina e
APROVADO EM
02-11-2016
INFARMED
de menor extensão, com efeitos na vesícula biliar em cães, mas não em macacos.
Adicionalmente, foi observada toxicidade testicular em macacos e em cães com
doses mais elevadas. A toxicidade reprodutiva foi evidente em ratos, pela redução do
tamanho da ninhada, do seu peso e da sobrevivência das crias, com doses
maternotóxicas, em que as exposições sistémicas foram muito acima do nível de
exposição terapêutica.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo do comprimido
Lactose mono-hidratada
Celulose microcristalina 112
Crospovidona (tipo B)
Estearato de magnésio
Revestimento do comprimido
5 mg:
Lactose mono-hidratada
Hipromelose
Triacetina
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro amarelo (E172)
10 mg, 20 mg e 40 mg:
Lactose mono-hidratada
Hipromelose
Triacetina
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro vermelho (E172)
6.2 Incompatibilidades
Não se aplicável.
6.3 Prazo de validade
1 ano
Frasco de HDPE após primeira abertura: 90 dias.
6.4 Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Frasco de HDPE após primeira abertura: conservar a temperatura inferior a 25 °C.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
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02-11-2016
INFARMED
Rosuvastatina Generis apresenta-se disponível em embalagens blisters de Alu/Alu de
20, 30, 60 e 90 comprimidos e em frascos de HDPE de 30 e 90 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo
com as exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Generis Farmacêutica, S.A.
Rua João de Deus, 19
2700-487 Amadora
Portugal
8. NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nº de registo: 5417225 - 20 comprimidos revestidos por película, 5 mg, blisters de
Alu/Alu.
Nº de registo: 5417233 - 30 comprimidos revestidos por película, 5 mg, blisters de
Alu/Alu.
Nº de registo: 5417241 - 60 comprimidos revestidos por película, 5 mg, blisters de
Alu/Alu.
Nº de registo: 5417258 - 90 comprimidos revestidos por película, 5 mg, blisters de
Alu/Alu.
Nº de registo: 5417266 - 30 comprimidos revestidos por película, 5 mg, frasco de
HDPE.
Nº de registo: 5417274 - 90 comprimidos revestidos por película, 5 mg, frasco de
HDPE.
Nº de registo: 5417308 - 20 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blisters de
Alu/Alu.
Nº de registo: 5417316 - 30 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blisters de
Alu/Alu.
Nº de registo: 5417324 - 60 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blisters de
Alu/Alu.
Nº de registo: 5417332 - 90 comprimidos revestidos por película, 10 mg, blisters de
Alu/Alu.
Nº de registo: 5417340 - 30 comprimidos revestidos por película, 10 mg, frasco de
HDPE.
Nº de registo: 5417357 - 90 comprimidos revestidos por película, 10 mg, frasco de
HDPE.
Nº de registo: 5417365 - 20 comprimidos revestidos por película, 20 mg, blisters de
Alu/Alu.
Nº de registo: 5417373 - 30 comprimidos revestidos por película, 20 mg, blisters de
Alu/Alu.
APROVADO EM
02-11-2016
INFARMED
Nº de registo: 5417407 - 60 comprimidos revestidos por película, 20 mg, blisters de
Alu/Alu.
Nº de registo: 5417415 - 90 comprimidos revestidos por película, 20 mg, blisters de
Alu/Alu.
Nº de registo: 5417423 - 30 comprimidos revestidos por película, 20 mg, frasco de
HDPE.
Nº de registo: 5417431 - 90 comprimidos revestidos por película, 20 mg, frasco de
HDPE.
Nº de registo: 5417449 - 20 comprimidos revestidos por película, 40 mg, blisters de
Alu/Alu.
Nº de registo: 5417456 - 30 comprimidos revestidos por película, 40 mg, blisters de
Alu/Alu.
Nº de registo: 5417464 - 60 comprimidos revestidos por película, 40 mg, blisters de
Alu/Alu.
Nº de registo: 5417472 - 90 comprimidos revestidos por película, 40 mg, blisters de
Alu/Alu.
Nº de registo: 5417506 - 30 comprimidos revestidos por película, 40 mg, frasco de
HDPE.
Nº de registo: 5417514 - 90 comprimidos revestidos por película, 40 mg, frasco de
HDPE.
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 30 de novembro de 2011.
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO