Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
10-02-2016
10-02-2016
APROVADO EM
10-02-2016
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o doente
Fluvastatina Anova 20 mg cápsulas
Fluvastatina Anova 40 mg cápsulas
(fluvastatina)
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários
não indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
O que é Fluvastatina Anova e para que é utilizada
O que precisa de saber antes de tomar Fluvastatina Anova
Como tomar Fluvastatina Anova
Efeitos secundários possíveis
Como conservar Fluvastatina Anova
Conteúdo da embalagem e outras informações
O que é Fluvastatina Anova e para que é utilizada
Fluvastatina Anova contém a substância ativa fluvastatina sódica que pertence a um
grupo de medicamentos denominados estatinas, que são utilizados para redução dos
lípidos: reduzem a gordura (lípidos) no seu sangue. Estes medicamentos são
utilizados em doentes que não atingem o controlo apenas com dieta e exercício.
Fluvastatina Anova é um medicamento utilizado para tratar níveis elevados de
gordura no sangue, em particular o colesterol total e o chamado “mau” colesterol ou
colesterol LDL, que está associado a um aumento do risco de doenças do coração e
acidente vascular cerebral:
− em doentes adultos com níveis elevados de colesterol no sangue
− em doentes adultos com níveis elevados de colesterol e de triglicéridos (outro tipo
de lípido do sangue)
O seu médico pode também receitar Fluvastatina Anova para prevenir outros
acontecimentos cardíacos graves (ex. ataque cardíaco) em doentes que já foram
submetidos a cateterismo cardíaco com intervenção num vaso cardíaco.
O que precisa de saber antes de tomar Fluvastatina Anova
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Siga
cuidadosamente
todas
instruções
médico.
Podem
diferir
informação que está neste folheto.
Não tome Fluvastatina Anova:
- se tem alergia à fluvastatina ou a qualquer outro componente deste medicamento
(indicados na secção 6)
- se tem atualmente problemas de fígado, ou níveis persistentemente elevados ou
inexplicáveis de certas enzimas hepáticas (transaminases)
- se está grávida ou a amamentar (ver “Gravidez e amamentação”).
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Fluvastatina Anova:
se já teve uma doença de fígado. Serão normalmente feitas análises para
avaliar o funcionamento do fígado antes de começar Fluvastatina Anova, quando a
sua dose é aumentada e em determinados intervalos durante o tratamento para
verificar efeitos secundários
se tem uma doença renal
se tem uma doença da tiroide (hipotiroidismo)
se tem ou alguém da sua família tem antecedentes clínicos de perturbações
musculares
se teve problemas musculares com outro medicamento usado para redução
dos lípidos
se bebe regularmente grandes quantidades de álcool
se tem uma infeção grave
se tem a pressão arterial muito baixa (os sinais podem incluir tonturas,
sensação de desmaio)
se realiza exercício muscular excessivo controlado ou não controlado
se vai ser submetido a uma cirurgia
se tem perturbações metabólicas, endócrinas ou eletrolíticas graves como
diabetes descompensada e potássio baixo no sangue.
se estiver a tomar ou tiver tomado nos últimos 7 dias um medicamento
chamado ácido fusídico (um medicamento para infeções bacterianas), por via oral ou
por injeção. A combinação de ácido fusídico e fluvastatina pode levar a problemas
musculares graves (rabdomiólise).
Enquanto estiver a tomar este medicamento o seu médico irá avaliar se tem diabetes
ou está em risco de vir a ter diabetes. Estará em risco de vir a ter diabetes se tem
níveis elevados de açúcares e gorduras no sangue, excesso de peso ou pressão
arterial elevada.
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Se alguma destas situações se aplicar a si, informe o seu médico antes de tomar
Fluvastatina Anova. O seu médico irá pedir-lhe uma análise sanguínea antes de lhe
receitar Fluvastatina Anova.
Se durante o tratamento com Fluvastatina Anova, desenvolver sintomas ou sinais
tais como náuseas, vómitos, perda de apetite, olhos ou pele amarela, confusão,
euforia ou depressão, atraso mental, fala indistinta, perturbações do sono, tremores,
nódoas negras ou hemorragias com mais facilidade, estes podem ser sinais de
insuficiência hepática. Neste caso contacte um médico imediatamente.
Se desenvolver problemas respiratórios, incluindo tosse persistente e/ou falta de ar
ou febre, contacte o seu médico.
Informe igualmente o seu médico ou farmacêutico se sentir uma fraqueza muscular
constante.
Podem
necessários
testes
medicamentos
adicionais
para
diagnosticar e tratar este problema.
Idosos
Se tem mais de 70 anos o seu médico pode querer verificar se apresenta fatores de
risco para doenças musculares. Pode necessitar de análises sanguíneas específicas.
Crianças e adolescentes
Fluvastatina Anova não foi estudada e não deve ser utilizada em crianças com menos
de 9 anos. Para informação sobre a dose adequada a crianças e adolescentes com
mais de 9 anos de idade, ver secção 3.
Não há experiência de utilização de Fluvastatina Anova em associação com ácido
nicotínico, colestiramina ou fibratos em crianças e adolescentes.
Outros medicamentos e Fluvastatina Anova
Informe
médico
farmacêutico
estiver
tomar,
tiver
tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Fluvastatina Anova pode ser tomado sozinho ou com outros medicamentos usados
para reduzir o colesterol receitados pelo seu médico.
Após ingestão de uma resina, por exemplo colestiramina (usada principalmente para
tratar o colesterol elevado) aguarde pelo menos 4 horas antes de tomar Fluvastatina
Anova.
Informe o seu médico ou farmacêutico se está a tomar algum dos seguintes:
ciclosporina (um medicamento usado para suprimir o sistema imunitário)
fibratos (exemplo: gemfibrozil), ácido nicotínico (niacina) ou sequestrantes
dos ácidos biliares (medicamentos usados para baixar os níveis do "mau" colesterol)
\fluconazol (um medicamento usado para tratar infeções por fungos)
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rifampicina, (um antibiótico)
fenítoina (um medicamento usado para tratar a epilepsia)
anticoagulantes orais, como a varfarina (medicamentos usados para reduzir a
coagulação sanguínea)
glibenclamida (um medicamento usado para tratar a diabetes)
colquicina (usado para tratar a gota).
Se precisa de tomar ácido fusídico oral para o tratamento de uma infeção bacteriana
vai precisar parar temporariamente de utilizar este medicamento. O seu médico irá
dizer-lhe quando é seguro reiniciar fluvastatina. Tomar fluvastatina com ácido
fusídico
pode,
raramente,
levar
fraqueza
muscular,
sensibilidade
(rabdomiólise). Ver mais informações sobre rabdomiólise no ponto 4.
Gravidez e amamentação
Não tome Fluvastatina Anova se está grávida ou a amamentar, uma vez que a
substância ativa pode ter efeitos nefastos sobre o feto e desconhece-se se a
substância ativa é excretada no leite materno.
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Utilize um método contracetivo eficaz durante todo o período de tratamento com
Fluvastatina Anova.
Se engravidar enquanto está a tomar este medicamento, pare de tomar Fluvastatina
Anova e consulte o seu médico. O seu médico irá discutir consigo o potencial risco de
tomar fluvastatina durante a gravidez.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não existe informação sobre os efeitos de Fluvastatina Anova sobre a sua capacidade
de conduzir e utilizar máquinas.
Como tomar Fluvastatina Anova
Tome
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
O seu médico recomendar-lhe-á uma dieta para redução do colesterol. A dieta deve
ser mantida durante o tratamento com Fluvastatina Anova.
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O intervalo de dose recomendado para adultos é de 20 a 80 mg por dia e depende
da redução de colesterol que se pretende atingir. O seu médico pode efetuar ajustes
de dose com intervalos de 4 semanas ou mais.
O seu médico dir-lhe-á exatamente quantas cápsulas de Fluvastatina Anova deve
tomar. Dependendo da sua resposta ao tratamento, o seu médico pode sugerir uma
dose maior ou menor.
Tome a sua dose à noite ou ao deitar.
Se está a tomar Fluvastatina Anova duas vezes por dia, tome uma cápsula de manhã
e outra à noite ou ao deitar.
Modo de administração
Engula a cápsula inteira com um copo de água. Pode tomar Fluvastatina Anova com
ou sem alimentos.
Utilização em crianças e adolescentes
Em crianças (com 9 anos de idade ou mais) a dose inicial recomendada é 20 mg por
dia. A dose máxima diária é 80 mg. O seu médico pode efetuar ajustes de dose com
intervalos de 6 semanas.
Se tomar mais Fluvastatina Anova do que deveria
acidentalmente
tomou
mais
Fluvastatina
Anova
deveria,
contacte
imediatamente o seu médico. Pode ter necessidade de assistência médica.
Caso se tenha esquecido de tomar Fluvastatina Anova
Tome uma dose assim que se lembrar. No entanto, não tome se faltarem menos de
4 horas para a dose seguinte. Neste caso tome a sua próxima dose à hora habitual.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Fluvastatina Anova
Para manter os benefícios do seu tratamento não deve parar de tomar Fluvastatina
Anova sem que o médico lhe diga para o fazer. Deve continuar a tomar Fluvastatina
Anova como lhe foi receitado para manter os níveis do ‘mau’ colesterol baixos.
Fluvastatina Anova não irá curar a sua doença mas ajuda a controlá-la. Os seus
níveis do colesterol devem ser verificados regularmente para avaliar a sua evolução.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
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Alguns efeitos secundários podem ser graves. Se pensa que tem algum dos
seguintes
efeitos
secundários,
pare
tomar
este
medicamento
contacte
imediatamente o seu médico ou dirija-se ao serviço de urgência do hospital mais
próximo.
Muito raros: podem afetar até 1 em 10.000 pessoas
se tiver dores musculares inexplicáveis, sensibilidade ou fraqueza muscular,
especialmente se esta for constante. Estes podem ser sinais precoces de uma
possível degradação muscular grave. Estes podem ser evitados se o seu médico
interromper o tratamento com fluvastatina o mais rapidamente possível. Estes
efeitos secundários também se verificam com medicamentos similares desta classe
(estatinas)
se sentir cansaço não habitual ou febre, amarelecimento da pele e olhos,
urina de coloração escura (sinais de hepatite)
se tiver hemorragias ou nódoas negras com mais facilidade (sinais de uma
diminuição do número de plaquetas sanguíneas, que ajudam o sangue a coagular)
se tiver sinais de reações da pele como erupção na pele, urticária (erupção na
pele com comichão), vermelhidão, comichão, inchaço da face, pálpebras e lábios
se tiver inchaço da pele, dificuldade em respirar, tonturas (sinais de reação
alérgica grave)
se tiver lesões na pele vermelhas ou roxas (sinais de inflamação dos vasos
sanguíneos)
se tiver uma mancha vermelha na pele particularmente na face, que pode ser
acompanhada por fadiga, febre, náuseas, perda de apetite (sinais de reação tipo
lúpus eritematoso)
se tiver dor aguda na região superior do estômago (sinais de pâncreas
inflamado)
Desconhecido: a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis
se tem sinais de inflamação, inchaço e irritação de um tendão. Em alguns
casos, isso pode levar a rutura do tendão
problemas respiratórios incluindo tosse persistente e/ou falta de ar ou febre
diabetes - pode sentir fome, muita sede e urinar grandes quantidades. Isto é
mais provável de ocorrer se tiver níveis elevados de açúcares e gorduras no seu
sangue, tiver excesso de peso e tiver pressão arterial elevada. O seu médico irá
monitorizá-lo enquanto toma este medicamento.
Se sentir alguns destes, informe imediatamente o seu médico.
Outros efeitos secundários:
Frequentes: podem afetar até 1 em 10 pessoas
dificuldade em dormir
dor de cabeça
mal-estar de estômago por exemplo indigestão
dor abdominal
náuseas (sentir-se enjoado)
valores anormais das análises ao sangue para os músculos e o fígado.
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Muito raros: podem afetar até 1 em 10.000 pessoas
sensação de dormência ou formigueiro nas mãos e nos pés
alterações ou diminuição da sensibilidade
Outros efeitos secundários possíveis (a frequência não pode ser calculada a partir
dos dados disponíveis):
impotência
distúrbios do sono, incluindo insónia e pesadelos
perda de memória
dificuldades sexuais
depressão
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos
abaixo.
comunicar
efeitos
secundários,
estará
ajudar
fornecer
mais
informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
Como conservar Fluvastatina Anova
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na cartonagem e no
blister após EXP. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não conservar acima de 25ºC. Conservar na embalagem de origem para proteger da
humidade.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Conteúdo da embalagem e outras informações
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Qual a composição de Fluvastatina Anova
Fluvastatina Anova apresenta-se na forma de cápsulas em duas dosagens, contendo
cada uma 20 mg ou 40 mg de substância ativa fluvastatina sódica em cada cápsula.
Cada cápsula também contém amido de milho, crospovidona, talco, estearato de
magnésio. O invólucro da cápsula contém óxido de ferro, dióxido de titânio, água e
gelatina e a tinta de impressão contém óxido de ferro e goma laca.
Qual o aspeto de Fluvastatina Anova e conteúdo da embalagem
Fluvastatina Anova 20 mg cápsulas são cápsulas de cor amarelo pálido, marcadas
com “FL 20” no corpo e com “G” na cabeça.
Fluvastatina Anova 40 mg cápsulas são cápsulas de cor vermelha, marcadas com “FL
40” no corpo e com “G” na cabeça.
Fluvastatina Anova Cápsulas apresenta-se em blisters de:
10, 14, 15, 28, 30, 50, 56, 98, 100, 500 cápsulas
É possível que não sejam comercializadas todas as embalagens
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Laboratórios Anova - Produtos Farmacêuticos, Lda.
Parque Expo - Edifício Atlantis
Avenida D. João II, Lote 1.06.2.2 C - 7.3 e 7.4
1990-095 Lisboa
Tel: +351 21 412 7200
Fax: +351 21 412 7219
Fabricante
McDermott Laboratories (como Gerard Laboratories), 35/36 Baldoyle Industrial
Estate, Grange Road, Dublin 13, Irlanda.
Mylan Hungary Kft. H-2900, Komárom, Mylan utca 1, Hungria.
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) com as seguintes denominações:
Dinamarca:
Stavatin
Portugal:
Fluvastatina Anova
Este folheto foi revisto pela última vez em fevereiro de 2016
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Fluvastatina Anova 20 mg cápsulas
Fluvastatina Anova 40 mg cápsulas
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada cápsula contém 20 mg de fluvastatina como fluvastatina sódica
Cada cápsula contém 40 mg de fluvastatina como fluvastatina sódica
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsulas
Fluvastatina Anova 20 mg são cápsulas são nº 3 de gelatina dura, de corpo amarelo
pálido, marcadas com “FL 20” em tinta preta e uma cabeça amarela pálida marcada com
“G” em tinta preta, contendo um pó esbranquiçado a amarelado, ou amarelo acastanhado
claro ou amarelo avermelhado claro. Dimensões: comprimento 15,0 - 16,5 mm
Fluvastatina 40 mg são cápsulas são nº 1 de gelatina dura, de corpo vermelho, marcadas
com “FL 40” em tinta preta e uma cabeça vermelha marcada com “G” em tinta preta,
contendo um pó esbranquiçado a amarelado, ou amarelo acastanhado claro ou amarelo
avermelhado claro. Dimensões: comprimento 18,0 - 20,0 mm
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Dislipidemia
Tratamento de adultos com hipercolesterolemia primária ou dislipidemia mista, como um
adjuvante da dieta, quando a resposta à dieta e a outros tratamentos não-farmacológicos
(por exemplo, exercício, redução de peso) não é adequada.
Prevenção secundária na doença cardíaca coronária
Prevenção secundária de acontecimentos adversos cardíacos graves em adultos com
doença cardíaca coronária, após intervenções coronárias percutâneas (ver secção 5.1).
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4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Adultos
Dislipidemia
Antes de iniciar o tratamento com fluvastatina, os doentes devem ser submetidos a uma
dieta padrão de redução do colesterol, que deve manter-se durante o tratamento.
As doses iniciais e de manutenção devem ser individualizadas de acordo com os valores
iniciais de C-LDL e com o objetivo do tratamento a atingir.
O intervalo de dose recomendado é de 20 mg a 80 mg/ dia. Em doentes que precisam de
uma redução de C-LDL < 25%, pode ser utilizada uma dose inicial de uma cápsula de 20
mg, à noite. Em doentes que precisam de uma redução de C-LDL
25%, a dose inicial
recomendada é de 40 mg, uma cápsula, à noite. A dose pode ser aumentada até 80 mg por
dia, administrada numa cápsula de 40 mg duas vezes por dia (uma de manhã e uma à
noite).
O efeito hipolipemiante máximo com uma dada dose do fármaco é obtido em 4 semanas.
As doses devem ser ajustadas com intervalos de 4 semanas ou mais.
Prevenção secundária na doença cardíaca coronária
Em doentes com doença cardíaca coronária após intervenções coronárias percutâneas, a
dose diária adequada é de 80 mg (1 cápsula de 40 mg duas vezes ao dia).
Fluvastatina Anova é eficaz em monoterapia. Quando Fluvastatina Anova é usada em
associação com colestiramina ou outras resinas, deve ser administrada, pelo menos, 4
horas depois da administração da resina para evitar interação significativa devido à
ligação do fármaco à resina. Nos casos em que é necessária a coadministração com um
fibrato
niacina,
benefício
risco
tratamento
concomitante
devem
cuidadosamente avaliados (sobre a utilização com fibratos e niacina ver secção 4.5).
População pediátrica
Crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica:
Antes do início do tratamento com Fluvastatina Anova em crianças e adolescentes com 9
ou mais anos de idade que sofram de hipercolesterolemia familiar heterozigótica, o
doente deve ser submetido a uma dieta padrão de redução do colesterol, e mantida
durante o tratamento.
A dose inicial recomendada é uma cápsula de 20 mg. Ajustes posológicos, devem ser
feitos com intervalos de 6 semanas. As doses devem ser individualizadas de acordo com
os níveis basais de C-LDL e com o objetivo terapêutico a atingir. A dose máxima diária
administrada é de 80 mg com uma cápsula de 40 mg duas vezes por dia.
O uso de fluvastatina em associação com o ácido nicotínico, colestiramina, ou fibratos
em crianças e adolescentes não foi estudado.
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A fluvastatina apenas foi estudada em crianças com 9 ou mais anos de idade com
hipercolesterolemia familiar heterozigótica.
Compromisso Renal
A fluvastatina é depurada pelo fígado, sendo excretados pela urina menos de 6% da dose
administrada. A farmacocinética da fluvastatina permanece inalterada em doentes com
insuficiênciarenal ligeira a grave. Assim, não são necessários ajustes posológicos nestes
doentes, devido à experiência limitada com doses > 40 mg/dia, em caso de compromisso
renal grave (CLCr <0,5 mL/seg ou 30 mL/min), estas doses devem ser iniciadas com
precaução.
Compromisso Hepático
Fluvastatina está contraindicada em doentes com doença hepática ativa ou elevações
inexplicadas e persistentes as transaminases séricas (ver secções 4.3, 4.4 e 5.2).
Idosos
Não são necessários ajustes posológicos nesta população.
Modo de administração
Via oral.
Fluvastatina Anova cápsulas pode ser tomada com ou sem alimentos e deve ser engolida
inteira com um copo de água.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade
substância
ativa
qualquer
excipientes
mencionados na secção 6.1.
Doença hepática ativa ou elevações inexplicadas e persistentes das transaminases
séricas (ver secções 4.2, 4.4 e 4.8).
Durante a gravidez e amamentação (ver secção 4.6).
Advertências e precauções especiais de utilização
Função Hepática:
Foram notificados casos pós-comercialização de insuficiência hepática fatal e não fatal
com algumas estatinas incluindo a fluvastatina. Embora não tenha sido determinada uma
relação causal com o tratamento com fluvastatina, os doentes devem ser aconselhados a
notificar quaisquer potenciais sintomas ou sinais potenciais de insuficiência hepática (por
ex., náuseas, vómitos, perda de apetite, icterícia, função cerebral comprometida, nódoas
negras ou hemorragia fácil) e a interrupção do tratamento deve ser considerada.
Tal como com outros agentes hipolipemiantes, recomenda-se que sejam realizados testes
à função hepática antes do início do tratamento e 12 semanas após o início do tratamento
ou aumento da dose e periodicamente depois disso, em todos os doentes. Se um aumento
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da aspartato aminotransferase (AST) ou alanina aminotransferase (ALT) exceder 3 vezes
o limite superior do normal (LSN) e persistir, o tratamento deve ser suspenso. Em casos
muito raros, foi observada a ocorrência de hepatite possivelmente relacionada com o
fármaco, que regrediu com a interrupção do tratamento.
Deve ser tida precaução quando a fluvastatina é administrada a doentes com antecedentes
de doença hepática ou elevada ingestão de álcool.
Músculo Esquelético:
Miopatia foi raramente notificada com fluvastatina. Casos de miosite e de rabdomiólise
foram notificados muito raramente. Em doentes com mialgias difusas não explicadas,
hipersensibilidade muscular dolorosa ou fraqueza muscular e/ou um aumento acentuado
dos valores da creatinina quinase (CK), terão de ser consideradas miopatia, miosite ou
rabdomiólise. Os doentes devem, assim, ser aconselhados a comunicar imediatamente
dores musculares não explicadas, sensibilidade muscular ou fraqueza
muscular, em
particular se acompanhadas de febre ou mal-estar geral.
Foram notificados casos muito raros de uma miopatia necrosante imunomediada (IMNM)
durante
após
tratamento
algumas
estatinas.
IMNM
caracterizada
clinicamente por fraqueza muscular proximal e elevação da creatina quinase sérica, que
persistem apesar da interrupção do tratamento com estatinas.
Determinação da creatinina quinase:
Não existe evidência atual para requerer por rotina a monitorização da creatinina quinase
plasmática total ou de outros níveis de enzimas musculares nos doentes assintomáticos a
tomar estatinas. Se a CK tiver de ser medida, a determinação não deve ser efetuada após
exercício violento ou na presença de alguma causa alternativa plausível de aumento da
CK, já que isto dificulta a interpretação dos valores.
Antes do tratamento:
Tal como com todas as outras estatinas, os médicos devem prescrever fluvastatina com
precaução
doentes
fatores
predisposição
para
rabdomiólise
suas
complicações. Antes de iniciar o tratamento com fluvastatina, o nível da creatinina
quinase deve ser determinado nas seguintes situações:
Compromisso renal
Hipotiroidismo
Antecedentes pessoais ou familiares de perturbações musculares hereditárias
Antecedentes de toxicidade muscular com uma estatina ou fibrato
Abuso de álcool
Sepsia
Hipotensão
Exercício muscular excessivo
Cirurgia major
Distúrbios metabólicos graves, endócrinos ou eletrólitos
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idosos
(idade
> 70
anos),
necessidade
determinação
deve
considerada,
acordo
presença
outros
fatores
predisposição
para
rabdomiólise.
Nestas situações, o risco do tratamento deve ser considerado em relação ao possível
benefício e é recomendada a monitorização clínica. Se os níveis basais de CK estiverem
significativamente elevados (> 5 x o limite superior do normal), devem ser novamente
determinados 5 a 7 dias mais tarde para confirmar os resultados. Se os níveis basais de
CK ainda estiverem significativamente elevados (> 5 x o limite superior do normal), o
tratamento não deve ser iniciado.
Durante o tratamento:
Se ocorrerem sintomas musculares como dor, fraqueza ou cãibras em doentes a tomar
fluvastatina, os níveis de CK devem ser medidos. O tratamento deve ser interrompido se
se verificar que estes níveis estão significativamente elevados (> 5 x o limite superior do
normal).
Se os sintomas musculares forem graves e causarem desconforto diário, mesmo que os
níveis de CK estejam elevados em menos do que 5x ULN, deve ser considerada a
interrupção do tratamento.
Se os sintomas desaparecerem e os níveis de CK voltarem ao normal, pode então ser
considerada a reintrodução da fluvastatina ou de outra estatina na dose mais baixa e sob
monitorização cuidadosa.
Foi notificado risco aumentado de miopatia em doentes medicados com medicamentos
imunossupressores (incluindo a ciclosporina), fibratos, ácido nicotínico ou eritromicina
juntamente com outros inibidores da redutase da HMG-CoA. Após a comercialização
foram notificados casos isolados de miopatia durante a administração concomitante de
fluvastatina com ciclosporina e fluvastatina com colquicina.
A fluvastatina deve ser usada com precaução em doentes a receber esses medicamentos
concomitantemente (ver secção 4.5).
Ácido fusídico
A fluvastatina não deve ser administrada concomitantemente com formulações sistémicas
de ácido fusídico ou no prazo de 7 dias após ter sido interrompido o tratamento com
ácido fusídico. Nos doentes em que a utilização de ácido fusídico sistémico é considerada
essencial, o tratamento com estatinas deverá ser suspenso durante o período de duração
do tratamento com ácido fusídico.
Foram notificados casos de rabdomiólise (incluindo alguns casos fatais) em doentes a
fazer esta associação de estatinas e ácido fusídico (ver secção 4.5). O doente deve ser
aconselhado a procurar aconselhamento médico imediatamente se apresentar quaisquer
sintomas de fraqueza muscular, dor ou sensibilidade dolorosa.
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INFARMED
A terapia com estatina pode ser reintroduzida sete dias após a última dose de ácido
fusídico.
Em circunstâncias excecionais, quando é necessário um tratamento prolongado de ácido
fusídico sistémico, por exemplo para o tratamento de infeções graves, a necessidade de
administração concomitante de fluvastatina e ácido fusídico só deve ser considerada
numa base caso a caso e sob supervisão médica rigorosa.
Doença pulmonar intersticial:
Foram notificados casos raros de doença pulmonar intersticial com algumas estatinas,
especialmente
tratamentos
longa
duração
(ver
secção
4.8).
sintomas
observados incluem dispneia, tosse não produtiva e deterioração do estado de saúde em
geral (fadiga, perda de peso e febre). Se houver suspeita de desenvolvimento de doença
pulmonar intersticial, a terapêutica com estatina deve ser interrompida.
Diabetes Mellitus
Algumas evidências sugerem que as estatinas como classe podem elevar a glicemia e, em
alguns doentes com elevado risco de ocorrência futura de diabetes, podem induzir um
nível de hiperglicemia em que o tratamento formal de diabetes é adequado. Este risco é,
no entanto, suplantado pela redução do risco vascular verificado das estatinas e, portanto,
não deve ser uma condição para interromper a terapêutica. Os doentes em risco (glicemia
jejum
entre
mmol/L,
> 30
kg/m2,
triglicéridos
aumentados,
hipertensão) devem ser monitorizados tanto clinica como bioquimicamente, de acordo
com as orientações nacionais.
População pediátrica
Crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica:
Nos doentes com idade inferior a 18 anos, a eficácia e segurança não foram estudadas em
períodos de tratamento superiores a dois anos. Não existem dados disponíveis acerca da
maturação física, intelectual e sexual durante períodos de tratamento prolongados. Não
foi estabelecida a eficácia a longo termo da terapêutica com fluvastatina na infância, para
reduzir a morbilidade e mortalidade no estado adulto (ver secção 5.1).
A fluvastatina apenas foi estudada em crianças com idade igual ou superior a 9 anos com
hipercolesterolemia familiar heterozigótica (ver detalhes na secção 5.1). No caso de
crianças na pré-puberdade, devido ao facto da experiência ser limitada neste grupo, os
potenciais riscos e benefícios devem ser avaliados cuidadosamente antes de se iniciar o
tratamento.
Hipercolesterolemia familiar homozigótica
Não existem dados disponíveis para a utilização de fluvastatina em doentes com a
condição muito rara de hipercolesterolemia familiar homozigótica.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
APROVADO EM
10-02-2016
INFARMED
Fibratos e niacina:
A administração concomitante de fluvastatina com bezafibrato, gemfibrozil, ciprofibrato
niacina
(ácido
nicotínico)
não
efeito
clinicamente
significativo
biodisponibilidade da fluvastatina ou de outro agente hipolipemiante. Uma vez que foi
observado um risco aumentado de miopatia e/ou de rabdomiólise em doentes a receber
inibidores da redutase da HMG-CoA juntamente com qualquer uma destas moléculas, o
benefício e o risco do tratamento concomitante devem ser cuidadosamente avaliados e
estas associações devem apenas ser usadas com precaução (ver secção 4.4).
Ácido fusídico:
O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, pode ser aumentado pela administração
concomitante de ácido fusídico sistémico com estatinas. O mecanismo desta interação (se
é farmacodinâmico, farmacocinético ou ambos) ainda é desconhecido. Foram notificados
casos de rabdomiólise (incluindo alguns casos fatais) em doentes medicados com esta
associação.
necessário
tratamento
ácido
fusídico,
tratamento
fluvastatina deverá ser suspenso durante o período de duração do tratamento com ácido
fusídico. (Ver secção 4.4.)
Colquicinas:
Foram notificados casos isolados de miotoxicidade, incluindo dor e fraqueza muscular e
rabdomiólise com a administração concomitante de colquicina. O benefício e o risco do
tratamento concomitante devem ser cuidadosamente avaliados e essas associações devem
apenas ser usadas com precaução (ver secção 4.4).
Ciclosporina:
Estudos
doentes
transplantados
renais
indicam
biodisponibilidade
fluvastatina (até 40 mg/dia) não se eleva de forma clinicamente significativa em doentes
regimes
estáveis
ciclosporina.
resultados
outro
estudo
fluvastatina de libertação modificada (80 mg de fluvastatina) foi administrada a doentes
transplantados renais medicados com um regime estável de ciclosporina, mostrou que a
exposição à fluvastatina (AUC) e a concentração máxima (Cmáx) aumentaram em 2
vezes comparativamente com os dados históricos em voluntários saudáveis. Ainda que
estes aumentos dos níveis de fluvastatina não tenham sido clinicamente significativos,
esta associação deve ser usada com precaução (ver secção 4.4). A dose inicial e de
manutenção de fluvastatina deve ser tão baixa quanto possível quando em associação
com a ciclosporina.
Tanto fluvastatina cápsulas (40 mg) como de fluvastatina de libertação modificada 80 mg
não
tiveram
efeito
sobre
biodisponibilidade
ciclosporina
quando
administrada
simultaneamente.
Varfarina e outros derivados cumarínicos:
Em voluntários saudáveis, a utilização de fluvastatina e varfarina (em dose única) não
influenciou negativamente os níveis plasmáticos da varfarina e os tempos da protrombina
em comparação com a varfarina isolada.
APROVADO EM
10-02-2016
INFARMED
entanto,
foram
notificados
muito
raramente,
casos
isolados
episódios
hemorragias
e/ou
tempos
protrombina
aumentados
doentes
tratados
fluvastatina
concomitantemente
varfarina
outros
derivados
cumarínicos.
Recomenda-se que os tempos da protrombina sejam monitorizados quando se inicia ou
interrompe o tratamento com fluvastatina ou se altera a posologia em doentes medicados
com varfarina ou outros derivados cumarínicos.
Rifampicina:
A administração de fluvastatina em voluntários saudáveis previamente tratados com
rifampicina (rifampin) resultou numa redução da biodisponibilidade da fluvastatina de
cerca de 50%. Apesar de atualmente não existir evidência clínica de que a eficácia da
fluvastatina na redução dos níveis lipídicos seja alterada em doentes submetidos a
terapêutica prolongada com rifampicina (por ex.: tratamento da tuberculose), deve ser
efetuado um ajuste posológico adequado da fluvastatina, de forma a assegurar uma
redução satisfatória dos níveis dos lípidos.
Agentes antidiabéticos orais:
Nos doentes a receber sulfonilureias orais (glibenclamida [gliburida], tolbutamida) para o
tratamento de diabetes mellitus (tipo 2) (NIDDM) não insulinodependente, a adição de
fluvastatina não provoca alterações do controlo glicémico clinicamente significativas.
Nos doentes DMNID tratados com glibenclamida (n=32), a administração de fluvastatina
(40 mg duas vezes por dia durante 14 dias) aumentou a Cmáx média, AUC, e t1/2 da
glibenclamida em aproximadamente 50%, 69% e 121%, respetivamente. A glibenclamida
(5 a 20 mg por dia) aumentou os valores médios de Cmáx e AUC da fluvastatina em 44%
e 51%, respetivamente. Neste estudo não houve alterações nos níveis de glucose, insulina
níveis
péptido-C.
entanto, os
doentes
terapêutica
concomitante
glibenclamida
(gliburida)
fluvastatina
devem
continuar
adequadamente
monitorizados quando a dose de fluvastatina é aumentada para 80 mg por dia.
Sequestrantes dos ácidos biliares:
fluvastatina
deve
administrada
pelo
menos
horas
após
resina
(por
ex.:
colestiramina) para evitar uma interação significativa devido à ligação do fármaco à
resina.
Fluconazol:
administração
fluvastatina
voluntários
saudáveis
previamente
tratados
fluconazol (inibidor do CYP2C9) resultou num aumento da exposição e no pico das
concentrações de fluvastatina em cerca de 84% e 44% respetivamente. Ainda que não
exista evidência clínica de que o perfil de segurança da fluvastatina se tenha alterado em
doentes previamente tratados com fluconazol durante 4 dias, deve ter-se precaução
quando se administra fluvastatina concomitantemente com fluconazol.
Antagonistas dos recetores H2 da histamina e inibidores da bomba de protões:
APROVADO EM
10-02-2016
INFARMED
A administração concomitante de fluvastatina com cimetidina, ranitidina ou omeprazol
resulta num aumento da biodisponibilidade da fluvastatina que, no entanto, não tem
relevância clínica.
Fenitoína:
A extensão global das alterações na farmacocinética durante a coadministração com
fluvastatina
relativamente
pequena
clinicamente
não
significativa.
Assim,
monitorização
regular
níveis
plasmáticos
fenitoína
suficiente
durante
coadministração com fluvastatina.
Agentes cardiovasculares:
Não
ocorrem
interações
farmacocinéticas
clinicamente
significativas
quando
fluvastatina
administrada
concomitantemente
propanolol,
digoxina,
losartan,
clopidogrel ou amlodipina. Com base nos dados de farmacocinética, não é necessária
monitorização
ajustes
posológicos
quando
fluvastatina
administrada
concomitantemente com estes agentes.
Itraconazol e eritromicina:
A administração concomitante de fluvastatina com os potentes inibidores do citocromo
P450 (CYP) 3A4, itraconazol e eritromicina têm efeitos mínimos na biodisponibilidade
fluvastatina.
Dado
envolvimento
mínimo
desta
enzima
metabolismo
fluvastatina, não é de esperar que outros inibidores da CYP3A4 (por ex. cetoconazol,
ciclosporina) alterem a biodisponibilidade da fluvastatina.
Sumo de toranja:
Com base na ausência de interações da fluvastatina com outros substratos do CYP3A4,
não se espera que a fluvastatina interaja com sumo de toranja.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Mulheres em idade fértil
As mulheres em idade fértil devem utilizar contraceção efetiva.
Se uma doente engravidar enquanto estiver a tomar fluvastatina, o tratamento deve ser
interrompido.
Gravidez
Não existem dados suficientes sobre a utilização da fluvastatina durante a gravidez.
Uma vez que os inibidores da redutase da HMG-CoA diminuem a síntese de colesterol e,
possivelmente,
de outras
substâncias
biologicamente
ativas
derivadas
colesterol,
podem ser nocivos para o feto quando administrados a mulheres grávidas. Por este
motivo, a fluvastatina está contraindicada durante a gravidez (ver secção 4.3).
APROVADO EM
10-02-2016
INFARMED
Amamentação
Com base na informação pré-clínica, é provável que a fluvastatina seja excretada no leite
materno humano. Não existem dados suficientes sobre os efeitos da fluvastatina em
recém-nascidos/lactentes.
Fluvastatina está contraindicada em mulheres a amamentar (ver secção 4.3).
Fertilidade
Em estudos com
animais
não
foram observados efeitos na
fertilidade
masculina e
feminina.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram efetuados estudos sobre a capacidade de condução de veículos e utilização de
máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
reações
adversas
mais
frequentemente
notificadas
são
sintomas
gastrointestinais
ligeiros, insónia e cefaleia.
As reações adversas (Tabela 1) estão listadas pela classe de sistema de órgãos MedDRA.
Dentro de cada classe de sistema de órgãos, as reações adversas medicamentosas são
listadas
frequência,
mais
frequente
primeiro.
Dentro
cada
grupo
frequência, as reações adversas medicamentosas estão presentes por ordem decrescente
de gravidade. Adicionalmente, também é disponibilizada a correspondente categoria de
frequência, utilizando a seguinte convenção (CIOMS III) para cada reação adversa
medicamentosa:
Muito frequentes
1/10)
Frequentes
1/100 a <1/10)
Pouco frequentes
1/1.000 a <1/100)
Raros
1/10.000 a <1/1.000)
Muito raros
(<1/10.000)
Desconhecido
(não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis).
Tabela 1 Reações adversas ao medicamento
Doenças do sangue e do sistema linfático
Muito raros:
Trombocitopenia.
Doenças do sistema imunitário
Raros
Reações de hipersensibilidade (erupção, urticária).
Muito raros
Reação anafilática.
Perturbações do foro psiquiátrico
APROVADO EM
10-02-2016
INFARMED
Frequentes
Insónia.
Doenças do sistema nervoso
Frequentes
Cefaleias.
Muito raros
Parestesia, disestesias, hipoestesia também conhecida por
estar associada a perturbações hiperlipidémicas subjacentes.
Vasculopatias
Muito raros
Vasculite.
Doenças gastrointestinais
Frequentes
Náuseas, dor abdominal, dispepsia.
Muito raros
Pancreatite.
Afeções hepatobiliares
Muito raros
Hepatite.
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Muito raros
Angioedema, edema facial e outras reações cutâneas (por
ex., eczema, dermatite, exantema bulhoso).
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Raros
Mialgia, fraqueza muscular, miopatia.
Muito raros
Rabdomiólise, sindrome do tipo lúpus, miosite.
Desconhecido
Miopatia necrosante imunomediada (ver secção 4.4).
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Desconhecido*
Disfunção erétil.
Exames complementares de diagnóstico
Frequentes
Creatina
quinase
sangue
aumentada,
transaminases
sanguíneas aumentadas.
* Com base na experiência pós-comercialização com fluvastatina através de notificações
casos
espontâneos
casos
literatura.
Porque
estas
reações
são
notificadas
voluntariamente de uma população de tamanho incerto, não é possível estimar de forma
segura a sua frequência que como tal é caracterizada como desconhecido.
Foram notificados os seguintes acontecimentos adversos com algumas estatinas:
Distúrbios do sono, incluindo insónia e pesadelos
Perda de memória
Disfunção sexual
Depressão
Casos excecionais de doença pulmonar intersticial, especialmente com terapêutica
de longa duração (ver secção 4.4)
Diabetes Mellitus: A frequência dependerá da presença ou ausência de fatores de
risco (glucose no sangue em jejum
5,6 mmol/L, IMC > 30 kg/m2, triglicéridos
aumentados, história de hipertensão).
endinopatia, por vezes complicada por rutura do tendão
População pediátrica
Crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica
APROVADO EM
10-02-2016
INFARMED
O perfil de segurança da fluvastatina em crianças e adolescentes com hipercolesterolemia
familiar heterozigótica determinada em 114 doentes, com idades compreendidas entre os
9 e 17 anos, tratados em dois ensaios clínicos abertos não comparativos foi semelhante ao
observado em adultos. Não foi observado nenhum efeito no crescimento ou na maturação
sexual em qualquer dos ensaios clínicos. No entanto, a capacidade dos ensaios clínicos
para determinar qualquer efeito do tratamento nesta área foi baixa.
Resultados laboratoriais
Anomalias bioquímicas da função hepática têm sido associadas aos inibidores da redutase
da HMG-CoA e a outros agentes hipolipemiantes. Uma análise combinada de ensaios
clínicos controlados confirmou elevações nos níveis da alanina aminotransferase ou da
aspartato aminotransferase em mais de 3 vezes o limite superior normal em 0,2% de
doentes tratados com fluvastatina cápsulas 20 mg/dia; 1,5% a 1,8% em doentes tratados
fluvastatina
cápsulas
mg/dia;
1,9%
doentes
tratados
fluvastatina
comprimidos de libertação modificada 80 mg/dia e em 2,7% a 4,9% em doentes tratados
com fluvastatina cápsulas 40 mg duas vezes por dia. A maioria dos doentes com estes
resultados bioquímicos anormais foram assintomáticos. Num número muito pequeno de
doentes (0,3 a 1,0%) registaram-se elevações marcadas dos níveis de CK para mais de 5x
LSN.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco
do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas
de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos abaixo.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Até à data existe uma experiência limitada com a sobredosagem de fluvastatina. Não está
disponível um tratamento específico para sobredosagem de fluvastatina. Caso ocorra
sobredosagem, o doente deve ser tratado sintomaticamente, devendo ser
instituídas
medidas de suporte. Devem ser monitorizados os testes de função hepática e os níveis
séricos de CK.
APROVADO EM
10-02-2016
INFARMED
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
Aparelho
Cardiovascular
Antidislipidémicos.
Estatinas, código ATC: C10A A 04
Mecanismo de ação
A fluvastatina, um agente hipocolesterolémico inteiramente sintético, é um inibidor
competitivo da redutase da HMG-CoA, a enzima responsável pela conversão da HMG-
CoA em ácido mevalónico, um precursor dos esteroides, incluindo o colesterol. A
fluvastatina exerce o seu principal efeito no fígado e é uma mistura racémica de dois
eritro enantiómeros, dos quais um exerce a atividade farmacológica. A inibição da
biossíntese do colesterol reduz o seu nível nas células hepáticas, o que estimula a síntese
de recetores das lipoproteínas de baixa densidade LDL, aumentando desse modo a
absorção
partículas
LDL.
resultado
destes
mecanismos
redução
concentração plasmática de colesterol.
A fluvastatina reduz o C-total, C-LDL, Apo-B e triglicéridos e aumenta o C-HDL em
doentes com hipercolesterolemia e dislipidemia mista.
Eficácia e segurança clínicas
Em 12 estudos controlados por placebo, com doentes com hiperlipoproteinemia Tipo IIa
ou Tipo IIb, a fluvastatina foi administrada isoladamente a 1.621 doentes em regimes
diários de 20 mg, 40 mg e 80 mg (40 mg, duas vezes por dia) durante, pelo menos, 6
semanas. Numa análise de 24 semanas, doses diárias de 20 mg, 40 mg e 80 mg
produziram reduções relacionadas com a dose de C-total, C-LDL, Apo B e triglicéridos e
aumentos do C-HDL (ver Tabela 2).
A fluvastatina de libertação modificada foi administrada a mais de 800 doentes em três
estudos principais de 24 semanas de duração do tratamento ativo e comparado com
fluvastatina 40 mg uma ou duas vezes por dia. Quando administrada como uma dose
única
diária
fluvastatina
comprimidos
libertação
modificada
reduziu
significativamente o C-total, o C-LDL, triglicéridos (TG) e Apo B (ver Tabela 2).
A resposta terapêutica foi bem estabelecida em duas semanas e a resposta máxima foi
atingida em quatro semanas. Após quatro semanas de terapêutica, a mediana da redução
no C-LDL foi de 38% e, à semana 24 (endpoint), a mediana da diminuição de C-LDL foi
de 35%. Observaram-se igualmente aumentos significativos no C-HDL.
Tabela 2 Mediana da percentagem de alteração nos parâmetros lipídicos a partir dos
valores basais na semana 24
Estudos controlados por placebo (fluvastatina) e controlo ativo (fluvastatina libertação
modificada)
APROVADO EM
10-02-2016
INFARMED
C-Total
C-LDL
Apo B
C-HDL
Dose
Todos os doentes
Fluvastatina 20 mg1
Fluvastatina 40 mg1
Fluvastatina 40 mg duas
vezes por dia1
Fluvastatina
libertação
modificada 80 mg2
TG Basais
200 mg/dl
Fluvastatina 20 mg1
Fluvastatina 40 mg1
Fluvastatina 40 mg duas
vezes por dia1
Fluvastatina
libertação
modificada 80 mg2
1 Dados de 12 estudos controlados por placebo com fluvastatina
2 Dados de três estudos controlados de 24-semanas com fluvastatina comprimido de
libertação modificada 80 mg
estudo
Lipoprotein
Coronary
Atherosclerosis
Study
(LCAS),
efeito
fluvastatina na aterosclerose das artérias coronárias foi avaliado através de angiografia
coronária quantitativa em doentes de ambos os sexos (35 a 75 anos de idade) com doença
das artérias coronárias e níveis basais de C-LDL de 3,0 a 4,9 mmol/l (115 a 190 mg/dl).
Neste estudo clínico aleatorizado, em dupla ocultação e controlado foram tratados 429
doentes com fluvastatina 40 mg/dia ou placebo. Os angiogramas coronários quantitativos
foram avaliados no início e após 2,5 anos de tratamento e foram avaliáveis em 340 dos
429 doentes. O tratamento com fluvastatina retardou a progressão das lesões coronárias
ateroscleróticas
0,072
(intervalo
confiança
para
diferenças
tratamento de −0,1222 a −0,022 mm) durante 2,5 anos, conforme medido pela alteração
do diâmetro mínimo do lúmen (fluvastatina −0,028 mm vs. placebo −0,100 mm). Não foi
demonstrada
correlação
direta
entre
resultados
angiográficos
risco
acontecimentos cardiovasculares.
Lescol
Intervention
Prevention
Study
(LIPS),
efeito
fluvastatina
acontecimentos cardíacos graves (MACE; i.e. morte cardíaca, enfarte do miocárdio não
fatal,
revascularização
coronária)
avaliado
doentes
doença
cardíaca
coronária com intervenção coronária percutânea (cateterismo) anterior bem sucedida. O
estudo incluiu doentes de ambos os sexos (18 a 80 anos de idade) com valores basais de
C-total entre 3,5 a 7,0 mmol/l (135 a 270 mg/dl).
Neste estudo aleatorizado, em dupla ocultação, controlado por placebo, a fluvastatina
(n=844)
administrada
dose
dia,
durante
anos,
reduziu
significativamente o risco de primeiro MACE em 22% (p=0,013) comparativamente com
APROVADO EM
10-02-2016
INFARMED
o placebo (n=833). O objetivo primário de MACE ocorreu em 21,4% dos doentes
tratados com fluvastatina versus 26,7% de doentes tratados com placebo (diferença do
risco absoluto: 5,2%; IC 95%: 1,1 a 9,3) Estes efeitos benéficos foram particularmente
relevantes em doentes com diabetes mellitus e em doentes com doença multivaso.
População pediátrica
Crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica
segurança
eficácia
fluvastatina
crianças
adolescentes
idades
compreendidas entre os 9–16 anos, com hipercolesterolemia familiar heterozigótica, foi
avaliada em 2 ensaios clínicos abertos, não controlados, com duração de 2 anos. Foram
tratados 114 doentes (66 rapazes e 48 raparigas) com fluvastatina administrada quer na
forma
farmacêutica
cápsulas
mg/dia
duas
vezes/dia
quer
fluvastatina 80 mg comprimidos de libertação modificada, uma vez/dia, usando um
regime de titulação de dose baseado na resposta em termos de C-LDL.
O primeiro estudo incluiu 29 rapazes na pré-puberdade, com 9-12 anos de idade que
tinham
níveis
C-LDL
>
percentil
para
idade
progenitor
hipercolesterolemia primária e ou uma história familiar de doença cardíaca isquémica
prematura ou xantomas tendinosos. O valor basal médio de C-LDL foi de 226 mg/dL
equivalente a 5,8 mmol/L (intervalo: 137 – 354 mg/dL equivalente a 3,6 – 9,2 mmol/L).
Todos os doentes iniciaram o tratamento com fluvastatina cápsulas 20 mg por dia com
ajustes posológicos a cada 6 semanas até 40 mg por dia e depois 80 mg por dia (40 mg
duas vezes por dia) para atingir um objetivo de C-LDL de 96,7 a 123,7 mg/dL (2,5
mmol/L a 3,2 mmol/L).
O segundo estudo incluiu 85 doentes dos sexos masculino e feminino, com 10 a 16 anos
de idade, que tinham níveis de C-LDL> 190 mg/dl (equivalente a 4,9 mmol/L) ou C-LDL
> 160 mg/dL (equivalente a 4,1 mmol/L) e um ou mais fatores de risco para doença
cardíaca coronária, ou C-LDL > 160 mg/dl (equivalente a 4,1 mmol/L) e um defeito
comprovado
recetor
LDL.
valor
basal
médio
C-LDL
mg/dL
equivalente a 5,8 mmol/L (intervalo: 148 – 343 mg/dL equivalente a 3,8 – 8,9 mmol/L).
Todos os doentes iniciaram o tratamento com fluvastatina cápsulas 20 mg por dia com
ajustes posológicos a cada 6 semanas até 40 mg por dia e depois 80 mg por dia
(comprimido de libertação modificada de fluvastatina 80 mg) para atingir um objetivo de
C-LDL < 130 mg/dL (3,4 mmol/L). 70 doentes estavam na puberdade ou pós-puberdade
(n=69 avaliados para eficácia).
No primeiro estudo (em rapazes na pré-puberdade), doses de fluvastatina de 20 mg a 80
mg por dia diminuíram os valores plasmáticos de C-total e C-LDL em 21% e 27%,
respetivamente. O valor médio de C-LDL atingido foi de 161 mg/dL equivalente a 4,2
mmol/L (intervalo: 74 – 336 mg/dL, equivalente a 1,9 – 8,7 mmol/L). No segundo estudo
(em rapazes e raparigas na puberdade ou pré-puberdade), doses diárias de fluvastatina de
20 a 80 mg por dia diminuíram os valores plasmáticos de C-total e C-LDL em 22% e
28%, respetivamente. O valor médio de C-LDL atingido foi de 159 mg/dL equivalente a
4,1 mmol/L (intervalo: 90 – 295 mg/dL equivalente a 2,3 – 7,6 mmol/L).
APROVADO EM
10-02-2016
INFARMED
A maioria dos doentes, em ambos os estudos (83% no primeiro estudo e 89% no segundo
estudo) foi titulada até uma dose máxima diária de 80 mg. No endpoint do estudo, 26 a
30% dos doentes em ambos os estudos atingiram o objetivo estabelecido de C-LDL< 130
mg/dL (3,4 mmol/L).
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A fluvastatina é rápida e completamente (98%) absorvida após a administração oral de
solução
voluntários
jejum.
Após
administração
oral
fluvastatina
libertação
modificada,
comparação
cápsulas,
taxa
absorção
fluvastatina é quase 60% mais lenta enquanto que o tempo de permanência médio da
fluvastatina
aumentado
aproximadamente
horas.
administrada
após
refeições, a taxa de absorção da substância é mais lenta.
Distribuição
A fluvastatina atua principalmente no fígado, que é também o órgão principal do seu
metabolismo.
biodisponibilidade
absoluta
avaliada
partir
concentrações
sanguíneas sistémicas é de 24% e o aparente volume de distribuição (Vd/f) do fármaco é
litros. Mais de 98% do
fármaco presente na circulação encontra-se
ligado às
proteínas plasmáticas e esta ligação não é afetada pela concentração de fluvastatina nem
pela varfarina, ácido salicílico ou glibenclamida.
Biotransformação
A fluvastatina é metabolizada principalmente pelo fígado. Os principais componentes
presentes
circulação
sanguínea
são
fluvastatina
não
alterada
metabolito
farmacologicamente
inativo
ácido
N-desisopropil-propiónico.
metabolitos
hidroxilados têm atividade farmacológica mas não se encontram presentes na circulação
sistémica. Existem múltiplas vias metabólicas alternativas do citocromo P450 (CYP450)
para a biotransformação da
fluvastatina, pelo que o metabolismo da
fluvastatina é
relativamente insensível à inibição do CYP450.
A fluvastatina inibiu apenas o metabolismo de compostos que são metabolizados pelo
CYP2C9. Apesar do potencial que existe assim para interação competitiva entre a
fluvastatina e os compostos que sejam substratos do CYP2C9, tais como o diclofenac, a
fenitoína, a tolbutamida e a varfarina, os resultados clínicos indicam que esta interação
não é provável.
Eliminação
Após a administração de 3H-fluvastatina a
voluntários saudáveis, cerca de 6% da
radioatividade foi excretada na urina e 93% nas fezes, contribuindo a fluvastatina com
menos de 2% da radioatividade total excretada. A depuração plasmática da fluvastatina
no Homem está calculada em 1,8 ± 0,8 l/min. As concentrações plasmáticas no estado
estacionário não mostraram evidência de acumulação da fluvastatina com doses de 80 mg
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por dia. Após a administração oral de 40 mg de fluvastatina, a semivida terminal da
fluvastatina é de 2,3 ± 0,9 horas.
Características dos doentes:
As concentrações plasmáticas de fluvastatina não variam em função da idade ou do sexo
na população geral. No entanto, foi observada uma resposta aumentada ao tratamento em
mulheres e em idosos. Uma vez que a eliminação da fluvastatina é principalmente biliar,
significativa
biotransformação
pré-sistémica,
possibilidade
acumulação do fármaco em doentes com insuficiência hepática não pode ser excluída.
(ver secções 4.3 e 4.4).
Crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica:
Não se encontram disponíveis dados farmacocinéticos em crianças.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
estudos
convencionais,
incluindo
estudos
farmacologia
segurança,
genotoxicidade, toxicidade de dose repetida, carcinogenecidade e toxicidade reprodutiva
não
revelaram
outros
riscos
para
doentes
para
além
esperados
devido
mecanismo de ação farmacológica. Nos estudos de toxicidade, foram identificadas várias
alterações que são comuns aos inibidores da redutase da HMG-CoA. Com base nas
observações clínicas, já são recomendados testes à função hepática (ver secção 4.4).
Outra toxicidade observada em animais ou não foi relevante para o uso nos seres
humanos
ocorreu
partir
níveis
exposição
considerados
suficientemente
excessivos em relação ao nível máximo de exposição humana, pelo que se revelam pouco
pertinentes para a utilização clínica. Apesar das considerações teóricas relativas ao papel
do colesterol no desenvolvimento embrionário, os estudos em animais não sugerem um
potencial embriotóxico e teratogénico para a fluvastatina.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Conteúdo da cápsula:
Amido de milho
Crospovidona
Talco
Estearato de magnésio
Invólucro da cápsula
Óxido de ferro amarelo (E172) só 20 mg
Óxido de ferro vermelho (E172) só 40 mg
Dióxido de titânio (E171)
Gelatina
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Água
Tinta preta
Óxido de ferro preto (E172)
Goma laca (E904)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
18 meses.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25°C.
Conservar na embalagem de origem para proteger da humidade.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Embalagem em blister
OPA/alumínio/PVC/alumínio
Tamanho das embalagens
10, 14, 15, 28, 30, 50, 56, 98, 100, 500 cápsulas
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Laboratórios Anova - Produtos Farmacêuticos, Lda.
Parque Expo - Edifício Atlantis
Avenida D. João II, Lote 1.06.2.2 C - 7.3 e 7.4
1990-095 Lisboa
Tel: +351 21 412 7200
Fax: +351 21 412 7219
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INFARMED
8. NÚMERO (S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º de registo: 5280417 - 10 cápsulas, 20 mg, blister de OPA/alumínio/PVC/alumínio
N.º de registo: 5280425 - 28 cápsulas, 20 mg, blister de OPA/alumínio/PVC/alumínio
N.º de registo: 5280433 - 56 cápsulas, 20 mg, blister de OPA/alumínio/PVC/alumínio
N.º de registo: 5280441 - 10 cápsulas, 40 mg, blister de OPA/alumínio/PVC/alumínio
N.º de registo: 5280458 - 28 cápsulas, 40 mg, blister de OPA/alumínio/PVC/alumínio
N.º de registo: 5280466 - 56 cápsulas, 40 mg, blister de OPA/alumínio/PVC/alumínio
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 22 de março de 2010
Data da última renovação: 23 de julho de 2014
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
02/2016