Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
07-07-2018
07-07-2018
APROVADO EM
07-07-2018
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Ropivacaína B. Braun 10 mg/ml solução injetável
Cloridrato de ropivacaína
Leia atentamente este folheto antes de receber este medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários indicados, incluindo efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.4.
O que contém este folheto:
1. O que é Ropivacaína B. Braun e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de receber Ropivacaína B. Braun
3. Como Ropivacaína B. Braun lhe vai ser administrado
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Ropivacaína B. Braun
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Ropivacaína B. Braun e para que é utilizado
A substância ativa é o cloridrato de ropivacaína.
Ropivacaína B. Braun pertence a um grupo de medicamentos denominados por
anestésicos
locais
(medicamento
para
adormecimento).
Ropivacaína
Braun
solução injetável é utilizado em adultos e adolescentes (com mais de 12 anos de
idade) para adormecer (anestesiar) partes do corpo. É utilizado para impedir que
haja dor ou para proporcionar o alívio da dor. Pode ser utilizado para:
- adormecer partes do seu corpo durante uma cirurgia, incluindo uma cesariana.
- aliviar a dor durante o parto, após uma cirurgia ou após um acidente.
2. O que precisa de saber antes de receber Ropivacaína B. Braun
Não lhe pode ser administrado Ropivacaína B. Braun
- Se tem alergia (hipersensibilidade) a cloridrato de ropivacaína ou a qualquer outro
componente (ver lista de componentes na secção 6). Uma reação alérgica pode
incluir erupção, comichão, dificuldades na respiração, inchaço da face, lábios,
garganta ou da língua.
- Se for alérgico a qualquer outro anestésico local da mesma classe (por exemplo
lidocaína ou bupivacaína).
- Para injeção num vaso sanguíneo para anestesiar uma área específica do seu
corpo, ou no colo do útero para alívio da dor durante o parto.
- Se lhe tiver sido dito que tem um volume reduzido de sangue (hipovolemia).
Se não está seguro de que qualquer das situações acima se aplica a si, fale com o
seu médico antes de lhe ser administrado Ropivacaína B. Braun.
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Advertências e precauções
Fale com o seu médico antes de receber Ropivacaína B. Braun. Informe o seu
médico:
- se tem problemas no coração, fígado ou rins. O seu médico pode necessitar de
ajustar a dose de Ropivacaína B. Braun.
- se já alguma vez lhe disseram que tem uma doença rara dos pigmentos do sangue
denominada por “porfiria” ou se alguém na sua família o tem. O seu médico pode
necessitar de lhe administrar um medicamento anestésico diferente.
- se tem mau estado geral de saúde devido à idade avançada ou a outras razões.
- sobre quaisquer doenças ou condição médica que tem ou que teve no passado.
Crianças
Em crianças com idade até e incluindo 12 anos, poderá ser apropriado utilizar outras
dosagens (2 mg/ml, 5 mg/ml).
Outros medicamentos e Ropivacaína B. Braun
Informe
seu médico
farmacêutico se
estiver
tomar
ou tiver tomado
recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita
médica.
Isto é especialmente importante para os seguintes medicamentos, que podem
potenciar os efeitos de Ropivacaína B. Braun:
- Outros anestésicos locais (por exemplo lidocaína)
- Medicamentos fortes para o alívio da dor (por exemplo, morfina)
- Medicamentos utilizados no tratamento do batimento cardíaco irregular (por
exemplo amiodarona, mexiletina).
O uso prolongado de ropivacaina deve ser evitado se estiver a receber:
- medicamentos utilizados no tratamento da depressão (por exemplo fluvoxamina)
- antibióticos utilizados no tratamento de infeções causadas por bactérias (por
exemplo enoxacina).
Pode de igual modo manter-se indicado que lhe seja administrado Ropivacaína B.
Braun. O seu médico necessita de ter informação sobre estes medicamentos para
poder decidir sobre o que é que lhe é mais adequado.
Gravidez e aleitamento
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte
médico
farmacêutico
antes
este
medicamento
administrado. Desconhece-se se a ropivacaína passa para o leite materno ou se pode
prejudicar o lactente.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Ropivacaína B. Braun pode fazê-lo sentir-se sonolento e afetar a velocidade das suas
reações. Após lhe ter sido administrado este medicamento, não deve conduzir,
operar máquinas ou trabalhar em situações perigosas, até ao dia seguinte.
Ropivacaína B. Braun contém sódio
Este
medicamento
contém
2,7 mg
sódio
(principal
componente
cozinha/sal de mesa) em cada ml. Isto é equivalente a 0,14% da ingestão diária
máxima de sódio recomendada na dieta para um adulto.
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3. Como Ropivacaína B. Braun lhe vai ser administrado
Este medicamento ser-lhe-á administrado mediante a supervisão de um médico
experiente.
Ropivacaína B. Braun ser-lhe-á administrado na forma de uma injeção. A parte do
corpo em que irá ser utilizado depende do motivo porque está a receber este
medicamento.
O seu médico irá administrar-lhe este medicamento num dos seguintes locais:
- no local do corpo que necessita de ser anestesiada.
- Próximo da parte do corpo que necessita de ser anestesiada.
- Numa área longe do local do corpo que necessita de ser anestesiada. Este é o caso
de lhe ser administrada uma injeção ou uma perfusão epidural na zona média ou
inferior das costas, próxima da sua medula espinhal.
Enquanto estiver a receber Ropivacaína B. Braun será monitorizado de perto pelos
profissionais de saúde. Este medicamento interrompe a capacidade dos nervos
passarem mensagens de dor para o cérebro. Isto irá fazer com que pare de sentir
dor, frio ou calor, na região onde está a ser utilizado, podendo, no entanto, continuar
a ter outras sensações como pressão e sensibilidade ao toque.
Dosagem
O seu médico irá decidir sobre a dose de Ropivacaína B. Braun que lhe será
administrada. A dosagem depende do tipo de alívio de dor que necessita e de outros
fatores como o tamanho do organismo, idade e condição física.
Se receber mais Ropivacaína B. Braun do que deveria
Dado que este medicamento ser-lhe-á administrado por um médico sob condições
cuidadosamente controladas, é pouco provável que lhe seja administrada uma dose
em excesso ou que falhe uma dose.
Os efeitos adversos de uma dose excessiva de Ropivacaína B. Braun necessitam de
um tratamento especial e o médico que o está a tratar está formado para lidar com
este tipo de situações.
primeiro
sinais
dose
excesso
Ropivacaína
Braun
são
normalmente os seguintes:
- sentir-se tonto ou com a sensação de cabeça leve
- dormência dos lábios e na zona em redor da boca
- dormência da língua
- problemas auditivos
- problemas com a visão
O seu médico irá interromper a administração deste medicamento logo que estes
sinais apareçam, para reduzir o risco de aparecimento de efeitos adversos graves.
Isto significa que se algum destes lhe acontecer a si, ou se pensa que recebeu uma
dose em excesso de Ropivacaína B. Braun, informe o seu médico imediatamente.
Outros efeitos adversos mais graves que ocorrem após administração de uma dose
em excesso deste medicamento incluem problemas com o seu discurso, contração
dos músculos, tremores, arrepios, espasmos (convulsões), e perda de consciência.
Em caso de toxicidade aguda, serão imediatamente tomadas mediadas corretivas
adequadas pelos profissionais de saúde.
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Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como
todos
medicamentos,
Ropivacaína
Braun
pode
causar
efeitos
secundários, no entanto, estes não se manifestam em todas as pessoas que o
recebem.
Todos os medicamentos, incluindo Ropivacaína B. Braun podem raramente causar
reações alérgicas que põem a vida em risco (podem afetar até 1 em 1.000 pessoas).
Deve informar o seu médico imediatamente se sentir algum dos seguintes sintomas
após lhe ser administrado este medicamento:
- início súbito de erupções cutâneas, comichão ou urticária;
- inchaço das pálpebras, lábios, língua, garganta ou de outras partes do corpo;
- dificuldades na respiração, repentina respiração ruidosa, tonturas.
Outros efeitos secundários possíveis:
Muito frequentes (podem afetar mais do que 1 em cada 10 pessoas)
- Diminuição da pressão sanguínea (hipotensão) (pode sentir-se tonto ou com
sensação de cabeça leve)
- mal-estar (náuseas).
Frequentes (podem afetar até 1 em cada 10 pessoas)
- formigueiro (sensação de alfinetes e agulhas)
- tonturas
- sensação de má disposição (vómitos)
- aumento ou redução da frequência cardíaca (bradicardia, taquicardia)
- aumento da pressão sanguínea(hipertensão)
- elevação da temperatura corporal (febre) ou arrepios
- dores nas costas
- dores de cabeça
- dificuldades em urinar
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em cada 100 pessoas)
- ansiedade,
- cansaço,
- dificuldade na respiração,
- redução da temperatura do corpo (hipotermia),
- alguns sintomas podem ocorrer se a injeção for acidentalmente administrada num
vaso sanguíneo ou se for administrada uma dose excessiva de Ropivacaína B. Braun
(ver também “Se utilizar mais Ropivacaína B. Braun do que deveria”). Estes incluem
convulsões, espasmos (convulsões), sensação de tonturas ou de cabeça leve,
dormência dos lábios e da zona em volta da boca, dormência da língua, problemas
auditivos, problemas na vista (visão), problemas com o seu discurso, músculos
rígidos, redução da sensibilidade ou da sensação ao toque na pele e tremor.
Raros (podem afetar até 1 em cada 1.000 pessoas)
- Ataque cardíaco (Paragem cardíaca).
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- Batimento cardíaco irregular (arritmia).
Desconhecidos (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
- Movimentos bruscos (discinesia)
Efeitos secundários possíveis observados com outros anestésicos locais que podem
também ser causados por Ropivacaína B. Braun:
- Lesões nos nervos. Raramente isto pode causar problemas permanentes.
- A totalidade do corpo fica dormente (anestesiado), se Ropivacaína B. Braun for
administrada em demasia no fluido espinal.
Crianças
Em bebés e crianças, os efeitos secundários são os mesmos que nos adultos, com
exceção da diminuição da pressão sanguínea, que ocorre com menor frequência nos
bebés e nas crianças (afetando até 1 em cada 10 crianças) e dos vómitos que
ocorrem com maior frequência nas crianças (afetando mais do que 1 em cada
10 crianças).
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente através do INFARMED, I.P.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos,
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53,
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 43,
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre
a segurança deste medicamento.
5. Como conservar Ropivacaína B. Braun
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no rótulo da caixa e
da ampola após “VAL.:”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
Não congelar.
O seu médico ou farmacêutico é responsável pela conservação deste medicamento.
São igualmente responsáveis pela eliminação correta de qualquer medicamento não
utilizado.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
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Qual a composição de Ropivacaína B. Braun
A substância ativa é o cloridrato de ropivacaína.
1 ml de Ropivacaína B. Braun contém 10 mg de cloridrato de ropivacaína (sob a
forma de cloridrato de ropivacaína mono-hidratada).
1 ampola de 10 ml de solução injetável contém 100 mg de cloridrato de ropivacaína
(sob a forma de cloridrato de ropivacaína mono-hidratada).
1 ampola de 20 ml de solução injetável contém 200 mg de cloridrato de ropivacaína
(sob a forma de cloridrato de ropivacaína mono-hidratada).
Os outros componentes são cloreto de sódio, ácido clorídrico 0,36% (para ajuste de
pH) e hidróxido de sódio 0,4% (para ajuste de pH), e água para preparações
injetáveis.
Qual o aspeto de Ropivacaína B. Braun e conteúdo da embalagem
Ropivacaína B. Braun é uma solução injetável, límpida e incolor disponível nas
seguintes apresentações:
10 ml ampolas de polietileno em embalagens de 20 unidades
20 ml ampolas de polietileno em embalagens de 20 unidades
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
B. Braun Melsungen AG
Carl-Braun-Strasse 1,
Endereço postal:
34212 Melsungen, Alemanha
34209 Melsungen, Alemanha
Telefone: + 49/5661/71-0
Fax: + 49/5661/71-4567
Fabricante
B. Braun Melsungen AG, Carl-Braun-Strasse 1
34212 Melsungen, Alemanha
B. Braun Medical, S.A., Carretera de Terrassa, 121
08191 Rubí (Barcelona), Espanha
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Ropivacaína HCl B. Braun 10 mg/ml solução injetável
Áustria,
Alemanha,
Luxemburgo:
Ropivacain-HCl
Braun
mg/ml
Injektionslösung
Bélgica:
Ropivacain HCl B. Braun 10 mg/ml oplossing voor injectie
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Dinamarca:
Ropivacain B. Braun 10 mg/ml
Finlândia:
Ropivacaine B. Braun 10 mg/ml injektioneste, liuos
França:
Ropivacaine B Braun 10 mg/ml, solution injectable en ampoule
Grécia:
Ropivacain HCl B. Braun 10 mg/ml solution for injection
Espanha:
Ropivacaína B. Braun 10 mg/ml solución inyectable
Países Baixos:
Ropivacain 10 mg/ml
Portugal:
Ropivacaína B. Braun 10 mg/ml solução injetável
Itália:
Ropivacaina B. Braun 10 mg/ml soluzione iniettabile
Suécia:
Ropivacain 10 mg/ml injektionsvätska, lösning
Este folheto foi revisto pela última vez em 06/2018
A informação que se segue destina-se apenas aos profissionais de saúde:
Modo de administração
Recomenda-se a aspiração cuidadosa antes e durante a injeção para prevenir injeção
intravascular. Quando se pretende injetar uma dose grande, recomenda-se uma dose de
teste de lidocaína com adrenalina (epinefrina). Uma injeção intravascular inadvertida
poderá ser reconhecida por um aumento temporário da frequência cardíaca e uma injeção
intratecal acidental através de sinais de um bloqueio espinhal.
O cloridrato de ropivacaína deve ser lentamente injetado ou então em doses incrementais,
a uma taxa de 25-50 mg/min, observando cuidadosamente as funções vitais do doente e
mantendo contacto verbal. Se ocorrerem sintomas tóxicos, a injeção deve ser
imediatamente parada.
Advertências
Os procedimentos anestésicos regionais devem ser sempre efetuados num local
adequadamente equipado e com profissionais especializados. O equipamento e
medicamentos necessários para monitorização e ressuscitação de emergência deverão
estar prontamente disponíveis.
Os doentes que recebam bloqueios significativos devem estar em condições ótimas e ter
uma linha intravenosa inserida antes do procedimento de bloqueio.
O médico responsável deverá tomar as precauções necessárias para evitar uma injeção
intravascular (ver RCM secção 4.2) e ter a formação adequada e estar familiarizado com
o diagnóstico e tratamento de efeitos indesejáveis, toxicidade sistémica e outras
complicações (ver RCM, secções 4.8 e 4.9), tais como uma injeção subaracnoide
inadvertida que poderá produzir um bloqueio espinhal alto com apneia e hipotensão.
Ocorreram convulsões principalmente após bloqueio do plexo braquial e bloqueio
epidural. É possível que isto seja o resultado de uma injeção intravascular acidental ou de
uma absorção rápida a partir do local de injeção.
O bloqueio significativo de nervos periféricos poderá implicar a administração de
grandes volumes de um anestésico local em zonas altamente vascularizadas,
geralmente próximo de grandes vasos onde existe um aumento do risco de injeção
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intravascular acidental e/ou de absorção sistémica rápida, que poderão levar a
elevadas concentrações plasmáticas.
Os doentes com hipovolemia devido a qualquer causa podem desenvolver hipotensão
súbita e grave durante a anestesia epidural, independentemente do anestésico local
utilizado.
Manuseamento
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo
com os requisitos locais. Apenas para utilização única.
Após a utilização, eliminar o recipiente assim como qualquer conteúdo não usado.
O medicamento deve ser inspecionado visualmente antes de utilizar.
Só deverá ser utilizado se a solução estiver límpida e incolor, e o recipiente e o fecho
não estiverem danificados.
Prazo de validade após a primeira abertura do recipiente
De um ponto de vista microbiológico, a menos que o método de abertura exclua o
risco
contaminação
microbiana,
medicamento
deverá
utilizado
imediatamente.
Caso não seja utilizado de imediato, os tempos e condições de conservação durante
o uso são da responsabilidade do utilizador.
Queira consultar o Resumo das Características do Medicamento para indicações
sobre incompatibilidades e informação de prescrição completa.
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Ropivacaína B. Braun 10 mg/ml solução injetável.
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
1 ml solução injetável contém 10 mg de cloridrato de ropivacaína (sob a forma de
cloridrato de ropivacaína mono-hidratada).
1 ampola de 10 ml de solução injetável contém 100 mg de cloridrato de ropivacaína sob
a forma de cloridrato de ropivacaina mono-hidratado.
1 ampola de 20 ml de solução injetável contém 200 mg de cloridrato de ropivacaína sob a
forma de cloridrato de ropivacaina mono-hidratado.
Excipientes com efeito conhecido:
Ropivacaína B. Braun 10 mg/ml solução injetável contém 2,7 mg/ml de sódio.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Solução injetável.
Límpida, solução incolor com um pH de 4 – 6 e uma osmolalidade de 270 – 320
mOsmol/kg.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
O medicamento é indicado em adultos e crianças com idade superior a 12 anos, para:
Anestesia cirúrgica:
- Bloqueio epidural para cirurgia, incluindo cesariana
- Bloqueio de nervos ”major”
- Bloqueios de campo
4.2 Posologia e modo de administração
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O cloridrato de ropivacaína deve apenas ser utilizado mediante supervisão clínica de
profissionais experientes em anestesia regional.
Em geral, a anestesia cirúrgica (por exemplo por administração epidural) requer a
utilização de concentrações e doses mais elevadas. Recomenda-se uma concentração de
10 mg/ml de cloridrato de ropivacaína para a anestesia epidural, nos casos em que um
bloqueio motor completo seja essencial para a cirurgia,. Para analgesia (por exemplo
administração epidural no controlo da dor aguda), são recomendadas menores
concentrações e doses.
Posologia
Adultos e adolescentes com idade superior a 12 anos
A tabela seguinte é um guia para a dosagem para os bloqueios utilizados com maior
frequência no adulto médio. Deve consultar-se a literatura padrão para fatores que afetam
técnicas de bloqueio específicas e para requisitos individuais do doente. Deve ser
utilizada a menor dose necessária para produzir um bloqueio efetivo. A experiência do
clínico e o conhecimento do estado físico do doente são importantes na decisão da
posologia.
Concentração
de cloridrato
ropivacaína
Volume
Dose
de cloridrato
de ropivacaína
Início
de ação
Duração
mg/ml
minutos
horas
ANALGESIA CIRURGICA
Administração Epidural Lombar
Cirurgia
10,0
15-25
15-20
113-188
150-200
10-20
10-20
Cesariana
15-20
113-1501)
10-20
Administração Epidural Torácica
Para estabelecer um
bloqueio para alívio
da dor pós-operatória
5-15
(dependen
te do nível
injeção)
38-113
10-20
n/a2)
Bloqueio do Nervo “Major” *
Bloqueio do plexo
braquial
30-40
225-3003)
10-25
6-10
Bloqueio de Campo
(por exemplo,
bloqueio do nervo
“minor” e infiltração)
1-30
7,5-225
1-15
(1) Dose inicial de aproximadamente 100 mg (13 ml - 14 ml) de cloridrato de ropivacaína
deve ser administrada durante 3–5 minutos. Duas doses extra, no total adicional de 50 mg,
podem ser administradas, se necessário.
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(2) n/a = não aplicável
(3) Apenas é possível fazer uma recomendação posológica para o bloqueio do plexo
braquial. Para outros bloqueios do nervos “major”, são necessárias doses menores.
A dose para o bloqueio do nervo “major” deve ser ajustada de acordo com o local
de administração e o estado do doente. Os bloqueios do plexo braquial interescaleno e
supraclavicular podem estar associados a maior frequência de reações adversas graves,
independentemente do anestésico local utilizado, ver secção 4.4)
No bloqueio epidural para cirurgia, foram utilizadas doses únicas até 250 mg de
cloridrato de ropivacaína e foram bem toleradas.
A utilização de concentrações acima de 7,5 mg/ml de cloridrato de ropivacaína não foram
documentadas para cesariana.
Após a utilização de 40 ml de cloridrato de ropivacaína 7,5 mg/ml para o bloqueio do
plexo braquial, a máxima concentração plasmática de ropivacaína, nalguns doentes,
atingiu o nível de moderada toxicidade do SNC. Doses acima de 40 ml de Cloridrato de
ropivacaína 7,5 mg/ml (300 mg de ropivacaína) não são, por este motivo, recomendadas.
Quando se utilizam bloqueios mais prolongados, tanto por perfusão contínua com através
de administrações repetidas de bólus, deve ser considerado o risco de atingir uma
concentração plasmática tóxica ou de indução da lesão neural local. Doses cumulativas
até 675 mg de cloridrato de ropivacaína, administradas durante 24 horas, na cirurgia e na
analgesia pós-operatória foram bem toleradas em adultos, bem como perfusões epidurais
contínuas pós-operatórias, nas velocidades de perfusão até 28 mg/hora de cloridrato de
ropivacaína durante 72 horas. Num número limitado de doentes, doses superiores até 800
mg/dia têm sido administradas com relativamente poucas reações adversas.
A duração máxima do bloqueio epidural é de 3 dias.
Combinação com opioides:
Nos estudos clínicos foi administrada uma perfusão epidural de cloridrato de ropivacaína
de 2 mg/ml misturada com fentanil 1-4
g/ml para o controlo da dor pós-operatória de até
72 horas. A combinação de ropivacaína e fentanil administrada melhorou o alívio da dor
mas causou efeitos indesejáveis opioides. A combinação de ropivacaína e de fentanil foi
investigada apenas para cloridrato de ropivacaína 2 mg/ml.
População pediátrica
A utilização de ropivacaína 7,5 mg/ml e 10 mg/ml poderá estar associada a
acontecimentos tóxicos sistémicos e centrais. As dosagens mais baixas (2 mg/ml,
5 mg/ml) são mais apropriadas para administração nesta população.
Modo de administração
Para uso perineural e epidural.
É recomendada a aspiração antes e depois da injeção, para prevenir a injeção
intravascular.
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Quando se pretende administrar uma dose elevada, é recomendada uma dose teste de
lidocaína com adrenalina (epinefrina)). Uma injeção intravascular inadvertida pode ser
reconhecida por um aumento temporário da frequência cardíaca e uma injeção intratecal
acidental por de sinais de bloqueio espinal.
Cloridrato de ropivacaína deve ser injetado lentamente ou em doses incrementais, a uma
taxa de 25-50 mg/min, enquanto se monitoriza rigorosamente as funções vitais do doente
e se mantém o contacto verbal.
Se ocorrerem sinais tóxicos, a injeção deve ser imediatamente interrompida.
4.3 Contraindicações
- Hipersensibilidade à ropivacaína, a outros anestésicos locais do tipo amida ou a
qualquer dos excipientes mencionados na secção 6.1.
- As contraindicações gerais relacionadas com anestesia regional, incluindo anestesia
neuraxial, devem ser tidas em consideração
- Anestesia regional intravenosa (bloqueio de Bier)
- Anestesia paracervical obstétrica
- Hipovolemia
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Os procedimentos anestésicos regionais devem ser sempre ser realizados em locais
adequadamente equipados, munidos de pessoal especializado. Devem encontrar-se
imediatamente disponíveis equipamentos e medicamentos necessários à monitorização e
ressuscitação de emergência.
Doentes a receber bloqueios “major” devem encontrar-se numa condição ótima e devem
possuir uma via intravenosa inserida antes do se proceder ao bloqueio.
O clínico responsável deve tomar as precauções necessárias para evitar uma injeção
intravascular (ver secção 4.2) e deve estar adequadamente formado e familiarizado com o
diagnóstico e tratamento dos efeitos secundários, toxicidade sistémica e outras
complicações (ver secções 4.8 e 4.9) tais como injeção subaracnóidea inadvertida que
pode produzir um bloqueio espinal elevado com apneia e hipotensão. Ocorreram
convulsões mais frequentemente após bloqueio do plexo braquial e bloqueio epidural.
Isto é provável que seja o resultado de uma injeção intravascular acidental ou de uma
rápida absorção do local de injeção.
Devem ser tomadas precauções para evitar a injeção em áreas inflamadas.
Risco Cardiovascular
Doentes tratados com medicamentos antiarrítmicos da classe III (por ex. amiodarona)
devem ser submetidos a monitorização rigorosa e deve ser considerada a monitorização
por ECG, dado que os efeitos cardíacos podem ser aditivos.
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Raramente foram reportados casos de paragem cardíaca durante o uso de cloridrato de
ropivacaína na anestesia epidural ou bloqueio nervoso periférico, especialmente após
administração intravascular acidental em doentes idosos e em doentes com patologia
cardíaca concomitante. Nalguns casos, foi difícil a ressuscitação. Se ocorrer paragem
cardíaca, podem ser necessários esforços mais prolongados para a manobra de
ressuscitação, de forma a aumentar a possibilidade eficácia deste processo.
Bloqueio dos nervos da região da cabeça e do pescoço
Certos procedimentos anestésicos locais, tais como injeções nas regiões da cabeça e do
pescoço, podem ser associados a uma maior frequência de reações adversas graves,
independentemente do anestésico local utilizado.
Bloqueios dos nervos periféricos “major”
O bloqueio dos nervos periféricos “major” pode implicar a administração de elevados
volumes de anestésico local em áreas altamente vascularizadas, frequentemente próximas
de vasos sanguíneos de elevado calibre, onde existe um risco acrescido de injeção
intravascular e/ou absorção sistémica rápida, o que pode originar elevadas concentrações
plasmáticas.
Hipovolemia
Doentes com hipovolemia devido a qualquer etiologia podem desenvolver hipotensão
repentina e grave, durante a anestesia epidural, independentemente do anestésico local
utilizado.
Doentes em mau estado geral
Doentes em mau estado geral, devido a idade avançada ou outros fatores
comprometedores, tais como, bloqueio parcial ou total da condução cardíaca, doença
hepática avançada ou insuficiência renal grave, exigem precaução especial, apesar dos
anestésicos regionais serem frequentemente indicados nestes doentes.
Doentes com compromisso hepático e renal
A ropivacaína é metabolizada no fígado e deve, por isso, ser utilizada com precaução nos
doentes com doença hepática grave; doses repetidas podem ter que ser reduzidas devido
ao atraso na eliminação. Normalmente não é necessário modificar a posologia em doentes
com insuficiência renal quando administrados em dose única ou em tratamentos de curta
duração.
Acidose e redução da concentração proteica plasmática, efeitos frequentemente
observados nos doentes com insuficiência renal crónica, podem aumentar o risco de
toxicidade sistémica.
Porfiria aguda
A ropivacaína é possivelmente porfirinogénica e deve apenas ser prescrita a doentes com
porfiria aguda em situações em que não está disponível alternativa mais segura. Devem
ser tomadas precauções apropriadas no caso de doentes vulneráveis, de acordo com a
literatura de referência e/ou por consulta de peritos da área na patologia.
APROVADO EM
07-07-2018
INFARMED
Condrólise
Houve comunicações pós-comercialização de condrólise em doentes a receberem
perfusão contínua intra-articular pós-operatória de anestésicos locais. A maioria dos
casos comunicados de condrólise envolveram a articulação do ombro. A perfusão
contínua intra-articular não é uma indicação aprovada para Ropivacaína B. Braun. A
perfusão contínua intra-articular com Ropivacaína B. Braun deve ser evitada, uma vez
que a segurança e eficácia não foram estabelecidas.
Administração prolongada
A administração prolongada de ropivacaína deve ser evitada em doentes
concomitantemente tratados com potentes inibidores da CYP1A2, tais como fluvoxamina
e enoxacina (ver secção 4.5).
Advertências e precauções especiais relacionadas com os excipientes
Este medicamento contém 2,7 mg de sódio por ml, equivalente a 0,14% da ingestão
diária máxima recomendada pela OMS de 2 g de sódio para um adulto.
População pediátrica
A segurança e eficácia de ropivacaína 10 mg/ml não foi estabelecida para crianças com
menos de 12 anos.
Os recém-nascidos podem necessitar de atenção especial devido à imaturidade dos
processos metabólicos. As grandes variações nas concentrações plasmáticas de
ropivacaína, observadas nos ensaios clínicos realizados em recém-nascidos, sugerem que
pode existir um risco aumentado de toxicidade sistémica neste grupo etário.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
O cloridrato de ropivacaína deve ser utilizado com precaução em doentes em tratamento
com outros anestésicos ou agentes estruturalmente relacionados com os anestésicos locais
do tipo amida, por exemplo, certos anti-arrítmicos, tais como lidocaína e mexiletina, dado
que os efeitos tóxicos sistémicos são aditivos. O uso simultâneo de cloridrato de
ropivacaína com anestésicos gerais ou opioides podem-se potenciar os efeitos adversos
de cada um. Não foram efetuados estudos de interação específicos com a ropivacaína e os
medicamentos anti-arrítmicos de classe II (por ex. amiodarona), mas é aconselhável
precaução (ver também secção 4.4).
O Citocromo P450 (CYP) 1A2 está envolvido na formação de 3-hidroxi -ropivacaína, o
maior metabolito. In vivo a depuração plasmática de ropivacaína foi reduzida até 77%
durante a coadministração de fluvoxamina, um potente inibidor seletivo do CYP1A2. A
administração prolongada de ropivacaína deve ser evitada em doentes tratados
concomitantemente com potentes inibidores do CYP1A2, tais como a fluvoxamina e a
enoxacina, uma vez que podem interagir com o cloridrato de ropivacaína (ver secção
4.4).
APROVADO EM
07-07-2018
INFARMED
In vivo, a depuração plasmática de ropivacaína foi reduzida cerca de 51% durante a
coadministração com cetoconazol, um potente e seletivo inibidor do CYP3A4. Contido,
não é provável que a inibição desta isoenzima tenha relevância clínica.
In vitro, ropivacaína é um inibidor competitivo do CYP2D6 mas não parece inibir esta
isoenzima nas concentrações plasmáticas obtidas clinicamente
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Com exceção da administração epidural na indicação obstétrica, não existem dados
adequados sobre a utilização de ropivacaína na gravidez humana. Estudos experimentais
em animais não indicam haver efeitos prejudiciais diretos ou indiretos no que respeita a
toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3)
Amamentação
Não existe informação suficiente quanto à excreção da ropivacaína no leite materno.
Fertilidade
Não existem dados clínicos disponíveis.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de condução e utilização de
máquinas. Dependendo da dose, os anestésicos locais podem ter menor influência sobre a
função mental e a coordenação, mesmo na ausência de toxicidade evidente sobre o SNC,
podendo afetar temporariamente a locomoção e o estado de alerta.
4.8 Efeitos indesejáveis
O perfil de reações para o cloridrato de ropivacaína é similar ao de outros anestésicos
locais do tipo amida de longa duração de ação.
As reações adversas devem ser distinguidas dos efeitos fisiológicos do próprio bloqueio
nervoso, por exemplo, uma hipotensão e bradicardia observadas durante o bloqueio
espinal / epidural
A percentagem de doentes em que pode ser expectável desenvolverem reações adversas
varia com a via de administração de cloridrato de ropivacaína. As reações adversas de
cloridrato de ropivacaína, sistémicas e localizadas, geralmente ocorrem devido a
sobredosagem, uma rápida absorção ou uma injeção intravascular inadvertida.
As reações adversas mais frequentemente reportadas, náuseas e hipotensão, são muito
frequentes durante a anestesia e a cirurgia no geral e não é possível distinguir as que são
causadas pela situação clínica das que são causadas pelo medicamento ou pelo tipo de
bloqueio.
APROVADO EM
07-07-2018
INFARMED
Tabela de reações adversas
Muito frequentes
1/10)
Frequentes
1/100 to <1/10)
Pouco frequentes
1/1 000 to < 1/100)
Raros
1/10 000 to < 1/1 000)
Muito raros
(< 1/10 000)
Desconhecido
(não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis)
Dentro de cada classe de sistemas de órgãos, as reações adversas foram classificadas por
frequências, as reações mais frequentes são referidas em primeiro lugar.
Classe de sistemas de
órgãos
Doenças do sistema
imunitário
Raros
reações alérgicas (urticária, edema angioneurótico e reação
anafilática até choque anafilático)
Perturbações do foro
psiquiátrico
Pouco frequentes
ansiedade
Doenças do sistema
nervoso
Frequentes
parestesia, tonturas, cefaleias
Pouco frequentes
sintomas de toxicidade do SNC (convulsões, convulsões de
grande mal, tonturas, ataques repentinos, sensação de cabeça
vazia, parestesia circumoral, dormência da língua, hiperacusia,
acufeno, alterações na visão, contrações musculares, disartria,
tremor, hipoestesia)*
Desconhecidos
Discinesia
Cardiopatias
Frequentes
bradicardia, taquicardia
Raros
paragem cardíaca, arritmias
Vasculopatias
Muito frequentes
hipotensão
Frequentes
hipotensão (crianças), hipertensão
Pouco frequentes
síncope
Doenças respiratórias,
torácicas e do mediastino
Pouco frequentes
dispneia
Doenças gastrointestinais
Muito frequentes
náuseas, vómitos (crianças)
Frequentes
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INFARMED
vómitos
Afeções
musculosqueléticas e dos
tecidos conjuntivos
Frequentes
Dor de costas
Doenças renais e urinárias
Frequentes
retenção urinária
Perturbações gerais e
alterações no local de
administração
Frequentes
elevação da temperatura, arrepios
Pouco frequentes
hipotermia
* Estes sintomas normalmente ocorrem devido à injeção intravascular inadvertida,
sobredosagem ou absorção rápida (ver secção 4.9).
Reações adversas relacionadas com a classe
Complicações neurológicas
Neuropatia e disfunções do cordão espinal (por exemplo síndroma da artéria espinal
anterior, aracnoidite, síndroma da cauda equina), que podem resultar em casos raros de
sequelas permanentes, têm sido associadas a anestesia regional, independentemente do
anestésico local utilizado.
Bloqueio espinal total
O bloqueio espinal total pode ocorrer se uma dose epidural for inadvertidamente
administrada por via intratecal.
População pediátrica:
Espera-se que a frequência, tipo e gravidade das reações adversas em crianças sejam
iguais às dos adultos, com a exceção da hipotensão, que ocorre menos frequentemente em
crianças (<1 em cada 10) e vómitos, que ocorrem mais frequentemente em crianças (>1
em cada 10).
Em crianças, os sinais precoces de toxicidade por anestésicos locais podem ser difíceis de
detetar, uma vez que podem ser incapazes de os expressar verbalmente (ver também
secção 4.4).
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco
do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas
de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos,
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
APROVADO EM
07-07-2018
INFARMED
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 43
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97,
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage,
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Sintomas
Toxicidade sistémica aguda
As reações tóxicas sistémicas envolvem primariamente o Sistema Nervoso Central (SNC)
e o Sistema Cardiovascular. Tais reações são provocadas por elevadas concentrações
sanguíneas de um anestésico local, que pode ocorrer (de forma acidental) devido a
injeção intravascular, sobredosagem ou absorção excecionalmente rápida por áreas
altamente vascularizadas (ver secção 4.4) As reações associadas ao SNC são similares
para todos os anestésicos locais do tipo amida, enquanto que as reações cardíacas são
mais dependentes do medicamento, tanto quantitativa como qualitativamente.
A injeção intravascular acidental de anestésicos locais pode causar reações tóxicas
sistémicas imediatas (em poucos segundos a alguns minutos). No caso de ocorrer uma
sobredosagem, as concentrações plasmáticas máximas não devem ser alcançadas ao fim
de uma ou duas horas, dependendo do local de injeção, pelo que os sinais de toxicidade
podem assim ser retardados.
Pode ser difícil de detetar os sinais precoces de toxicidade provocada pelos anestésicos
locais pode se o bloqueio ocorrer durante a anestesia geral.
Sistema Nervoso Central
A toxicidade sobre o Sistema Nervoso Central é uma resposta graduada com sinais e
sintomas de gravidade progressivamente mais acentuada. Inicialmente surgem sintomas
como perturbações visuais ou auditivas, entorpecimento perioral, tonturas, sensação de
cabeça leve, zumbidos e parestesias. A disartria, rigidez muscular e contrações
musculares são mais graves e podem preceder o aparecimento de convulsões
generalizadas. Estes sinais não devem ser confundidos com uma patologia neurológica de
base. Subsequentemente pode ocorrer perda da consciência e convulsões tónico-clónicas
(do tipo grande mal), que podem durar por poucos segundos até vários minutos. Durante
as convulsões ocorrem rapidamente hipoxia e hipercapnia devido ao aumento da
atividade muscular, juntamente com a interferência com a respiração. Em casos graves
pode mesmo surgir apneia. A acidose respiratória e metabólica aumenta e prolonga os
efeitos tóxicos dos anestésicos locais.
A recuperação segue-se à redistribuição do medicamento anestésico local a partir do
Sistema Nervoso Central, e subsequente metabolismo e excreção. A recuperação pode ser
rápida, salvo se tiverem sido injetadas grandes quantidades do fármaco.
APROVADO EM
07-07-2018
INFARMED
Toxicidade cardiovascular
A toxicidade cardiovascular indicia uma situação mais grave. Podem ocorrer hipotensão,
bradicardia, arritmia e mesmo paragem cardíaca como resultado de elevadas
concentrações sistémicas de anestésicos locais. Em voluntários, a perfusão intravenosa de
ropivacaína desencadeou sinais de depressão da condução e contractilidade cardíaca.
Os efeitos tóxicos cardiovasculares são geralmente precedidos por sinais de toxicidade no
Sistema Nervoso Central, a não ser que o doente esteja a receber um anestésico geral ou
se encontre sob intensa sedação com medicamentos como as benzodiazepinas ou os
barbitúricos.
Tratamento
Os equipamentos e medicamentos necessários para a monitorização e reanimação de
emergência devem estar imediatamente disponíveis.
Se surgirem sinais de toxicidade sistémica aguda, a injeção do anestésico local deve ser
imediatamente interrompida e os sintomas do SNC (convulsões, depressão do SNC) têm
de ser prontamente tratados com o suporte respiratório apropriado e com a administração
de medicamentos anticonvulsivantes.
Se ocorrer paragem circulatória, deve instituir-se de imediato ressuscitação
cardiopulmonar. Reveste-se de vital importância manter uma oxigenação ótima e assistir
a ventilação e circulação, bem como proceder ao tratamento da acidose.
Se ocorrer depressão cardiovascular (hipotensão, bradicardia), deve ser considerado o
tratamento adequado com fluidos intravenosos, vasopressores e/ou agentes inotrópicos.
Caso ocorra paragem cardíaca, pode ser necessário prolongar o tempo de manobras de
reanimação para um resultado bem sucedido.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 2.2 Sistema Nervoso Central, Anestésicos locais
Código ATC: N01BB09
A ropivacaína é um anestésico local de longa ação do tipo amida que exerce efeitos tanto
anestésicos como analgésicos. Em doses elevadas, a ropivacaína produz anestesia
cirúrgica, enquanto que em doses mais baixas produz bloqueio sensorial com bloqueio
motor limitado e não progressivo.
O mecanismo consiste numa redução reversível da permeabilidade da membrana da fibra
nervosa aos iões sódio. Consequentemente, a velocidade de despolarização é diminuída e
o limiar excitável aumentado, resultando num bloqueio local dos impulsos nervosos.
A principal característica da ropivacaína é a sua longa duração de ação. O início e a
duração da eficácia do anestésico local são dependentes do local de administração e da
dose, mas não são influenciadas pela presença de um vasoconstritor (por exemplo,
APROVADO EM
07-07-2018
INFARMED
adrenalina). Para mais informações sobre o início e duração da ação da ropivacaína, ver
secção 4.2.
Voluntários saudáveis expostos a perfusões intravenosas toleraram bem a ropivacaína em
doses baixas, apresentando sintomas previsíveis ao nível do SNC com a dose máxima
tolerada. A experiência clínica com este fármaco indica uma boa margem de segurança
quando adequadamente utilizado nas doses recomendadas.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A ropivacaína possui um centro quiral e está disponível sob a forma de S-(-)-enantiómero
puro. É altamente lipossolúvel. Todos os metabolitos exercem um efeito anestésico local
mas a sua potência é consideravelmente menor e a sua duração mais curta do que a da
ropivacaína.
Absorção
A concentração plasmática de ropivacaína depende da dose, da via de administração e da
vascularização do local de injeção. A ropivacaína, quando administrada por via
intravenosa, segue uma cinética linear e a concentração plasmática máxima Cmax é
proporcional à dose até 80 mg.
A ropivacaína mostra uma absorção completa e bifásica a partir do espaço epidural,
sendo as semividas das duas fases da ordem dos 14 minutos e das 4 horas, no adulto. A
absorção lenta é o fator limitativo da velocidade na eliminação da ropivacaína, o que
explica o motivo pelo qual a semivida aparente de eliminação é mais prolongada após a
administração epidural do que após a administração intravenosa.
Observou-se um aumento das concentrações plasmáticas totais durante a perfusão
epidural contínua e perfusão interescalena relacionada com o aumento pós-operatório da
1-glicoproteína ácida.
As variações na concentração do fármaco não ligado, ou seja, farmacologicamente ativo,
foram muito inferiores à concentração plasmática total.
Considerando que a ropivacaína possui uma taxa de extração hepática intermédia a baixa,
a sua taxa de eliminação deverá depender da concentração plasmática da fração não
ligada. Um aumento pós-operativo nas AAG irá diminuir a fração não ligada devido a um
aumento da ligação às proteínas, o que originará uma diminuição da depuração total e
resulta num aumento das concentrações plasmáticas totais, como observado tanto em
estudos pediátricos como em estudos com adultos. A depuração da fração não ligada de
ropivacaína permanece inalterada como ilustrado pela estabilidade das concentrações da
fração não ligada durante a perfusão pós-operatória. É a concentração plasmática da
fração não ligada que está relacionada com os efeitos farmacodinâmicos sistémicos e
toxicidade.
Distribuição
APROVADO EM
07-07-2018
INFARMED
A ropivacaína apresenta uma depuração plasmática total média na ordem de 440 ml/min,
uma depuração renal de 1 ml/min, um volume de distribuição no estado de equilíbrio de
47 litros, e uma semivida terminal de 1,8 h após administração IV. A ropivacaína
apresenta uma razão de extração hepática intermédia de cerca de 0,4. Está
predominantemente ligada no plasma à
1-glicoproteína ácida, sendo a fração não ligada
de aproximadamente 6%.
A ropivacaína atravessa prontamente a placenta, atingindo-se rapidamente o equilíbrio
relativamente à concentração da fração não ligada. O grau de ligação às proteínas
plasmáticas é menor no feto comparativamente à mãe, o que resulta numa menor
concentração plasmática total no feto do que na mãe.
Biotransformação e eliminação
A ropivacaína é extensamente metabolizada, predominantemente por hidroxilação
aromática. No total, 86% da dose é excretada na urina após administração intravenosa,
dos quais somente cerca de 1% dizem respeito ao fármaco inalterado. O metabolito
principal é a 3-hidroxi-ropivacaína, do qual cerca de 37% é excretado na urina,
maioritariamente sob a forma conjugada. A excreção urinária da 4-hidroxi-ropivacaína, o
metabolito N-desalquilado (PPX) e o metabolito 4-hidroxi-desalquilado é de 1-3%. A 3-
hidroxi-ropivacaína nas formas conjugada e não conjugada revela apenas concentrações
detetáveis no plasma.
Foi encontrado um padrão similar de metabolitos nas crianças com idade superior a um
ano.
A insuficiência renal tem pouca ou nenhuma influência na farmacocinética da
ropivacaína. A depuração renal do PPX está significativamente correlacionada com a
depuração da creatinina. A falta de correlação entre a exposição total, expressa como
AUC, com depuração da creatinina indica que a depuração total do PPX inclui uma
eliminação não renal para além da excreção renal. Alguns doentes com insuficiência
renal podem apresentar um aumento da exposição ao PPX, resultante de uma depuração
não renal baixa. Devido à toxicidade reduzida do PPX sobre o SNC comparativamente
com a ropivacaína, as consequências clínicas são consideradas desprezáveis no
tratamento a curto prazo. Os doentes com doença renal em fase terminal submetidos a
diálise não foram estudados.
Não há evidência de racemização in vivo da ropivacaína.
Idosos
A depuração plasmática da ropivacaína é reduzida e a semivida de eliminação é
prolongada nesta população. Por isso, quando injetada continuamente, a dose deve ser
individualizada (eventualmente reduzida) para evitar a acumulação da ropivacaína.
População pediátrica
A farmacocinética da ropivacaína foi caracterizada numa população selecionada de 192
crianças, com idades compreendidas entre os 0 e os 12 anos, com base na análise dos
dados da farmacocinética. A taxa de depuração da ropivacaína não-ligada e do PPX e o
volume de distribuição da ropivacaína não-ligada, dependem tanto do peso corporal como
APROVADO EM
07-07-2018
INFARMED
da idade, até à maturidade da função hepática, passando a depender largamente, a partir
desse momento, do peso corporal. A maturação da depuração da ropivacaína não-ligada
parece ficar completa perto dos 3 anos de idade, enquanto que do PPX, perto de 1 ano de
idade e o volume de distribuição da ropivacaína não-ligada perto dos 2 anos de idade. O
volume de distribuição do PPX não-ligado depende apenas do peso corporal.
Considerando que o PPX possui um tempo de semivida superior e uma taxa de depuração
menor, pode ocorrer acumulação durante a perfusão epidural.
Para idades superiores a 6 meses, a depuração da fração não-ligada da ropivacaína atinge
valores na ordem dos valores atingidos pelos adultos. Os valores da taxa de depuração
total (CL) de ropivacaína, dispostos na tabela seguinte, são os não afetados pelo aumento
pós-operatório da AAG.
Parâmetros farmacocinéticos estimados derivados a partir da análise PK da população
pediátrica selecionada.
Club
CL d
t 1/2e
t 1/2ppx f
Grupo
etário
(l/h/kg)
(l/kg)
(l/h/kg)
Recém-
nascidos
3,27
2,40
21,86
0,096
43,3
1 mês
4,29
3,60
25,94
0,143
25,7
6 meses
7,85
8,03
41,71
0,320
14,5
1 ano
10,15
11,32
52,60
0,451
13,6
4 anos
16,69
15,91
65,24
0,633
15,1
10 anos
32,19
13,94
65,57
0,555
17,8
a peso corporal médio para a idade respetiva proveniente da base de dados da OMS.
b depuração da ropivacaína não-ligada
c Volume de distribuição da ropivacaína não-ligada
d Depuração da ropivacaína total
e Semivida terminal da ropivacaína
f Semivida terminal da PPX
A simulação da média da concentração plasmática máxima da fração não-ligada (Cumax)
após um bloqueio caudal único é tendencialmente superior em recém-nascidos e o tempo
para se atingir a Cumax (tmax) diminui com o aumento da idade.
A simulação da média da concentração plasmática máxima da fração livre, no final das
72 h de perfusão epidural contínua, nas doses recomendadas, mostrou também níveis
superiores em recém-nascidos comparativamente aos valores em bebés e crianças (ver
secção 4.4).
Médias simuladas e intervalos observados de Concentração Plasmática máxima da fração
não-ligada CuMax, após bloqueio caudal único
Grupo etário
Dose
Cumaxa
tmaxb
Cumaxc
APROVADO EM
07-07-2018
INFARMED
(mg/kg)
(mg/l)
(mg/l)
0-1 mês
2,00
0,0582
2.00
0,05-0,08 (n=5)
1-6 meses
2,00
0,0375
1.50
0,02-0,09 (n=18)
6-12 meses
2,00
0,0283
1.00
0,01-0,05 (n=9)
1-10 anos
2,00
0,0221
0.50
0,01-0,05 (n=60)
a Concentração plasmática máxima da fração não-ligada.
b Tempo para atingir a concentração plasmática máxima da fração não-ligada.
c Concentração plasmática máxima da fração não-ligada observada e dose-normalizada.
Aos 6 meses, que é o limite para a mudança na taxa de dose recomendada para a perfusão
epidural contínua, a depuração do cloridrato de ropivacaína não-ligado atingiu 34% e o
PPX não-ligado atingiu 71% do seu valor após maturação. A exposição sistémica é
superior em recém-nascidos e é também um pouco elevada em bebés entre 1 mês e 6
meses de idade, quando comparados com crianças mais velhas, sendo que tal está
relacionado com a imaturidade da sua função hepática.
No entanto, tal é parcialmente compensado pela taxa de dose recomendada ser reduzida
em 50% para a perfusão contínua em bebés com menos de 6 meses de idade.
Simulações da soma das concentração plasmáticas da forma não-ligada de ropivacaína e
PPX, baseadas nos parâmetros farmacocinéticos e na sua variância na análise
populacional, indicam que para um bloqueio caudal único a dose recomendada deve ser
aumentada num fator de 2,7 no grupo mais jovem e num fator de 7,4 no grupo dos 1-10
anos, de forma a que a previsão do limite superior do intervalo de confiança 90% atinja o
limiar da toxicidade sistémica. Os fatores correspondentes para a perfusão epidural
contínua são 1,8 e 3,8, respetivamente.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos
convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade
e toxicidade reprodutiva e desenvolvimento para além dos que seriam de esperar com
base na ação farmacodinâmica de doses elevadas de ropivacaína (por ex. sinais a nível do
SNC, incluindo convulsões e cardiotoxicidade).
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Cloreto de sódio
Ácido clorídrico 0,36% (para ajuste de pH)
Hidróxido de sódio 0,4% (para ajuste de pH)
Água para preparações injetáveis
6.2 Incompatibilidades
APROVADO EM
07-07-2018
INFARMED
Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado
com outros medicamentos.
6.3 Prazo de validade
30 meses.
- Após primeira abertura do recipiente:
De um ponto de vista microbiológico, a menos que o método de abertura exclua o risco
de contaminação microbiana, o medicamento deve ser imediatamente utilizado. Caso não
seja imediatamente utilizado, o tempo e condições de conservação durante o uso são da
responsabilidade do utilizador.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não congelar.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Ampolas de polietileno (LDPE) de 10 ml e 20 ml em caixas de 20 unidades.
As ampolas de polietileno de baixa densidade (LDPE) são especialmente desenhadas para
se adaptarem a fechos Luer e seringas com adaptador Luer.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Qualquer medicamento não utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com
as exigências locais.
Para utilização única.
O medicamento deve ser inspecionado visualmente antes de utilizar.
Utilizar apenas se a solução estiver límpida e incolor e o recipiente e o fecho não
estiverem danificados.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
B. Braun Melsungen AG
Carl-Braun-Strasse 1,
34212 Melsungen
Alemanha
Endereço postal:
34209 Melsungen
Alemanha
APROVADO EM
07-07-2018
INFARMED
Telefone: + 49/5661/71-0
Fax: + 49/5661/71-4567
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Registo no INFARMED I.P. n.º 5341458 - Ampolas de polietileno 10 ml – 20 unidades
Registo no INFARMED I.P. n.º 5341466 - Ampolas de polietileno 20 ml – 20 unidades
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 27 de outubro de 2010
Data da última renovação:
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
04/2018