Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
APROVADO EM
03-01-2022
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o doente
Coveram 5 mg/ 5 mg comprimidos
Coveram 5 mg/ 10 mg comprimidos
Coveram 10 mg/ 5 mg comprimidos
Coveram 10 mg/ 10 mg comprimidos
perindopril arginina/amlodipina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos indesejáveis, incluindo possíveis efeitos indesejáveis não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Ver
secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Coveram e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Coveram
3. Como tomar Coveram
4. Efeitos indesejáveis possíveis
5. Como conservar Coveram
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Coveram e para que é utilizado
Coveram é prescrito para o tratamento da pressão arterial elevada (hipertensão)
e/ou tratamento da doença coronária arterial estável (uma situação em que o
fornecimento de sangue ao coração está reduzido ou bloqueado).
Os doentes que já tomam perindopril e amlodipina em comprimidos separados
podem receber, em vez disso, um comprimido de Coveram que contém os dois
componentes.
Coveram é uma associação de dois componentes ativos: perindopril e amlodipina.
O perindopril é um IECA (inibidor da enzima de conversão da angiotensina). A
amlodipina é um antagonista do cálcio (que pertence a uma classe de medicamentos
chamada dihidropiridinas). Em conjunto, trabalham para alargar e relaxar os vasos
sanguíneos permitindo assim que o sangue os atravesse melhor e facilitando a
manutenção dum bom fluxo sanguíneo pelo seu coração.
2. O que precisa de saber antes de tomar Coveram
Não tome Coveram
- se tem alergia ao perindopril ou a outro IECA, ou à amlodipina ou a outro
antagonista de cálcio, - ou a qualquer outro componente deste medicamento
(indicados na secção 6),
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- se tiver mais de três meses de gravidez (também é preferível não tomar Coveram
no início da gravidez - ver secção Gravidez),
- se já teve sintomas tais como respiração ofegante, inchaço da face ou língua,
comichão intensa ou reações cutâneas graves com tratamento prévio com IECAs ou
se já teve, ou algum membro da sua família teve, estes sintomas em qualquer outra
circunstância (uma condição chamada angioedema),
- se tem diabetes ou a função renal diminuída e está a ser tratado com um
medicamento que contem aliscireno para diminuir a pressão arterial,
- se tem estreitamento da válvula aórtica cardíaca (estenose aórtica) ou choque
cardiogénico (uma condição clínica na qual o seu coração é incapaz de fornecer
sangue suficiente ao corpo),
- se tem pressão sanguínea baixa grave (hipotensão),
- se sofre de insuficiência cardíaca resultante de um ataque cardíaco,
- se está a fazer diálise ou qualquer outro tipo de filtração ao sangue. O tratamento
com Coveram pode não ser adequado para si, dependendo da máquina utilizada,
- se tem problemas renais, em que o fornecimento de sangue aos seus rins está
reduzido (estenose da artéria renal),
- se tomou ou está atualmente a tomar sacubitril/valsartan, um medicamento para a
insuficiência cardíaca, uma vez que há um aumento do risco de angioedema (inchaço
rápido sob a pele em áreas como a garganta) (ver "Advertências e Precauções" e
"Outros medicamentos e Coveram").
Advertências e precauções
Se tem alguma das seguintes condições fale com o seu médico, farmacêutico ou
enfermeiro antes de tomar Coveram:
- cardiomiopatia hipertrófica (doença do músculo cardíaco) ou estenose da artéria
renal (estreitamento da artéria que fornece o sangue ao rim),
- insuficiência cardíaca,
- grave aumento da pressão arterial (crise hipertensiva),
- qualquer outro problema de coração,
- problemas no fígado,
- problemas renais ou se está a fazer hemodiálise,
- níveis anormalmente elevados de uma hormona, denominada aldosterona, no seu
sangue (aldosteronismo primário),
doença
colagénica
vascular
(doença
tecido
conjuntivo)
como
lúpus
eritematoso sistémico ou esclerodermia,
- diabetes,
- dieta restrita em sal ou utiliza substitutos do sal que contêm potássio (é essencial
um bom equilíbrio dos níveis de potássio no sangue),
- se é idoso e a sua dose necessita de ser aumentada,
- se estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos para tratar a pressão
arterial elevada:
- um antagonista dos recetores da angiotensina II (ARA) (também conhecidos como
sartans – por exemplo valsartan, telmisartan, irbesartan), em particular se tiver
problemas nos rins relacionados com a diabetes.
- aliscireno.
O seu médico pode avaliar a função renal, pressão arterial, e a quantidade de
eletrólitos (ex: potássio) no seu sangue em intervalos regulares.
Ver também a informação sob o título “Não tome Coveram”.
- estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos, o risco de angioedema
aumenta:
- racecadotril (utilizado para tratar a diarreia),
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- sirolímus, everolímus, temsirolímus e outros medicamentos pertencentes à classe
dos denominados inibidores mTOR (utilizados para evitar a rejeição de órgãos
transplantados e para o cancro),
- sacubitril (está disponível como associação de dose fixa com valsartan), utilizado
para tratar a insuficiência cardíaca de longo prazo,
linagliptina,
saxagliptina,
sitagliptina,
vildagliptina
outros
medicamentos
pertencentes à classe de fármacos conhecida por gliptinas (utilizados para tratar a
diabetes).
- é de origem de raça negra, pode ter um maior risco de angioedema e este
medicamento pode ser menos eficaz na diminuição da sua pressão arterial do que
em doentes de raça não negra.
Angioedema
Têm sido notificados casos de angioedema (uma reação alérgica grave com inchaço
na face, lábios, língua ou garganta com dificuldade em engolir ou respirar) em
doentes tratados com IECA, incluindo Coveram. Isto pode ocorrer em qualquer
momento durante o tratamento. Se desenvolver estes sintomas, deve parar de
tomar Coveram e consultar um médico imediatamente. Ver também a secção 4.
Deve informar o seu médico se pensa estar grávida (ou planeia engravidar).
Coveram não está recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o
terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé
se utilizado a partir dessa altura (ver "Gravidez e amamentação").
Quando está a tomar Coveram, deve também informar o seu médico ou profissional
de saúde, se:
- estiver para ser submetido a uma anestesia geral e/ou grande cirurgia,
- teve recentemente diarreia ou vómitos (esteve doente),
- for submetido a aférese LDL (remoção do colesterol do seu sangue por uma
máquina),
- for submetido a tratamentos de dessensibilização para reduzir dos efeitos de
alergia à picada de abelha ou vespa.
Crianças e adolescentes
Coveram não é recomendado para utilização em crianças e adolescentes.
Outros medicamentos e Coveram
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Deve evitar a toma de Coveram com:
- lítio (utilizado para tratamento da mania ou depressão),
- estramustina (utilizada no tratamento do cancro),
- medicamentos poupadores de potássio (triamtereno, amilorida), suplementos de
potássio ou substitutos do sal que contêm potássio, outros medicamentos que
podem
aumentar
potássio
organismo
(tais
como
heparina,
medicamento utilizado para diluir o sangue e prevenir coágulos; trimetoprim e
cotrimoxazol, também conhecido como trimetoprim/sulfametoxazol, para infeções
causadas por bactérias),
- medicamentos poupadores de potássio utilizados no tratamento da insuficiência
cardíaca: eplerenona e espirolactona com doses entre 12,5 mg e 50 mg por dia.
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O tratamento com Coveram pode ser afetado por outros medicamentos. O seu
médico pode necessitar de alterar a sua dose e/ou tomar outras precauções. Fale
com o seu médico se estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos, pois
poderão ser necessários cuidados especiais:
- outros medicamentos para a pressão arterial elevada, incluindo antagonistas dos
recetores da angiotensina II (ARA) ou aliscireno (ver também a informação sob o
título
“Não
tome
Coveram”
“Advertências
precauções”),
diuréticos
(medicamentos que aumentam a quantidade de urina produzida pelos rins),
- medicamentos utilizados com maior frequência para tratar a diarreia (racecadotril)
para
evitar
rejeição
órgãos
transplantados
(sirolímus,
everolímus,
temsirolímus
outros
medicamentos
pertencentes
classe
denominados
inibidores mTOR). Ver secção "Advertências e precauções",
- sacubitril/valsartan (utilizado para tratar a insuficiência cardíaca de longo prazo).
Ver secções "Não tome Coveram" e "Advertências e precauções",
- medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (ex: ibuprofeno) para alívio das
dores, ou elevada dose de ácido acetilsalicílico, uma substância presente em muitos
medicamentos utilizados para aliviar a dor e baixar a febre, assim como para
prevenir a coagulação do sangue,
- medicamentos para tratar a diabetes (tal como a insulina),
- medicamentos para tratar doenças mentais tais como depressão, ansiedade,
esquizofrenia, etc. (ex: antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos, antidepressivos
imipramínicos, neurolépticos),
- medicamentos imunossupressores (medicamentos que reduzem os mecanismos de
defesa do corpo) utilizados para o tratamento de doenças autoimunes ou após uma
cirurgia de transplante (ex: ciclosporina, tacrolímus),
- trimetoprim e cotrimoxazol (para o tratamento de infeções),
- alopurinol (para o tratamento da gota),
- procainamida (para o tratamento dos batimentos irregulares do coração),
- vasodilatadores, incluindo nitratos (medicamentos que tornam os vasos sanguíneos
mais largos),
efedrina, noradrenalina ou adrenalina (medicamentos utilizados para tratar a pressão
arterial baixa, choque ou asma),
- baclofeno ou dantroleno (perfusão) ambos utilizados para tratar a rigidez muscular
em doenças tal como a esclerose múltipla; o dantroleno também é utilizado para
tratar hipertermia maligna durante uma anestesia (sintomas que incluem uma febre
muito elevada e rigidez muscular),
- alguns antibióticos como a rifampicina, eritromicina, claritromicina (para tratar
infeções causadas por bactérias),
- Hypericum perforatum (erva de S. João, um medicamento à base de plantas
utilizado para tratar a depressão),
- sinvastatina (medicamento para diminuir o colesterol),
- medicamentos antiepiléticos tais como a carbamazepina, fenobarbital, fenitoína,
fosfenitoína, primidona,
- itraconazol, cetoconazol (medicamentos utilizados para o tratamento de infeções
fúngicas),
- bloqueadores alfa, utilizados para o tratamento da próstata aumentada tais como
prazosina, alfuzosina, doxazosina, tansulosina, terazosina,
- amifostina (utilizada para prevenir ou reduzir efeitos indesejáveis provocados por
outros medicamentos ou radioterapia utilizados para tratar o cancro),
- corticosteroides (utilizados no tratamento de várias condições, incluindo asma
grave e artrite reumatoide),
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- sais de ouro, especialmente quando administrados por via intravenosa (utilizados
para tratamento dos sintomas da artrite reumatoide),
- ritonavir, indinavir, nelfinavir (também designados de inibidores da protease,
utilizados no tratamento do VIH).
Coveram com alimentos e bebidas
Coveram deve ser tomado antes duma refeição.
Pessoas que estejam a tomar Coveram não devem consumir sumo de toranja e
toranja. A toranja e o sumo de toranja podem levar a um aumento dos níveis de
amlodipina no sangue, o que pode causar um efeito imprevisível de diminuição da
pressão arterial provocada por Coveram.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Gravidez
Deve informar o seu médico se pensa que está grávida (ou planeia engravidar). O
seu médico normalmente aconselhá-la-á a interromper Coveram antes de engravidar
ou assim que souber que está grávida e a tomar outro medicamento em vez de
Coveram. Coveram não está recomendado no início da gravidez e não deve ser
tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente
prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta altura.
Amamentação
Foi demonstrado que a amlodipina é excretada através do leite materno em
pequenas quantidades. Deverá informar o seu médico de que se encontra a
amamentar ou prestes a iniciar a amamentação. Coveram não está recomendado em
mães a amamentar, especialmente se o bebé for recém-nascido ou prematuro;
nestes casos o seu médico poderá indicar outro tratamento para si.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Coveram pode afetar a sua capacidade para conduzir ou utilizar máquinas. Se os
comprimidos o fazem sentir doente, com tonturas, fraco ou cansado, ou lhe fazem
dor de cabeça, não conduza nem utilize máquinas e fale com o seu médico
imediatamente.
Coveram contém lactose mono-hidratada
Se foi informado pelo seu médico que tem uma intolerância a alguns açúcares,
contacte-o antes de tomar este medicamento.
3. Como tomar Coveram
Tomar
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Tome o comprimido inteiro com um copo de água, de preferência todos os dias à
mesma hora, de manhã e antes duma refeição. O seu médico decidirá a dose correta
para si.
A dose habitual é um comprimido por dia.
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Normalmente, Coveram será prescrito a doentes que já tomam perindopril e
amlodipina em comprimidos separados.
Utilização em crianças e adolescentes
A utilização em crianças e adolescentes não é recomendada.
Se tomar mais Coveram do que deveria
No caso de ter tomado demasiados comprimidos deve contactar o serviço de
urgência mais próximo ou falar imediatamente com o seu médico. O sintoma mais
provável em caso de sobredosagem é uma descida da pressão sanguínea que pode
causar sensação de vertigem ou desmaio. Se isto acontecer, deitar-se e elevar as
pernas pode ajudar.
Caso se tenha esquecido de tomar Coveram
É importante tomar o seu medicamento diariamente para o tratamento ser mais
eficaz. No entanto, se se esqueceu de tomar uma dose de Coveram, tome a próxima
dose à hora habitual. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se
esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Coveram
Como o tratamento com Coveram é normalmente um tratamento prolongado, deve
falar com o seu médico antes de parar de tomar este medicamento.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico, farmacêutico ou enfermeiro.
4. Efeitos indesejáveis possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos indesejáveis,
no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Se sentir algum dos seguintes efeitos, pare logo de tomar o medicamento e fale
imediatamente com o seu médico:
- pieira súbita, dor no peito, falta de ar ou dificuldade em respirar,
- inchaço das pálpebras, da face, ou lábios,
- inchaço da língua e garganta, que pode provocar grandes dificuldades em respirar,
- reações cutâneas graves, incluindo erupção cutânea intensa, urticária, vermelhidão
da pele ao longo de todo o seu corpo, comichão intensa, bolhas, descamação e
inchaço da pele, inflamação das membranas mucosas (síndrome de Stevens-
Johnson, necrólise epidérmica tóxica) ou outras reações alérgicas,
- tonturas graves ou desmaio,
- ataque cardíaco, batimento cardíaco invulgarmente rápido ou anormal ou dor no
peito,
- inflamação do pâncreas que pode causar dor forte, no abdómen e nas costas,
acompanhada de sensação de mal-estar.
Os seguintes efeitos indesejáveis frequentes foram notificados. Se algum destes
efeitos lhe provocar problemas ou durar mais de uma semana, deverá falar com o
seu médico.
- Efeitos indesejáveis muito frequentes (pode afetar mais de 1 em cada 10 pessoas):
edema (retenção de líquidos).
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- Efeitos indesejáveis frequentes (pode afetar até 1 em cada 10 pessoas): dor de
cabeça, tonturas, sonolência (especialmente no início do tratamento), vertigens,
sensação de formigueiro ou dormência nos seus membros, perturbações da visão
(incluindo visão dupla), zumbidos (sensação de barulhos nos ouvidos), palpitações
(consciência do seu batimento cardíaco), rubor, sensação de cabeça oca devido à
pressão arterial baixa, tosse, dificuldade em respirar, náuseas (sensação de mal-
estar), vómitos, dor abdominal, alterações do paladar, dispepsia ou dificuldade de
digestão, alteração dos hábitos intestinais, diarreia, obstipação, reações alérgicas
(tais como erupções cutâneas, comichão), cãibras musculares, cansaço, fraqueza,
inchaço dos tornozelos (edema periférico).
Outros efeitos indesejáveis que têm sido notificados foram incluídos na lista que se
segue. Se algum dos efeitos indesejáveis se agravar ou se detetar quaisquer efeitos
indesejáveis não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
- Efeitos indesejáveis pouco frequentes (pode afetar até 1 em cada 100 pessoas):
alterações do humor, ansiedade, depressão, insónias, distúrbios do sono, tremores,
desmaio, perda de sensibilidade à dor, batimentos cardíacos irregulares, rinite
(obstrução nasal ou corrimento nasal), queda de cabelo, manchas vermelhas na
pele, descoloração da pele, dor de costas, artralgia (dores nas articulações), mialgias
(dores nos músculos), dor no peito, alterações ao urinar, aumento da necessidade de
urinar
noite,
aumento
número
vezes
urina,
dor,
indisposição,
broncospasmo (aperto no peito, pieira e dificuldade em respirar), boca seca,
angioedema (sintomas tais como pieira, inchaço da língua ou face), formação de
aglomerados
bolhas
pele,
problemas
renais,
impotência,
aumento
transpiração, excesso de eosinófilos (um tipo de glóbulos brancos no sangue),
desconforto ou aumento das mamas nos homens, aumento ou diminuição de peso,
taquicardia,
vasculite
(inflamação
vasos
sanguíneos),
reação
fotossensibilidade (aumento na sensibilidade da pele ao sol), febre, queda, alteração
dos parâmetros laboratoriais: níveis elevados de potássio no sangue, reversíveis com
a descontinuação do tratamento, níveis baixos de sódio, hipoglicemia (níveis de
açúcar no sangue muito baixos) no caso de doentes diabéticos, aumento da ureia e
da creatinina no sangue.
- Efeitos indesejáveis raros (pode afetar até 1 em cada 1.000 pessoas): insuficiência
renal aguda; sintomas de uma condição denominada SIADH (secreção inapropriada
de hormona antidiurética): urina escura, sensação de mal-estar (náusea) ou enjoo
(vómitos), cãibras musculares, confusão e convulsões; produção de urina diminuída
ou ausente; agravamento da psoríase; alterações nos parâmetros laboratoriais:
aumento das enzimas hepáticas, valores elevados de bilirrubina sérica.
- Efeitos indesejáveis muito raros (pode afetar até 1 em cada 10.000 pessoas):
alterações cardiovasculares (angina, ataque cardíaco e AVC), pneumonia eosinofílica
(um tipo raro de pneumonia), inchaço das pálpebras, da face ou dos lábios, inchaço
da língua e garganta, que causa grandes dificuldades em respirar, reações cutâneas
graves, incluindo erupção cutânea intensa, urticária, vermelhidão da pele ao longo
de todo o seu corpo, comichão intensa, bolhas, descamação e inchaço da pele,
inflamação
membranas
mucosas
(Síndrome
Stevens-Johnson),
eritema
multiforme (uma reação cutânea que geralmente começa com manchas vermelhas e
comichão na face, braços ou pernas), sensibilidade à luz, alterações dos valores no
sangue, tais como diminuição do número de glóbulos brancos e vermelhos no
sangue, diminuição da hemoglobina, diminuição do número de plaquetas no sangue,
alterações no sangue, inflamação do pâncreas que pode causar dor forte, no
abdómen e nas costas, acompanhada de sensação de mal-estar, alteração da função
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do fígado, inflamação do fígado (hepatite), amarelecimento da pele (icterícia),
aumento das enzimas do fígado que poderá influenciar alguns exames médicos,
inchaço abdominal (gastrite), alteração dos nervos que pode provocar fraqueza,
formigueiro ou dormência, aumento da tensão muscular, inchaço das gengivas,
excesso de açúcar no sangue (hiperglicemia).
Frequência desconhecida (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados
disponíveis): tremores, postura rígida, face inexpressiva, movimentos lentos e um
andar arrastado e desequilibrado, descoloração, dormência e dor nos dedos das
mãos ou dos pés (fenómeno de Raynaud).
Se tem estes sintomas contacte o seu médico o mais rapidamente possível.
Comunicação de efeitos indesejáveis
Se tiver quaisquer efeitos indesejáveis, incluindo possíveis efeitos indesejáveis não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
Também poderá comunicar efeitos indesejáveis diretamente ao INFARMED, I.P.
através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos indesejáveis, estará a ajudar a
fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
(preferencialmente)
ou através dos seguintes contactos:
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800 222 444 (gratuita)
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Coveram
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior e no frasco. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Mantenha
frasco
fechado
para
proteger
humidade.
Conserve-o
embalagem original. Este medicamento não requer quaisquer temperaturas especiais
de conservações.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Coveram
- As substâncias ativas são perindopril arginina e amlodipina
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Coveram 5mg/5mg: um comprimido contém 5 mg de perindopril arginina e 5 mg de
amlodipina.
Coveram 10mg/5mg: um comprimido contém 10 mg de perindopril arginina e 5 mg
de amlodipina.
Coveram 5mg/10mg: um comprimido contém 5 mg de perindopril arginina e 10 mg
de amlodipina.
Coveram 10mg/10 mg: um comprimido contém 10 mg de perindopril arginina e 10
mg de amlodipina.
- Os outros componentes no comprimido são: lactose mono-hidratada, estearato de
magnésio (E470B), celulose microcristalina (E460), sílica coloidal anidra (E551).
Qual o aspeto de Coveram e conteúdo da embalagem
Coveram 5mg/5mg comprimidos são brancos, em forma de bastonete, com 8,5 mm
de comprimento e 4,5 mm de largura, gravados com 5/5 numa face e
na outra
face.
Coveram 10mg/5mg comprimidos são brancos, de forma triangular, 9,5 mm × 8,8
mm × 8,8 mm, gravados com 10/5 numa face e
na outra.
Coveram 5mg/10mg comprimidos são brancos, de forma quadrangular, com 8 mm
de comprimento e 8 mm de largura, gravados com 5/10 numa face e
na outra.
Coveram 10mg/10 mg comprimidos são brancos, redondos, com 8,5 de diâmetro,
gravados com 10/10 numa face e
na outra.
Os comprimidos estão disponíveis em caixas de 5, 7, 10, 14, 20, 28, 30, 50, 56, 60,
84, 90, 100, 120 ou 500 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Les Laboratoires Servier
50, rue Carnot
92284 Suresnes cedex
França
Fabricantes
Les Laboratoires Servier Industrie
905 route de Saran
45520 Gidy – França
Servier (Ireland) Industries Ltd
Gorey Road
Arklow - Co. Wicklow – Irlanda
Anpharm Przedsiebiorstwo Farmaceutyczne S.A.
Ul. Annopol 6B
03-236 Warsaw – Polónia
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) com os seguintes nomes:
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Bélgica
COVERAM
Bulgaria
PRESTARIUM-CO
Chipre
COVERAM
República Checa
PRESTANCE
Estónia
COVERAM
Finlândia
COVERAM
França
COVERAM
Grécia
COVERAM
Irlanda
ACERYCAL
Itália
COVERLAM
Letónia
PRESTERAM
Lituânia
PRESTERAM
Luxemburgo
COVERAM
Malta
COVERAM
Holanda
COVERAM arg
Polónia
Co-Prestarium
Portugal
COVERAM
Roménia
PRESTANCE
Eslováquia
PRESTANCE
Eslovénia
PRESTANCE
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Coveram 5 mg/ 5 mg comprimidos
Coveram 5 mg/ 10 mg comprimidos
Coveram 10 mg/ 5 mg comprimidos
Coveram 10 mg/ 10 mg comprimidos
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém 3,395 mg de perindopril equivalente a 5 mg de perindopril
arginina e 6,935 mg de besilato de amlodipina, equivalente a 5 mg de amlodipina.
Cada comprimido contém 3,395 mg de perindopril equivalente a 5 mg de perindopril
arginina e 13,870 mg de besilato de amlodipina, equivalente a 10 mg de amlodipina.
Cada
comprimido
contém
6,790
perindopril
equivalente
perindopril arginina e 6,935 mg de besilato de amlodipina, equivalente a 5 mg de
amlodipina.
Cada
comprimido
contém
6,790
perindopril
equivalente
perindopril arginina e 13,870 mg de besilato de amlodipina, equivalente a 10 mg de
amlodipina.
Excipiente com efeito conhecido: lactose monohidratada.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido.
Comprimido branco, em forma de bastonete, com 8,5 mm de comprimento e 4,5
mm de largura, gravado com 5/5 numa face e
na outra face.
Comprimido branco, quadrado, com 8 mm de comprimento e 8 mm de largura,
gravado com 5/10 numa face e
na outra face.
Comprimido branco, triangular, 9,5 mm × 8,8 mm × 8,8 mm, gravado com 10/5
numa face e
na outra face.
Comprimido branco, redondo, com 8,5 de diâmetro, gravado com 10/10 numa face e
na outra face.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Coveram está indicado como terapêutica de substituição para o tratamento da
hipertensão arterial essencial e/ou doença coronária arterial estável, em doentes já
controlados com perindopril e amlodipina administrados em simultâneo e com o
mesmo nível de dosagem.
4.2 Posologia e modo de administração
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Posologia
Via oral.
Um comprimido por dia, numa única toma, de preferência de manhã e antes duma
refeição.
A associação fixa não é adequada para terapêutica inicial.
Se for necessário alterar a posologia, a dose de Coveram pode ser modificada ou
pode ser considerada a titulação individual com os componentes isolados.
Populações especiais
Compromisso renal e idosos (ver secções 4.4 e 5.2)
A eliminação do perindoprilato está diminuída nos idosos e nos doentes com
insuficiência renal. Assim, o seguimento médico usual inclui monitorização frequente
da creatinina e potássio.
Coveram pode ser administrado em doentes com ClCR≥ 60ml/min, e não é
recomendado para doentes com ClCR < 60ml/min. Nestes doentes, recomenda-se
uma titulação individual da dose com os componentes isolados.
A amlodipina utilizada em doses similares nos doentes idosos ou jovens é igualmente
bem tolerada. Recomenda-se o tratamento com doses normais nos idosos, mas o
aumento da dosagem deve ser feito com cuidado. Alterações nas concentrações
plasmáticas de amlodipina não estão relacionadas com o grau de compromisso renal.
A amlodipina não é dialisável.
Compromisso hepático (ver secções 4.4 e 5.2)
Não foram estabelecidas recomendações de dose em doentes com compromisso
hepático ligeiro a moderado; assim sendo, a seleção da dose deve ser cuidadosa e
deve começar pela dose mais baixa do intervalo de doses (ver secções 4.4 e 5.2).
Para encontrar a dose inicial e de manutenção ideal nos doentes com compromisso
hepático, os doentes devem ser titulados individualmente utilizando os componentes
isolados de amlodipina e perindopril. A farmacocinética da amlodipina não foi
estudada
doentes
compromisso
hepático
grave.
doentes
compromisso hepático grave, a amlodipina deve ser iniciada na dose mais baixa e
titulada lentamente.
População pediátrica
Coveram não deve ser utilizado em crianças e adolescentes uma vez que a eficácia e
tolerância do perindopril e amlodipina, em associação, ainda não estão estabelecidas
em crianças e adolescentes.
4.3 Contraindicações
Ligadas ao perindopril:
- Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer outro IECA;
- Antecedentes de angioedema associado a uma terapêutica prévia com IECAs;
- Angioedema hereditário ou idiopático;
- Segundo e terceiro trimestres da gravidez (ver secções 4.4 e 4.6),
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INFARMED
- Utilização concomitante de Coveram com medicamentos contendo aliscireno, em
doentes com diabetes mellitus ou compromisso renal (TFG <60 ml/min/1,73 m2)
(ver secções 4.5 e 5.1).
- Utilização concomitante de Coveram com sacubitril/valsartan, Coveram não deve
ser iniciado até 36 horas após a última dose de sacubitril/valsartan (ver secções 4.4
e 4.5).
- Tratamentos extracorporais nos quais o sangue entre em contato com superfícies
polarizadas negativamente (ver secção 4.5),
- Estenose bilateral significativa da artéria renal ou estenose da artéria para o único
rim funcional (ver secção 4.4).
Ligadas à amlodipina:
- Hipotensão grave,
- Hipersensibilidade à substância ativa ou derivados das dihidropiridinas,
- Choque, incluindo choque cardiogénico,
- Obstrução no fluxo de saída do ventrículo esquerdo (p.e. grau elevado de estenose
aórtica).
Insuficiência cardíaca hemodinamicamente instável após enfarte agudo do miocárdio.
Ligadas ao Coveram:
Todas as contraindicações acima referidas para cada um dos componentes isolados,
devem ser aplicadas também à associação fixa Coveram.
- Hipersensibilidade a qualquer um dos excipientes listados na secção 6.1.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Todas as advertências abaixo referidas para cada um dos componentes isolados,
devem ser aplicadas também à associação fixa Coveram.
Ligadas ao perindopril
Advertências especiais
Hipersensibilidade/Angioedema:
Em doentes tratados com IECAs, incluindo o perindopril, têm sido notificados casos
raros de angioedema da face, extremidades, lábios, mucosas, língua, glote e/ou
laringe (ver secção 4.8). Isto pode acontecer em qualquer momento durante o
tratamento. Nestes casos, o Coveram deve ser imediatamente interrompido e
iniciada monitorização adequada até ao completo desaparecimento dos sintomas.
Quando o edema só atinge a face e os lábios, a evolução é em geral benigna,
regredindo sem tratamento, embora os anti-histamínicos se tenham mostrado úteis
no alívio dos sintomas.
O angioedema associado a edema da laringe pode ser fatal. Quando há envolvimento
da língua, glote ou laringe, que possa provocar uma obstrução das vias aéreas, deve
imediatamente
instituído
tratamento
emergência.
Este
pode
incluir
administração de adrenalina e/ou a manutenção das vias aéreas desobstruídas. O
doente
deve
permanecer
vigilância
médica
rigorosa
até
completa
permanente resolução dos sintomas.
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INFARMED
Os doentes com histórico de angioedema não associado à terapêutica com IECA
podem ter um risco aumentado de angioedema, durante o tratamento com um IECA
(ver secção 4.3).
Foram notificados casos raros de angioedema intestinal em doentes tratados com
IECAs. Estes doentes apresentavam dor abdominal (com ou sem náuseas ou
vómitos); nalguns casos não houve angioedema facial prévio e os níveis da
estearase C-1 eram normais. O angioedema foi diagnosticado por métodos como
TAC abdominal, ultrassonografia ou em cirurgia e os sintomas desapareceram após
interrupção do IECA. O angioedema intestinal deve ser incluído no diagnóstico
diferencial dos doentes com IECAs e que apresentem dor abdominal (ver secção
4.8).
A combinação de perindopril com sacubitril/valsartan está contraindicada devido ao
aumento do risco de angioedema (ver secção 4.3). O sacubitril/valsartan não deve
ser iniciado até 36 horas após a toma da última dose de perindopril. Se o tratamento
com sacubitril/valsartan for descontinuado, o tratamento com perindopril não deve
ser iniciado até 36 horas após a última dose de sacubitril/valsartan (ver secções 4.3
e 4.5).
A utilização concomitante de IECAs com inibidores da NEP (ex: racecadotril),
inibidores
mTOR
(ex:
sirolimus,
everolimus,
temsirolimus)
gliptinas
(ex:
linagliptina, saxagliptina, sitagliptina, vildagliptina) pode levar a um aumento do
risco de angioedema (ex: inchaço das vias respiratórias ou da língua, com ou sem
compromisso respiratório) (ver secção 4.5). Recomenda-se precaução ao iniciar
racecadotril, inibidores mTOR (ex: sirolimus, everolimus, temsirolimus) e gliptinas
(ex: linagliptina, saxagliptina, sitagliptina, vildagliptina) num doente que já esteja a
tomar um IECA.
Reações anafiláticas durante a aférese de lipoproteínas de baixa densidade (LDL):
Foram
relatados
raramente,
casos
doentes
sofreram
reações
tipo
anafilático,
risco
vida,
receberem
IECAs
durante
aférese
lipoproteínas de baixa densidade com sulfato de dextrano. Estas reações foram
evitadas com a interrupção temporária da terapêutica com o IECA antes de cada
aférese.
Reações anafiláticas durante a dessensibilização:
Doentes que receberam IECAs durante tratamentos de dessensibilização (ex: com
veneno de himenópteros) sofreram reações do tipo anafilático. Nos mesmos doentes,
estas
reações
foram
evitadas
quando
IECAs
foram
interrompidos
temporariamente, mas reapareceram aquando de readministração inadvertida.
Neutropenia/agranulocitose/trombocitopenia/anemia:
Foram
notificados
doentes
tratados
IECAs
casos
neutropenia/agranulocitose, trombocitopenia e anemia. Em doentes com função
renal normal e sem outros fatores de risco, raramente ocorre neutropenia. O
perindopril deve ser usado com precaução extrema nos doentes com doença vascular
colagénica,
terapêutica
imunossupressora,
tratamento
alopurinol
procainamida ou com uma combinação destes fatores de risco, especialmente em
caso
compromisso
pré-existente
função
renal.
Alguns
destes
doentes
desenvolveram infeções graves, que em alguns casos não responderam a terapêutica
antibiótica intensiva. Se o perindopril for usado nestes doentes, recomenda-se a
monitorização periódica dos níveis de glóbulos brancos no sangue e os doentes
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devem ser instruídos a comunicar qualquer sinal de infeção (ex: garganta inflamada,
febre).
Hipertensão renovascular:
Existe um risco aumentado de hipotensão e insuficiência renal quando o doente com
estenose bilateral da artéria renal ou estenose da artéria para o único rim funcional é
tratado com IECAs (ver secção 4.3). O tratamento com diuréticos pode ser um fator
contributivo. A perda da função renal pode ocorrer com apenas alterações menores
na creatinina sérica, mesmo em doentes com estenose unilateral da artéria renal.
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA):
Existe evidência de que a utilização concomitante de IECAs, antagonistas dos
recetores
angiotensina
aliscireno
aumenta
risco
hipotensão,
hipercaliemia e função renal diminuída (incluindo insuficiência renal aguda). O duplo
bloqueio do SRAA da utilização combinada de IECAs, antagonistas dos recetores da
angiotensina II ou aliscireno é, portanto, não recomendada (ver secções 4.5 e 5.1).
Se a terapêutica com duplo bloqueio for considerada absolutamente necessária, esta
só deverá ser utilizada sob a supervisão de um especialista e sujeita a uma
monitorização frequente e cuidadosa da função renal, eletrólitos e pressão arterial.
Os IECAs e os antagonistas dos recetores da angiotensina II não devem ser
utilizados de forma concomitante em doentes com nefropatia diabética.
Aldosteronismo primário:
Geralmente,
doentes
hiperaldosteronismo
primário
não
respondem
medicamentos anti-hipertensores que atuam através da inibição do sistema renina-
angiotensina. Portanto, não se recomenda a utilização deste medicamento.
Gravidez:
Os IECAs não devem ser iniciados durante a gravidez. A não ser que a continuação
da terapêutica com IECAs seja considerada essencial, nas doentes que planeiem
engravidar o tratamento deve ser alterado para anti-hipertensores alternativos cujo
perfil de segurança durante a gravidez esteja estabelecido. Quando é diagnosticada a
gravidez, o tratamento com IECAs deve ser interrompido imediatamente e, se
apropriado, deverá ser iniciada terapêutica alternativa (ver secções 4.3. e 4.6.).
Precauções de utilização
Hipotensão:
Os IECAs podem causar diminuição da pressão arterial. Observa-se, raramente,
hipotensão sintomática em doentes com hipertensão não complicada e a sua
ocorrência
mais
provável
doentes
depleção
volume,
p.e.
terapêutica diurética, dieta com restrição de sal, diálise, diarreia ou vómitos, ou com
hipertensão grave renina-dependente (ver secções 4.5 e 4.8). Nos doentes com risco
elevado de hipotensão sintomática, a pressão arterial, função renal e potássio sérico
devem ser rigorosamente monitorizados durante o tratamento com Coveram. As
mesmas considerações aplicam-se aos doentes com isquémia cardíaca ou doença
cerebrovascular, nos quais uma descida excessiva da pressão arterial pode provocar
um enfarte do miocárdio ou um acidente vascular cerebral.
Se ocorrer hipotensão o doente deve ser colocado em decúbito e, se necessário,
deve receber por via intravenosa uma perfusão de solução de cloreto de sódio 9
mg/ml (0,9%). Uma resposta hipotensora transitória não é uma contraindicação para
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doses adicionais, que podem ser administradas sem dificuldade logo que a pressão
arterial tenha aumentado após expansão do volume.
Estenose valvular aórtica e mitral/cardiomiopatia hipertrófica:
Como com outros IECAs, o perindopril deve ser administrado com precaução a
doentes com estenose da válvula mitral e com obstrução da câmara de saída do
ventrículo esquerdo, tal como na estenose aórtica ou na cardiomiopatia hipertrófica.
Função renal comprometida:
Em caso de compromisso renal (depuração da creatinina <60 ml/min) recomenda-se
uma titulação da dose com os componentes individuais (ver secção 4.2).
A monitorização periódica do potássio e da creatinina faz parte da prática médica
normal para doentes com compromisso renal (ver secção 4.8).
Nalguns doentes com estenose bilateral da artéria renal ou estenose da artéria do
rim único, tratados com IECAs, foram observados aumentos da ureia sanguínea e da
creatinina sérica, normalmente reversíveis com a descontinuação do tratamento.
Este efeito é mais provável em doentes com insuficiência renal. Se estiver também
presente uma hipertensão renovascular, existe um risco aumentado de hipotensão
grave e insuficiência renal.
Alguns doentes hipertensos sem aparente doença vascular renal preexistente,
apresentaram aumentos da ureia sanguínea e da creatinina sérica, normalmente não
significativos e transitórios, especialmente quando o perindopril foi administrado
concomitantemente com um diurético. A ocorrência deste efeito é mais provável em
doentes com compromisso renal pré-existente.
Insuficiência hepática:
Em casos raros, os IECAs têm sido associados a uma síndrome que começa com
icterícia colestática e progride para necrose hepática fulminante e (por vezes) morte.
O mecanismo desta síndrome não está esclarecido. Os doentes medicados com
IECAs que desenvolvam icterícia ou aumentos significativos das enzimas hepáticas
devem descontinuar o IECA e receber acompanhamento médico apropriado (ver
secção 4.8).
Raça:
Os IECAs causam uma taxa mais elevada de angioedema em doentes de raça negra
do que em doentes de raça não-negra.
Como com outros IECAs, o perindopril pode ser menos eficaz na diminuição da
pressão
arterial
doentes
raça negra
raça
não-negra,
possivelmente devido a uma maior prevalência de níveis baixos de renina na
população hipertensa de raça negra.
Tosse:
A tosse tem sido notificada com a utilização de IECAs. Esta tosse caracteriza-se por
ser não-produtiva, persistente e desaparecer com a descontinuação do tratamento. A
tosse induzida por um IECA deve ser considerada como parte do diagnóstico
diferencial da tosse.
Cirurgia/Anestesia:
Em doentes submetidos a grande cirurgia, ou durante a anestesia com agentes com
potencial
hipotensor,
Coveram
pode
bloquear
formação
angiotensina
secundária
libertação
compensatória
renina.
tratamento
deve
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interrompido um dia antes da cirurgia. Se ocorrer hipotensão e for considerado ser
devida a este mecanismo, pode ser corrigida por expansão de volume.
Hipercaliemia:
Foram observados aumentos no potássio sérico em alguns doentes tratados com
IECAs, incluindo o perindopril. Os inibidores da ECA podem causar hipercaliemia
porque inibem a libertação de aldosterona. Geralmente, o efeito não é significativo
em doentes com função renal normal. Fatores de risco para o desenvolvimento de
hipercaliemia incluem os doentes com insuficiência renal, agravamento da função
renal, idade (> 70 anos), diabetes mellitus, eventos intercorrentes, em particular
desidratação, descompensação cardíaca aguda, acidose metabólica, e utilização
concomitante
diuréticos
poupadores
potássio
(ex.:
espironolactona,
eplerenona, triamtereno ou amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do
sal que contêm potássio, e ainda os doentes a tomar simultaneamente outros
medicamentos
associados
aumento
potássio
sérico
(ex.:
heparina,
cotrimoxazol
também
conhecido
como
trimetoprim/sulfametoxazol)
especialmente, antagonistas da aldosterona ou bloqueadores dos recetores da
angiotensina. A utilização de suplementos de potássio, diuréticos poupadores de
potássio, ou substitutos do sal que contêm potássio, particularmente em doentes
com compromisso da função renal pode provocar um aumento significativo do
potássio sérico. A hipercaliemia pode causar graves arritmias, por vezes fatais. Os
diuréticos poupadores de potássio e os bloqueadores dos recetores da angiotensina
devem ser utilizados com precaução em doentes em tratamento com inibidores da
ECA, e o potássio sérico e a função renal devem ser monitorizados. Se a utilização
concomitante do perindopril e algum dos medicamentos acima mencionados for
considerada apropriada, devem ser usados com precaução e com monitorização
frequente do potássio sérico (ver secção 4.5).
Doentes diabéticos:
Em doentes diabéticos tratados com antidiabéticos orais ou insulina, o controlo da
glicemia deve ser rigorosamente monitorizado durante o primeiro mês de tratamento
com um IECA (ver secção 4.5).
Ligadas à amlodipina:
Precauções de utilização
segurança
eficácia
amlodipina
crises
hipertensivas
não
foram
estabelecidas.
Insuficiência cardíaca:
Os doentes com insuficiência cardíaca devem ser tratados com precaução.
Num estudo a longo prazo em doentes com insuficiência cardíaca (classes III e IV da
NYHA) e controlado por placebo, a incidência relatada de edema pulmonar foi
superior no grupo tratado com amlodipina, comparativamente ao grupo tratado com
placebo
(ver
secção
5.1).
bloqueadores
canais
cálcio,
incluindo
amlodipina, devem ser utilizados com precaução em doentes com insuficiência
cardíaca
congestiva,
pois
podem
aumentar
risco
futuros
eventos
cardiovasculares e mortalidade.
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Compromisso hepático:
A semivida da amlodipina é prolongada e os valores da AUC são superiores nos
doentes
compromisso
função
hepática.
Não
foram
estabelecidas
recomendações de dosagem. A amlodipina deve portanto ser iniciada com a dose
mais baixa do intervalo de dosagens e recomenda-se precaução, tanto no início do
tratamento como no aumento de dose.
Nos doentes com compromisso hepático grave pode ser necessária titulação de dose
e monitorização cuidadosa.
Idosos:
Nos idosos, o aumento da dose deve ser feito com precaução (ver secções 4.2 e
5.2).
Insuficiência renal
Nestes doentes, a amlodipina pode ser administrada nas doses normais. Alterações
na concentração plasmática da amlodipina não estão relacionadas com o grau de
insuficiência renal. A amlodipina não é dialisável.
Ligadas ao Coveram
Todas as advertências acima referidas para cada um dos componentes isolados,
devem também ser aplicadas à associação fixa Coveram.
Precauções de utilização
Excipientes:
Devido
presença
de lactose,
doentes
problemas
hereditários
raros
intolerância à galactose, deficiência total de lactase ou malabsorção de glucose-
galactose não devem tomar este medicamento.
Interações:
A utilização concomitante de Coveram com lítio, medicamentos poupadores de
potássio ou suplementos de potássio, ou dantroleno não é recomendada (ver secção
4.5).
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Ligadas ao perindopril
Os dados de ensaios clínicos têm demonstrado que o duplo bloqueio do sistema
renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) através da utilização combinada de IECAs,
antagonistas dos recetores da angiotensina II ou aliscireno está associado a uma
maior frequência de acontecimentos adversos, tais com hipotensão, hipercaliemia e
função renal diminuída (incluindo insuficiência renal aguda), em comparação com a
utilização de um único fármaco com ação no SRAA (ver secções 4.3, 4.4 e 5.1).
Medicamentos que aumentam o risco de angioedema:
A utilização concomitante IECAs com sacubitril/valsartan está contraindicada, uma
vez que aumenta o risco de angioedema (ver secções 4.3 e 4.4). Sacubitril/valsartan
não deve ser iniciado até 36 horas após a administração da última dose da terapia
com perindopril. A terapêutica com perindopril não deve ser iniciada até 36 horas
após a última dose de sacubitril/valsartan (ver secções 4.3 e 4.4).
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A utilização concomitante de IECAs com racecadotril, inibidores mTOR (ex: sirolimus,
everolimus, temsirolimus) e gliptinas (ex: linagliptina, saxagliptina, sitagliptina,
vildagliptina) pode levar a um aumento do risco de angioedema (ver seção 4.4).
Medicamentos indutores de hipercaliemia:
Embora o potássio sérico permaneça geralmente dentro dos limites normais, pode
ocorrer
hipercaliemia
alguns
doentes
tratados
Coveram.
Alguns
medicamentos
classes
terapêuticas
podem
aumentar
ocorrência
hipercaliemia:
aliscireno,
substitutos
contêm
potássio,
diuréticos
poupadores de potássio (p. ex. espironolactona, triamtereno ou amilorida), IECAs,
antagonistas dos recetores da angiotensina II, AINEs, heparinas, medicamentos
imunossupressores como a ciclosporina ou tacrolímus, trimetoprim e associações de
dose
fixa
sulfametoxazol
(cotrimoxazol)
cotrimoxazol
(trimetoprim/sulfametoxazol), uma vez que o trimetoprim é conhecido por atuar
como um diurético poupador de potássio, como a amilorida. A combinação destes
medicamentos
aumenta
risco
hipercaliemia.
Portanto,
combinação
Coveram com os medicamentos acima mencionados não é recomendada. Se a
utilização concomitante for indicada, deverão ser utilizados com precaução e com
monitorização frequente do potássio sérico.
Utilização concomitante contraindicada (ver secção 4.3):
Aliscireno:
Nos doentes diabéticos ou insuficientes renais, aumenta o risco de hipercaliemia,
degradação da função renal e aumento da morbilidade e mortalidade cardiovascular.
Tratamentos extracorporais:
Tratamentos
extracorporais
que levem
contato do
sangue
com superfícies
polarizadas
negativamente
como
diálise
hemofiltração
certas
membranas
alto
fluxo
(p.e.
membranas
poliacrilonitrilo)
aférese
lipoproteínas de baixa densidade com sulfato de dextrano – devido ao aumento do
risco de reações anafiláticas graves (ver secção 4.3). Se for necessário algum destes
tratamentos, deve-se considerar a utilização de um tipo diferente de membrana de
diálise ou de uma classe diferente de medicamento anti-hipertensor.
Utilização concomitante não recomendada (ver secção 4.4):
Aliscireno:
Em doentes que não os diabéticos ou insuficientes renais, aumenta o risco de
hipercaliemia, degradação da função renal e aumento da morbilidade e mortalidade
cardiovascular.
Terapêutica concomitante com IECAs e bloqueador dos recetores da angiotensina
Foi reportado na literatura que doentes com doença aterosclerótica estabelecida,
insuficiência cardíaca, ou com diabetes com lesão nos orgãos-alvo, uma terapêutica
concomitante com um IECA e um bloqueador dos recetores da angiotensina está
associada
maior
frequência
hipotensão,
síncope,
hipercaliemia
deterioração da função renal (incluindo insuficiência renal aguda) comparativamente
à utilização de um único medicamento do sistema renina-angiotensina-aldosterona.
O duplo bloqueio (ex: combinando um IECA com um antagonista dos recetores da
angiotensina II) deve ser limitado a casos particulares com monitorização cuidadosa
da função renal, níveis de potássio e pressão arterial.
APROVADO EM
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INFARMED
Estramustina:
Risco
aumento
efeitos
adversos
tais
como
edema
angioneurótico
(angioedema).
Diuréticos poupadores de potássio (ex: triamtereno, amilorida…), sais de potássio:
Hipercaliemia (potencialmente fatal), especialmente em conjunto com insuficiência
renal
(efeitos
hipercaliemicos
aditivos).
combinação
perindopril
medicamentos acima mencionados não é recomendada (ver secção 4.4). No entanto,
se a utilização concomitante for indicada, deve ser realizada com precaução e com
frequente monitorização do potássico sérico. Para a utilização de espironolactona na
insuficiência cardíaca, ver mais adiante.
Lítio:
Foram notificados durante a administração concomitante de lítio e IECAs, aumentos
reversíveis
concentrações
séricas
toxicidade
(neurotoxicidade
grave).
combinação de perindopril com lítio não é recomendada. Se a combinação for
necessária, deve ser feita uma cuidadosa monitorização dos níveis séricos do lítio
(ver secção 4.4)
Utilização concomitante que requer cuidados especiais:
Agentes antidiabéticos (insulina, agentes hipoglicemiantes orais):
Estudos epidemiológicos sugerem que a administração concomitante de IECAs e
antidiabéticos (insulinas, antidiabéticos orais) pode causar um aumento do efeito da
redução da glicemia, com risco de hipoglicémia. Este fenómeno parece ocorrer com
maior frequência durante as primeiras semanas de tratamento combinado e em
doentes com insuficiência renal.
Diuréticos não poupadores de potássio:
Doentes tratados com diuréticos, e especialmente aqueles que provoquem depleção
de volume e/ou sal, podem experienciar uma redução excessiva na pressão arterial
após o início da terapêutica com um IECA. A possibilidade de efeitos hipotensivos
pode ser reduzida através da descontinuação do diurético, aumentando o volume ou
a ingestão de sal, antes de iniciar a terapêutica com doses baixas e progressivas de
perindopril.
Na hipertensão arterial, quando a terapêutica anterior com diurético possa ter
causado depleção de sal/volume, ou o diurético deve ser descontinuado antes de
iniciar o tratamento com o IECA –e nesse caso um diurético não poupador do
potássio poderá ser posteriormente reintroduzido – ou o IECA deve ser iniciado com
uma dose mais baixa e aumentada progressivamente.
No tratamento da insuficiência cardíaca congestiva com diurético, o IECA deve ser
iniciado numa dose muito baixa, possivelmente após redução da dose do diurético
não poupador de potássio utilizado em combinação.
Em todos os casos, a função renal (níveis de creatinina) deve ser monitorizada
durante as primeiras semanas de terapêutica com IECA.
Diuréticos poupadores de potássio (eplerenona, espironolactona):
Com eplerenona ou espironolactona em doses entre 12,5 mg a 50 mg por dia e com
doses baixas de IECAs:
No tratamento da insuficiência cardíaca de classe II-IV (NYHA) com uma fração de
ejeção <40%, e previamente tratados com IECAs e diuréticos da ansa, risco de