Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
22-06-2012
22-06-2012
APROVADO EM
22-06-2012
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Ropinirol Ciclum 2 mg comprimidos de libertação prolongada
Ropinirol Ciclum 4 mg comprimidos de libertação prolongada
Ropinirol Ciclum 8 mg comprimidos de libertação prolongada
Ropinirol
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico
Neste folheto:
1. O que é Ropinirol Ciclum e para que é utilizado
2. Antes de tomar Ropinirol Ciclum
3. Como tomar Ropinirol Ciclum
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Ropinirol Ciclum
6. Outras informações
1. O QUE É ROPINIROL CICLUM E PARA QUE É UTILIZADO
A substância ativa de Ropinirol Ciclum é o ropinirol, o qual pertence a um grupo de
medicamentos denominados agonistas dopaminérgicos. Os agonistas dopaminérgicos
atuam no cérebro de uma forma semelhante a uma substância natural chamada dopamina.
Ropinirol Ciclum comprimidos de libertação prolongada é utilizado no tratamento da
doença de Parkinson.
As pessoas com doença de Parkinson têm baixos níveis de dopamina em algumas zonas
do seu cérebro. O ropinirol tem um efeito semelhante ao da dopamina natural pelo que
ajuda a reduzir os sintomas da doença de Parkinson.
2. ANTES DE TOMAR ROPINIROL CICLUM
Não tome Ropinirol Ciclum:
- se tem alergia (hipersensibilidade) ao ropinirol ou a qualquer outro componente de
Ropinirol Ciclum (ver secção 6).
- se tem uma doença grave no rim.
- se tem uma doença no fígado.
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Informe o seu médico se algum destes critérios se aplica a si.
Tome especial cuidado com Ropinirol Ciclum
Antes de tomar Ropinirol Ciclum o ser médico necessita de saber:
- se está grávida ou pensa que pode estar grávida
- se está a amamentar
- se tem menos de 18 anos de idade
- se tem um problema grave de coração
- se tem um problema grave de saúde mental (doenças psiquiátricas)
- se sentiu quaisquer impulsos e/ou comportamentos invulgares (como jogo excessivo ou
comportamento sexual excessivo).
- se tem intolerância a alguns açúcares (ex. lactose)
Informe o seu médico se acha que algum destes critérios se aplica a si. O seu médico
poderá decidir que Ropinirol Ciclum não é adequado para si, ou que necessita de
vigilância adicional enquanto o está a tomar.
Enquanto estiver a tomar Ropinirol Ciclum
Informe
médico
notar,
família
notar,
está
desenvolver
comportamentos invulgares (como um impulso invulgar para jogar ou aumento dos
impulsos e/ou dos comportamentos sexuais) enquanto tomar Ropinirol Ciclum. O seu
médico poderá necessitar de ajustar a dose ou interromper o tratamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Ropinirol Ciclum pode causar sonolência. Pode fazer com que as pessoas se sintam
extremamente sonolentas, e por vezes provoca adormecimento súbito sem aviso.
Se puder ser afetado: não conduza, não utilize máquinas e não se coloque numa situação
em que a sonolência ou o adormecimento poderá colocá-lo a si (ou a outras pessoas) em
risco de lesão grave ou morte. Não se envolva neste tipo de atividades até deixar de estar
afetado por estes sintomas.
Fale como seu médico caso esta situação lhe cause problemas.
Tabagismo e Ropinirol Ciclum
Informe o seu médico caso tenha começado a fumar ou deixado de fumar durante o
tratamento com Ropinirol Ciclum. O seu médico poderá necessitar de ajustar a dose.
Ao tomar Ropinirol Ciclum com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente
outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Lembre-se de informar o seu médico ou farmacêutico se começou a tomar um novo
medicamento durante o tratamento com Ropinirol Ciclum.
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Alguns medicamentos poderão afetar a forma como Ropinirol Ciclum acua, ou tornar os
efeitos secundários mais frequentes. Ropinirol Ciclum poderá também afetar a forma
como outros medicamentos atuam.
Estes medicamentos incluem:
- o antidepressivo fluvoxamina
- medicação para outros problemas de saúde mental, por ex. sulpirida
- THS (terapêutica hormonal de substituição)
- metoclopramida, utilizada no tratamento de náuseas e azia
- os antibióticos ciprofloxacina ou enoxacina
- qualquer outro medicamento para a doença de Parkinson
Informe
médico
caso
esteja
tomar
tomou
recentemente
alguns
destes
medicamentos.
Ao tomar Ropinirol Ciclum com alimentos e bebidas
Poderá tomar Ropinirol Ciclum com ou sem alimentos, conforme preferir.
Gravidez e aleitamento
Ropinirol Ciclum não está recomendado durante a gravidez, a não ser que o seu médico
indique que o benefício para si em tomar Ropinirol Ciclum é superior ao risco para o
feto. Ropinirol Ciclum não está recomendado se estiver a amamentar porque afeta a sua
produção de leite.
Informe o seu médico imediatamente caso esteja grávida, se pensa que pode estar grávida
ou se planeia engravidar. O seu médico irá também aconselhá-la caso esteja a amamentar
ou planeie fazê-lo. O seu médico poderá aconselhá-la a parar de tomar Ropinirol Ciclum.
Informações importantes sobre alguns componentes de Ropinirol Ciclum
Ropinirol Ciclum de 2 mg:
Os comprimidos de
libertação prolongada de
Ropinirol Ciclum
contêm um
açúcar
denominado lactose. Se o seu médico o informou que tem um problema de intolerância a
alguns açúcares, contacte-o antes de tomar Ropinirol Ciclum.
Ropinirol Ciclum de 4 mg:
Os comprimidos de libertação prolongada de 4 mg contêm um corante denominado
amarelo-sol FCF (E110) que poderá causar reações alérgicas.
3. COMO TOMAR ROPINIROL CICLUM
Tome Ropinirol Ciclum sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Não dê Ropinirol Ciclum a crianças. Ropinirol Ciclum não é habitualmente prescrito para
pessoas com menos de 18 anos.
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Poderá ser-lhe prescrito apenas Ropinirol Ciclum para tratar os sintomas da sua doença
Parkinson.
Também
poderá
ser-lhe
prescrito
Ropinirol
Ciclum
outro
medicamento denominado L-dopa (também denominado levodopa). Se estiver a tomar L-
dopa poderá sentir alguns movimentos incontroláveis (discinesias) quando começar a
tomar Ropinirol Ciclum. Informe o seu médico caso isto aconteça, sendo que o seu
médico poderá necessitar de ajustar as doses dos medicamentos que está a tomar.
Que quantidade de Ropinirol Ciclum deve tomar?
Poderá demorar algum tempo até ser encontrada a melhor dose de Ropinirol Ciclum para
A dose inicial habitual é de 2 mg uma vez por dia durante a primeira semana. O seu
médico
poderá
aumentar
dose
para
Ropinirol
Ciclum
comprimidos
libertação prolongada uma vez por dia a partir da segunda semana de tratamento. Caso
seja muito idoso, o seu médico poderá aumentar a dose mais lentamente. Seguidamente, o
seu médico irá aumentar gradualmente a dose até atingir a dose adequada para si. Alguns
doentes tomam uma dose até 24 mg por dia de Ropinirol Ciclum comprimidos de
libertação prolongada.
Se no início do tratamento sentir efeitos secundários difíceis de tolerar, fale como o seu
médico. O seu médico poderá aconselhá-lo a mudar para uma dose mais baixa de
ropinirol comprimidos revestidos (libertação imediata) que irá tomar três vezes por dia.
Não tome mais Ropinirol Ciclum para além do recomendado pelo seu médico.
Poderá demorar algumas semanas até que Ropinirol Ciclum produza efeitos em si.
Tomar a sua dose de Ropinirol Ciclum
Tome Ropinirol Ciclum uma vez por dia, à mesma hora todos os dias.
Engula o(s) comprimido(s) de libertação prolongada Ropinirol Ciclum inteiro(s), com um
copo de água.
Não parta, mastigue ou esmague o(s) comprimido(s) de libertação prolongada – se o
fizer, existe o perigo de sobredosagem porque o medicamento será libertado para o seu
organismo muito rapidamente.
Se está a passar de ropinirol comprimidos revestidos (libertação imediata)
médico
calculará
dose
Ropinirol
Ciclum
comprimidos
libertação
prolongada com base na dose de ropinirol comprimidos revestidos (libertação imediata)
que estava a tomar.
Tome os seus comprimidos revestidos de ropinirol (libertação imediata) normalmente no
dia anterior ao dia em que irá mudar. Tome Ropinirol Ciclum comprimidos de libertação
prolongada
manhã
seguinte
não
tome
mais
ropinirol
comprimidos
revestidos
(libertação imediata).
Se tomar mais Ropinirol Ciclum do que deveria
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Contacte um médico ou farmacêutico de imediato. Se possível mostre-lhes a embalagem
de Ropinirol Ciclum.
Em doentes que tenham tomado uma sobredosagem de Ropinirol Ciclum, poderão
ocorrer
qualquer
seguintes
sintomas:
sensação
indisposição
(náuseas),
indisposição (vómitos), tonturas (sensação de vertigens), sonolência, cansaço físico ou
mental, desmaios, alucinações.
Caso se tenha esquecido de tomar Ropinirol Ciclum
Não tome comprimidos de libertação prolongada extra ou uma dose a dobrar para
compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se se esqueceu de tomar Ropinirol Ciclum durante um ou mais dias, peça ajuda ao seu
médico sobre como voltar a tomar Ropinirol Ciclum.
Se parar de tomar Ropinirol Ciclum
Não pare de tomar Ropinirol Ciclum sem aconselhamento.
Tome Ropinirol Ciclum durante o tempo que o seu médico lhe recomendar.
Não pare de os tomar a não ser que o seu médico o recomende.
Não pare de tomar Ropinirol Ciclum uma vez que os seus sintomas de doença de
Parkinson poderão mais rapidamente agravar-se.
Se necessitar de parar de tomar Ropinirol Ciclum, o seu médico reduzir-lhe-á a dose
gradualmente.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
4.EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Ropinirol Ciclum pode causar efeitos secundários, no
entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Os efeitos secundários de Ropinirol Ciclum ocorrem mais frequentemente no início do
tratamento ou quando a dose é aumentada.
Geralmente os efeitos secundários são ligeiros e podem tornar-se menos incómodos após
estar
tomar
medicamento
durante
algum
tempo.
efeitos
secundários
preocupam, fale com o seu médico.
Efeitos secundários muito frequentes
Podem afetar mais de 1 em 10 pessoas a tomar Ropinirol Ciclum:
- desmaios
- sensação de sonolência
- sensação de enjoado (náuseas).
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Efeitos secundários frequentes
Podem afetar até 1 em 10 pessoas a tomar Ropinirol Ciclum:
- alucinações (“ver” coisas que não existem)
- indisposição (vómitos)
- sensação de tontura (sensação de vertigens)
- azia
- dor no estômago
- prisão de ventre
- inchaço das pernas, pés ou mãos.
Efeitos secundários pouco frequentes
Podem afetar até 1 em 100 pessoas a tomar Ropinirol Ciclum:
- sensação de tonturas ou desmaios, especialmente ao levantar rapidamente (provocado
pela diminuição da pressão sanguínea)
- sensação de elevada sonolência durante o dia (sonolência extrema)
- adormecimento súbito sem
sentir sonolência prévia (episódios de
adormecimento
súbito)
problemas
mentais
como
delírio
(confusão
grave),
ilusões
(ideias
irracionais)
paranóia (suspeição irracional)
Alguns doentes poderão ter os seguintes efeitos secundários
- reações alérgicas como inchaço da pele com vermelhidão e comichão (urticária),
inchaço da face, lábios, boca, língua ou garganta que pode provocar dificuldades em
engolir ou respirar, erupção na pele ou comichão intensa (ver secção 2).
impulsos
para
comportamentos
invulgares
como
impulso
invulgar
para
jogar
impulsos e/ou comportamentos sexuais aumentados.
- alteração da função do fígado, a qual foi identificada nos testes sanguíneos.
Se estiver a tomar Ropinirol Ciclum com L-dopa
Os indivíduos a tomar Ropinirol Ciclum com L-dopa poderão desenvolver outros efeitos
secundários ao longo do tempo:
- os movimentos incontroláveis (discinesias) são efeitos secundários muito frequentes. Se
estiver a tomar L-dopa poderá sentir alguns movimentos incontroláveis (discinesias)
quando começar a tomar Ropinirol Ciclum. Informe o seu médico caso isto aconteça,
sendo que o seu médico poderá necessitar de ajustar as doses dos medicamentos que está
a tomar.
- a sensação de confusão é um efeito secundário frequente.
Se sentir algum destes efeitos
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR ROPINIROL CICLUM
Manter fora do alcance e da vista e do alcance das crianças.
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Não utilize Ropinirol Ciclum após o prazo de validade impresso na embalagem exterior
ou no “blister”, após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
Não conservar acima de 25ºC
Frascos de HDPE: validade após abertura de 60 dias.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas
medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Ropinirol Ciclum
A substância ativa de Ropinirol Ciclum é ropinirol.
Um comprimido de libertação prolongada contém 2 mg, 4 mg e 8 mg de ropinirol (como
cloridrato).
Os outros componentes são:
- núcleo do comprimido: Eudragit RS 100, hipromelose (E464), laurilsulfato de sódio,
copovidona, estearato de magnésio (E572)
- revestimento:
Comprimido
libertação prolongada 2
Hipromelose (E464), óxido de ferro vermelho (E172), lactose
mono-hidratada, dióxido de titânio (E171), triacetina
Comprimido
libertação prolongada 4
Macrogol
400,
hipromelose
(E464),
laca
alumínio
amarelo-sol
FCF (E110), dióxido de titânio (E171), laca de
alumínio indigotina (E132)
Comprimido
libertação prolongada 8
Hipromelose (E464), óxido de ferro vermelho (E172), óxido de
ferro negro (E172), óxido de ferro amarelo (E172), macrogol
400, dióxido de titânio (E171)
Qual o aspeto de Ropinirol Ciclum e conteúdo da embalagem
Ropinirol Ciclum 2 mg: comprimidos de libertação prolongada de cor rosa, redondos,
biconvexos e com 6,8 ± 0,1 mm de diâmetro e 4,4 ± 0,2 mm de espessura.
Ropinirol Ciclum 4 mg: comprimidos de libertação prolongada de cor castanho claro,
ovais, biconvexos e com 12,5x6,5 ± 0,1 mm de diâmetro e 3,7 ± 0,2 mm de espessura.
Ropinirol Ciclum 8 mg: comprimidos de libertação prolongada de cor vermelha, ovais,
biconvexos e com 19,2x10,2 ± 0,2 mm de diâmetro e 4,4 ± 0,2 mm de espessura.
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Todas as dosagens são acondicionadas em blisters opacos de PVC/PCTFE-Alumínio e
em frascos brancos opacos de HDPE com tampa branca cilíndrica de polipropileno com
três pontos de quebra no anel inviolável e abertura de dessecante.
Dimensões de embalagem:
Blisters: 21, 28, 84 comprimidos de libertação prolongada
Frascos: 21, 28, 84 comprimidos de libertação prolongada
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Ciclum Farma Unipessoal, Lda.
Quinta da Fonte, Edifício D.Amélia
Piso 1, Ala B
2770-229 Paço de Arcos
Fabricante
Stada Arzneimittel AG
Stadastrasse 2-18
61118 Bad Vilbel
Alemanha
Pharmathen S.A
6 Dervanakion str., 153
51, Pallini Attiki,
Grécia
Pharmathen International S.A.
Industrial Park Sapes, Rodopi Prefecture, Block No 5,
Rodopi, 69300
Grécia
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Menbros do Espaço Económico
Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Alemanha:
Ropinirol STADA 2 mg, 4 mg, 8 mg Retardtabletten
Espanha:
Rolexpon 2 mg, 4 mg, 8 mg EFG
França:
Ropinirol EG 2 mg, 4 mg, 8 mg comprimé à libération prolongée
Itália:
Ropinirolo
Eurogenerici
compresse
rilascio
prolungato
Holanda:
Ropinirol retard CF 2 mg, 4 mg, 8 mg tabletten met verlengde afgifte
Portugal:
Ropinirol Ciclum
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Ropinirol Ciclum 2 mg comprimidos de libertação prolongada
Ropinirol Ciclum 4 mg comprimidos de libertação prolongada
Ropinirol Ciclum 8 mg comprimidos de libertação prolongada
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém 2 mg de ropinirol (sob a forma de cloridrato de ropinirol)
Cada comprimido contém 4 mg de ropinirol (sob a forma de cloridrato de ropinirol)
Cada comprimido contém 8 mg de ropinirol (sob a forma de cloridrato de ropinirol)
Excipientes:
Cada comprimido de libertação prolongada de 2 mg contém 1,7100 mg de lactose
Cada comprimido de libertação prolongada de 4 mg contém 0,8100 mg de amarelo-sol
FCF (E110)
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido de libertação prolongada.
Comprimidos de libertação prolongada de 2 mg: comprimidos de cor rosa, redondos e
biconvexos com 6.8 ± 0,1 mm.
Comprimidos de libertação prolongada de 4 mg: comprimidos de cor castanho claro,
ovais e biconvexos com 12,5 x 6,5 ± 0,1 mm.
Comprimidos de libertação prolongada de 8 mg: comprimidos de cor vermelha, ovais e
biconvexos com 19,2 x 10,2 ± 0,1 mm.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento da doença de Parkinson nas seguintes situações:
- Tratamento inicial em monoterapia, para retardar a introdução de levodopa;
- Em associação com levodopa, no decurso da doença, quando o efeito da levodopa
desaparece
torna
inconsistente
ocorrem
flutuações
efeito
terapêutico
(flutuações do tipo “fim de dose” ou “on-off”).
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4.2 Posologia e modo de administração
Adultos
Recomenda-se
titulação
individual
dose
tendo
consideração
eficácia
tolerabilidade.
Os comprimidos de libertação prolongada Ropinirol Ciclum devem ser administrados
uma vez por dia, à mesma hora em cada dia. Os comprimidos de libertação prolongada
podem ser tomados com ou sem alimentos (ver secção 5.2).
Os comprimidos de libertação prolongada Ropinirol Ciclum devem ser engolidos inteiros
e não deverão ser mastigados, esmagados ou divididos.
Início do tratamento
A dose inicial de ropinirol comprimidos de libertação prolongada é de 2 mg, uma vez por
dia, durante a primeira semana; esta dose deve ser aumentada para 4 mg, uma vez por
dia,
partir
segunda
semana
tratamento.
Pode
ser observada
resposta
terapêutica com uma dose de 4 mg, uma vez por dia, de ropinirol comprimidos de
libertação prolongada.
doentes
iniciam
tratamento
dose
mg/dia
ropinirol
comprimidos de libertação prolongada e que apresentam efeitos indesejáveis que não
conseguem tolerar, podem beneficiar com a substituição do tratamento por comprimidos
revestidos de libertação imediata de ropinirol numa dose diária inferior, dividida em três
doses iguais.
Regime terapêutico
Os doentes devem ser mantidos na dose mais reduzida de ropinirol comprimidos de
libertação prolongada que assegure o controlo sintomático.
Caso não seja atingido, ou mantido, um controlo sintomático suficiente com uma dose de
4 mg, uma vez por dia, de ropinirol comprimidos de libertação prolongada, a dose diária
pode ser aumentada em 2 mg semanalmente ou em intervalos superiores até a uma dose
de 8 mg, uma vez por dia, de ropinirol comprimidos de libertação prolongada.
Caso ainda não seja atingido, nem mantido, um controlo sintomático suficiente com uma
dose de 8 mg, uma vez por dia, de ropinirol comprimidos de libertação prolongada, a
dose diária pode ser aumentada em incrementos de 2 mg a 4 mg, a intervalos de duas em
duas
semanas
superiores.
dose
diária
máxima
ropinirol
comprimidos
libertação prolongada é de 24 mg.
recomendada
prescrição
número
mínimo
comprimidos
libertação
prolongada de ropinirol necessários para atingir a dose pretendida, utilizando as dosagens
disponíveis mais elevadas de ropinirol comprimidos de libertação prolongada.
Se o tratamento for interrompido durante um ou mais dias, deve ser ponderado o reinício
do tratamento com titulação da dose (ver acima).
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Quando Ropinirol Ciclum, comprimidos de libertação prolongada é administrado como
terapêutica de associação com a
levodopa, a dose de levodopa, pode ser reduzida
gradualmente, dependendo da resposta clínica. Em ensaios clínicos, a dose de levodopa
foi gradualmente reduzida em aproximadamente 30% em doentes tratados com ropinirol
comprimidos de libertação prolongada em terapêutica de associação. Em doentes com
doença de Parkinson avançada tratados com Ropinirol Ciclum comprimidos de libertação
prolongada em associação com levodopa, podem ocorrer discinesias durante a titulação
inicial de Ropinirol Ciclum comprimidos de libertação prolongada. Em ensaios clínicos
foi demonstrado que a redução da dose de levodopa pode melhorar a discinesia (ver
secção 4.8).
Quando se altera o tratamento com outro agonista da dopamina para ropinirol, devem ser
seguidas as recomendações do titular da autorização de introdução no mercado sobre a
descontinuação antes de iniciar o tratamento com ropinirol.
Tal como com outros agonistas da dopamina, é necessário descontinuar gradualmente o
tratamento com ropinirol, reduzindo a dose diária, ao longo do período de uma semana.
Passagem
ropinirol
comprimidos
libertação
imediata
para
Ropinirol
Ciclum,
comprimidos de libertação prolongada
Os doentes podem passar de um dia para o outro de ropinirol comprimidos de libertação
imediata
para
ropinirol
Ciclum
comprimidos
libertação
prolongada.
dose
ropinirol comprimidos de libertação prolongada deve ser baseada na dose diária total de
ropinirol comprimidos revestidos por película (de libertação imediata) que o doente
estava a tomar. A tabela seguinte apresenta a dose recomendada de Ropinirol Ciclum
comprimidos
libertação
prolongada
para
doentes
passem
ropinirol
comprimidos revestidos por película (de libertação imediata):
Passagem
ropinirol,
comprimidos
libertação
imediata
para
Ropinirol
Ciclum
Comprimidos de libertação prolongada
Ropinirol
comprimidos
libertação
imediata
Dose diária total (mg)
Ropinirol
comprimidos
libertação
prolongada
Dose diária total (mg)
0.75 - 2.25
3 - 4.5
7.5 – 9
15 – 18
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Após a passagem para Ropinirol Ciclum comprimidos de libertação prolongada, a dose
pode ser ajustada dependendo da resposta terapêutica (ver acima “Início do tratamento” e
“Regime terapêutico”).
Crianças e adolescentes
Ropinirol
Ciclum
Comprimidos
libertação
prolongada,
não
recomendado
crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade, devido à ausência de dados de
segurança e eficácia.
Idosos
A depuração de ropinirol está reduzida em aproximadamente 15% em doentes com idade
superior a 65 anos. Apesar de não ser requerido um ajustamento da dose, ropinirol deve
titulado
individualmente,
monitorização
cuidadosa
tolerabilidade
acordo com a resposta clínica ótima. Para os doentes com idades superiores a 75 anos,
pode ser considerada uma titulação mais lenta durante o início do tratamento.
Compromisso renal
doentes
compromisso
função
renal
ligeiro
moderado (depuração
creatinina entre 30 e 50 mL/min), não foi observada qualquer alteração na depuração do
ropinirol, indicando que não é necessário qualquer ajuste posológico nesta população.
Um estudo sobre a utilização de ropinirol em doentes numa fase final da doença renal
(doentes em hemodiálise) demonstrou que é necessário um ajuste posológico nestes
doentes, que deverá ser efetuado do seguinte modo: a dose inicial recomendada de
Ropinirol Ciclum é 2mg por dia. As titulações adicionais das doses devem ser baseadas
tolerabilidade
eficácia.
dose
máxima
recomendada
Ropinirol
Ciclum
18mg/dia nos doentes que segue um tratamento regular de hemodiálise.
Não são necessárias doses suplementares após a hemodiálise (ver secção 5.2).
Não foi estudada a utilização de ropinirol em doentes com compromisso grave da função
renal (depuração da creatinina inferior a 30 mL/min) que não seguem um tratamento de
hemodiálise regular.
4.3 Contraindicações
- Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos excipientes.
- Compromisso renal grave (depuração da creatinina < 30 mL/min) sem tratamento de
hemodiálise regular.
- Compromisso hepático.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
O ropinirol tem sido associado a sonolência e a episódios de adormecimento súbito,
especialmente em doentes com doença de Parkinson. O adormecimento súbito durante
atividades
diárias,
alguns
casos
consciência
sinais
aviso,
sido
notificado pouco frequentemente. Os doentes devem ser informados sobre este fenómeno
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e aconselhados a ter precaução quando conduzirem veículos ou utilizarem máquinas,
durante
o tratamento
ropinirol.
doentes
apresentaram
sonolência
e/ou
episódios de adormecimento súbito devem evitar conduzir ou utilizar máquinas. Pode ser
considerada uma redução posológica ou a descontinuação do tratamento.
Os doentes com perturbações psiquiátricas ou psicóticas major, ou com antecedentes
destas perturbações, não deverão ser tratados com agonistas da dopamina a menos que os
potenciais benefícios ultrapassem os riscos.
Têm sido notificados casos de perturbações do controlo dos impulsos, incluindo jogo
patológico e hipersexualidade, e aumento da libido, em doentes tratados com agonistas da
dopamina,
incluindo
ropinirol,
principalmente
para
doença
Parkinson.
Estas
perturbações foram notificadas especialmente com doses elevadas e foram geralmente
reversíveis após redução da dose ou descontinuação do tratamento. Em alguns casos,
estavam
presentes
fatores
risco,
tais
como
antecedentes
comportamentos
compulsivos (ver secção 4.8).
Devido ao risco de hipotensão, é recomendada a monitorização da pressão arterial,
especialmente no início do tratamento, em doentes com doença cardiovascular grave (em
especial, insuficiência coronária).
Os comprimidos de Ropinirol Ciclum 2 mg contêm lactose. Doentes com problemas
hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase ou malabsorção de
glucose galactose não devem tomar este medicamento.
Os comprimidos de Ropinirol Ciclum 4 mg como contêm amarelo Sol FCF (E110)
podem causar reacções alérgicas.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Não
existe
qualquer
interação
farmacocinética
entre
ropinirol
L-dopa
domperidona que implique o ajuste posológico de qualquer um destes medicamentos.
Uma vez que os neurolépticos e outros antagonistas da dopamina de ação central, tais
como sulpirida ou metoclopramida, podem diminuir a eficácia do ropinirol, a utilização
concomitante desses medicamentos deve ser evitada.
Foram observados aumentos das concentrações plasmáticas de ropinirol em doentes
tratados com doses elevadas de estrogénios. Em doentes que já se encontrem submetidos
a terapêutica de substituição hormonal (TSH), o tratamento com ropinirol pode ser
iniciado da forma habitual. No entanto, pode ser necessário ajustar a dose de ropinirol, de
acordo
resposta
clínica,
interrompida
iniciada
durante
tratamento com ropinirol.
O ropinirol é metabolizado principalmente pela isoenzima CYP 1A2 do citocromo P450.
Um estudo farmacocinético (com uma dose de ropinirol comprimidos revestidos por
película (de libertação imediata) de 2 mg, três vezes por dia) em doentes Parkinsónicos
APROVADO EM
22-06-2012
INFARMED
indicou que a ciprofloxacina aumentou a C
máx
e a AUC do ropinirol em 60% e 84%,
respetivamente, com um risco potencial para acontecimentos adversos. Por este motivo,
em doentes que já se encontrem a tomar ropinirol, a dose de ropinirol pode necessitar de
ser ajustada quando forem introduzidos ou retirados medicamentos conhecidos por inibir
a CYP 1A2, por exemplo, ciprofloxacina, enoxacina ou fluvoxamina.
Num estudo realizado em doentes parkinsónicos, sobre a interação farmacocinética entre
ropinirol
(numa
dose
ropinirol
comprimidos
revestidos
(libertação
imediata), três vezes por dia) e a teofilina, um substrato da CYP1A2, não se observaram
quaisquer alterações na farmacocinética do ropinirol ou da teofilina.
Sabe-se que o tabagismo pode induzir o metabolismo da CYP1A2, pelo que poderá ser
necessário um ajuste da dose caso os doentes parem ou comecem a fumar durante o
tratamento com ropinirol.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Não existem dados suficientes sobre a utilização de ropinirol em mulheres grávidas.
Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Dado que se
desconhece o risco potencial para o ser humano, é recomendado que ropinirol não seja
utilizado durante a gravidez, a menos que o potencial benefício para o doente ultrapasse o
potencial risco para o feto.
O ropinirol não deve ser utilizado em lactantes, dado que pode inibir o aleitamento.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os doentes em tratamento com ropinirol e que apresentem sonolência e/ou episódios de
adormecimento súbito devem ser avisados para se absterem de conduzir, ou de realizar
atividades em que a diminuição do estado de alerta os possa colocar, ou colocar terceiros,
em risco de lesões graves ou morte (por exemplo, utilizar máquinas), até que esses
episódios e sonolência recorrentes tenham desaparecido (ver secção 4.4).
4.8 Efeitos indesejáveis
Os efeitos indesejáveis notificados estão listados a seguir por classe de sistemas de
órgãos e por frequência. É indicado se esses efeitos indesejáveis foram notificados em
ensaios clínicos como monoterapia ou como terapêutica adjuvante à levodopa.
As frequências são definidas como: muito frequentes (
1/10), frequentes (
1/100 a <
1/10), pouco frequentes (
1/1.000 a < 1/100), raros (
1/10.000 a < 1/1.000), muito raros
(< 1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
Dentro de cada classe de frequência, os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem
decrescente de gravidade.
APROVADO EM
22-06-2012
INFARMED
Reações adversas notificadas em ensaios clínicos na doença de Parkinson com ropinirol
comprimidos de libertação prolongada em doses até 24 mg/dia
Em monoterapia
Em terapêutica adjuvante
Perturbações do foro psiquiátrico
Frequentes
Alucinações
Alucinações
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes
Sonolência, síncope
Discinesia
doentes
estado
avançado
doença
Parkinson, as discinesias podem
ocorrer
durante
titulação
inicial de ropinirol. Em estudos
clínicos foi demonstrado que a
redução
levodopa
pode
melhorar
discinesia
(ver
secção 4.2).
Frequentes
Tonturas (incluindo vertigens)
Sonolência, tonturas (incluindo
vertigens)
Vasculopatias
Frequentes
Hipotensão postural, hipotensão
Pouco frequentes
Hipotensão
postural,
hipotensão
Doenças gastrointestinais
Muito frequentes
Náuseas
Frequentes
Obstipação
Náuseas, obstipação
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes
Edema periférico
Edema periférico
Para além das reações adversas anteriores, foram notificados os seguintes eventos com
ropinirol comprimidos revestidos (de libertação imediata) em doentes com doença de
Parkinson durante ensaios clínicos (com doses até 24 mg/dia) e/ou em notificações após
introdução no mercado.
Em monoterapia
Em terapêutica adjuvante
Doenças do sistema imunitário
Desconhecido
Reações de hipersensibilidade (incluindo urticária, angioedema,
erupção cutânea, prurido)
Perturbações do foro psiquiátrico
APROVADO EM
22-06-2012
INFARMED
Frequentes
Confusão
Pouco frequentes
Reações psicóticas (para além
alucinações)
incluindo
delírio, ilusão, paranóia
Reações
psicóticas
(para
além
alucinações)
incluindo
delírio, ilusão, paranóia
Desconhecido
Perturbações do controlo do impulso incluindo jogo patológico,
hipersexualidade e aumento da libido (ver secção 4.4)
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes
Síncope
Sonolência
Pouco frequentes
Adormecimento
súbito,
sonolência diurna excessiva *
Adormecimento
súbito,
sonolência diurna excessiva *
O ropinirol está associado a sonolência e tem sido associado,
menos
frequentemente,
sonolência
diurna
excessiva
episódios de adormecimento súbito.
Vasculopatias
Pouco frequentes
Hipotensão postural ou Hipotensão, raramente grave
Doenças gastrointestinais
Muito frequentes
Náuseas
Frequentes
Vómitos,
pirose,
abdominal
Pirose
Afeções hepatobiliares
Desconhecido
Reações hepáticas, principalmente aumento das enzimas hepáticas
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes
Edema dos membros inferiores
4.9 Sobredosagem
Os sintomas de sobredosagem com ropinirol estão relacionados com a sua actividade
dopaminérgica. Estes sintomas podem ser aliviados através de tratamento adequado com
antagonistas da dopamina tais como neurolépticos ou metoclopramida.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
Farmacoterapêutico:
2.5.2
Sistema
Nervoso
Central.
Antiparkinsónicos,
Dopaminomiméticos. Código ATC: N04BC04.
APROVADO EM
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INFARMED
O ropinirol é um agonista da dopamina não ergolínico D2/D3 que estimula os recetores
dopamínicos no corpo estriado.
O ropinirol alivia a deficiência de dopamina que caracteriza a doença de Parkinson por
estimulação dos receptores dopaminérgicos do corpo estriado.
O ropinirol atua ao nível do hipotálamo e na pituitária, inibindo a secreção de prolactina.
Eficácia clínica
Um estudo cruzado com três períodos, de dupla ocultação, com a duração de 36 semanas,
em monoterapia, realizado em 161 doentes com fase inicial da doença de Parkinson,
demonstrou que ropinirol comprimidos de
libertação prolongada
não
inferior a
ropinirol comprimidos revestidos (de libertação imediata) quanto ao critério de avaliação
primário, a diferença do tratamento na alteração relativamente aos valores basais da
pontuação
motora
UPDRS
(Unified
Parkinson’s
Disease
Rating
Scale
Escala
Unificada de Classificação da Doença de Parkinson) (foi definida uma margem de não
inferioridade de 3 pontos na pontuação motora da UPDRS). A diferença média ajustada
entre ropinirol comprimidos de libertação prolongada e ropinirol comprimidos revestidos
(de libertação imediata) no critério de avaliação do estudo foi de -0,7 pontos (IC de 95%:
[-1,51, 0,10], p = 0,0842).
Após a passagem, de um dia para o outro, para uma dose semelhante da formulação
alternativa dos comprimidos, não se verificaram diferenças no perfil de acontecimentos
adversos e menos de 3% dos doentes necessitaram de um ajuste posológico (todos os
ajustes posológicos foram aumentos de um nível da dose. Nenhum doente necessitou de
uma diminuição da dose).
Um estudo de grupos paralelos, controlado por placebo, de dupla ocultação, com a
duração de 24 semanas, de ropinirol comprimidos de libertação prolongada em doentes
com doença de Parkinson que não estavam controlados de forma ideal com levodopa,
demonstrou uma superioridade clinicamente relevante e estatisticamente significativa
relativamente ao placebo quanto ao critério de avaliação primário, a alteração a partir dos
valores basais do tempo em vigília «off» (diferença média ajustada do tratamento de -1,7
horas (IC de 95%: [-2,34, -1,09], p < 0,0001). Este resultado foi suportado por parâmetros
secundários de eficácia quanto à alteração relativamente aos valores basais do tempo total
em vigília «on» (+1,7 horas (IC de 95%: [1,06, 2,33], p < 0,0001) e do tempo total em
vigília «on» sem discinesias incómodas (+1,5 horas (IC de 95%: [0,85, 2,13], p <
0,0001). É de realçar que não houve qualquer indicação de um aumento relativamente aos
valores basais no tempo em vigília «on» com discinesias incómodas, quer a partir dos
dados do cartão diário quer a partir dos itens da UPDRS.
Estudo do efeito do ropinirol sobre a repolarização cardíaca.
Um estudo QT exaustivo realizado em voluntários saudáveis do sexo masculino e do
sexo feminino, que receberam doses de 0,5, 1, 2 e 4 mg de ropinirol comprimidos
revestidos (de libertação imediata), uma vez por dia, indicou um aumento máximo da
duração do intervalo QT, para a dose de 1 mg, de 3,46 milissegundos (estimativa pontual)
APROVADO EM
22-06-2012
INFARMED
comparativamente ao placebo. O limite superior do intervalo de confiança unilateral de
95% para o maior efeito médio foi inferior a 7,5 milissegundos. O efeito do ropinirol para
doses mais elevadas não foi avaliado sistematicamente.
Os dados clínicos disponíveis de um estudo QT exaustivo não indiciam um risco de
prolongamento do intervalo QT para doses de ropinirol até 4 mg/dia. Não é possível
excluir um risco de prolongamento do intervalo QT dado que não foi realizado nenhum
estudo QT exaustivo para doses de até 24 mg/dia.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
biodisponibilidade
ropinirol
aproximadamente
57%).
Após
administração oral de ropinirol comprimidos de libertação prolongada, as concentrações
plasmáticas aumentam lentamente, com um tempo mediano para a C
máx
de um modo
geral atingido entre 6 e 10 horas.
Num estudo de equilíbrio dinâmico em 25 doentes com doença de Parkinson a receber 12
mg de ropinirol comprimidos de libertação prolongada, uma vez por dia, uma refeição
com elevada teor de gordura aumentou a exposição sistémica ao ropinirol, observada
através de um aumento médio de 20% na AUC e de um aumento médio de 44% na C
máx
A T
máx
foi retardada em 3,0 horas. No entanto, é pouco provável que estas alterações
sejam clinicamente relevantes (por exemplo, aumento da incidência de acontecimentos
adversos).
exposição
sistémica
ropinirol
comparável
entre
ropinirol
comprimidos
libertação prolongada e ropinirol comprimidos revestidos (de libertação imediata) com
base na mesma dose diária.
Distribuição
A ligação às proteínas plasmáticas do ropinirol é reduzida (10 - 40%). Em concordância
com a sua elevada lipofilicidade, o ropinirol exibe um grande volume de distribuição
(aproximadamente 7 L/kg).
Metabolismo
O ropinirol é principalmente eliminado pelo
metabolismo da CYP 1A2 e os seus
metabolitos são principalmente excretados na urina. O principal
metabolito é, pelo
menos, 100 vezes menos potente do que o ropinirol em modelos animais da função
dopaminérgica.
Eliminação
O ropinirol é eliminado da circulação sistémica com uma semivida média de eliminação
de cerca de seis horas. O aumento da exposição sistémica (C
máx
e AUC) ao ropinirol é
aproximadamente proporcional ao longo do intervalo posológico terapêutico. Não foi
observada qualquer alteração na depuração oral do ropinirol após administração oral
única e repetida. Foi observada uma grande variabilidade interindividual nos parâmetros
farmacocinéticos. Após administração em equilíbrio dinâmico de ropinirol comprimidos
de libertação prolongada, a variabilidade interindividual para a C
máx
situou-se entre 30%
e 55% e para a AUC entre 40% e 70%.
APROVADO EM
22-06-2012
INFARMED
Compromisso renal
Não foi observada nenhuma alteração na farmacocinética de ropinirol nos doentes com
compromisso ligeiro a moderado com doença de Parkinson.
Nos doentes em fase final da doença renal que recebem um tratamento de hemodiálise
regular, a depuração oral de ropinirol está reduzida
em aproximadamente 30%. A
depuração oral dos metabolitos SKF-104557 e SKF-89124 também foi reduzida em
aproximadamente 80% e 60%, respetivamente. Como tal, a dose máxima recomendada é
limitada a 18 mg/ dia nestes doentes com doença de Parkinson(ver secção 4.2).
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Toxicidade reprodutiva
A administração de ropinirol a fêmeas de rato grávidas, com doses maternalmente
tóxicas, teve como consequência a diminuição do peso corporal fetal para 60 mg/kg/dia
(aproximadamente duas vezes a AUC para a dose máxima no ser humano), o aumento da
morte fetal para 90 mg/kg/dia (aproximadamente 3 vezes a AUC para a dose máxima no
ser humano) e malformações digitais para 150 mg/kg/dia (aproximadamente 5 vezes a
AUC para a dose máxima no ser humano). Não se observaram efeitos teratogénicos no
rato para 120 mg/kg/dia (aproximadamente 4 vezes a AUC para a dose máxima no ser
humano) nem qualquer indício de um efeito sobre o desenvolvimento no coelho.
Toxicologia
O perfil toxicológico é principalmente determinado pela atividade farmacológica do
ropinirol: alterações comportamentais, hipoprolactinemia, diminuição da tensão arterial e
frequência
cardíaca,
ptose
salivação.
Apenas
rato
albino
observada
degeneração
retina
estudo
longo
prazo
para
dose
mais
elevada
mg/kg/dia) e provavelmente associada a um aumento da exposição à luz.
Genotoxicidade
Não se observou genotoxicidade na bateria de testes in vitro e in vivo habituais.
Carcinogenicidade
Nos estudos com duração de dois anos realizados no ratinho e no rato com posologias até
50 mg/kg/dia, não se observou evidência de qualquer efeito carcinogénico no ratinho. No
rato, as únicas lesões observadas e relacionadas com o ropinirol foram hiperplasia das
células de Leydig e adenoma testicular resultantes do efeito hipoprolactinémico do
ropinirol. Estas lesões são consideradas como sendo um fenómeno específico da espécie
e não constituem um risco relativamente à utilização clínica de ropinirol.
Farmacologia de Segurança
Estudos in vitro demonstraram que o ropinirol inibe as correntes mediadas por hERG. A
concentração inibitória a 50 % (CI
) é 5 vezes superior à concentração plasmática
máxima expectável em doentes tratados com a dose recomendada mais elevada (24
mg/dia), ver secção 5.1.
APROVADO EM
22-06-2012
INFARMED
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo do comprimido:
Eudragit RS 100
Hipromelose (E464)
Laurilsulfato de sódio
Copovidona
Estearato de magnésio (E572)
Revestimento do comprimido 2 mg:
Lactose mono-hidratada
Hipromelose (E464)
Dióxido de titânio (E171)
Triacetina
Óxido de ferro vermelho (E172)
Revestimento do comprimido 4 mg:
Dióxido de titânio (E171)
Hipromelose (E464)
Macrogol 400
Laca de alumínio indigotina (E132)
Laca de alumínio de amarelo-sol FCF (E110)
Revestimento do comprimido 8 mg:
Dióxido de titânio (E171)
Hipromelose (E464)
Macrogol 400
Óxido de ferro vermelho (E172)
Óxido de ferro negro (E172)
Óxido de ferro amarelo (E172)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
18 meses.
Frascos de HDPE: validade após abertura de 60 dias
6.4 Precauções especiais de conservação
APROVADO EM
22-06-2012
INFARMED
Não conservar acima de 25ºC.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Ropinirol Ciclum está disponível em embalgens com blisters de PVC/PCTFE-Alumínio e
em frascos brancos opacos de HDPE com tampa branca cilíndrica de polipropileno com
três pontos de quebra no anel inviolável e abertura de dessecante.
Dimensões de embalagem:
Blisters: 21, 28, 84 comprimidos de libertação prolongada
Frascos: 21, 28, 84 comprimidos de libertação prolongada
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Ciclum Farma Unipessoal, Lda.
Quinta da Fonte, Edifício D.Amélia, Piso 1 Ala B
2770-229 Paço de Arcos
Portugal
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO