Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
09-08-2011
09-08-2011
APROVADO EM
09-08-2011
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Rivoder 4,5 mg cápsulas
Rivastigmina
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
-Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
-Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
-Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
-Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Rivoder e para que é utilizado
2. Antes de tomar Rivoder
3. Como tomar Rivoder
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Rivoder
6. Outras informações
1. O QUE É RIVODER E PARA QUE É UTILIZADO
O Rivoder pertence a uma classe de substâncias denominada inibidores da colinesterase.
O Rivoder utiliza-se para o tratamento de perturbações da memória em doentes com
doença de Alzheimer.
Rivoder
utiliza-se
para
tratamento
demência
doentes
doença
Parkinson.
2. ANTES DE TOMAR RIVODER
Antes de tomar Rivoder é importante que leia a secção seguinte e que esclareça quaisquer
dúvidas que possa ter com o seu médico.
Não tome Rivoder
-se tem alergia (hipersensibilidade) à Rivastigmina, outros derivados do carbamato, ou a
qualquer outro componente de Rivoder.
-se tem problemas hepáticos graves.
Tome especial cuidado com Rivoder
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-se tem, ou se alguma vez teve, alteração da função renal ou do fígado, ritmo cardíaco
irregular, uma úlcera de estômago activa, asma ou doença respiratória grave, dificuldades
em urinar ou convulsões (ataques ou tremores).
-se não tomou Rivoder durante vários dias, não tome a próxima dose até ter consultado o
seu médico.
-se sentir reacções gastrointestinais como náuseas e vómitos.
-se tiver um peso corporal baixo.
-se sofrer de tremores.
Se alguma destas situações se aplicar a si, o seu médico pode necessitar de o acompanhar
mais regularmente enquanto está a tomar este medicamento.
A utilização de RIVODER em crianças e adolescentes (idade inferior a 18 anos) não é
recomendada.
Ao tomar Rivoder com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente
outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Em caso de ter de se submeter a cirurgia enquanto estiver a tomar Rivoder, deve informar
médico
antes
serem
administrados
anestésicos,
porque
Rivoder
pode
potenciar os efeitos de alguns relaxantes musculares durante a anestesia.
O Rivoder não deve ser administrado ao mesmo tempo que outros medicamentos com
efeito
semelhante
Rivoder.
Rivoder
pode
interferir
medicamentos
anticolinérgicos (medicamentos utilizados para o alívio de cãibras ou espasmos do
estômago, para tratar a doença de Parkinson ou para prevenção do enjoo em viagem).
Gravidez e aleitamento
É preferível evitar tomar Rivoder durante a gravidez, a não ser que seja claramente
necessário. Comunique ao seu médico se ficar grávida durante o tratamento. As mulheres
que estejam a tomar o Rivoder não devem amamentar. Consulte o seu médico ou
farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
A sua doença pode prejudicar a sua capacidade de conduzir ou utilizar máquinas e não
deverá realizar tais actividades a não ser que o seu médico lhe diga que é seguro fazê-lo.
O Rivoder pode causar tonturas e sonolência, principalmente no início do tratamento ou
quando se aumenta a dose. Se sentir estes efeitos, não deverá conduzir nem utilizar
máquinas.
3. COMO TOMAR RIVODER
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Tomar Rivoder sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico
ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Engula as cápsulas inteiras com uma bebida, sem as abrir ou esmagar.
Deve tomar Rivoder duas vezes por dia com a comida (de manhã e à noite).
O seu médico irá dizer-lhe qual a posologia de Rivoder a tomar, começando com uma
dose baixa e aumentando gradualmente, dependendo da forma como reage ao tratamento.
A dose mais elevada que pode ser tomada é de 6,0 mg, duas vezes por dia. Se não tomou
Rivoder durante vários dias, não tome a próxima dose até ter consultado o seu médico.
Para beneficiar do seu medicamento, deve tomá-lo todos os dias.
Comunique a quem estiver a cuidar de si que está a tomar Rivoder.
Este medicamento deverá somente ser prescrito por um especialista e o seu médico
deverá regularmente avaliar se o tratamento está a ter o efeito desejado. O seu médico irá
vigiar o seu peso enquanto estiver a tomar este medicamento.
Se tomar mais Rivoder do que deveria
Comunique ao seu médico se verificar que acidentalmente tomou mais Rivoder do que
lhe foi receitado. Pode necessitar de assistência médica. Algumas pessoas que tomaram
acidentalmente uma quantidade excessiva de Rivastigmina tiveram náuseas, vómitos,
diarreia, pressão arterial elevada e alucinações. Podem também ocorrer ritmo cardíaco
lento e desmaio.
Caso se tenha esquecido de tomar Rivoder
Se verificar que se esqueceu de tomar uma dose de Rivoder aguarde e tome a próxima
dose à hora habitual. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se
esqueceu de tomar.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Rivoder pode causar efeitos secundários, no entanto estes
não se manifestam em todas as pessoas.
A tendência para
sentir efeitos
indesejáveis é
maior quando inicia a toma do seu
medicamento
aumenta
para
dose
superior.
efeitos
indesejáveis
irão
provavelmente desaparecer gradualmente, assim que o seu organismo se habituar ao
medicamento.
Os efeitos secundários muito frequentes (afectam mais de 1 doente em 10) são tonturas,
náuseas, vómitos, diarreia e perda de apetite.
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Os efeitos secundários frequentes (afectam 1 a 10 doentes em 100) são: azia, dores de
estômago,
cabeça,
agitação,
confusão,
fraqueza,
fadiga,
transpiração,
sensação geral de mal-estar, perda de peso e tremores.
Pouco frequentemente (afectam 1 a 10 doentes em 1.000), os doentes queixaram-se de
depressão, dificuldade em dormir, alterações da função hepática, desmaio ou quedas
acidentais.
Raramente (afectam 1 a 10 doentes em 10.000), os doentes tiveram dor no peito, crises
epilépticas (ataques ou convulsões), erupções cutâneas, úlceras gástricas e intestinais.
Muito raramente (afectam menos de 1 doente em 10.000), os doentes tiveram hemorragia
gastrointestinal (sangue nas fezes ou ao vomitar), infecções do tracto urinário, inflamação
do pâncreas (dor forte na parte superior do estômago, frequentemente acompanhada de
náuseas e vómitos), problemas com o ritmo cardíaco (ritmo cardíaco rápido ou lento),
pressão
arterial
elevada,
alucinações,
agravamento
doença
Parkinson
desenvolvimento de sintomas semelhantes (rigidez muscular, dificuldade em efectuar
movimentos).
Desconhecido (a frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis):
vómitos graves que podem levar a ruptura do esófago (o tubo que liga a boca ao
estômago).
Os doentes com demência associada à doença de Parkinson podem sentir alguns efeitos
secundários
mais
frequentemente
podem
também
alguns
efeitos
secundários
adicionais: tremores (muito frequentes), dificuldade em dormir, ansiedade, agitação,
agravamento da doença de Parkinson ou desenvolvimento de sintomas similares (rigidez
muscular, dificuldade em efectuar determinados movimentos), movimentos muito lentos
ou involuntários, ritmo cardíaco lento, aumento da secreção de saliva e desidratação
(frequentes),
ritmo
cardíaco
irregular
fraco
controlo
movimentos
(pouco
frequentes).
Efeitos
secundários
adicionais
foram
notificados
Rivastigmina
sistemas
transdérmicos: confusão grave, ansiedade, febre (frequentes).
Se tais sintomas ocorrerem, contacte o seu médico pois pode necessitar de assistência. Se
algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não
mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR RIVODER
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Rivoder após o prazo de validade impresso na embalagem exterior, “após
EXP”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
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6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Rivoder
substância
activa
hidrogenotartarato
Rivastigmina.
Cada cápsula contém hidrogenotartarato de Rivastigmina correspondente a 4,5 mg de
Rivastigmina.
-Os outros componentes são:
Conteúdo da cápsula:
Hipromelose
Sílica coloidal anidra
Celulose microcristalina
Estearato de magnésio
Revestimento da cápsula:
Gelatina
Laurilsulfato de sódio
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro amarelo (E172)
Óxido de ferro vermelho (E172)
Tinta de impressão branca:
Verniz shellac, dióxido de titânio (E171)
Qual o aspecto de Rivoder e conteúdo da embalagem
RIVODER 4,5 mg contém um pó branco a esbranquiçado e possui cabeça e corpo
vermelhos, com a marcação “R4.5” impressa no corpo com tinta branca.
cápsulas
estão
acondicionadas
blister,
disponíveis
nove
tamanhos
embalagem diferentes (28, 30, 50, 56, 60, 100, 112, 120 ou 250 cápsulas) e em frascos
plástico
cápsulas.
possível
não
sejam
comercializadas
todas
apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Welding GmbH & Co.KG
Esplanade 39
20354 Hamburg
Alemanha
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico
Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Alemanha: Rivoder
Áustria: Rivoder
Grécia: Rivoder
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Finlândia: Rivoder
Poland. Rivoder
Portugal: Rivoder
Este folheto foi aprovado pela última vez em:
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Rivoder 4,5 mg cápsulas
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada cápsula contém hidrogenotartarato de rivastigmina correspondente a 4,5 mg de
rivastigmina.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsula.
branco
esbranquiçado
numa
cápsula
cabeça
corpo
vermelhos,
marcação “R4.5” impressa no corpo da cápsula com tinta branca.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento sintomático da demência de Alzheimer ligeira a moderadamente grave.
Tratamento sintomático da demência ligeira a moderadamente grave em doentes com
doença de Parkinson idiopática.
4.2 Posologia e modo de administração
O tratamento deve ser iniciado e supervisionado por um médico com experiência no
diagnóstico e tratamento da demência de Alzheimer ou da demência associada à doença
de Parkinson. O diagnóstico deve ser feito de acordo com as linhas de orientação actuais.
A terapêutica com rivastigmina só deve ser iniciada se estiver disponível um prestador de
cuidados para vigiar regularmente a ingestão do medicamento pelo doente.
A rivastigmina deve ser administrada duas vezes por dia, com as refeições da manhã e da
noite. As cápsulas devem ser engolidas inteiras.
Dose inicial: 1,5 mg, duas vezes por dia.
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Titulação da dose: A dose inicial é de 1,5 mg, duas vezes por dia. Se esta dose for bem
tolerada após um mínimo de duas semanas de tratamento, a dose pode ser aumentada
para 3 mg, duas vezes por dia. Aumentos subsequentes para 4,5 mg e mais tarde para 6
mg, duas vezes por dia, devem ser também baseados na boa tolerância da dose em curso,
e podem ser considerados após um mínimo de duas semanas de tratamento naquele nível
de dose.
Se forem observadas reacções adversas (ex.: náuseas, vómitos, dor abdominal ou perda
de apetite), diminuição do peso ou agravamento dos sintomas extrapiramidais (ex.:
tremor) em doentes com demência associada à doença de Parkinson durante o tratamento,
estes podem responder à omissão de uma ou mais tomas. Se as reacções adversas
persistirem, a dose diária deve ser temporariamente reduzida para a dose anterior bem
tolerada ou o tratamento poderá ser interrompido.
Dose de manutenção: A dose eficaz é de 3 a 6 mg, duas vezes por dia; para alcançar o
máximo benefício terapêutico os doentes devem ser mantidos na dose mais elevada bem
tolerada. A dose diária máxima recomendada é de 6 mg, duas vezes por dia.
tratamento
manutenção
pode
continuado
enquanto
existir
benefício
terapêutico para o doente. Por esta razão, o benefício clínico da rivastigmina deve ser
reavaliado numa base regular, especialmente em doentes tratados com doses inferiores a
3 mg, duas vezes por dia. Se após 3 meses de tratamento em dose de manutenção o
doente não apresentar uma mudança favorável na sua taxa de declínio nos sintomas de
demência, o tratamento deverá ser
interrompido. A
interrupção deverá também
considerada quando o efeito terapêutico deixar de ser evidente.
A resposta individual à rivastigmina não pode ser prevista. Contudo, um maior efeito
terapêutico foi verificado em doentes com demência moderada associada à doença de
Parkinson. Do mesmo modo, um efeito terapêutico superior foi observado em doentes
com doença de Parkinson com alucinações visuais (ver secção 5.1).
Os efeitos do tratamento não foram estudados em ensaios controlados com placebo além
de 6 meses.
Reinício da terapêutica: Se o tratamento for interrompido durante mais do que vários
dias, deve ser reiniciado com uma dose de 1,5 mg, duas vezes por dia. A titulação da dose
deve então ser realizada como acima descrito.
Insuficiência renal e hepática: Devido ao aumento da exposição no caso de insuficiência
renal moderada e hepática ligeira a moderada, devem ser cuidadosamente seguidas as
recomendações da posologia para titulação, de acordo com a tolerabilidade individual
(ver secção 5.2).
Os doentes com insuficiência hepática grave não foram estudados (ver secção 4.3).
Crianças: A rivastigmina não é recomendada em crianças.
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4.3 Contra-indicações
O uso deste medicamento está contra-indicado em doentes com:
-hipersensibilidade à substância activa, a outros derivados do carbamato ou a qualquer
um dos excipientes utilizados na formulação;
-insuficiência hepática grave, já que não foi estudado nesta população.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
A incidência e gravidade das reacções adversas geralmente aumentam com as doses mais
elevadas. Se o tratamento for interrompido durante mais do que vários dias, deve ser
reiniciado
dose
duas
vezes
dia,
modo
reduzir
possibilidade de reacções adversas (ex.: vómitos).
Titulação de dose: Foram observadas reacções adversas (ex: hipertensão e alucinações
em doentes com demência de Alzheimer, e agravamento dos sintomas extrapiramidais,
em particular tremor, em doentes com demência associada à doença de Parkinson) pouco
depois de um aumento de dose. Estes podem responder a uma redução da dose. Noutros
casos, a Rivastigmina foi interrompida (ver secção 4.8).
Podem
ocorrer
perturbações
gastrointestinais
tais
como
náuseas
vómitos,
particularmente quando se inicia o tratamento e/ou se aumenta a dose. Estas reacções
adversas ocorrem mais vulgarmente nas mulheres. Os doentes com doença de Alzheimer
podem perder peso. Os inibidores da colinesterase, incluindo a rivastigmina, têm sido
associados a perda de peso nestes doentes. Durante a terapêutica, o peso dos doentes deve
ser vigiado.
Em caso de vómitos graves associados ao tratamento com rivastigmina, deverá ser feito
um ajuste de dose apropriado, tal como recomendado na secção 4.2. Alguns casos de
vómitos
graves
estavam
associados
ruptura
esofágica
(ver
secção
4.8).
Estes
acontecimentos
ocorreram
particularmente
após
incrementos
dose
após
administração de doses elevadas de rivastigmina.
Deve tomar-se cuidado quando se utiliza rivastigmina em doentes com síndrome do
nódulo
sinusal
defeitos
condução
(bloqueio
sinoauricular,
bloqueio
auriculoventricular) (ver secção 4.8).
A rivastigmina pode causar aumento das secreções ácidas gástricas. Deve tomar-se
cuidado
tratar
doentes
úlceras
gástricas
duodenais
activas
doentes
predispostos a estas condições.
Os inibidores da colinesterase devem ser prescritos com cuidado em doentes com história
clínica de asma ou doença pulmonar obstrutiva.
colinomiméticos
podem
induzir
exacerbar
obstrução
urinária
convulsões.
Recomenda-se precaução ao tratar doentes predispostos a tais doenças.
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O uso de rivastigmina não foi investigado em doentes com demência da doença de
Alzheimer grave ou associada à doença de Parkinson, outros tipos de demência ou outros
tipos de alteração da memória (ex.: declínio cognitivo relacionado com a idade). Logo, a
utilização nesta população de doentes não é recomendada.
Tal como outros colinomiméticos, a rivastigmina pode exacerbar ou induzir sintomas
extrapiramidais.
observado
agravamento
(incluindo
bradicinesia,
discinesia,
alterações da marcha) e um aumento na incidência ou gravidade do tremor em doentes
com demência associada à doença de Parkinson (ver secção 4.8). Estes acontecimentos
levaram à interrupção da rivastigmina em alguns casos (ex.: interrupções devidas ao
tremor
1,7%
rivastigmina
placebo).
monitorização
clínica
recomendada para estas reacções adversas.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Sendo
inibidor
colinesterase,
rivastigmina
pode
potenciar
efeitos
relaxantes musculares do tipo da succinilcolina durante a anestesia. É recomendada
precaução
aquando
selecção
agentes
anestésicos.
necessário,
podem
considerados ajustes de dose ou interrupção temporária do tratamento.
Atendendo aos seus efeitos farmacodinâmicos, a rivastigmina não deve ser administrada
concomitantemente com outras substâncias colinomiméticas e pode interferir com a
actividade de medicamentos anticolinérgicos.
Não se observou qualquer interacção farmacocinética da rivastigmina com digoxina,
varfarina, diazepam ou fluoxetina nos estudos em voluntários saudáveis. O aumento do
tempo de protrombina induzido pela varfarina não é afectado pela administração de
rivastigmina.
Não
observaram
quaisquer
efeitos
indesejáveis
sobre
condução
cardíaca após a administração concomitante de digoxina e rivastigmina.
De acordo com o seu metabolismo, parecem improváveis interacções metabólicas com
outros medicamentos, apesar da rivastigmina poder inibir o metabolismo, mediado pela
butirilcolinesterase, de outras substâncias.
4.6 Gravidez e aleitamento
No que respeita à rivastigmina, não existem dados clínicos sobre as gravidezes a ela
expostas.
Não
observaram
quaisquer
efeitos
sobre
fertilidade
sobre
desenvolvimento embriofetal em ratos e coelhos, excepto em doses relacionadas com
toxicidade materna. Nos estudos peri/pós-natais em ratos, observou-se um tempo de
gestação aumentado. A rivastigmina não deverá ser utilizada durante a gravidez, a menos
que tal seja claramente necessário.
Em animais, a rivastigmina é excretada no leite. Não se sabe se a rivastigmina é
excretada no leite humano. Assim, as mulheres que estiverem a tomar rivastigmina não
devem amamentar.
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4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
A doença de Alzheimer pode causar uma diminuição gradual da capacidade de conduzir
ou comprometer a capacidade para utilizar máquinas. Além disso, a rivastigmina pode
induzir
tonturas
sonolência,
principalmente
quando
inicia
tratamento ou
aumenta
dose.
Como
consequência,
rivastigmina
influência
reduzida
moderada na capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Por esse motivo, a capacidade
dos doentes com demência, que tomam rivastigmina, continuarem a conduzir ou utilizar
máquinas complexas deve ser regularmente avaliada pelo médico assistente.
4.8 Efeitos indesejáveis
reacções
adversas
mais
comummente
reportadas
foram
efeitos
gastrointestinais,
incluindo náuseas (38%) e vómitos (23%), especialmente durante a titulação de dose. Em
ensaios clínicos, verificou-se que as doentes do sexo feminino são mais susceptíveis que
os doentes do sexo masculino a reacções adversas gastrointestinais e perda de peso.
As reacções adversas, listadas abaixo na Tabela 1, são cumulativas em doentes com
demência de Alzheimer tratados com Rivastigmin.
As reacções adversas estão agrupadas por classe de frequência, as mais frequentes
primeiro, usando a seguinte convenção: muito frequentes (
1/10); frequentes (
1/100,
<1/10); pouco frequentes (
1/1.000, <1/100); raros (
1/10.000, <1/1.000); muito raros
(<1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
Tabela 1
Infecções e infestações
Muito raros
Infecções urinárias
Perturbações
foro
psiquiátrico
Frequentes
Frequentes
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Muito raros
Agitação
Confusão
Insónia
Depressão
Alucinações
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes
Frequentes
Frequentes
Frequentes
Pouco frequentes
Raros
Muito raros
Tonturas
Cefaleias
Sonolência
Tremor
Síncope
Convulsões
Sintomas extrapiramidais (incluindo agravamento da
doença de Parkinson)
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Cardiopatias
Raros
Muito raros
Angina pectoris
Arritmia
cardíaca
(ex:
bradicardia,
bloqueio
auriculoventricular, fibrilhação auricular e taquicardia)
Vasculopatias
Muito raros
Hipertensão
Doenças gastrointestinais
Muito frequentes
Muito frequentes
Muito frequentes
Frequentes
Raros
Muito raros
Muito raros
Desconhecido
Náuseas
Vómitos
Diarreia
Dor abdominal e dispepsia
Úlceras gástricas e duodenais
Hemorragia gastrointestinal
Pancreatite
Alguns casos de vómitos graves estavam associados
ruptura esofágica (ver secção 4.4).
Doenças
metabolismo
nutrição
Muito frequentes
Anorexia
Afecções hepatobiliares
Pouco frequentes
Testes de função hepática elevados
Afecções dos tecidos cutâneos e
subcutâneas
Frequentes
Raros
Aumento da sudorese
Erupções cutâneas
Perturbações gerais e alterações no
local de administração
Frequentes
Frequentes
Pouco frequentes
Fadiga e astenia
Mal-estar
Traumatismo acidental
Exames complementares de
diagnóstico
Frequentes
Perda de peso
As seguintes reacções adversas adicionais foram observadas com Rivastigmin sistemas
transdérmicos: ansiedade, delírio, pirexia (frequentes).
A Tabela 2 indica quais as reacções adversas notificadas em doentes com demência
associada à doença de Parkinson tratados com Rivastigmin.
Tabela 2
Perturbações do foro psiquiátrico
Frequentes
Insónia
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INFARMED
Frequentes
Frequentes
Ansiedade
Agitação
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes
Frequentes
Frequentes
Frequentes
Frequentes
Frequentes
Frequentes
Pouco frequentes
Tremor
Tonturas
Sonolência
Cefaleias
Agravamento da doença de Parkinson
Bradicinesia
Discinesia
Distonia
Cardiopatias
Frequentes
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Bradicardia
Fibrilhação auricular
Bloqueio auriculoventricular
Doenças gastrointestinais
Muito frequentes
Muito frequentes
Frequentes
Frequentes
Frequentes
Náuseas
Vómitos
Diarreia
Dor abdominal e dispepsia
Hipersecreção salivar
Doenças
tecidos
cutâneos
subcutâneas
Frequentes
Aumento da sudorese
Afecções musculosqueléticas e dos
tecidos conjuntivos
Frequentes
Rigidez muscular
Doenças
metabolismo
nutrição
Frequentes
Frequentes
Anorexia
Desidratação
Perturbações gerais e alterações no
local de administração
Frequentes
Frequentes
Fadiga e astenia
Alterações da marcha
A Tabela 3 lista o número e a percentagem de doentes de um ensaio clínico específico de
24 semanas conduzido com Rivastigmin em doentes com demência associada à doença
Parkinson
acontecimentos
adversos
pré-definidos
podem
reflectir
agravamento dos sintomas Parkinsonianos.
Tabela 3
Acontecimentos
adversos
pré-definidos
podem
reflectir o agravamento dos sintomas Parkinsonianos em
doentes com demência associada à doença de Parkinson
Rivastigmin
n (%)
Placebo
n (%)
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Total dos doentes estudados
Total dos doentes com AA(s) pré-definidos
362 (100)
99 (27,3)
179 (100)
28 (15,6)
Tremor
Queda
Doença de Parkinson (agravamento)
Hipersecreção salivar
Discinesia
Parkinsonismo
Hipocinesia
Perturbação do movimento
Bradicinesia
Distonia
Alterações da marcha
Rigidez muscular
Distúrbio do equilíbrio
Rigidez do sistema musculosquelético
Rigidez
Disfunção motora
37 (10,2)
21 (5,8)
12 (3,3)
5 (1,4)
5 (1,4)
8 (2,2)
1 (0,3)
1 (0,3)
9 (2,5)
3 (0,8)
5 (1,4)
1 (0,3)
3 (0,8)
3 (0,8)
1 (0,3)
1 (0,3)
7 (3,9)
11 (6,1)
2 (1,1)
1 (0,6)
1 (0,6)
3 (1,7)
1 (0,6)
2 (1,1)
4.9 Sobredosagem
Sintomas
A maioria dos casos de sobredosagem acidental não estiveram associados a nenhuns
sinais ou sintomas clínicos e quase todos os doentes envolvidos continuaram o tratamento
rivastigmina.
Quando
ocorreram
sintomas,
estes
incluíram
náuseas,
vómitos
diarreia,
hipertensão
alucinações.
Devido
conhecido
efeito
vagotónico
inibidores da colinesterase sobre o ritmo cardíaco, podem também ocorrer bradicardia
e/ou síncope. Num caso ocorreu a ingestão de 46 mg; no seguimento da terapêutica de
suporte, o doente recuperou completamente no intervalo de 24 horas.
Tratamento
Como a rivastigmina tem uma semi-vida plasmática de cerca de 1 hora e tem uma
duração da inibição da acetilcolinesterase de cerca de 9 horas, recomenda-se que em caso
de sobredosagem assintomática não se administre mais nenhuma dose de rivastigmina
nas 24 horas seguintes. Em sobredosagens acompanhadas de náuseas e vómitos graves,
deve ser considerada a utilização de antieméticos. Deve ser proporcionado tratamento
sintomático para outras reacções adversas, de acordo com as necessidades.
Em sobredosagens maciças, pode ser usada atropina. Recomenda-se uma dose inicial
intravenosa de 0,03 mg/kg de sulfato de atropina, com doses subsequentes baseadas na
resposta clínica. A utilização da escopolamina como antídoto não é recomendada.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
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5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 2.13.1 Medicamentos utilizados no tratamento sintomático
das alterações das funções cognitivas
Código ATC: N06DA03
rivastigmina
inibidor
acetil-
butirilcolinesterase
tipo
carbamato,
admitindo-se que facilita a neurotransmissão colinérgica pelo atraso na degradação da
acetilcolina
libertada
neurónios
colinérgicos
funcionalmente
intactos.
Assim,
rivastigmina pode ter um efeito benéfico nos défices cognitivos, mediados pelo sistema
colinérgico, na demência associada à doença de Alzheimer e à doença de Parkinson.
A rivastigmina interage com as suas enzimas alvo, pela formação de um complexo ligado
covalentemente que inactiva as enzimas temporariamente. Em homens adultos jovens
saudáveis, uma dose oral de 3 mg diminui a actividade da acetilcolinesterase (AChE) no
líquido céfalorraquidiano (LCR) em aproximadamente 40% na primeira 1,5 hora após a
administração. A actividade da enzima retorna aos níveis basais cerca de 9 horas após a
obtenção do efeito inibitório máximo. Em doentes com doença de Alzheimer, a inibição
da AChE no LCR pela rivastigmina foi dependente da dose até 6 mg administrados duas
vezes
dia,
dose
mais
elevada
testada.
inibição
actividade
butirilcolinesterase no LCR de 14 doentes com doença de Alzheimer, tratados com
rivastigmina, foi semelhante à inibição da AChE.
Estudos Clínicos na Demência de Alzheimer
A eficácia da rivastigmina foi demonstrada através da utilização de três instrumentos de
avaliação independentes, específicos para esta área, e que foram avaliados em intervalos
periódicos durante períodos de tratamento de 6 meses. Estes incluem a ADAS-Cog (uma
medida de cognição baseada no desempenho), a CIBIC-Plus (uma avaliação global e
abrangente do doente pelo médico incorporando a participação do prestador de cuidados)
e a PDS (uma avaliação, quantificada pelo prestador de cuidados, das actividades da vida
diária incluindo higiene pessoal, alimentação, vestuário, tarefas domésticas tais como
fazer compras, conservação da capacidade de orientação de si próprio em relação ao meio
circundante assim como envolvimento em actividades relacionadas com finanças, etc.).
Os doentes estudados tinham uma pontuação de 10–24 na escala MMSE (Mini-Mental
State Examination).
Na Tabela 4 são apresentados os resultados nos doentes com resposta clinicamente
relevante compilados a partir de dois estudos de dose flexível de entre os três estudos
principais, multicêntricos, com a duração de 26 semanas em doentes com Demência de
Alzheimer ligeira a moderadamente grave. Nestes estudos, a melhoria clinicamente
relevante foi definida a priori como a melhoria de pelo menos 4 pontos na ADAS-Cog,
melhoria na CIBIC-Plus ou melhoria de pelo menos 10% na PDS.
Além disso, na mesma tabela é apresentada uma definição posterior de resposta. A
definição secundária de resposta requereu uma melhoria de 4 pontos ou maior na ADAS-
APROVADO EM
09-08-2011
INFARMED
Cog, ausência de agravamento na CIBIC-Plus e ausência de agravamento na PDS. A dose
diária média real para resposta clínica no grupo de 6–12 mg, correspondente a esta
definição, foi de 9,3 mg. É importante notar que as escalas utilizadas nesta indicação
variam e comparações directas dos resultados para diferentes agentes terapêuticos não
são válidas.
Tabela 4
Doentes com Resposta Clinicamente Relevante (%)
Intenção de Tratar
Última
Observação
Realizada
Medição de Resposta
Rivastigmina
6–12
N=473
Placebo
N=472
Rivastigmina
6–12
N=379
Placebo
N=444
ADAS-Cog:
melhoria
pelo
menos 4 pontos
21***
25***
CIBIC-Plus: melhoria
29***
32***
PDS: melhoria de pelo menos
26***
30***
Melhoria
pelo
menos
pontos
ADAS-Cog
ausência
agravamento
CIBIC-Plus e na PDS
12**
*p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001
Ensaios clínicos na demência associada à doença de Parkinson
A eficácia da rivastigmina na demência associada à doença de Parkinson foi demonstrada
num ensaio principal de 24 semanas, multicêntrico, com dupla ocultação, controlado por
placebo e na sua extensão de 24 semanas de fase aberta. Os doentes envolvidos neste
estudo
obtiveram
pontuação
10–24
escala
MMSE
(Mini-Mental
State
Examination). A eficácia foi estabelecida pelo uso de duas escalas independentes que
foram avaliadas em intervalos regulares durante um período de 6 meses de tratamento,
como é demonstrado em baixo na Tabela 5: a ADAS-Cog, uma medida de cognição, e a
medida global ADCS-CGIC (Alzheimer Disease Cooperative Study-Clinician´s Global
Impression of Change).
Tabela 5
APROVADO EM
09-08-2011
INFARMED
Demência associada à
doença de Parkinson
ADAS-Cog
Rivastigmin
ADAS-Cog
Placebo
ADCS-CGIC
Rivastigmin
ADCS-
CGIC
Placebo
ITT + população RDO
(n = 329)
(n = 161)
(n = 329)
(n = 165)
Valor basal médio ± DP
23,8 ± 10,2
24,3 ± 10,5
Média da diferença às
2,1 ± 8,2
-0,7 ± 7,5
3,8 ± 1,4
4,3 ± 1,5
24 semanas ± DP
Diferença no tratamento
ajustada
2,88
Valor
versus
placebo
<0,001
0,007
ITT – população LOCF
(n = 287)
(n = 154)
(n = 289)
(n = 158)
Valor basal médio ± PD
24,0 ± 10,3
24,5 ± 10,6
Média da diferença às
2,5 ± 8,4
-0,8 ± 7,5
3,7 ± 1,4
4,3 ± 1,5
24 semanas ± PD
Diferença no tratamento
ajustada
Valor
versus
placebo
3,54
<0,001
<0,001
Baseado na análise ANCOVA com o tratamento e o país como factores e o valor base
de ADAS-Cog
como covariável. Uma variação positiva indica melhoria.
Valores médios mostrados por conveniência, análise categórica efectuada com base no
teste de van Elteren ITT: intenção de tratar, RDO: desistências recuperadas; LOCF:
última observação realizada
Apesar do efeito terapêutico ter sido demonstrado na maioria dos doentes do ensaio, os
dados sugerem que se verificou um maior efeito terapêutico no subgrupo de doentes com
demência moderada associada à doença de Parkinson em comparação com o placebo. Do
mesmo modo, um efeito terapêutico superior foi observado nos doentes com alucinações
visuais (ver Tabela 6).
Tabela 6
Demência
associada
doença
Parkinson
ADAS-
Rivastigm
ADAS-Cog
Placebo
ADAS-Cog
Rivastigmin
ADAS-Cog
Placebo
APROVADO EM
09-08-2011
INFARMED
Doentes
alucinações
visuais
Doentes
alucinações
visuais
ITT + população RDO
Valor basal médio ± DP
Média
diferença
semanas ± DP
Diferença
tratamento
ajustada
Valor de p versus placebo
(n = 107)
25,4 ± 9,9
1,0 ± 9,2
4,27
0,002
(n = 60)
27,4
10,4
-2,1 ± 8,3
(n = 220)
23,1 ± 10,4
2,6 ± 7,6
2,09
0,015
(n = 101)
22,5 ± 10,1
0,1 ± 6,9
Doentes com demência
moderada (MMSE 10-17)
Doentes com demência ligeira
(MMSE 18-24)
ITT – população RDO
Valor basal médio ± PD
Média da diferença às
24 semanas ± PD
Diferença no tratamento
ajustada
Valor de p versus placebo
(n = 87)
32,6 ± 10,4
2,6 ± 9,4
4,73
0,002
(n = 44)
33,7 ± 10,3
-1,8 ± 7,2
(n = 237)
20,6 ± 7,9
1,9 ± 7,7
2,14
0,010
(n = 115)
20,7 ± 7,9
-0,2 ± 7,5
Baseado na análise ANCOVA com o tratamento e o país como factores e o valor base
de ADAS-Cog como covariável. Uma variação positiva indica melhoria.
ITT: intenção de tratar, RDO: desistências recuperadas
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
rivastigmina
rápida
completamente
absorvida.
pico
concentrações
plasmáticas é alcançado em aproximadamente 1 hora. Como consequência da interacção
da rivastigmina com a sua enzima alvo, o aumento da biodisponibilidade é cerca de 1,5
vezes maior do que o esperado com o aumento da dose. A biodisponibilidade absoluta
após uma dose de 3 mg é cerca de 36%±13%. A administração de rivastigmina com
alimentos retarda a absorção (tmáx) em 90 min., diminui a Cmáx e aumenta a AUC (área
sob a curva) em aproximadamente 30%.
Distribuição
ligação
rivastigmina
proteínas
plasmáticas
aproximadamente
40%.
Atravessa
APROVADO EM
09-08-2011
INFARMED
rapidamente a barreira hematoencefálica e tem um volume aparente de distribuição da
ordem de 1,8–2,7 l/kg.
Metabolismo
rivastigmina
rápida
extensivamente
metabolizada
(semi-vida
plasmática
aproximadamente 1 hora), primariamente via hidrólise mediada pela colinesterase, no
metabolito descarbamilado. In vitro, este metabolito revela uma inibição mínima da
acetilcolinesterase (<10%). Com base em resultados de estudos em animais e in vitro, as
principais isoenzimas do citocromo P450 estão minimamente envolvidas no metabolismo
da rivastigmina. A depuração plasmática total da rivastigmina foi aproximadamente 130
l/h após uma dose intravenosa de 0,2 mg e diminuiu para 70 l/h após uma dose
intravenosa de 2,7 mg.
Excreção
A rivastigmina inalterada não se encontra na urina; a excreção renal dos metabolitos é a
principal via de eliminação. Após a administração de
C-rivastigmina, a eliminação renal
foi rápida e essencialmente completa (>90%) em 24 horas. Menos de 1% da dose
administrada é excretada nas fezes. Não há acumulação de rivastigmina ou do metabolito
descarbamilado em doentes com doença de Alzheimer.
Idosos
Enquanto a biodisponibilidade da rivastigmina é maior nos voluntários saudáveis idosos
do que em jovens, os estudos em doentes com Alzheimer entre os 50 e os 92 anos não
demonstraram nenhuma alteração na biodisponibilidade com a idade.
Indivíduos com insuficiência hepática
Cmáx
rivastigmina
aproximadamente
mais
elevada
rivastigmina
mais do dobro em
indivíduos com
insuficiência hepática
ligeira a
moderada, do que em indivíduos saudáveis.
Indivíduos com insuficiência renal A Cmáx e a AUC da rivastigmina foram mais do
dobro em indivíduos com insuficiência renal moderada, em comparação com indivíduos
saudáveis; no entanto, não se verificaram alterações na Cmáx e AUC da rivastigmina em
indivíduos com insuficiência renal grave.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Estudos de toxicidade por administração repetida em ratos, ratinhos e cães apenas
revelaram efeitos associados a uma acção farmacológica potenciada. Não foi observada
toxicidade
órgãos
alvo.
Não
foram
atingidas
margens
segurança
para
exposição humana nos estudos em animais devido à sensibilidade dos modelos animais
utilizados.
APROVADO EM
09-08-2011
INFARMED
A rivastigmina não foi mutagénica numa bateria padrão de testes in vitro e in vivo,
excepto num teste de aberração cromossómica em linfócitos periféricos humanos numa
dose 104 vezes a exposição clínica máxima. O teste do micronúcleo in vivo foi negativo.
Não se encontrou qualquer indício de carcinogenicidade nos estudos em ratinhos e ratos
na dose máxima tolerada, embora a exposição à rivastigmina e seus metabolitos tenha
sido inferior à exposição humana. Quando normalizada para a área de superfície corporal,
a exposição à rivastigmina e seus metabolitos foi aproximadamente equivalente à dose
diária humana máxima recomendada de 12 mg/dia; contudo, quando comparada com a
dose humana máxima, obteve-se nos animais uma dose aproximadamente 6 vezes maior.
Em animais, a rivastigmina atravessa a placenta e é excretada no leite. Estudos de
administração oral em fêmeas grávidas de ratos e coelhos não deram indicação de
potencial teratogénico por parte da rivastigmina.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Conteúdo da cápsula:
Hipromelose
Sílica coloidal anidra
Celulose microcristalina
Estearato de magnésio
Revestimento da cápsula:
Gelatina
Laurilsulfato de sódio
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro amarelo (E172)
Óxido de ferro vermelho (E172)
Tinta de impressão branca:
Verniz shellac, dióxido de titânio (E171)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
APROVADO EM
09-08-2011
INFARMED
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
- Blister de PVC-Alu. Cada embalagem contém 28, 30, 50, 56, 60, 100, 112, 120 ou 250
cápsulas
- Frasco de HDPE com tampa de polipropileno. Cada frasco contém 250 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Welding GmbH & Co.KG
Esplanade 39
20354 Hamburg
Alemanha
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO