Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
12-11-2008
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APROVADO EM
12-11-2008
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Ropimed 0,25 mg, comprimidos revestidos por película
Ropimed 0,5 mg, comprimidos revestidos por película
Ropimed 1 mg, comprimidos revestidos por película
Ropimed 2 mg, comprimidos revestidos por película
Ropimed 3 mg, comprimidos revestidos por película
Ropimed 4 mg, comprimidos revestidos por película
Ropimed 5 mg, comprimidos revestidos por película
Ropinirol
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi-lhe receitado a si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico
Neste folheto:
1. O que é Ropimed e para que é utilizado
2. Antes de tomar Ropimed
3. Como tomar Ropimed
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Ropimed
6. Outras informações
1. O QUE É Ropimed E PARA QUE É UTILIZADO
Ropimed pertence a um grupo de medicamentos designados agonistas da dopamina.
Os agonistas da dopamina actuam como uma substância química que existe
naturalmente no seu cérebro designada dopamina.
Ropimed é utilizado para tratar a doença de Parkinson. A causa da doença de
Parkinson é uma falta da substância dopamina no cérebro. Ropimed pode ser
utilizado isoladamente ou em associação com outros medicamentos contra a Doença
de Parkinson, para um tratamento mais eficaz.
Ropimed em dosagens de 0,25, 0,5, 1, 2, 3 e 4 mg também é utilizado para tratar os
sintomas de Síndroma das Pernas Inquietas idiopática moderada a grave, uma
doença caracterizada por um impulso irresistível de movimentar as pernas e
ocasionalmente os braços, normalmente acompanhada por sensações
desconfortáveis tais como picadas, ardor ou formigueiros. Estas sensações ocorrem
durante períodos de repouso ou inactividade p. ex quando está sentado ou deitado,
especialmente na cama, e pioram ao anoitecer ou durante a noite. Normalmente só
se obtém alívio caminhando ou movimentando os membros afectados, o que leva
frequentemente a problemas do sono. Ropimed alivia o desconforto e reduz o
impulso de movimentar os membros que perturba o sono nocturno.
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2. ANTES DE TOMAR Ropimed
Não tome Ropimed
-se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa, ropinirol, ou a qualquer
outro componente de Ropimed
-se tem uma doença do fígado
-se tem uma doença renal grave
Se tiver dúvidas, é essencial que fale com o seu médico.
Tenha especial cuidado com Ropimed
Informe o seu médico antes de começar a tomar este medicamento se:
-tem um problema grave do coração
-tem um problema grave de saúde mental
-houver indicações de que tem comportamentos obsessivos de jogo patológico ou
impulso sexual compulsivo.
Nestas situações o seu médico deverá supervisionar cuidadosamente o tratamento.
Se durante o tratamento da Síndroma das Pernas Inquietas, os seus sintomas
piorarem, começarem mais cedo durante o dia ou após um período em repouso mais
curto, ou afectarem outras partes do seu corpo tais como os seus braços, deve
contactar o seu médico que poderá ajustar a dose de Ropimed que está a tomar.
Informe o seu médico se deixar ou começar a fumar enquanto tomar Ropimed. O seu
médico poderá necessitar de ajustar a sua dose.
Tomar Ropimed com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado
recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita
médica. Isto também se aplica a medicamentos à base de plantas.
O efeito de Ropimed poderá ser aumentado ou diminuído por outros medicamentos e
vice-versa. Esses medicamentos incluem:
-ciprofloxacina (um antibiótico)
-enoxacina (um antibiótico)
-fluvoxamina (um medicamento utilizado para tratar a depressão)
-terapêutica de substituição hormonal (também designada TSH)
-anti-psicóticos e outros medicamentos que bloqueiam a dopamina no cérebro (p.
ex., sulpirida ou metoclopramida)
Informe o seu médico se estiver a tomar Ropimed e o seu médico receitar-lhe-á
outro medicamento.
Utilizar Ropimed com alimentos e bebidas
Tomar Ropimed com alimentos pode reduzir a probabilidade de se sentir ou ficar
enjoado.
Não está disponível informação sobre o consumo de álcool durante o tratamento com
ropinirol, portanto o consumo de álcool deverá ser evitado.
Gravidez e aleitamento
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Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Ropimed não é recomendado se estiver grávida, a menos que o seu médico
considere que a toma de Ropimed tem um benefício para si superior ao risco para o
seu bebé em gestação.
Ropimed não é recomendado se estiver a amamentar, pois pode afectar a sua
produção de leite.
Informe imediatamente o seu médico se está grávida, se pensa que pode estar
grávida, ou se está a planear engravidar. O seu médico irá também aconselhá-la se
estiver a amamentar ou a planear fazê-lo. O seu médico poderá aconselhá-la a parar
de tomar Ropimed.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Ropimed pode ter efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas pois há
a possibilidade de provocar tonturas (ou sensação de andar com a cabeça à roda).
Além disso / .../ pode causar uma sonolência extrema e episódios de adormecimento
súbito. Se sofrer destes efeitos não deve conduzir nem colocar-se em situações em
que a sonolência ou o adormecimento possam pô-lo em risco de lesões graves ou
morte (por exemplo, operar máquinas) até que estes efeitos se resolvam.
Informações importantes sobre alguns componentes de Ropimed
Este medicamento contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que sofre de
intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
3. COMO TOMAR Ropimed
Tome Ropimed sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Ropimed é utilizado de forma diferente consoante a doença.
Para doses não realizáveis/praticáveis com esta dosagem, estão disponíveis outras
dosagens deste medicamento.
Doença de Parkinson
A dose inicial é de 0,25 mg de ropinirol três vezes por dia durante uma semana. Em
seguida a dose é gradualmente aumentada de acordo com o seguinte:
semana: 0,25 mg de ropinirol 3 vezes por dia.
semana: 0,5 mg de ropinirol 3 vezes por dia.
semana: 0,75 mg de ropinirol 3 vezes por dia.
semana: 1 mg de ropinirol 3 vezes por dia.
Daqui em diante o seu médico poderá aumentar ou diminuir a dose que está a tomar
para obter o melhor resultado.
A dose habitual é entre 1 mg a 3 mg de ropinirol tomados três vezes por dia (uma
dose diária total de 3 mg a 9 mg), mas se não forem conseguidos ou mantidos
efeitos suficientes, a dose diária total poderá ser gradualmente aumentada até 24
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Ropimed poderá também ser utilizado em associação com outros medicamentos
contra a Doença de Parkinson. Se estiver a utilizar outros medicamentos para a
Doença de Parkinson o seu médico poderá eventualmente reduzir a sua dose quando
utilizar Ropimed.
Síndroma das Pernas Inquietas
Tome Ropimed uma vez por dia, todos os dias mais ou menos à mesma hora.
Ropimed é geralmente tomado imediatamente antes de deitar, mas pode ser tomado
até 3 horas antes de ir para a cama. A dose exacta de Ropimed pode ser diferente
para cada pessoa. O seu médico decidirá sobre a dose que necessita de tomar
diariamente e deve seguir as instruções do médico. Quando começar a tomar
Ropimed, a dose que toma será aumentada gradualmente.
A dose inicial é de 0,25 mg de ropinirol uma vez por dia. Após dois dias o seu médico
irá provavelmente aumentar a sua dose para 0,5 mg de ropinirol uma vez por dia
durante o resto da primeira semana de tratamento. Em seguida o seu médico poderá
aumentar a sua dose em 0,5 mg por semana ao longo de três semanas para uma
dose de 2 mg de ropinirol por dia. Em alguns doentes com melhoria insuficiente, a
dose poderá ser aumentada gradualmente até um máximo de 4 mg diários.
Após três meses de tratamento com Ropimed, o seu médico poderá ajustar a sua
dose ou descontinuar o seu tratamento dependendo dos seus sintomas e de como se
sentir.
Modo de Administração
Engula o(s) comprimido(s) de Ropimed inteiros com água. Não mastigue o(s)
comprimido(s). Pode tomar Ropimed com ou sem alimentos. Se tomar Ropimed com
alimentos poderá diminuir a ocorrência de náuseas (sensação de enjoo), que são um
efeito secundário possível de Ropimed.
Crianças e adolescentes
Ropimed não é recomendado para crianças e adolescentes com idade inferior a 18
anos.
Se tomar mais Ropimed do que deveria
Caso tenha tomado uma sobredosagem poderá experimentar: sensação de enjoos ou
ficar enjoado, tonturas (ou sensação de andar com a cabeça à roda), sensação de
sonolência, fadiga (cansaço mental ou físico), dor de estômago, sensação de
desmaio ou nervosismo. Se tomar mais Ropimed do que deveria ou se outra pessoa
tiver tomado o seu medicamento, consulte imediatamente um médico ou
farmacêutico. Mostre-lhes a embalagem.
Caso se tenha esquecido de tomar Ropimed
Se verificar que se esqueceu de tomar a sua dose de Ropimed não tome uma dose
adicional para compensar a dose que se esqueceu de tomar. Tome a sua dose
seguinte de Ropimed na altura habitual.
Doença de Parkinson: caso se tenha esquecido de tomar Ropimed durante um ou
mais dias consulte o seu médico para aconselhamento sobre como reiniciar Ropimed.
Síndroma das Pernas Inquietas: caso se tenha esquecido de tomar Ropimed durante
mais de alguns dias consulte o seu médico para aconselhamento sobre como reiniciar
Ropimed.
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Se parar de utilizar Ropimed
Deverá continuar a tomar o seu medicamento mesmo que não se sinta melhor, pois
poderá levar algumas semanas até que o seu medicamento faça efeito. Se tiver a
impressão de que o efeito de Ropimed é demasiado forte ou demasiado fraco, fale
com o seu médico ou farmacêutico. Não tome mais comprimidos do que aqueles que
o seu médico lhe recomendou.
Se desejar parar o tratamento, tem de ser feito gradualmente. Não deve parar de
tomar Ropimed sem o aconselhamento do seu médico. Se os seus sintomas piorarem
depois de parar o tratamento com Ropimed, deve contactar o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Ropimed pode causar efeitos secundários, no entanto
estes não se manifestam em todas as pessoas. Informe o seu médico se detectar
alguns efeitos secundários que o preocupem. Os efeitos secundários mais frequentes
de Ropimed podem acontecer quando alguns doentes iniciam pela primeira vez a sua
terapêutica e/ou quando a dose é aumentada.
Doença de Parkinson
Quando Ropimed é utilizado para tratar a Doença de Parkinson, foram referidos os
seguintes efeitos secundários:
Muito Frequentes (ocorrem em pelo menos 1 em 10 doentes tratados):
-sensação de enjoo
-sensação de desmaio
-sensação de sonolência
-perturbação dos movimentos (discinesia (em associação com levodopa))
Frequentes (ocorrem em pelo menos 1 em 100 e em menos do que 1 em 10 doentes
tratados):
-enjoos
-tonturas (ou sensação de andar com a cabeça à roda)
-alucinações
-dor de estômago
-azia
-inchaço das pernas
-sensação de confusão (em associação com levodopa)
Pouco frequentes (ocorrem em pelo menos 1 em 1000 e em menos do que 1 em 100
doentes tratados):
uma queda da pressão arterial que poderá fazer com que senta tonturas ou desmaie
especialmente quando se coloca em pé a partir de uma posição sentada ou deitada
Ropimed pode causar sonolência excessiva durante o dia e episódios de
adormecimento súbito em que os doentes adormecem subitamente sem
aparentemente se sentirem sonolentos
outras reacções mentais que não alucinações, tais como delírio, ilusões, e suspeição
irracional (paranóia)
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Desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis):
Função do fígado alterada (análises ao sangue anómalas).
Há alguns casos de doentes tratados para a Doença de Parkinson com medicamentos
deste grupo de substâncias (agonistas da dopamina) que apresentaram jogo
patológico compulsivo ou impulso sexual compulsivo e excessivo. Estes efeitos
adversos eram reversíveis quando as doses foram reduzidas ou o tratamento foi
interrompido.
Síndroma das Pernas Inquietas
Quando Ropimed é utilizado para tratar a Síndroma das Pernas Inquietas, foram
comunicados os seguintes efeitos adversos:
Muito Frequentes (ocorrem em pelo menos 1 em 10 doentes tratados):
sensação de enjoos
Frequentes (ocorrem em pelo menos 1 em 100 e em menos do que 1 em 10 doentes
tratados):
-tonturas (ou sensação de andar com a cabeça à roda)
-sensação de sonolência
-fadiga (cansaço mental ou físico)
-dor de estômago
-sensação de desmaio
-nervosismo
Pouco frequentes (ocorrem em pelo menos 1 em 1000 e em menos do que 1 em 100
doentes tratados):
Confusão, alucinações. Pressão arterial reduzida que poderá provocar tonturas ou
desmaio especialmente quando se coloca em pé a partir de uma posição sentada ou
deitada.
Durante o tratamento com Ropimed poderá experimentar um agravamento pouco
habitual dos sintomas (p. ex. os sintomas pioram, iniciam-se mais cedo durante o
dia ou após um período em repouso mais curto, ou afectam outras partes do seu
corpo tais como os seus braços). Se isto ocorrer, deverá consultar o seu médico.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico o
mais rapidamente possível.
5. COMO CONSERVAR Ropimed
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Ropimed após após o prazo de validade impresso no {recipiente de
comprimidos ou} blister e na cartonagem. O prazo de validade corresponde ao
último dia do mês indicado.
Não conservar acima de 25°C.
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Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não
necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Ropimed
A substância activa é ropinirol. Cada comprimido revestido por película contém 0,25
mg, 0,5 mg, 1 mg, 2 mg, 3 mg, 4 mg ou 5 mg de ropinirol (sob a forma de
cloridrato).
Os outros componentes são lactose monoidratada, celulose microcristalina, amido de
milho pré-gelificado, estearato de magnésio, álcool polivinílico, dióxido de titânio
(E171), polietilenoglicol 3350 e talco. Adicionalmente os comprimidos de 0,5 mg
contêm óxido de ferro amarelo (E172); os comprimidos de 1 mg contêm óxido de
ferro amarelo (E172), laca de alumínio azul brilhante (E133) e óxido de ferro negro
(E172); os comprimidos de 2 mg contêm óxido de ferro amarelo (E172) e óxido de
ferro vermelho (E172); os comprimidos de 3 mg contêm carmim (E120) e laca de
alumínio de indigotina (E132); os comprimidos de 4 mg contêm óxido de ferro
amarelo (E172), óxido de ferro vermelho (E172) e óxido de ferro negro (E172); e os
comprimidos de 5 mg contêm laca de alumínio de indigotina (E132).
Qual o aspecto de Ropimed e conteúdo da embalagem
Comprimido revestido por película.
Os comprimidos revestidos por película de Ropimed 0,25 mg são redondos (7 mm de
diâmetro), brancos e biconvexos com R0,25 gravado numa das faces.
Os comprimidos revestidos por película de Ropimed 0,5 mg são redondos (7 mm de
diâmetro), amarelos e biconvexos com R0,5 gravado numa das faces.
Os comprimidos revestidos por película de Ropimed 1 mg são redondos (7 mm de
diâmetro), verdes e biconvexos com R1 gravado numa das faces.
Os comprimidos revestidos por película de Ropimed 2 mg são redondos (7 mm de
diâmetro), cor-de-rosa e biconvexos com R2 gravado numa das faces.
Os comprimidos revestidos por película de Ropimed 3 mg são redondos (8,5 mm de
diâmetro), roxos e biconvexos com R3 gravado numa das faces.
Os comprimidos revestidos por película de Ropimed 4 mg são redondos (9,5 mm de
diâmetro), cor-de-laranja e biconvexos com R4 gravado numa das faces.
Os comprimidos revestidos por película de Ropimed 5 mg são redondos (10,5 mm de
diâmetro), azuis e biconvexos com R5 gravado numa das faces.
Os comprimidos são embalados em blisters ou em recipientes de comprimidos
(PEAD) com tampa roscada resistente à abertura por crianças.
Apresentações:
Comprimidos revestidos por película de 0,25 mg:
Blister: 20, 21, 28, 60, 84, 126 e 210 comprimidos revestidos por película
Comprimidos revestidos por película de 0,5 mg:
Blister: 20, 21, 28, 60 e 84 comprimidos revestidos por película
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Comprimidos revestidos por película de 1 mg:
Blister: 20, 21, 28, 60 e 84 comprimidos revestidos por película
Comprimidos revestidos por película de 2 mg:
Blister: 20, 21, 28, 60 e 84 comprimidos revestidos por película
Comprimidos revestidos por película de 3 mg:
Blister: 20, 21, 28, 60 e 84 comprimidos revestidos por película
Comprimidos revestidos por película de 4 mg:
Blister: 20, 21, 28, 60 e 84 comprimidos revestidos por película
Comprimidos revestidos por película de 5 mg:
Blister: 20, 21, 28, 60 e 84 comprimidos revestidos por película
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.}
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Medis ehf.
Reykjavikurvegur 78
220 Hafnarfjöður
Iceland
Fabricante
Actavis Ltd
B16 Bulebel Industrial Estate, Zejtun ZTN 08
Malta
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados-Membros do Espaço
Económico Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Dinamarca: Ropimed
Alemanha: Ropimed 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg, 2 mg, 3 mg, 4 mg, 5 mg Filmtabletten
Itália: Ropinirolo Medis 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg, 2 mg, 5 mg compresse
Este folheto foi aprovado pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Ropimed 0,25 mg comprimidos revestidos por película
Ropimed 0,5 mg comprimidos revestidos por película
Ropimed 1 mg comprimidos revestidos por película
Ropimed 2 mg comprimidos revestidos por película
Ropimed 3 mg comprimidos revestidos por película
Ropimed 4 mg comprimidos revestidos por película
Ropimed 5 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido revestido por película contém 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg, 2 mg, 3 mg, 4
mg ou 5 mg de ropinirol (sob a forma de cloridrato).
Excipiente:
Ropimed 0,25 mg, comprimido revestido por película contém 88,615 mg lactose (sob a
forma de lactose monoidratada).
Ropimed 0,5 mg, comprimido revestido por película contém 88,344 mg lactose (sob a
forma de lactose monoidratada).
Ropimed 1 mg, comprimido revestido por película contém 87,803 mg lactose (sob a
forma de lactose monoidratada).
Ropimed 2 mg, comprimido revestido por película contém 86,720 mg lactose (sob a
forma de lactose monoidratada).
Ropimed 3 mg, comprimido revestido por película contém 130,080 mg lactose (sob a
forma de lactose monoidratada).
Ropimed 4 mg, comprimido revestido por película contém 173,440 mg lactose (sob a
forma de lactose monoidratada).
Ropimed 5 mg, comprimido revestido por película contém 216,800 mg lactose (sob a
forma de lactose monoidratada).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Os comprimidos revestidos por película de Ropimed 0,25 mg são redondos (7 mm de
diâmetro), brancos e biconvexos com R0,25 gravado numa das faces.
Os comprimidos revestidos por película de Ropimed 0,5 mg são redondos (7 mm de
diâmetro), amarelos e biconvexos com R0,5 gravado numa das faces.
Os comprimidos revestidos por película de Ropimed 1 mg são redondos (7 mm de
diâmetro), verdes e biconvexos com R1 gravado numa das faces.
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Os comprimidos revestidos por película de Ropimed 2 mg são redondos (7 mm de
diâmetro), cor-de-rosa e biconvexos com R2 gravado numa das faces.
Os comprimidos revestidos por película de Ropimed 3 mg são redondos (8,5 mm de
diâmetro), roxos e biconvexos com R3 gravado numa das faces.
Os comprimidos revestidos por película de Ropimed 4 mg são redondos (9,5 mm de
diâmetro), cor-de-laranja e biconvexos com R4 gravado numa das faces.
Os comprimidos revestidos por película de Ropimed 5 mg são redondos (10,5 mm de
diâmetro), azuis e biconvexos com R5 gravado numa das faces.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento da Doença de Parkinson:
como monoterapia na fase inicial de modo a atrasar o início da terapêutica com levodopa.
em associação com levodopa na fase mais avançada da doença quando o efeito da
levodopa está diminuído ou varia e são observadas flutuações (flutuações de “fim de
dose” ou “on-off”)
Para as dosagens de 0,25, 0,5, 1, 2, 3, 4 mg:
Tratamento sintomático da Síndroma das Pernas Inquietas idiopática moderada a grave
em posologias até 4 mg diários (ver secção 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
Via oral.
Recomenda-se titulação da dose individual de ropinirol em função da eficácia e da
tolerabilidade.
Adultos
Doença de Parkinson
O ropinirol deverá ser tomado três vezes por dia, preferencialmente com as refeições para
melhorar a tolerância gastrointestinal.
Início do tratamento: a dose inicial é de 0,25 mg de ropinirol três vezes por dia durante
uma semana. Em seguida a dose é gradualmente aumentada em 0,25 mg três vezes por
dia de acordo com a tabela 1 seguinte:
Tabela 1 – Titulação da dose de Ropinirol (Doença de Parkinson)
Semana
Dose unitária (mg)
0,25
0,75
Dose
diária
total
(mg)
0,75
2,25
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Regime terapêutico: Após a titulação inicial da dose, poderão ser efectuados incrementos
semanais de 0,5 mg a 1 mg de ropinirol três vezes por dia (1,5 a 3 mg/dia).
Poderá ser observada uma resposta terapêutica entre 3 e 9 mg/dia de ropinirol. Se não for
conseguido, ou mantido um controlo sintomático suficiente, a dose de ropinirol poderá
ser aumentada para 24 mg/dia. As doses superiores a 24 mg/dia não foram investigadas e
esta dose não deverá ser ultrapassada.
Se o tratamento for interrompido durante um ou mais dias deverá considerar-se o reinício
do tratamento usando a titulação da dose (ver acima).
Quando o ropinirol é administrado como terapêutica adjuvante da levodopa, a dose
concomitante de levodopa poderá ser gradualmente reduzida em cerca de 20% no total.
Quando se muda de um tratamento com outro agonista da dopamina para ropinirol,
deverão ser seguidas as orientações do fabricante relativas à descontinuação antes de
iniciar o ropinirol.
Tal como com outros agonistas da dopamina, o ropinirol deverá ser gradualmente
descontinuado através da redução do número de doses diárias ao longo do período de
uma semana.
Síndroma das Pernas Inquietas Idiopática
O ropinirol deverá ser tomado imediatamente antes de deitar, contudo a dose pode ser
tomada até 3 horas antes de ir para a cama. O ropinirol pode ser tomado com alimentos
para melhorar a tolerância gastrointestinal.
Início do tratamento (1.ª semana): a dose inicial recomendada é de 0,25 mg de ropinirol
uma vez por dia (administrada como indicado acima) durante 2 dias. Se esta dose for bem
tolerada, deve ser aumentada para 0,5 mg de ropinirol uma vez por dia durante o resto da
1.ª semana.
Regime terapêutico (da 2.ª semana em diante): após o início do tratamento, a dose diária
deve ser aumentada até se alcançar a resposta terapêutica óptima. A dose média nos
ensaios clínicos, em doentes com Síndroma das Pernas Inquietas moderada a grave, foi
de 2 mg de ropinirol uma vez por dia.
A dose pode ser aumentada para 1 mg de ropinirol uma vez por dia durante a segunda
semana. A dose pode ser posteriormente aumentada em 0,5 mg por semana ao longo das
duas semanas seguintes até uma dose de 2 mg de ropinirol uma vez por dia. Em alguns
doentes, a dose poderá ser aumentada gradualmente até um máximo de 4 mg de ropinirol
uma vez por dia, de modo a atingir a resposta óptima. Nos ensaios clínicos a dose foi
aumentada em 0,5 mg cada semana até 3 mg uma vez por dia e depois em 1 mg até à
dose máxima recomendada de 4 mg de ropinirol uma vez por dia, conforme descrito na
tabela 2. Não foram estudadas doses superiores a 4 mg uma vez por dia em doentes com
Síndroma das Pernas Inquietas.
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Tabela 2 – Titulação da dose de Ropinirol (Síndroma das Pernas Inquietas)
Semana
Dose
(mg)/uma
vez por dia
*Para atingir a resposta óptima em alguns doentes.
A resposta dos doentes ao ropinirol deverá ser avaliada após 3 meses de tratamento (ver
secção 5.1). Nessa altura a dose prescrita e a necessidade de tratamento continuado
deverão ser consideradas. Se o tratamento for interrompido durante mais de alguns dias
deverá ser reiniciado através de titulação da dose, conforme indicado acima.
Para
doses
não
realizáveis/praticáveis
esta
dosagem,
estão
disponíveis
outras
dosagens deste medicamento.
Informação geral para todas as indicações terapêuticas
Crianças e adolescentes
Não é recomendado a utilização de Ropimed em crianças e adolescentes com idade
inferior a 18 anos devido à ausência de dados sobre segurança e eficácia.
Idosos
A depuração do ropinirol e menor em doentes com idade superior a 65 anos. O aumento
da dose deverá ser efectuado gradualmente e titulado em função da resposta sintomática.
Compromisso renal
Não
necessário
ajuste
posológico
doentes
compromisso
renal
ligeiro
moderado (depuração da creatinina entre 30 e 50 ml/min.).
Compromisso hepático
Ropimed está contra-indicado em doentes com compromisso hepático (ver secção 4.3).
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Compromisso renal grave (depuração da creatinina <30 ml/min.).
Compromisso hepático.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
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Doença
Parkinson,
ropinirol
sido
associado
pouco
frequentemente
sonolência e episódios de adormecimento súbito durante as actividades do quotidiano, em
alguns casos sem consciencialização nem sinais de aviso (ver secção 4.8). No entanto, na
Síndroma das Pernas Inquietas, este fenómeno é muito raro. Contudo, todos os doentes
devem ser informados sobre este fenómeno e aconselhados a executarem com precaução
tarefas como conduzir ou operar máquinas durante o tratamento com ropinirol. Os
doentes que sofreram sonolência e/ou um episódio de adormecimento súbito devem
evitar conduzir ou operar máquinas. Poderá, ainda ser considerada uma redução da
posologia ou a interrupção da terapêutica.
doentes
perturbações
psicóticas
importantes
deverão
tratados
agonistas da dopamina se os potenciais benefícios forem superiores aos riscos.
O ropinirol não deve ser usado no tratamento da acatisia neuroléptica, taquicinesia
(tendência compulsiva para andar induzida por neurolépticos), ou Síndroma das Pernas
Inquietas secundária (p. ex., provocada por insuficiência renal, anemia por deficiência de
ferro ou gravidez).
Durante o tratamento com ropinirol, poderão ser observados agravamentos paradoxais
sintomas
Síndroma
Pernas
Inquietas
ocorrem
início
precoce
(aumento), e recorrência dos sintomas nas primeiras horas da manhã (rebound matinal).
Se isto ocorrer, o tratamento deverá ser revisto e poderá ser considerado o ajuste
posológico ou a descontinuação do tratamento.
Devido
risco
hipotensão,
doentes
doença
cardiovascular
grave
particular insuficiência coronária) deverão ser tratados com precaução e recomenda-se a
verificação da pressão arterial, em particular no início do tratamento.
Foram notificados distúrbios de controlo dos impulsos
incluindo jogo patológico e
hipersexualidade, e aumento da libido, em doentes tratados com agonistas da dopamina,
incluindo ropinirol, principalmente para a doença de Parkinson. Estes distúrbios foram
notificados especialmente com doses elevadas e eram geralmente reversíveis com a
redução da dose ou a descontinuação do tratamento (ver secção 4.8).
Ropimed contém lactose monoidratada. Os doentes com problemas hereditários raros de
intolerância
galactose,
deficiência
Lapp-lactase
absorção
glucose-
galactose não devem tomar este medicamento.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
O ropinirol é principalmente metabolizado pela isoenzima CYP1A2 do citocromo P450.
Um estudo farmacocinético (com uma dose de ropinirol de 2 mg, três vezes por dia)
revelou que a ciprofloxacina aumentou a Cmáx e a AUC do ropinirol em 60% e 84%
respectivamente, com um potencial risco de feitos adversos. Portanto, em doentes em
tratamento com ropinirol, poderá ser necessário ajustar a dose de ropinirol quando forem
APROVADO EM
12-11-2008
INFARMED
prescritos ou retirados medicamentos que se sabe inibirem a CYP1A2, por exemplo
ciprofloxacina, enoxacina ou fluvoxamina.
Num estudo realizado sobre a interacção farmacocinética entre o ropinirol (numa dose de
2 mg, três vezes por dia) e a teofilina, um substrato da CYP1A2, não se observaram
quaisquer alterações na farmacocinética do ropinirol ou da teofilina. Portanto, não é
esperado que o ropinirol possa competir com o metabolismo de outros medicamentos
metabolizados pela CYP1A2.
Sabe-se que o tabagismo pode induzir o metabolismo da CYP1A2, portanto se os doentes
deixarem de fumar ou começarem a fumar durante o tratamento com ropinirol, poderá ser
necessário um ajuste da dose.
Foi observado um aumento das concentrações plasmáticas de ropinirol em doentes
tratados
terapêutica
substituição
hormonal.
doentes
medicados
terapêutica de substituição hormonal, o tratamento com ropinirol pode iniciar-se como
habitualmente. Contudo, poderá ser necessário ajustar a dose de ropinirol, em função da
resposta
clínica,
caso
terapêutica
substituição
hormonal
seja
interrompida
introduzida durante o tratamento com ropinirol.
Não foi observada qualquer interacção farmacocinética entre o ropinirol e a levodopa ou
a domperidona que justificasse um ajuste posológico de qualquer um dos medicamentos.
Os neurolépticos e outros antagonistas da dopamina de acção central, tais como a sulprida
ou a metoclopramida, poderão diminuir a eficácia do ropinirol e, portanto, a utilização
concomitante destes medicamentos com ropinirol deverá ser evitada.
Não está disponível informação sobre o potencial de interacção entre o ropinirol e o
álcool. Tal como com outros medicamentos de acção central, os doentes devem ser
advertidos contra a toma de ropinirol juntamente com álcool.
A co-administração de ropinirol com agentes anti-hipertensores e antiarrítmicos não foi
estudada.
Num estudo em doentes com Doença de Parkinson que estavam a receber digoxina, não
foi observada qualquer interacção que justificasse um ajuste posológico.
4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez
Não existem dados suficientes sobre a utilização de ropinirol em mulheres grávidas.
Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Dado que o
potencial risco para o ser humano é desconhecido, recomenda-se que o ropinirol não seja
utilizado durante a gravidez a menos que o potencial benefício para a doente seja superior
ao potencial risco para o feto.
APROVADO EM
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INFARMED
Aleitamento
O ropinirol não deverá ser utilizado em mulheres a amamentar pois poderá inibir o
aleitamento.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Ropimed pode influenciar a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Os doentes
deverão
avisados
sobre
possibilidade
ocorrência
tonturas
(incluindo
vertigens).
Os doentes que estão a ser tratados com ropinirol e que apresentem sonolência e/ou
episódios
adormecimento
súbito
devem
informados
para
evitar
conduzir
realizar actividades em que o comprometimento do estado de vigília possa colocá-los, ou
aos outros, em risco de sofrer lesões graves ou de morte(p. ex., operar máquinas) até que
esses efeitos se resolvam (ver também Secção 4.4).
4.8 Efeitos adversos
As reacções adversas ao medicamento apresentadas de seguida estão classificadas por
sistemas de classes de órgãos e frequência. As frequências estão definidas como: muito
frequentes (
1/10), frequentes (
1/100, <1/10), pouco frequentes (
1/1000, <1/1/100),
raras (
1/10000, <1/1000), muito raras (<1/10000), desconhecida (não pode ser estimada
a partir dos dados disponíveis).
Utilização do ropinirol na Doença de Parkinson
As reacções adversas ao medicamento notificadas em ensaios clínicos em doentes com
Doença de Parkinson sob monoterapia e terapêutica adjuvante com ropinirol em doses até
mg/dia
incidência
superior
observada
placebo,
como
provenientes de dados pós-comercialização, são descritas em seguida.
Tabela 3 – Reacções adversas ao medicamento na Doença de Parkinson
Doenças do foro psiquiátrico
Frequentes
Alucinações
Terapêutica adjuvante: confusão
Pouco
frequentes
Reacções
psíquicas
(outras
não
alucinações)
incluindo
delírio,
ilusões, paranóia.
Desconhecida
Jogo patológico, hipersexualidade e aumento da libido, (ver secção 4.4)
Doenças do sistema nervoso
Muito
Frequentes
Sonolência.
Monoterapia: Síncope
Terapêutica adjuvante: Discinesia
Frequentes
Tonturas (incluindo vertigens)
Pouco
frequentes
Adormecimento
súbito,
sonolência
pronunciada
durante
dia.
ropinirol
pode
provocar
sonolência
(pouco
frequentemente)
associado a fadiga pronunciada durante o dia e episódios em que o
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doente adormece subitamente.
Doenças vasculares
Pouco
frequentes
Hipotensão postural, hipotensão, que raramente são graves
Doenças gastrointestinais
Muito
Frequentes
Náuseas
Frequentes
Azia
Monoterapia: dor abdominal, vómitos
Afecções hepatobiliares
Desconhecida
Reacções hepáticas, particularmente aumentos das enzimas hepáticas
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes
Monoterapia: edema das pernas
Utilização de ropinirol na Síndroma das Pernas Inquietas
Nos ensaios clínicos da Síndroma das Pernas Inquietas as náuseas constituíram a reacção
adversa ao medicamento mais frequente(aproximadamente 30% dos doentes). Os efeitos
adversos foram normalmente ligeiros a moderados e verificados no início da terapêutica
ou aquando de um aumento da dose e poucos doentes abandonaram os ensaios clínicos
devido a efeitos adversos. A Tabela 4 apresenta as reacções adversas ao medicamento
notificadas para o ropinirol nos ensaios clínicos com duração de 12 semanas numa taxa
1,0%
acima
taxa
verificada
para
placebo,
como
notificadas
pouco
frequentemente mas com relação conhecida com o ropinirol.
Tabela 4 - Reacções adversas ao medicamento notificadas em ensaios clínicos com
duração de 12 semanas na Síndroma das Pernas Inquietas (ropinirol n=309, placebo
n=307)
Doenças do foro psiquiátrico
Frequentes
Nervosismo
Pouco
frequentes
Confusão
Doenças do sistema nervoso
Frequentes
Síncope, sonolência, tonturas (incluindo vertigens)
Doenças vasculares
Pouco
frequentes
Hipotensão postural, hipotensão
Doenças gastrointestinais
Muito
Frequentes
Vómitos, náuseas
Frequentes
Dor abdominal
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes
Fadiga
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INFARMED
Foram notificadas pouco frequentemente alucinações nos estudos de longo prazo sem
ocultação.
Poderão ser observados agravamentos paradoxais dos sintomas de Síndroma das Pernas
Inquietas que ocorrem com início precoce (aumento), e recorrência dos sintomas nas
primeiras horas da manhã (rebound matinal) durante o tratamento com ropinirol.
Resolução dos efeitos adversos
Deverá ser considerada uma redução da dose se os doentes sentirem efeitos adversos
significativos. Se o efeito adverso diminuir de intensidade, pode ser reinstituído um
aumento gradual da dose. Se necessário, poderão ser utilizados medicamentos para
combater as náuseas que não sejam antagonistas da dopamina de acção central, como a
domperidona.
4.9 Sobredosagem
Pensa-se que os sintomas de sobredosagem com ropinirol estejam relacionados com a sua
actividade
dopaminérgica.
Estes
sintomas
poderão
aliviados
terapêutica
adequada com antagonistas da dopamina tais como neurolépticos ou metoclopramida.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
2.5.2
Sistema
nervoso
central.
Antiparkinsónicos,
Dopaminomiméticos.
Código ATC: N04BC04.
O ropinirol é um agonista da dopamina não ergolínico D2/D3 que estimula os receptores
da dopamina do estriado.
Doença de Parkinson
A doença de Parkinson é caracterizada por uma pronunciada deficiência de dopamina no
sistema substância negra - corpo estriado. O ropinirol alivia esta deficiência através da
estimulação dos receptores da dopamina do estriado.
O ropinirol actua no hipotálamo e na pituitária inibindo a secreção de prolactina.
Síndroma das pernas inquietas
Ropimed só deverá ser prescrito a doentes com Síndroma das Pernas Inquietas idiopática
moderada a grave. A Síndroma das Pernas Inquietas idiopática moderada a grave é
normalmente representada por doentes que sofrem de insónia ou grave desconforto nos
membros.
Nos quatros estudos de eficácia com a duração de 12 semanas, os doentes com Síndroma
das Pernas Inquietas foram aleatorizados por ropinirol ou placebo, tendo sido comparados
os efeitos nos valores da escala IRLS na semana 12 com os valores basais.
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INFARMED
A dose média de ropinirol nos doentes com Síndroma das Pernas Inquietas moderada a
grave foi de 2,0 mg/dia. Numa análise combinada de doentes com Síndroma das Pernas
Inquietas moderada a grave nos quatro estudos com duração de 12 semanas, as diferenças
do tratamento ajustadas para a alteração relativamente aos valores basais da pontuação
total da escala IRLS na semana 12, na última observação realizada (LOCF) na população
em intenção de tratar foram de -4,0 pontos (IC 95% -5,6, -2,4, p<0,0001; pontuações
médias na IRLS, no início do estudo e na semana 12 com LOCF: ropinirol 28,4 e 13,5;
placebo 28,2 e 17,4).
Um estudo polissonográfico controlado por placebo, com duração de 12 semanas em
doentes com Síndroma das Pernas Inquietas, avaliou o efeito do tratamento com ropinirol
nos movimentos periódicos das pernas durante o sono. Foi observada uma diferença
estatisticamente significativa nos movimentos periódicos das pernas durante o sono, entre
ropinirol e o placebo desde o início do estudo até à semana 12.
Embora não estejam disponíveis dados suficientes para demonstrar adequadamente a
eficácia a longo prazo do ropinirol na Síndroma das Pernas Inquietas (ver secção 4.2),
num estudo com duração de 36 semanas, os doentes que mantiveram a terapêutica com
ropinirol apresentaram uma taxa de recaídas significativamente menor comparativamente
com os doentes aleatorizados para o grupo placebo (33% versus 58%, p=0,0156).
Uma análise combinada dos dados de doentes com Síndroma das Pernas Inquietas
moderada a grave, nos quatro estudos controlados com placebo e duração de 12 semanas,
indicou que os doentes tratados com ropinirol apresentaram melhorias significativas em
relação ao grupo do placebo no que respeita aos parâmetros da Medical Outcome Study
Sleep Scale (valores entre 0-100 com excepção da quantidade de sono). As diferenças do
tratamento ajustadas entre o ropinirol e o placebo foram: perturbações do sono (-15 2, IC
95% -19,37, -10,94; p<0,0001), quantidade de sono (0,7 horas, IC 95% 0,49, 0,94);
p<0,0001), adequação do sono (18,6, IC 95% 13,77, 23,45; p<0,0001) e sonolência
diurna (-7,5, IC 95% -10,86, -4,23; p<0,0001).
Não se pode excluir o fenómeno de rebound após a descontinuação do tratamento com
ropinirol (rebound de fim de tratamento). Nos ensaios clínicos, embora os valores médios
de IRLS 7-10 dias após a descontinuação da terapêutica fossem mais elevados em
doentes tratados com ropinirol do que nos doentes a receber placebo, a gravidade dos
sintomas após descontinuação da terapêutica não excedeu na generalidade a avaliação no
início do estudo efectuada em doentes tratados com ropinirol.
Nos estudos clínicos a maioria dos doentes era de origem Caucasiana.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A biodisponibilidade do ropinirol é de aproximadamente 50% (36% a 57%), e a C
máx
atinge-se em média 1,5 horas após a administração da dose. Na presença de alimentos, a
máx
demora aproximadamente mais 2,6 horas a ser atingida e o pico plasmático é
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reduzido em 25%, sem qualquer efeito na quantidade biodisponível. A biodisponibilidade
do ropinirol apresenta uma grande variação inter-individual.
Distribuição
A ligação do ropinirol às proteínas plasmáticas não é elevada (10-40%), e não tem
qualquer
efeito
distribuição,
muito
extensa
(volume
distribuição
aproximadamente de 7 l/kg).
Metabolismo
O ropinirol é metabolizado principalmente pela isoforma CYP1A2 do citocromo P450.
Nenhum dos muitos metabolitos formados está envolvido na actividade resultante do
medicamento e estudos da função dopaminérgica em modelos animais, demonstraram
que o seu principal metabolito tem uma potência 100 vezes inferior à do ropinirol.
Com base em dados de estudos in vitro, o ropinirol tem um baixo potencial para inibir o
citocromo P450 em doses terapêuticas baixas. Assim, é pouco provável que em doses
terapêuticas baixas o ropinirol possa afectar as farmacocinéticas de outros medicamentos,
através de um mecanismo que envolva o citocromo P450.
Eliminação
O ropinirol inalterado e os seus metabolitos são excretados principalmente pelos rins. O
tempo de semi-vida de eliminação do ropinirol é, em média, de 6 (3-10) horas.
Linearidade
As farmacocinéticas do ropinirol são globalmente lineares (C
máx
e AUC) no intervalo
terapêutico entre 0,25 mg e 4 mg, após uma administração única e repetida.
Características relacionadas com a população
Em doentes com idade superior a 65 anos, poderá ocorrer uma redução da depuração
sistémica do ropinirol em cerca de 30%.
Em doentes com insuficiência renal ligeira a moderada (depuração da creatinina entre 30
e 50 ml/min), não foi observada qualquer alteração na farmacocinética do ropinirol. Não
estão disponíveis dados em doentes com compromisso renal grave.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Toxicologia:
perfil
toxicológico
determinado
principalmente
pela
actividade
farmacológica
medicamento:
alterações
comportamentais,
hipoprolactinemia,
diminuição da pressão arterial e da frequência cardíaca, ptose e salivação. Apenas no
rato albino foi observada degenerescência da retina num estudo de longa duração com
uma dose elevada (50 mg/kg), provavelmente associada a uma exposição aumentada à
luz.
Genotoxicidade: não se observou genotoxicidade na bateria habitual de testes in vitro e in
vivo.
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Carcinogenicidade: nos estudos de dois anos realizados em ratinhos e no rato com
posologias até 50 mg/kg não houve indícios de qualquer efeito carcinogénico no ratinho.
No rato, as únicas lesões relacionadas com o medicamento foram hiperplasia de células
de Leydig e adenoma testicular resultantes do efeito hipoprolactinémico do ropinirol.
Estas lesões consideram-se um fenómeno específico da espécie e não constituem um
risco relativamente à utilização clínica do ropinirol.
Toxicidade Reprodutiva: a administração de ropinirol a ratos fêmea grávidas em doses
maternalmente
tóxicas
resultou
peso
corporal
fetal
diminuído
mg/kg
(aproximadamente 15 vezes a AUC para a dose máxima em seres humanos), morte fetal
aumentada com 90 mg/kg (aproximadamente 25 vezes a AUC para a dose máxima em
seres humanos) e malformações dos dedos com 150 mg/kg (aproximadamente 40 vezes a
AUC para a dose máxima em seres humanos). Não houve nenhum efeito teratogénico no
rato com 120 mg/kg (aproximadamente 30 vezes a AUC para a dose máxima em seres
humanos) e nenhuma indicação de efeito no desenvolvimento no coelho.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo do comprimido:
Lactose monoidratada
Celulose microcristalina
Amido de milho pré-gelificado
Estearato de magnésio
Revestimento por película:
Álcool polivinílico
Dióxido de titânio E 171
Macrogol 3350
Talco
Ropimed 0,5 mg contém adicionalmente: óxido de ferro amarelo (E172)
Ropimed 1 mg contém adicionalmente: óxido de ferro amarelo (E172), laca de alumínio
azul brilhante (E133), óxido de ferro negro (E172)
Ropimed 2 mg contém adicionalmente: óxido de ferro amarelo (E172), óxido de ferro
vermelho (E172)
Ropimed 3 mg contém adicionalmente: carmim (E120), laca de alumínio de indigotina
(E132)
Ropimed 4 mg contém adicionalmente: óxido de ferro amarelo (E172), óxido de ferro
vermelho (E172), óxido de ferro negro (E172)
Ropimed 5 mg contém adicionalmente: laca de alumínio de indigotina (E132)
6.2 Incompatibilidades
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INFARMED
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
Blister PVC/Aclar/Alumínio: 9 meses
Blister Alumínio/Alumínio: 1 ano.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25°C.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters: blisters em PVC/Aclar/Alumínio; blisters em Alumínio/Alumínio.
Apresentações:
Comprimidos revestidos por película de 0,25 mg:
Blister: 20, 21, 28, 60, 84, 126 e 210 comprimidos revestidos por película
Comprimidos revestidos por película de 0,5 mg:
Blister: 20, 21, 28, 60 e 84 comprimidos revestidos por película
Comprimidos revestidos por película de 1 mg:
Blister: 20, 21, 28, 60 e 84 comprimidos revestidos por película
Comprimidos revestidos por película de 2 mg:
Blister: 20, 21, 28, 60 e 84 comprimidos revestidos por película
Comprimidos revestidos por película de 3 mg:
Blister: 20, 21, 28, 60 e 84 comprimidos revestidos por película
Comprimidos revestidos por película de 4 mg:
Blister: 20, 21, 28, 60 e 84 comprimidos revestidos por película
Comprimidos revestidos por película de 5 mg:
Blister: 20, 21, 28, 60 e 84 comprimidos revestidos por película
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.}
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
APROVADO EM
12-11-2008
INFARMED
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Medis ehf.
Reykjavikurvegur 78
220 Hafnarfjöður
Iceland
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
<[A ser completado nacionalmente]>
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
<[A ser completado nacionalmente]>
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
APROVADO EM
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